Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

30
Nov17

Morreu Zé Pedro dos Xutos & Pontapés

António Garrochinho


30 nov, 2017 
Morreu Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés e figura lendária do rock português, avança a revista "Blitz".
Zé Pedro tinha 61 anos e faleceu em casa, vítima de doença prolongada.
Além de ser um dos co-fundadores dos Xutos, em 1978, o músico fez parte de projectos como Maduros, Ladrões do Tempo e Palma's Gangs, este último com Jorge Palma.
Foi também um dos sócios do Johnny Guitar, emblemático bar e sala de espectáculos de Lisboa.
O último concerto de Zé Pedro com a sua banda de sempre aconteceu no início do mês, no Coliseu dos Recreios. No final, o guitarrista recebeu uma onda de carinho do público.
O estado de saúde de Zé Pedro deteriorou-se nos últimos meses depois de, há alguns anos, o guitarristas ter sido submetido a um transplante de fígado.
"Foi em 2001. Parei os consumos todos: de álcool, drogas e tabaco. Foi um ano terrível de confusão, de consumos, de não ter saída. Às vezes lembro-me de um turbilhão de coisas que me passava pela cabeça. Tem de ter um fim. Não vou aguentar muito mais. Houve uma hemorragia enorme e eles quase me deram como morto. Mas eu tive a certeza que ia sobreviver. O Eduardo Barroso disse que o fígado nem para um patê dava", contou em entrevista ao jornal "Expresso".
Noutra conversa com o portal Sapo, Zé Pedro admite que passou muitas linhas vermelhas. "Abusei muito. Foi a fase do sexo, droga e rock n’ roll. Aproveitei bem este lema e acabei por pagar a factura da pior maneira. Não sinto rancor com o meu passado. Vivi o que vivi. Claro que temos de assumir as consequências dos nossos atos, assumir as responsabilidades".
O guitarrista fá de Rolling Stones deixou também conselhos às novas gerações: "Os jovens devem ter uma personalidade cada vez mais forte para dizer não às tentações e não se deixarem levar pelo princípio de que se tem de experimentar tudo na vida. Isso não é verdade. Há que saber selecionar os amigos e as atividades que nos fazem bem".
O homem do leme dos Xutos & Pontapés, que passou parte da infância em Timor, era uma das figuras mais carismáticas da música portuguesa das últimas décadas.


rr.sapo.pt
30
Nov17

30 de Novembro de 1935: Morre, em Lisboa, o poeta português Fernando Pessoa

António Garrochinho

Poeta, ficcionista, dramaturgo, filósofo, prosador, Fernando Pessoa é, inequivocamente, a mais complexa personalidade literária portuguesa e europeia do século XX. Após a morte do pai, partiu com sete anos para a África do Sul onde o seu padrasto ocupava o cargo de cônsul interino. Durante os dez anos que aí viveu, realizou com distinção os estudos liceais e redigiu alguns dos seus primeiros textos poéticos, atribuídos a pseudónimos,entre os quais se salienta o de Alexander Search. Com dezassete anos, abandona a família e regressa a Portugal,com a intenção de ingressar no Curso Superior de Letras. Em Lisboa, acaba por abandonar os estudos, sobrevive como correspondente comercial de inglês e dedica-se a uma vida literária intensa. Desenvolve colaboração com publicações (algumas delas dirigidas por si) como A República, Teatro, A Águia, A Renascença, Eh Real, O Jornal,A Capital, Exílio, Centauro, Portugal Futurista, Athena, Contemporânea, Revista Portuguesa, Presença, O Imparcial, O Mundo Português, Sudoeste, Momento. Com Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, entre outros,leva, em 1915, a cabo o projeto de Orpheu, revista que assinala a afirmação do modernismo português e cujo impacto cultural e literário só pôde cabalmente ser avaliado por gerações posteriores. Tendo publicado em vida,em volume, apenas os seus poemas ingleses e o poema épico Mensagem, a bibliografia que legou à contemporaneidade é de tal forma extensa que o conhecimento da sua obra se encontra em curso, sendo alargado ou aprofundado à medida que vão saindo para o prelo os textos que integram um vastíssimo espólio. Mais do que a dimensão dessa obra, cujos contornos ainda não são completamente conhecidos, profícua em projetos literários,em esboços de planos, em versões de textos, em interpretações e reflexões sobre si mesma, impõe-se, porém, a complexidade filosófica e literária de que se reveste. Dificilmente se pode chegar a sínteses simplistas diante de um autor que, além da obra assinada com o seu próprio nome, criou vários autores aparentemente autónomos e quase com existência real, os heterónimos, de que se destacam - o seu número eleva-se às dezenas - Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, cada um deles portador de uma identidade própria; de uma arte poética distinta; de uma evolução literária pessoal e ainda capazes de comentar as relações literárias e pessoais que estabelecem entre si. A esta poderosa mistificação acresce ainda a obra multifacetada do seu criador, que recobre vários géneros (teatro, poesia lírica e épica, prosa doutrinária e filosófica, teorização literária, narrativa policial,etc.), vários interesses (ocultismo, nacionalismo, misticismo, etc.) e várias correntes literárias (todas por si criadas e teorizadas, como o paulismo, o intersecionismo ou o sensacionismo). Elevando-se aos milhares de milhares aspáginas já publicadas sobre a obra de Fernando Pessoa, e, muito particularmente, sobre o fenómeno da heteronímia, uma das premissas a ter em conta quando se aborda o universo pessoano é, como alerta Eduardo Lourenço, não cair no equívoco de "tomar Caeiro, Campos e Reis como fragmentos de uma totalidade que convenientemente interpretados e lidos permitiriam reconstituí-la ou pelo menos entrever o seu perfil global. A verdade é mais simples: os heterónimos são a Totalidade fragmentada [...]. Por isso mesmo e por essência não têm leitura individual, mas igualmente não têm dialéctica senão na luz dessa Totalidade de que não são partes,mas plurais e hierarquizadas maneiras de uma única e decisiva fragmentação. (p. 31) Avaliando a posteriori o significado global dessa aventura literária extraordinária revestem-se de particular relevo, como aspetos subjacentes a essas múltiplas realizações e a essa Totalidade entrevista, entre outros, o sentido de construtividade do poema (ou melhor, dos sistemas poéticos) e a capacidade de despersonalização obtida pela relação de reciprocidade estabelecida entre intelectualização e emoção. Nessa medida, a obra de Fernando Pessoa constitui uma referência incontornável no processo que conduz à afirmação da modernidade, nomeadamente pela subordinação da criação literária a um processo de fingimento que, segundo Fernando Guimarães, "representa o esbatimento da subjetividade que conduzirá à poesia dramática dos heterónimos, à procura da complexidade entendida como emocionalização de uma ideia e intelectualização de uma emoção, à admissão da essencialidade expressiva da arte" bem como à "valorização da própria estrutura das realizações literárias" (cf. O Modernismo Português e a sua Poética, Porto, Lello, 1999, p. 61). Deste modo, a poesia de Fernando Pessoa "Traçou pela sua própria existência o quadro dentro do qual se move a dialética mesma da nossa Modernidade", constituindo a matriz de uma filiação textual particularmente nítida à medida que a sua obra, e a dos heterónimos, ia, ao longo da década de 40, sendo descoberta e editada, a tal ponto que, a partir da sua aventura poética, se tornou impossível"escrever poesia como se a sua experiência não tivesse tido lugar." (LOURENÇO, Eduardo, cit. por MARTINHO,Fernando J. B. - Pessoa e a Moderna Poesia Portuguesa - do "Orpheu" a 1960, Lisboa, 1983, p. 157.)

Fernando Pessoa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
wikipedia (Imagens)



Ficheiro:216 2310-Fernando-Pessoa.jpg


Fernando Pessoa em 1914
Ficheiro:Pessoacopo.jpg
"Fernando Pessoa em flagrante delitro": dedicatória na fotografia que ofereceu à namorada Ophélia Queiroz em 1929
Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.


Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.


VÍDEO

30
Nov17

OLHÓAVANTE ! - DESLOCALIZAÇÕES

António Garrochinho




Há cerca de uma semana, a 21 de Novembro, o País soube pela comunicação social que o Infarmed ia ser deslocalizado para o Porto. Mas não foi apenas o País que o soube nessa altura, o próprio Infarmed também ficou informado na mesma ocasião, como garante a sua comissão de trabalhadores, os quais, esmagadoramente (97%) e em votação nominal, recusaram liminarmente ser «deslocalizados» para o Porto – o que se compreende à evidência, pois todos têm a vida estruturada em Lisboa.

Acontece que o Infarmed não é uma instituição qualquer, trata-se do organismo que controla e homologa todo e qualquer medicamento ou produto de Saúde que chegue ao País. A sua criação em Portugal ocorreu há 20 anos no quadro e por exigência da União Europeia, munindo o País de uma estrutura que passou a garantir a segurança terapêutica. As valências necessárias para cumprir a tarefa são especializadas, com calibres de eficácia de alta exigência, adestramento de procedimentos e competências específicas que exigem meios e tempo.

Foi assim que o Infarmed se afirmou nacional e internacionalmente como organismo de excelência na avaliação, controle e garantia dos medicamentos utilizados e a utilizar no País, impondo-se como referência nacional de serviço público rigoroso e transparente.

O Governo anunciou de repente a deslocalização do Infarmed e desencadeou uma tal tempestade, que tanto o primeiro-ministro como o ministro da Saúde se têm esforçado para garantir que se trata de uma «medida administrativa» tomada «a seu tempo», embora até à data não tenha surgido um único documento onde conste essa medida e o seu tempo. O próprio Presidente da República, em geral tão prolixo, arrumou o caso em «questão administrativa do Governo» e fechou-se em copas.

Obviamente que esta decisão vai bastante além do administrativo. O que se sabe sobre o Infarmed revela um investimento recente de cinco milhões de euros para um novo laboratório nas instalações de Lisboa, pelo que as putativas «razões administrativas» perdem sentido e o que sobra é uma instituição consolidada em eficácia, prestígio e investimento. Nada que justifique transferências inopinadas, onerosas e sem quaisquer vantagens operacionais.

Resta ser uma decisão meramente política, aliás alardeada pelo presidente da Câmara do Porto que, mostrando-se «agradecido» à «decisão do Governo», ultrapassou o «pormenor» de 97% dos 300 trabalhadores do Infarmed se recusarem a deslocalizar as suas vidas para o Porto (o que inviabiliza a transferência, diga-se) com a invocação de situações escandalosas que o edil acha «normais», como professores ou médicos serem colocados a centenas de quilómetros de casa.

Esperemos que o bom senso impere sobre o provincianismo de tudo isto e o Governo não se deixe resvalar para decisões erráticas e sem fundamento.


Henrique Custódio 

30
Nov17

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

MARIO CENTENO NÃO SENDO PARA MIM INSUBSTITUÍVEL E NÃO ALINHANDO EU NAS TEORIAS DE HOMENS COM SUPERPODERES NA ECONOMIA PORTUGUESA POIS BASTA SER HONESTO, SABER APOIAR, SABER CORTAR ONDE É PRECISO, DIZIA: CENTENO TAL COMO A MAIORIA DOS POLÍTICOS DO PSD/PS QUANDO LHES BATE À PORTA UM MAIOR TACHO, LÁ ESTÃO ELES AFIANDO AS UNHAS NA ESPERANÇA DE SE LAMBUZAREM EM DINHEIRO, CADA VEZ MAIS DINHEIRO.

LOGO OS PORTEGUESÍSSIMOS PORTUGUESES SEMPRE INUNDADOS DE PATRIOTISMO E AMOR AO PAÍS, TROCAM AS SUAS JÁ BEM PAGAS CARREIRAS POR ALGO DE MAIOR MONTA E QUE LHES PERMITA VIVER EM LUXO E REPASTO SUPER BURGUÊS, ESQUECENDO O POVINHO QUE TANTO ENALTECEM, QUANDO ANDAM EM CAMPANHA ELEITORAL OU GOVERNAM.

CLARO QUE PARA A DIREITA PAFISTA E PARA OS ORFÃOS DE SALAZAR, SE CENTENO FOR ELEITO PARA O EUROGRUPO ISSO É BOM, POIS É SEMPRE UM DESGASTE NAS HOSTES DO PS XUXA.

NADA QUE ELES NÃO RESOLVAM !

LOGO APARECERÁ UM OUTRO QUE SERÁ ANUNCIADO COM EXCELENTES QUALIDADES ATÉ QUE NOVAMENTE SEJA REMETIDO PARA OUTRO LUGAR ONDE O SORVEDOURO LHE SEJA BENÉFICO PARA A CONTA BANCÁRIA.

CENTENO SE FOR ELEITO PARA O EUROGRUPO DEFENDERÁ A SUA CARTEIRA E OS INTERESSES DA EUROPA CAPITALISTA, TAL COMO GUTERRES DEFENDE OS MESMOS INTERESSES E OS DO IMPERIALISMO, TAL COMO BARROSO FEZ ENQUANTO PRESIDENTE DA UNIÃO EUROPEIA.

CHEGADOS LÁ PERDEM LOGO (SE ALGUMA VEZ O TIVERAM) O CUNHO DE CAMÕES E A PROSA DE FERNANDO PESSOA.

O DINHEIRO É O SEU HINO.

NESTE PROCESSO, RÁPIDA, A COMUNICAÇÃO SOCIAL, O JORNALIXO, FOI CONSULTAR A VIDENTE CRISTAS QUE É CONSULTADA À PRIORI POR TUDO E POR NADA E QUE DESENXABIDA AFIRMOU QUE NÃO É BOM QUE PORTUGAL PERDAS DE INTELIGÊNCIAS MAS ACHANDO QUE CENTENO NÃO TEM FEITO UM BOM TRABALHO CÁ NO BURGO.

LEMBRAM-SE DE GUTERRES

LEMBRAM-SE DE BARROSO ?
ENTÃO NADA DE SURPRISES !

ESTE É MAIS UM IGUAL A OUTROS QUE AINDA HÃO-DE VIR.

António Garrochinho
30
Nov17

ADIVINHA O "SEGREDO" POR DE TRÁS DESTAS ESCULTURAS

António Garrochinho
Dizem que a imaginação humana não tem limites, e ainda que isto tenha um pouco se exagero auto-transcendente -o homem superiorizando o próprio homem-, por outro lado contém uma verdadeira dose de verdade. Abundam os exemplos em que a mente é capaz de propor cenários que não existem e inclusive que diríamos que são impossíveis. Essa capacidade de antecipar, projetar e planejar é, entre outras várias, o que chamamos imaginação.

01
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 01
Neste post compartilhamos uma série de esculturas que têm como característica comum, além de que todas são obra do mesmo artista, que são imaginadas. Isto é, por mais reais que nos pareçam, a verdade é que não existem mais que na liberdade fantástica da ilustração 3D.

Chad Knight é o artífice por trás destas surpreendentes figurações. Com 41 anos de idade, Chade trabalha atualmente como encarregado de desenho dos impressos da Nike, mas igualmente dedicou-se a gerar estas esculturas que sem dúvida, por sua originalidade e atrevimento, quereríamos ver feitas realidade.
02
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 02
03
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 03
04
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 04
05
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 05
06
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 06

Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 07
08
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 08
09
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 09
10
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 10
11
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 11

Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 12
13
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 13
14
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 14
15
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 15
16
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 16

Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 17
18
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 18
19
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 19
20
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 20
21
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 21

Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 22
23
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 23
24
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 24
25
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 25
26
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 26

Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 27
28
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 28
29
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 29
30
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 30
31
Adivinha o segredo por trás destas surprendentes esculturas? 31
Fonte: Chad Knight via Bored Panda.


www.mdig.com.br
30
Nov17

Federação sindical considera «demasiado graves» as afirmações de Manuel Delgado

António Garrochinho



A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFS/CGTP-IN) considera «uma afronta vergonhosa para os trabalhadores» as declarações proferidas pelo secretário de Estado da Saúde, que afirmou que as baixas por doença no SNS são uma «vergonha», insinuando que são duvidosas.
Federação sindical aponta vários problemas vividos pelos trabalhadores do sector da Saúde
Federação sindical aponta vários problemas vividos pelos trabalhadores do sector da Saúde Créditos
Manuel Delgado classificou como uma «vergonha a nível nacional e internacional» os dados do Portal da Saúde sobre o absentismo dos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pediu o apoio da Ordem dos Médicos para uma «sindicância para avaliar estas situações». Acrescentou que se tem «de combater e moralizar as ausências e os atestados médicos que não correspondem a reais necessidades de faltar», assumindo que tem que haver mais controlo para «apertar essa malha».
A FNSTFS, num comunicado enviado às redacções, afirma que as declarações do secretário de Estado de que «são demasiado graves», para além de representarem «uma afronta vergonhosa e inaceitável a quem trabalha no SNS» e demonstrarem o seu desconhecimento do sector.
O comunicado lembra que «o Ministério da Saúde tem recusado a negociação» com a estrutura sindical «há anos», permitindo «horários díspares para trabalho igual, a acumulação excessiva de trabalho suplementar não pago e a falta de mais de 6000 assistentes operacionais».
A federação recorda «o ataque» feito aos trabalhadores deste sector, dando como exemplo a falta de pessoal, a precariedade, os congelamentos salariais, o recurso ilegal a Contratos Emprego-Inserção, «as chamadas rescisões por mútuo acordo» ou «a imposição das 40 horas semanais».
É ainda afirmado na nota que «a maioria dos assistentes operacionais do sector da Saúde auferem salários de cerca de 600 euros e têm uma sobrecarga horária de trabalho, com a sua total desregulamentação, prestando serviços que são essenciais em condições que põem em causa a sua dignidade, a sua saúde e as suas vidas». Destaca ainda que «os assistentes técnicos estão sujeitos a ritmos brutais de trabalho enquanto os seus salários não param de diminuir».


www.abrilabril.pt
30
Nov17

REGISTO

António Garrochinho

APESAR DO HISTERISMO, DA ENCOMENDA A CARPIDEIRAS PAGAS PARA CHORAR A MORTE DO VAMPIRO O POVO JÁ NÃO VAI EM CANTILENAS E MENTIRAS DE BRANQUEAMENTO AOS QUE O EXPLORAM.

É COM SATISFAÇÃO QUE VEJO NAS REDES SOCIAIS, NO UNIVERSO BLOGUER O DESMANTELAR DA PROPAGANDA FEITA PELO JORNALIXO AO BELMIRO.

OS LACAIOS ALGUNS DELES QUE ATÉ FORAM VÍTIMAS EXPLORADOS E DESPEDIDOS PELO "HOMEM BOM" DA SONAE NÃO SE CANSAM DE ELOGIAR O MORTO

QUEM CRIA POSTOS DE TRABALHO SÃO OS CONSUMIDORES, QUEM CRIA RIQUEZA SÃO OS QUE TRABALHAM E INFELIZMENTE AINDA HÁ QUEM NÃO CONSIGA DISCERNIR ESTA REALIDADE.

NÃO APRENDEM ESTES RASTEJANTES QUE GENTE COMO O BELMIRO, O SOARES, O SALGADO E A CORJA DA MESMA ESTIRPE, VIVE DO SANGUE DAQUELES QUE EXPLORAM E ROUBAM

NÃO COMPREENDEM ESTES RASTEJANTES QUE O CAPITALISMO NÃO SE CONDÓI DE NINGUÉM E RAPA A CARNE DOS ESCRAVOS ATÉ AO TUTANO.

SE OS AMAM TANTO ENTÃO QUE LHE VÃO FAZER COMPANHIA, LEVEM INCENSO E VENEREM NO OUTRO MUNDO OS QUE TANTO MAL FIZERAM CÁ NA TERRA.

SABENDO NÓS QUE NADA EXISTE PARA ALÉM DA MORTE O QUE IMPORTA FAZER É AGIR, LUTAR ENQUANTO VIDA PARA QUE ESTAS AVES DE RAPINA DESAPAREÇAM DA FACE DO PLANETA E ASSIM DE CERTEZA SE CONSEGUIRÁ MAIS DIGNIDADE E RESPEITO POR QUEM CONSTRÓI RIQUEZA E MERECE O DINHEIRO PARA TER PÃO NA MESA.


António Garrochinho
30
Nov17

O DETALHE

António Garrochinho



Figura essencial do Portugal democrático. Génio. Implacável. Exigente. Visão de futuro. Estratega. Império. Riqueza. Começou do nada. Marcante. Determinação. Trabalho. Empenhamento social. Gerador de milhares de empregos. Têm sido estas as palavras ouvidas e lidas durante todo o dia sobre Belmiro de Azevedo. Uma pessoa maravilhosa, um dos 1.200 mais ricos do mundo. Independentemente de tudo, dizem, conseguiu criar uma enorme empresa.

Só que esse independentemente de tudo, é tudo o que importa, porque é a vida das pessoas e a sua sobrevivência. É esse detalhe. Vivemos num tempo estranho em que somos capazes de elogiar quem condena milhares à miséria, porque independentemente de. Lá fora é igual. O caso da Inditex, dona da Zara, e do seu administrador, um dos mais ricos ente os mais ricos, faz capas por isso. Mas utilizar mão de obra infantil passa a ser um detalhe. Esta reportagem da Visão sobre os trabalhadores dos supermercados, de Abril deste ano, diz quase tudo. Belmiro de Azevedo foi um explorador como outro qualquer:

Rui trabalha nos armazéns da Sonae há 17 anos. Leva para casa entre 540 e 560 euros, incluindo o subsídio de refeição. "Para viver com as condições mínimas, tenho de ter dois empregos: saio do armazém ao fim da tarde e ainda vou dar aulas de basquetebol noite adentro."

De facto, talvez tenha sido mais inteligente do que outros, até quando percebeu que investir num jornal que dá prejuízos trar-lhe-ia dividendos. E hoje, na sua morte, está a colher os dividendos disso mesmo, de ter quem ache que foi um benemérito, como se o tivesse aberto um jornal para dar alguma coisa às massas incultas. Pensemos: o que leva uma pessoa com tanto tacto para o negócio, tão bem sucedido, a manter uma negócio que dá prejuízo? Por absurdo, imaginamos Belmiro a segurar o Continente durante anos, caso desse prejuízo?

Fala-se, hoje, do principal responsável pela desregulação dos horários do comércio, pela sua abertura aos fins-de-semana e feriados, pela consequente desregulação da vida de milhares de pessoas, até à vida dos milhões de hoje.

E porque há-de a morte de um empresário merecer um voto de pesar do Parlamento? De alguém que disse que só há competitividade com baixos salários? Expliquem lá o que há para agradecer ao certo? Quantos votos de pesar mereceram a morte de trabalhadores?

Isto é o verdadeiro politicamente correcto. Esta coisa de que todos são muito bons depois da morte e quem não se associar ao carpir generalizado é um monstro. É isto o politicamente correcto. E gente que se diz de esquerda escrever artigos do nível – ou falta dele – de Rui Tavares sobre o dono do Público, demonstra bem aquilo que disse atrás. Belmiro defendia que não há almoços grátis. Pois não.


manifesto74.blogspot.pt

Pág. 1/69

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •