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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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16
Set17

O vilarejo alemão que quase mudou o curso da 2ª Guerra e influenciou futuro das armas de destruição em massa

António Garrochinho


Míssil alemão em campo de testes de PeenemundeDireito de imagem
Image captionA temida e terrível bomba V2 causou pânico na Europa durante a Segunda Guerra
Com praias, um famoso sanduíche à base de peixe e um histórico de visitas da realeza prussiana, a ilha alemã de Usedom tem apelo turístico. Mas o remoto balneário teve outra função durante 1936 e 1945, quando foi ocupado pelos nazistas.
Em 1935, o engenheiro Wernher von Braun, em visita à ilha, a escolheu como o local perfeito para abrigar um programa de desenvolvimento e testagem de mísseis.
Isolada e oferecendo o Báltico como campo de provas, Usedom tornou-se então uma imensa fábrica de armas.

No auge de seu funcionamento, 12 mil pessoas trabalharam na construção de foguetes em uma fábrica que ocupou 25 quilômetros quadrados de área. Mas as pesquisas levadas a cabo nas cercanias do vilarejo de Peenemunde não apenas foram cruciais durante a Segunda Guerra Mundial - seu impacto também se deu na criação de armas de destruição em massa e mesmo na conquista espacial.

'Arma da Vingança'

Tudo o que resta do complexo é o prédio de tijolos vermelhos que servia de usina de força e hoje abriga o Museu Histórico Tecnológico de Peenemunde. Seus jardins são decorados com modelos de foguetes e a coleção do museu inclui documentos e fragmentos de protótipos.
Em um manuscrito datado de 1942, o líder militar do programa balístico, Walter Dornberger, resumiu bem a importância de Peenemunde para o esforço de guerra.
Naquele ano, os nazistas testaram com sucesso o Agreggat 4 (A-4), o primeiro míssil de longo alcance e que ficaria conhecido como V2 ou "Arma da Vingança".
"Desenvolvemos algo que é uma das mais revolucionárias invenções da história recente e que nos dará superioridade militar, econômica e política", escreveu ele em um manuscrito encontrado no complexo.
Vista aérea de PeenemundeDireito de imagemMADHVI RAMANI
Image captionO pátio do Museu Histórico Tecnológico guarda relíquias dos tempos de produção em massa de mísseis
Mas se os líderes do programa bélico acreditavam que os mísseis seriam vitais para ganhar a guerra, uma pessoa se matinha cética: Adolf Hitler.
O complexo não estava totalmente construído quando o líder nazista iniciou sua campanha militar, em 1939, o que forçou uma corrida contra o tempo e uma busca por materiais, estafe e verbas.

Foi apenas depois de ver um filme com o teste bem-sucedido do A4, que Hitler enfim deu sinal verde.

Trabalho escravo

Ainda assim, a situação era crítica e, em junho de 1943, os nazistas trouxeram 2,5 mil prisioneiros de campos de concentração para trabalhar em regime forçado na produção de mísseis. Registros mostram que a maioria vinha de França, Bélgica e Holanda.
Os prisioneiros trabalhavam sob condições terríveis na construção de armas que iriam causar terror e devastação em seus próprios países.
No verão europeu de 1943, os serviços de inteligência britânicos perceberam a importância de Peenemunde. Voos de reconhecimento revelaram a linha de produção de mísseis, que teria de ser interrompida - até porque nada menos que 1,5 mil mísseis V2 caíram no Reino Unido, a maioria deles em Londres, causando a morte de pelo menos 7 mil pessoas.
Na noite de 17 de agosto, a Força Aérea Britânica bombardeou Peenemunde, na maior operação aérea do país contra um único alvo durante a Segunda Guerra.
A operação não foi um sucesso no que diz respeito à destruição, mas atrasou a produção de mísseis e obrigou o programa a se transferir para a região central da Alemanha.
Fábrica abandonada em PeenemundeDireito de imagemALAMY
Image captionCerca de 2,5 mil prisioneiros de campo de concentração foram forçados a trabalhar na construção dos mísseis

Mea culpa

Em 1944, Hitler admitiu para Dornberger que cometeu um erro ao não ter aprovado o projeto mais cedo.
"Em toda minha vida, só pedi desculpas para dois homens. O primeiro foi o marechal Von Brauchitsch. Não lhe dei ouvidos quando ele me falou diversas vezes sobre a importância das pesquisas (sobre mísseis). O segundo homem é você."
Mas o fim da guerra não representou o final do trabalho em Peenemunde. Os aliados estavam interessados na tecnologia balística do projeto V2, o primeiro foguete a lançar uma ogiva em uma trajetória pré-determinada. Cientistas e engenheiros que trabalharam no projeto receberam ofertas de asilo, cidadania e empregos em países como EUA, URSS, e Reino Unido.
Prédio atingido por V2 em LondresDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionExplosões causadas pela V2 mataram pelo menos sete mil pessoas no Reino Unido
Wernher Von Braun, por exemplo, mudou-se para os EUA e esteve à frente do desenvolvimento dos foguetes que levaram o homem à Lua. O trabalho lá feito influenciou os desenvolvimentos posteriores no que diz respeito aos mísseis.
O mais importante legado de Peenemunde, porém, é a reflexão sobre o impacto tecnológico e o papel de cientistas e engenheiros.
Como diz o curador do Museu Histórico Tecnológico, Phillip Aumann: "Progresso e inovação são um aspecto-chave das sociedades modernas. Nós temos influência sobre o que é pesquisado e desenvolvido".



www.bbc.com
16
Set17

CONHEÇA 10 SEGREDOS SUJOS DA IGREJA CATÓLICA

António Garrochinho


Ao longo da sua longa história, a Igreja Católica tem sido abalada por escândalos que vão desde a criação da Ordem dos Templários, o julgamento de Galileu até a Madre Teresa??. Ao longo do século 20 e 21, muitos escândalos vieram à tona, mesmo com a Igreja tentando mantê-los em segredo.
Confira 10 segredos sujos da Igreja Católica e se surpreenda:

O retorno das crianças judias batizadas

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Enquanto o Papa Pio XII foi condenado por permanecer em silêncio sobre o Holocausto, a Igreja Católica tomou medidas para salvar milhares de judeus dos nazistas. Alguns judeus italianos e húngaros conseguiram certificados de batismo falsos e outros documentos identificando-os como católicos. Na França, muitas crianças judias foram batizadas e colocadas em escolas e orfanatos católicos para escondê-las dos nazistas.
O problema é o que aconteceu em seguida. Quando a guerra terminou, a Igreja Católica na França emitiu uma ordem que proibia os seus representantes de devolver as crianças judias que tinham sido batizados como católicas. O documento declarava firmemente que "as crianças que foram batizadas não devem ser confiadas a instituições que não estariam em condições de garantir a educação cristã."
A questão veio pela primeira vez à público na França, com o famoso caso de Robert e Gerald. Até hoje não está claro quantas crianças judias a Igreja Católica resgatou mas não devolveu ao seus pais.

Igreja Católica e o apoio ao Fascismo

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Em fevereiro de 1929 o ditador italiano Benito Mussolini assinou um tratado com a Igreja Católica, selando a paz entre o Estado Italiano e a Santa Sé. A benção do Sumo Pontífice ao acordo de certo modo legitimou o líder fascista aos olhos do mundo católico e sedimentou uma estranha aliança entre um regime político que exaltava a violência e a guerra com uma religião que enaltecia o amor e a concórdia.

Igreja Católica e o abuso sexual contra crianças

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O abuso infantil dentro da Igreja Católica tem sido um problema por um longo tempo, mas a questão só se tornou pública no final de 1980. O abuso é um enorme escândalo em si, mas o fato de que demorou tanto tempo para vir à tona esse tipo de crime é ainda pior: A Igreja Católica, como instituição, procurou deliberadamente encobrir o abuso de crianças e padres pedófilos.

Igreja e o auxílio na fuga de nazistas no pós 2° Guerra

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No final da II Guerra Mundial, muitos criminosos de guerra nazistas tentaram fugir da Europa para evitar processos. Em pelo menos alguns casos, eles receberam ajuda de altos clérigos católicos. Em dezembro de 1944, a Igreja permitiu que um bispo chamado Alois Hudal visitasse prisioneiros nazistas mantidos em campos de aliados, presumivelmente para fins religiosos. No entanto, o bispo Hudal usou sua posição para ajudar um número grande de criminosos de guerra nazistas fugir em segurança.
Hudal ajudou a criar rotas de fuga conhecidas como "ratlines", permitindo que os nazistas que queriam fugir para a América do Sul.Ele usou sua posição na hierarquia da Igreja para obter passaportes e vistos através de Organização do Vaticano para os Refugiados.

O Holocausto Croata

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Enquanto os campos de concentração administrados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial são, provavelmente, mais conhecido hoje, havia muitos campos de concentração semelhantes em outros países, incluindo alguns na Iugoslávia, dirigidos por padres católicos.
Após as Potências do Eixo ocuparem a Iugoslávia em 1941, um novo governo fascista foi formado chamado de ''Estado Independente da Croácia'', que foi considerado como tendo sido um "estado-fantoche nazista". O novo governo foi designado pela Utashe, versão croata dos nazistas, chefiado por um ditador chamado Ante Pavelic. O Utashe foi definido pelo catolicismo ultraconservador e racismo.
Depois de Pavelic assumiu o poder, o arcebispo católico Aloysius Stepinac realizou um banquete para o ditador, proclamando-o "a mão de Deus no trabalho." Pavelic também foi recebido pelo Papa Pio XII em pessoa. Quatro dias antes de Pavelic conhecer o Papa, o Utashe havia trancado centenas de sérvios dentro de uma igreja ortodoxa e os queimado lá dentro. Diplomatas iugoslavos advertiram o Papa das atrocidades e pediram para que ele não se encontrasse com o ditador fascista, mas o Papa Pio XII recusou.
Tais ambições genocidas logo se tornaram uma realidade horrível. Os campos de concentração foram criados em todo o país, incluindo um dos maiores campos na Europa em Jasenovac, onde cerca de 800.000 sérvios, judeus, ciganos e dissidentes políticos foram mortos. Clérigos católicos croatas serviram como guardas e carrascos nos campos. No campo de concentração de Jasenovac um ex-padre estudante chamado Petar Vrzica ganhou um concurso 1.350 cortando gargantas  em uma única noite.

O escândalo dos Orfãos de Duplessis

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Nos anos de 1930 e 1940, uma revolução conservadora inaugurou uma era na cidade de Quebec no Canadá, conhecida como " A Grande Escuridão". Liderados pelo Premier Maurice Duplessis, o período foi marcado por atos de corrupção sem precedentes e de repressão, muito dos quais envolvendo a Igreja Católica.
A partir dos anos 1940, o governo Duplessis, em colaboração com a Igreja Católica começou a diagnosticar crianças órfãs com problemas mentais que elas não possuíam. Como resultado desses falsos diagnósticos, milhares de órfãos foram enviados para instituições psiquiátricas da igreja, que recebiam subsídio do governo.
Diversos orfanatos foram convertidos em manicômios para crianças para que a Igreja Católica pudesse ganhar mais dinheiro com os subsídios. Cerca de 20 mil crianças foram erroneamente diagnosticada e presas desta maneira.
Para piorar a situação, muitos dos órfãos não eram exatamente órfãos. Alguns deles eram simplesmente os filhos de mães solteiras levados à força para a custódia da Igreja, que desaprovada a própria existência do parto fora do casamento. Depois de serem internadas, as crianças eram submetidas a uma vida de pesadelo, que incluía o abusos sexuais, terapia de eletrochoque e lobotomias forçadas.
Algumas crianças foram usadas em testes de drogas e outras experiências médicas.Muitos morreram como resultado de seu tratamento. Na década de 1990, cerca de 3.000 sobreviventes do escândalo dos Orfãos de Duplessis trouxeram a história a tona. O Governo fez um acordo monetário com as vítimas mas a Igreja Católica tentou abafar seu papel no escândalo mantendo-se em silêncio.

O escândalo das Crianças Britânicas

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Durante os séculos 19 e 20, em torno de 150.000 crianças britânicas foram enviadas para a Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Rodésia.
O esquema de tráfico infantil tinha como objetivo a criação de colônias de caucasianos (brancos). As crianças britânicas foram escolhidas para serem enviados pois de acordo com referências da época elas eram um "bom estoque de pessoas brancas."
Entre os anos 30 e início dos anos 60, a Igreja Católica enviou pelo menos 1.000 crianças britânicas e 310 crianças maltesas para escolas católicas na Austrália, onde muitos foram forçadas a trabalho escravo principalmente no ramo da construção.
Além de trabalhos forçados, inquéritos posteriores descobriram que muitas das crianças enviadas pela Igreja eram brutalmente espancadas, estuprados. Muitas crianças passavam fome e eram alimentadas com restos e no chão, como animais. Décadas mais tarde, em 2001, a Igreja Católica na Austrália confirmou os crimes cometidos e emitiu um pedido de desculpas.

O roubo de crianças na Espanha

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Na década de 1930, o regime fascista de Francisco Franco procurou purificar Espanha através do roubo de bebês de pais "indesejáveis". O regime dizia que os bebês deveriam ser criados em um ambiente "politicamente aceitável". O regime inicialmente direcionou às crianças de esquerdistas, mas atingiu também mães solteiras. Aproximadamente 300 mil bebês acabaram roubados de seus pais.
O esquema de roubo de bebês foi realizado com a grande colaboração da Igreja Católica da Espanha. Depois de Franco subir ao poder, ele se declarou o defensor da Espanha católica. Assim, a Igreja controlava a maior parte dos serviços sociais na Espanha. Isso permitiu que milhares de crianças fossem roubadas de seus pais por médicos católicos, padres e freiras.
Em muitos casos, os enfermeiros em hospitais católicos levavam os bebês recém-nascidos de sua mãe para serem examinados. A enfermeira, então, voltava com um bebê morto mantidos no gelo com o propósito de convencer a mãe que o bebê tinha morrido. Depois que os bebês eram roubados de suas mães, eram vendidos em um mercado negro de adoções.
Depois da morte de Franco, em 1975, a Igreja manteve seu controle nos serviços sociais na Espanha e continuou o esquema. Os sequestros de crianças só diminuíram no fim de 1987, quando o governo espanhol começou endurecer os critérios de adoção. Estima-se que cerca de 15 por cento das adoções na Espanha entre 1960 e 1989, faziam parte do esquema de seqüestro.

Lavagem de dinheiro Nazista no Banco do Vaticano

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Em 1947, um agente do Tesouro dos EUA chamado Emerson Bigelow escreveu um relatório altamente confidencial, que alegou que a Igreja Católica tinha contrabandeado ouro nazista através do banco do Vaticano. O próprio relatório foi "perdido", mas uma carta escrita por Bigelow explicou que ele continha informações de uma fonte confiável revelando que a Croácia tinha contrabandeado cerca de 350 milhões de francos suíços em ouro para fora do país no final da guerra.
De acordo com Bigelow, aproximadamente 200 milhões de francos ficaram no Banco do Vaticano sob custódia. Um porta-voz do banco do Vaticano negou as alegações, mas a Igreja Católica permanece envolvida em ações judiciais sobre a sua suposta lavagem de ouro nazista. Em 2000, uma ação coletiva foi movida por cerca de 2.000 sobreviventes do Holocausto e familiares que buscavam a restituição do Vaticano até US$ 200 milhões, utilizando os dados de Bigelow e outros documentos recentemente liberados por agências de espionagem que alegam que o Vaticano tinha ouro confiscado dos judeus no regime Nazista. A ação está parada na justiça dos EUA até hoje.

Os manicômios de Maria Madalena

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Com base em seus dogmas ultraconservadores sobre a sexualidade, muitas mulheres foram presas pela Igreja Católica suspeitas de prostituição ou "promiscuidade". Elas eram aprisionadas em instituições para doentes mentais dirigidas pela Igreja conhecida como Manicômios de Maria Madalena. Inicialmente, as mulheres recebiam "tratamento" devido ao seu comportamento pecaminoso ou por serem promiscuas. Muitas mulheres foram enviadas para os manicômios por suas próprias famílias.
As principais instituições desse tipo se encontravam na Irlanda. Lá as mulheres eram presas  e forçadas a fazerem trabalho escravo, principalmente relacionadas a lavagem de roupas, durante sete dias por semana. É claro que a Igreja estava sendo paga pelo trabalho das mulheres. Essas lavanderias geravam um grande lucro para a igreja local. As mulheres presas também era espancadas, má alimentadas e sofriam abuso sexual. Estima-se que mais de 30.000 mulheres foram presas nessas instituições.
Os manicômios foram operados na Irlanda do final do século 18 ao final do século 20. Eles só se tornaram uma questão de debate público em 1993, quando 155 corpos foram descobertos em uma vala comum no norte de Dublin. As autoridades que administravam o manicômio haviam enterrado as mulheres em segredo, sem dizer a suas famílias ou mesmo das autoridades que eles tinham morrido.
Em 2013, as autoridades irlandesas concordaram em pagar, 45.000 mil dólares como indenização para cada sobrevivente após o Comitê contra a Tortura das Nações Unidas pedisse ao governo para tornar uma atitude.




www.fatosdesconhecidos.com.br

16
Set17

POLÍTICOS E ESCÂNDALOS SEXUAIS

António Garrochinho



 O político que cobiçou a mulher alheia
Os Estados Unidos registram escândalos sexuais desde o primeiro ano de sua vida democrática. No ano seguinte à independência do país, o então secretário do Tesouro Alexander Hamilton foi pego no pulo tendo um caso extraconjugal com uma moça chamada Maria Reynolds. O marido dela – o comissário reformado James Reynolds – descobriu tudo e chantageou Hamilton, e isso o deixou numa situação bem embaraçosa. Mas como esses casos costumam rolar por baixo dos panos, a confissão só veio muito tempo depois, e chocou muito sua família e a sociedade. A história manchou a carreira do então secretário do Tesouro – que, segundo os livros, já não era lá essas coisas.

Um passarinho me contou
Embattled Mayoral Candidate Anthony Weiner Campaigns In Staten Island
Ainda nos Estados Unidos, em 2011, o democrata Anthony Weiner renunciou ao cargo depois de ter sido flagrado mandando cantadas para uma seguidora de sua conta no Twitter. Apesar de todas as evidências, Weiner primeiro negou (!!) ter enviado as mensagens, mas depois admitiu e se retirou do Congresso. Depois de ter procurado terapia e de ter restabelecido seu casamento, ele se candidatou a prefeito de Nova York, mas perdeu (dizem as más línguas que, com o codinome Carlos Danger, ele continuou atacando no Twitter).


Um é pouco, dois é demais
Profumo Arrives
Um filme de James Bond não teria uma trama tão boa quanto a do caso do ex-ministro inglês John Profumo com a prostituta Christine Keeler. Em plena Guerra Fria, Profumo tinha um papel estratégico como representante da terra da rainha na luta contra o comunismo. Mas Christine tinha um outro amante (#relacionamentoaberto): um espião russo. Profumo negou o caso com Christine em uma reunião parlamentar, mas é claro que a fofoca come solta e o romance foi descoberto. O político foi forçado a renunciar e, nos anos seguintes ao escândalo, (ficou arrasado e) escolheu fazer um trabalho voluntário limpando banheiros (#lovehurts).


O sedutor do futuro
Gov. Brown Unveils Offical Gubernatorial Portrait Of Former Governor Schwarzenegger
Depois de se aposentar como tira no jardim da infância, Arnold Schwarzenegger se elegeu governador da Califórnia – até aí, tudo certo. Mas aí, em 2011, a ex-mulher do Conan de Arnold descobriu que ele havia dado uma escapada com a empregada da mansão – e tido um filho com ela. Onde há fumaça, há fogo: em 2003, enquanto ainda fazia sua campanha eleitoral, ele foi acusado de assediar sexualmente mais de 12 mulheres. Como nada foi provado, a bola seguiu e ele não foi punido por isso.

 As mulheres do padre
O escândalo envolvendo o ex-presidente paraguaio e ex-bispo católico (!!) Fernando Lugo nos faz acreditar que a expressão “mulher do padre” tem um sentido totalmente diferente por lá. O político-religioso, já cinquentão, seduziu a adolescente Viviane Carrillo (tudo errado). No intervalo de dez dias depois da explosão do escândalo, mais três fiéis colocaram a boca no trombone para revelar que tinham filhos do então presidente.

 Festa no apê
World Leaders Attend G8 Summit 2011 in Deauville
Esse parece até comédia pastelão, mas, como envolveu o ex-presidente italiano Silvio Berlusconi, não podemos dizer que foi exatamente uma surpresa. Durante um interrogatório de uma investigação sobre uma rede de prostituição no país, a imigrante marroquina Karima El Mahroug entregou que as festinhas na casa de Berlusconi sempre acabavam em (que vergonha de ter que escrever isto) “bunga bunga”. Era esse o simpático nome que o político dava para o trenzinho de prostitutas nuas seguidas dos convidados da festa em seu fim de noite. Como desgraça pouca é bobagem, as investigações ainda descobriram que Karima frequentava a mansão de Berlusconi enquanto ainda era menor de idade.

Na ponta do pé
O ex-senador estadunidense Larry Craig, de Idaho, um conservador homofóbico, foi pego com um pé pra fora da linha. Em junho de 2007, ele foi pego dando pinta em um banheiro masculino do aeroporto St. Paul, de Minneapolis. O senador estava batendo o pé – código dos gays dos EUA quando querem fazer sexo com alguém. Ele foi condenado por “conduta lasciva”, mas negou veementemente que é gay. Em vez disso, ele alegou que estava tentando pegar um pedaço de papel higiênico no toalete (sapateando??). Em dezembro do mesmo ano, 8 homens deram depoimento a um jornal de Idaho dizendo que Larry Craig tentou fazer sexo com todos eles. Aliás, até conseguiu, com um ou outro. Os rapazes deram detalhes bem gráficos do que fizeram com o ex-senador.

 De joelhos
Monica Lewinsky meets with President Clinton
Não há pessoa na casa dos 30 anos ou mais que não se lembre do escândalo do ex-presidente Bill Clinton com a então estagiária da Casa Branca Monica Lewinski. Escândalos sexuais de políticos nos Estados Unidos, como já vimos, acontecem desde que o país é país. Mas o de Clinton marcou pelo número – e pela qualidade – de detalhes que as investigações sobre o caso revelaram. Nos depoimentos dele e no dela, havia relatos de cenas que, certamente, deveriam estar em algum filme pornô. Clinton negava tudo, mas um exame de DNA em uma amostra de sêmen seco em um vestido azul que não foi mandado para a lavanderia (irc) deixaram o então presidente com cara de cachorro que virou a tigela diante do mundo todo.


  O pecado mora ao lado
John F. Kennedy
Para encerrar, um caso de puro glamour que envolveu ninguém menos que o homem mais poderoso do mundo e a atriz mais popular do universo: John Kennedy e Marilyn Monroe. Nos bastidores da Casa Branca, todos sabiam que eles tinham um caso. Mas isso era mantido sob sete chaves, pois no auge da Guerra Fria o presidente dos Estados Unidos – e, logo, o líder máximo de todo o lado capitalista do mundo – não podia parecer um mulherengo qualquer. Assim, o affair só foi revelado mesmo anos depois. Segundo o biógrafo de Marilyn, ela era completamente apaixonada pelo homem, e o término da relação dos dois foi o estopim para a depressão que culminou em seu suicídio, em 1962.

super.abril.com.br
16
Set17

FARO - QUATRO MEIOS AÉREOS COMBATEM FOGO NO PONTAL - GAMBELAS

António Garrochinho




Um incêndio deflagrou este sábado numa zona de pinhal em Gambelas, freguesia do Montenegro, no concelho de Faro, e está a ser combatido por centena e meia de operacionais e quatro meios aéreos, disse fonte da Proteção Civil. O alerta foi recebido às 16h09 e hora e meia depois o fogo ainda "está ativo" e "a ser combatido pelo dispositivo" destacado para a zona das Gambelas, naquela freguesia do concelho de Faro, onde está também localizado um dos campus da Universidade do Algarve, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro. A mesma fonte precisou que estão no terreno a participar no dispositivo de combate ao fogo "36 veículos, quatro meios aéreos e 154 operacionais" de corporações de bombeiros do Algarve, designadamente de Faro, Loulé ou Albufeira. Questionado sobre se o fogo estava apenas a consumir área de pinhal e não havia construções em risco, a fonte do CDOS de Faro respondeu que não sabia precisar


http://www.cmjornal.pt
16
Set17

O CARANGUEJO DO COCO TEM A FORÇA DO LEÃO

António Garrochinho

Novas medições apontam que a força da garra esquerda de um caranguejo do coco é igual a força da mordida de um leão. Então, por que esse crustáceo possui tanta força?

O pesquisador Dr. Shin-ichiro Oka, da Okinawa Churashima Foundation em Motobu, Japão, teve sua mão comprimida pela garra do animal duas vezes (sem ossos quebrados). “Embora fosse apenas por alguns segundos, me senti no inferno. O caranguejo do coco é muito tímido e não ataca as pessoas sem provocação”, disse ele.
A garra mais forte, segundo os pesquisadores, possui uma força de cerca de 1.765 newtons, pior do que ter o dedo esmagando por uma geladeira. Para comparação, a mordida de um leão possui força de 1.315 newtons e alguns de seus molares pode triturar com 2.024 newtons.
Como a força de preensão aumenta com o tamanho do corpo, caranguejos maiores do que aqueles medidos no estudo podem superar a força da mordida da maioria dos predadores terrestres. Dr. Oka e colegas publicaram o trabalho no ano passado na revista PLOS ONE
Os caranguejos do coco, entretanto, começam a vida do tamanho aproximado de um grão de arroz. Os ovos fertilizados eclodem na água do mar e se deslocam para o Oceano Pacífico ocidental e Índico.
Os caranguejos acabam retornando à terra, onde passam a maior parte de suas longas vidas,  50 (ou talvez 100) anos. No entanto, as fêmeas têm de se arriscarem na borda do oceano cada vez que depositam a próxima geração de ovos.
Os jovens caranguejos desenvolvem uma garra esquerda poderosa, acessível para desmembrar o que encontram. Os caranguejos podem quebrar cocos, mas o trabalho “leva horas”, diz Jakob Krieger, da Universidade de Greifswald, na Alemanha. Entretanto, abrir um caranguejo vermelho, sua presa preferida, leva segundos.
Os caranguejos de coco não apenas pescam caranguejos vermelhos, mas também os caçam na Ilha de Natal no Oceano Índico, diz Krieger.
Somente o mais estrito vegetariano ignoraria os cerca de 44 milhões de caranguejos vermelhos da região. Krieger assistiu um caranguejo de coco de baixa potência agarrar e lutar contra sua presa. O caranguejo vermelho abandonou seu membro preso e fugiu. Mas o pequeno caranguejo do coco jantou perna de caranguejo.
Veja:



Fonte: New Scientist





noticiaalternativa.com.br



16
Set17

A greve da enfermagem e a agitação miguelista

António Garrochinho


A necessidade de criar ruído sobre as notícias que chegam no campo económico levam esta direita ao desespero e à insensatez.
Os mesmos partidos que destruíram as carreiras médicas e de enfermagem são hoje os instigadores da contestação dos enfermeiros, atirados para uma greve selvagem, ilegal e imoral, onde acabarão por ser vítimas.
Nem todas as greves são legítimas e nem todas as reivindicações são realistas. A greve dos enfermeiros foi convocada pelas televisões e, pasme-se, assumiu a sua liderança a… bastonária, a enfermeira que declarou conhecer vários casos de eutanásia praticada por médicos e acabou a dar o dito por não dito, e não distingue a Ordem dos sindicatos.
As televisões fizeram o frete à direita, ao serviço de quem se encontram, com a greve de enfermeiros, à semelhança do que fizeram com as manifestações dos colégios, a cheirar a incenso e orientadas das sacristias, exibindo permanentemente as roupinhas amarelas. Precisavam da greve, agora que se lhe acabaram os incêndios.
Esta greve ilegal não cumpriu sequer os serviços mínimos a que legalmente é obrigada, para não falar da ética, dignidade profissional e respeito pela vida humana.
Hoje mesmo, um amigo meu do foro da oncologia, com metástases disseminadas, foi ao CHUC a fazer uma TAC para a decisão terapêutica urgente. A ausência de enfermeiros impediu o exame que, segundo julgo, no caso da oncologia, é considerado um serviço mínimo que a lei exige. E que não foi assegurado.
A surpresa e indignação com a afirmação de um partido com que simpatizo, ao afirmar que esta greve é «justíssima», colide com a exigência de duplicação dos vencimentos, a realização da greve enquanto o sindicato negociava com o Governo e que, envolvido na onda provocada pelas televisões, acabou a envolver-se no movimento que a bastonária dirige.
Digam-me honestamente se é ser de esquerda, exigir uma duplicação dos vencimentos, num país onde uma sábia e honrada gestão dos recursos tem tirado o País do fosso onde a direita o enterrou.
Esta greve tem um vago cheiro à dos camionistas do Chile, no tempo de Allende, mas são diferentes os tempos e a latitude. Sou contra esta greve laranja, apesar de reconhecer e saber bem quanto mal o governo PSD/CDS fez ao SNS e aos profissionais de saúde.
Muitos enfermeiros não sabem! Não sabem, sequer, que o PSD e o CDS votaram contra a criação do SNS.
16
Set17

PCP diz que valor de 600 euros de salário mínimo "não é irrealista"

António Garrochinho


Durante uma visita à fábrica de confeção de roupa interior Huber Tricot, em Santa Maria da Feira, em que lamentou o facto dos funcionários ganharem apenas "dois euros acima do salário mínimo nacional" e acumularem demasiado serviço em banco de horas, Jerónimo de Sousa opôs-se a que a valorização salarial em estudo pelo Governo tenha como limite os 580 euros.
"É fácil perceber que o ritmo [de aumento salarial] que o Governo pretende não é correspondente com aqueles que são os anseios profundos de centenas de milhares de trabalhadores portugueses que vivem com o SMN, o que dificulta a sua vida e tem uma ligação muito estreita com o seu futuro de pensionista - porque, tendo salários baixos, teremos sempre reformas baixas", explicou o líder dos comunistas.
O aumento do SMN, que é atualmente 557 euros, para 580 euros é, portanto, "insuficiente" para o PCP.
"Não é tão irrealista uma proposta de 600 euros, suportável pela generalidade das empresas", afirmou Jerónimo de Sousa.
Por isso mesmo, acrescentou, "é que baixar a fasquia a esse nível pode não ajudar a esta luta justa".
Para os comunistas, a valorização do SMN constitui-se assim como "uma questão incontornável" da agenda governamental, a par de "outras propostas ao nível da fiscalidade, da legislação laboral e das reformas e pensões".
"É preciso continuar a avançar e não a parar e recuar", realçou o secretário-geral do PCP, reconhecendo que, nessa estratégia, a ajuda do BE terá a devida influência.
"Não estou a ver o Bloco ser contra esta proposta, mas, se baixa a fasquia, o próprio poder negocial fica altamente condicionado", concluiu.


www.noticiasaominuto.com
16
Set17

VOCÊ SABIA QUE NO JAPÃO NÃO HÁ LUZ VERDE NOS SEMÁFOROS ?

António Garrochinho
A primeira vez que alguém viaja ao Japão se dá conta das diferenças dessa cultura. A coisa fica mais interessante quando descobrimos que não só as ruas de suas cidades não costumam ter nomes, quando você vai cruzar a rua, os semáforos não têm a luz verde internacional que indica avançar e, em mudança, as pessoas cruzam quando o semáforo fica azul (ou algo muito parecido ao azul). E não, não é uma ilusão. Uma dica: tem a ver com sua língua.

Porque o Japão não tem luz verde em seus semáforos (e como sabem quando cruzar)
O normal na maior parte do mundo é que ao conduzir, o vermelho seja indicação de parada e o verde de avanço. De fato, é uma constante tão fundamental que está qualificada no direito internacional sob a Convenção de Viena sobre Sinais de Trânsito, ratificada por 74 países. Obviamente, não pelo Japão.

Historicamente, no idioma japonês existe uma sobreposição significativa em o que se refere ao verde (midori) e azul (ao). Em primeiro lugar, na língua japonesa não existia uma palavra para a cor verde até um milênio atrás, quando se foi introduzido "midori". Até então, o verde e o azul eram a mesma cor, "ao". No entanto, isto não conseguiu mudar os costumes, os japoneses evitavam utilizar o midori.

Neste sentido, o azul -uma das 4 cores tradicionais estabelecidas originalmente no idioma japonês junto ao vermelho, preto e branco- seria o que em outras culturas descreveriam como verde.

Como em muitos idiomas, o verde em japonês pode ser utilizado em referência a algo novo ou inesperado. Por exemplo, enquanto em inglês um empregado novato pode ser chamado de "green" (verde), em japonês seria "aonisai", o que significa mais ou menos "azul de dois anos de antiguidade". O mesmo ocorre com a verdura ou as maçãs, para os japoneses são "azuis".
Porque o Japão não tem luz verde em seus semáforos (e como sabem quando cruzar)
Portanto, os semáforos são tratados de maneira similar. Na literatura oficial e na conversa, o semáforo "verde" é referido como ao, em vez de midori. Isto ocorre desde que os semáforos foram introduzidos pela primeira vez no Japão na década de 1930, uma época em que os sinais de trânsito empregavam uma clara luz verde, ainda que a prática comum era fazer referência a luzes "azuis".

De fato e para evitar males maiores, atualmente as leis de trânsito japonesas requerem que os que buscam tira a carteira de motorista façam um exame da vista específico, entre outras coisas, para verificar a capacidade de distinguir entre vermelho, amarelo e azul.

Também existiu controvérsia. Com os anos, este sistema referindo-se oficialmente às luzes verdes como azuis pôs o governo japonês em uma posição difícil. Os linguistas discordavam do uso contínuo de "ao" porque era uma cor claramente verde. O país enfrentou certa pressão para cumprir com os costumes do trânsito internacional com respeito aos semáforos.
Porque o Japão não tem luz verde em seus semáforos (e como sabem quando cruzar)
O que ocorreu? Que em 1973 chegaram a um consenso. O governo ordenou que os semáforos usassem um azul o mais esverdeado possível, para seguir justificando o uso da nomenclatura "ao". Desta forma, enquanto o japonês moderno permite uma delimitação clara entre o azul e o verde, o conceito do azul ainda carrega traços do verde e segue firmemente enraizado na cultura e idioma japoneses.

Por verdade, nos últimos anos cidades como Tóquio começaram a instalar alguns sinais de trânsito que vêm equipadas com LEDs de cor verde brilhante.


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16
Set17

AS SIMPÁTICAS BACKSTUGAS DA SUÉCIA

António Garrochinho
Em uma floresta no sul de Småland, no sul da Suécia, há uma pequena cabana de barro que você pode alugar diretamente no Airbnb. A cabana é parcialmente enterrada no chão, com seu telhado de grama quase nivelada com o nível do solo, o que torna a choupana quase invisível. Este tipo de casebre é conhecido como "backstuga" na Suécia, que literalmente pode ser traduzido como "chalé de colina". Elas não são muito comuns na atualidade, mas nos séculos XVII e XVIII, algumas pessoas mais pobres do país moravam nelas.

Muitas backstugas tinham apenas um quarto e muitas vezes eram construídas diretamente em uma encosta, com três paredes externas de madeira (ou pedra), enquanto a colina servia como parte de trás e quarta parede da casa. Esse estilo de construção era comum no sul e sudoeste da Suécia, onde a madeira era muito cara.

Pese que no curto verão local as choupanas podiam manifestar um ambiente cálido e abafado depois de muitas horas no sol, durante o inverno conseguiam manter o calor por muito mais tempo, proporcionando um aquecimento extra em tempos de frio rigoroso.

As pessoas que viviam nessas moradias eram conhecidas pejorativamente como backstugusittare (barraqueiros). Eles quase sempre eram muito pobres e viviam na propriedade de outra pessoa e ganhavam a vida com empregos temporários, artesanato ou em instituições de caridade.

Às vezes, o proprietário arrendava uma pequena parcela de terra para que eles cultivassem pequenas lavouras ou jardins. Tais casas eram normalmente construídas em terras inúteis para a agricultura, ou em terras comunais de aldeias, ou paróquias.

Os barraqueiros não eram muito bem vistos pelas autoridades já que nunca pagavam impostos. Mas os tempos mudaram e, à medida que o status social destas pessoas melhorou, muitas dessas casas foram abandonadas e agora algumas delas são preservadas em Åsle, nos arredores de Falköping, e são frequentadas durante o veraneio apenas por famílias abastadas.

A acolhedora cabana mostrada no primeira foto, que está localizada em Småland, foi construída no início dos anos 1800. Os proprietários do imóvel restauraram a cabana, instalaram diversas comodidades modernas e agora aluga a mesma aos visitantes.
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Via: A. Steijer
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Via: Johan Emanuel Thorin
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Via: Desconhecido
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Via: Work of Castor
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Via: Work of Castor
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Via: Work of Castor
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Via: Hembygd
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Via: Wikimedia
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Via: Deviant World
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Via: Work of Castor
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Via: Slaktforskarfarbunds
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Via: Frnminne-Hogland
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Via: Desconhecido
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Via: Harriet Moments
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As simpáticas backstugas da Suécia 18
Via: Guidebook Sweden

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16
Set17

Berardo – As Tranquibérnias do Amor à Arte – 4

António Garrochinho


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Uma gigantesca e luzidia vitrina para expor o amor à arte

Os lances, com vários protagonistas, da colecção Berardo é um exemplar romance de cordel desse universo. O bater da porta de Capelo deu a oportunidade ao comendador de ir recorrendo a novos conselheiros que se acotovelavam nos corredores por onde passeava a sua então recheada carteira de afortunado especulador. Criava-se a ilusão que se estava a trabalhar tendo por horizonte um museu internacional de arte moderna e contemporânea quando na realidade o que se fazia era atulhar o armazém do acervo de um coleccionador que a ia constituindo em função das oportunidades do mercado e não com um horizonte definido por uma planificação, como é exigível a um museu. Isto, onde se diluiu a coerência inicial da colecção, não belisca a sua importância no seu carácter internacional de arte moderna e contemporânea, sem paralelo em Portugal, apesar das primeiras décadas do século XX serem muitíssimo lacunares, o que até é compreensível dados os valores de mercado, mas não lhe confere um apregoado estatuto que só tem um principal interessado, o comendador Berardo. 

Disso se fez valer quando o mercado se recompôs e voltou a inflacionar, a capacidade de aquisição se reduziu, a valorização começou a ser mais lenta. Precisava de uma montra, uma boa montra para a sua colecção, onde a colecção fosse valorizada publicamente. Berardo começou a apontar alto escudado no interesse da colecção, mas no fundo os seus objectivos eram em tudo semelhantes aos objectivos de marketing dos megaconcertos do Parque da Bela Vista, montra promocional do mercado discográfico. Só que isto das artes faz vibrar as cordas da alma com outra sofisticação.

A negociação para a colocação da colecção Berardo no Centro Cultural de Belém estava favorável e mediaticamente condicionada para o lado do comendador. O Portugal lustrado tremia de pavor com as ameaças do comendador em colocar a colecção no estrangeiro. A ministra da Cultura em funções, Isabel Pires de Lima, desconfiava que essas propostas eram fogo de artificio do comendador para impor a sua vontade. Ainda recentemente reafirmou que “estava totalmente tranquila, que ela ficaria em Portugal”, ao contrário do primeiro-ministro José Sócrates, assessorado por Alexandre Melo que segurava o telefone para a verruma da voz de Berardo contar ao nosso primeiro os seus sonhos de mil e uma noites sem verão nos intervalos das noites de verão ocupadas na colecta de maravedis no sobe e desce bolsista. 

Na comunicação social retiniam os alarmes referindo as propostas para instalação da colecção no estrangeiro que enchiam a caixa de correio do comendador. Por mais que vasculhassem não encontravam agulha no palheiro. Por mais que fossem referidas as tais propostas concretas nenhuma foi de facto descoberta. Só intenções, mas de intenções, boas e más, está o inferno cheio. Prevaleceu a vontade de Sócrates sobre as dúvidas e as questões que Pires de Lima, a saloia, a estúpida, Berardo dixit, colocava no caminho imperial de ocupação total dos espaços exposicionais do CCB e mais umas quantas exigências que deram ao Museu Colecção Berardo um lugar de excepcionalidade no panorama nacional. 

Com o andar da carruagem muita gente se chegava à frente para ocupar um lugar na mesa daquele festim. Entre os variegados episódios registe-se o interpretado por Melo a bater tambores em vários jornais, rádios e televisões fazendo soar que, pelo seu passado de colaborador do comendador, seria natural vir a ocupar lugar de relevo na futura Fundação. Não percebia que no pequeno-almoço de Berardo havia muitos melos, pelo que lhe era mais útil ter um melo telefonista de serviço no gabinete do primeiro-ministro que dois melos pousados noutras cadeiras.

Instalada a colecção, Berardo não contente com as condições leoninas alcançadas, faz novas exigências à administração do CCB, ao que parece completamente marginalizada nas negociações, até Mega Ferreira ficar tão encostado à parede que se demitiu de presidente do Conselho de Fundadores da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea-Colecção Berardo (FAMC). Sempre rápido Berardo disparou no seu estilo habitual: se ele não está satisfeito, que arranje outro lugar para trabalhar.
Berardo tinha o mundo a seus pés por via de um protocolo em que tinha ganho tudo e mais alguma coisa. 

Ocupava todo o espaço do CCB que ficou a suportar os custos logísticos e de manutenção da colecção. Ficou com um museu aberto todos os dias de semana e com entradas gratuitas, situação só agora alterada com o novo protocolo, o que o empurrou para lugar cimeiro entre os museus mais visitados do país e mesmo da Europa. 

O comendador, cansado de negociar com o Estado, bem pode agitar reiteradamente essa bandeira. Nessas áreas não há controle antidoping! O doping do Museu Colecção Berardo em relação aos museus de cá e da Europa era flagrante, nem eram precisas análises, a camisola amarela estava garantida.

Cansado de negociar com o Estado”, mas sempre a receber favores e largas benesses. Por via do acordo celebrado em abril de 2006, entre 2007-2015 recebeu apoios financeiros de 41,4 milhões de euros do Fundo de Fomento Cultural, verba muitíssimo superior à concedida a qualquer outra entidade e desproporcionada se comparada às distribuídas aos museus nacionais.

Entre esses apoios um deve ser sublinhado. Ficou estipulado que, para enriquecer e valorizar a colecção, todos os anos o Estado contribuía com 500 mil euros para aquisições de obras de arte e igual verba seria entregue pelo comendador. Por ano, um milhão de euros para ir às compras, coisa com que nenhum museu nacional sequer sonha. 

As compras eram decididas pela FMAC, Berardo presidente vitalício com maioria na administração. Gabriela Canavilhas, na altura ministra, colocou reticências à política de aquisições da FAMC. Decidiu, e bem, perceber como eram feitas. Pelos Relatórios e Contas ficou-se a saber como muitos dos milhões do Estado foram parar aos bolsos de Berardo porque eram aplicados a comprar obras que o comendador ainda tinha lá por casa. Isto acontecia em paralelo com outra finura bem à moda de Berardo que, em vez de entrar com dinheiro líquido, «cumpria» essa sua obrigação contratual em géneros, entregando mais umas obras que estavam lá por casa. 

Ficou-se sempre por saber por quanto Berardo as tinha adquirido e por quanto as vendeu para a sua própria colecção. Na prática, quanto é que o comendador ao longo desses anos meteu directa e indirectamente ao bolso. O argumento avançado pelos membros da direcção da Fundação foi o do superior interesse artístico das obras. Um argumento patético porque tenham ou não tenham interesse artístico, seja superior ou inferior, o que está em causa é a lisura do processo. 

A avaliação e a decisão do superior interesse artístico eram feitas por quem estava comprometido com os interesses do comendador. Uma conversa da treta em que só é enganado quem quer ser enganado e não quer perder lugar na corte Berardo. A arte tem costas largas para aguentar essas negociatas de uma flagrante falta de ética ainda e mesmo que tudo seja legal. De obras com superior interesse artístico está este mundo e arredores cheio! Quando a farfalha foi conhecida e Canavilhas se demarcou, Berardo berrou aos quatro ventos, com a grosseria que o amor à arte não desgasta, que ela era mentirosa. Isto acontece quando o comendador, ameaçado de falência pelas brutais dívidas contraídas na banca para especular na bolsa, já tinha dado como garantia a colecção, espadeirava em todas as direcções para distrair a malta. Fala em sacos azuis do CCB, desmente ruidosamente a ministra e a Fundação do Centro Cultural de Belém esgoelando, entre alarves gargalhadas, que à Fundação Berardo não tinha chegado dinheiro nenhum e que “se eles pagaram, onde é que está o dinheiro, levaram para casa? (…) à nossa conta não chegou. 

Devia ter ido parar à conta do CCB… do saco azul”. Avança a ideia de que duas Fundações no mesmo local não fazem sentido. Quer dizer não lhe basta ter-se apropriado de uma área substancial do CCB. Quer abocanhá-lo por inteiro e tem apaniguados certos no universo das artes, cegos pelo superior interesse artístico que transforma o combustível que move o comendador, a especulação, num néctar dos deuses mesmo quando se vê à vista desarmada que a exposição da colecção no CCB é um poderoso estimulante para a sua valorização. A colecção avaliada em 2006, pela Christie’s em 316 milhões de euros hoje deve valer, no mínimo,400 milhões de euros. Uma valorização de quase 30% em dez anos. Nada mau para uma colecção em que 3/4 do seu valor está concentrado em 10% das suas obras.

Um folhetim sem fim à vista

Muito há que analisar sobre estes dez anos de exposição e exposições temporárias mesmo dando de barato uma recente graxa nos sapatos do comendador com a exposição “O Gosto do Coleccionador” que decidiu (ele? quem por ele?) escolher umas quantas obras de arte depois de ter amado loucamente todas como tinha dito a Ana Sousa Dias, no programa Por Outro Lado, quando inquirido sobre as que mais prezava: “Todas. É como os filhos, você prefere algum dos seus filhos?”. Agora armado em Saturno de fancaria, devora uns quantos filhos por achar necessário mostrar que afinal tinha algum gosto. Há que reconhecer que Berardo é um espertalhão com espertalhices sempre ao virar de qualquer esquina.

Há nebulosas que se devem esclarecer em relação à colecção e que deveriam ter sido esclarecidas antes da renovação do protocolo. No anexo ao protocolo listam-se 862 peças o que, segundo algumas fontes, deve ser corrigido porque há séries fotográficas que não são inventariadas como uma unidade, mas foram contabilizadas individualmente. É uma questão de rigor que reduz as 268 aquisições feitas por Joe Berardo a 152 obras, o que talvez tenha a ver com o método de compra já referido.

O interesse da colecção, apesar de todas as lacunas e insuficiências que se lhe possam apontar, é uma inegável mais valia. O que não é aceitável, é mesmo insuportável, é o Estado não defender o interesse público não acautelando o que deve acautelar e ir a reboque de Berardo. No contexto em que foi negociado o actual protocolo era uma ocasião excelente para clarificar não só situações anteriores, mas as actuais derivadas das aventuras financeiras especulativas do comendador. Que Berardo seja um risco sistémico para a banca é uma coisa. Que se transforme, por laxismo do governo, num risco sistémico para a FAMC e para a colecção é outra completamente diferente. Com algumas das normas protocoladas e com a execução da penhora, por mais que se negue, a confusão está instalada, um icebergue à deriva que, mais cedo ou mais tarde, colidirá com um qualquer Titanic. Devia ter sido prevenida. As cenas dos próximos capítulos, conhecendo-se e sabendo-se quem é Joe Berardo, anunciam-se escalafriantes.


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16
Set17

FARO NO REINO DO BACALHAU - ELE GOSTA MUITO DE IR A ALMOÇOS, FESTAROLAS, HOSPITAIS E ATÉ FUNERAIS.

António Garrochinho



FARO NO REINO DO BACALHAU

ELE GOSTA MUITO DE IR A ALMOÇOS, FESTAROLAS, HOSPITAIS E ATÉ FUNERAIS.

AG


Ando para publicar isto já à algum tempo, mas primeiro analisei tudo e com o distanciamento necessário decidi que hoje seria um bom dia... Falo da cidade que adoro... que me acolheu a mim e as minhas filhas e onde nos sentimos em casa, e por me sentir em casa sinto que tenho legitimidade para escrever sobre ela e sobre como está a ser gerida pelo atual Ex.mo. Senhor Presidente de Câmara Rogério Bacalhau.
Nesta cidade gira... de bom clima, cheia de vida académica e festas porreiras, pode-se quase morrer ou até me arrisco a dizer que podemos morrer com culpa da Câmara ou empresas municipais! Sim, empresasm municipais pois assim a Câmara e a Proteção Civil sacodem a água do capote... Bem mas perguntam se de certeza sobre o que falo, vou esclarecer muito por alto porque se fosse a escrever tudo isto seria quase um thriller, na R. Dr. Emílio José Campos Coroa, (se não reconhecem a morada posso vos dizer que é a rua da Escola EB 2,3 Dr. José Neves Júnior), no mês de Novembro do ano passado, houve obras da rede de saneamento, levantaram as tampas de saneamento mas esqueceram -se de as fechar, uma pessoa sofreu um grave acidente numa dessas tampas que estava solta que a colocou no hospital, gravemente ferida, com lesões graves na bacia, músculos e aparelho reprodutor, foram chamadas as autoridades, o Sr. Presidente até fez uma visita no Hospital, prometendo que tudo seria tratado e que todos os danos e despesas seriam ressarcidas, até agora nada!!! Nem seguro do município ou da empresa municipal pagaram o quer que seja...nada!!!Todas as despesas foram suportadas por esta pessoa, fisioterapia, consultas, foi obrigada a deixar de trabalhar pois era impossível fazê-lo. Parece que se quer esquecer, até porque estamos em eleições e não se fala dos podres... Mas pensemos bem... podia ter sido uma criança, podia ter sido um idoso a caminho do centro de saúde, podia ter sido eu... ou você... E quando vejo o slogan escolhido para a Campanha do Sr. Rogério Bacalhau penso... Será que com ele Faro está no rumo certo?
Será que nós estamos no Rumo Certo?
Se isto só não bastasse para fazer esta pergunta, ainda me recordo que no inverno passado as minhas duas filhas me pediram mantas para levar para a escola, porque não ligavam os A/C e os alunos morriam de frio nas aulas, bem sei que a câmara mais uma vez sacode a água do capote, a culpa é da direção da escola, mas será só culpa da direção? A Câmara não tem uma palavra a dizer?
Rumo certo? Qual Rumo? Rumo á indiferença? Rumo a... Se não estás bem muda-te!!! Não me quero mudar, quero viver em segurança... pago impostos e não deveria andar na rua a olhar para sarjetas e pensar que não posso por o pé porque posso morrer ao cair dentro de uma... não quero pensar que tenho que ter duas mantinhas para as miúdas levarem para a escola no inverno...
Adoro Faro.... Mas Faro merece muito mais que o cidadão Rogério Bacalhau como presidente.... Disse!

Raquel Plácido in facebook
16
Set17

TERRORISMO DE CLASSE

António Garrochinho


Andar de metropolitano em Londres está a tornar-se numa roleta-russa e esta intranquilidade é um rolo de pressão a que poucos escapam.
  
A questão colocada é clara e simples:
Por que razão os terroristas escolhem lugares públicos como alvo?

Se se querem afirmar ou pretendem que os media façam alarde dos seus crimes, não creio que um jantar de gala ou uma alta individualidade ou quiçá um banqueiro de renome, fossem menos mediáticos que as comuns chacinas de centenas de zés-ninguém apanhados a caminho do trabalho.

Os terroristas preferem o povo anónimo para que não fiquem na história como algozes de um qualquer Soros ou Rothschild.


OU SERÁ QUALQUER OUTRA RAZÃO QUE NOS ESCAPA?


aspalavrassaoarmas.blogspot.pt
16
Set17

16 de Setembro de 1769: Sebastião José de Carvalho e Melo recebe o título de Marquês do Pombal

António Garrochinho


Político e diplomata português, Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu a 13 de Maio de 1699 e casou, aos 23 anos, com uma senhora 10 anos mais velha e viúva.

Foi embaixador de D. João V nas cortes inglesa e austríaca. Embora sem significativo sucesso para Portugal,estas missões foram importantes para a formação política e económica de Sebastião José de Carvalho e Melo. Na Áustria casou, em segundas núpcias, com D. Leonor Daun. Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755, momento a partir do qual se tornou o homem de confiança de D. José I. Empenhou-se fortemente no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres. A 13 de Janeiro de 1759, acusados de tentativa contra a vida do rei, o duque de Aveiro, o marquês de Távora e a sua mulher foram torturados e executados em acto público.

Expulsou e confiscou os bens da Companhia de Jesus porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio. Em 1759, recebeu o título de conde de Oeiras. O título de Conde de Oeiras foi instituído por decreto do rei D. José I de Portugal a 15 de Julho de 1759, em benefício de Sebastião José de Carvalho e Melo, em recompensa pela sua actuação no processo de reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755. Em 1769 foi agraciado com o título de Marquês de Pombal, por decreto do rei D. José I, de 16 de Setembro do referido ano. 

As dificuldades económicas do Reino, provocadas sobretudo pela interrupção na exploração do ouro brasileiro,obrigaram o marquês a retomar a política de fomento industrial que havia sido iniciada com o  conde da Ericeira.Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através da adopção de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas como o Real Colégio dos Nobres. Reformou a administração, as finanças e o sistema militar. Cometeu vários abusos do poder, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos. Com o falecimento de D. José I, a oposição ao marquês tornou-se muito ativa e D. Maria I mandou realizar uma sindicância aos seus actos. Exilado em Pombal, o marquês defendeu-se atribuindo responsabilidades ao rei D. José I. Atendendo à sua idade avançada, 80 anos, foi apenas condenado a viver afastado de Lisboa. Faleceu em 1782 no seu palácio do Pombal.

Fontes: Marquês de Pombal. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.


wikipedia (Imagens)

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Retrato do Marquês de Pombal - Autor desconhecido

File:Louis-Michel van Loo 003.jpg

Retrato do Marquês e Pombal - Louis -Michel van Loo
16
Set17

16 de Setembro de 1932: Ghandi inicia uma greve de fome contra a decisão do governo britânico de dividir o sistema eleitoral indiano em castas

António Garrochinho


No dia 16 de Setembro de 1932, numa cela da prisão de Yerovda, nos arredores de Bombaim, na Índia, Mohandas Karamchand Gandhi deu início a uma greve de fome para protestar contra a decisão do governo britânico de dividir o sistema eleitoral indiano em castas. 

Líder na campanha indiana por um governo independente, Gandhi lutou a vida toda para difundir por todo o país e pelo mundo uma característica inconfundível de resistência passiva. Por volta de 1920, o conceito de Satyagraha (ou "insistência na verdade") tornou Gandhi uma figura de enorme influência para milhões de seguidores. 


Encarcerado pelo governo britânico de 1922 a 1924, ao sair da prisão retirou-se por um tempo da actividade política. Contudo, em 1930, retornou desencadeando uma nova campanha de desobediência civil. Isto levou-o novamente à prisão, mas por pouco tempo. Diante das suas exigências, os britânicos acabaram por fazer algumas concessões, convidando-o inclusive a representar o Partido do Congresso Nacional numa mesa-redonda que aconteceria em Londres. 


Após o regresso, em Janeiro de 1932, Gandhi não perdeu tempo para dar início a outra campanha de desobediência civil, em virtude da qual foi novamente preso. Oito meses mais tarde, Gandhi anunciou que estava a iniciar um “jejum até à morte”, a fim de protestar contra o apoio que os britânicos estavam a dar a uma nova constituição indiana, que concedia às classes mais baixas – conhecidas como ‘intocáveis’ – uma representação política separada por um período de 70 anos. Gandhi acreditava que isso iria dividir a Índia em classes sociais demarcadas de maneira permanente e injusta. Membro da poderosa Vaisya, ou casta mercantil, Gandhi, ele mesmo, defendeu a emancipação dos “intocáveis”, a quem chamava de Harijans ou "Filhos de Deus”. 


"Esta é uma oportunidade concedida por Deus que a mim chegou," disse Gandhi da cela na prisão de Yerovda, "para oferecer a minha própria vida como sacrifício final em favor dos oprimidos". Apesar de outras personalidades públicas indianas – inclusive o dr. Bhimrao Ramji Ambdekar, representante político oficial dos “intocáveis” – terem questionado o verdadeiro compromisso de Gandhi com as classes mais baixas, os seis dias de jejum terminaram depois de o governo britânico ter aceite os principais termos do acordo entre as castas indianas mais altas e os “intocáveis”, o que reverteu a decisão anterior de separação. 


À medida que a Índia caminhava paulatinamente para a independência, o prestígio de Gandhi só crescia. Continuou a valer-se da greve de fome como  método de resistência, tendo consciência de que o governo britânico não seria capaz de resistir às pressões populares de um povo que o designava Mahatma ou "Grande Alma". 


Em 12 de Janeiro de 1948, Gandhi fez a última greve de fome bem-sucedida em Nova Deli, a fim de persuadir hindus e muçulmanos daquela cidade a lutarem pela paz entre eles. 

Em 30 de Janeiro daquele mesmo ano, menos de duas semanas depois de ter interrompido a greve de fome, foi assassinado por um hindu extremista quando ia para uma cerimónia religiosa.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)


A Marcha do Sal, 1930
16
Set17

16 de Setembro de 1977: Morre a grande diva da ópera Maria Callas

António Garrochinho


Diva da música lírica, Maria Callas, baptizada como Maria Anna Sophie Cecilia Kalogeropoulos, nasceu no seio de uma família grega, na cidade de Nova Iorque, no dia 2 de Dezembro de 1923.  


A sua voz tinha um timbre único e emblemático, que a transformou na maior soprano da história do estilo lírico e na mais famosa intérprete de ópera do século XX. Além disso, ela protagonizou várias óperas até então votadas ao esquecimento. 

No dia 21 de Janeiro de 1941 ela estreou-se profissionalmente como Beatrice, na ópera Bocaccio, no Palas Cinema, em Atenas, com a Companhia de Teatro Lírico, ao lado da qual ela também se apresentará em Tosca, Tiefland, Cavalleria Rusticana, Fidelio e Der Bettelstudent, nos quatro anos seguintes.

O seu ‘debut’ em Itália aconteceu em 1947, na cidade de Verona, quando  interpretou Gioconda, sob a direcção do maestro Tullio Sefarin, que a partir de então se tornou o seu mestre na música. Em 1949 Callas contraiu matrimónio com Giovanni Battista Menegghini; esta união duraria apenas dez anos. Maria ela revelava na sua vida privada o mesmo dramatismo que apresentava nos palcos, ao interpretar as suas inúmeras heroínas. Não era fácil para maestros e companheiros de trabalho actuarem ao seu lado, pois ela entrava constantemente em conflito com os colegas.  Outra façanha de Maria refere-se à silhueta. De soprano com excesso de peso, em poucos meses ela transformou-se numa sílfide e abriu um debate acalorado sobre o impacto do emagrecimento sobre a sua voz. Esse episódio é apontado como uma das maiores provas da sua quase lendária persistência, uma força de vontade assombrosa que a atraía como íman para todos os desafios, tanto na carreira artística como na vida íntima.

Depois de se separar do seu marido, mais velho que ela, Maria viveu uma forte paixão ao lado do grego Aristóteles Onassis, famoso pela sua vasta fortuna, junto a quem não encontrou a felicidade mas sim uma repercussão sensacionalista nos meios de comunicação social.

Callas manteve uma relação de amor e ódio com os administradores dos principais teatros em que actuou. No La Scalla de Roma  entrou em conflito com Antonio Ghiringhelli, que a proibiu de subir ao seu palco, o que ela só voltou a fazer em 1960, com o espetáculo Poliuto, de Donizetti. Rudolf Bing  exonerou-a do Metropolitan, após algumas divergências entre ambos.

A última etapa da sua existência aconteceu na sua residência, na capital francesa. A sua voz já não tinha o mesmo vigor. Maria morreu sozinha, no seu apartamento de Paris, a 16 de Setembro de 1977, vítima de um enfarte.


wikipedia (Imagens)
Arquivo: Maria Callas (La Traviata) 2.JPG

Maria Callas como Violetta em La Traviata (1958), fotografada por Houston Rogers



VÍDEO

16
Set17

Ceci n'est pas un Magritte.

António Garrochinho



Durchsteck-schlüssel. Como toda a gente sabe o que é, não me vou alongar muito em muitas explicações. É só dizer que a «Chave de Berlim» foi um engenhoso instrumento securitário concebido por Johannes Schwiger, empregado da firma Albert Kerfin & Co. Pois não é um quadro de Magritte, ao contrário do que poderiam pensar, senhores leitores. Esta chave existiu mesmo, é um ícone do design berlinense – e é muito maravilhoso usra lugares-comuns como «ícone». Como surgiu? Então foi assim: nos blocos de apartamentos que começaram a ser construídos no século XIX e se prolongaram no XX, os vizinhos andavam todos danados uns com os outros pois havia a raça do senhor do Bloco A-3 que nunca fechava a porta de acesso ao condemónio. Para evitar isso, o senhor Johannes inventou uma chave dupla, muito habilidosa: para entrar no prédio, usava-se um dos lados – e a chave só poderia ser recuperada se se desse a volta pelo outro lado, ou seja, o lado de dentro. É um bocadito difícil de explicar mas creio que perceberam. Deste modo, havia a garantia que todos fechavam a porta: quem queria entrar, tinha de abrir a porta (óbvio) e depois só recuperava a chavezinha se voltasse a dar-lhe uma volta, desta feita já no interior do edifício. Segurança, engenho, arte. Muita coisa junta, a ponto de um sociólogo francês, Bruno Latour, ter escrito um ensaio sobre o poder que os objectos têm sobre as pessoas, obrigando-os a comportarem-se assim ou assado. Título? A Chave de Berlim, pois claro.  








malomil.blogspot.pt
16
Set17

ANIMEM-SE…

António Garrochinho

Samuel Quedas


Animem-se, trabalhadoras têxteis ou do calçado, funcionários de transportes públicos e professores, operários agrícolas e pescadores, estudantes e artistas…
Se, num tempo próximo, a vossa vida vos levar a não terem outra opção de luta a não ser ir para a GREVE… e se acaso decidirem vir a Lisboa para participar numa manifestação de classe no âmbito dessa greve… para além de terem a cobertura, minuto a minuto, de todas as televisões e jornais, copiosas entrevistas nos locais de manifestação, onde poderão explanar calmamente e sem interrupções do ou da jornalista, todas as vossas reivindicações… terão também, se vierem de fora de Lisboa, a RTP a acompanhar todos os quilómetros da vossa viagem até à capital… como vi há pouco que fizeram com uns autocarros de enfermeiros.
Digo isto, porque nem quero imaginar que o critério jornalístico da RTP, uma estação pública, venha a ser diferente para qualquer outro sector de actividade profissional… ou que há um qualquer interesse “especial” nesta greve em particular.
16
Set17

jornalixo

António Garrochinho
QUAL JORNALISMO TELEVISIVO ! O QUE EXISTE SÃO PAPAGAIOS, CATATUAS FALANTES, HIENAS DOMESTICADAS QUE AOS PRIMEIROS SINAIS DE ENVELHECIMENTO ENTRAM EM COLAPSO PREOCUPADO(A)S PORQUE O CU DEPOIS DE REPUXADO JÁ SE SITUA NO PESCOÇO E NINGUÉM LHES PASSA CARTÃO.

FOI ASSIM QUE ESTE(A)S VIGARISTAS ESCOLHERAM A SUA CARREIRA, , MENTINDO E CRIMINOSAMENTE ESFAQUEANDO QUEM LHES PAGA OS LUXOS, AS PENEIRAS E A SUA ESCANDALOSA IGNORÂNCIA.
PQOP.

António Garrochinho
16
Set17

LIXO

António Garrochinho


já não somos "lixo"
é o capitalismo quem manda
mas na verdade, de burguesia, em cada nicho
Portugal tresanda
António Garrochinho

16
Set17

Manuel Freire - "Poema da Malta das Naus"

António Garrochinho






POEMA DA MALTA DAS NAUS

Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do Sol.

Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo,
pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.

Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das praias,
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.

Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me as gengivas,
apodreci de escorbuto.

Com a mão esquerda benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.

Meu riso de dentes podres
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.

Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.

Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
do sonho, esse, fui eu.

O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.





16
Set17

A CULTURA ou a CÓLTURA

António Garrochinho

Ontem no café Central entre amigos falava-se do que é ser inteligente, instruído, ou xico esperto.
Em todos estes rotulismos decerto há uma diferença e metendo a minha colher tenho observado que em muitos países estrangeiros um operário da construção vai assistir a um concerto de música clássica, uma operária, uma empregada de mesa lê com frequência e sabe dissecar clássicos da literatura nacionais ou estrangeiros , um electricista, um mecânico, um pintor de construção civil têm uma cultura geral acima da média, um carpinteiro lê e vai ao teatro porque isso o valoriza e instrui ao mesmo tempo que o diverte.
Aqui em Portugal salvo as devidas excepções vamos de mal a pior ! o tema é o Tony das caminétes, as festas e festarolas da pimbalhice, as revistas côr de rosa (merda), os shows big brother onde nada se aprende, nada se absorve em termos culturais já que a finalidade de quem promove tais eventos é arrecadar o dinheiro e quem as frequenta acha que a cultura é coisa de velhos caretas.
Aqui entrevistam-se universitários e ficamos completamente estupefactos com a ignorância que grassa nesses jovens prestes a receber o famoso "canudo".
A quem interessa este estado de coisas ?
António Garrochinho

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