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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Nov17

TODOS OS VÍDEOS DO ATAQUE TERRORISTA EM NOVA YORQUE - IMAGENS DOS CORPOS NA CICLOVIA

António Garrochinho




Uma caminonete invadiu em esta terça-feira uma movimentada ciclovia em uma rua situada próxima do World Trade Center de Nova York. O atropelamento deixou oito vítimas mortais e mais de 12 feridos. O veículo seguiu arrastando tudo que encontrava pela frente até que se chocou contra outro carro, quando o motorista saiu da caminhonete com armas falsas e foi ferido por disparos da Polícia.


As primeiras informações falavam de um tiroteio, já que algumas testemunhas asseguravam ter visto um homem disparar de um carro. O homem foi identificado como Sarif Allah Saipov, de 29 anos. A Polícia anunciou que se trata de um único atentado e assegura que não há provas que confirmem outros ataques
Horas após o atentado, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, qualificou os fatos em conferência de imprensa de "ato de terror muito covarde". Nas redes circulam vários vídeos e fotos feitos no lugar dos fatos. Um vídeo, cuja autenticidade não foi confirmada mostra o autor do atentado fugindo dos polícias depois de abandonar seu veículo
VÍDEOS







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02
Nov17

Governo investe 16,3 milhões em veículos novos para vigilantes e sapadores florestais

António Garrochinho



O Executivo vai investir um total de 16 milhões de euros na compra de novas viaturas para as equipas de sapadores florestais, vigilantes da natureza e agentes florestais. Já a partir deste mês começam a ser contratados novos efectivos para patrulhar as florestas.
Governo investe 16,3 milhões em veículos novos para vigilantes e sapadores florestais

O Governo decidiu investir 16 milhões de euros na aquisição de novas viaturas para a "constituição e equipamento das novas equipas de sapadores florestais", bem como a "substituição dos veículos das equipas já existentes, os quais se encontram em fim de vida útil ou já a ultrapassaram". Em Outubro, o Governo anunciara a contratação de 500 novos sapadores florestais e de 50 novos vigilantes da natureza, no Conselho de Ministros Extraordinário após os incêndios que varreram a zona centro do país.

Os 16,3 milhões de euros serão geridos pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a sua execução será de 8,1 milhões em 2018 e de igual montante em 2019. Para satisfazer esta despesa serão transferidos nove milhões de euros para o Fundo Florestal Permanente e um milhão para o Fundo Ambiental. O procedimento para a compra de veículos ficará a cargo da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP).

A resolução do Conselho de Ministros que autoriza esta despesa foi hoje publicada em Diário da República e foi aprovada na reunião extraordinária do Executivo de 21 de Outubro. Nessa reunião, exclusivamente dedicada à floresta e ao combate aos fogos, foi também decidida a contratação de 500 novos sapadores florestais, para criar 100 novas equipas de sapadores, bem como a contratação de 50 novos vigilantes da natureza.

Voluntariado nas florestas regressa com 1,5 milhões

O Governo também decidiu recuperar o programa "Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas" a partir do próximo ano. Esta iniciativa foi lançada em 2005 e manteve-se em funcionamento até 2011, tendo aí sido suspensa por "não afectação das necessárias verbas". No próximo ano, o Governo quer reimplementar este programa e decidiu atribuir-lhe um financiamento de 1,5 milhões de euros.

As edições anteriores deste programa de voluntariado contaram com a participação de "dezenas de milhares de jovens". O regresso desta iniciativa recebeu um incentivo indirecto da própria Comissão Técnica Independente, que sublinhou que os jovens são "um dos públicos privilegiados para as acções de informação para a autoprotecção".

O programa de voluntariado "poderá apoiar acções de informação e sensibilização entre pares, ou seja, de jovens para jovens, assegurando um efeito multiplicador do programa e a sustentabilidade futura dos seus resultados", lê-se na resolução do Conselho de Ministros, hoje publicada em DR.

O programa de voluntariado, cujo regulamento será preparado nos próximos dois meses, tem como objectivo "contribuir para o aumento da educação e sensibilização para a valorização do ambiente, de resiliência da floresta e de protecção contra catástrofes, para o aumento do conhecimento geral sobre a natureza e florestas, e dos serviços ambientais por ela prestados, por via de acções de inventário ambiental e recolha de outros dados para a ciência dos fogos e das florestas e para o apoio a operações de ordenamento florestal e protecção ambiental".



02
Nov17

Bairro do Cruzinho foi construído em 1895 Porto: especulação imobiliária ataca último bairro operário

António Garrochinho



A Câmara do Porto vai avaliar a possibilidade de compra do centenário Bairro do Cruzinho, no Campo Alegre. Moradores do último bairro operário daquela zona da Invicta estão a ser pressionados para sair.
Bairro do Cruzinho
Bairro do Cruzinho Créditos
Foi na reunião pública da Câmara do Porto, na passada terça-feira, que a CDU apresentou a proposta de aquisição e salvaguarda do Bairro do Cruzinho, no Campo Alegre. O objectivo, realça a vereadora Ilda Figueiredo, é o de preservar a memória industrial e operária da cidade, mas simultaneamente proporcionar melhores condições de habitação.
A recomendação, explica, surge «depois de conversar com os moradores mas também com outras pessoas, como Germano Silva, historiador da cidade e que ali viveu em criança e jovem, terem alertado para a necessidade de salvaguardar esta memória da cidade».
Depois da discussão, esta terça-feira, o presidente Rui Moreira admitiu que a Câmara vai estudar esta proposta de aquisição do Bairro do Cruzinho, uma vez que a zona não está classificada e o município não tem o direito de preferência. 
A vereadora sublinha, no entanto, que o compromisso é defender o bairro e os seus moradores, com novos alojamentos e rendas acessíveis, abrindo a porta a jovens casais e estudantes universitários, atendendo à proximidade dos estabelecimentos de Ensino Superior.

«Resistiu até hoje, é uma pena se não se salvaguarda»

Sobrevivente à desindustrialização da cidade, o Bairro do Cruzinho, admite a vereadora, «está a ser objecto de tentativa de transformação e alvo da especulação imobiliária», com os moradores a serem pressionados pelos proprietários a sair. «Só é possível salvaguardá-lo se a Câmara intervir», frisa.
No total são 48 habitações. Há várias entaipadas e degradadas, e apenas 13 estão habitadas, tendo sido reabilitadas pelos próprios moradores. Na descrição deste bairro construído em 1895, Ilda Figueiredo revela que tem características «muito peculiares e que importa preservar».
«É um bairro com muito espaço, com quintais, construído para acolher os operários que vinham trabalhar para a zona do Campo Alegre e que precisavam de alojamento. Uma zona, por sinal, muito industrializada, onde havia fábricas importantes como a Fábrica de Fiação e Tecidos do Jacinto», esclarece. 

www.abrilabril.pt
02
Nov17

OLHÓ AVANTE ! - SERIEDADES

António Garrochinho
 

Henrique Custódio 

Seriedades


Num trabalho de Luciano Alvarez no Público, intitulado «A unidade militar de emergência que PSD e CDS pedem já existe» conta-se uma história que começa por ser ridícula, para não variar.
O País precisa de «uma unidade militar de resposta a emergências e, nomeadamente, a este tipo de emergências», perorou Passos Coelho a 20 de Outubro, de olhos postos no exemplo espanhol que criou em 2005 a UME, uma unidade militar com o objectivo de ajudar as populações em situações graves ou catastróficas, como os incêndios. Aliás, entre Junho e Agosto deste ano mais de 500 homens e respectivo equipamento da UME estiveram em Portugal, a auxiliar no combate aos incêndios.
Pouco depois, a 26 de Outubro, Assunção Cristas apresentou de rajada 43 medidas para mostrar que o CDS estava na vanguarda do combate aos incêndios e, entre elas, brilhava «a forma de participação das Forças Armadas nas missões de protecção civil, com a criação de uma unidade especial formada e equipada para o efeito».
Acontece que essa «unidade especial» já existe, chama-se Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), foi anunciado em 2014 em pleno governo PSD/CDS e está operacional desde Setembro do ano passado.
Há duas falhas convergindo numa só, neste deslize dos partidos do PaF.
A primeira, é que o seu desinteresse era tão efectivo, em relação ao problema dos incêndios, que esqueceram de imediato a criação que decidiram de uma unidade militar para o combate a este flagelo; a segunda, é que o seu desinteresse em relação aos incêndios continua tão real e desinformado que propõem a criação de uma unidade militar que eles próprios já haviam criado e esquecido, enquanto governantes.
Mas há factos sérios, fora deste entremez.
O relatório independente sobre os incêndios de Pedrógão refere a intervenção do RAME e recorda: «o RAME, criado no âmbito da reforma Defesa 2020, materializou-se, porém, numa versão minimalista da intenção inicial, pois acabou por não se constituir como una unidade militar com capacidades, meios e processos dos diferentes ramos das Forças Armadas».
Não foi o que testemunhou e disse o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, quando, a 20 de Abril passado, visitou o RAME, cinco meses depois de estar operacional nas instalações do quartel de Abrantes. Caracterizou o RAME como sendo de «excelência», realçou a capacidade do Exército «para enfrentar situações de emergência» e concluiu que o mesmo Exército estava mais bem preparado «no âmbito da formação, do treino e na aquisição de equipamentos».
O relatório independente não tergiversa nas acusações que faz ao RAME e realça, nomeadamente, a «versão minimalista» com que foi implantado, o que responsabiliza o governo do PS. E isso é também um facto sério.

02
Nov17

Sabe o que foi a "Real Barraca"?

António Garrochinho



O terramoto de 1755 causou milhares de vítimas, para além da destruição do Paço Real da Ribeira, da Casa da Índia, de igrejas e conventos, do Hospital de Todos os Santos, do Teatro da Ópera e de diversos palácios.

O monarca, D. José I, e a família real, que passara a noite em Belém, foram poupados. O soberano, receando a ocorrência de novos sismos, decidiu que, até ao fim dos seus dias, jamais viveria debaixo de tectos de pedra, mandando erguer um palácio de madeira e materiais leves. Como o Alto da Ajuda foi um dos locais menos afectados pela tragédia, ali construíram umas barracas que não eram dignas de um monarca. Decidiu-se posteriormente erigir um edifício em madeira que conseguisse  suportar possíveis abalos de terra, e assim, foi mandada erigir a Real Barraca, edifício no qual faleceu  D. José  em 1777.

Este paço serviu de residência da Corte durante cerca de três décadas, até à data da sua completa destruição (e de grande parte do seu valioso recheio) num incêndio que deflagrou na madrugada de 11 de Novembro de 1794, já no reinado de D. Maria I.  Nessa altura a família real recolheu ao Palácio de Queluz, e o Príncipe Regente D. João, aprovou a construção de raiz de um novo palácio no local da Real Barraca. Aprovado o projecto de Manuel Caetano de Sousa, foi assente a primeira pedra do novo Paço Real de Nossa Senhora da Ajuda em Maio de 1796 por José Pedro de Carvalho, Mestre da Repartição dos Pedreiros na Real Obra da Ajuda.


Fontes: antt.dglab.gov.pt/real-barraca-quer-saber-mais
wikpédia


Pormenor da Real Barraca no cimo da colina da Ajuda, numa vista panorâmica de Lisboa desenhada em 1763 (Biblioteca Nacional de Portugal)
02
Nov17

JÁ NÃO HÁ PATROCINADORES COMO DEVE SER, É O QUE É ! Manifestação deixa sindicato sem dinheiro para pagar dívidas

António Garrochinho

Então, sendo a esfuziante Bastonária dirigente do PSD e estando sempre as grandes empresas dispostas a apoiar o PSD… a multimilionária indústria farmacêutica não põe os olhos nisto?
Se não iam pedir dinheiro aos manifestantes e não tinham dinheiro para contratar os autocarros… esperavam que o dinheiro viesse de exactamente de onde ?

Samuel Quedas


Manifestação deixa sindicato sem dinheiro para pagar dívidas

Sindicato está a pedir 22 euros a cada um dos participantes no protesto de setembro em Lisboa para pagar os 47 mil euros que deve a empresas de autocarros

O Sindicato dos Enfermeiros (SE) não tem dinheiro para pagar as dívidas que resultaram da manifestação de setembro, que acabou junto à Assembleia da República e encerrou uma semana de greves no setor. O protesto teve uma adesão maior do que a esperada e levou o sindicato com sede no Porto a alugar 55 autocarros para transportar 2150 pessoas. Resultado: um gasto na ordem dos 47 mil euros e a incapacidade em cumprir a promessa de custear a deslocação sem pedir dinheiro aos associados. Agora, a organização sindical está a pedir 22 euros a cada um dos participantes no protesto e espera ainda a aprovação de um empréstimo bancário para pagar a quem deve.

"As empresas dos 55 autocarros fretados, de norte a sul, para transporte dos colegas, reclamam o pagamento que lhes é devido, de que não dispomos, por erro de cálculo nosso e excesso de confiança em quem não devíamos confiar", explicou o presidente do SE, numa nota publicada no blogue Ser Sindicalista. Questionado pelo DN, José Azevedo adiantou que "foram sendo alugados autocarros e mais autocarros, à medida que iam ficando cheios, sem ter em conta que o sindicato não tem quotantes para fazer face a estas despesas" [o SE tem cerca de cinco mil quotantes, segundo dados da própria organização]. Num tom ainda mais crítico, José Azevedo defende que "não se devia ter levado tanta gente a Lisboa com a promessa de não pagarem a viagem - vieram sócios, não sócios e até parteiros - até porque se falaram em patrocínios que não se concretizaram".

Já no texto publicado no blogue, intitulado Apelo à compreensão e ajuda dos enfermeiros, José Azevedo admitiu que, "sendo nossa intenção oferecer o meio de transporte gratuito a todos os Enfermeiros, que se quiseram manifestar, somos obrigados a dar o dito por não dito, e a pedir aos colegas se nos ajudam a pagar a conta
Até agora, a "generosidade" dos associados rendeu 4600 euros, já abatidos a algumas empresas de aluguer de autocarros, e o sindicato espera ter um empréstimo de 70 mil euros aprovado até ao fim de semana. Isto depois de no final da semana passada ter lamentado a demora no processo com o banco. "Já só nos falta pedirem-nos uma certidão de óbito", queixava-se José Azevedo no Ser Sindicalista, acrescentando que os sindicalistas não querem "deixar a má nota de caloteiros, mas o banco a que recorremos não parece sensibilizar-se com isso".

Ao DN, o sindicato rejeita falar em falência, até porque tem "um grande património imobiliário, com, por exemplo, quatro prédios no Largo do Padrão, no Porto", mas admite não ter liquidez.
02
Nov17

Caçadores perseguem pessoas com base em rumores na crise de vampiros em Malawi

António Garrochinho


A histeria em massa tomou conta da pequena nação do sudeste africano, Malawi, onde os rumores de vampiros sugadores de sangue da vida real tornaram-se tão propagados, que grupos de vigilantes caçadores de vampiros recorrem a assassinatos para proteger suas comunidades. Pelo menos 9 suspeitos de vampirismo foram brutalmente assassinados em Malawi desde meados de setembro, incluindo dois homens na segunda maior cidade do país, Blantyre.


Caçadores perseguem pessoas com base em rumores na crise de vampiros em Malawi
De acordo com a polícia, ambos foram apedrejados, e um foi incendiado. A polícia prendeu mais de 140 pessoas em conexão com um grupo de vigilantes que visava o assassinato de indivíduos acusados ??de serem vampiros e de sugar o sangue dos inocentes.

Líderes no sul de Malawi acreditam que os burburinhos sobre vampiros se originaram na vizinha Moçambique, onde o medo de vampiros da vida real levou a violência no passado. A ONU também acredita que a histeria de vampiros recentemente se espalhou pela fronteira Moçambique-Malawi, nos distritos de Mulanje e Phalombe.

Mail Online informa que os médicos e outros profissionais de saúde foram alvo de caçadores de vampiros por seu uso de estetoscópios, que os vigilantes aparentemente consideram uma ferramenta usada para sugar sangue. Médicos também foram roubados e seus veículos foram destruídos, enquanto ambulâncias levando pacientes para o hospital foram atacadas. A Associação de Médicos de Malawi afirmou que é um caso de histeria em massa que varre a nação.
Caçadores perseguem pessoas com base em rumores na crise de vampiros em Malawi
Em uma declaração, o presidente da sociedade, Dr. Amos Salimanda Nyaka, disse que os incidentes isolados iniciais podem ter elementos do Transtorno de Delinquência Compartilhada. Isto é, quando um indivíduo dominante é enganado e pode ter aqueles que o seguem acreditar e internalizar seus delírios. A ilusão compartilhada geralmente é confinada a uma localidade.

- "Em vista da magnitude do problema na medida em que afeta muitos distritos e a prontidão de muitos malauianos para internalizar essas crenças, essa apresentação constituirá a da Histeria de Massa. É a visão considerada da Sociedade que tais sanguessugas não existem! Isto é puramente histeria em massa"escreve Salimanda.

James Kaledzera, porta-voz da polícia nacional do Malawi, disse à BBC que as patrulhas da polícia haviam sido intensificadas em áreas afetadas e que qualquer um que tenha participado das mortes.
Caçadores perseguem pessoas com base em rumores na crise de vampiros em Malawi
O presidente da Malawi, Peter Mutharika, prometeu investigar os assassinatos, que ele descreveu como "de grave preocupação" para o governo.

Em resposta ao grupo de vigilantes e à violência, as Nações Unidas declararam várias partes do Malawi como zonas sem saída, afirmando que a situação é "instável e volátil". Joanne Lu, observadora da ONU Dispatch, observou que a atual onda de violência também carrega um tomo ??político:

- O Partido Democrático Progressista do governo acusou o Partido do Congresso de Malawi de estar por trás dos rumores e da violência. Ao mesmo tempo, a violência politicamente motivada está em erupção em outros distritos próximos antes das eleições locais", disse Joanne e acrescentou: - "No entanto, são os fundamentos culturais -as superstições, os mitos e as crenças culturais- que são mais preocupantes para os defensores dos direitos humanos, porque estão mais profundamente enraizados nas sociedades rurais pobres e não educadas do que nas alianças políticas."
Caçadores perseguem pessoas com base em rumores na crise de vampiros em Malawi

Os ataques são alarmantemente remanescentes de um aumento acentuado nos últimos dois anos de ataques a pessoas com albinismo, cujos ossos e partes do corpo são creditadas por trazer boa sorte em rituais de feitiçaria.

Malawi é uma das nações mais pobres do mundo, com padrões de acesso educacional bem abaixo da média mundial. A crença na feitiçaria é generalizada, e as dificuldades são muitas vezes atribuídas a explicações mágicas ou supersticiosas.

Outro caso semelhante de histeria em massa surgiu na área em 2002, quando um homem foi morto e três padres católicos foram agredidos após um rumor de que o governo de Malawi estava colaborando com vampiros para colecionar sangue humano.

VÍDEO


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02
Nov17

Acordo com PS dá a Bloco pelouros da Educação e Saúde em Lisboa

António Garrochinho



O texto do acordo entre PS e Bloco, a que a Lusa teve acesso, prevê que o bloquista Ricardo Robles assuma as competências da "Educação, Saúde, Direitos Sociais e Cidadania" e estabelece que o entendimento "cinge-se à atuação de ambas as forças políticas na Câmara Municipal", atendendo à "autonomia dos partidos e autonomia própria do órgão Assembleia Municipal".

O socialista Fernando Medina foi eleito no dia 1 de outubro presidente da Câmara de Lisboa, com 42,02% dos votos, mas perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013. O PS alcançou assim oito vereadores, menos um do que os necessários para a maioria absoluta. O BE conseguiu um mandato e a CDU (PCP/PEV) manteve os dois que já tinha.

O entendimento, com 10 páginas e 69 medidas, prevê a "contratação de 200 novos motoristas durante os anos de 2017 e 2018 para reforço das carreiras e melhoria da qualidade do serviço" da Carris e de "um mínimo de 250 novos autocarros até ao final do mandato", sendo que os primeiros serão recebidos no final de 2018.

Para a melhoria da rede de elétricos, está contemplada a "expansão da linha 15-E até ao Parque das Nações, assegurando interfaces com os transportes na Estação Oriente", a reabertura da linha 24 E (Cais do Sodré-Campolide), e a compra de pelo menos 30 novos elétricos com melhores condições de conforto, segurança e acessibilidade, reservando progressivamente os atuais para utilização turística.

"A gratuitidade dos passes sociais para jovens até 18 anos, maiores de 65 e desempregados, proposta pelo Bloco de Esquerda no seu programa não foi objeto de acolhimento pelo Partido Socialista", ressalva-se no acordo.
A renegociação com o Governo sobre a expansão da rede de Metropolitano, "incluindo a extensão da linha para a zona ocidental de Lisboa como prioridade a par da linha circular", foi contemplada no acordo, que estabelece que o presidente da Câmara "apresentará os resultados desta negociação durante o primeiro semestre de 2018".

Na área da saúde e da toxicodependência, o acordo prevê a "abertura de sala de consumo assistido e criação de equipas móveis em articulação com as organizações intervenientes nesta área e com o Serviço Nacional de Saúde, para reduzir os riscos associados à toxicodependência" até ao final do 2018.

A criação de salas de consumo assistido, previstas na lei desde 2001, chegou a ser aprovada no passado pela Câmara de Lisboa, no mandato de Carmona Rodrigues (eleito pelo PSD), mas não chegou a avançar.
Em 2006, a proposta do vereador do PSD Sérgio Lipari foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS e BE, abstenção do PCP e o voto contra do CDS/PP.
Na educação, o acordo prevê um plano de conceção e construção de novas creches, com abertura de, "pelo menos, 1000 novas vagas", um programa de reequipamento de todas as escolas de primeiro ciclo e um "plano para melhorar a qualidade e quantidade das refeições escolares".

Manuais escolares gratuitos para os alunos do 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário matriculados na escola pública é outra medida prevista, que será implementada no atual ano letivo de 2017/2018, no que refere aos manuais do 2.º e 3.º ciclo.
"No ano letivo de 2018/2019 e seguintes, a gratuitidade estende-se a todos os anos da escolaridade obrigatória, incluindo o secundário. Na medida em que o Estado venha a assumir o financiamento dos manuais, a Câmara Municipal de Lisboa alargará este apoio às fichas de exercícios", fixa o acordo.

A construção e requalificação de 14 centros de saúde até ao final de 2021 e a construção de oito centros intergeracionais, "cruzando assistência sénior com equipamentos de infância. Iniciar em 2018", são outras medidas previstas no acordo, além da abertura de um Centro de Atendimento e Apoio a Mulheres Vítimas de Violência.
Na Cultura, os dois partidos acordaram no acesso gratuito a menores de 18 anos, maiores de 65 e desempregados a todos os espetáculos e espaços geridos pela EGEAC (empresa municipal que gere os equipamentos culturais de Lisboa).

O combate à precariedade no município e um pacote de medidas para aumentar a transparência foram também incluídos no acordo.
Neste entendimento, o PS e o BE, "no respeito pela autonomia dos seus projetos políticos, comprometem-se à consulta prévia à apresentação de propostas estruturantes para o município".


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02
Nov17

10 medidas urgentes para a igualdade salarial entre mulheres e homens

António Garrochinho


igualdade salarial mulheres salarios








Em Portugal, ano após ano, as mulheres trabalhadoras continuam, ilegalmente, a ser discriminadas nos salários.
E essas desigualdades são ainda maiores quando se comparam os ganhos médios mensais, que incluem, para além do salário, o trabalho suplementar, os prémios e outros subsídios de carácter geralmente arbitrário.
As causas são diversas: as actividades e profissões que as mulheres desempenham estão habitualmente associadas a baixos salários; persistem desigualdades de tratamento e de oportunidades no acesso e evolução na carreira; subsistem discriminações com origem em estereótipos de diversa ordem que são usados pelo patronato para as sujeitar a uma maior exploração; proliferam vínculos de trabalho precários, em especial, nas trabalhadoras mais jovens.
A subvalorização do trabalho e das competências das mulheres e o seu reflexo na retribuição, geralmente mais baixa ao longo da vida, também se reflecte no baixo valor das prestações de protecção social e nas pensões de reforma, com situações, em muitos casos, de grave risco de pobreza.
Na defesa do salário igual para trabalho igual ou de igual valor, a CGTP-IN, em conjunto com a FESAHT (Federação dos Sindicatos da Alimentação, Hotelaria e Turismo), numa parceria com outras organizações, deu um contributo inestimável para esta batalha, através do desenvolvimento de um projecto promissor “Revalorizar o Trabalho para Promover a Igualdade“, entre 2005 e 2009, que originou o “Guia para a Aplicação de uma Metodologia de Avaliação do Valor do Trabalho sem Enviesamento de Género”, para aplicação no sector da restauração.
Por sua vez, a valorização do salário mínimo nacional verificada na última década, apesar de insuficiente, contribuiu para a redução das discriminações salariais entre mulheres e homens.
A CGTP-IN estima que se o salário mínimo tivesse sido aumentado para 600 euros em 2016, como reclamava, o diferencial entre mulheres e homens em desfavor daquelas baixaria de 16,7% para 15%(1) e teria sido dado um importante passo no combate às desigualdades.
Por outro lado, a negociação e a contratação colectiva são cruciais neste combate, dado que as categorias profissionais, os conteúdos funcionais e as remunerações, são matérias integrantes das convenções colectivas de trabalho.
Exemplos disso são, entre outros, os acordos negociados pelas Federações sectoriais, no CCT da Indústria Corticeira (2008) e no CCT do Calçado (2017), que eliminaram a discriminação salarial indirecta até aí existente.
Entretanto, alguns estudos sobre esta temática têm alertado para o risco de alargamento do diferencial salarial de género, por força:
– de uma tendência para a individualização das relações de trabalho e descentralização da negociação e contratação colectiva (tendo como consequência uma maior amplitude nos critérios que determinam a formação salarial dos ganhos e na maior desigualdade remuneratória);
– da avaliação de desempenho decorrente do sistema de quotas na Administração Pública (um sector onde o diferencial salarial tem sido menor)(2).
As organizações sindicais ocupam assim um papel insubstituível neste combate e a negociação dos Contratos Colectivos de Trabalho sectoriais, numa perspectiva de progresso e justiça social, favorece a redução das discriminações salariais, valoriza os salários e a evolução das carreiras profissionais.
Neste quadro, a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – CIMH/CGTP-IN aponta as seguintes 10 medidas imediatas:
1. O aumento geral dos salários (no sector privado, no sector público empresarial e na Administração Pública), o aumento do salário mínimo nacional (600 euros em 2018) e as respectivas actualizações anuais, não só na vertente da valorização do trabalho, mas também na vertente do combate à discriminação salarial entre mulheres e homens;
2. A revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, nomeadamente da caducidade das convenções colectivas, bem como a reintrodução do princípio do tratamento mais favorável;
3. A integração na negociação e na contratação colectiva de medidas de promoção e salvaguarda da igualdade retributiva, com recurso, nomeadamente, à majoração salarial para eliminar desigualdades existentes;
4. A erradicação da discriminação directa e indirecta, transversal e horizontal, e de estereótipos ainda prevalecentes entre homens e mulheres;
5. A disponibilização de dados, aos representantes sindicais, por parte das empresas e entidades públicas, sobre as remunerações médias e os ganhos médios actualizados, desagregados por sexo;
6. A introdução ou a melhoria, em sede de negociação e contratação colectiva, de cláusulas e critérios objectivos para determinar o valor do trabalho e o significado de trabalho de valor igual, tendentes à superação das desigualdades salariais actuais;
7. O combate a todas as discriminações salariais, incluindo as que afectam particularmente as mulheres que enfrentam desvantagens acrescidas: com vínculos precários, com deficiência, pertencentes a minorias, imigrantes, com baixas qualificações, etc.;
8. O cumprimento efectivo das garantias e direitos contratuais e legais, bem como a regulamentação do tempo de trabalho e dos prémios (assiduidade, produtividade ou outros), de modo a que sejam efectivados os direitos de maternidade e paternidade, de assistência à família e de conciliação, sem obstaculização ou penalização patronal;
9. A implementação de políticas públicas para a igualdade ao nível das escolas (educação para a Igualdade) e a garantia de que as estatísticas oficiais, nomeadamente da Segurança Social, disponibilizem informação desagregada por sexo, para aferir e monitorizar os efeitos das discriminações salariais entre mulheres e homens ao longo da vida e, em particular, na velhice;
10. A concretização de um plano conjunto (CITE e ACT) de combate às discriminações salariais directas e indirectas, visando uma acção inspectiva mais eficiente e punitiva das entidades patronais infractoras e a divulgação de relatórios anuais, por sector de actividade, que exprimam a evolução no que se refere à igualdade salarial entre mulheres e homens.
CIMH/CGTP-IN
02.11.2017
_________________________________________________________
1 Esta simulação foi feita com dados de 2015, os últimos disponíveis. Pressupõe que a distância entre homens e mulheres nos restantes salários não aumenta.
2 “Estudo Qualitativo a partir do I Relatório sobre Diferenciações Salariais por Ramos de Actividade” – Dezembro de 2014, de Sara Falcão Casaca e Heloísa Perista.
Este artigo encontra-se em: CGTP-IN – CGTP-IN http://bit.ly/2iUllOH
02
Nov17

PAGA ZÉ !!!!!! - Governo prevê gastar 198 milhões de euros para compensar clientes do BES este ano

António Garrochinho


O novo esboço orçamental que foi enviado para Bruxelas tem dados novos. Governo quantifica despesa com impostos diferidos para 2017 e 2018. E inclui despesa com incêndios na tabela das medidas decididas pelo Executivo.
Governo prevê gastar 198 milhões de euros para compensar clientes do BES este ano

O Governo prevê gastar este ano 198 milhões de euros para compensar os clientes do BES lesados com a falência do banco. Esta despesa faz parte da informação actualizada que o Executivo enviou para Bruxelas no âmbito da avaliação do Orçamento do Estado para 2018. A resposta das autoridades portuguesas deverá ser enviada ainda esta terça-feira para a Comissão Europeia.

O Governo enviou à Comissão Europeia o esboço do Orçamento do Estado do próximo ano a 16 de Outubro. Dias depois – a 20 e 23 remeteu nova informação que obrigou a actualizar algumas tabelas. Esta informação é prévia ao pedido de clarificações que Bruxelas dirigiu ao Governo português por ter identificado riscos de "desvio significativo" dos défices de 2017 e 2018.

A tabela tem informação sobre a medida e o valor da mesma em percentagem do PIB. No caso dos incêndios, a informação que surge na tabela actualizada aparece com o valor de 0% do PIB.
No entanto, o novo esboço orçamental que foi enviado para Bruxelas tem alguns dados novos em relação ao que era conhecido até agora.

Ainda em matéria de despesa, o Ministério das Finanças informa a Comissão que prevê gastar este ano 0,1% do PIB, o que corresponde a 198 milhões de euros, com a compensação aos clientes do BES.

No documento, o Ministério não explica o motivo desta compensação. No entanto, ela poderá estar relacionada com o pagamento aos lesados do BES. O grupo de trabalho liderado por Diogo Lacerda Machado definiu que, ainda em 2017, seria paga a primeira tranche, em torno de 30% do valor a receber por cada titular de papel comercial emitido pela ESI e Rioforte e vendido aos balcões do BES. Para isso, está a ser constituído um fundo de recuperação de créditos, que irá proceder à restituição de entre 50% e 75% dos montantes investidos.

"Poderá haver uma garantia pública para permitir que o fundo que venha a adquirir aos lesados os seus direitos de crédito, que ascendem actualmente a cerca de 460 milhões de euros, mobilize, através de financiamento, recursos na ordem de 286 milhões de euros, que é o preço convencionado para a transmissão dos direitos de crédito dos lesados", explicou o gabinete do primeiro-ministro em Setembro, em resposta a uma pergunta do grupo parlamentar do PSD.

Com garantia estatal, o custo do financiamento tende a ser mais barato. O gabinete de António Costa acrescentou, nesse mesmo documento, que o fundo irá promover todas as diligências "de modo a evitar que venha a haver qualquer efectiva execução da garantia e dispêndio público".
Com activos por impostos diferidos, a previsão de despesa é igual e com os swaps da STCP e da Carris o montante é idêntico.

Isto significa que a tabela do conjunto de medidas decididas e adoptadas pelo Governo (e que inclui também o descongelamento das carreiras na Função Pública) aponta agora para um valor um valor nulo em percentagem do PIB, ao passo que na primeira tabela o valor das medidas da despesa somava -0,2% do PIB.
Para 2018, a nova tabela aponta para uma nova de despesa avaliada em 0,1% do PIB, o que neste caso corresponde a 205 milhões de euros.

Do lado da receita, a nova informação que seguiu para Bruxelas revela que o Governo espera uma receita extraordinária de IRC este ano no valor de 0,1% do PIB, que resulta de uma "antecipação referente a 2017 e 2018". "Em 2018, a receita de IRC vai reduzir-se no mesmo valor em resultado desta antecipação", acrescenta o Ministério.
 
O documento do Governo não explica que receita extraordinária é esta. A 20 de Outubro, o Negócios avançou que o Governo queria contar como receita extraordinária este ano os pagamentos por conta a mais recebidos por causa da venda do défice tarifário da EDP em 2016 e que provoca uma quebra na receita de IRC em 2018.



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02
Nov17

02 de Novembro de 1906: Nasce o cineasta italiano Luchino Visconti, realizador de "O Leopardo".

António Garrochinho


Realizador italiano, Luchino Visconti nasceu a 2 de novembro de 1906, em Milão, no seio duma família de aristocratas e morreu a 17 de março de 1976, em Roma. Teve uma educação eclética, tendo estudado violoncelo no Conservatório de Milão. Após uma curta carreira militar, decidiu tornar-se cenógrafo e encenador, tendo sido o primeiro a encenar peças de Jean Cocteau em Itália. Jean Renoir convida-o para seu assistente de realização,tendo efetuado uma sólida aprendizagem. Em 1943, decide aventurar-se como realizador, adaptando um romance de James M. Cain: Ossessione (Obsessão, 1943), o primeiro título neorrealista do cinema italiano com uma visão crítica da realidade social através da história duma relação adúltera entre uma jovem esposa de um proprietário de uma estalagem e um jovem vagabundo que planeiam o assassinato do estalajadeiro. O filme foi mal recebido pelo público, não habituado a esta nova visão cinematográfica. Seguiu-se uma ficção rodada em jeito de documentário com uma equipa de atores amadores: La Terra Trema (1948), sobre uma comunidade piscatória do Sul de Itália.Visconti rodeou-se duma equipa de assistentes extremamente jovem, da qual se destacam Franco Zeffirelli e Francesco Rosi que mais tarde seguiriam carreira na realização. Após o sucesso de Bellissima (Belíssima, 1951)onde Anna Magnani deu um show interpretativo como mãe dominadora que tenta empurrar a sua filha para uma carreira artística, Visconti assinou um dos títulos mais emblemáticos da sua carreira: Senso (Sentimento, 1954).Este título, protagonizado por Alida Valli e Farley Granger, é uma brilhante história de amor e de adultério entre uma condessa casada e um tenente do exército que se aproveita do seu amor para lhe extorquir dinheiro para se livrar do serviço militar. O drama psicológico La Notti Bianche (Noites Brancas, 1957) passaria quase despercebido apesar de contar no seu elenco com nomes como Marcello Mastroianni, Jean Marais e Maria Schell. Já Rocco e iSuoi Fratelli (Rocco e os Seus Irmãos, 1960) foi premiado em diversos certames italianos e foi um relato pleno deemotividade sobre uma família rural que parte para Milão e procura a sua adaptação. É também uma história de amor entre dois irmãos (desempenhados por Alain Delon e por Renato Salvatori) por uma prostituta (Anne Girardot). O filme mereceu a censura em diversos países europeus (inclusive Portugal), o que dificultou a sua distribuição internacional. Depois de ter colaborado no filme por segmentos Boccaccio'70 (1962), assinou a sua obra-prima: Il Gattopardo (O Leopardo, 1963), o retrato da decadência duma família aristocrática napolitana em finais do século XIX, protagonizada por Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale. O êxito retumbante deste título impeliu-o a colocar em prática um projeto de cariz pessoal: a adaptação da tragédia grega Electra. O resultado foi algo dececionante em termos comerciais: Vaghe Stelle Dell'Orsa (1965) não conseguiu convencer o público. Seguiram-se Lo Straniero (1967) e La Caduta Degli Dei (Os Malditos, 1969), uma adaptação do MacBethde Shakespeare transposto para o ambiente da Alemanha nazi de 1933. Outra obra polémica foi Morte a Venezia (Morte em Veneza, 1972), adaptado da obra homónima de Thomas Mann sobre a obsessão dum homem de meia-idade pela beleza de um jovem rapaz. Até à morte, Visconti ainda assinou obras emblemáticas como Ludwig(1972) e L'Innocente (Os Inocentes, 1976).

Luchino Visconti. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)

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Luchino Visconti 

O Leopardo
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VÍDEO








02
Nov17

"Este Orçamento não existiria se o PS tivesse maioria absoluta"

António Garrochinho
Para João Ferreira “há aspetos positivos” no Orçamento apresentado pelo Governo respeitante ao próximo ano. Entre estes aspetos positivos, o eurodeputado comunista destaca a “redução das taxas moderadoras, o alargamento e a majoração dos abonos de família, a gratuitidade dos livros escolares do primeiro ciclo, as reposições salariais e o fim da sobretaxa de IRS”.

Positiva é também a colaboração do PCP na elaboração do documento, diz João Ferreira, garantindo que “este é um Orçamento que não existiria se tivéssemos um governo de maioria absoluta do PS que não fosse influenciado pelo PCP”.
Nesta senda, o deputado comunista chama para o seu partido os louros relativos à “criação de novos escalões de IRS” e ao “aumento extraordinário de rendimentos e não descongelamento que era o que o PS queria”.

Pese embora ter dirigido elogios ao documento, João Ferreira também lhe aponta falhas. “É um Orçamento que fica muito aquém da resposta que se impunha do ponto de vista, por exemplo, do investimento público”, refere, garantindo ainda que “este Orçamento não vai tão longe como devia e podia”.

“E isso não acontece porque o PS e o Governo impõem a si próprios limitações e constrangimentos além do que aquilo que a União Europeia impõe”, rematou.

O Orçamento do Estado para 2018 será votado amanhã na generalidade. A votação na especialidade será feita a partir do dia 23, sendo que cinco dias depois tem lugar a votação final global. Depois o documento segue para Belém para ser promulgado, ou não, pelo Presidente da República.

O PCP, recorde-se, já viabilizou o documento, ao contrário do que fez o Bloco de Esquerda. O CDS ainda não revelou qual será a sua posição e o PSD já garantiu que vai votar contra o Orçamento.



www.noticiasaominuto.com
02
Nov17

INTERVENÇÃO DE JOÃO RAMOS NA ASSEMBLEIA DE REPÚBLICA PCP propõe medidas para a concretização do cadastro rústico em Portugal

António Garrochinho

VÍDEO



Sr. Presidente,
Srs. Deputados:
Cada vez que se agudiza a problemática dos incêndios florestais em Portugal, volta a lembrar-se a necessidade de fazer o cadastro rústico, como elemento fundamental para uma adequada gestão florestal. A realização do cadastro rústico é fundamental para o conhecimento real da propriedade rústica em Portugal e será um elemento importante para o estímulo à produção nacional, necessária para garantir a nossa soberania alimentar e como resposta à situação económica e social em que o País está mergulhado. O reconhecimento da sua importância é tal que todos os governos que entram em funções assumem a sua realização. A falta de concretização do cadastro rústico em Portugal só se deve à falta de determinação política de sucessivos governos, nomeadamente por não terem disponibilizado os 700 milhões de euros que se calcula poder custar a sua realização. É fundamental que este investimento se faça, pois, sem investimento não há cadastro de qualidade. As experiências-piloto avançaram com metade do custo relativamente ao que era previsto, avançaram com recurso a trabalhadores precários no terreno, sem responsáveis técnicos em permanência e com equipas de gabinete, e agora arrastam-se as reclamações.
O PCP há muito que defende que a constituição de um corpo de técnicos cadastrais junto da Direção-Geral do Território seria um elemento importante para levar por diante esta tarefa. Os poucos dados conhecidos sobre as experiências-piloto que decorreram em sete concelhos demonstram as dificuldades. Como o registo dos prédios não era obrigatório, muitos proprietários não o fizeram, e por isso se diz que 40% da propriedade não tem dono conhecido, o que, claramente, não corresponde à realidade. Que o digam os autarcas que, querendo alargar caminhos rurais, depressa se veem confrontados com os proprietários afetados que então aparecem. Esta fraca adesão não estará desligada dos custos de registo da propriedade, quantas vezes provenientes de herança e com um valor patrimonial muito abaixo desses custos. São, por isso, fundamentais equipas no terreno e medidas extraordinárias de regularização do registo de propriedade. Se não existem dúvidas quanto à importância da realização do cadastro predial, também não deve haver indecisões quanto ao seu avanço.
O PCP considera que instrumentos não faltam, mas têm faltado meios. E é nesse sentido que o PCP propõe que se faça, com urgência, uma avaliação das experiências-piloto na realização do cadastro predial, como primeiro passo para delinear a estratégia e para que, em seguida, se realize o cadastro rústico em Portugal, assente numa estratégia de equipas no terreno. Propõe também o PCP que se dotem os serviços públicos dos técnicos de cadastro necessários ao acompanhamento desta tarefa extraordinária, bem como na posterior gestão do cadastro. Considera ainda o PCP serem necessárias medidas extraordinárias de regularização da propriedade transitada por herança, com custos reduzidos para a pequena propriedade.
(...)
Sr. Presidente,
Sr. Deputado Francisco Rocha,
Muito obrigado pela questão que coloca. No PCP, consideramos que há instrumentos necessários, suficientes para que a criação de um cadastro possa avançar. Há, desde 2007, instrumentos legislativos que permitiram suportar as experiências piloto que então avançaram. Entendemos que é fundamental avançar, é preciso é decisão política. Devido aos custos envolvidos na realização do cadastro, percebemos que este não pode ser feito de hoje para amanhã, mas, também por essa razão, é preciso começar já. E para começar já, pode, certamente, e deve ser desenvolvido um conjunto de parcerias necessárias para a realização deste cadastro. Mas, atenção, estas parcerias nunca poderão significar o afastamento da responsabilidade do Estado nesta matéria, porque a maior responsabilidade é a do Estado, e é isso que tem de ser feito.
(...)
Sr. Presidente,
Srs. Deputados,
O PSD e o CDS-PP promovem uma alteração legislativa numa área em que a anterior legislação, de certo modo, não chegou a ser verdadeiramente testada nem posta em prática, e isso também é da responsabilidade do anterior Governo. Ainda no final do mandato do Governo Sócrates, o PSD não se cansou de reclamar, de insistir, de justificar a necessidade do cadastro para o combate aos fogos florestais. Qual o resultado das pomposas resoluções do Conselho de Ministros do Governo Passos/Portas, da responsabilidade da então Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, hoje líder do CDS-PP, sobre a matéria? Onde está o cadastro, Srs. Deputados do PSD e do CDS-PP? Zero! Se hoje não há cadastro rústico em Portugal, ou se não se iniciou de forma estruturada a elaboração do cadastro rústico, a responsabilidade é, também, do PSD e do CDS-PP. Este assacar de responsabilidades não torna menos necessária nem menos urgente a realização do cadastro e, por isso, terá este Governo de assumir essa responsabilidade e começar a fazer o que anteriores governos não fizeram.
Relativamente à proposta do PSD e do CDS-PP hoje em discussão, e antes de uma avaliação do seu conteúdo, gostaríamos de realçar que estes partidos partem, aparentemente, de um erro de avaliação, que é, afinal, mais uma forma de esconder responsabilidades. Se o cadastro não está hoje feito não é por falta de instrumentos nem de legislação, é por falta de afetação de recursos ao processo e à Direção-Geral do Território. E, por isso, mais do que legislação, o que faz falta é decisão. A proposta do PSD e do CDS-PP não nos levanta objeções de fundo. Porém, entendemos que precisa de especificações relativas a algumas matérias.
Entendemos que não fazer distinção metodológica entre o cadastro urbano e o rústico — tendo em conta a complexidade em torno do cadastro rústico e da sua execução —, pode não traçar a necessária diferenciação para o avanço deste último. A proposta também não considera os necessários estímulos à inscrição dos prédios, elemento fundamental para a colaboração dos proprietários. O PSD e o CDS-PP querem, com mais este projeto, expiar os seus pecados. É tempo de o Governo em funções tudo fazer para mitigar esta lacuna do País, com empenho, para que um dia mais tarde não venha também a arrepender-se de não o ter feito.


www.pcp.pt
02
Nov17

Os lesados de Mota Soares

António Garrochinho


Joana Mortágua 
Cronista


Os 2,8 milhões de pensionistas e reformados a quem começa a ser reposto o valor real das pensões fazem parte de uma longa lista de lesados do anterior governo e, em particular, do ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social 
No Orçamento do Estado debatem-se as grandes escolhas para o país. Novembro é o mês de aferição dos acordos parlamentares à esquerda que sustentam o governo minoritário do PS, do balanço entre o que está feito e o que ainda é preciso fazer. O contexto irrepetível desta solução parlamentar centra-se precisamente na capacidade de encontrar convergências em algumas dessas escolhas num país que quer superar a destruição causada pela troika e pela direita.
Desde o início dissemos que a maioria da dívida do país não é para com os credores internacionais. A grande dívida que este governo tem para pagar é a dívida social aos trabalhadores e aos pensionistas, é o desinvestimento nos serviços públicos e todo o empobrecimento sofrido às mãos da obsessão austeritária do PSD e do CDS.
Foi a força dessa necessidade que permitiu um acordo em que os partidos mantêm divergências sobre várias matérias, como ficou bem explícito no caso da TSU ou do Banif, mas se encontram na recuperação de rendimentos, na proibição de privatizações e na defesa dos direitos sociais que foram brutalmente atacados.
O descongelamento das carreiras, a revisão dos escalões do IRS, a reversão dos cortes dos salários públicos, as 35 horas, a recuperação dos valores das prestações sociais, tudo isto faz parte do pagamento de uma dívida ao país. Este Orçamento permite continuar esse caminho e, entre outras medidas, garante que pela primeira vez numa década, todas as pensões e reformas serão atualizadas.
Os 2,8 milhões de pensionistas e reformados a quem começa a ser reposto o valor real das pensões fazem parte de uma longa lista de lesados do anterior governo e, em particular, do ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social responsável por algumas das políticas mais antissociais que este país já conheceu. Parte delas já foi corrigida, como é o caso das pensões, do acesso ao RSI ou ao complemento solidário para idosos, mas ainda há heranças da austeridade para resolver. 
Os lesados de Mota Soares são um grupo de trabalhadores que foram atirados para a pobreza porque Mota Soares os empurrou para a reforma antecipada com cortes até 72% no valor da sua reforma. Alterando as regras de acesso à reforma antecipada, o ex-ministro do CDS montou um sistema cruel em que os desempregados de longa duração, ao perderem o subsídio de desemprego, tinham como única solução pedir a antecipação da idade da reforma.
Estas pessoas ficaram entre a espada e a parede, entaladas entre uma reforma de miséria e a miséria de não ter nada.
Aos 57 ou aos 60 anos, com uma carreira contributiva completa, depois de uma vida inteira de trabalho, as pessoas passaram a receber 150 ou 250 euros de reforma.
O novo regime de valorização das longas carreiras contributivas, que se iniciou em 2017, vem garantir que, no futuro, mais ninguém seja lesado pelo ex- -ministro Mota Soares. Mas é nossa obrigação reconhecer que a lei de Mota Soares é uma sentença de pobreza que nunca devia ter existido e reparar os danos que ele causou. 
Os trabalhadores que foram empurrados para o regime de reforma antecipada de Mota Soares e ficaram com reformas de miséria têm de ser compensados na sua reforma. Da mesma forma, os de-sempregados que descontaram para a sua prestação de desemprego devem recebê-la por inteiro, sem o corte de 10% ao final de 180 dias. É a pagar a dívida social deixada pela austeridade que o país se reencontra com o crescimento e o emprego. Haja maioria para as escolhas certas.
Deputada do Bloco de Esquerda


02
Nov17

ALGARVE - Pego do Inferno está a ser renaturalizado porque massificação do turismo não é para repetir

António Garrochinho


A obra de renaturalização do Pego do Inferno está em curso e, ainda esta semana, serão retiradas as estruturas metálicas que suportavam o acesso ao local, que ardeu nos incêndios de 2012. Desde então, aquele que é um dos ex-libris do concelho de Tavira, ficou oficialmente fechado ao público, mas não deixou de ser procurado… e destruído.

Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, olha para o Pego do Inferno como um local «com potencial turístico, mas que tem de ser ordenado».
Em entrevista ao Sul Informação, o autarca adiantou que, numa primeira fase, «vamos renaturalizar completamente o Pego do Inferno. Estão a ser retiradas as estruturas de madeira e, a qualquer momento, dependendo da programação do empreiteiro, será retirado o ferro velho queimado que lá está».
Depois, «quem quiser visitar o Pego do Inferno, ou conhece bem o território, ou vai pelo sítio que eu ia quando era miúdo: pela estrada que dá acesso e depois anda um bocadinho, a pé, ao longo Ribeira da Asseca e chega lá num processo deslumbrante de conhecimento».
Jorge Botelho considera que o Pego do Inferno «não pode receber as cargas turísticas desordenadas que está a receber. Estamos a falar de acumulação de lixo, de destruição do património vegetal. O Pego do Inferno tem recebido uma ocupação muito intrusiva».







Por isso, depois do primeiro passo, que é a renaturalização, «vamos definir com as entidades públicas o que vai ser o futuro. Sabemos que temos de retirar pressão humana daquele espaço, para organizarmos visitas ao Pego e usufruir da natureza que nos proporciona».
O presidente da Câmara de Tavira considera ser necessário «corrigir o que foi feito há uns anos, que foi a massificação do Pego do Inferno, com a construção de um acesso fantástico. E sabemos que, quando massificamos, corremos riscos de destruição».
Para não promover a massificação – e destruição – do Pego do Inferno, «não está prevista a reconstrução do passadiço ardido, o que está previsto é um novo acesso por um novo local, num processo de ir à descoberta e, aí, pode haver muitas opções em cima da mesa», revela.
Segundo Jorge Botelho, «os próprios privados podem ter perspetivas de fomentar visitas turísticas a um espaço público, através das respetivas propriedades. De qualquer forma, o Pego do Inferno tem de ser mais ordenado, mais limpo, mais cuidado e com pontos de apoio. Não pode ser o que é agora: com campismo por todo o lado, fogueiras por todo o lado, lixo por todo o lado. Nós, praticamente todos os dias, vamos lá recolher coisas», conclui.


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02
Nov17

Damásio, o caçador de borboletas a falar de elefantes

António Garrochinho


(Julgam que sou parvo!)

O patrão Juncker, uma das entidades mais perversas na poltrona de Bruxelas, veio passar revista às tropas, e só encontrou um soldado desalinhado no conselho de Estado. Aproveitou para consultar o neurologista António Damásio, pedindo-lhe para analisar a quase totalidade dos seus parceiros, tarefa perigosa que o cientista recusou. O Doutor Damásio prefere falar de fogos – “O neurocientista António Damásio defendeu que as alterações climáticas, e não a ação de qualquer Governo, são a causa dos fogos deste ano em Portugal e na Califórnia”.
Para o neurologista Damásio a corrida ao lucro é alheia aos desequilíbrios atmosféricos e os fogos não são também produto de políticas criminosas de desertificação do interior, seguidas em Portugal pelos partidos de Marcelo e Mário Soares e, na Califórnia pelo genocídio dos autóctones que teriam gerido de outro modo a biodiversidade do seu território.
Talvez os mais distraídos tivessem pensado que o Presidente chamava ao conselho de Estado uma entidade mediática que, no mínimo, não fosse conservadora, com uns tiques de anticomunismo sur les bords.
Este artigo encontra-se em: as palavras são armas http://bit.ly/2hwREPX

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António Garrochinho

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