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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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28
Nov17

ALTERAÇÕES AOS ESCALÕES E TAXAS DO IRS FEITAS NO ORÇAMENTO DE ESTADO 2018

António Garrochinho
Deixo aqui um resumo das alterações aos escalões e taxas do IRS, feitas no Orçamento do Estado para 2018. Estas alterações, que contaram com o contributo decisivo do PCP, irão traduzir-se numa redução do IRS para quase 3 milhões de contribuintes. Se tivermos em conta o aumento do mínimo de existência e a eliminação da sobretaxa extraordinária, todos os contribuintes terão uma redução do IRS em 2018. Na tabela, as reduções do IRS são apresentadas para uma pessoa; para os casados ou unidos de facto as reduções de IRS são o dobro das indicadas na tabela. Os limites dos escalões são relativos ao rendimento coletável por sujeito passivo, ou seja, o rendimento bruto menos a dedução específica.

PAULO SÁ (PCP)



28
Nov17

O SUICÍDIO A SOLIDÃO NA MORTE DE PENSADORES FAMOSOS

António Garrochinho


“A solidão é o destino de todos os grandes espíritos”, diria Schopenhauer. Também a desilusão, a tristeza, o sofrimento. Muita inteligência e acurada visão de mundo não são, definitivamente, caronas para a felicidade. Certamente o contrário, a ignorância, tem mais facilidade em puxar a carroça.


    Peter_Paul_Rubens_Prometeu acorrentado.jpgPeter Paul Rubens, Prometeu Acorrentado, 1610-11

    Olhando para a história, são poucos os grandes pensadores que chegaram ao fim da vida ainda com esperanças, compartilhando felicidade entre os seus. Talvez Platão aos 80, ou Sócrates, resignado, sorvendo a cicuta. Talvez os filósofos cristãos esperando o paraíso. Kant aos 79, sem nem ligar para isso, na demência do Alzheimer. Mas são estes exceções. No oposto, são muitos os exemplos de suicídios, depressões, desilusões entre os grandes de todos os tempos: desde Heráclito, o obscuro, ermitão misantropo, Aristóteles banido de Atenas, Giordano Bruno nas chamas da fogueira, Maquiavel lambendo botas, Descartes fugindo de todos, Hobbes, o irmão gêmeo do medo, Schopenhauer na depressão, Cioran na amargura, Deleuze pulando pela janela...
    Abaixo, meia dúzia de tristes e desiludidos fins de grandes pensadores:
    Sigmund-freud-05.jpgSigmund Freud (1856 – 1939)

    Em 1938, Freud deixou Viena para refugiar-se em Londres, após a ocupação nazista da Áustria. Morreria no ano seguinte, aos 83, triste e desencantado, desiludido com a civilização, lutando a sua última guerra, carcomido pelo câncer. Freud deixou para trás os amigos, os filhos e os interlocutores. Foi para Londres com a mulher e a filha, Anna, com as quais compartilhou a solidão, quase sem falar, devido à doença que lhe desgraçou o palato, a laringe, a boca. O cachorro o abandonou devido ao mau cheiro do câncer, que lhe confundia o faro. A solidão só não foi absoluta porque Anna Freud, com um amor quase materno pelo pai – amor de Electra, com o perdão do mau uso da expressão –, ficou ao lado dele até o último suspiro, embriagado de morfina. As quatro irmãs seriam executadas em campos de concentração, embora ele não estivesse vivo para saber disso.
    Nietzsche_03.JPGFriedrich Nietzsche (1844 – 1900)

    A inteligência foi uma maldição para Nietzsche. Rejeitado desde a infância, cercado de beatas melancólicas, jovem taciturno e solitário, adulto fracassado, doente, incompreendido. Atormentado, pensou coisas “além do bem e do mal”, colocou a inteligência no papel, escreveu muito, aforismos, poemas filosóficos de causar aneurismas, publicou em vida, mas não foi lido. Ninguém entendeu, ninguém quis. Como seu Zaratustra isolou-se em si, na arrogância de seu super, além do homem. Esmagado por enxaquecas terríveis, perdendo a visão e a sanidade, pendulou de um lugar a outro procurando a paz no mundo, em diferentes paisagens bucólicas, sabendo que a guerra era interna. Enfim, triste, abandonado por todos e por si mesmo, encontrou-se na Itália, hóspede de um simples quarto com catre e cadeira, banheiro coletivo no corredor. Um dia, os pensamentos fincando como alfinetes, vislumbres como cortes de navalha, escutou um cavalo sendo açoitado na rua. Brados enraivecidos contra o indefeso animal, o chicote estalando, sangue e relinchos para todo lado. Os transeuntes ocupados sem perceber a cena, cada um preso em suas mesquinhas responsabilidades. Nietzsche rompeu à rua, em desespero atroz, rangendo os dentes na direção do açoite, rosnando blasfêmias contra o algoz. Era o fim do maior filósofo desde Kant: abraçado ao cavalo, chorando, chorando, chorando seu desespero. Enfim, desmaiou para nunca mais. Quando acordou era um nada, um catatônico Nietzsche sem frases inteligíveis, olhar parado, babando. Morreu uma década depois, sob cuidados da irmã, Elizabeth Förster-Nietzsche, aquela que não lhe compartilhou da inteligência e que, por falta dela, serviu para a terrível interpretação de Nietzsche pelo Nazismo.
    Karl_Marx_09.jpgKarl Marx (1818 – 1883)

    O jovem Marx se casou com uma moça de estirpe, aristocrata, Jenny von Westphalen, e com ela teve sete filhos. Deles a quase metade chegou à vida adulta, as três meninas, os outros morreram na tenra infância levados pela miséria. Fugindo da repressão a família Marx deixou a Alemanha, depois a França e a Bélgica, para enfim se instalar no Soho, em Londres. À época o bairro mais ralé, mais imundo e pobre, onde se podia pagar mais barato. Anos luz das galerias de arte, lojinhas de bibelôs e pubs encervejados que hoje dominam o Soho. Marx passou uma década afundado na miséria, afundando mais ainda a família no desespero porque se recusava a trabalhar em qualquer função que não fosse intelectual. Enfim, a herança dos Westphalen os alcançou e trouxe o sossego econômico da ironia: Marx que pregava o fim do direito à herança, foi socorrido pela parte que cabia à sua mulher. Mas a tranquilidade do dinheiro chegou tarde, acompanhada da doença que a definhou a olhos vistos. As filhas tomaram seus rumos, ficaram os velhos subversivos na companhia dos charutos de Karl e dos remédios de Jenny. Quando ela morreu, sobrou o velho barbudo, cercado de papéis e anotações, tomado de furúnculos, custando a respirar pelos problemas que o fumo entupiu nos pulmões. Quando seu cadáver foi encontrado, caído na mesa de trabalho, segurando a pena cheia de tinta, estava irreconhecível, seco, rachado, triste. Em nada lembrava o semblante revolucionário que ilustrou panfletos ao longo do século XX. Das três filhas que chegaram à vida adulta, duas se suicidaram após a morte do pai, do mesmo jeito, por injeções de veneno nas veias.
    Walter-Benjamin_09.jpgWalter Benjamin (1892 – 1940)

    Vítima do pessimismo, da má sorte e da ignorância Nazista, Walter Benjamin foi um dos mais brilhantes e promissores filósofos da Escola de Frankfurt, considerado por muitos o melhor de todos por lá. Erudito, articulado, multifacetado, Benjamin era uma mistura de filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta e poeta. Protótipo da mente refinada do início do século XX, colecionador de citações, apreciador de arte, tradutor de Baudelaire e Proust, flanêur nas passagens de Paris. Combatente feroz da modernidade e, contraditório, moderno por excelência, Benjamin carregava a veia romântica, melancólica, crítica, nas leituras que fazia de diversos temas, entre a história da arte e o cinema, na “era da reprodutibilidade técnica”. Fracassado no amor, abandonado em ilusões, muito aquém do sucesso que alcançaria após a morte, Benjamin ainda teve o azar de ser judeu na Alemanha Nazista. Fugiu primeiro para Paris, percorrendo os boulevards e as passagens, mas também o azar o seguiu de perto. Também Paris cairia ante os Alemães. Agarrando-se às últimas esperanças, partiu para os Pirineus, tentando alcançar a fronteira espanhola e, depois dela, a liberdade. Quando chegou, a aduana estava fechada para fugitivos judeus como ele. Pessimista, desiludido, em profunda tristeza, trancou-se num hotel-pulgueiro qualquer e aplicou uma dose cavalar de Morfina, num suicídio indolor. Ironia da má sorte que o perseguiu, no dia seguinte a fronteira foi aberta e todos passaram.



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    28
    Nov17

    DESASTRES, ACONTECIMENTOS FAMOSOS

    António Garrochinho
    Dizem que tudo que acontece tem um lado bom. Mas, às vezes, o que já é ruim pode ser muito pior do que pensávamos. Desastres horríveis, por exemplo, podem ter alguns detalhes mais horríveis ainda que nem sempre aparecem nas histórias.

    6. Marinheiros condenados ficaram presos debaixo d’água por duas semanas após Pearl Harbor

    desastres 6
    O ataque kamikaze surpresa sobre Pearl Harbor em 1941 resultou em uma incrível quantidade de morte e destruição. Dezenove navios foram afundados ou danificados, e mais de 2.400 pessoas foram mortas. Isso é o que podemos chamar de um grande desastre, e contém vários horrores dentro de si. Mas um horror em particular merece atenção, por causa do tempo que levou para acabar.
    Um dos navios danificados nos ataques foi o U.S.S. West Virginia. E se ser atingido com duas bombas, sete torpedos e perder mais de uma centena de sua tripulação já tinha arruinado o dia do navio, ele ainda tinha um terrível segredo à espera para a tripulação encarregada de salvá-lo.
    No rescaldo do ataque, os fuzileiros de guarda que estavam sobre os destroços relataram ter ouvido ruídos emanando do casco do navio. Pensou-se em primeiro lugar que estes ruídos vinham do arrefecimento do metal, ou de equipes de salvamento, ou mesmo fantasmas. Mas, conforme eles continuaram investigando, ficou claro o que estava realmente acontecendo: havia pessoas vivas e presas nos destroços. Pior ainda, elas foram condenadas a ficar lá. Cortar um buraco no casco poderia inundar o navio ou provocar uma explosão. Não havia nada a ser feito por eles.
    Somente seis meses depois as equipes foram capazes de elevar o navio. Dentro de um armazém hermético, encontraram os corpos de três marinheiros – Ronald Endicott, Clifford Olds e Louis Costin – ao lado de pilhas de rações abertas, alimentos, pilhas de lanterna e um tanque de água doce. De acordo com um calendário que foi encontrado na sala, os homens tinham sobrevivido por 16 dias antes de sufocar.
    Suas famílias foram informadas de que os homens morreram no dia 7 de dezembro, o dia do ataque. Somente anos depois que a verdade veio à tona e, até hoje, os monumentos listam 7 de dezembro como o dia de suas mortes.

    5. O desastre do Titanic causou outro naufrágio

    desastres 5
    Em 1912, o Titanic afundou por razões que são relativamente bem conhecidas (iceberg, confiança exagerada, etc). Inquéritos subsequentes sobre o desastre colocaram a maioria da culpa sobre os procedimentos de segurança horríveis do navio, mais notavelmente sua falta de botes salva-vidas. Isto precipitou um abalo nas normas de segurança de navios de passageiros, o que certamente soa como uma coisa boa. Definitivamente isso não é o tipo de coisa que poderia sair pela culatra e levar à morte 
    outras 800 pessoas

    Infelizmente, poderia. Esses procedimentos de segurança mais tarde iriam sair pela culatra e levar à morte outras 800 pessoas.
    Em 24 de julho de 1915, o Eastland, um navio de passageiros que operava a partir de Chicago, partiu para Michigan City. A viagem terminou em poucos segundos, quando o navio simplesmente deitou de lado e jogou seus 2.573 ocupantes no rio Chicago, matando 844 deles.
    E a culpa, ironicamente, foi dos botes salva-vidas, colocados lá para evitarem desastres como este. Após o Titanic, o Congresso dos EUA aprovou leis que exigiam que navios de passageiros transportassem botes salva-vidas suficientes para acomodar todas as pessoas a bordo. Isso acabou se tornando um grande problema para os barcos de rio e seus cascos para águas rasas. O Eastland já era um pouco pesado demais, e estas novas regulamentações o obrigaram a ir de seis barcos salva-vidas a onze. Adicione mais botes e coletes salva-vidas – todos os quais foram armazenados no deck superior – e você tinha algo que era menos um navio e mais um desastre ambulante.
    Em defesa do pobre coitado que originalmente concebeu esta ideia, o Eastland foi originalmente feito para transportar 500 pessoas, e não 2.500. As modificações improvisadas, aparentemente legais, deixaram o navio estável quando em movimento, mas ele era sempre um pouco instável durante o carregamento e descarregamento. Os bem-intencionados botes salva-vidas acabaram sendo os culpados finais pela tragédia.

    4. Presos foram abandonados em uma inundação (de cocô) por quatro dias durante o furacão Katrina

    desastres 4
    O furacão Katrina foi um dos piores desastres da história dos EUA. Estima-se que a tempestade e suas consequências tenham matado mais de 2.000 pessoas, deslocado centenas de milhares mais e causado mais de 100 bilhões de dólares em danos. E essas são apenas as partes que você já ouviu falar. Enquanto isso, há um capítulo da tempestade que parece que ninguém gosta de falar a respeito.
    De acordo com pesquisadores de direitos humanos que entrevistaram presos detidos em uma prisão chamada Templeman III, quando a enchente atingiu o local, as pessoas correram da prisão – guardas, administradores, todos – e abandonaram mais de 600 prisioneiros em células inundadas, sem comida ou água, durante quatro dias.
    De acordo com um cronograma de eventos levantado por estes pesquisadores, os prisioneiros relataram ter visto guardas pela última vez em 28 de agosto – dia em que o furacão chegou à costa e a grande maioria dos moradores da cidade fugiram ou se enfiaram no interior do estádio Superdome, que serviu como abrigo para aqueles que não puderam fugir. Até 29 de agosto, a prisão era uma cidade fantasma sem lei preenchida com água da enchente que ia até o peito. Para completar, graças a um sistema de esgoto reserva, a água não estava exatamente limpa, por assim dizer.
    Os internos tentaram resolver o problema com suas próprias mãos. Alguns deles conseguiram sair de suas celas para escapar da subida das águas. Outros, na vã esperança de que alguém iria se importar com a situação absurda, penduraram sinais fora de suas celas implorando por ajuda – uma visão testemunhada por um oficial correcional em outra prisão. Independentemente disso, demorou até o dia 1º de setembro para alguém perceber que eles acidentalmente esqueceram uma prisão inteira, e que provavelmente deveriam resgatar as pessoas lá dentro.

    Não haviam chefões do crime na cadeia. A grande maioria dos presos naquela instalação em particular estavam detidos por delitos como perturbação da ordem ou embriaguez em público – muitos não tinham sido condenados ou mesmo acusados ainda. Os presos “graúdos” foram detidos nas prisões similares Templeman I e Templeman II, ambas as quais foram evacuadas quase imediatamente.

    3. Homens negros que lutavam contra o racismo nos EUA foram diagnosticados com “esquizofrenia”

    desastres 3
    O Movimento dos Direitos Civis dos EUA trouxe grandes avanços para as minorias do país, mas estas vitórias vieram a um custo tremendo para as pessoas que lutaram por elas. Durante anos, as comunidades negras sofreram através de protestos, motins e, digamos, uma fiscalização policial “vigorosa”. E há um caso ainda mais triste de discriminação a partir deste momento que quase ninguém conhece, um que coloca um monte de homens negros em hospitais psiquiátricos.
    Antes de 1960, pensava-se que a esquizofrenia era algo que apenas as mulheres de classe média tinham. Seus sintomas, como entendidos na época, combinavam o que nós hoje chamamos de depressão, e eram geralmente relacionados com pressões ligadas ao trabalho doméstico e à maternidade. Mas tudo isso mudou em 1968, com a publicação de novas diretrizes psiquiátricas que reclassificaram a esquizofrenia como uma doença que se manifesta através de explosões de agressividade ultra-violenta. Antes, a esquizofrenia era tratada com compaixão e piedade. Agora, era necessária a contenção.
    Adivinhe como isso acabou.
    OK, não precisa adivinhar. Nos anos que se seguiram, os diagnósticos de esquizofrenia em “homens negros com raiva” dispararam. Além disso, um tipo específico de esquizofrenia foi de repente descoberta: esquizofrenia paranóide, com os pacientes que sofriam deste suposto mal sendo tipificados como tendo “delírios anti-brancura”.
    Os psiquiatras que mudaram essas diretrizes provavelmente não estavam sendo explicitamente racistas. Mas, nas palavras do professor de psiquiatria que identificou a tendência de repente, essa mudança “refletiu as tensões sociais da década de 1960 na América”. Longe de ser uma decisão fria e clínica, os novos procedimentos de diagnóstico foram fortemente entrelaçados com os valores culturais da época, ou pelo menos os valores culturais dos médicos brancos da época, levando-os a criar o que era essencialmente uma versão moderna de “drapetomania” – a “doença” inventada para explicar por que os escravos muitas vezes fugiam de seus donos.

    2. Sobreviventes de tiroteio em massa tornaram-se alvos de teóricos da conspiração

    desastres 2
    Alguns anos atrás, Carli Richards teve um dia ruim, como seria para a maioria de nós se alguém tentasse nos matar com uma espingarda. Como você provavelmente adivinhou a partir do uso do verbo “tentar”, Carli sobreviveu quando James Holmes começou a atirar nas pessoas em um cinema em Aurora, Colorado, nos EUA, em 2012. Doze outras pessoas não tiveram a mesma sorte. Infelizmente, o universo tinha mais algumas surpresas guardadas para ela.

    Primeiro, o terrível e relativamente previsível sofrimento. Após o tiroteio, Carli foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático. Durante um turno entregando pizzas, ela abriu uma garrafa de água e cheirou gás lacrimogêneo, que desencadeou um episódio e fez com que ela começasse a ter vômitos. Então, esse bico não durou muito tempo. Logo, ela não tinha mais recursos para pagar seus seguros e parcelas do carro, tudo ao mesmo tempo em que lidava com a dor causada pelas balas de espingarda que ainda estavam em seu corpo, que ela eventualmente vendeu (!!) para permanecer em dia com suas contas.
    E então ela passou a ter um tipo de sofrimento ainda mais estranho. Quase todo tiroteio em massa nos EUA agora faz com que apareçam teóricos da conspiração que acreditam que ele é falso, tipicamente culpando o presidente Barack Obama, que estaria usando os crimes como uma desculpa para confiscar as armas de todos. A mesma coisa aconteceu com Aurora, e estas pessoas em breve passaram a usar as mídias sociais para assediá-la, chamando-a de mentirosa, acusando-a de ser um fantoche do governo, e provavelmente algumas coisas impublicáveis também.
    Não dá um orgulho dos seres humanos quando a gente vê grandes demonstrações de empatia depois de desastres assim?
    1. Os astronautas da Challenger provavelmente sobreviveram à explosão inicial
    desastres 1
    Em 28 de janeiro de 1986, o ônibus espacial Challenger sofreu uma falha catastrófica quando o gás quente pressurizado rompeu um dos principais reservatórios de combustível, provocando a desintegração da nave em um dos maiores desastres da história da NASA. É comum pensar que a tripulação morreu imediatamente. Infelizmente, há evidências que sugerem o contrário.
    Diferentemente da crença popular, a explosão não despedaçou o ônibus espacial – ele se desintegrou, mas fez ejetar o compartimento da tripulação relativamente intacto. E, embora este compartimento quase certamente tenha despressurizado durante o processo, todo mundo lá dentro estava em um traje espacial equipado com um PEAP, um dispositivo de ejeção pessoal. Quando as equipes de salvamento localizaram estes PEAPs (eles encontraram quatro de um total possível de sete), observaram que três tinham sido ativados. E não por baterem na água – eles foram ativados manualmente. Ao examinar o PEAP pertencente ao capitão Michael Smith, a NASA descobriu que uma parte significativa do ar tinha sido usada. O que significa que alguns membros da tripulação estavam provavelmente vivos quando atingiram o oceano.
    Após isso ter sido descoberto, houve um esforço considerável feito pela NASA para encobrir esses achados. Isto parcialmente nasceu de um desejo de poupar as famílias da tripulação do trauma de perceber que seus entes queridos não morreram instantaneamente, mas a NASA também pode ter tentado evitar o constrangimento público por estar tão mal preparada para um cenário como este. Um ônibus espacial se desintegrando durante o lançamento é ruim, não há dúvida disso. Mas se o compartimento da tripulação sobreviveu quase intacto, um pouso suave ou uma descida que retardasse a velocidade poderia ter salvo a vida de todos – se fosse algo que a NASA tivesse previsto.


    No entanto, esta não foi a maior besteira da vez, considerando que a NASA também tinha ignorado avisos feitos pelas pessoas que construíram a Challenger de que o ônibus espacial estava prestes a explodir. 

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    28
    Nov17

    Ernest Hemingway - a sua vida

    António Garrochinho


    Um dos principais escritores americanos e da literatura mundial, Hemingway era extremamente humano e teve uma vida fascinanteDe vez em quando surgem gênios criativos que modificam e influenciam o pensamento a partir dos seus. Foi assim com Kandinsky na pintura, com Ford na indústria automobilística, com Einstein na Física, com Jobs na Tecnologia. Não foi diferente com Ernest Hemingway: o cara mudou simplesmente toda a maneira como se escreve. 

    Já pensou naqueles parágrafos-padrão com períodos curtos que todos amam? No discurso indireto, minimalista e quase sem advérbios? Pois é, vieram dele.

    Não é exagero dizer que Hemingway foi uma das grandes estrelas da literatura americana do século 20. Há quem diga que foi o mais proeminente escritor pós-Shakespeare. Suas ideias deixaram legado gigantesco e influenciam a produção literária mesmo nos dias de hoje. Ele ficou conhecido por sua imagem de herói, de aventureiro, e pelo seu estereótipo de Macho (com M), fama que ele fazia questão de cultivar e que o fez virar ídolo de grande parte dos homens até o início dos anos 1960. Depois disso, o cara virou lenda – no bom sentido da palavra, é claro.
    Todo mundo sabe da importância de Hemingway para a literatura mundial. Meu interesse aqui, por outro lado, é explorar o lado gauche do escritor, porque mais interessante que ler seus livros é saber o que os influenciou.
    A vida pública de Hemingway era intensa, seu interior complexo. Ambos tão bem documentados que fica fácil se perder em meio a tanta informação. Por isso, juntar as peças e ter uma visão do que tinha dentro da mente do escritor é tarefa difícil. Michael Reynalds, um de seus biógrafos, chegou a dizer que “se alguém ficar muito fixado em Hemingway, perderá a habilidade de entendê-lo, pois ele é tão profundo que se alguém cair nele pode nunca mais voltar”.

    A Infância de uma Lenda


    Hemingway nasceu em 1899, na então cidade de Cicero, região onde hoje fica a cidade de Oak Park, Illinois, nos EUA. Cresceu na classe média alta, tendo o pai como alicerce. De sua mãe, uma cantora, herdou a paixão pelas palavras, pela Arte. Seu pai, um médico, foi a grande inspiração de sua vida, parceiro por quem ele tinha admiração. Foi o pai que o ensinou a caçar e a pescar, incitando nele grande vocação para atividades ao ar livre. A figura paterna o fez gostar da natureza e da aventura, a ter forte simpatia pelo perigo. Esses itens formaram a pedra angular de tudo o que ele viria a viver e escrever.
    Mas nem tudo eram flores na casa dos Hemingway. Seus pais eram frágeis emocionalmente, a mãe o vestia de menina, era uma pessoa de personalidade difícil. Como o próprio escritor viria a falar, ela era dominadora e gostava de centralizar a vida da família em torno de si. Já o pai sofria de transtorno bipolar, afastando-se de todos de tempos em tempos, quando acampava em florestas por semanas. A vida dentro de casa não era fácil, o que culminou no suicídio do pai. Hemingway culparia a mãe por isso.
    Os pais legaram a Ernest forte tendência aos distúrbios psiquiátricos e alcoolismo, fazendo com que ele procurasse um jeito de sair de casa tão cedo quanto possível.

    O jovem Hemingway


    Logo depois que saiu do colégio, aos 17, seu avô lhe arranjou um bico como aspirante a repórter no Kansas City Star, emprego no qual ficou por apenas seis meses. O início em um jornal fala muito do que Hemingway foi. A objetividade de um jornalista está sempre presente em seus livros. A precisão descritiva com a qual ele trabalha foi fundamental para consolidá-lo como estrela no hall dos grandes na literatura.
    Saiu do Kansas City Star para tentar entrar para as Forças Armadas Americanas. Impossibilitado de se alistar e lutar na Primeira Guerra por causa de problemas de visão, ele então se voluntariou para ser motorista de ambulância na Cruz Vermelha italiana. Ele queria de qualquer jeito estar na guerra e sofreu na pele o resultado: ficou severamente machucado por um morteiro de trincheira, tendo de ser internado num hospital em Milão, onde ficou por mais de um ano. Foi ali que conheceu seu primeiro e grande amor, uma enfermeira, e teve sua primeira desilusão amorosa ao ser trocado por um Oficial italiano. Adeus às Armas, sucesso de vendas que o lançou como fenômeno, foi escrito tomando sua experiência na Guerra e esse rápido romance como base. No livro, Catherine Barkley é a cópia da enfermeira por quem Hemingway se apaixonou.
    É aí que está toda a genialidade de escritor. Ele usava as próprias experiências para tecer seus livros e compartilhar seus próprios segredos. Os personagens eram tão bem feitos e complexos porque eram baseados na realidade. Além disso, o cara rejeitava a rotina, buscava a aventura pelo simples prazer de se aventurar (voluntariar-se na guerra é bom exemplo disso), sem esperar que dela surgisse um livro maravilhoso ou um conto para jornais.

    O Hemingway de 20 anos já era um veterano de guerra, aos 30 já era mundialmente famoso.

    Os casamentos

    Hemingway se casou quatro vezes. Depois de levar um pé na bunda da enfermeira, já em solo americano, ele conheceu a mulher que seria a primeira de suas quatro esposas, Hadley Richardson, com quem se casou em 1921. Mudou-se para Paris, trabalhando como correspondente na Europa para o Toronto Star. O casal vivia com o pouco dinheiro que os textos rendiam. O dinheiro era pouco, mas isso não os impediu de seguir os impulsos do wanderlust de Hemingway.
    Em cada viagem o escritor se apaixonava por algo diferente, adicionava aventuras distintas à sua coleção de hobbies. Numa das viagens, eles foram parar na Espanha, onde o escritor descobriu e se apaixonou instantaneamente pelas touradas; noutra ele se viu amando safáris na África... Era assim. Ele punha tudo de si em cada experiência.
    Hemingway era um exímio autodidata. Ele aprendia coisas em velocidade absurda. Isso se aplica desde fazer drinks nos bares da Europa a pescar em águas profundas na flórida. Ele simplesmente entendia as coisas, ia lá e fazia. Ia de aprendiz a mestre sem ter quase nenhum trabalho.

    Mas ele não conseguiu aprender a ser marido. Hemingway não era lá uma pessoa fácil para se ter dentro de casa. Quer seja pela própria vivência na casa dos pais ou pela tendência a se apaixonar fora do casamento, o casamento com Hadley durou pouco, até 1927. Era difícil acompanhar o espírito selvagem de escritor.
    Sua vida amorosa nunca foi das melhores. Isso talvez se deva à relação conturbadíssima com a própria mãe, a quem chamava de vadia, “uma megera dominadora” a quem atribuía a culpa do pai ter cometido suicídio. A Breve e Feliz Vida de Francis Macomber e As Neves do Kilimanjaro são centrados em mulheres e passam um pouco de seu descontentamento com o gênero feminino. No fundo, a relação com a mãe e o coração partido por seu grande amor, a enfermeira do hospital de Milão – que o trocou por outro na cara dura – influenciaram sua vida até o dia de sua morte.
    A relação com Hadley começou a se deteriorar quando o autor escreveu seu primeiro romance. A esposa descobriu que ele estava tendo um affair com a jornalista de moda americana Pauline Pfeiffer, que seria sua segunda esposa. Logo depois que teve um filho do segundo casamento, Hemingway descobriu que seu pai cometera suicídio. Isso foi um choque para ele. Começou a ter premonições de que sua vida também acabaria em suicídio. De fato, a família Hemingway tem fraqueza por tirar a própria vida: como ele mesmo veria mais tarde, três irmãos, o avô e um filho acabariam tirando suas próprias vidas.

    O casamento com Pauline não impediu que ele viajasse em busca de mais aventura. Foi procurando por isso que ele conheceu Cuba pela primeira vez, em 1930. Apaixonou-se pela ilha e também por outra jornalista, Martha Gellhorn, o motivo de seu segundo divórcio e terceiro casamento. Casado com Martha, ele retornou à ilha anualmente e sempre deixou claro seu encanto pelo país.
    Em 1939 ele resolve se mudar de vez para Cuba, onde viveu por mais de 20 anos. Em 1946 apaixona-se novamente por uma jornalista, Mary Welsh com quem se casaria pela quarta e última vez. Escreveu Por Quem os Sinos Dobram nessa época.

    A Velhice de Hemingway

    A máscara de durão que Hemingway tão bem construiu durante a vida não era de todo mentirosa. Ele realmente vivia de adrenalina. O machão, bom de briga, marrento, atlético, foi parte de sua existência. Mas sob a máscara havia todo o resto de sua essência: uma pessoa doce de fazia questão de sentir o mundo à sua maneira e de transmitir sua visão pelas palavras.
    Nesse sentido, à medida que se vai aprofundando na mente de Ernest Hemingway, é possível se perceber porque ele trabalhou tanto para construir em volta de si uma imagem de Macho Poderoso. Não era mais que uma defesa para sua luta interna. Hemingway era, e gostava de ser, seu melhor personagem; e como tal, ele afastava de si seus problemas. Por isso ele vivia arriscando a vida seja caçando, toureando, mergulhando em águas profundas, ou qualquer outra coisa que trouxesse adrenalina a suas veias. O cara era uma tempestade ambulante e trazia sua força para os livros. É isso que o torna tão especial como autor.

    Não foi diferente em sua velhice. À medida que seus problemas psiquiátricos iam crescendo, ele se aproximava do alcoolismo. Já em 1955, o escritor estava restrito à cama e já não podia velejar pelo caribe como fazia antes. Nos últimos anos de sua vida, aqueles mecanismos de defesa já não funcionavam tão bem. Já não era possível aventurar-se como antes, haja vista de sua limitação física comum da idade. Isso culminou em seu suicídio em 1961, aos 61 anos.
    Desde a morte do pai, a ideia de suicídio perturbou a mente de Hemingway. Sua mãe fazia questão de atormentá-lo com isso. Chegou a enviar por correio a arma com a qual o pai tirara a própria vida. Desde então, o assunto é frequente em seus livros, refletindo a frequência em sua mente. A tragédia era fim comum dos personagens do autor, que passou a vida brincando com a morte.
    Em dois de julho de 1961, preso dentro de si com todos os fantasmas de quem viu guerras e violência, Hemingway atirou contra a própria cabeça, encerrando sua genialidade.

    O legado de um Gênio


    Ernest Hemingway deixou para trás considerável quantidade de livros e contos. Mais que isso, deixou um estilo de vida icônico que serviria de base para tantas e tantas revoltas de contracultura na segunda metade do século passado. 
    Sua personalidade e sua busca constante por aventura brilhou tanto quando seu talento como escritor.

    papodehomem.com.br

    28
    Nov17

    ATÃO NÃ ENTENDES ? NÃ COMPREENDES ?

    António Garrochinho

    QUANDO A CRISTAS, O PASSOS, O MARCELO, O SALGADO, O SÓCRATES, OS AMARELOS DA UGT, A SERPENTE COR DE ROSA A MARIA VIEIRA, O JOÃO CÉSAR MONTEIRO, O M.S.TAVARES, OS MINISTROS, DEPUTADOS, DIRIGENTES DOS PARTIDOS, OS JORNALISTAS DO JORNALIXO ETC ETC APARECEM NA TELEVISÃO E NOS ENTRAM PELAS JANELAS DENTRO COM OPINIÕES POLÉMICAS, POSIÇÕES INIMIGAS, COMO PODEREMOS NÃO LHE
    DAR IMPORTÂNCIA ?

    DESLIGAR A TELEVISÃO, FUGIR E IR BEBER UM COPO AO CAFÉ ?

    POR QUE RAIO SE CONTINUA A VALORIZAR A TEORIA DE QUE NÃO DEVEMOS OUVIR,DENUNCIAR, DISCUTIR, O QUE OS NOSSOS INIMIGOS BOTAM CÁ PRA FORA ?

    VAMOS IGNORAR AS SUAS AMEAÇAS, VAMOS IGNORAR AS SUAS PALAVRAS E INTENÇÕES ?

    VAMOS FAZER QUE NÃO EXISTEM ?

    QUEM É ADEPTO DE NÃO OUVIR OS ADVERSÁRIOS NADA APRENDE !
    QUEM NÃO ESTUDA QUEM LHE LIXA A VIDA COMO QUERERÁ ARRANJAR MANEIRA DE REBATER DE LUTAR CONTRA O QUE LHE É PREJUDICIAL !

    ERRO CRASSO ESSE PENSAMENTO QUE DEVEMOS DESPREZAR OS PENSAM DIFERENTE DE NÓS E INGÉNUAMENTE OS DEIXAMOS VOMITAR O QUE LHES APETECE SEM QUE OUÇAM O PROTESTO E A OPOSIÇÃO..

    ESTOU CANSADO DE DIZER ISTO !

    António Garrochinho
    28
    Nov17

    PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

    António Garrochinho

    O ANTAGONISMO DO PS COM A ESQUERDA MARCA PASSO APESAR DAS ROMARIAS DE ADORAÇÃO QUE POR AÍ ANDAM POR PARTE DE UM POVO QUE TUDO PERDOA E TUDO ESQUECE.

    ANTÓNIO COSTA DIZ NÃO TER DINHEIRO, AFIRMA QUE NÃO PODE CEDER A REIVINDICAÇÕES MAIS QUE JUSTAS E QUE HÁ MUITO DEVERIAM TER SIDO SOLUCIONADAS PELO PS QUE DURANTE MUITOS ANOS FOI GOVERNAÇÃO E DEITOU PARA TRÁS DAS COSTAS DIREITOS E ASPIRAÇÕES DOS PORTUGUESES.

    A DIREITA CERCA ANTÓNIO COSTA E A SOLUÇÃO DO DITO CUJO É IR FALTANDO AOS COMPROMISSOS QUE ASSUMIU COM A "GERINGONÇA" QUE CADA VEZ MAIS PARECE NÃO TER SOLUÇÕES PARA EVITAR NOVAMENTE A SUBIDA AO PODER DOS FASCISTAS DO CDS/PSD AGORA POSSUÍDOS DO GALOPANTE HISTERISMO HERDADO DOS FOGOS DE PEDROGÃO, DA LEGIONELLA E DE OUTROS APROVEITAMENTOS COMO ARMA DE ARREMESSO POLÍTICO.

    INDÁGÓRA A PROCISSÃO VAI NO ADRO E INFELIZMENTE TENHO TIDO RAZÃO NO QUE AQUI TENHO ESCRITO MOSTRANDO AS MINHAS DÚVIDAS SOBRE O FUTURO DOS PORTUGUESES ENQUANTO TEIMOSAMENTE CONTINUAREM A PROMOVER E A ELEGER QUEM OS ROUBA E QUEM OS TRAI..

    O FUTURO DO POVO PORTUGUÊS É O QUE MENOS INTERESSA AO PS E À DIREITA PAFISTA E ESTRANHAMENTE POR VEZES ENCONTRO NAS PESSOAS UMA FÉ CEGA DE QUE ESTAS SEMELHANÇAS ENTRE IGUAIS LEVARÃO O PAÍS A BOM RUMO.

    QUALQUER CIDADÃO COM DOIS PALMOS DE TESTA É NO MÍNIMO INGÉNUO QUANDO ACREDITA QUE QUEM AO LONGO DE QUATRO DÉCADAS LIXANDO A NOSSA VIDA POSSA AGORA VIRAR O BICO AO PREGO E ACEDA A UMA GOVERNAÇÃO QUE RESPEITE OS TRABALHADORES E O POVO.
    QUEM NÃO SENTE NÃO É FILHO DE BOA GENTE !

    DIGO E REPITO QUE QUEM ACREDITA NO PS/PSD/CDS OU ESTÁ BEM NA VIDA DESPREZANDO OS QUE TÊM SIDO SEMPRE PENALIZADOS PELA RUINOSA POLÍTICA DE FAVORENÇA AO CAPITAL, OU POR IGNORÂNCIA DOENTIA NÃO CONSEGUE VISLUMBRAR O DESASTRE.

    POR NÃO ABRIRMOS A PESTANA, POR DESPERDIÇARMOS OPORTUNIDADES JÁ PAGAMOS BEM CARO E O FUTURO NÃO AUGURA NOVAMENTE ALGO DE BOM PARA A NOSSA VIDA.

    António Garrochinho
    28
    Nov17

    A LE PEN PORTUGUESA - A GALINHA CRISTAS JÁ CANTA DE GALO E DIZ VIR A SER PRIMEIRA MINISTRA

    António Garrochinho



    “Estou a preparar-me para ser primeira-ministra”, vaticinou.
    Embalada pelo resultado eleitoral nas últimas autárquicas em Lisboa, Assunção Cristas quer repetir a votação a nível nacional nas legislativas.
    “A ambição que colocámos nestas eleições autárquicas é a mesma que vamos colocar nas legislativas”, avisou, dizendo que Portugal pode contar com “um CDS a lutar sempre pelo melhor que puder”.
    Assunção Cristas reforçou a ideia de que quer governar Portugal.
    “O que temos de fazer é exatamente o mesmo: trabalhar para dizer aos portugueses que o CDS está preparado para governar e governar numa posição cimeira. E estou a preparar-me, hei de me preparar, para ser primeira-ministra.”
    Nesta entrevista ao Observador, a líder dos democratas-cristãos revela ainda que o CDS-PP pode ser olhado pelos portugueses como “a primeira escolha”.
    28
    Nov17

    DELFT UMA CIDADE PENSADA PARA AS PESSOAS

    António Garrochinho




    A cidade de Delft é das mais antigas da Holanda, tendo sido o local da residência oficial do primeiro regente da Holanda, o Príncipe Guilherme de Orange. Fica localizada na província da Holanda do Sul, a 9 km da Haia e 18 km de Roterdão. É um dos centros mais antigos do país, tendo já sido mencionada em 1062. Delft foi palco, em 1584, do assassinato do governador Guilherme I o Taciturno, por um fanático católico. O belo mausoléu de Taciturno encontra-se na Igreja Nova, a qual é várias vezes fotografada nesta reportagem, hoje transformada em templo protestante, onde se ergueu também o túmulo de Hugo Grócio, e os túmulos dos monarcas holandeses. Hugo Grócio foi um jurista ao serviço da República dos Países Baixos, sendo considerado o fundador, junto com Francisco de Vitória e Alberico Gentili, do Direito internacional, baseando-se no Direito natural. Foi também filósofo, dramaturgo, poeta e um grande nome da apologética cristã.
    Delft é também a cidade natal do pintor Jan Vermeer, cuja obra mais conhecida é a "menina do brinco de pérola". A cidade também ficou famosa devido às suas fábricas de faiança, que datam de meados do século XVII. O apogeu dessa indústria, que se inspirou, inicialmente, em modelos chineses, situa-se entre 1680 e 1740, tendo sido Abraham de Coog seu mestre principal. Toda a cerâmica europeia sofreu influências da de Delft. Delft hospeda ainda uma das universidades técnicas mais renomeadas da Europa, a Universidade Técnica de Delft.
    Embora a Holanda, de facto seja na maioria da sua superfície plana, o urbanismo de Delft, na medida que as ruas são estreitas e os edificado é antigo, não é muito diferente neste aspeto, do de Lisboa ou do Porto, excluindo obviamente a topografia. Todavia toda a zona do centro da cidade, é interdita ao trânsito automóvel, não havendo exceções para residentes. E não se trata apenas de uma praça ou de algumas ruas, mas toda uma série de quarteirões na zona central da cidade onde os carros estão proibidos de entrar. Há parques apenas na periferia, e em toda a zona do centro as pessoas deslocam-se essencialmente a pé, e de bicicleta. A atividade comercial fervilha, mesmo a dos grandes grupos económicos, mas também a dos pequenos comerciantes. As pessoas usam as praças e as ruas, para passear, conviver, fazer compras, ir ao café ou à padaria, e até se sentam no meio das praças a conviver. Veem-se imensos idosos na rua, crianças, carrinhos de bebés, pais e avós a passear os filhos e netos, e muitos animais domésticos que vagueiam livremente. O espaço público é das pessoas. E como conseguiu isto a autarquia de Delft? Para responder a esta pergunta, lançamos um desafio: tente procurar nas dezenas de fotografias abaixo, um único automóvel. 

    Fotos de João Pimentel Ferreira

    www.passeiolivre.org


    28
    Nov17

    Publicar fotos de carros com matrículas É LEGAL

    António Garrochinho



    Ao contrário do que refere o autor da foto, temeroso pelo facto da proprietária do veículo ser alegadamente advogada, como se os advogados tivessem algum respeito pela lei e não a deturpassem no seu dia-a-dia a seu bel-prazer e sob o interesse dos seus constituintes, não há nada na lei que proíba publicar matrículas de automóveis. Repetimos: NADA! 

    Essa é outra patologia social de uma sociedade autoólica, ou seja, personificar carros e conferir-lhes direitos de "personalidade", como se de pessoas se tratassem. Sabemos que vamos dizer uma novidade inusitada para muita gente: um carro é um objeto

    Não tem vida, e ao contrário de uma empresa, nem sequer é uma entidade com personalidade jurídica. Ninguém processa um carro quando este causa estragos, processa-se o condutor do mesmo! Como tal não tem direitos, nenhuns mesmo, direitos têm as pessoas, os seus proprietários.

    Imaginem que um jornalista tira uma foto da cena de um crime, e na foto aparece o número de uma porta de uma certa rua. Deve apagar o número da rua na foto por respeito à porta? Por respeito ao alegado morador do local, seja ele qual for? E imaginem ainda que alguém tem um Fiat Punto cor-de-rosa que estaciona em cima do passeio! 

    Ora se houver no país apenas um único Fiat Punto cor-de-rosa, deve o autor da foto colocá-la a preto e branco, por respeito ao proprietário do veículo? 

    Em primeiro lugar a única entidade que pode fazer a ligação entre a matrícula de um carro e o proprietário, é a polícia. E mesmo que alguém conhecido possa reconhecer a matrícula, o mesmo já não acontece nas características do veículo? Vamos abolir as fotos então, para que os carros não possam ser reconhecidos pelos vizinhos? 

    Repetimos, não há nada na lei, nem há qualquer jurisprudência, que refira que publicar matrículas de carros estacionados no espaço público é ilegal! 

    Os carros são objetos inanimados, e por conseguinte não têm direito à personalidade nem sequer têm personalidade jurídica, por muita personificação que os seus arautos lhes queiram conferir. Direitos têm as pessoas, os animais e as entidades com personalidade jurídica, como as empresas ou as organizações. 
    Além disso, um carro não é uma obra de arte única e singular criada pelo próprio proprietário, e por conseguinte, a um carro também não se aplicam direitos de propriedade intelectual detidos pelo seu dono, como direitos de autor de um músico ou artista, que poder-se-iam aplicar eventualmente a uma peça de arte detida pelo proprietário dos referidos direitos e exposta em espaço público. Um carro do ponto de vista jurídico, tem tantos direitos quanto tem um micro-ondas ou uma porta: nenhuns.

    Mesmo o argumento da provável ligação entre o proprietário do carro e o próprio carro não colhe. Como referimos, a única entidade capaz de fazer essa ligação são as polícias, e as polícias não providenciam essa informação de forma discricionária. 

    Mas imaginemos outro caso. Se virem um gato pardo com olhos cor-de-rosa no vosso bairro e lhe tirarem uma foto, devem, antes de publicar a foto na Internet, "fazer Photoshop" aos olhos, porque o dono do gato não autorizou a foto? E reparem que falamos de gatos, que ao contrário dos carros, já têm direitos. 

    E se por acaso virem uma máquina-de-lavar lilás abandonada num jardim, e se toda a gente do bairro souber quem é o proprietário de tal eletrodoméstico; não podemos publicar a foto de tal máquina-de-lavar, apenas porque a mesma faz uma ligação direta e unívoca com o seu proprietário e com a sua ação negligente e socialmente reprovável de a deixar abandonada num jardim? 

    Através da psicologia evolutiva, o nosso córtex visual tem uma capacidade incrivelmente alta, para reconhecer milhares de rostos diferentes e associar tais rostos a uma certa pessoa. É natural pois que o legislador tenha decidido colocar no quadro jurídico, o direito à imagem, pois uma determinada face é de forma quase imediata reconhecida pelo nosso córtex visual. Mas seria impensável para o legislador, extrapolar tais reconhecimentos a todos os objetos que o proprietário possui, mesmo que tais objetos, possam, com algum esforço, fazer uma ligação às ações do seu proprietário. Logo, tirar fotos a objetos no espaço público, mesmo que os mesmos tenham natureza privada, não é, nem nunca foi ilegal.

    A propósito do direito à imagem o juiz Joel Timóteo Ramos Pereira cita o artigo 79.º do Código Civil: “O retrato de uma pessoa não pode ser exposto, reproduzido ou lançado no comércio sem o consentimento dela.” Ou seja, explica este representante do Conselho Superior de Magistratura no Plano de Ação da Justiça para a Sociedade da Informação, “a fotografia só pode ser publicada (no Facebook ou em qualquer outro lugar) com o consentimento do visado”. Mas o código civil refere-se unicamente a pessoas, não a objetos. 

    Às crianças, mesmo estando sob a tutela dos pais, aplica-se o mesmo princípio, porque são pessoas, neste caso menores.  O Tribunal da Relação de Évora manteve a proibição aos pais de publicar fotos dos próprios filhos, porque “os filhos não são coisas ou objetos pertencentes aos pais e de que estes podem dispor a seu bel-prazer”. O que é um carro senão uma coisa ou objeto!

    Segundo informação de um foto-jornalista da Visão, pode-se fotografar tudo na via pública portuguesa, exceto embaixadas e instalações militares. Há ainda algumas restrições no que toca a pessoas, mas trata-se de casos muito especiais e que nada têm a ver com o tema do estacionamento selvagem nem das matrículas. 

    O jurista Mário Serras Pereira, especialista nessa mesma matéria, tem um interessante trabalho intitulado Direito de Fotografar em Portugal (hiperligação), de onde foi tirado o extrato que se afixa.


    28
    Nov17

    SEM PAPAS NA LÍNGUA

    António Garrochinho

    HÁ SUBSÍDIOS, UNS JUSTOS, OUTROS NÃO, PARA TODA UMA GAMA DE INSTITUIÇÕES EXISTENTES NO PORTUGAL À BEIRA MAR PLANTADO.

    É VERDADE SIM SENHOR !

    ATRIBUEM-SE SUBSÍDIOS A FUNDAÇÕES DUVIDOSAS DAS QUAIS MUITO GENTE METE NA ALGIBEIRA O DINHEIRO QUE DEVERIA SER CANALIZADO PARA QUEM SERVE CULTURALMENTE PORTUGAL E O NOSSO POVO COM SAPIÊNCIA E COM HONESTIDADE.

    HÁ BENESSES CAMUFLADAS, AJUDAS, A INSTITUIÇÕES, PASQUINS DA IMPRENSA NACIONAL E REGIONAL, PROJECTOS VAZIOS E ESTAPAFÚRDIOS QUE TÊM DE TUDO MENOS CONTEÚDO CULTURAL.

    HÁ DINHEIRO QUE SEMPRE APARECE PARA FINANCIAR MANIFESTAÇÕES "CULTURAIS" QUE ÀS VEZES TÊM POR ASSISTÊNCIA MEIA DÚZIA DE MACACOS PENTEADOS ASSISTINDO A FORMAS CULTURAIS MALUCAS E EXCÊNTRICAS QUE NÃO TÊM PATAVINA DE CONIVÊNCIA COM A NOSSA CULTURA OU OUTRA CULTURA QUALQUER.

    DEPOIS A MANUTENÇÃO DESSES ESPAÇOS QUE NÃO É NADA BARATA CAI SEMPRE EM CIMA DOS OMBROS DOS QUE NÃO USUFRUEM DO QUE QUER QUE SEJA.

    O QUE É IMPOSTO, APRESENTADO, É NA MAIORIA DAS VEZES AUSENTE DE QUALIDADE SEM QUE REPRESENTE OS USOS, OS COSTUMES, A CULTURA AUTÓCTONE, A CULTURA REGIONAL E TRADICIONAL NA SUA AUTENTICIDADE.

    DIGAMOS QUE HÁ DINHEIRO DESPERDIÇADO PARA SATISFAZER OS VAMPIRESCOS PRAZERES DE UMA CASTA DO TIPO "JANTAR NO PANTEÃO" E QUE IGNOBILMENTE SÃO APOIADOS COM O DINHEIRO DE TODOS NÓS.

    A CULTURA POPULAR, O APOIO A ASSOCIAÇÕES COM TRABALHO DE MÉRITO E REPRESENTATIVO, ANDAM DE RASTOS, VIVE DE ESMOLAS, ENQUANTO SE PROMOVE A PIMBALHICE QUE SERVE OS INTERESSES ELEITORALISTAS DOS GOVERNOS E DAS AUTARQUIAS.

    DESINFORMAR É A BANDEIRA DO NEO LIBERALISMO FASCISTA.
    ALIENAR COM ESPECTÁCULOS DE CÁCA É CHÃO QUE DÁ UVAS E O NEVOEIRO DE TAIS PROPÓSITOS CEGA AS POPULAÇÕES QUE MERECIAM MUITO MAIS.

    NÃO SE APOIAM PROJECTOS DE INFORMAÇÃO REGIONAL NOMEADAMENTE DA IMPRENSA, OS TEATROS, AS SOCIEDADES RECREATIVAS QUE APRESENTAM A PRATA DA CASA, OS BLOGUERS QUE SÃO INCANSÁVEIS NA INFORMAÇÃO E ABREM MAIS JANELAS DO QUE OS PRÓPRIOS MÉDIA TODOS ELES MANIPULADOS AO SABOR DA GOVERNANÇA E DO CAPITAL.

    EMFIM ! A MORDAÇA CULTURAL DÁ MUITO JEITO AOS TUBARÕES, AOS BALSEMÕES QUE ASSIM NOS COLOCAM NO PRATO O QUE LHES É GRATO E ENCHE AS ALGIBEIRAS.

    E CÁ ANDAMOS COM A CABEÇA ENTRE AS ORELHAS CONSUMINDO O QUE NÃO PRESTA, O QUE NÃO ENSINA, O QUE NÃO DIVERTE.

    António Garrochinho
    28
    Nov17

    Patos Mandarim no rio das Maçãs

    António Garrochinho

    O "boom" turístico  também chegou ao rio das Maçãs - os últimos turistas a chegar.

     

    Casal de patos Mandarim na Várzea de Colares

    "O Pato-mandarim (Aix galericulata), marreco-mandarim ou de 65 a 75 cm.apenas mandarim, é um pato de médio porte, parente próximo do pato-carolino. Mede de 41 a 49cm de comprimento com uma envergadura 
    O macho adulto é uma ave marcante e inconfundível. Possui um bico vermelho, faixas brancas crescentes acima dos olhos, uma face avermelhada e "bigodes". O peito é roxo com duas faixas verticais, os flancos rosados, com duas faixas laranjas que deslizam pelas costas. A fêmea é similar à fêmea do Pato-carolino, com um anel branco em volta do olho e desenhado para a parte de trás do olho, esbranquiçada na parte debaixo, com uma pequena faixa branca na lateral e esbranquiçada também na ponta do bico.
    Os Patos Mandarins são referenciados pelos chineses como Yuan-yang , são frequentemente destacados na arte Oriental e são considerados como símbolos de carinho e fidelidade conjugal. uma vez que, após acasalarem se mantêm aos pares para o resto da vida."


    No rio das Maçãs, na Várzea de Colares

    28
    Nov17

    Ilha de Man tem 4 mil milhões € de residentes em Portugal em 2017

    António Garrochinho




    A Ilha de Man comunicou a Portugal os saldos de 1.172 contas de residentes em Portugal, em 2017, totalizando cerca de 4.000 milhões de euros naquele território, que o parlamento quer repor na lista de "paraísos fiscais".


    Fonte oficial do Ministério das Finanças disse à Lusa que, "na sequência da retirada da Ilha de Man, de Jersey e do Uruguai da 'lista negra', Man e Jersey comunicaram em 2017 os saldos das contas dos residentes em Portugal", ao passo que o Uruguai vai fazê-lo "em 2018".
    No caso da Ilha de Man, este ano, foram comunicados "os saldos de 1.172 contas de residentes em Portugal, que ascendem a cerca de 4.000 milhões de euros", havendo, em sentido inverso, oito contas em Portugal de residentes naquele território, totalizando os cerca de quatro milhões de euros.
    Relativamente a Jersey, a mesma fonte indicou que "o volume de informação é de tal forma elevado que ainda está a ser processado" pelos serviços das Finanças.
    Na sexta-feira, foi aprovada uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) apresentada pelo CDS e viabilizada pelo Bloco de Esquerda (BE), para que os territórios da Ilha de Man, Jersey e Uruguai voltem a entrar na lista negra de paraísos fiscais de Portugal.
    A proposta dos centristas pretende revogar a portaria 345-A, de 30 de dezembro de 2016, em que o Governo determinou a saída daqueles três territórios da lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis.
    Para a tutela, a proposta do CDS aprovada na sexta-feira na Assembleia da República "coloca em causa o acesso por parte de Portugal a estas informações", que até à saída destes territórios da lista de 'offshore' não era comunicada às autoridades portuguesas.
    Depois de, em 2011, Portugal ter eliminado da lista de territórios 'offshore' Chipre e o Luxemburgo, a portaria assinada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, retirou mais três territórios do grupo.
    Na altura, o Governo argumentou com "os desenvolvimentos entretanto ocorridos ao nível da implementação de mecanismos anti abuso no plano da tributação internacional", que tornam "desnecessária a manutenção de determinados países, territórios e regiões na lista".
    A saída da lista daqueles territórios -- que motivou críticas e dúvidas dos vários partidos - significa, por exemplo, que os rendimentos de capitais deixam de ser tributados à taxa agravada de 35%.
    Entretanto, o PCP apresentou um projeto de lei para alterar a redação do artigo 63.º-D da Lei Geral Tributária (LGT) sobre as condições em que um país, região ou território pode ser considerado como um regime fiscal claramente mais favorável, os chamados 'paraísos fiscais' ou 'offshore'.
    Assim, a nova redação deste artigo estabelece que o ministro das Finanças "aprova, por portaria, após parecer prévio da AT, a lista dos países, territórios ou regiões com regime claramente mais favorável".
    Na prática, aquilo que ficou esclarecido com esta iniciativa do PCP, promulgada em agosto pelo Presidente da República, foi que a decisão do ministro das Finanças de alterar os territórios que constam da lista de paraísos fiscais tem de ser precedida de um parecer do Fisco, mas não estabelece que este parecer tenha caráter vinculativo.
    Fonte oficial do Ministério das Finanças lamenta que o parlamento tenha primeiro "alterado a lei no sentido de exigir o parecer da Autoridade Tributária previamente a alterações à lista negra por parte do Governo" e que depois "altere a lista sem ouvir a Autoridade Tributária", sublinhando que "a Assembleia da República não cumpriu a lei".
    As Finanças defendem ainda que "criar obstáculos à troca de informações com Man, Jersey e Uruguai contribui apenas para facilitar a fraude e evasão fiscais".
    Esta proposta de alteração do CDS, que pretende revogar a retirada da Ilha de Man, Jersey e Uruguai da lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis, foi hoje avocada a plenário, pelo que será novamente discutida e votada pelos deputados.
    Lusa


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