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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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13
Nov17

Lisboa guarda escândalos (quase) em cada esquina

António Garrochinho
O Majestic Club, hoje Casa do Alentejo, foi o primeiro casino da capital onde se faziam e desfaziam fortunas numa noite
Três horas para ir da Praça da Alegria até à Rua do Carmo? A "culpa" é das imensas histórias, mais ou menos escandalosas, que saltam a cada passo destes cerca de dois quilómetros

A Praça da Alegria como ponto de encontro para uma visita guiada com o título Lisboa Escandalosa não provoca grande surpresa se pensarmos que no número 58 da praça funcionou durante muitos anos uma referência da noite lisboeta, o cabaré Maxime. Mas não é por aí que Mónica Queiroz, técnica da Câmara Municipal de Lisboa e guia desta viagem, começa este itinerário pedestre, um dos muitos que a autarquia organiza regularmente, realizado pela primeira vez na última quinta-feira e que se repetirá em várias datas até junho.
O busto do músico, pintor e poeta Alfredo Keil (1850-1907), que empresta o nome ao jardim situado no meio da praça, dá o tom e leva o grupo de mais de duas dezenas de curiosos - muitos deles habitués destes itinerários - ao final do século XIX e a uma incursão por um símbolo nacional. Mais propriamente o hino - e o escândalo provocado pela letra de Henrique Lopes de Mendonça para a música composta por Alfredo Keil. A razão é simples: inicialmente (1890), um dos versos do refrão de A Portuguesa era "contra os bretões marchar, marchar" em vez de "contra os canhões marchar, marchar", pondo em causa a aliança entre Portugal e Inglaterra, velha de mais de cinco séculos, numa reação contra o Ultimato britânico que obrigava Portugal a retirar as forças militares do território entre as colónias de Moçambique e Angola.
Ainda no Jardim, outro escândalo, este mais caseiro. E mais um recuo no tempo, agora até à Lisboa setecentista e ao caso de adultério da jovem e bonita Isabel Xavier Clesse, "que tentou envenenar o marido, Tomás Luís Goilão, um piloto da carreira das Índias que, por isso mesmo, passava muitos meses fora de casa", conta Mónica Queiroz. Ora, "o ácido nitroso que Isabel mandou o seu criado João comprar numa botica, dizendo que era para tratar dos calos ao marido", acabou por não ser fatal ao piloto, que se salvou. Já Isabel acabou por ser condenada à morte, por enforcamento, ali mesmo, na Praça da Alegria. A guia explica porquê: "Este local, onde até 1833 se realizava a feira da ladra, foi também Campo de Forca."
A Praça da Alegria funcinou como Campo de Forca
    Ainda no mesmo local, regresso ao século XX, aos anos 20 e à fundação dos teatros do Parque Mayer - Maria Vitória (1922), Variedades (1926), Capitólio (1931) e ABC (1956) - e "à criação de cabarés e outros clubes noturnos, tendência que se manteve até aos anos 1950". Finalmente o Maxime, "o Ricks" Café de Lisboa, um ninho de espiões alemães, ingleses e franceses durante a Segunda Guerra Mundial", conta. "As bailarinas que aí trabalhavam tentavam conseguir informações a uns para vender a outros."
    O Cabaret Maxim era o Rick's café de Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial
      Percorrendo uns metros na Rua da Glória, encontra-se a indicação "Tuna Comercial de Lisboa" no edifício do número 57. Era aí que em 1915 funcionava o Clube Montanha, e o cartaz que Mónica Queiroz mostra anuncia "jazz band, variedades", com indicação da hora de abertura, 19.00, quanto ao fecho... Este foi um dos muitos clubes noturnos da Baixa onde os loucos anos 1920 agitaram a vida da capital. Estes espaços de diversão estavam ligados à modernidade de costumes e atitudes, muitas vezes vistos como escandalosos, claro, seja da moral vigente, das novas músicas que aí se ouviam ou das danças aí praticadas. Mas também por efetivas violações à lei, como era o caso do consumo de drogas, com destaque para a cocaína. "Foi neste clube que uma famosíssima corista francesa, Charlotte, introduziu o consumo da cocaína." E se nos vizinhos Ritz Club ou Maxim"s, agora Palácio Foz, era preciso uma bolsa mais recheada, "aqui bastavam 20 escudos para ser noite até de manhã", diz a guia, citando o cantor Vitorino.
      Em 1908, no Palácio Foz foi criado o mais importante clube noturno da cidade, o Maxim's
        Descendo a Travessa da Glória em direção à Avenida da Liberdade, o restaurante Sancho é aproveitado por Mónica Queiroz para recordar os anos escandalosos entre 1253 e 1258, em que Portugal foi um país excomungado pelo Papa. Com a sucessão em perigo por falta de herdeiros de D. Sancho II, o seu irmão, D. Afonso III, envolve-se numa conspiração no sentido de tomar a coroa. Casado desde 1235 com Matilde, condessa de Bolonha, também não tinha herdeiros e, por isso, em 1253 casa-se com D. Beatriz, filha de D. Afonso X, de apenas 9 anos. Ora, como Matilde de Bolonha só morreu em 1258, "o Papa não podia abençoar um rei bígamo".
        No Convento da Anunciada, uma freira forjou chagas nas mãos e nos pulsos
          É já do outro lado da Avenida, no Largo da Anunciada, junto à Igreja de São José, que chega um escândalo envolvendo a igreja. Aqui a protagonista é Soror Maria de Visitação de Menezes, que nos pulsos e nas mãos forjou chagas, com a ajuda involuntária do pintor espanhol Fernão Gomes que na altura estava a trabalhar no Convento da Anunciada. Com a Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, a ser enganada por esta religiosa que visitava, bem como Filipe II, "que também acreditava na veracidade das chagas", é fácil perceber que este caso tenha alimentado muita literatura escandalosa e proibida.
          Decoração do Majestic Club remete para universo das Mil e Uma Noites
            Literatura essa que volta a ser referida já no regresso à Avenida da Liberdade, junto ao busto do escritor e político Pinheiro Chagas (1842-1895), amigo do escritor e jornalista Alfredo Gallis (1859--1910), que se tornou bastante popular com os folhetins e romances plenos de referências sensuais.
            No Rossio, paragem obrigatório em frente ao Café Nicola com referência a Bocage
              Uns passos mais à frente, nova paragem frente ao Condes, hoje o Hard Rock Cafe Lisboa. Um regresso à década de 70 do século XVIII para falar da atriz italiana Anna Zamperini, que atuou no teatro que aí existia na altura, e o desassossego que gerou na sociedade de então a sua relação com o padre Manoel de Macedo e com o filho do Marquês de Pombal, então presidente do Senado da Câmara de Lisboa. Conta Mónica Queiroz que, para garantir meios financeiros para o teatro (e para a sua sua amada), Henrique José de Carvalho e Melo convocou os comerciantes mais importantes da cidade e, com uma sala iluminada por 200 velas, fez entrar Anna Zamperini. A encenação foi convincente.
              Em reação ao livro "Portugal de Relance" de Madame Ratazzi, Bordalo Pinheiro fez uma caricatura da descendente de Napoleão
                De costas voltadas para o Condes, o itinerário regressa aos primeiros anos do século XX com passagem pelo agora Palácio Foz, que, em 1908, era "o melhor cabaret dancing de Lisboa, com sessões de striptease". "Com uma porta principal e outra secreta, com salas privadas, era uma casa de luxo, e para aí se entrar era preciso ter um cartão; era de grande prestígio social conseguir esse cartão", revela.
                Por entre outras histórias que vai desfiando, Mónica Queiroz encaminha o grupo para as Portas de Santo Antão, com entrada na atual Casa do Alentejo, o primeiro casino da capital, inaugurado em 1918 com o nome de Majestic Club. O empresário Júlio César Resende "chama uma equipa de decoradores" e o seiscentista Palácio Alverca é renovado em estilo neomourisco. "Aqui entramos nas Mil e Uma Noites, onde se faziam e desfaziam fortunas numa noite", contextualiza. No primeiro andar, um palco divide o salão do restaurante e a sala de jogo, ambas decoradas com sensuais figuras femininas, e por onde circulavam "as papillons que tinham como missão manter os homens a beber e a jogar, a gastar dinheiro".
                Após uma passagem pelo Rossio - onde Mónica tanto conta histórias do tempo da expansão em que o exotismo vindo das terras exploradas pelo portugueses ia espalhando o espanto durante o reinado de D. Manuel I como lê uma das poesias eróticas que notabilizaram Bocage (1765-1805) -, o itinerário termina no início da Rua do Carmo. Pretexto? O Hotel Europa, depois Armazéns do Chiado, onde entre 1874 e 1876 se instalou Madame Rattazzi, descendente da família de Napoleão Bonaparte, que, depois de regressar a Paris, escreveu o livro Portugal de Relance, no qual faz um retrato da sociedade portuguesa e, mais do que isso, denuncia esquemas de corrupção relacionados com lotaria e investimentos na bolsa. As denúncias, vindas de uma estrangeira, não foram bem-vistas e valeram uma caricatura de Bordalo Pinheiro, com a qual Mónica termina este itinerário - "um dos vários possíveis" - à Lisboa Escandalosa.



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                13
                Nov17

                Amores de freira: escândalos no convento

                António Garrochinho


                PubliQuando imaginamos um convento, logo nos vem à mente um lugar severo, silencioso, habitado por religiosas reservadas e disciplinadas, sempre vestidas com seus pesados hábitos. Nem sempre esta imagem correspondeu à realidade, principalmente nos tempos do Brasil Colônia. Houve uma época em que as freiras eram alvos de sedutores, que ficaram conhecidos por suas diversas conquistas entre essas mulheres supostamente reclusas. Eram os chamados “freiráticos”.





                Famílias abastadas mandavam suas filhas para o convento, por causa da instituição do morgadio, em que o primogénito era o único herdeiro. Se este fosse mulher, ela era obrigada a seguir carreira religiosa, deixando a herança para o filho homem mais novo. 
                Havia também um certo status em ter uma filha freira, que supostamente estaria com a castidade protegida.
                Assim, as jovens sinhazinhas eram enclausuradas com todos os luxos, sempre contando com suas mucamas para servi-las. 
                Longe da vigilância paterna, não era tão difícil namorar padres e leigos. Seduzir uma freira era trabalhoso, mas rendia uma certa reputação ao amante. 
                A tradição dos freiráticos, por sinal, veio de Portugal – D. João V era um conhecido freirático. 
                O contato com o mundo exterior estava garantido: escravos e mensageiros levavam recados, traziam presentes e marcavam encontros entre os amantes.
                Emanuel Araújo, em “Teatro dos Vícios”, conta uma série de incidentes envolvendo amores “de freira”. Vejamos um exemplo. 
                No convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador (1737), um padre “moço” ficou provisoriamente como capelão, substituindo o antecessor que havia morrido. 
                Logo, a convivência com as freirinhas causou confusão. A abadessa relatou que “é certo, público e notório os grandes divertimentos que (ele) tem com a madre Josefa Clara, religiosa moça”. 
                Afoito, o pároco tentou subir pelo forro da capela para ter acesso ao dormitório de sua amante. A tentativa acabou em vexame, já que o rapaz foi pegado em flagrante.
                O poeta baiano, Gregório de Matos, era um conhecido freirático, que tentou seduzir até a abadessa com seus versos. Ele dirigiu, muitas vezes, sua sátira impiedosa às salientes religiosas.
                “Manas, depois que sou freira, apologuei mil car........ e acho ter os barbicalhos, qualquer de sua maneira: o do casado é lazeira, com  que me canso e me encalmo, o do frade é como um salmo, o maior do breviário, mas o c… ordinário, é do tamanho de um palmo”.
                Gilberto Freyre, em “Casa Grande & Senzala” observa o caráter sensual dos nomes dos doces e bolos feitos nos conventos: barriga de freira, suspiros de freira, manjar do céu, toucinho do céu, etc. 

                O facto é que as sinhazinhas eram mandadas para o claustro muito jovens, e continuavam a se comportar como meninas mimadas e petulantes para quem nada era negado. 
                Não é de estranhar que aproveitassem as poucas oportunidades para usufruir de algum divertimento e liberdade.
                O jesuíta português, Antônio Vieira, repreendeu as religiosas por causa da vaidade, exortando-as a jogar fora seus espelhos. 
                Araújo destaca que os pais, talvez por sentimento de culpa, faziam questão de proporcionar às filhas reclusas todo o conforto material da vida secular. 
                Os claustros estavam longe da simplicidade, cheios de roupas, joias, sapatos e outros artigos.
                Luxo, ócio, vaidade, luxúria, romance, festas – parece que o cotidiano das freiras de antigamente era bem mais animado do que muita gente supõe…
                – Márcia Pinna Raspanti.
                frère_jean jaques lequeu
                “Freira”, de Jean-Jacques Lequeu.
                historiahoje.com

                13
                Nov17

                QUAL É A LÓGICA DO CAPITALISMO? | Zillah Branco

                António Garrochinho




                Zillah Branco* | opinião

                Esta pergunta está na mente da humanidade, da maioria dos seres humanos que não se beneficiam da acumulação do capital nem dos privilégios do acesso à riqueza, nem mesmo da proteção do sistema judiciário institucionalizado. A maioria dos seres humanos hoje está na periferia do sistema.

                Se a democracia realmente fosse aplicada no mundo, não seria possível assistirmos os despropósitos declamados pelo Presidente dos Estados Unidos no Japão sugerindo que aquele povo fosse amistoso com ele porque no passado a inimizade não deu bom resultado. Referia-se monstruosamente às duas bombas atómicas que mataram centenas de milhares de civis em Hiroshima e Nagasaki? E ninguém o levou para um manicómio? Nem protestou? O consolo que o mundo tem é ouvir programas divertidos criticando com ironia o Presidente, os políticos norte-americanos a discordarem das grosserias do Presidente, mas que continua a ser "O Presidente" de uma nação que se diz democrática. E que ameaça o mundo com a sua violência e prepotência.

                Se a justiça social fosse aplicada de acordo com os princípios democráticos, o golpista Temer, e toda a corja que o apoia, não teria conseguido empobrecer o Brasil vendendo as riquezas patrimoniais como saldo aos amigos oportunistas, e cortado a bolsa família e as leis trabalhistas, além de congelar os orçamentos da saúde, da educação, da segurança social, destruindo a vida e as esperanças dos brasileiros que povoam esta nação!

                Se a ética fosse respeitada dignificando os governantes poderosos do mundo desenvolvido, não continuavam a morrer afogados no Mediterrâneo ou no mar Egeu os milhares ou milhões de foragidos dos seus países invadidos pelos terroristas armados pelos imperialistas norte-americanos e europeus que abriram caminho com a OTAN em busca das jazidas de petróleo.
                Se a solidariedade não fosse rejeitada como um princípio fora de moda, os milhões de africanos perseguidos por terroristas insuflados pela política capitalista não continuavam a morrer de fome arrastando a sua miséria pelos campos improvisados pela ONU.

                Se houvesse no mínimo pudor, vergonha na cara, os monarcas britânicos não aplicavam milhões de euros nos bancos do Panamá e outros paraísos fiscais para fugir ao fisco no país que os sustenta. Nem o rei da república (?) espanhola colaborava com o sucessor de Franco na prisão de quem luta pelo respeito à autonomia da Catalunha! Afinal, reis e rainhas só deviam existir no baralho, pois saem mais caro que um orçamento de serviços sociais para atender as famílias dos que trabalham.

                Se a força e o poder do sistema capitalista só persiste matando e escravizando a maior parte da humanidade, roubando os Estados para lavar o dinheiro de drogas e corruptos, depravando a cultura tradicional para transformar em robôs as novas gerações, porque assistimos calados e coniventes sem capacidade de unir os povos para abrir o caminho para o socialismo?

                Há um século os soviéticos provaram que existe uma alternativa real ao sistema capitalista que só busca a ganância e o poder explorador. É possível, como provou Cuba, desenvolver com pobreza um povo culto, trabalhador e solidário, exemplo na formação de médicos que ajudam todos os países que necessitam apoio. É possível, como provou o Vietname ao vencer na guerra de extermínio a potência norte-americana super armada e com agentes químicos. É possível, como prova a populosa China que tirou da miséria 400 milhões de camponeses e desenvolve o país que supera os limites da produção capitalista.

                A Revolução Soviética, que criou escolas para formar militantes dos movimentos de libertação de todos os continentes e desenvolveu a ciência para chegar à Lua antes dos países ricos, aguentou quase 80 anos sob a pressão constante da Guerra Fria mantida pelos inimigos, ditos democráticos, que hoje exibem a sua crueldade, para quem quiser ver, na destruição dos seres humanos, da natureza, das noções de dignidade e de respeito humano, para quê? Para juntar dinheiro sujo e impor o seu poder nefasto.

                Deixemos as diferenças e as vaidadezinhas que hoje são mesquinhas face à luta principal. A nossa união com os povos sacrificados é a única alternativa contra a barbárie que assola a humanidade, o único caminho da esperança de reconquistar as qualidades civilizatórias, criando as bases de um Estado social que garanta a vida de todos.

                *Cientista Social, consultora do Cebrapaz. Tem experiência de vida e trabalho no Chile, Portugal e Cabo Verde.


                paginaglobal.blogspot.pt
                **Também publicado em Vermelho
                13
                Nov17

                13 de Novembro de 1460: Morre o Infante D. Henrique, "O Navegador"

                António Garrochinho



                Filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, o infante D. Henrique nasceu na cidade do Porto em 1394, vindo a falecer em 1460. Ficou conhecido por o Navegador, mas foi-o de terra firme. O seu epíteto advém da forma como protegeu e instigou as primeiras viagens expansionistas, ficando para sempre ligado a este glorioso períododa História de Portugal, sendo decisiva a sua ação no Norte de África e no Atlântico. A sua obra já era de então conhecida na Europa, como atesta uma carta escrita pelo sábio italiano Poggio Bracciolini ao Infante, em 1448-1449. O letrado italiano compara os seus feitos aos de Alexandre, o Grande, ou aos de Júlio César, enaltecendo-os ainda mais por serem conquistas de locais desconhecidos de toda a Humanidade.

                D. Henrique era um homem muito poderoso, como o atesta o título de Infante, que usava em detrimento de duque.Seguindo a tradição da época, recebeu uma educação exemplar, mas profundamente religiosa. A sua moral enquadra-se dentro do moralismo puritano inglês, que se revela também nos escritos de seu pai e de seus irmãos,preocupados em emitir juízos morais e em dar conselhos. Também ele deixou conselhos escritos e um breve tratado de teologia. De entre os inúmeros cargos que exerceu foi "protetor" da Universidade de Lisboa, isto é, o procurador da instituição junto do rei, cargo de grande prestígio atribuído pelos reis apenas a figuras de grande importância social. Da sua ação dentro da Universidade destaca-se a renda que concedeu ao curso de Teologia.Fica ainda a dúvida sobre uma provável instituição da cadeira de Matemática ou de Astronomia, atribuição ligada a toda a mitologia criada em torno da sua pessoa. Na verdade, o seu interesse pela navegação terá permitido patrocinar uma escola de cartografia, trazendo de Maiorca um judeu chamado Jaime, conhecedor da ciência.Contudo, nada aponta ainda para o uso de instrumentos de navegação astronómica e para a invenção da cartaplana, instrumentos depois necessários nas navegações atlânticas, nem para a existência de uma grande escola em Sagres. Tudo isto faz parte da auréola que se foi criando à sua volta.

                De facto, aquilo que sabemos desta personagem enigmática foi-nos deixado por Gomes Eanes de Zurara, na Crónica da Guiné, onde o Infante é exaltado de forma quase sobrenatural ("príncipe pouco menos que divinal"). O cronista traça o seu retrato psicológico dando grande ênfase às suas qualidades virtuosas e pias, como a castidade e o facto de não beber vinho. Segundo o seu relato, D. Henrique não era avarento, era um trabalhador aplicado, que para dedicar o tempo necessário aos seus projetos suprimia as horas de repouso noturno. O seu feitio obstinado revela-se na teimosia em manter Ceuta, ainda que o preço a pagar tenha sido a liberdade do seu irmão, D. Fernando, depois cognominado popularmente de "Infante Santo". A D. Henrique se devem feitos como a tomada de Ceuta em parceria com seu pai e irmãos, embora também tenha participado no desastre de Tânger; a armada das Canárias; a guerra que os seus navios faziam aos infiéis, principalmente piratas; o povoamento das"descobertas" ilhas Atlânticas, particularmente notável na Madeira. Foi ele quem mandou vir da Sicília a cana-de-açúcar e os "técnicos" para supervisionarem o seu cultivo e a sua transformação, fazendo da Madeira uma importante região produtora de açúcar.

                A sua figura foi guindada à galeria dos heróis nacionais entre finais do século XIX e princípios do século XX,inserindo-se numa corrente nacionalista que desejava "reaportuguesar" Portugal. Aquando do centenário do seu nascimento, a cidade do Porto, liderada pela voz de Joaquim de Vasconcelos, tomou a iniciativa das comemorações de forma a rivalizar com a celebração lisboeta do centenário de Camões. A ideia era equiparar o espírito da cidade à coragem, energia e iniciativa do Príncipe Navegador, erguendo-lhe uma estátua e atribuindo o seu nome a uma rua. Este mesmo espírito nacionalista levou a que muitos artistas o retratassem e o esculpissem,ou que a ele dedicassem obras, como a de Manuel Barradas, segundo o qual o "Infante fora grande por ser a encarnação fanática de uma ideia".

                Outro facto que contribuiu para a sua notabilidade foi a divulgação, por Joaquim de Vasconcelos, dos painéis de S.Vicente de Fora, atribuídos a Nuno Gonçalves, onde o artista português Columbano identificara uma das personagens como sendo o Infante. O homem do chapeirão aparece também no manuscrito da Crónica da Guiné,de Zurara, conservado na Biblioteca de Paris, o que reforça esta ideia. Assim, o Infante D. Henrique passa a ser uma das personagens de eleição do nacionalismo português, que dominou durante o Estado Novo, representando a coragem, o dinamismo e o espírito empreendedor do povo português.


                Infante D. Henrique. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

                wikipedia (Imagens)
                Ficheiro:Henry the Navigator1.jpg
                Representação do Infante num dos Painéis de São Vicente de Fora

                Representação do Infante na Crónica dos Feitos de Guiné de Zurara
                13
                Nov17

                13 de Novembro de 1868: Morre o compositor italiano Gioacchino Rossini, autor de "O Barbeiro de Sevilha" e "Guilherme Tell".

                António Garrochinho


                Compositor italiano, nasceu a 29 de fevereiro de 1792, em Pesaro, nos Estados Papais (atualmente, parte integrante da Itália), e morreu a 13 de novembro de 1868, em Passy, perto de Paris. Ficou notabilizado pelas suas óperas, particularmente as cómicas. Desde criança que se revelou um excelente improvisador.

                Muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").

                Estudou canto e harmonia em Bolonha e, em 1810, a sua primeira ópera, Cambiale di Matrimonio, foi representada em Veneza. No ano seguinte, conquistou toda a Itália com a farsa L'Equivoco Estravagante. Rossini quebrou a forma tradicional de compor ópera, através do embelezamento das melodias, dos finais alegres e dos ritmos invulgares. Dentro desse estilo, destacaram-se algumas óperas cómicas: O Barbeiro de Sevilha (The Barber of Seville -1816), Cinderela (1817) e Semiramide (1823).

                Rossini foi um renovador da ópera, em todos os seus aspetos, mesmo nas óperas dramáticas, como Guilherme Tell (William Tell -1829). Stendhal resumiu o seu génio musical: "raro, sublime, mas nunca enfadonho".


                Gioacchino Rossini. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
                wikipedia (imagens)

                Gioacchino Rossini, circa 1817 (por Vincenzo Camuccini)


                Retrato póstumo de Gioacchino Rossini (Francesco Hayez 1870)


                VÍDEO

                13
                Nov17

                AS PARANGONAS FASCISTAS DO "EXPRESSO"

                António Garrochinho

                Silvia Vasconcelos
                Eis a expressão da manipulação jornalística no seu esplendor. 
                Respeito - e tanto! - os jornalistas, mas há que reconhecer que hoje já só são, na sua maioria, meros servos obedientes da vontade patronal.
                Esta parangona de intenção enganosa, só o pode confirmar. É que os milhões mencionados são tão só para a restituição dos cortes ilegais perpetrados pela troika contra pensionistas e trabalhares, e que foram reivindicados pelo PCP e pelo BE a este governo. 

















                Capas
                EXPRESSO.SAPO.PT



                13
                Nov17

                ZANGAM-SE AS COMADRES.....

                António Garrochinho

                Já devem ter reparado que o youtube se zangou com o facebook e na partilha dos vídeos que antes eram directos e se podiam visualizar na nossa própria página isso hoje não é possível e para podermos desfrutar temos que ir para o site do youtube onde as sugestões publicitárias e o lixo que nos querem incutir estão lá todas para o pessoal engolir.Estamos sempre irremediavelmente a ser obrigados às preferências dos gigantes económicos que quando se zangam a gente é que paga as favas.
                António Garrochinho
                13
                Nov17

                Incêndios Galiza: Galegos recorrem ao "Helimulching" para evitar contaminação dos solos

                António Garrochinho




                Os trabalhos de recuperação da área ardida, na Galiza, começaram logo a seguir aos incêndios. Quarenta e nove mil hectares de floresta ficaram queimados em outubro.

                Para evitar a contaminação das nascentes dos rios e dos campos agrícolas, os galegos abrem valas, levantam vedações e espalham palha pelos montes, com recurso a helicópteros.

                VÍDEO






                www.rtp.pt
                13
                Nov17

                Conheça a incrível Madagascar da vida real

                António Garrochinho


                Quem não gostaria de conhecer a mágica ilha de Madagascar? O Globo Repórter de hoje viaja pelo Oceano Índico e desembarca na costa africana para revelar os encantos de um país incomparável.


                Baobás gigantes, camaleões de todas as cores, uma inacreditável floresta petrificada e muito mais o aguardam nessa incrível viagem. Confira!

                Sem mais delongas, vamos ao vídeo:





                O que você achou de conhecer mais da Madagascar real? 
                Um país que mesmo sendo muito pobre, é cheio de belezas.











                tudorocha.blogspot.pt
                13
                Nov17

                Vamos almoçar aos Prazeres

                António Garrochinho



                E porque não!? Estamos em melhor companhia do que misturados com muitos dos comensais do Tavares Rico. Não vejo qualquer desrespeito em beber um copo junto ou sobre a campa de Fernando Pessoa, mesmo se ainda lá estivesse, falar e dizer alguns poemas e divagar sobre os seus heterónimos.
                “O maior evento de tecnologia e startups” foi o Templo da Virtualidade” nesta aldeia com história, onde o sistema binário que rege o Universo assentou arraiais e, com a realidade reduzida a bits e mais uma caterva de termos que nos escapam, resolveram festejar o evento com uma jantarada à maneira, no Panteão.
                Querem melhor homenagem aos nossos egrégios avós do que fazer um brinde à tecnologia que nos levou ‘além da Taprobana’ abrindo as portas da glória de que todos nos orgulhamos.

                Desrespeito, é aceitar a desigualdade social patente nesses lautos banquetes.


                aspalavrassaoarmas.blogspot.pt
                13
                Nov17

                Teodora Cardoso vs. Mário Centeno

                António Garrochinho


                (Nicolau Santos, in Expresso
                nicolau
                Portugal emitiu esta semana €1,25 mil milhões em títulos de dívida a 10 anos à taxa de juro mais baixa de sempre (1,939%) da sua história para um período tão longo. É um resultado fantástico, que tem por trás a expectativa de que a Fitch vai elevar o rating de Portugal a 15 de dezembro e que a Moody’s fará o mesmo no início de 2018, a par da evolução positiva de vários indicadores económicos (PIB, défice, dívida, emprego, desemprego, exportações, turismo). Ainda esta semana soube-se que o desemprego caiu para 8,5%, o valor mais baixo desde 2008, estando já abaixo do valor que o Governo prevê para o próximo ano.
                Digamos, pois, que a conclusão só pode ser uma: os mercados e as agências de rating estão a validar a política económica e orçamental do país. Não é isso, contudo, o que pensa o Conselho de Finanças Públicas, presidido por Teodora Cardoso, que, ao avaliar a proposta do Orçamento do Estado para 2018 faz graves acusações ao Governo e ao ministro das Finanças, Mário Centeno. Afirma, por exemplo, que o Governo se limita a “cumprir as regras apenas nos mínimos indispensáveis para obviar à desaprovação da Comissão Europeia”. É batota? Incumpre as regras? Não. Mas a mensagem que Teodora Cardoso passa é que o Governo é o aluno manhoso que devia fazer bastante mais. A presidente do CFP acusa também o Executivo de “usar toda a ambiguidade das regras” relativamente ao défice estrutural para não o cumprir. Teodora Cardoso sabe que o cálculo do défice estrutural é altamente polémico. Por isso, que sentido tem Portugal fazer um esforço adicional de redução do défice estrutural quando existem várias medidas que tanto podem ser consideradas para ele como não (o Eurostat decidirá), mas que o CFP decidiu desde já não considerar — e é por isso que diz que Portugal não vai cumprir o objetivo de reduzir o défice estrutural? E Teodora Cardoso pensa mesmo que com o défice orçamental a cair para 1% em 2018 e a dívida a reduzir-se pelo segundo ano consecutivo a Comissão Europeia vai aplicar sanções ao país por causa da diferença de uma ou duas décimas no défice estrutural?
                Tanto azedume só pode ter uma razão. Teodora Cardoso não esquece nem perdoa que o Governo tenha chumbado os dois nomes que tinha proposto para o conselho de administração do CFP, Teresa Ter-Minassian e Luís Vitório. Mas o azedume não dá razão. No braço de ferro entre Teodora Cardoso e o ministro das Finanças, é Mário Centeno quem está a ganhar: não só conseguiu um défice em 2016 (2,0%) que a presidente do CFP primeiro assegurou que não era possível e depois desvalorizou (admitiu ter havido “quase um milagre”), como a economia vai crescer este ano 2,6% contra uma previsão inicial do CFP de 1,7%. Logo, porque há de estar Teodora Cardoso mais certa na avaliação do OE-2018 do que Mário Centeno?


                estatuadesal.com

                13
                Nov17

                Bruxelas diz que houve fraude na empresa de Passos Coelho

                António Garrochinho
                Passos Coelho e Miguel Relvas são os ex-governantes envolvidos neste processo
                O gabinete anti-fraude da Comissão Europeia (OLAF) contraria as conclusões do Ministério Público (MP) português e considera que a Tecnoforma cometeu "graves irregularidades" na gestão de fundos europeus


                Uma investigação do jornal Público revela esta sexta-feira que os investigadores da Comissão Europeia chegaram a conclusões diferentes do MP português em relação ao chamado caso Tecnoforma, no tempo em que a empresa teve como administrador e consultor o atual presidente do PSD. Em Portugal os inquéritos, conduzidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, foram arquivados, mas o OLAF europeu entende que houve fraude na gestão dos fundos europeus atribuídos, entre 2000 e 2013, aos projetos da Tecnoforma, razão pela qual, entende o organismo, a empresa deve devolver o montante de 6.7 milhões de euros.
                A investigação do OLAF foi realizada no âmbito de um pedido de apoio que lhe foi dirigido pelas autoridades judiciais portuguesas, em 2013. O DCIAP avaliava o eventual favorecimento da Tecnoforma por parte de políticos, principalmente Miguel Relvas, que era o secretário de Estado responsável pelo programa europeu Foral, ao abrigo do qual a Tecnoforma foi financiada entre 2000 e 2006. O DIAP de Coimbra investigava também o possível favorecimento da empresa e a gestão das verbas para formação de pessoal para aeródromos e heliportos municipais da região Centro. Ambos os inquéritos foram arquivados e, segundo o Público, ignorando as conclusões de Bruxelas. Este arquivamento aconteceu em setembro passado, altura em que foi possível aceder ao processo do OLAF.
                O relatório desta entidade foi subscrito pelo próprio diretor, NicholasIllet, e Sweeney James, chefe de uma das três unidades especializadas na investigação de fraudes nos fundos agrícolas e estruturais, e os investigadores de nacionalidade portuguesa Cláudia Filipe, que foi técnica superior principal do Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional (um dos organismos que integra a Agência para o Desenvolvimento e Coesão, instituto público responsável pela coordenação dos fundos europeus), e Artur Domingos, inspetor superior principal da Inspeção-Geral de Finanças.
                De acordo ainda com o Público, o OLAF conclui que "foram cometidas graves irregularidades, ou mesmo fraudes, na gestão dos fundos europeus" atribuídos entre 2000 e 2013 aos projetos da Tecnoforma e a outros cujo titular foi a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), mas cuja execução foi subcontratada em 2006, à empresa de Passos Coelho. Os peritos do OLAF verificaram que "na maioria dos projetos auditados, a empresa inclui os custos de amortização dos seus imóveis, ou as rendas de instalações em que funcionam os serviços administrativos e financeiros, os serviços de reprografia e as salas de formação onde têm lugar outras formações se qualquer relação com as formações abrangidas por estes projetos", com uma "parte significativa da atividade" a ter lugar em Angola. O OLAF demonstra que as despesas listadas a partir de 2004 envolvem casas de que a empresa era dona em Angola, tal como "veículos topo de gama, frigoríficos, arcas congeladoras, placas de aquecimento, televisores, geradores, máquinas de lavar roupa, colchões, armários e quadros".
                Foram também detetadas duplicações de custos, registados simultaneamente como serviços contratados a terceiros e nas despesas atribuídas ais serviços da Tecnoforma, envolvendo a Oesteconsult, sociedade contratada para a contabilidade dos projetos. Para o OLAF, os factos "demonstram claramente que as duas empresas criaram um sistema fraudulento (carrossel financeiro) com o objetivo de receber indevidamente fundos da União Europeia".
                Em relação aos aeródromos e heliportos, os peritos da Comissão Europeia concluem que "o processo de candidatura elaborado pela empresa está viciado" acrescentando que "esta situação pode efetivamente ter tido origem nas relações pessoais e/ou políticas existentes entre os diferentes intervenientes". Para os auditores "as pessoas em causa, gestor do programa (Paulo Pereira Coelho, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e ex-dirigente da JSD), secretário de Estado (Miguel Relvas), e consultor da empresa (Pedro Passos Coelho), poderiam influenciar e/ou favorecer, em qualquer fase, o projeto de formação, em detrimento de outros". No entanto, a OLAF reconhece que a investigação destas suspeitas "ultrapassa" as suas competências.


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                13
                Nov17

                Casal de portugueses condenados em Timor-Leste fugiu para a Austrália

                António Garrochinho
                O casal fotografado no tribunal em Díli, há poucos meses
                Tiago e Fong Fong Guerra foram condenados a oito anos de prisão. Estão retidos em Darwin, por terem entrado ilegalmente na Austrália com passaportes portugueses


                Os portugueses Tiago e Fong Fong Guerra, condenados em Timor-Leste a oito anos de prisão por peculato, fugiram do país e estão detidos em Darwin, no Território Norte da Austrália onde entrou ilegalmente de barco, confirmou a Lusa.
                Fonte do Australian Border Force (ABF) confirmou que dois portugueses tinham entrado ilegalmente no país, escusando-se a prestar informações adicionais sobre a sua identidade ou sobre o processo.
                Fonte consular portuguesa indicou que se trata do casal Tiago e Fong Fong Guerra e que este viajou com passaportes e cartões de cidadão portugueses, mas sem visto de entrada na Austrália.
                O casal está detido no centro de acolhimento de estrangeiros próximo do aeroporto de Darwin, cidade a que Tiago e Fong Fong Guerra chegaram, de barco, na quinta-feira 09 de novembro, segundo a ABF.
                A mesma fonte consular portuguesa confirmou à Lusa que o assunto está a ser acompanhado pelas autoridades portugueses e que o processamento do caso pode "demorar até duas semanas", segundo a lei em vigor.
                Álvaro Rodrigues, advogado de defesa do casal, disse à Lusa que "até ao momento" não receberam qualquer informação ou contacto sobre o assunto, não tendo ainda confirmado sequer se o casal está de facto na Austrália.
                "Não tenho confirmação nenhuma porque não tivemos ainda nenhum contacto. Não sabemos nada. Não tivemos qualquer contacto nem antes nem depois e aguardamos serenamente alguma informação", disse o advogado contactado em Macau.
                "Até ao momento não tivemos qualquer contacto das autoridades timorenses, portuguesas ou australianas", disse ainda.
                Não foi ainda possível obter qualquer comentário do Ministério Público timorense.
                A embaixada portuguesa em Díli recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto, remetendo declarações para o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa.
                A emissão de passaportes portugueses é feita, segundo a lei, com recurso à Base de Dados da Emissão de Passaportes (BADEP) com a lei em vigor a determinar as condições de impedimento à concessão do passaporte em caso de cidadãos contumazes, ou seja em falta com a justiça.
                "As condições de impedimento à concessão do passaporte são recolhidas das decisões judiciais com sentenças de contumácia transitadas em julgado, comunicadas pelas entidades jurisdicionais ou através do acesso, para mera consulta da informação, à base de dados de registo de contumazes, nos termos legalmente previstos", refere a lei.
                O casal foi preso pela polícia timorense em Díli a 18 de outubro de 2014 e, desde então estavam impedidos de sair de Timor-Leste, com Tiago Guerra obrigado a comparências semanais na Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) à segunda-feira.
                A Lusa confirmou que se apresentou na passada segunda-feira, não tendo sido possível obter qualquer comentário oficial da PNTL hoje, dia em que em Timor-Leste se marca uma tolerância de ponto por ocasião do feriado de domingo.
                A 24 de agosto um coletivo de juízes do Tribunal Distrital de Díli condenou o casal de portugueses Tiago e Fong Fong Guerra a oito anos de prisão efetiva e uma indemnização de 859 mil dólares por peculato.
                O tribunal declarou os dois arguidos coautores do crime de peculato e absolveu-os pelos crimes de branqueamento de capitais e falsificação documental de que eram igualmente acusados.
                O casal recorreu da sentença, pedindo a absolvição e considerando que esta "padece de nulidades insanáveis" mais comuns em "regimes não democráticos", baseando-se em provas manipuladas e até proibidas.
                Cerca de 3.500 pessoas assinaram uma petição, que já chegou ao parlamento português, a pedir ao Governo a extradição para Portugal do casal.
                A petição, que chegou ao parlamento português em outubro reclama que "o Governo de Portugal intime o Governo de Timor-Leste para que este processo seja transferido para Portugal, uma vez que o sistema judicial timorense tem provado ser incapaz de lidar com um caso como este".


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                13
                Nov17

                SERÁ ?Os incêndios em Portugal foram causados com DEW’s (Directed Energy Weapons)

                António Garrochinho

                pons/

                10/11/2017
                Confirma-se tudo o que vos revelei sobre os incêndios em Portugal na publicação do dia 24-06-2017. Nessa publicação eu mostrei-vos que eles usam armas de energia direccionada por satélites ou com outro tipo de tecnologia como o HAARP ou com lasers emitidos através de aviões militares. Os aviões comerciais e militares largam os aerossóis com nanopartículas inflamáveis e os aviões militares equipados com lasers iniciam os fogos e as combustões espontâneas! Na prática essas armas funcionam como microondas! Emitem e induzem radiações numa determinada zona, objecto ou área populacional!
                Este vídeo que partilho de seguida não deixa margens para dúvidas! Os incêndios em Portugal foram causados com DEW’s(Directed Energy Weapons) com a ajuda de nanopartículas inflamáveis que foram intensamente e diariamente pulverizadas por aviões militares e comerciais nos meses de Maio e Junho!
                https://gizmodo.com/272070/747-laser-bests-eye-of-sauron-in-range-destructiveness
                Fontes:
                1. http://www.ausairpower.net/APA-DEW-HEL-Analysis.html
                2. https://gizmodo.com/272070/747-laser-bests-eye-of-sauron-in-range-destructiveness
                odiariodeumet.wordpress.com

                13
                Nov17

                BRONCOS E FEIOS

                António Garrochinho

                BRONCOS E FEIOS

                Este pobre povo peninsular caracteriza-se significativamente por uma espera esquizofrénica do Sebastião que nunca mais chega, o que o leva a um imobilismo cultural e científico que só “lá fora” vê reconhecido o seu grande talento e a sua fácil integração nas sociedades, em que o pequeno génio proletário se costuma destacar ao serviço da canga patronal. Um êxito.

                Com uma “elite” político/empresarial pedindo meças aos funcionários do Pére Lachaise, gritámos ao mundo a imbecilidade de sermos todos “uébe-sâmite” e com isso ficarmos deslumbrados. Parolos, sim, mas que se não deixam enganar pela importância planetária do Al Gore, o campeão do marketing estadunidense da venda do…tempo. Igualmente honrada se sente, aquela massa amorfa e individualista, com a presença de um dos maiores cobardes planetários da transição do século: o mixuruco Guterres.

                O estado propagandístico imbecilizado que a comunicação social obediente deu ao grupinho simplório dos “uébe-sâmite”, têm como seu único objectivo “aprender” a vir ser rico e impor o seu posicionamento individualista ao mais elementar diagnóstico científico da supremacia do colectivo sobre o egoísmo cruel e produtor de males globais que apenas desaparecerão quando estiver instalada uma solução socialista.

                O ÚNICO campo em que o capitalismo consegue responder ao mundo actual, a seu contento, é a capacidade de mobilização de engenharia financeira de controlo fascista de 95% dos órgãos de comunicação social em todo o mundo.

                A “uébe-sâmite” foi, assim, uma fraude, um ajuntamento de imbecis deslumbrados e incultos, que vieram até Portugal para ofender profundamente os valores em que o povo português se revê (mal ou bem). O jantar autorizado por miseráveis legalistas não desculpa a ideia colonialista, desavergonhada, do pobre palhaço que vive deste embuste traumático, um tal Gosgrave.

                Quem autorizou este ataque aos mortos destacados pela Pátria, foi a Direcção Geral do Património Cultural.

                Se tivesse feito de propósito, este governo, estupidamente, chamado de esquerda, não conseguiria em apenas 6 meses criar tantos erros indesculpáveis CONTRA o povo português.
                 

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