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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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14
Set17

Miguel Sousa Tavares continua desatinando

António Garrochinho

Por uma crónica de vasco Cardoso no último «Avante!» fiquei a perceber que, no último «Expresso» (jornal que não compro), Miguel Sousa Tavares se atira pela  542º vez como gato a bofe ao PCP.
A este respeito, e só para lembrar que tudo isto é velho mas também por causa das partes sublinhadas, achei que podia ter alguma interesse facultar aos leitores a crónica que escrevi no defunto «Semanário» em 19.01.2001.(por favor, leitura vertical das colunas)





14
Set17

Marrocos 54.ª potência militar a nível mundial e 7.ª em África

António Garrochinho


13 setembro 2017 – A sua vizinha Argélia é a 25.ª potência militar mundial e a 2.ª em África, seguida da Etiópia, Nigéria, África do Sul, Angola e Marrocos. O Egipto continua a ocupar em 2017 o lugar de primeira potência militar entre os países de África.

Não obstante o esforço colocssal que tem feito, Marrocos continua longa da potência militar argelina que procura a todo o custo ultrapassar.
Esse ranking é estabelecido pelo The Global Power Index 2017, que examina o poder militar das forças armadas dos países do globo. Publicado todos os anos pelo Global Fire Power, um instituto americano especializado em questões de defesa, o Índice 2017 estudou as forças armadas de 133 países do mundo, entre os quais 33 países na África.
A nível mundial os dados não se alteraram. Os EUA continiuam a liderar com a Rússia em 2.º lugar, a China em 3.º e a Índia em 4.º. Portugal ocupa o 62.º lugar do ranking.

Ranking mundial das Forças Armadas (África):

Egipto –                       10.º
Argélia –                      25.º
Etiópia –                      41.º
Nigéria –                      43.º
África do Sul-              46.º
Angola –                      51.º
Marrocos –                  54.º
Sudão –                      71.º
Líbia –                        73.º
R. D. do Congo –         76.º
Quénia –                    77.º
Tunísia –                    78.º
Zimbabwe –               81.º
Zâmbia –                   85.º
Tchad –                     88.º
Uganda –                  92.º
Tanzânia –                96.º
Sul-Sudão –               99.º
Ghana –                  101.º
Botswana –             107.º
Moçambique –        109.º
Camarões –            111.º
Niger –                   114.º
Costa do Marfim –    116º
Mali –                     117.º
Congo –                  118.º
Madagascar –          119.º
Gabão –                  120.º
Namíbia –               127.º
Somália –                128.º
R. Centrofricana –   129.º
Mauritânia –            130.º
Serra Leoa –            131.º

Fonte: Maroc Leaks
Este artigo encontra-se em: Sahara Ocidental Informação http://bit.ly/2xBGV0l

14
Set17

SÉCULO XXI DA TRETA

António Garrochinho

«É mentira que as empresas tenham praticas salariais discriminatórias. Em Portugal isso não existe» - afirma peremptoriamente este comentador que veio aqui "defender" o milionário Onofre dos sapatos, no texto aqui atrás.
É espantoso que em pleno século XXI, uma pessoa jovem (pelo menos a ver pela foto do perfil) dê exemplos tão deslocados para justificar as diferenças de salários, como se algum sindicato, alguma vez, tivesse exigido salários iguais para um mesmo tipo de trabalho… mas com metade das horas no horário… como se o facto de uma mulher, eventualmente, faltar ao trabalho porque engravidou seja justificação para lhe pagar SEMPRE menos (este jovem acha que sim) e acabar, com estrondo e fogo de artifício, a dizer que «é mentira que as empresas tenham práticas salariais discriminatórias. EM PORTUGAL ISSO NÃO EXISTE.»
Assim… e perdoem-me o “francês”… como é que a puta desta merda há-de ir para a frente?!!!
Foto de António Garrochinho.
14
Set17

A diabolização dos lucros pelo PCP

António Garrochinho

Todo este chorrilho de asneiras teve como justificação a proposta do PCP para a sustentabilidade da Segurança Social! Uma certeza existe: se a estupidez pagasse imposto, a sustentabilidade da Segurança Social estava assegurada! 
Créditos
De quando em vez, guardam-se textos que, com toda a propriedade, se podem classificar como «exemplares», por constituírem sínteses, quase perfeitas, das vulgatas de preconceitos e frases feitas sobre as posições do PCP e o próprio PCP.
Foi o que aconteceu com o artigo «A diabolização do lucro», de Diogo Agostinho (DA), publicado no Expresso/Economia de 13 de Maio de 2017, que agora se teve a oportunidade de reler com a devida atenção.
Chega a ser difícil acreditar em tanta ignorância pesporrenta e falta de rigor jornalístico, de brio profissional.
O rapaz até é por um capitalismo comedido! Confessa, «(…) estou longe de defender um capitalismo sem regras, que trata o homem e o planeta como descartáveis, com uma única moral lucros sempre crescentes».
E até, calcule-se, admite «a possibilidade de taxar os lucros, com um pequeno contributo (…)»! Mas não pode é com «o PCP e o Bloco a gritarem e colarem cartazes contra os lucros de empresas privadas»!
Quem sabe, «(…) exigindo a abolição legal do lucro»! As suas horríveis invectivas: «Uma empresa privada tem lucros de milhões de euros? Bandidos, vamos a eles com toda a força. É isto que os move, é esta a ideologia que está em cada intervenção». Mas não admira: «(…) estes senhores sabem sequer o que é uma empresa?»! (mas é bem educado: pede desculpa pela «dureza» desta última interrogação!). Não se fazem mais citações, porque senão o papel rasga-se de tanto rir…
Todo este chorrilho de asneiras teve como justificação a proposta do PCP para a sustentabilidade da Segurança Social! Uma certeza existe: se a estupidez pagasse imposto, a sustentabilidade da Segurança Social estava assegurada! Mas haja paciência.
Seria fácil desafiar DA a indicar um, um só, documento, folheto, cartaz do PCP onde se diga qualquer coisa de semelhante, mesmo aproximada, ao que diz que o PCP diz sobre os lucros das empresas!
Mas não terá sentido, porque ele sabe que escreveu apenas umas lérias, do que catrapiscou nuns títulos de jornais ou chavões anticomunistas ou cassetes de uns debates manhosos.
«Todo este chorrilho de asneiras teve como justificação a proposta do PCP para a sustentabilidade da Segurança Social!»
Será fácil dizer a DA o que o PCP propõe, entre outras medidas, para reforçar a sustentabilidade da Segurança Social: «Criar uma contribuição sobre as empresas com elevado Valor Acrescentado Líquido (VAL) por trabalhador (grandes Resultados com poucos trabalhadores) complementar ao actual regime de contribuições e com ele articulado, abrangendo as empresas com VAL acima de um determinado limite.» (Ver Programa Eleitoral do PCP, 2015).
E seria fácil, se DA quisesse, verificar que a proposta não tem nada de «ataque cerrado às empresas e à geração de lucro», e, se fosse um bocadinho mais longe, verificaria até que a medida é avançada por muita outra gente, que nada tem de comunista! Mas não quer. Como não quer conhecer de facto as causas que afectam a sustentabilidade do sistema, caso contrário, não se limitaria a repetir a matriz explicativa das seguradoras e fundos de pensões privados!
Seria fácil informar e esclarecer DA sobre os lucros que o PCP combate de facto no período histórico em que nos encontramos: os superlucros, os lucros monopolistas e oligopolistas, a que alguns, eufemisticamente, chamam «rendas excessivas». O DA já deve ter ouvido falar dessa coisa, a propósito das tarifas da energia e telecomunicações, dos preços dos combustíveis, etc.!
Lucros que significam uma retribuição do capital, a taxas bastante acima da média numa dada conjuntura económica. E até se pode contar a DA, a propósito, uma estória edificante, com muita moral para jornalistas ignorantes.
Em tempos que já lá vão (2009), o subdirector de um periódico bem conhecido cá da nossa terra resolveu falar sobre a pretensa demagogia do PCP. De que o PCP o que queria era que a EDP e a GALP tivessem prejuízo, face à iniciativa do Grupo Parlamentar PCP de chamar à Assembleia da República o Presidente da EDP e também da GALP, para explicarem os volumosos lucros das suas empresas nesses anos.
Ora, o PCP não queria que a EDP e a GALP tivessem prejuízos! O que não queria é que elas tivessem, em ano de crise, lucros recorde, à custa dos prejuízos (dos lucros) das outras empresas e dos bolsos da generalidade dos portugueses. Pois o que era claro é que os sobrelucros da EDP e da GALP resultavam (e ainda resultam) de tarifas da energia eléctrica, preços do Gás Natural (GN) e combustíveis petrolíferos demasiado elevados.
Ora, passados uns tempos, chegou a Portugal uma senhora muito bonita chamada Troika, que pediu para se fazerem uns estudos independentes sobre o sistema electroprodutor português. Lá se gastaram uns milhares, com uma Instituição inglesa (Universidade de Cambridge), mas valeu a pena.
Pois chegou-se à conclusão que a EDP & C.ia apropriar-se-iam, entre 2007 e 2017 (10 anos), de 2,514 mil milhões de euros de «rendas excessivas», isto é superlucros!
Espantoso como a senhora Troika estava contra os lucros dessas empresas! Aliás, já mais atrás, um senhor chamado Vítor Bento (que se julga que DA conhece) tinha concluído que os sectores não transacionáveis tinham obtido qualquer coisa como 24 mil milhões de euros (15% do PIB) de «rendas excessivas», isto é, lucros acima da conta, à custa dos sectores transacionáveis, isto é, no fundamental PME e empresas exportadoras!
Como podia ter verificado o DA, não é só o PCP que tem esta obsessão por anti-lucro, de algumas empresas!
Resta uma conclusão nada moral: o DA só pode escrever o que escreveu porque tem, de ciência certa, a garantia de que não haverá, onde diz missa, contraditório que reduza a sua prosa a …lixo tóxico.

www.abrilabril.pt
14
Set17

Os laranjas do PSD a falarem deles próprios.

António Garrochinho

Jorge Nuno Sá, o antigo líder da Juventude Social Democrata, vai abandonar o partido, afirmando-se descontente com a actual direcção. O ex-líder solicitou na tarde de terça-feira a desfiliação partidária por estar desiludido com o PSD e com a falta de democracia interna.
Numa carta enviada a Pedro Passos Coelho, avançada pelo Observador, Jorge Nuno Sá define o PSD como "um barco à deriva", afirmando que "há racistas" no partido e que candidatos autárquicos do partido em Lisboa foram eleitos por estatutos.
O líder da JSD entre 2002 e 2005 denuncia ainda a falta de democracia interna do partido. "Ou estamos alinhados com uma espécie de poder informal instituído que comanda o partido ou nada podemos".
14
Set17

A TAL CULPA SOLTEIRONA

António Garrochinho

COM DISCUSSÃO EXAUSTIVA OU SEM DISCUSSÃO OS ROUBOS, AS TRAFULHAS, AS BURLAS, AS MENTIRAS, DOS BANQUEIROS, DOS POLÍTICOS DA GAMELA, DOS JORNALISTAS E SEUS PATRÕES, DOS ARTISTAS, DOS ACTIVISTAS DA TRETA TODAS PASSAM INCÓLUMES NESTE PAÍS COM MEMÓRIA ESTROPIADA E DE FÁCIL ESQUECIMENTO.

DEPOIS SOBRA O RANCOR E O ÓDIO PARA QUEM AS DENUNCIA E NÃO EMBARCA NA LACANTINA DOS XICOS ESPERTOS E DOS ALDRABÕES COMPULSIVOS QUE ASSIM SÃO ALICIADOS A CONTINUAR JÁ QUE NÃO TÊM QUEM OS AFRONTE.

António Garrochinho
14
Set17

7 cidades famosas que possuem segredos obscuros em seu subterrâneo

António Garrochinho


Antigamente, as pessoas costumavam usar algumas passagens subterrâneas com várias finalidades, algumas ilegais, outras não. Principalmente na época medieval, como nós vemos nos filmes, todo castelo e cidade tinham diversos segredos, como as famosas “passagens secretas”, para fuga das pessoas importantes ou para acontecimentos que ninguém ficava sabendo. Algumas dessas passagens ainda existem nas cidades famosas, umas sendo usadas até hoje e outras proibidas até para visita do público. Confira a seguir 7 delas:
Pequim
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Estes túneis foram construídos a partir de 1969 e eram proibidos ao público até o ano de 2000. Foram precisos 300.000 pessoas para desenterrar o túnel a mão, embora ninguém saiba ao certo até onde ele se estende e nem o verdadeiro propósito. Estima-se que o túnel tem 33 milhas e estende-se por grande parte de Pequim. Dizem que ficar perdido nesse lugar é muito fácil e por isso é sempre recomendável estar acompanhado de um guia turístico.
Túneis de Moose Jaw
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Os famosos túneis de Mosse Jaw tem uma história incrível. Alguns trabalhadores chineses escavaram esses túneis no ano de 1908, com o objetivo de escapar dos canadenses que estavam atacando-os por sentirem que os chineses estavam roubando seus empregos. Alguns trabalhadores chineses viveram e criaram seus filhos dentro desses túneis. Na década de 1920, os túneis tinham outra finalidade, era o esconderijo de um gangster. Com o surgimento da Lei Seca nos Estados Unidos e no Canadá, o famoso Al Capone usavam esses túneis para fazer o contrabando de álcool, além dos jogos de azar e prostituição.
Hart Island – New York
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Hart Islando é uma pequena ilha ao leste do Bronx, em Nova York. Lá você pode encontrar um campo onde milhares de corpos estão enterrados, incluindo bebês e crianças. Eles não foram enterrados individualmente e sim em pilhas de três pessoas. A única marca que existe é um poste branco a cada mil corpos enterrados. Desde 1980, houve mais de 62.000 enterros na ilha, com mais ou menos 1.500 enterros por ano. As pessoas que são enterradas lá geralmente morreram e não foram identificadas pela família ou pessoas que não tem dinheiro para pagar uma cerimônia de enterro. O público não é permitido ir a ilha e os enterros são realizados por presos do Departamento de Correções de Nova York.
Manchester
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Abaixo das ruas de Manchester encontra-se uma série de túneis que alguns foram usados como lojas no subsolo, alguns como armazéns e outras como vias para barcos. Durante a Guerra Fria, muitos desses lugares tornaram-se abrigos de ataques antiaéreos. Há um outro sistema de túneis da Guerra Fria conhecido como Guardian. Ele foi feito para ser usado como uma central telefônica subterrânea que seria segura e capaz de proteger as pessoas a um ataque nuclear. Hoje em dia ele é usado para passar fios de cabo da cidade. Em 2004, um incêndio em túneis causaram interrupções de energia em 130.000 casas e empresas.
Las Vegas
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Abaixo da grande cidade de Las Vegas existe um complexo sistema de túneis de drenagem, abrangendo cerca de 200 milhas. Dentro desses túneis, existe uma forte comunidade de moradores de rua que construíram uma vida e uma comunidade que mora em baixo da terra. Os túneis oferecem um ambiente mais frio no verão e alguns mais quentes no inverno, perfeito para quem mora na rua. Embora a cidade de Las Vegas não chova muito, quando chove sempre acontece de ao menos uma pessoa morrer e de levar o vários pertences dos moradores de rua.
Túneis de Portland
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Sob as ruas de Portland existem uma série de passagens subterrâneas abaixo de Chinatown, pelo centro da cidade. Os túneis eram usados para transportar mercadorias dos navios atracados no rio Wilamette e como área de armazenamento do muitos hotéis e bares do centro. Eles receberam o nome de Túneis de Xangai por causa da suposta prática de sequestro de pessoas de Shanhaiing-o para servir como marinheiros.
Istambul, Cisterna da Basílica
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Existem antigas cisternas de aquedutos e lixo da cidade de Istambul. Uma das mais famosas é a Cisterna da Basílica, que foi construída no século 6 e se encontra a 500 pés abaixo do solo. Segundo a história, mais de 7.000 escravos foram envolvidos na criação do espaço de 105.000 pés quadrados. Ele é construído com 336 colunas de mármore colocadas precisamente em 12 fileiras de 20. Ele está aberto ao público desde 1987.



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14
Set17

ARMAS ESQUISITAS

António Garrochinho

Dizem que a necessidade é a mãe da invenção. Ao longo dos séculos, a humanidade encontrou todos os modos malignos e mortais para sobreviver e estar seguros. Avançando através da guerra e conflito com uma civilização tentando percorrer a outra, as armas continuaram a evoluir, mas com o mesmo propósito sempre em mente "sobreviver"

Canhões alemães Gustav e Dora Rail
Canhões alemães Gustav e Dora Rail
Hitler queria desesperadamente conquistar a França. No entanto, a única maneira de fazer isso era passar pela linha Maginot, uma fronteira fortemente fortificada que atravessa a Alemanha e a Itália. Entre os alemães Gustav e Dora Rail Cannons, os maiores canhões já construídos. Eles pesavam 1.344 toneladas e, embora estivessem presos a uma linha ferroviária, não podiam ser movidos por medo de esmagar os trilhos.

Granada de mão

Mortar mão
Projetado para impulsionar uma granada além de uma mão poderia jogá-la. Embora não fosse uma arma particularmente popular, a maioria dos exércitos europeus nos séculos XV e XVI as usava

Pistola de batom

Pistola de batom
APistola de batom parece ser algo direto de um filme de James Bond. Era uma arma da Guerra Fria usada por agentes soviéticos para contrabandear uma arma de um lugar para outro. O barril era de apenas 4,5 mm e tinha um tiro, então o agente provavelmente teria que estar perto demais para usá-lo. As pessoas o chamavam de "O Beijo da Morte".

Armas de gaita

Armas de Harmônica
Isso pode parecer uma gaita, mas você não gostaria de colocar seus lábios. A "Gaita Gun" foi uma das primeiras armas de alta capacidade com a pente de bala horizontal em vez de vertical. 

Fire Lance

Fire Lance
Acredite ou não, os chineses foram os primeiros a desenvolver um antigo tipo de arma de fogo chamado Fire Lance. No décimo século, eles os projetaram para usar um fogo de artifício simples para disparra um veneno ou pellets a uma distância próxima de apenas alguns metros. Elas eram uma arma popular e barata, camponeses tipicamente usavam ??para defender suas aldeias.

Vespa 150 TAP

Vespa 150 TAP
A Vespa 150 TAP foi projetada pelos militares franceses para combater as forças de guerrilha na Argélia na década de 1950. Eles passaram o avião de guerra para os campos terrestres e as tropas o usavam na linha de frente como artilharia. Esse canhão na frente é um rifle M20 e provou ser eficaz contra as fortificações de guerrilha.

Magpul Flashlight Gun

Magpul Flashlight Gun
A Pistola de lanterna Magpul pode parecer uma semi-automática comum, mas, de fato, colapsa e se transforma em uma lanterna. A transformação da lanterna para o rifle é suave e eficiente e faria todo o sentido para as operações secretas.

Bat Bombs

Bat Bombs
Enquanto "Bat Bomb" pode soar como uma arma que Batman poderia usar, era realmente um design da Segunda Guerra Mundial. E, sim, morcegos vivos estão envolvidos. Essencialmente, os morcegos foram colocados em uma lata com pequenas bombas amarradas em seus baús. A lata seria jogada sobre uma cidade, neste caso, uma cidade japonesa, e liberaria os morcegos. Os morcegos voavam por toda a cidade e, em pouco tempo, as bombas iriam, queimando a cidade no chão em todas as direções. Os militares testaram a bomba e descobriram que realmente funcionava. No entanto, mais testes foram cancelados à medida que os recursos foram redirecionados para a bomba atômica.

Tauchpanzer

Tauchpanzer
Durante sua preparação para invadir Londres, os nazistas desenvolveram uma linha de tanques panzer chamado "Tauchpanzer", que poderia ser deixado cair no oceano e se mover debaixo d'água em direção à praia. No entanto, a invasão de Londres foi descartada e esses tanques nunca foram usados ??para o propósito pretendido.

Guarda-chuva búlgaro

Guarda-chuva búlgaro
Outra arma de espião secreta diretamente das páginas de um roteiro de James Bond, o "Umbrella búlgaro" foi desenvolvido pela KGB soviética. O guarda-chuva é projetado para disparar uma pelota com ricina no interior. Uma vez que ele era implantada na pele, o veneno lentamente mata a vítima dentro de alguns dias.

Volley Gun

Volley Gun
Volley Guns assumiu muitas formas ao longo dos anos. Ao contrário das metralhadoras, elas não eram automáticas e só podiam disparar uma bala de cada cano. Às vezes, as balas podem disparar simultaneamente ou em horários diferentes, dependendo do design. 

Mísseis hipersônicos

Mísseis hipersônicos
O míssil mais rápido do mundo pode chegar ao Mach 3, mas a Rússia, a China e os EUA estão desenvolvendo mísseis hipersônicos que podem chegar do Mach 5 ao Mach 10. Alguns desses mísseis podem atingir até 19.312  km/h. A essa velocidade, os mísseis hipersônicos seriam indetectáveis ??pelos sistemas de defesa de mísseis.

Sistemas de armas laser

Sistemas de armas laser
A US Navy instalou seu primeiro sistema a laser. Usando raios infravermelhos concentrados e de alta potência, o sistema é capaz de destruir drones ou impedir que os navios menores se aproximem.

Phasr Rifle

Phasr Rifle
Bem-vindo ao futuro. O Phill Rifle é uma arma militar não-letal projetada para cegar temporariamente o alvo com um laser pulsante verde. Enquanto armas como essas foram criadas no passado, o Phill Rifle é ligeiramente diferente, na medida em que não está cego permanentemente, é vítima.
Fonte: list25

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14
Set17

Esta mulher comprou uns contentores velhos…

António Garrochinho



Um dia, ao caminhar ao longo do porto de Montreal, ela teve, de repente, uma inspiração! A mulher viu alguns contentores velhos e soube imediatamente o que queria fazer.


Aqueles retângulos de metal seriam a sua casa! Ela comprou quatro contentores velhos e enferrujados e os transportou para seu terreno. Depois, ela empilhou um em cima do outro e começou este projeto inusitado.


O exterior foi coberto com tábuas de madeira de pinho. Este é um materialresistente que irá suportar os duros invernos do Canadá. Levou apenas 6 semanas para a fachada ser completamente transformada.


Logicamente, o interior dos contentores precisou de ser limpo e ficar livre de qualquer toxina, antes da reforma interna começar.


Quando vir o resultado final, vai concordar que todo este trabalho valeu a pena: Claudie instalou enormes janelas para ter muita luz natural e dar ao espaço uma sensação de maior amplitude.


A textura única dos contentores dá um toque moderno e dinâmico ao espaço. Esta definitivamente não é uma casa sem graça.


Ela deixou as paredes internas do seu escritório na cor original dos contentores, pois queria lembrar para sempre de como tudo começou.


Uma escada em espiral conduz ao andar de cima, onde se encontra a cozinha, uma casa de banho e algumas outras áreas.


A cozinha está equipada com tudo que qualquer pessoa poderia desejar.


Um fogão de qualidade profissional, um frigorífico gigante e bancadas de aço inoxidável. Desta forma, fazer o jantar parece até mais divertido!


Mas ainda fica melhor. Veja a bonita combinação quarto/casa de banho: um sonho que Claudie tinha já há muito tempo.


Esta banheira é puro charme. E o quarto dá acesso a um terraço com chuveiro para os dias quentes de verão. Lindo!


Sobrou até espaço para uma casa de banho confortável para os hóspedes. Cada metro quadrado foi usado de forma inteligente.


Não há outra casa como esta no mundo. Muito bem, Claudie!


  1. Na vida, é preciso ter coragem e transformar os seus sonhos em realidade. Eles podem acabar ganhando asas e, num piscar e olhos, terá em mãos algo lindo e mágico!

www.worldnoticias.com
14
Set17

CIDADE MISTERIOSA com 3.500 habitantes foi encontrada dentro de um BURACO!

António Garrochinho

www.worldnoticias.com

Parece inacreditável, mas é mesmo verdade! Esta pequena cidade fica dentro de um buraco, debaixo de terra, e tem no momento 3.500 habitantes, a viverem em túneis criados para esse efeito.



Esta notícia foi partilhada no site Ecografia da Vida:

As viagens nos dão a oportunidade única de conhecer novas culturas e lugares surpreendentes. Imagina que fantástico seria visitar uma cidade que simplesmente fica dentro de um buraco. Ela existe, fica no sul da Austrália e chama-se Coober Pedy, e abriga 3.500 habitantes que vivem assim, como seres subterrâneos, só que em túneis artificiais.



Grande parte da população é atraída ao local devido às mineradoras de opala, que é uma pedra muito utilizada em jóias, sendo a principal fonte do minério no mundo inteiro. Antes, foi ocupada por aborígenes durante milhares de anos. A cidade nos moldes que é hoje surgiu em 1915 quando pai e filho procuravam ouro no local, que não foi encontrado. Porém, nos anos 1960 e 1970 houve um forte desenvolvimento da mineração devido à opala.


As altas temperaturas que podem chegar a 50°C, são um dos motivos que deixam os moradores a preferirem viver debaixo do solo. Vista de cima, é possível constatar que não há edifícios na área de terra vermelha. Apesar de estar subterrânea, tem bastante infraestruturas, com hotéis, bares e residências que funcionam como qualquer outra, com excepção dos poços de ventilação, que ajudam o ar a circular no local.



14
Set17

FUTEBOL e ELEIÇÕES

António Garrochinho
TÊM QUE ME EXPLICAR EM TROCADOS O PORQUÊ DESTE HISTERISMO DE ALGUNS E A APARENTE TRANQUILIDADE DE OUTROS NO QUE DIZ RESPEITO AOS JOGOS DE FUTEBOL EM DIAS DE ELEIÇÕES.
TODOS OS POLÍTICOS TEMEM A ABSTENÇÃO MAS A ABSTENÇÃO SERVE PRINCIPALMENTE A DIREITA OU NÃO ?
ESTAREI ERRADO ?

POR FIM EU ATÉ PODERIA ESTAR ENGANADO E DISTRAÍDO E INTERPRETAR QUE QUANDO SE FALA TANTO NESTE ASSUNTO SE ESTIVESSEM A DEBRUÇAR SOBRE A ABSTENÇÃO NA VOTAÇÃO QUE ELEGE AS DIREÇÕES DOS CLUBES E NESSA ALTURA O BENFICA, O SPORTING, O PORTO E OUTROS, ESSES SIM ESTARIAM PREOCUPADOS POIS ESTARIAM A IR-LHES ÀS BILHETEIRAS.

AG
14
Set17

Estreia algarvia do novo espetáculo de Capicua é em Loulé

António Garrochinho









A «contagiante rapper Capicua» apresenta o seu novo espetáculo, em estreia no Algarve, no próximo sábado, 16 de Setembro, às 21h30, no Cine-Teatro Louletano. 
Capicua apresenta uma «nova banda completa, novos arranjos e um novo conceito de concerto cruzando música e uma cativante linguagem visual».
Depois de um ano entre concertos da tour “Medusa” e do novo trabalho para crianças Mão Verde (em parceria com Pedro Geraldes), sempre com muitos outros projetos pelo meio, como o OUPA (a convite da Câmara Municipal do Porto), Capicua fechou o ano de 2016 apresentando-se pela primeira vez com banda no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.
«Foi uma noite emocionante, com uma sala cheia e ao rubro. Agora em Loulé, Capicua faz a estreia a sul dessa formação musical», diz a Câmara de Loulé.
Neste novo espetáculo juntam-se ao núcleo duro de estrada, composto por D-One (samples e scratch), Virtus (programação e samples) e M7 (na voz de suporte), os recém-chegados Ricardo Coelho (bateria), Luís Montenegro (baixo, guitarra e sintetizador) e Sérgio Alves (teclados).
Esta é, assim, «uma nova formação que veio traçar uma diagonal à discografia de Capicua, para interpretar músicas de todos os álbuns e mixtapes, com novos arranjos e matizes».
Em 2017, e com esta formação recheada de músicos e instrumentos, «Capicua traz-nos um concerto com repertório renovado que, além dos habituais momentos arrepiantes de rap emocional, político e feminino, enche o palco e a plateia de uma energia contagiante», diz a autarquia louletana.
«A festa é garantida e um bom prenúncio de tudo o que a Capicua ainda tem por desvendar (para muito breve)», acrescenta.
O concerto tem a duração de 75 minutos, dirige-se a maiores de 6 anos. Os bilhetes custam 12 euros, passando para 10 euros no caso dos maiores de 65 e menores de 30 anos. O Cartão de Amigo do Cine-Teatro é aplicável a este evento.
Para mais informações e reservas os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt.
Além disso, podem consultar a sua página de Facebook aqui ou o seu website aqui. Se quiser comprar bilhetes pode fazê-lo aqui. 
Este concerto insere-se no âmbito do ciclo musical “Femina”, dedicado a grandes vozes portuguesas no feminino e promovido pelo Cine-Teatro ao longo deste ano no âmbito da sua programação regular.


www.sulinformacao.pt
14
Set17

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho


Então e uma "volta ao bilhar grande" a todos aqueles que abrem a boca criticando os comunistas por tudo e por nada inclusive responsabilizando-os pelas medidas menos simpáticas que o governo do ps toma actualmente sabendo de antemão que os comunistas não governam.

Sim! foi positivo o correr com as ratazanas do psd/cds e se fosse católico até rezava para que nunca mais os visse em qualquer governo ou áreas de governação onde sempre roubaram e infernizaram a vida dos portugueses.

O apoio parlamentar do PCP foi importante para o desmoronar dos laranjas e dos salazaristas que venderam portugal a retalhos e nos deram cabo da vida quase irremediavelmente.

Andam por aí umas almas penadas que ora dão no cravo ora na ferradura e que até vivem à custa do estado com as leis aldrabonas criadas pelos neo liberais do psd/cds e dos "xuxas" enquanto foram governação e que agora andam com o cu apertadinho com medo que o antónio costa reponha alguma honestidade que o ps nunca teve e que dificilmente terá.

Todo o português honesto o que deseja é trabalho, emprego, saúde, educação, e segurança num país faz de contas há mais de quatro décadas.

O ladrar de lacaios e os que sofrem da doença da "raiva" aos comunistas nunca passará.

Está-lhes no sangue a traição de classe, a submissão e o rastejar perante os senhores desde os tempos salazaristas/caetanistas.

Pobres bichos que acreditam que os seus algozes alguma vez lhes trarão felicidade e lhes darão fortuna. por isso arranjam todo o tipo de venenos e facadas tentando agradar aos fachos num ritual de lamber de cus que tresanda,

António Garrochinho
14
Set17

INTERVENÇÃO DE ANTÓNIO FILIPE NA ASSEMBLEIA DE REPÚBLICA - «Em 18 anos houve 21 actos eleitorais na Venezuela»

António Garrochinho

VÍDEO

No debate realizado na Assembleia da República sobre a situação política e social na Venezuela, António Filipe afirmou que "a oligarquia que foi afastada do poder em 1999 nunca se conformou com isso e é essa oligarquia que domina grande parte da comunicação social na Venezuela e que tem os mais fortes apoios do exterior designadamente dos EUA e da UE, que estão empenhados em reverter a revolução bolivariana e afastar do poder o Presidente Nicolas Maduro".
14
Set17

O ridículo não mata. Mas causa espanto. Um cidadão de nome Rui Esteves é Comandante da Protecção Civil.

António Garrochinho

Carlos Matos Gomes


O ridículo não mata. Mas causa espanto. Um cidadão de nome Rui Esteves é Comandante da Protecção Civil. Devemos acreditar na sua competência. Afinal somos quase todos civis. O nosso protector para males da natureza e outras calamidades, no entanto, segundo a notícia, fez o curso quase todo por equivalências. É, garantidamente, especialista em equivalências. Quanto a protecção civil vamos ver: é licenciado em Protecção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. O que corresponde ao antigo curso de regentes agrícolas. Mas aceitemos, com fé, que saiba de assuntos agrários. Mas 80% da população está urbanizada, vive em urbes. É um regente agrícola que os protege! Claro, Portugal é um país rural, mas isso era no tempo do Salazar. D
Mas a questão não é apenas a deste cidadão armado com um curso médio agrário e por equivalências ser o nosso supremo protector. A questão que para mim é motivo do maior espanto nem é essa, é o sistema de ensino nacional promover, certificar, aceitar, uma licenciatura em “protecção civil”! Que competências deve ter um licenciado em protecção civil por uma escola superior? Presumo, mal, que a protecção civil poderia ser, ou deveria ser uma especialização de um licenciado com uma formação base consistente em engenharia, em geologia, em climatologia, em administração de organizações complexas, enfim.
Em resumo e esta é a minha conclusão – que vale só para mim – o homem é o equivalente a um chico esperto, munido com boas relações pessoais e um cartão partidário no bolso.

VER NOTÍCIA EM BAIXO


Comandante da Protecção Civil fez o curso quase todo por equivalências


Rui Esteves já era comandante distrital da Protecção Civil quando se licenciou. Ao longo de quatro anos no cargo pediu equivalências, por experiência e cursos de formação, em 32 das 36 unidades curriculares.

O comandante nacional da Protecção Civil (Conac) Rui Esteves é licenciado em Protecção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). Um diploma que conseguiu quase na sua totalidade através de equivalências. Informação oficial do processo disciplinar do aluno mostra que este fez quatro cadeiras por "avaliação em exame", as restantes 32 unidades curriculares foram feitas por creditação tendo em conta o currículo apresentado, que incluia a experiência profissional e cursos de formação em Portugal e no estrangeiro. Ao PÚBLICO, Rui Esteves diz que fez tudo "em conformidade com a lei vigente" e que pediu equivalências pela formação que fez "ao longo de 30 anos de carreira".


Rui dos Santos Martins Esteves assumiu o cargo de comandante distrital em Castelo Branco em 2005 e um ano depois estava a iniciar uma licenciatura em Protecção Civil no IPCB. Contudo, não só não frequentou a maioria das aulas da licenciatura como não foi avaliado por exame em 90% das unidades curriculares do curso. Ao longo de quatro anos, Rui Esteves apresentou junto do IPCB "pedidos de creditação" tendo em conta as melhorias que ia fazendo ao seu currículo, informou o PÚBLICO fonte oficial daquele instituto. E as melhorias centravam-se na sua experiência enquanto comandante distrital e nas formações na área.


Assim, em 13 de Janeiro de 2011, foi emitida uma certidão de licenciatura que lhe permitiu depois ter acesso a pós-graduações. Dados do IPCB mostram que Rui Esteves conseguiu equivalências para quatro unidades curriculares em 2006/2007; para nove em 2007/2008; 17 em 2008/2009; e as restantes duas creditadas em 2009/2010. Questionado pelo PÚBLICO sobre a sua situação académica, o comandante nacional diz que se tratou de "um processo transparente" com a direcção da escola, que foi "um processo normal dentro daquilo que são as normas que estavam em vigor na altura". À data, a lei não limitava o número de créditos que uma universidade ou politécnico podiam conceder por equivalências curriculares, um caso que mudou depois da licenciatura do ex-ministro Miguel Relvas. 
"Matriculei-me, durante quatro anos frequentei algumas aulas e, à medida que fui avançando, pedi creditação. Houve umas que me foram dadas, outras não", explicou, acrescentando que, para as equivalências, contou grande parte da formação que fez "ao longo de trinta anos de carreira, incluindo cursos em Espanha e França". 
Rui Esteves foi nomeado Conac em Janeiro deste ano, durante o processo de revolução na estrutura da ANPC. No currículo do actual comandante de operações nacional estão vários cursos de formação da área (estão destacados 15 no currículo que consta do despacho em Diário da República), mais três pós-graduações, incluindo uma em Protecção Civil na mesma escola, em 2013/2014, a qual frequentou e foi avaliado em todas as unidades curriculares, não tendo aí havido qualquer processo de creditação, garante o IPCB. As restantes duas foram em Gestão Municipal de Protecção Civil, pela Universidade Independente, e em Gestão de Emergências, pela Escola Nacional de Bombeiros.


Mas Rui Esteves não foi apenas aluno, também foi professor naquele instituto precisamente na licenciatura que fez por equivalências e na pós-graduação em Incêndios Florestais. Quando questionado sobre se considera suficiente as formações para obter o título de licenciatura - colocando de parte a questão legal - Rui Esteves mencionou a experiência que tem e insistiu que não tem "nada a esconder". "Desde os 18 anos que fiz formação que a ENB tem. Até fiz um curso de quadro de comando e voltei a fazê-lo passados 15 anos, para adquirir mais competências", reforçou.
Na altura em que lhe foi atribuída a licenciatura (ainda era de quatro anos e com 36 unidades), cabia às instituições de ensino avaliar e decidir que equivalências poderiam ser dadas, não havendo um limite para os créditos que um aluno podia receber. Este regime legal permitia que a experiência profissional e académica de alguém que se candidatasse a um curso superior pudesse ser avaliada tendo em vista a obtenção de créditos, o que na prática significa poder ter equivalência a certas disciplinas, ficando dispensado de as fazer por exame. Só uma alteração à lei feita em 2013, já depois do caso da licenciatura de Miguel Relvas, passou a impor limites.
Relvas, recorde-se, concluiu a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona, entre Setembro de 2006 e Outubro de 2007, com 11 de classificação final. A universidade entendeu que o seu percurso profissional anterior valia 160 dos 180 créditos necessários para a licenciatura. Pelo que o aluno só teria de fazer quatro das disciplinas. Já em 2016, a sua licenciatura foi declarada nula. Em Julho deste ano, Relvas fez os exames às duas “cadeiras” necessárias e foi aprovado. Com A.S.

www.publico.pt

14
Set17

"Renovação de votos" por Vasco Cardoso, membro da Comissão Política do CC do PCP

António Garrochinho

Miguel Sousa Tavares (MST) não suporta a existência do PCP, o seu papel na vida do País, o seu ideal e projecto comunista. Nos seus múltiplos comentários televisivos, nos inúmeros artigos de opinião que assina semanalmente no Expresso, MST não desperdiça nenhuma oportunidade para destilar o veneno que lhe corre nas veias contra o PCP. Fá-lo, sabendo de antemão que nunca terá pela frente quem o contrarie, quem desmonte as suas calúnias, as mentiras, as deturpações a que recorre. O seu pensamento e forma de actuação têm lugar garantido nos jornais e televisões dos balsemões deste país. O mesmo não se poderá dizer dos comunistas (e mesmo de muitos democratas e patriotas) a quem a presença mediática em matéria de opinião está, no essencial, vedada, em contraponto com o enxame de fazedores do opinião alinhados com os interesses do poder económico.
Esta semana MST voltou à carga no Expresso num artigo de opinião que faz uma espécie de compilação das principais linhas de ataque ao PCP que têm estado em voga em vésperas destas eleições autárquicas. Lá encontramos os mesmos simplismos medíocres e as mesmas atoardas balofas a propósito da Coreia, da Venezuela ou da Autoeuropa. O PCP ao lado de ditaduras sanguinárias, o PCP a «levar o Estado à falência», o PCP empenhado em fechar fábricas «só para mostrar quem manda nos operários». É este o nível dos argumentos para chegar à não pouco inocente conclusão de que o PCP é dispensável à actual solução política. Percebe-se onde o MST pretende chegar. Sem o PCP, não só muitos dos avanços alcançados nos últimos meses teriam ficado na gaveta, como teria continuado o cortejo de destruição de direitos e rendimentos com que MST sempre conviveu com particular conforto.
No longínquo ano de 1991, MST escrevia com pompa e circunstância no Semanário «O PCP acabou e ainda bem». A vida não só não confirmou este vaticínio, como o PCP a cada dia que passa se afirma como uma força cada vez mais necessária e indispensável ao povo português. Restará a MST, por muito que lhe custe, ir renovando os seus votos a cada quarto de século, pelo menos enquanto cá andar.
(Texto do Avante de 14 de setembro de 2017 e imagem elaborada por mim)
Foto de António Garrochinho.

14
Set17

A CASTA DE ALDRABÕES PROSPERA

António Garrochinho

MENTEM COM TODOS OS DENTES PARA O POVO.

MENTEM PARA OS QUE FACILMENTE DETECTAM A MENTIRA E DEPOIS A REBATEM.

LOGO A SEGUIR, DEPOIS DE CONFRONTADOS COM O QUE DIZEM E ESCREVEM, VOLTAM A MENTIR.

MENTEM PARA OS QUE TÊM DIFICULDADE EM LER NAS ENTRELINHAS DOS TEXTOS, MENTEM PARA OS QUE SÓ VISLUMBRAM NUMA DIRECÇÃO, MENTEM PARA OS QUE SE JULGAM ESCLARECIDOS MAS LOGO SÃO ENGANADOS COM OUTROS JOGOS DE PALAVRAS, DE EVASIVAS, DE FUGAS PARA A FRENTE E PARA TRÁS.

MENTEM, MENTEM, PARA ASSEGURAR AS SUAS MORDOMIAS, OS SEUS TACHOS E TACHINHOS E DESRESPEITAM O CIDADÃO COMUM GOZANDO COM A SUA INTELIGÊNCIA E A SUA PRÓPRIA VIDA.

MENTEM QUE NEM A PUTA QUE OS PARIU E ARREGANHAM A TACHA, O FOCINHO NAUSEABUNDO AINDA LAMBUSADO DOS LUCROS E DIVIDENDOS QUE RETIRAM DA MENTIRA.

14
Set17

14 de Setembro de 1812: Napoleão Bonaparte entra em Moscovo. A cidade é incendiada pelos russos.

António Garrochinho

 

No dia 24 de Junho de 1812, o chamado "Grande Exército" do imperador Napoleão I atravessou o rio Niemen e forçou as fronteiras do império do czar Alexandre I. As tropas napoleónicas, reforçadas por cerca de 700 mil combatentes, penetraram sem dificuldades no interior da Rússia até Moscovo. Contudo, diante da resistência moscovita e da recusa da Rússia em negociar, Napoleão ordenaria a retirada. Esta operação mostrou-se desastrosa devido ao rigor do Inverno e à falta de abastecimento e apoio logístico. Em 30 de Dezembro, o exército, reduzido a cerca de 50 mil homens, cruzaria o Niemen de volta.


Após a rejeição por parte do czar Alexandre I do Bloqueio Continental proposto por Napoleão, o imperador francês ordena que o seu Grande Armée, a maior força militar até então reunida, preparasse a invasão da Rússia. O enorme exército incluía tropas de todos os países europeus sob o domínio do império francês.


Durante os primeiros meses da invasão, Napoleão foi forçado a combater contra um aguerrido exército russo em constante recuo. Recusando-se a confrontar-se com todo o seu potencial perante as forças de Napoleão, as tropas russas sob o comando do general Mikhail Kutuzov aplicava a estratégia de terra arrasada, queimando tudo à medida que recuava cada vez mais profundamente em território russo. Em 7 de Setembro, travou-se a inconclusa batalha de Borodino em que ambas as partes sofreram terríveis baixas. No dia 14 de Setembro, Napoleão chega às portas de Moscovo na esperança de lá encontrar os suprimentos de que necessitava crucialmente. Porém, ao investir, encontrou a cidade com quase toda a população evacuada e o exército russo novamente a recuar. Os criminosos foram libertados das prisões para complicar o avanço francês. Além disso, o governador, o conde Fyodor Rostopchin, ordenou que a cidade fosse incendiada. Alexandre I recusou-se a capitular, e as conversações de paz iniciadas por Napoleão falharam. 

Depois de esperar um mês pela rendição, que nunca aconteceu, Napoleão, deparando-se com a chegada do intenso Inverno russo, viu-se obrigado a ordenar que o seu famélico e exausto exército deixasse Moscovo em retirada.

Durante a desastrosa retirada, o exército de Napoleão sofreu um contínuo assédio de um repentinamente agressivo e impiedoso exército russo. Acossado pela fome e pelas investidas mortais dos cossacos, o dizimado exército alcança as margens do rio Berezina, no final de Novembro, mas vê o seu caminho bloqueado pelas tropas russas. Em 27 de Novembro, forçou a passagem pelo rio Studenka ("gelado", em russo) e, quando o grosso do exército atravessou o rio dois dias depois, foi obrigado a queimar as pontes provisórias atrás de si, abandonando à sua própria sorte cerca de 10 mil soldados perdidos no outro lado do rio.


A partir dali, a retirada tornou-se praticamente uma fuga. Em 8 de Dezembro, Napoleão permitiu que o que restou do seu exército retornasse a Paris. Seis dias mais tarde, finalmente o Grande Armée escapou da Rússia, tendo sofrido uma perda de mais de 600 mil homens durante a desastrosa invasão.


wikipedia (imagens)
O exército de Napoleão em Moscovo 
A retirada de Napoleão de Moscovo - Adolph Northen 
14
Set17

14 de Setembro de 1927: A Bailarina Isadora Duncan morre em acidente de carro

António Garrochinho


Angela Isadora Duncan foi uma bailarina norte-americana, nascida a 27 de Maio de 1877 e falecida a 14 de Setembro de 1927, era filha de imigrantes irlandeses. Começou a dançar aos 14 anos. Não tendo seguido qualquer curso de dança clássica, rejeitou a técnica académica, que não podia executar por falta de preparação.Assim, deu início a um estilo próprio, a que chamou "dança livre" por não estar sujeita a regras, exprimindo apenas as emoções. Defendeu que na dança tudo o que não fosse natural deveria ser abolido. As suas coreografias eram inspiradas pelas figuras das dançarinas nos vasos gregos vistos por Isadora segundo algumas fontes, no Museu do Louvre, já outras fontes informam que tais vasos foram vistos pela bailarina no museu britânico.

Apresentou-se na Europa na viragem do século, obtendo grande sucesso. A simplicidade das suas danças surgiucomo algo de novo no meio artístico saturado do fim do século XIX. É considerada a precursora da dança moderna

Isadora Duncan era feminista e darwinista, defensora do amor livre e comunista. Por isso, a cidadania norte-americana havia sido revogada ainda no começo dos anos 1920. A sua vida pessoal havia sido uma tragédia,  particularmente ligada a automóveis. Em 1913, os dois filhos pequenos morreram afogados quando o carro em que estavam rompeu a lateral de uma ponte e mergulhou no rio Sena em Paris. Duncan, ela própria, saiu seriamente ferida em dois acidentes de carro, em 1913 e 1924. 

Isadora morreu num acidente de automóvel quando viajava num carro descapotável e a sua echarpe ficou presa a uma das rodas, estrangulando-a. Durante anos uma amiga disse que as últimas palavras proferidas antes de entrar no carro conduzido por um jovem, foram: "Adeus, amigos! Vou para a glória.", tendo anos depois rectificado que eram "Adeus amigos. Vou para o amor". A sua intenção era que Isadora fosse recordada com uma frase mais elegante que aquela que realmente proferiu.


Fontes:Isadora Duncan. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012
wikipedia (Imagens)
Arquivo: Isadora Duncan portrait.jpg

Isadora Duncan

Arquivo: Isadora Duncan 1.jpg
Isadora Duncan numa pose de inspiração grega


VÍDEOS


14
Set17

Syriza premeia o Senhor do GAL Felipe González

António Garrochinho


O galoso  reuniu com primeiro-ministro grego Alexis Tsipras

Felipe González recebeu o Prémio para a Democracia da Cidade de Atenas
 
O ex-primeiro-ministro, o socialista Felipe González está agora em Atenas, onde recebeu o Prémio Democracia da Cidade de Atenas depois que seu nome foi proposto pelo prefeito da capital grega, Georgios Kaminis .

Durante esta viagem através da Grécia, Gonzalez realizou uma reunião com primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. Nesta reunião, os dois colocaram sobre a mesa as suas ideias para melhorar a Europa, para não mencionar a crise dupla na Grécia: dos refugiado e a económica.

González quer mostrar a sua solidariedade para Tsipras ao ter que governar em uma situação tão difícil e que ambos concordaram que na UE deve haver um maior equilíbrio de poder entre os países norte e sul.

Um prémio para consolidar a "democracia"

O ex-presidente receberá do prefeito de Atenas, Yorgos Kaminisb (apoiado pelo Syriza), o Prémio Democracia da cidade de Atenas, que foi institucionalizado em 2016 e é concedido a cada ano a 15 de setembro, o Dia Internacional democracia.


A cerimónia será realizada no Odeon de Herodes Atticus ao pé da Acrópole de Atenas, num fórum de democracia organizada pelo jornal americano New York Times, em colaboração com o jornal Kathimerini grego.

odiodeclase.blogspot.pt
14
Set17

Urgente: Eles estão decapitando crianças

António Garrochinho


Quase ninguém tinha ouvido falar de Ruanda até que 800 mil pessoas foram mortas. Agora, em Mianmar, a comunidade Rohingya está sendo caçada por grupos de soldados sedentos por sangue.

É doentio. Eles estão decapitando até mesmo as crianças.

Mas veja que loucura: o exército por trás desse massacre é apoiado por países como o Reino Unido, Alemanha e Itália!

Os generais de Mianmar passaram anos construindo essas alianças. Vamos exigir que estes governos retirem seu apoio até que o massacre acabe. Quando nossa pressão for enorme, colocaremos anúncios na imprensa focados em líderes importantes antes de um grande encontro da cúpula de governos que acontecerá daqui a alguns dias!

Parem de apoiar os matadores de Mianmar

Governos de todo o mundo fizeram acordos com o exército de Mianmar, na esperança de evitar massacres como estamos vendo agora. Está claro que essa estratégia falhou, mas eles terão uma influência enorme se cortarem os laços com esses matadores!

Os rohingyas são uma comunidade muito pobre a quem é negada a cidadania de Mianmar. Eles são perseguidos há anos devido à sua pele mais escura e religião diferente. Alguns até pegaram em armas e atacaram as forças de segurança. Mas o que está acontecendo agora é uma limpeza étnica e é a pior crise que os rohingyas já enfrentaram. Assine agora e compartilhe em todos os lugares!

Parem de apoiar os matadores de Mianmar
Nós ajudamos os rohingyas antes -- quando milhares fugiram de um ataque e ficaram presos no mar, nossa comunidade global doou para apoiar missões de resgate para salvá-los. Agora eles precisam de ajuda novamente. Mais do que nunca. Vamos aumentar a pressão e evitar que isso se transforme em outra Ruanda.

14
Set17

Sai um mapa para o sr. Juncker

António Garrochinho


 


a azul a ignorância palerma do sr. Juncker
confundindo União Europeia com Europa e ignorando longitudes; a vermelho a Europa, do Atlântico aos Urais,
como sempre se aprendeu na escola.




otempodascerejas2.blogspot.pt
14
Set17

As Brigadas anarquistas da OTAN - Thierry Meyssan

António Garrochinho





Apresentado no Ocidente como a concretização de uma simpática utopia, o novíssimo «Rojava» é na realidade um Estado colonial, desejado e montado com violência por Washington. Desta vez trata-se de expulsar as populações do Norte da Síria e de as substituir por gente que não é natural de lá. Para realizar esta limpeza étnica, o Pentágono e a CIA mobilizaram combatentes nos círculos da extrema-esquerda europeia. Thierry Meyssan revela este projecto insano, em curso desde há um ano e meio.

 






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Em Fevereiro de 2016, o «Czar anti-terrorista» da Casa Branca, Brett McGurk, foi enviado pelo Presidente Obama para supervisionar a batalha de Aïn al-Arab (Kobane). Na ocasião, ele foi condecorado pelo YPG, cuja casa-mãe —o PKK turco— é no entanto considerado por Washington como «terrorista».
«A guerra, é a paz. A liberdade, é a escravatura. A ignorância, é a força».
George Orwell, 1984.
Nos anos de 1980-90, a sociedade curda era extremamente feudal e patriarcal. Ela era mantida num grande sub-desenvolvimento, o que levou os curdos a revoltar-se contra as ditaduras militares que se sucederam em Ancara [1].
O Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK) era uma organização marxista-leninista, apoiada pela União Soviética, lutando contra as ditaduras dos generais kemalistas, membros da OTAN. Ele libertou as mulheres e juntou-se aos combates progressistas. Com a ajuda de Hafez el-Assad, instalou um campo de treino militar na planície libanesa de Bekaa, sob a protecção da Força de Paz síria, ao lado do campo da FPLP palestina.
Durante este período, o PKK não achava qualificativos suficientemente duros contra «o imperialismo americano».
Aquando da dissolução da URSS, o PKK dispunha de mais de 10. 000 soldados a tempo inteiro e de mais de 75. 000 reservistas. Esta guerra de libertação destruiu mais de 3. 000 aldeias e provocou mais de 2 milhões de deslocados. Apesar deste imenso sacrifício, ela foi um fracasso.
Detido no Quénia, em 1999, durante uma operação conjunta dos serviços secretos turco, norte-americano e israelita, Abdullah Öcalan foi preso na ilha de İmralı, no Mar de Mármara. O PKK afundou-se, dividido entre o seu chefe preso, favorável a uma negociação de paz, e o seus lugar-tenentes, para quem a guerra se tornara um modo de vida. Ainda ocorreram alguns atentados, sem que se saiba verdadeiramente quais os que foram provocados por combatentes, que se recusavam a desarmar, ou por uma facção da gendarmaria, o JITEM, que recusava igualmente o cessar-fogo.
No início da «Primavera Árabe», Abdullah Öcalan reconstruiu o PKK a partir da sua cela, em torno de uma nova ideologia. No seguimento de negociações secretas com a OTAN, na prisão de İmrali, abandonou o marxismo-leninismo em favor do «municipalismo libertário». Ele que sempre lutara contra a Turquia afim de construir seu próprio Estado, o Curdistão, considerava agora que todo o Estado é, em si mesmo, um instrumento de opressão [2].
Os militantes do PKK que tinham sido forçados a fugir da Turquia, durante a guerra civil, encontraram refúgio no norte da Síria [3]. Em nome dos seus, Öcalan comprometera-se por escrito a jamais reivindicar território sírio. Em 2011, no início da guerra ocidental contra a Síria, os curdos formaram milícias para defender o país que os tinha acolhido e que os havia naturalizado.
No entanto, a 31 de Outubro de 2014, um dos dois co-presidentes do YPG, o ramo sírio do PKK, Salih Muslim, participou numa reunião secreta no palácio do Eliseu com o Presidente francês François Hollande e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdoğan. Ele viu ser-lhe prometido o posto de chefe de Estado, se concordasse em se envolver na recriação do Curdistão… mas, na Síria.
De imediato, a Coligação (Coalizão-br) Internacional, que os Estados Unidos acabam de criar pretensamente contra o Daesh (E. I.), apoiou o YPG, fornecendo-lhe dinheiro, formação, armas e um enquadramento. Esquecidas portanto as imprecações contra Washington, tornado agora um tão excelente aliado. A organização curda começou a expulsar os habitantes das regiões às quais tinha deitado o olhar de cobiça.
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Publicidade norte-americana
Uma vez que não tinha havido até aí nenhum combate do YPG contra o Daesh (EI), os Estados Unidos encenaram um terrível confronto em Ain al-Arab, rebaptizada para a ocasião com o nome kurmandji de Kobane. A imprensa internacional foi convidada a cobrir o acontecimento sem correr perigo. Esta cidade está localizada na fronteira sírio-turca e os jornalistas puderam seguir os combates com binóculos a partir da Turquia. Ignora-se aquilo que verdadeiramente se passou em Ain al-Arab, uma vez que a imprensa não foi autorizada a lá entrar. No entanto dispõe-se de imagens filmadas por tele-objectiva e parecendo confirmar de longe os comunicados relatando a selvajaria dos combates. Seja como for, o Ocidente unanimemente concluiu que os curdos eram os aliados de que eles precisavam contra o Daesh(EI) e a Síria.
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«Nem Deus, nem Estado!», venham defender o Estado de «Rojava» e lutar «contra todas as forças da reacção», ao lado do Império americanos
A imprensa ocidental assegura que metade dos soldados curdos são mulheres, como estatutariamente metade das instâncias dirigentes do PKK / YPG. Ora, sobre o terreno a sua presença é raríssima. Os jornalistas afirmam igualmente que elas aterrorizam os jiadistas, para os quais ser morto por uma mulher seria uma maldição interditando o acesso ao paraíso. Curiosamente, a mesma imprensa ignora que o Exército Árabe Sírio inclui também batalhões femininos, que os jiadistas atacam com a mesma raiva que dispensam aos seus homólogos do sexo masculino.
Apesar das aparências, o YPG não é tão numeroso como afirma. Muitos curdos sírios consideram os Estados Unidos como um potência inimiga e a Síria como a sua nova pátria. Eles recusam a seguir as fantasias de Salih Muslim. Assim, o Pentágono adicionou aos «seus« curdos, não só alguns mercenários árabes e assírios, mas sobretudo militantes da extrema-esquerda europeia.
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Da mesma forma que a CIA alistou brigadas de dezenas de milhares de jovens muçulmanos ocidentais para fazer deles islamistas, do mesmo modo, ela recrutou anarquistas europeus para formar Brigadas Internacionais, dentro do modelo das que se bateram em 1936, em Barcelona, contra os fascistas. Encontra-se assim, como tropas complementares do YPG/OTAN, o Batalhão Antifascista Internacionalista (Europa Central), a Brigada Bob Crow (Ingleses e Irlandeses), a Brigada Henri Krasucki (Franceses), as Forças Internacionais e Revolucionárias da Guerrilha do Povo (Americanos), a União Revolucionária para a solidariedade internacional (Gregos), a União do Partido marxista-leninista (Espanhóis) e todos os grupúsculos turcos pro-EU (DK, DKP, MLSPB-DC, PDKÖ, SI, TDP, TKEP/L , TKPML), citando apenas os mais salientes [4].
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Vinde lutar contra o Capital, com as Forças especiais dos Estados Unidos em «Rojava» !
A batalha de Ain al-Arab, suposta de opondo jovens Sírios favoráveis ao Califado a jovens Curdos, custou sobretudo a vida, de uma parte e de outra, a jovens Europeus em busca de um mundo melhor. Os países europeus inquietam-se com o possível retorno de jovens jiadistas a suas casas, mas não do de jovens anarquistas, afinal também perigosos. Provavelmente porque é muito mais fácil manipular estes últimos e de os reciclar nas próximas aventuras imperialistas.
Em Junho de 2015, o Partido Democrático dos Povos (HDP), a nova expressão política do PKK, recebeu um abundante apoio financeiro e enquadramento da CIA, contra o AKP de Recep Tayyip Erdoğan. Subitamente, ele atingiu o mínimo dos 10% de votos necessários para entrar na Grande Assembleia Nacional e conseguiu 80 deputados.
A 17 de Março de 2016, o YPG proclamou a autonomia de «Rojava», quer dizer da língua de terra ligando a região do Curdistão Iraquiano ao mar Mediterrâneo, a todo o comprimento da fronteira sírio-turca, mas unicamente do lado sírio. Entretanto «Rojava» incluiria ainda, parcialmente, a zona de Idlib actualmente ocupada pela Alcaida.
Sendo este Estado proclamado por gente que daí não é natural em detrimento dos autóctones, trata-se, pois, de um projecto colonial, comparável a Israel, auto-proclamado na Palestina por judeus que aí haviam comprado terras. A denominação «Rojava» foi escolhida para distinguir este território do «Curdistão» que, como tal, se localiza na Turquia, onde foi proclamado em 1920 pela conferência de Sèvres [5].
Numa altura em que o emirado da Alcaida em Idlib e o califado do Daesh(EI) em Rakka vão encolhendo progressivamente, a OTAN prossegue o seu plano de divisão da República Árabe Síria e ambiciona criar o «Rojava» de Kameshli.
A imprensa ocidental observa deslumbrada esta «Rojava», adornado com todas as virtudes da moda: pacifista, igualitária, feminista, ecologista, favorável à construção da identidade de género, etc. [6]. Pouco importa que o YPG seja um exército. Pouco importa que ele lute contra os históricos habitantes do Norte da Síria, os árabes e os assírios, uma vez que no papel formou com eles as Forças Democráticas.


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 Na Síria, as Brigadas anarquistas europeias combatem sob o comando norte-americano.
Os programas do YPG sírio e do HDP turco correspondem à estratégia militar dos EUA. Desde 2001, o Pentágono prevê, a médio prazo, «a remodelagem do Médio-Oriente Alargado», quer dizer a divisão dos grandes Estados em pequenos Estados homogéneos, incapazes de lhe resistir. A mais longo prazo, prevê lançá-los uns contra os outros até fazer regredir a região ao caos original.
Não foi «Rojava» proclamada como Estado independente porque, segundo o “novo” Öcalan, todo o Estado-Nação seria um mal em si mesmo. De acordo com a OTAN, é apenas um Estado autónomo que deverá se confederar com outros Estados autónomos como os que irão suceder ao Estado-Nação Sírio, uma vez que tenha sido derrubado. Segundo o teórico de referência do «municipalismo», o Norte-americano Murray Bookchin, para funcionar de maneira democrática, as comunidades libertárias devem ser homogéneas. É por isso que o «pacifista» YPG procede actualmente à limpeza étnica de «Rojava».
QED [7] .
Tradução

www.voltairenet.org
14
Set17

A Russia e a China contra o império do dólar

António Garrochinho



Um vasto arco de tensões e conflitos se estende da Ásia oriental à central, do Oriente Médio à Europa, da África à América Latina.
Por Manlio Dinucci (*)
Os “pontos quentes” ao longo deste arco intercontinental – Península Coreana, Mar do Sul da China, Afeganistão, Síria, Iraque, Irã, Ucrânia, Líbia, Venezuela e outros – têm história e características geopolíticas diversas, mas são ao mesmo tempo ligados a um único fator: a estratégia com que o “império americano do Ocidente”, em declínio, tenta impedir a emergência de novos sujeitos estatais e sociais.
O que Washington teme se compreende com a Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), realizada de 3 a 5 de setembro em Xiamen, na China. Exprimindo “as preocupações dos Brics sobre a injusta arquitetura econômica e financeira global, que não tem em consideração o crescente peso das economias emergentes”, o presidente russo Putin sublinhou a necessidade de “superar o excessivo domínio do número limitado de moedas de reserva”.
Clara referência ao dólar dos EUA, que constitui quase dois terços das reservas monetárias mundiais e a moeda com que se determina o preço do petróleo, do ouro e de outras matérias primas estratégicas. Isto permite aos EUA manter um papel dominante, imprimindo dólares cujo valor se baseia não na real capacidade econômica estadunidense mas no fato de que são usados como moeda global.
Contudo, o yuan chinês entrou há um ano na cesta de moedas de reserva do Fundo Monetário Internacional (juntamente com o dólar, o euro, o yen e a libra esterlina) e Pequim está para lançar contratos de compra de petróleo em yuan, convertível em ouro.
Os Brics demandam também a revisão das cotas e portanto dos votos atribuídos a cada um no interior do Fundo Monetário: os EUA, sozinhos, detêm mais do dobro dos votos do conjunto dos 24 países da América Latina (incluindo o México) e o G7 detém o triplo dos votos do grupo dos Brics.
Washington vê com crescente preocupação a parceria russo-chinesa: o comércio entre os dois países, que em 2017 deverá somar 80 bilhões de dólares, está em forte crescimento; aumentam ao mesmo tempo os acordos de cooperação russo-chineses nos campos energético, agrícola, aeronáutico, espacial e no da infraestrutura.
A anunciada compra de 14% da empresa petrolífera russa Rosneft por parte de uma empresa chinesa e o fornecimento de gás russo à China na quantidade de 38 bilhões de metros cúbicos por ano através do novo gasoduto de Sila Sibiri, que entrará em funcionamento em 2019, abrem às exportações de energia russa a via para o Leste enquanto os EUA buscam bloquear a Oeste, para a Europa.
Perdendo terreno no plano econômico, os EUA lançam sobre um dos pratos da balança a espada da sua força militar e sua influência política. A pressão militar dos EUA no Mar do Sul da China e na Península Coreana, as guerras dos EUA/Otan no Afeganistão, Oiente Médio e África, o golpe dos EUA/Otan na Ucrânia e o consequente confronto com a Rússia, estão dentro da mesma estratégia de confronto global com a parceria russo-chinesa, que não é somente econômica, mas geopolítica.
Isto inclui também o plano de minar os Brics por dentro, instalando a direita no poder no Brasil e em toda a América Latina. Isto o confirma o comandante do Comando Sul dos EUA, Kurt Tidd, que está preparando contra a Venezuela a “opção militar” ameaçada por Trump: em uma audiência no Senado, acusa a Rússia e a China de exercitar uma “influência maligna” na América Latina, para fazer avançar também aqui “a sua visão de uma ordem internacional alternativa”.
(*)  publicado em Il Manifesto; tradução de José Reinaldo Carvalho 

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14
Set17

CURIOSIDADES GEOGRÁFICAS – QUAIS OS LUGARES MAIS QUENTES DO PLANETA?

António Garrochinho


lugares quentes

Não suporta o verão? Tem vontade de mudar de país quando as temperaturas ultrapassam os 30°? Então fique bem longe desses lugares:
Dallol, Etiópia
Se você acha que alguns lugares no Nordeste brasileiro são muito quentes e até perigosos para a saúde dos habitantes, saiba que o ponto mais quente do Brasil ainda está longe de Dallol, uma cidade na Etiópia que marca 35 °C quando o dia está fresco.
Cercada pelo deserto de Danakil, Dallol tem uma temperatura média de 40 °C durante o ano e, entre junho e agosto, é comum que os moradores sobrevivam sob um sol de 47 °C. O cenário na cidade até lembra outro planeta: calor extremo, muitas rochas e areia.
etiopia
Wadi Halfa, Sudão
É uma cidade que está localizada no centro do deserto do Saara. O ar que dessa região subtropical tem uma forte influência na região vizinha, produzindo um seco e extremamente quente deserto.
A precipitação média é de 2,45 mm por ano.
Vale da Morte, EUA
Habitado por ao menos mil anos pela tribo dos Timbisha, o Vale da Morte ganhou o nome dos aventureiros que se atreveram a cruzá-lo no início do século 19, atraídos pela febre de ouro.
Em 1994, o local foi declarado parque nacional. Atualmente, cerca de 1 milhão de pessoas visitam o Vale da Morte a cada ano para desfrutar de sua espetacular paisagem desértica.
Entrar neste lugar quando as previsões meteorológicas apontam para temperaturas superiores a 53°C não parece ser uma boa ideia.
vale da morte
Deserto Lut, Irão
Na área, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, as temperaturas chegam a até 70°C.
Em persa, a região é chamada Dasht-e-Loot, o que significa algo como “deserto do vazio”. Mas apesar desse nome, foram descobertos ali água, insetos, répteis e raposas do deserto.
Tirat Tzvi, Israel
Nessa pequena cidade foi registrada a temperatura recorde asiática de 53,9°C (129,0°F) em 21 de junho de 1942.
Timbuktu, Mali – a cidade já registrou a sufocante temperatura de 54,4°C
É uma cidade no centro do Mali, capital da região de mesmo nome. Apesar de não mostrar o esplendor da sua época áurea, no século XIV e estar a ser engolida pela areia do deserto do Saara, ainda tem uma importância tão grande, como depositório de saber, que foi inscrita pela UNESCO, em 1988, na lista do Patrimônio Mundial.
A desertificação e a acumulação de areia trazida pelo vento seco harmattan já destruíram a vegetação, o abastecimento em água e muitas estruturas históricas da cidade.
Queesland, Austrália – caso visite o estado australiano de Queensland se prepare para temperaturas de até 68,9°C.
O clima de Queensland é essencialmente tropical e permite a existência vastas florestas tropicais e mangais junto à costa. O interior é seco e semidesértico.Graças ao seu clima e grande extensão de costa, Queensland é um destino bastante apreciado por veranistas australianos bem como turistas estrangeiros. As atracções principais do estado são a Grande Barreira de Coral e as ilhas costeiras.
Turfan, China – esta área fica a noroeste da província chinêsa de Xinjiang e já viu temperaturas acima de 50°C.
No local existe um peculiar sistema de irrigação subterrânea, que utiliza poços interligados por túneis que fornecem irrigação nas áreas desérticas. Este método de irrigação foi difundido em Xinjiang durante a época da Dinastia Han. Os poços recolhem a água corrente de neve derretida e são interligados de modo que a parte inferior de um poço é ligada com outro poço escavado em um terreno mais abaixo. A maioria desses túneis de irrigação se estendem por cerca de 3 Km, mas alguns chegam a ter 30 km de extensão. Há cerca de 1.100 desses poços na região de Hami e da Depressão de Turpan. Atualmente, o comprimento total desses túneis subterrâneos de irrigação na região de Xinjiang é estimado em 3.000 Km. Trata-se de uma façanha de engenharia comparável à Grande Muralha e ao Grande Canal. A plantação de uvas na região, somente é possível devido a existência desses poços.
Kebili, Tunísia – esta cidade tunisiana já registrou 55º C.
Situa-se à beira de um oásis do deserto do Saara, entre o Chott el Jerid (a noroeste) e o Chott el Fejaj (a nordeste), o território a norte constitui aquilo a que se poderia chamar uma península se os chotts fossem verdadeiramente lagos, já que é uma faixa de terra que separa os dois chotts que estão ligados por uma faixa estreita no sentido este-oeste. A cidade encontra-se 95 km a sudeste de Tozeur, 30 km a norte de Douz, 120 km a oeste de Gabès, 110 km a sul de Gafsa e 470 km a sul de Tunes (distâncias por estrada).
Ghadames, Líbia – Já registrou temperatura de 55°C
A boa notícia é que não há uma temperatura definida de quanto os humanos não conseguem mais aguentar e o grande problema é mesmo lidar com a humidade.


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14
Set17

BERARDO - AS TRANQUIBÉRNIAS DO AMOR À ARTE - PARTE 2 e 3

António Garrochinho


Berardo – As Tranquibérnias do Amor à Arte-2

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2- As telenovelas do amor às artes e do investimento em arte

O amor à arte do Berardo começa quando as máquinas em que lavava o cupão ameaçaram gripar. O lavador era Pedro Caldeira, corretor oficial da Bolsa que fez negócios de milhões nos anos 1985 até 1987, quando se andava a “comprar gato por lebre”, como disse Cavaco primeiro ministro antecipando o crash bolsista. Francisco Capelo, sócio de Caldeira, vendo crescer o incêndio em que Caldeira iria ser devorado, avisou Berardo que as máquinas onde ele lavava regularmente o cupão, fugindo a pagar ao fisco  milhares de contos, iam queimar os disjuntores. Berardo retirou os fundos que tinha entregue a Caldeira acelerando a sua queda. Francisco Capelo tornou-se colaborador próximo de Berardo, convence-o a investir em arte. Desperta-lhe um amor súbito e avassalador pelas artes. Deve ter sido uma fantástica revelação descobrir que Dubuffet não era uma cadeia de restaurantes, Duchamp uma linha de cosméticos, Yves Klein, uma marca de jeans, mas artistas que produziam umas coisas chamadas obras de arte que tinham a particularidade de não se desvalorizarem. Uma coisa é certa, Berardo é um óptimo farejador. Rapidamente percebe, do lado dos bens materiais. o interesse em explorar esse nicho de mercado que andava com os preços em baixa. Do lado dos bens imateriais o estatuto social a que se alcandoraria e, entre os meios intelectuais, a corte que rapidamente recrutaria a baixo custo. Essa reviravolta começa a ser notada no mundo dos leilões a partir de 1993. Torna-se tão frenética que no final de 94 a Art News falava de um «Portugal’s mystery man» que agitava, sob anonimato, os leilões desses anos de crise. Depois de Francisco Capelo se dar a conhecer The Art Newspaper noticia que sempre que ele é visto nas salas dos leilões já se prevê o entusiasmo com que licitará obras para a colecção Berardo.
Capelo homem ligado à banca de investimentos depois da experiência adquirida na corretagem, “a minha vida é fazer negócios”, com o lastro da “arte de fazer dinheiro, minha e do comendador, não é má” atirou-se ao mercado numa altura em que os preços se tinham afundado, depois da grande especulação dos anos 80. As galerias estavam crivadas de dívidas à banca, sendo obrigadas a vender os seus activos e não tinham capacidade para renovar stocks, fossem melhores ou piores. As obras de arte dos anos pós-guerra estavam a preço de saldo por serem raríssimos os compradores. São os anos felizes em que se tornou numa estrela do mercado das artes e, justiça seja feita, construir uma colecção coerente, independentemente das avaliações estéticas. Ele sabe, bem sabe, que comprar uma obra de arte por maior que seja a paixão, enredo em que não se deixa enredar, é sempre um investimento apesar de dizer que “isso é uma estupidez (…) as pessoas que dizem que compram arte para ganhar dinheiro vão perder de certeza, porque não é essa a atitude para comprar arte”. Diz isto, sem uma ruga de dúvida, quando o historiador Hendrik Willem van Loon afirma, preto no branco, que  “a arte é melhor barómetro do que está a acontecer no nosso mundo. É melhor que o mercado de acções ou os debates no congresso”. Nesses anos por cá a Banifundos, a sociedade gestora de fundos do Banif, foi autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o supervisor do mercado financeiro, a abrir as portas a quem quisesse investir em arte através de um fundo de investimento o Art Invest. O seu principal património, 63%, era  o The Fine Art Fund, o primeiro fundo do The Fine Art Fund Group,  um fundo gerido em Londres, embora esteja constituído sob a forma de uma sociedade em Delaware, no EUA. O prospecto da oferta pública de subscrição do Art Invest alertava que o The Fine Art Fund, é “um fundo que não está sujeito a nenhuma entidade reguladora nem supervisora acarretando por esse motivo um risco acrescido”. Risco acrescido ou benefício acrescido para os subscritores a quem era concedida a graça, a quem investisse 150 mil euros nesse cabaz de bens artísticos, de levar temporariamente algumas obras de arte para casa. Um amor à arte com prazo de validade.
Capelo faz aquelas afirmações com uma convicção inoxidável, quando um banco de negócios, entra no universo banca por essa altura, o Banco Privado Português (BPP) de Rendeiro, Berardo acionista, começa em 2004, a entrar nas artes com um novo produto financeiro, um fundo internacional de investimentos em arte, com dez por cento do capital assegurado pelo próprio banco, projecto que visava de início constituir uma colecção que poderia vir a ser vendida em bloco, ao fim de dez anos. O fundo evoluiu para uma fundação, a  Ellipse Foundation, com sede na Holanda. João Rendeiro, o celebrado banqueiro que oito dias antes do BPP falir lançou, com pompa e circunstância, um livro Testemunho de um Banqueiro com o  subtítulo A história de quem venceu nos mercados e um autocolante a pregoar Invista com segurança – 10 conselhos, diz que isso “nunca foi ponderado embora o projeto tivesse uma componente de investimento em relação aos participantes na fundação”. Será preciso fazer um desenho? Se calhar para o Capelo é.
As compras eram feitas por uma comissão especializada de curadores, bem incrustados no sistema que às incompatibilidades dizem nada. Um tem um longo percurso de natação nas artes e viria a ser assessor para a cultura de Sócrates-primeiro ministro, outro era director do Museu do Chiado o terceiro era curador do banco Morgan. Isto gerou alguma controvérsia , com bastante complacência da imprensa cultural lusitana, brandura que não teve a revista espanhola Exit Express num editorial intitulado Elíticamente Tuyo. Mais tarde voltou, aliás, a fazer referência ao assunto. Essa equipa, assessorada por outros nomes sonantes, selecionava e comprava obras de arte com maior potencial de valorização no mercado para garantir aos investidores uma rápida  rentabilização. São dois fundos de investimentos em arte, sob a forma de fundação ou não. São comparáveis aos hedge fund, com a diferença de a possibilidade de replicação do investimento ser mais segura, os activos não desvalorizarem.
Pela lógica de Capelo, os fundos seriam estúpidos. Nem os manipuladores do fundo são estúpidos (outras histórias para contar) nem o é Capelo que pregava para o aquário do mundo das artes onde nadam muitos peixes que acreditavam e acreditam ou fingiam e fingem acreditar nessas lérias. Ele e todos nós sabemos que a obra de arte é filtrada pelos museus galerias, coleccionadores, instituições públicas, feiras de arte. Que sobre as obras de arte escreve-se em meios de comunicação social, generalistas ou especializados, muitos deles suportados pelos seus circuitos comerciais. Uma massa flutuante de informação que acaba fixada na(s) História(s) de Arte que desse modo as certificam. Na arte a história e a crítica valem dinheiro. Está-se bem perto dos métodos de funcionamento do sistema financeiro em que Capelo é especialista. Também sabe, como todos nós sabemos, que as galerias de arte, os museus e as colecções de arte polarizam artistas e público. Codificam preconceitos e reforçam a imagem de uma classe média e média-alta. Que aí a estética é transformada em elitismo através do pretensiosismo social, financeiro e intelectual. Que esses, em última análise, são locais onde se vendem estacionam ou coleccionam objectos de arte, onde o artista é um individuo comercial disfarçado por um espaço institucionalizado que o protege da análise e crítica do público. É uma estultícia mistificar esse universo onde, nos nossos dias, convivem Piero de la Francesca, Rembrandt, Picasso, Matisse com Hirst, Koons, Tracey Emin, Warhol ou por cá, para nos limitarmos aos contemporâneos e a quatro nomes, Júlio Pomar e Paula Rego com Joana Vasconcelos e Barahona Possollo. A arte é actualmente um nicho do mercado dos objectos de luxo. Isto é possível porque a crítica de arte está reduzida a uma espécie de crónica e de promoção publicitária dos artistas sem colocar questões de ordem estética, poética ou até relacionadas com a história de arte. São um instrumento do mercado. Desnudar, desvendar os mecanismos económicos e institucionais em que se fundam não tem comprometido a sua credibilidade cultural nem a sua credibilidade comercial e mundana. Aliás essas desmistificações, por mais sérias e credenciadas que sejam, são sistematicamente remetidas para locais onde se espera fiquem sepultadas. Raramente ultrapassam os muros que defendem a rede de interesses económicos que domina o mercado e impõe, com arrogância ou manhosamente, os seus ditames. É o triunfo do economicismo puro e simples que para Ariel Kolnai, Le Degout. não é repugnante, quando procede segundo uma lógica abstracta da qual a vida está excluída. Passa “a ser repugnante quando se entrincheira por detrás dos valores, da ideologia, ou seja, por detrás duma afectividade enganadora e hipócrita”. No aqui interessa, a instituição da arte contemporânea torna-se repugnante quando oculta o seu carácter de mercado de bens de luxo por detrás da exaltação retórica de um idealismo estético em que ninguém acredita.


Berardo – As Tranquibérnias do Amor à Arte – 3


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O amor à arte em vários andamentos facetos e grossos sofismas

Capelo sabe-o muitíssimo bem e quando afirma “odeio as relações de dinheiro com a arte (…) A passagem do mundo do dinheiro para o mundo do prazer estético para mim não funciona” está a ter uma tirada digna dos Gatos Fedorentos mais ainda quando mistura alhos com bugalhos “tenho tanto prazer a ver um Pollock, um «dripping» que pode custar cinco a dez milhões de dólares, como a ver um Michaux ou um Mark Tobey que custam umas dezenas de milhares de dólares — isso não tem nada a ver com dinheiro”. Um sofisma que faria Protágoras corar de inveja. Quem está a ter prazer estético ao ver uma paisagem do Hogan não está a pensar no seu valor de mercado. Se a compra, esse prazer estético começa a ter um valor de mercado que não corrói o prazer estético, mas altera-o. Ninguém vai a um museu ver obras pelo seu valor de mercado, nem o valor de mercado está inscrito nos catálogos. Mas todas as obras têm valor de mercado. Capelo podia-se poupar a alinhar mistificações para as compras que fazia para Berardo, já era suficiente metê-las no cartucho do putativo amor à arte do comendador. Fazia as compras colocando nos pratos da balança o valor estético e o valor de mercado antes de decidir se efectuava ou não a sua aquisição. Podia-se poupar e poupar-nos a essa exibição de hipocrisia, bastava lembrar-se de Warhol, esse malabarista mestre do cinismo artístico, “a melhor arte é um bom negócio” e de como o mercado das artes canibaliza o prazer estético.
A colecção cresceu centrada, pelas razões referidas, na arte pop e minimalista. Foi publicamente exposta pela primeira vez em Sintra, em 1997. Para lá das críticas, das dúvidas que poderia suscitar era um vasto e coerente conjunto de obras de arte moderna internacional, coisa que não existia em Portugal. O espaço era escasso para a dimensão que a colecção já nessa altura tinha. As loas à volta de Berardo-coleccionador de arte que é o mesmo Berardo-especulador faziam soar os trompetes dos famosos nos mais variados tons e sons. O interesse do comendador Berardo pela arte foi narrado das mais diversas maneiras, algumas bastante extravagantes. Uma das mais curiosas talvez seja a relatada por Maria João Seixas num programa da Antena 2, em que fazia a defesa da necessidade da colecção Berardo ficar sediada em território nacional. Contou a jornalista cultural e amante cinematográfica que, num jantar em que participou com o comendador na continuidade de uma inauguração de uma exposição temática da colecção, Berardo explicara que tendo decidido preencher uns vazios das paredes lá de casa, incumbiu a mulher de o fazer, o que ela fez recorrendo a reproduções, o que muito o indignou. Não querem lá ver, então um homem de tantos cabedais ia ter nas paredes reproduções? Não senhor, venham de lá os originais. E assim começou a colecção, historieta que muito enlevou os prendados presentes e João Seixas, transportada no delírio cinematográfico de se sentir intérprete de uma cena portuguesa a replicar em versão nefelibata O Gosto dos Outros, alumbrada com a simplicidade e as ingenuidades do comendador, rapidamente corrigidas com o contributo de muito bons, na sua opinião, conselheiros. Berardo, com esse novo baralho entre mãos, batia as cartas com estridor. O rasca Berardo tinha subido os degraus dos altares da arte contemporânea em que os mais mediáticos protagonistas tanto se veneram como surdamente se pontapeiam. Começou a desfilar em vários palcos debitando sentenças farroupilhas, vestido com o smoking de benemérito das artes alugado num adelo da roda da moda.
A colecção continuava a crescer, até que em outubro de 1999, Francisco Capelo abandona a colecção e o comendador avisando o mundo em alta grita que a colecção poderia “vir a ser alvo de eventual dispersão e destruição” porque Berardo tinha a “lógica perversa de sempre mais dinheiro” blalala faz barrela pública onde desfaz todo o seu argumentário anterior. Uma chuva que molha, mas não trespassa a nova plumagem de Berardo que não precisa de vir à janela para os joãos ratões lhe entrarem porta dentro oferecendo-se para substituírem Capelo e o orientarem nos labirintos dos terreiros onde se mercadejam obras de arte. Ele aí vai, ora com uns ora com outros, não perdendo tempo a destratar na praça pública Capelo, “ele que me pague o que deve”, que com tanto carinho lhe tinha maquilhado a imagem de padrinho das artes. O polimento não tinha sido suficiente para afagar a casca grossa do comendador como mais tarde e sempre se verá. Mas tinha sido o suficiente e necessário para Berardo em 2003 ocupar o 56º lugar e em 2007 o 75º lugar entre os mais poderosos das artes na lista que a ArtNews publica regularmente. Nada como ter dinheiro fresco, venha lá de onde vier, e ir às compras, para se ser poderoso e influente no mundo das artes.  Neste estado da arte os critérios económicos, coteje-se com atenção os últimos dez anos dessa variante forbes da ArtNews, dominam os estéticos, mesmo o das  falácias de Danto e de uma crítica de arte que é certeiramente radiografada Mário Perniola  em A Arte e a sua Sombra  “no mundo da crítica da arte jovem está difundida a opinião de que a arte de hoje pode prescindir da teoria: o papel do crítico de arte deveria limitar-se a uma espécie de crónica e de promoção publicitária dos artistas que lhe agradam, sem nunca intervir em questões, já não digo estéticas, mas poéticas ou até relacionadas com a história da arte”. Não é um exclusivo das artes visuais expande-se pelo estado geral da cultura que já nos anos 50 inquietava Blanchot: “secretamente dramático é saber se a cultura pode alcançar um valor último ou se não pode fazer mais do que desdobrar-se gloriosamente no vazio contra o qual nos protege, dissimulando-o”. Desde esses anos tudo se tem agravado e muito, cite-se novamente Perniola, “a arte tende a dissolver-se na moda, a qual embota e apaga a força do real, dissolve a radicalidade, normaliza e homogeneíza todas as coisas num espectáculo generalizado”. É uma fábrica de provocações frustres procurando assombrar uma burguesia entediada com o seu próprio tédio, uma burguesia insusceptível de se escandalizar num mundo inenarrável por demasiado ligeiro, demasiado absurdo, onde nada se repete porque tudo é meramente casual onde, dirá Kundera,” tudo está já perdoado e por isso cinicamente permitido”.

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