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Nov17
SEM PAPAS NA LÍNGUA
António Garrochinho
As possibilidades de ser feliz,ser autêntico, ser puro, sempre foram anunciadas elevando aquela gente original das pequenas aldeias, da porta que não se fechava à chave, do partilhar do almoço ou dos bolos cheirosos e fumegantes saídos do forno de lenha, do partilhar do berço, do carrinho rudimentar do bébé da roupa que era partilhada por aqueles que trabalhando arduamente se finaram como vulgares escravos às mãos de bandidos, assassinos quase sempre disfarçados de caridosos e de gente de bem.
Eram esses manifestos essas práticas comuns higiénicas e verdadeiramente assumidas que depois através de gente fraca e covarde GENTE ANALFABETA QUE ATÉ AOS DIAS DE HOJE TRANSMITIRAM E PROPAGARAM O VIRUS ,A BÁCTÉRIA DA SUBSERVIÊNCIA QUE NOS TRANSFORMARAM EM VULGARES ZOMBIES OS QUAIS ENCARNAMOS VOLUNTARIAMENTE SEMPRE SORRINDO.
Isso A UNIDADE, A SOLIDARIEDADE, AGORA E NA PRÁTICA, NO RESPIRAR, NO QUE SE VISLUMBRA não passa de uma apaixonada ilusão porque são raros esses exemplos, ESSE VIVER, essas atitudes de partilha e convivência do tempo em que éramos unidos e solidários.
Nós, destruímos tudo
No paralelo desse sonho outrora realidade, nos tempos do fascismo ocultado e dissimulado e apesar dos rancores e das diferenças sociais extremas da ditadura salazarista/marcelista o nosso povo era mais ajuizado e mais real.
Os que comiam meninos, os contrabandistas, os desobedientes, pagaram bem caro a factura da ousadia e da coragem E HOJE MUITOS DELES OS QUE SOBREVIVERAM OS QUE AINDA VIVEM RECORDANDO ESSE TEMPO VEGETAM ALGUNS SEM APONTAR ALTERNATIVAS REAIS PORQUE CANSADOS DO TEMPO DE LUTA ACONSELHAM À OBEDIÊNCIA..
Inexplicavel é continuamos a idolatrar ou a tolerar quem nos fode a vida, quem nos controla e até mesmo apoiando o vizinho do lado astuto, o chico esperto,o dono do café, a srª dona da mercearia, o empreiteiro que não tem escrúpulo algum em nos sacar a massa e com o qual ao fim de semana bebemos um copo, erectos e orgulhosos qual selfie JUNTO AO PATRÃO, O AMIGO E CONTERRÂNEO AO QUAL LAMBEMOS O CU ESTUPIDAMENTE E À LAIA DE CONFISSÃO ALEGANDO DISPARATES TAIS COMO RAÍZES CATÓLICAS E ESTIMA FAMILIAR ANCESTRAL, BAJULANDO ESCANDALOSAMENTE QUEM NOS EXPLORA E DORME PARA O MELHOR LADO DO TRAVESSEIRO.
A frase de afirmação quotidiana VOLUNTÁRIA OU INVOLUNTÁRIA SEMPRE NOJENTA E CÚMPLICE DOS CORRUPTOS E FASCISTAS É: SE ESTIVESSES LÁ NÃO FAZIAS A MESMA COISA ?
Assim se vai perpetuando a avalanche dos crápulas os pequenos, os médios, os grandes e a existência PUTREFATA dos porcos de pé.
António Garrochinho