Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

03
Jan18

DECLARAÇÃO DE JOSÉ CAPUCHO, MEMBRO DO SECRETARIADO DO COMITÉ CENTRAL, CONFERÊNCIA DE IMPRENSA Sobre a campanha de mentira, manipulação e má-fé e o veto do Presidente da República às alterações à Lei do Financiamento dos Partidos

António Garrochinho


1- A Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais, aprovada em 24 de Abril de 2003, teve e tem a firme oposição por parte do PCP.


É uma Lei absurda, antidemocrática e inconstitucional, que impõe limitações à liberdade de actuação dos partidos, confunde fiscalização com ingerência, viola normas e princípios constitucionais, fere a liberdade de organização política e consagra a ingerência do Estado na vida interna dos Partidos.
Uma Lei que tem por principal objectivo limitar a autonomia de financiamento dos partidos face ao Estado e às entidades públicas, dificultar ou mesmo impedir a recolha de fundos assente na iniciativa própria e na contribuição dos membros do Partido e apoiantes, mantendo o pendor do financiamento público dos partidos, através dos elevados montantes das subvenções estatais, que o PCP já propôs reduzir.
2. Face ao carácter inconstitucional da Lei reconhecido 14 anos depois, foi suscitada a sua modificação pelo Tribunal Constitucional.
As alterações introduzidas pela Assembleia da República em 21 de Dezembro passado dando resposta a alguns problemas existentes na Lei não mudam a sua matriz essencial.
Mesmo as soluções propostas pelo Tribunal Constitucional e que ficaram plasmadas nas alterações consensualizadas, não são as soluções do PCP, nomeadamente no que se refere às competências próprias atribuídas à Entidade das Contas.
Reafirma-se que as alterações decididas pela Assembleia da República não significam aumento das subvenções ou encargos públicos para com os partidos políticos, havendo sim a possibilidade de maior iniciativa própria na recolha de fundos sem prejuízo de todo o controlo existente. Mais, esta disposição o que significa é tornar os partidos que o entendam menos dependentes das subvenções públicas.
Reafirma-se que relativamente à devolução de IVA, já consagrada e em vigor, se visa pôr fim à discricionariedade de interpretações que tem existido por parte da Autoridade Tributária, quanto à actividade corrente dos partidos, ao mesmo tempo que se mantém o pagamento para tudo o que não tem a ver com actividade política. Sendo de sublinhar que não há qualquer alteração às questões do IVA quanto às grandes iniciativas partidárias.
Salienta-se relativamente ao processo, que além da consideração em Grupo de Trabalho e Comissão, as alterações à Lei foram objecto de discussão e votação no Plenário da Assembleia da República, perante todo o País, todos os Orgãos de Comunicação Social que quiseram acompanhar, com registo e gravação que todos podem conhecer.
Ao contrário do que foi propalado as alterações visam corrigir inconstitucionalidades, diminuir a dependência dos Partidos que o entendam face a fundos públicos e esclarecer aspectos que têm sido objecto de interpretações discricionárias e casuísticas.
3. A propósito destas alterações foi desencadeada uma insidiosa campanha antidemocrática assente na mentira, na manipulação e na má-fé, falsificando o conteúdo e objectivos das alterações.
4. Neste contexto e conhecendo o Presidente da República o alcance concreto das alterações, a sua decisão de veto, sem fundamento no seu conteúdo, que não é alterável pelas mentiras e manipulações que sobre elas foram bastamente produzidas, merece a discordância e crítica do PCP. Tal decisão levanta uma questão a que o futuro responderá, sobre quais são os critérios do actual Presidente da República sobre questões de relevante importância face ao desenvolvimento de campanhas públicas baseadas no populismo.
5. Face ao veto do Presidente da República e sobre desenvolvimentos nesta matéria o PCP não vê nenhum motivo verdadeiro para que as alterações não sejam confirmadas pela Assembleia da República e reafirmará a sua posição de discordância frontal sobre alterações que vão no sentido da manutenção dos traços essenciais da Lei de 24 de Abril de 2003 e de exigência da confirmação de melhorias no seu conteúdo.
Para o PCP o financiamento dos partidos deve, no essencial, decorrer da sua própria iniciativa de acção dos seus militantes e apoiantes e não de financiamento do Estado, sem prejuízo da expressão financeira correspondente ao lugar que lhes é reconhecido pela Constituição da República, ao mesmo tempo que deve continuar proibido o financiamento por empresas e grupos económicos e financeiros.
Para o PCP não está, nem nunca esteve em causa, a prestação de contas e o seu rigor, o que condena é a invocação de regras para a ingerência, a devassa e o condicionamento da actividade e da liberdade de organização política.
6. O PCP é um Partido com identidade própria, não é nem será um departamento do Estado ou uma sucursal política dos grupos económicos e financeiros.
Conhecem mal o PCP, um partido com uma história heróica de mais de 96 anos, os que pensam poder intimidar ou condicionar a sua luta sempre ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País.
03
Jan18

ESTAMOS SEMPRE A APRENDER QUANDO NOS DEBRUÇAMOS SOBRE O MUNDO ANTIGO

António Garrochinho


Durante nossos anos de escola, aprendemos muito pouco sobe o Mundo Antigo, que em nossos currículos escolares basicamente só inclui Grécia e Roma Antigas. Mesmo sobre as civilizações mais conhecidas, acabamos recebendo informações não muito precisas e até opostas à realidade. É uma pena que normalmente apenas muito tempo depois de sairmos da escola percebemos quão interessante é aprender sobre a cultura e os costumes de civilizações que vieram bem antes de nós.


10. As civilizações antigas tinham mais relações entre si do que nós imaginávamos

10
Romanos na China, indianos na Grécia, africanos na Inglaterra. Não se trata de turismo ou de movimentos migratórios atuais, e sim uma realidade no Mundo Antigo. Através de uma série de mecanismos, as pessoas do mundo antigo viajavam muito mais do que nós poderíamos imaginar. À exceção de uma vaga noção da Rota da Seda, que ligava o Oriente à Europa, não temos a menor ideia de quão extensas e empreendedoras as civilizações antigas eram.
Houve, claro, os exploradores fenícios, que provavelmente circunavegaram a África dois milênios antes de Vasco de Gama. Os cartagineses exploraram todas as terras ao norte até a Groenlândia e ao sul até a Serra Leoa, além de terem sido os responsáveis por difundir a cultura mediterrânica no continente africano.
Graças a Alexandre, o Grande, a cultura helenística alcançou todas as regiões até o território onde hoje ficam o Paquistão, a Índia e o Afeganistão. Depois da morte de Alexandre, os seus generais dividiram as conquistas do macedônio, o que marcou o início de séculos de transfusão cultural durante os quais cidades inteiras em estilo grego foram construídas na região de Báctria (hoje Afeganistão). Os reinos indo-gregos e greco-bactrianos conseguiram unir culturalmente o Ocidente e o Oriente, como observado em relíquias híbridas como estátuas de Buda vestindo toga e elementos da arquitetura grega encontrados no Paquistão. Com base em características como essas, é possível considerar que pelo menos alguns gregos se converteram ao budismo e misturaram suas crenças com as religiões indianas.
Os romanos também chegaram longe. Eles possuíam tropas em toda a extensão de seu império, o que incluía lugares um tanto quanto exóticos e afastados como a Mauritânia (país que fica na costa noroeste da África), uma terra conhecida por seus cavaleiros. Ao servir no exército romano, os mauritanos, assim como muitos outros guerreiros de territórios dominados por Roma, lutavam nos mais diversificados lugares – desde a Grã-Bretanha até a região da Dácia (no norte dos Bálcãs, atual Romênia, Moldávia, entre outros países). No entanto, o corpo militar romano não era o único local onde era possível encontrar essa improvável mistura cultural.
Há evidências da existência de postos romanos de comércio na região de Kerala, na Índia, já no século I aC. Durante o reinado do imperador Nero, exploradores romanos seguiram o curso do Rio Nilo e, acredita-se, podem ter viajado quase até a fronteira do Sudão do Sul com a Uganda, no coração da África Central. Porém, o feito possivelmente mais incrível dos romanos foi alcançado no ano de 166 dC. Os produtos de origem chinesa e romana já vinham, durante um bom tempo, sendo comercializados através de intermediários, provavelmente despertando curiosidade, tanto a leste quanto a oeste. Em 166 dC, embaixadores romanos a mando de Marco Aurélio traçaram a rota que as mercadorias faziam e foram capazes de chegar até a capital chinesa. Isso praticamente 12 séculos antes de Marco Polo.

9. Indianos antigos já realizavam cirurgias plásticas

9
Ao contrário do que acontecia com gregos e romanos, muitos guerreiros na Índia Antiga não usavam capacetes de proteção no campo de batalha. Dada a natureza das guerras antigas, partes do rosto dos guerreiros, como orelhas e narizes, tinham uma tendência a ficar seriamente prejudicadas. Para lidar com esses traumas, os médicos hindus realizavam procedimentos que não ficavam devendo em praticamente nada em comparação com técnicas de cirurgia moderna.
Com os ferimentos de guerra, bem como punições severas para crimes menores levando embora os narizes de muitos indianos da época, os cirurgiões locais se tornaram hábeis em realizar procedimentos de rinoplastia. Os médicos especializados cortavam um pedaço de pele da testa do paciente, o qual era, em seguida, dobrado e implantado em cima das aberturas nasais para criar o novo nariz. Eram inseridos tubos ocos para formar as narinas enquanto o paciente se recuperava da operação. Cirurgias bem-sucedidas no nariz têm sido registradas desde o ano 500 aC.
Um procedimento mais horripilante, porém capaz de salvar vidas, era uma forma de sutura que os cirurgiões indianos empregavam. Costurar uma ferida intestinal ou abdominal era especialmente complicado naquela época porque o tradicional esquema de agulha de costura poderia perfurar e danificar ainda mais os órgãos feridos, impedindo a cura e abrindo espaço para uma infecção. A solução? Formigas bengali.
Elas mordem qualquer coisa que tocam com mandíbulas que mais parecem grampeadores de escritório. Os cirurgiões juntavam as partes do órgão danificado e cuidadosamente liberavam as formigas para morderem a região. Este processo funcionava exatamente como os modernos grampos cirúrgicos de hoje em dia. O médico, na sequência, cortavam os corpos das formigas, deixando as mandíbulas no corpo do paciente. No decorrer do tempo, o sistema imunológico da pessoa lentamente absorveria as mandíbulas, à medida que fosse se recuperando do ferimento.

8. Os gregos e os romanos praticam controle de armas

8
Pode ser difícil de acreditar se você tiver visto recentemente à sequência do filme “300” ou qualquer outro que possua as batalhas antigas como elemento principal da trama, mas cidades gregas possuíam um rígido mecanismo de controle de armas. Apesar da natureza muitas vezes bélica da sociedade grega (ou talvez justamente por causa por causa dela), o porte de arma era proibido nos espaços públicos das polis antigas.
Uma máxima era seguida à risca – pelo menos em tese – pelas autoridades da Grécia Antiga: “As leis governam por si só. Quando as armas governam, elas matam a lei”. A proibição do porte de armas ajudou a garantir a igualdade em uma sociedade democrática ou republicana. A possibilidade de pessoas usarem suas armas para a intimidação era muito grande e prejudicaria a sociedade civil. Se alguém quisesse estar na cidade, deveria deixar suas armas do lado de fora. O porte de armas na assembleia pública ou ágora era considerado uma subversão às regras.
Para se ter uma ideia de quão a sério os gregos levavam o controle sobre o armamento de sua sociedade, o legislador grego Charondas, de Catania, na Sicília, responsável pela proibição da posse de armas de sua região, um dia voltou do interior para a cidade sem remover sua adaga. Ele tinha acabado de retornar de alguns conflitos contra bandidos na zona rural, mas a lei de Charondas era tão absoluta quanto seu comprometimento com ela. Tendo violado sua própria lei, Charondas acabou se suicidando publicamente com a mesma adaga da qual ele se esqueceu de se livrar ao retornar à cidade.
E, quando em Roma, faça como os… gregos. Os habitantes da Roma Antiga também eram proibidos de andar com armas dentro dos limites de sua cidade. Além de uma simples transgressão da lei, o porte de armas dentro do centro de uma cidade romana, ou seja, dentro dos pomérios, também era considerado um crime religioso.

7. Nero instituiu o sistema de combate ao fogo e brigada de incêndio

7
Isso que é uma má reputação. A história popular gosta de se lembrar do imperador romano Nero por duas coisas que ele não fez: por começar e por comemorar um incêndio que destruiu grande parte da cidade de Roma. Para piorar a situação, isso é basicamente tudo que nos foi ensinado sobre esta figura histórica – pouquíssimo é comentado sobre os feitos que Nero efetivamente realizou, como, por exemplo, a implementação de reformas radicais para proteger a cidade de Roma de futuros incêndios.
Após o famoso incêndio de 64 dC (que Nero não começou), o imperador voltou para Roma de sua casa em Antium e organizou uma força-tarefa para ajudar os romanos afetados. No entanto, as verdadeiras inovações de Nero vieram durante a fase de reconstrução da cidade. Para prevenir futuros incêndios que pudessem causar tantos estragos assim, Nero implementou uma rigorosa legislação antifogo.
Antes de Nero, Roma era essencialmente um barril de pólvora no tamanho de uma cidade de grande porte. As ruas estreitas e os prédios de madeira construídos um em cima do outro permitiam uma rápida propagação do fogo, a ponto de sair do controle em instantes. A reconstrução que ocorreu após o Grande Incêndio seguiu as ordens de Nero: ruas muito mais largas, casas e edifícios construídos com pedra ou tijolos e limite de altura para as edificações.
Além disso, os aquedutos mais antigos foram desviados para um melhor fornecimento de água para o consumo da população para o combate a incêndios. Talvez mais importante de tudo, Nero formou uma grande brigada de vigias noturnos dedicada a manter a paz e o combate a incêndios. Graças aos planos do imperador, o desenvolvimento urbano de Roma tornou-se muito mais disciplinado e cuidadosamente planejado do que era antes.

6. A república como modelo de governo não foi inventada apenas em Roma

6
Roma? República. Grécia? Democracia. Índia? Bem… Alguém sabe? Isso só comprova o fato de que a maioria de nós não recebeu muita educação em relação às estruturas governamentais da Índia Antiga. Enquanto a Índia Antiga certamente teve seu quinhão de déspotas, a região foi também o lar de um grande número de pequenas repúblicas.
Uma quantidade significativa de cidades indianas abraçou os ideais republicanos, como a representação política e a tomada de decisão coletiva, mais ou menos ao mesmo tempo em que a mais famosa república de Roma foi fundada. De acordo com o que se sabe hoje em dia, porém, os princípios republicanos de Roma e da Índia foram desenvolvidos de forma independente. Os primeiros registros de governo de estilo republicano na Índia datam de algum momento entre os anos 600 e 480 aC.
Apesar dos tamanhos reduzidos, algumas repúblicas indianas conseguiram até mesmo sobreviver ao contato com Alexandre, o Grande, no século 4 aC, e às tentativas de conquista posteriores do conhecido Império Gupta, que dominou o subcontinente indiano entre aproximadamente os anos de 550 e 320 aC. Mesmo tendo enfrentado dois dos maiores conquistadores da antiguidade, as repúblicas da Índia foram capazes de manter seu caráter de governo relativamente intocado até que a subversão e a desunião internas fez o que Alexander e Chandragupta não conseguiram: dar um fim às repúblicas.
Ao invés de força das armas, os reis vizinhos utilizaram táticas mais sutis como espiões e propaganda para fomentar a desordem entre os rivais republicanos. Como se confirmou na sequência, esse foi um plano muito bem bolado, dada a natureza já um tanto turbulenta das repúblicas. Divididas, as assembleias que regiam o sistema desmoronaram. Enquanto isso, facções rivais afirmavam o poder através de guerras civis e alianças com poderes externos, que, eventualmente, conseguiram dominar a região.

5. Em Roma, a sexualidade não era progressista e a homossexualidade não era aceita

5
A licença sexual que de fato existia na sociedade romana antiga certamente não se estendia a qualquer coisa semelhante à homossexualidade moderna. Perguntar a opinião de um habitante da Roma Antiga sobre a homossexualidade seria como lhe pedir para se posicionar sobre a internet. O romano hipotético não teria o que falar em ambos os casos porque nenhum deles existia na Roma Antiga.
A sexualidade romana não era caracterizada por gênero, e sim determinada pelo “papel” que a pessoa desempenharia. Para um homem, o papel de ativo, penetrador, era geralmente aceitável, independentemente do sexo da pessoa penetrada. Ser passivo era considerado uma aberração para os homens (parece-lhe um discurso conhecido?), independentemente do gênero do seu parceiro. Como resultado, era perfeitamente possível para um homem e uma mulher cometer um ato “monstruoso” juntos.
O sexo oral realizado na mulher é uma excelente ilustração da mentalidade romana da época. Embora hoje muitos possam argumentar que o ato de cunilíngua está longe de ser considerado passivo por parte do homem, os romanos viam as coisas de uma forma diferente. Eles acreditavam que, em tal ato, a mulher estava simplesmente usando a boca do seu parceiro sexual para o prazer próprio, o que era considerado o fracasso da masculinidade. O sexo oral feito no homem (ou felação) era visto da mesma maneira. Um homem fazendo sexo oral em outra pessoa estava “sendo usado”. Isso era considerado uma desgraça, independentemente do gênero do seu parceiro sexual.
Em outras palavras, a sexualidade, para os romanos antigos, estava longe de ser progressista. A dicotomia ativo-passivo criou uma sexualidade altamente restritiva. As mulheres só poderiam ser penetradas enquanto os homens só poderiam ser penetradores. Praticamente qualquer outro ato sexual que fugisse dessa lógica era proibido. Além disso, enquanto era natural um homem querer penetrar qualquer coisa que se movesse, ele seria considerado anormal, pervertido e afeminado se quisesse dar prazer à sua esposa.

4. As últimas palavras de Julius César

4
Muitos acreditam que, prestes a morrer devido à ação de seus assassinos, Júlio César tenha pronunciado as famosas palavras: “Et tu, Brute?” (“Até tu, Brutus?”). Mas a verdade é que o controverso ditador de Roma jamais disse existe tal coisa. William Shakespeare inventou a fala para que a sua versão fictícia de Júlio César a recitasse. Entretanto, até mesmo na peça de Shakespeare, “Até tu, Brutus?” não é a última fala de Júlio César (e sim “Então caia, César”).
Mas e quanto ao personagem real e histórico de César? Ele era, de fato, de classe alta e tinha tido uma educação formal. Na Roma Antiga, isso significava que Júlio César provavelmente se comunicava em grego – e não em latim, como insinua a famosa frase. Na realidade, Júlio César não estava muito familiarizado com o latim.
O único escritor antigo que menciona quaisquer últimas palavras do imperador nem mesmo era contemporâneo de Júlio César. Ele sugere que a vida do político romano terminou com um suspiro em grego dirigido a Brutus: “Kai su teknon”, uma frase de difícil tradução, mas cuja versão mais aceita significa “até você, meu filho?”. As fontes são confusas porque, afinal, trata-se de uma fofoca de 2 mil anos de idade, mas alguns rumores diziam que Brutus era filho bastardo de César (outros o consideram filho adotivo), enquanto outros ainda se referem a eles apenas como amigos.
Alguns historiadores afirmam que a frase, na realidade, nem se refere a Brutus, mas sim a todos que conspiraram contra ele e planejaram sua morte. Neste caso, a tradução da frase viraria uma espécie de ameaça e seria algo mais próximo a “Vocês serão os próximos, crianças”. Uma alternativa, embora menos poética, conta que César teria puxado sua toga sobre a cabeça enquanto seus agressores o esfaqueavam até a morte.

3. Os “povos bárbaros” eram simplesmente pessoas que não falavam grego

3
Apenas o pensamento de “povos bárbaros” já traz à mente seres violentos e figuras terríveis tanto reais (como Átila, o rei dos hunos) quanto fictícios (como Conan, o bárbaro). No entanto, não era preciso matar pessoas inocentes ou destruir cidades inteiras para receber esse título. Isso porque, para os gregos antigos, “bárbaros” eram simplesmente os indivíduos que não falavam grego. Eles consideravam que o modo como os estrangeiros conversavam entre si se assemelhava a um balbuciar (“bar-bar-bar”) e apelidaram quem viesse de fora de “barbaroi”.
Na Grécia antiga, o termo não tem a conotação que carrega hoje (ou seja, de seres brutos e não civilizados). Os gregos não eram nacionalistas ao extremo a ponto de ignorar as glórias de outras civilizações, como a egípcia, a persa etc. Essas civilizações eram reconhecidas como magníficas, mas os seus habitantes de língua não grega ainda assim eram chamados de “bárbaros”. Os antigos romanos usavam o termo “bárbaro” da mesma maneira que os gregos. Aqueles que não viviam dentro do Império Romano e que fossem incapazes de falar latim eram chamados de bárbaros. Foi apenas no momento histórico em que a Antiguidade passou a dar lugar à Idade Média que o rótulo de “bárbaro” começou a assumir o seu significado pejorativo de selvageria, que mantém até hoje.
A religião cristã ocidental usava o termo para denominar todos os indivíduos que não se encontravam dentro de seus limites – ou seja, de eslavos a árabes, todos eram considerados bárbaros. Aqueles que não correspondiam ao padrão da cristandade eram “grosseiros” e “incultos”. O escritor francês Michel de Montaigne resumiu bem o significado histórico da palavra quando escreveu: “cada homem chama ‘barbárie’ aquilo que não é a sua própria prática”.

2. Os romanos não inventaram a crucificação

2
Embora as narrativas que contam a paixão de Cristo tenham contribuído para fazer com que a execução por crucificação seja sinônimo de Roma Antiga em muitas mentes, a prática provavelmente se originou na Pérsia por volta do ano 500 aC. A partir daí, a punição extrema se espalhou para terras mais distantes como a Índia, o Egito, Cartago, a Macedônia, algumas terras celtas, assim como para Roma, entre outras regiões.
Pelo menos uma passagem do Velho Testamento bíblico sugere que os judeus da época já empregavam uma punição semelhante. Alexandre, o Grande, também havia mostrado a popularidade do ato ao invadir a cidade de Tiro e crucificar 2 mil de seus habitantes homens adultos, no século 4 aC. Na verdade, eram os cartagineses que talvez fizeram o uso mais extensivo da crucificação, e é provável que tenha sido a partir deles que os romanos adotaram a prática. Ao contrário de Cartago, que ocasionalmente crucificava seus próprios generais caso perdessem uma batalha, Roma não costumava crucificar seus próprios cidadãos.
Considerada a mais extrema sentenças de morte, a execução por crucificação era uma punição longa, cruel e dolorosa que os governantes do Império Romano reservavam para os seus piores criminosos, como Spartacus e seus companheiros rebeldes (além de, claro, Jesus). Os romanos, que viviam sempre com medo de revoltas de escravos devido à ampla utilização de tal forma de trabalho, responderam à revolta liderada por Spartacus com uma das maiores crucificações em massa da história. Na ocasião, aproximadamente 6 mil escravos rebeldes foram mortos na cruz ao longo da estrada de Roma a Cápua no ano de 71 aC.
Embora a crucificação fosse considerada demasiadamente abominável para ser usada contra os próprios cidadãos romanos, a prática não foi oficialmente abolida dentro do império até 438 dC.

1. A queda de Roma não acabou com o Império Romano

1
Aprendemos na escola que, ao menos teoricamente, a dominação romana terminou em 476 dC, quando a cidade caiu e foi tomada por invasores hérulos, um povo germânico do sul da Escandinávia. No entanto, o novo saque a Roma nem foi um incidente tão significativo assim. A então capital do império, Constantinopla, há muito tempo já havia superado Roma em questão de riqueza, população e importância.
Na época de sua “queda”, a importância de Roma já tinha até sido suplantada, a oeste, pela cidade de Ravenna, a capital do Império do Ocidente. Outra razão pela qual a queda de Roma não foi tão catastrófica como se imaginava foi o general Flávio Odoacro, rei da tribo germânica dos hérulos, que depôs o último imperador romano do Ocidente. O militar bárbaro não queria, na realidade, mudar muito as coisas, ele só queria estar no comando. Odoacro fez questão de reconhecer o verdadeiro imperador em Constantinopla e manter o status quo.
Para um habitante qualquer de Roma, a vida continuou como de costume durante décadas após o fim do reinado do último imperador de Roma. Isso porque as tribos germânicas que passaram a governar a região já haviam feito parte do Império Romano como Estado-cliente – cuja população correspondia a uma considerável parte do contingente militar romano e era considerada “quase cidadãos”. Quando uma coalizão de bárbaros e romanos finalmente derrotou os hunos em 451, foi incrivelmente difícil dizer qual parte dos soldados era composta de romanos e quem dali era bárbaro.
O que de fato sacramentou o fim do Império Romano não foram as invasões estrangeiras, mas sim uma série de guerras civis que assolaram suas fronteira. O exército romano, com seu armamento, suas vestimentas e seus generais bárbaros, começou a lutar contra si mesmo cada vez mais, reduzindo o Império do Ocidente a incontáveis reinos rebeldes com apenas uma frágil união sob o comando de um punhado de senhores da guerra.
Independentemente do declínio do Império Romano do Ocidente, o do Oriente sobreviveu por mais mil anos, governando até grandes porções de terra hoje pertencentes à Itália em vários momentos durante esse tempo. 


hypescience.com
03
Jan18

O PORQUÊ DO NOME DA VIA LÁCTEA !?

António Garrochinho


Algumas galáxias, estrelas e planetas possuem nomes bem estranhos e diferentes. Às vezes elas são nomeadas de acordo com a sua forma, como a Nebulosa Cabeça de Cavalo, já outras têm certo nome por causa de sua constelação, como a galáxia de Andrômeda. 
Mas e a nossa própria galáxia, a Via Láctea? 
Por que essa faixa composta de estrelas, poeira e gás teria um nome associado à comida?

Via Láctea: o nosso lar no universo

Via láctea
A Via Láctea vista da Terra
Se você olhar para o céu de um lugar muito escuro, você provavelmente irá ver uma ampla faixa de estrelas, cobertas de nuvens de poeira e gás. 
O que você está vendo é um pedaço da Via Láctea, nossa galáxia doméstica. Ela é a segunda maior galáxia já conhecida, e se você tentasse atravessar por ela na velocidade da luz levaria 100.000 anos para chegar ao outro lado.
A Via Láctea é estimada em 13,2 bilhões de anos, e surgiu quando inúmeras nuvens de gás e poeira se agruparam e colidiram, criando as estrelas. Então, uma grande quantidade de gás se acumulou em seu centro, aumentando a gravidade e formando um buraco negro maciço. Esse buraco negro é tão forte que nada pode escapar dele, e os espirais que saem dele contém centenas de bilhões de estrelas, um dos quais é o nosso próprio sol.
Nossa galáxia foi descoberta pelos astrônomos há milhares de anos e mesmo as civilizações antigas já a citavam em suas mitologias. 

Mas quando e como ela recebeu esse nome tão incomum?

As primeiras menções da Via Láctea nos levam até os gregos antigos, que chamavam nosso sistema estelar de “galaxias kyklos”, que significa “ciclo do leite”. Alguns pesquisadores acreditam que a nossa galáxia obteve esse nome por causa da sua aparência leitosa que se estende pelo céu, e a própria origem da palavra grega “galáxia” vem de “gala”, que significa leite.
Na Roma Antiga nossa galáxia também já era chamada de Via Láctea, que literalmente significa "Caminho de Leite".
A origem da Via Láctea
A origem da Via Láctea, de Jacopo Tintoretto (1575)
A mitologia grega também relaciona a galáxia e sua criação com o alimento. Segundo o mito, o deus Zeus trouxe o bebê Hércules para que ele pudesse mamar no seio de sua esposa, enquanto ela dormia. Quando Hera acordou, ela se afastou, e seu leite materno se espalhou pelo firmamento, criando a Via Láctea.
O nome “Via Láctea” também é utilizado em diversas outras línguas, em suas respectivas traduções, como "Milchstrasse" na Alemanha, e o "Melkeveien" na Noruega. No entanto, alguns países dão nomes bem diferentes para a nossa galáxia, baseado em suas mitologias.

Os outros nomes da Via Láctea

Na Finlândia, a Via Láctea é chamada de "Linnunrata", ou "caminho dos pássaros". Esse nome vem da mitologia finlandesa, que conta que na borda da Terra estava o "Lintukoto", uma região quente para onde as aves migravam durante o inverno.
Para os finlandeses, a faixa de luz que podemos observar da Terra era o caminho que os pássaros faziam em direção à Lintukoto, e por isso se chamava de "caminho dos pássaros".
Lintukoto
Para os finlandeses, a faixa de luz seria o caminho dos pássaros.
A Armênia também tem uma ideia diferente sobre a Via Láctea, que lá é chamada de “duro goghi chanaparh”, ou "o caminho do ladrão de palha". Sua mitologia diz que o deus Vahagn roubou a palha de Barsham, o rei assírio, e a levou para a Armênia durante um inverno muito frio. Para chegar até lá, ele fugiu pelos céus e deixou cair uma das palhas no caminho, formando a Via Láctea. Por influência armênia, nossa galáxia também é chamada assim em vários países da Ásia Central e África.
Em alguns países do norte, como a Islândia e Suécia, a Via Láctea é chamada de "Caminho do Inverno", pois no Hemisfério Norte a Via Láctea é mais visível nessa época do ano.
Já em grande parte da Ásia Oriental, a galáxia é conhecida como o "Rio da Prata", devido a uma lenda chinesa que conta sobre a paixão da Deusa Weaver e um camponês. Para separar os dois, a Rainha Mãe Celestial, mãe de Weaver, desenhou um rio de prata entre o casal para que eles fossem separados para sempre. Esse rio de prata seria a Via Láctea.
Na Espanha, a Via Láctea também é conhecida de “Caminho de Santiago”, pois os peregrinos a utilizavam para se guiarem até Santiago de Compostela, um local sagrado. O nome Compostela também é usado para se referir a galáxia, e significa "campo de estrelas".

Mas nem todas as galáxias possuem nomes tão interessantes

Antes da invenção dos telescópios no início do século XVII, as galáxias eram classificadas como nebulosas, regiões nubladas formadas de poeira cósmica. Porém, em 1609 o astrônomo italiano Galileu Galilei descobriu que algumas dessas nuvens de poeira na verdade eram compostas de biliões de estrelas agrupadas.
Nesse momento as pessoas começam a dar nomes particulares para algumas dessas galáxias, pois elas passaram a reconhecer forma e importância nelas. No entanto, a maioria das galáxias não tem nomes descritivos, simplesmente porque existem muitas delas.
O número de galáxias conhecidas continua a crescer à medida que a tecnologia melhora, e hoje algumas estimativas dizem que o número pode chegar a 200 biliões. 
Devido a grande quantidade, a maioria das galáxias é identificada apenas por um número, seguido de letras que indicam sua posição em um catálogo de objetos celestiais.

www.hipercultura.com
03
Jan18

A HISTÓRIA DO AÇUCAR

António Garrochinho




Imagine a culinária contemporânea sem o açúcar. Para muitos, além da perda inestimável de um sabor muito agradável, a inexistência deste ingrediente tornaria impossível a preparação de vários pratos bastante apreciados. Na verdade, o açúcar só começou a adentrar as cozinhas do mundo a partir do século XVII, quando a mercadoria começou a ter uma circulação significativa e se tornou mais acessível. Até então, qualquer tipo de adoçamento era feito com mel e o sumo da cana.
Segundo os mais antigos relatos, o açúcar foi primitivamente relatado quando o general Niarchos, subordinado do imperador macedônico Alexandre, o Grande, foi encarregado de realizar a conquista da Índia Oriental. Ao chegar à região, percebeu que os nativos realizavam o consumo regular de um suco de cana fermentado capaz de produzir um tipo de “mel” que não exigia o uso de abelhas. Foi então que os ocidentais noticiaram a descoberta daquilo que eles chamavam de “sal indiano”.
Nesse primeiro instante, o açúcar era comercializado em pequenas quantidades, tendo um valor muito elevado nos mercados gregos e romanos. Somente em meados do século VII foi que o açúcar foi tomando características mais próximas do produto que hoje consumimos. Por volta de 650, os exércitos árabes conquistaram a Pérsia, região em que existiam avançados estudos referentes ao desenvolvimento de técnicas que facilitariam o transporte do açúcar através do seu refinamento.
Ao dominarem esse espaço, os árabes tiveram o interesse de plantar mudas de cana em outras regiões em que o cultivo também pudesse prosperar. Na Baixa Idade Média, o desenvolvimento das Cruzadas abriu portas para que os cristãos viessem a conhecer um pouco melhor o produto já consumido pelos árabes muçulmanos. No próprio Velho Mundo, a presença dos árabes na Península Ibérica permitiu que, já no século XII, os espanhóis de Andaluzia também conhecessem o doce produto.
Quando adotado pelos ocidentais, o açúcar era raramente utilizado como tempero, tendo maior uso para a conservação de frutas e a fabricação de remédios contra a Peste Negra. O raro emprego era em boa parte justificado pelo valor elevado que o açúcar tinha no mercado da época. Um relato britânico do século XIV dizia que a libra do açúcar era vendida pelo valor de dois xelins. Em valores atuais, isso significa dizer que um quilo de açúcar era vendido a aproximadamente cem dólares.
No início da Idade Moderna, algumas solenidades políticas e religiosas eram realizadas em palácios tomados por esculturas feitas de açúcar. Tal hábito conferia status aos que poderiam se dispor de grandes quantidades para bancar esse tipo de luxo. A partir do século XVII, o aumento das lavouras de cana no continente americano permitiu que os valores do produto diminuíssem significativamente. Foi a partir de então que o açúcar trilhou o afamado caminho e importância que tem na culinária internacional.
brasilescola.uol.com.br

A ORIGEM DO NOME


A cana-de-açúcar, nome comum de uma herbácea vivaz, planta da família das gramíneas, espécie Saccharum officinarum, originária da Ásia Meridional, é muito cultivada em países tropicais e subtropicais para obtenção do açúcar, do álcool e da aguardente, devido a sacarose contida em seu caule, formado por numerosos nós.




A ORIGEM DA PLANTA

A cana-de-açúcar foi introduzida na China antes do início da era cristã. Seu uso no Oriente, provavelmente na forma de xarope, data da mais remota antiguidade. Foi introduzida na Europa pelos árabes, que iniciaram seu cultivo na Andaluzia. No século XIV, já era cultivada em toda a região mediterrânea, mas a produção era insuficiente, levando os europeus a importarem o produto do Oriente.

A guerra entre Veneza, que monopolizava o comércio do açúcar, e os turcos levou à procura de outras fontes de abastecimento, e a cana começou a ser cultivada na Ilha da Madeira pelos portugueses e nas Ilhas Canárias pelos espanhóis.

O descobrimento da América permitiu extraordinária expansão das áreas de cultura da cana.

As primeiras mudas, trazidas da Madeira, chegaram ao Brasil em 1502, e, já em 1550, numerosos engenhos espalhados pelo litoral produziam açúcar de qualidade equivalente ao produzido pela Índia. Incentivado o cultivo da cana pela Metrópole, com isenção do imposto de exportação e outras regalias, o Brasil tornou-se, em meados do século XVII, o maior produtor de açúcar de cana do mundo.

Perdeu essa posição durante muitas décadas, mas na década de 1970, com o início da produção de álcool combustível, voltou a ser o maior produtor mundial. 


Características

Os colmos, caracterizados por nós bem marcados e entrenós distintos, quase sempre fistulosos, são espessos e repletos de suco açucarado. As flores, muito pequenas, formam espigas florais, agrupadas em panículas e rodeadas por longas fibras sedosas, congregando-se em enormes pendões terminais, de coloração cinzento-prateado.

Existem diversas variedades cultivadas de cana-de-açúcar, que se distinguem pela cor e pela altura do caule, que atinge entre 3 e 6 m de altura, por 2 a 5 cm de diâmetro, sendo sua multiplicação feita, desde a antiguidade, a partir de estacas (algumas variedades não produzem sementes férteis). A cana-de-açúcar é cultivada, principalmente, em clima tropical onde se alternam as estações secas e úmidas. Sua floração, em geral, começa no outono e a colheita se dá na estação seca, durante um período de 3 a 6 meses. 


Colheita

Embora se tenha ensaiado com êxito o uso de várias máquinas para cortar cana, a maior parte da colheita ainda é feita manualmente, em todo o mundo.

O instrumento usado para o corte costuma ser um grande machete de aço, com lâmina de 50 cm de comprimento e cerca de 157 cm de largura, um pequeno gancho na parte posterior e cabo de madeira.

Na colheita, a cana é abatida cortando-se as folhas com o gancho do machete e dando-se outro corte na parte superior, à altura do último nó maduro.
As hastes cortadas são empilhadas e depois recolhidas, manualmente ou com máquinas.
Atadas em feixes, são levadas para as usinas, onde se trituram os caules para extração do caldo e posterior
obtenção do açúcar.



HISTÓRIA NO BRASIL

A lavoura da cana-de-açúcar, foi a primeira a ser instalada no Brasil, ainda na primeira metade do século XVI, tendo seu cultivo ampliado da faixa litorânea para o interior. No Nordeste, depois de passar da Mata para o Agreste, migrou para as manchas úmidas do sertão. Desenvolveu-se em dois tipos de organização do trabalho: a grande lavoura voltada para a produção e exportação do açúcar, com o uso extensivo da terra, da mão-de-obra, representando muito no volume de produção do Brasil até mesmo nos dias atuais; e a pequena lavoura, empregando mão-de-obra em reduzida escala, voltada para a subsistência do seu proprietário ou para o pequeno mercado regional ou local, de volume de produção insignificante se comparado com a anterior. 
Pode-se dizer que no Brasil a cana-de-açúcar deu sustentação ao seu processo de colonização, tendo sido a razão de sua prosperidade nos dois primeiros séculos. Foi na Capitania de Pernambuco, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou e floresceu o primeiro centro açucareiro do Brasil, motivado por três aspectos importantes: a habilidade e eficiência do donatário; a terra e clima favorável à cultura da cana; e a situação geográfica de localização mais próxima da Europa em relação à região de São Vicente (São Paulo), outro centro que se destacou como inciador de produção de açúcar do Brasil Colonial. 



































O progresso da industria açucareira foi espantoso no fim do século XVI. Na Bahia, onde os indígenas haviam destruído os primeiros engenhos, a produção de açúcar começou após 1550. Alagoas, fronteira com Pernambuco, só teve seu primeiro engenho por volta de 1575. Em Sergipe, os portugueses procedentes da Bahia, inciaram a produção da cana-de-açúcar a partir de 1590. Na Paraíba, a primeira tentativa de introdução da cultura da cana foi em 1579, na Ilha da Restinga, fracassada pela invasão de piratas franceses na região (a implantação definitiva da cultura da cana na Paraíba surgiu com seu primeiro engenho em 1587). No Pará, os primeiros engenhos foram instalados pelos holandeses, possivelmente antes de 1600 (o primeiro engenho português no Pará começou a funcionar entre 1616 e 1618). Tanto no Pará, quanto no Amazonas, os engenhos desviaram sua produção para aguardente, em vez de açúcar. A fabricação de açúcar no Ceará não chegou a ter relevo - começou em 1622, mas logo passou a fabricar aguardente. No Piauí a história identifica que a lavoura de cana foi iniciada por volta do ano de 1678 e, no ano de 1692, registra-se apenas um engenho em atividade no Rio Grande do Norte.

Na região nordestina, representada principalmente por Pernambuco, Bahia, Alagoas e Paraíba, reinava a riqueza devido a monocultura da agroindústria açucareira que pagava todos os custos e cobria todas as necessidades da Capitania.

Na época da abolição da escravatura (1888), os engenhos já tinham incorporado praticamente todas as inovações importantes da indústria do açúcar existentes na época em qualquer parte do mundo, e com a abolição, passou a dispor de recursos financeiros que antes eram destinados à compra e manutenção de escravos.
A partir daí surgiu uma nova etapa na indústria açucareira brasileira, com o aparecimento dos chamados "Engenhos Centrais", precursores das atuais Usinas de Açúcar.

Fonte: http://br.geocities.com/atine50/cana/cana.htm

O ENGENHO



















O primeiro engenho construído no Brasil é devido às ordens de Martim Afonso de Sousa (1533) na capitania de São Vicente. Chamou-se engenho São Jorge.

Mais tarde, adquirido pelo alemão Erasmo Esquert, passou a ser conhecido como S. Jorge dos Erasmos. Em 1535, próximo de Olinda (Pernambuco) era construído outro importante engenho, chamado Nossa Senhora da Ajuda ou Engenho Velho, de propriedade de Jerônimo de Albuquerque.

Pero de Magalhães Gandavo, escrevendo possivelmente na sexta década do século XVI, nos relaciona os engenhos por esta época existentes no Brasil:
  • ltamaracá - um engenho e dois em construção
  • Pernambuco - vinte e três engenhos, dos quais três ou quatro em construção
  • Bahia de Todos os Santos - dezoito engenhos
  • Ilhéus - oito engenhos
  • Porto Seguro - cinco engenhos
  • Espírito Santo - um engenho
  • São Vicente - quatro engenhos

Gandavo fornece assim um total de 62 engenhos de açúcar, sendo cinco ou seis em construção.

Havia os engenhos "trapiches” , movidos por tração animal (bois ou cavalos); outros, denominados “engenhos reais", eram movimentados por força hidráulica; dividiam-se em "copeiros", "meio-copeiros" e "rasteiros", conforme a altura da queda dágua.

Deve-se ressaltar que os engenhos reais eram bem mais produtivos do que os "trapiches", embora, em épocas de seca duradoura, se mostrassem menos eficientes.
Os "trapiches" eram movidos por sessenta bois, dispostos em turmas de doze, que faziam revezamento, trabalhando um total de quinze a dezesseis horas em vinte e quatro.

Ambrósio Fernandes Brandão, autor dos "Diálogos das Grandezas do Brasil" (1618), afirma-nos que um bom engenho devia contar, no mínimo, com cinqüenta escravos, quinze juntas de bois, além de muita lenha e dinheiro.

"0 engenho constituía um organismo completo e que, tanto quanto possível, se bastava a si mesmo.
Tinha capela, onde se rezavam as missas.
Tinha escola de primeiras letras, onde o padre mestre ensinava meninos.
A alimentação diária dos moradores e aquela com que se recebiam os hóspedes freqüentemente agasalhados, procediam das plantações, das criações, da caça, da pesca, proporcionadas pelo próprio lugar.

Também no lugar montavam-se as serrarias de onde saíam acabados o mobiliário, os apetrechos do engenho, além da madeira para as casas; a obra dessas serrarias chamou a atenção do viajante Tollenare pela sua execução perfeita .

A "casa do engenho" possuía toda a maquinaria e instalações fundamentais para a obtenção do açúcar. Primeiramente, tínhamos a moendo, onde era amassada a cana para extrair a "garapa". Em seguida, a caldeira, necessária ao fornecimento do calor para apurar a "garapa"; depois, no tendal das forças, o açúcar era condensado e, finalmente, na casa de purgar, completava-se sua "branquearão".

Guardado em caixas de até 50 arrobas (cerca de 750 kg) ia então enviado para o reino.
Um engenho tinha uma produção que oscilava entre três mil e dez mil arrobas anuais.
A exportação pernambucana do produto - calculava o Padre Fernão Cardim - era de perto de duzentas mil arrobas anuais, no final do século XVI.

Muitas vezes, ligadas ao engenho produtor de açúcar, havia as destilarias de aguardente, funcionando como atividade subsidiária.
De outro lado deve-se citar a existência de engenhos exclusivamente produtores da cachaça, denominados "engenhosas" ou "moljnetes".
Servia a aguardente como elemento de troca no escambo de escravos, sendo assim de urna importância econômica relativamente grande. 


Fonte : Brasil História - texto e consulta 
 brasilescola.uol.com.br
03
Jan18

Conheça os três maiores traidores da história do mundo

António Garrochinho

A traição é algo que machuca e muitas vezes é difícil de ser esquecida. Mas isso é algo muito comum dentro dos maiores governos. Conheça os 3 maiores traidores da história.

Vidkun Quisling

Vidkun era um burocrata norueguês, que se tornou Ministro de Defesa do seu país no ano de 1933. Com esse poder, ele foi responsável por criar o partido fascista Nasjonal Samling. Traindo o seu povo e o seu próprio governo, Quisling ajudou os nazistas a invadirem a Noruega em 1940. Graças a sua ação, o exército alemão conseguiu controlar o governo do país.

Depois do ataque, o partido do burocrata passou a ser usado como fachada, enquanto Reichskommissariat exercia o verdadeiro poder.
Em 1945, finalmente a Alemanha se rendeu e Quisling foi preso e condenado à morte. Antes da sua execução ele disse: “Acreditem, em 10 anos, eu serei o novo Saint Olav”.

Pastor Efialtes

Efialtes foi um pastor da Grécia Antiga quando ocorreu a guerra entre os espartanos e os persas. Não se sabe muito sobre ele, mas fatos históricos relatam que o pastor foi um dos maiores traidores do mundo que fez o exército do seu país perder a batalha.
Em 480 a.C. os persas entraram em combate contra os gregos. Durante dois dias, a guerra estava sendo controlada pelos espartanos, até que o Efialtes mostrou ao exército persa um pequeno caminho que dava acesso a parte de trás das linhas gregas. Isso permitiu que os persas cercassem o exército inimigo e vencessem a batalha.

Marcus Junius Brutus


A história conta que Júlio Cesar foi traído pelo seu amigo, Brutus, fazendo com ele se tornasse um grande traidor que existiu no mundo.
Durante a guerra romana, Brutus foi preso, mas Júlio César demonstrou misericórdia, impedindo que seus oficiais lutassem contra ele. Depois da guerra ele se tornou um forte político de César, mas foi persuadido por Cassius, fazendo com que ele e um grupo de senadores matassem o líder de Roma.
Alguns acreditam que Júlio era pai de Brutus, mas não há nada que comprova este fato.


03
Jan18

FACTOS E CURIOSIDADES SOBRE A FRANÇA

António Garrochinho


Um país que valoriza a sua cultura e valores; o principal destino turístico do mundo; o maior vencedor do Prêmio Nobel de Literatura
56 fatos e curiosidades sobre a França
A França é encantadora, de seu idioma à sua culinária. O país preserva a sua cultura com afinco e tem o maior número de vencedores do Prêmio Nobel de Literatura do que qualquer outro país! 



1. A França é o destino turístico mais popular do mundo: mais de 82.000 pessoas visitam o país todos os anos.

2. O País é conhecido como “o hexágono”, por causa do formato de seu território, e é o maior da Europa, com 551.000 quilômetros quadrados.

3. “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” (Liberté, Égualitié, Fraternité) é o lema nacional da França, criado na época da Revolução (1789-1799) e acrescentado às constituições de 1946 e 1958. Você o encontrará em moedas, selos postais e logos do governo.


4. O exército francês foi o primeiro a usar camuflagem, durante a Primeira Guerra Mundial.

5. Na frança, em casos excepcionais, é permitido por lei casar com alguém morto, desde que possa provar que a pessoa tinha intenção de se casar com você quando vivo.

6. Várias invenções importantes do mundo aconteceram na França: comida enlatada, o sistema de leitura/escrita Braille, o estetoscópio, o secador de cabelo, etc.

7. A França foi o primeiro país do mundo a proibir os mercados a jogar fora ou destruir os produtos não vendidos. Desde fevereiro de 2016, estes estabelecimentos devem doar tudo o que restou para bancos de alimentos e instituições de caridade.

8. Aproximadamente um milhão de franceses que moram perto da fronteira com a Itália fala italiano. O francês é o segundo idioma mais falado da Europa, depois do alemão.

9. Desde 1634, a Academia Francesa (Académie Française) tenta preservar a língua francesa banindo (sem muito sucesso) palavras estrangeiras como bloghashtagparkingemail e weekend.

10. Pelo menos 40% das canções tocadas nas rádios devem ser francesas.

11. A primeira exibição pública de um filme foi feita pelos irmãos franceses Auguste e Louis Lumière em 28 de dezembro de 1895. A invenção deles, cinématographe, se tornaria o cinema!

12. A França legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013.

13. O Louvre, em Paris, é o museu mais visitado do mundo. Em 2014, ele recebeu 9,3 milhões de visitantes – o mesmo número total da população da Suécia.

14. O primeiro transplante de coração artificial e o primeiro transplante de rosto do mundo aconteceram na França.

15. Os vinhos franceses podem atingir preços astronômicos – mais de 1.500 euros por garrafa, dependendo da uva e da produção!

16. Os franceses inventaram o sistema métrico e o método decimalizado de contar e pesar.

17. A gastronomia francesa foi nomeada Patrimônio Mundial da UNESCO em 2010, passando a pertencer à lista de “patrimônio cultural intangível da humanidade”.

18. O Tour de France, a maior prova de ciclismo do mundo, tem mais de 100 anos e acontece todo mês de julho no país. Os atletas percorrem aproximadamente 3.200 km por mais de 20 dias.


19. Alguns dos escritores e pensadores mais famosos do mundo eram franceses: Descartes, Pascal, Voltaire, Baudelaire, Flaubert, Sartre, Camus, entre outros.

20. A França ganhou mais Prêmios Nobel de Literatura do que qualquer outro país (15).

21. A França produz quase um bilhão de toneladas de queijo por ano de quase 1.200 variedades diferentes.

22. A mais antiga gravação de voz humana é francesa – um segmento de dez segundos de Au Clair de la Lune, gravado pelo inventor Édouard-Léon Scoot de Martinville em 1860 usando o sistema criado por ele, o fonoautógrafo, que registrava som em papel, visualmente. O papel foi descoberto em Paris em 2008 e, com a ciência moderna, foi possível reproduzir a gravação pela primeira vez.

23. Os franceses comem aproximadamente 30.000 toneladas de escargot (caracóis receheados) todos os anos.


24. Em busca do tempo perdido (A la recherche du temps perdu), de Marcel Prost, é o maior romance do mundo, formado por 13 volumes de mais de 3.000 páginas no total.

25. A França ainda tem 15 territórios no exterior, incluindo Martinica, Guadalupe, Guiana Francesa, Reunião e Mayotte.

26. A França tem a maior taxa de natalidade da Europa.

27. Os franceses se aposentam mais cedo do que a média européia: a média de 2012 era de 59,7 anos para homens e 60 para mulheres.

28. Na França, acredita-se que virar uma baguete de ponta-cabeça dá azar.

29. A câmera de aparelho celular foi inventado na França em 1997.

30. Há aproximadamente 40.000 castelos na França.

31. Todos os dias, dois novos livros de culinária são publicados no país.

32. O croissant, famoso salgado francês de massa folhada, foi, na verdade, inventado na Áustria.

33. O francês foi o idioma oficial da Inglaterra por aproximadamente 300 anos, entre 1066 e 1362.

35. Já os kilts, as saias escocesas, foram originalmente inventadas na França.

36. Em 1910, foi proibido por lei se beijar em plataformas de trem para evitar o atraso dos trens.

37. Os franceses consumem 11,2 bilhões de taças de vinho por ano.

38. A França já controlou mais de 8% do território do mundo.

39. Napoleão não era baixinho – de fato, ele tinha uma altura maior do que a média dos franceses.

40. Paris era originalmente uma cidade romana chamada Lutetia.

41. Havia apenas um sinal de PARE (ARRÊT) em toda a cidade de Paris até 2012. Hoje em dia, ele não existe mais.

42. Quando Hitler visitou Paris, durante a Segunda Guerra Mundial, os franceses cortaram os cabos do elevador, para que ele tivesse que usar os degraus se quisesse subir até o topo.

43. Os franceses foram os primeiros a usar as placas de carro em seus automóveis.

44. A França tem 12 fusos horários diferentes – mais do que qualquer outro país do mundo.

45. Concursos de beleza para crianças são ilegais na França.

46. Há mais falantes do francês na África do que na França.

47. A razão por ter poucos táxis em Paris, se comparados a outras metrópoles do mundo, é que os taxistas precisam pagar aproximadamente 200.000 euros pela licença.

48. Todos os champanhes são produzidos na região de Champagne; caso contrário, são chamados de espumantes.

49. 26 países do mundo que celebram o “dia da independência” foram colonizados pela França (58 pelo Reino Unido, 21 pela Rússia e 21 pela Espanha).

50. O McDonald’s serve cerveja na França (assim como na Alemanha, Áustria, Espanha e Holanda).

51. O primeiro Festival de Cannes foi cancelado após a exibição de apenas um filme devido ao início da Segunda Guerra Mundial.

52. Para ajudar a combater a obesidade, a França proibiu refis gratuitos de refrigerante nas redes de fast food do país.

53. Emmanuel Macron, eleito em 2017 aos 39 anos, tornou-se o presidente mais jovem da história da França.

54. A França foi o primeiro país a introduzir um sistema público de transporte – em 1660, um sistema de carruagens circulava por Paris em horários e trajetos fixos. O conceito foi desenvolvido por Blaise Pascal.

55. Na França, há seis municípios com prefeitos e zero habitantes. Estas vilas foram destruídas durante a Segunda Guerra, mas os prefeitos são responsáveis pela manutenção do local.

56. Há mais de 100 pianos espalhados por estações de trem na França.

Com informações de Expatica, Rough Guides e Facts Slide.

www.hotcourses.com.br
03
Jan18

HISTÓRIA - A GUERRA DO PARAGUAI - A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul.

António Garrochinho
No dia 18 de setembro de 1865, ocorre a rendição do Paraguai, depois do cerco de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. É um bom momento para lembrarmos daquele que é considerada o maior conflito armado da América do Sul. Muitos historiadores consideram que esta guerra foi um grande golpe na tentativa do Paraguai se tornar uma grande potência latino-americana. Conheça 20 curiosidades sobre a Guerra do Paraguai.
A guerra ocorreu no século XIX, mais especificamente durante o Segundo Reinado, considerando a situação política brasileira. Para compreender o contexto em que a guerra ocorreu, assim como os seus desdobramentos na sociedade e política brasileiras, leia o resumo sobre o Política no Segundo Reinado.
Batalha do Avaí
– A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul. A guerra foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.
– O conflito iniciou-se com a invasão da província brasileira de Mato Grosso pelo exército do Paraguai, sob ordens do presidente Francisco Solano López. O ataque paraguaio ocorreu após uma intervenção armada do Brasil no Uruguai, em 1863.
– Foi o último de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questão do Prata, em que o Brasil lutou, no século XIX, pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina, o segundo a Guerra do Prata, e o terceiro a Guerra do Uruguai.
– Em represália à intervenção no Uruguai, Solano López ordenou que fosse apreendido o navio brasileiro Marquês de Olinda. No dia seguinte, o navio a vapor paraguaio Tacuari apresou o navio brasileiro, que subia o rio Paraguai rumo à então Província de Mato Grosso.
– A derrota do Paraguai marcou uma reviravolta decisiva na história do Paraguai, tornando-o um dos países mais atrasados da América do Sul, devido a diminuição da sua população, ocupação militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenização de guerra, entre outros motivos.
Corpo de Voluntários da Pátria
– Em 7 de janeiro de 1865, são criados os corpos de Voluntários da Pátria, que pretendiam incentivar o alistamento de civis por ideais patrióticos. No começo até que dá certo, mas logo a empolgação passa, e o trabalho de alistamento se torna cada dia mais complicado.
– Os “voluntários” começam então a ser recrutados na marra. Cada qual dava seu jeito para escapar da guerra. Uns doavam dinheiro e empregados, outros tramavam para que inimigos políticos fossem no seu lugar. Havia até quem oferecesse familiares: sobrinhos, irmãos, filhos…
– A prática mais comum, no entanto, era a aquisição de escravos para substituir o convocado. Até o governo passou a comprar negros para as batalhas. “Forças e mais forças a Caxias. Apresse a medida de compra de escravos e todos os que possam aumentar o nosso Exército”, escreveu dom Pedro II ao ministro da Guerra.
– Estima-se que mais de 20 mil escravos tenham lutado na guerra. O número representa cerca de 16% dos soldados brasileiros. Como é de se imaginar, eram tratados como inferiores pelos companheiros. Muitos trabalhavam como criados dos soldados brancos.
– A ordem do dia para a Batalha de Tuiuti, uma das mais importantes da guerra, determinava: todos os batalhões deveriam estar a postos, inclusive “os bagageiros e camaradas (criados) dos senhores oficiais”. Era uma clara referência aos escravos que estavam na guerra.
Resultado de imagem para FACTOS HISTÓRICOS, CURIOSIDADES DA HISTORIA MUNDIAL

– O Paraguai sofreu grande redução em sua população. A guerra acentuou um desequilíbrio entre a quantidade de homens. Algumas fontes citam que 75% da população teria perecido ao final da Guerra. Estimativas atuais, contudo, fixam o percentual de perdas de vidas entre 15% e 20% da população.
– Dos cerca de 160 mil brasileiros que combateram na guerra, as melhores estimativas apontam cerca de 50 mil óbitos e outros mil inválidos. Outros ainda estimam que o número total de combatentes pode ter chegado a 400 mil, com 60 mil mortos em combate ou por doenças.
– As forças uruguaias contaram com quase 5.600 homens, dos quais pouco mais de 3.100 morreram durante a guerra devido às batalhas ou por doenças. Já a Argentina perdeu cerca de 18 mil combatentes dentre os quase 30 mil envolvidos. Outros 12 mil civis morreram devido principalmente a doenças.
– As altas taxas de mortalidade na guerra não foram decorrentes somente por conta dos encontros armados. Entre os brasileiros, pelo menos metade das mortes tiveram como causa doenças típicas de situações de guerra do século XIX. A principal causa mortis durante a guerra parece ter sido o cólera.
– Não houve um tratado de paz em conjunto. Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de imediato. As negociações foram interrompidas pela recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia.
Retorno do Exército
– As aldeias paraguaias destruídas pela guerra foram abandonadas e os camponeses sobreviventes migraram para os arredores de Assunção, dedicando-se à agricultura de subsistência na região central do país. As terras das outras regiões foram vendidas a estrangeiros, principalmente argentinos, e transformadas em latifúndios.
– O mercado paraguaio abriu-se para os produtos ingleses e o país viu-se forçado a contrair seu primeiro empréstimo no exterior: um milhão de libras da Inglaterra, que se pode considerar a potência mais beneficiada por esta guerra.
– Depois da guerra, boa parte das melhores terras do Paraguai foi anexada pelos vencedores. O Brasil ficou com a região entre os rios Apa e Branco, aumentando para o sul o estado do Mato Grosso. A Argentina anexou o território das Missões e a área conhecida como Chaco Central.
– O Brasil, que sustentou praticamente sozinho a guerra, pagou um preço alto pela vitória. Durante os cinco anos de lutas, as despesas do Império chegaram ao dobro de sua receita, provocando uma crise financeira. A escravidão passou a ser questionada, pois os escravos que lutaram pelo Brasil permaneceram escravos.
– O Exército Brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, acabou ganhando tradição e força interna e representaria um papel significativo no desenvolvimento posterior da história do país.


www.historiadigital.org
03
Jan18

FACTOS E CURIOSIDADES SOBRE A COREIA DO SUL

António Garrochinho

Na Coreia, as pessoas já nascem com um ano de idade, as lojas ficam abertas até 4 horas da manhã e apenas 3,2% da população estão acima do peso
42 fatos e curiosidades sobre a Coreia do Sul


1. A maioria dos restaurantes da Coreia do Sul tem delivery, insluive o McDonald’s.

2. Os sul-coreanos são obcecados por, bem... fezes! Eles têm chaveiros, pingentes, e outros badulaques no formato de cocô e até um museu e um café temático – o Ddong Café, que serve suas bebidas e comidas em pequenas privadas. As fezes são um símbolo de fortuna e sorte no país!


3. Na Coreia do Sul, considera-se que os bebês têm um ano de idade no nascimento. Por isso, os coreanos já nascem mais velhos do que no resto do mundo!

4. Apenas 3,2% dos sul-coreanos estão acima do peso.

5. Na Coreia do Sul é normal homens passarem maquiagem – 20% da população masculina usam abertamente esse tipo de cosmético.

6. Quando um nome coreano é escrito em tinta vermelha, acredita-se que a pessoa está prestes a morrer ou já morta. A cor é associada à morte e a tradição vem dos nomes escritos em vermelho para indicar as pessoas falecidas nos registros das famílias.

7. Na Coreia, existe a prática da “recriação do crime”. Os suspeitos de crimes como estupro e assassinato são levados pela polícia algemados até a cena do crime e ordenados a reencená-lo publicamente. Para humilhar ainda mais o suspeito, a mídia é convocada para acompanhar a reencenação.

8. O microship dos iPhones da Apple é produzido pela empresa sul-coreana Samsung.

9. O vídeo da música Gangnsm Style do artista sul-coreano Psy foi visto quase 3 bilhões de vezes no YouTube desde 2011. Gangnam é um distrito de Seul, a capital do país.

10. A Coreia do Sul é a capital mundial da cirurgia plástica! Estima-se que aproximadamente uma entre cinco mulheres do país já passou por cirurgias estéticas.

11. Na Coreia, é comum participar de “encontros às escuras” em grupos como uma forma de conhecer pessoas novas.

12. A média de horas de sono em Seul é uma das menores entre todas as capitais do mundo (empatada com a de Tóquio): 6 horas por noite.

13. A Coreia do Sul tem a internet wi-fi mais rápida do mundo, com uma média de download de 33,5 megabits por segundo.

14. Em 2012, a cidade de Pohang, na Coreia do Sul, inaugurou a primeira prisão do mundo com guardas-robôs.

15. Os sul-coreanos amam fazer compras. O país tem alguns dos maiores shoppings do mundo e as lojas ficam abertas até às 4h da manhã – restaurantes, bares e cafés costumam fechar às 23h.

16. A batata doce é muito usada na culinária sul-coreana, aparecendo em pratos do café da manhã, pães, saladas, sobremesas e até na pizza.

17. É muito comum que as garotas recebam uma cirurgia plástica nos olhos de presente de aniversário de 16 anos para ter uma aparência mais parecida com a ocidental.

18. O kimchi é um dos pratos nacionais mais tradicionais da Coreia do Sul, uma combinação de vegetais e temperos fermentados no subsolo por meses e servidos com quase tudo. Há aproximadamente 250 tipos de kimchi diferentes.


19. Há centenas de anos os coreanos estão acostumados a comer carne de cachorro – inclusive uma sopa chamada de “sopa revigorante”. Há uma raça de cães no país, a nureongi, que é criada especialmente para o consumo. Mas há quem tenha cachorro como animal de estimação no país.

20. Ser jogador do game StarCraft é uma profissão legítima na Coreia do Sul.

21. A Agência de Informações Nacionais da Coreia do Sul acredita que 14% das crianças entre nove e 12 anos são viciadas em internet.

22. Os motéis são muito populares na Coreia do Sul, com quartos pequenos e temáticos. Eles são tão baratos, limpos e seguros, que os turistas às vezes preferem ficar hospedados neles ao invés de hotéis.

23. Os coreanos têm “aquecedores de chãos” chamados ondol (“pedra quente”). Mais de 90% das casas do país tem esse tipo de sistema, que faz o calor passar por canos embaixo do chão.

24. A Coreia do Sul tem uma lei que exige o uso do Internet Explorer para todas as compras e transações bancárias online no país.

25. Na Coreia do Sul, há dois tipos de casamento: yonae, o casamento por amor, e chungmae, o casamento arranjado. Os adultos que não se casam são chamados de “big baby”.

26. A Coreia produz mais de 90% da alga marinha consumida no mundo,

27. Desde 2011, os sul-coreanos são os que mais fazem uso do cartão de crédito no mundo.

28. A rosa de Sharon é a flor nacional da Coreia. Ela é um tipo de hibisco e um símbolo das glórias e adversidades do passado do país.

29. Quem completa 60 anos no país recebe uma festona de aniversário chamada hwangap, uma tradição que teve início em que poucas pessoas conseguiam chegar nesta idade.

30. A Coreia do Sul foi o primeiro país a construir um laboratório astronômico no mundo, o Cheomseongdae Observatory, durante os anos 600.

31. O taekwondo é um esporte coreano e significa, literalmente, “o caminho dos pés e das mãos”.

32. Os sul-coreanos estão entre os que mais consomem bebidas alcoólicas no mundo. Eles têm um licor de arroz muito famoso e tradicional, chamado Jinro Soju.


33. Mais de 20% dos sul-coreanos tem o sobrenome Kim.

34. O dia 14 de cada mês tem sempre alguma comemoração romântica, como o Kiss Day (Dia do Beijo) em junho e o Hug Day (Dia do Abraço). No 14 de fevereiro, conhecido pelo mundo como Valentine’s Day, as mulheres que presenteiam seus namorados e maridos. Já no dia14 de março, conhecido como Dia Branco, os homens presenteiam as mulheres, mas precisam gastar o trilho nos agrados!

35. O tigre e o coelho são importantes símbolos folclóricos na Coreia.

36. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) declarou que a Coreia do Sul é o país com o maior QI nacional do mundo.

37. Os sul-coreanos trabalham em média 55 horas por semana.

38. Quando vão tirar fotos, os coreanos dizem kimchi (o prato tradicional no item 18 desta lista).

39. Até 2013, 78,5% da população sul-coreana tinham celulares – a maior porcentagem do mundo.

40. Por 62 anos o adultério foi considerado ilegal no país, com pena de dois anos na prisão.

41. Os coreanos acreditam na influência do tipo sanguíneo na personalidade das pessoas.

42. Pessoas com o mesmo sobrenome não podem se casar.


www.hotcourses.com.br
03
Jan18

SABIA QUE....

António Garrochinho


Estados Unidos, 1930.
Empresas de farinha alimentar descobriram que muitas mães pobres utilizavam sacos de farinha para fazer roupas para seus filhos.
Então essas empresas começaram a vender farinha em diferentes sacos decorativos coloridos para a confecção de vestimenta..

03
Jan18

SAIBA O QUE FOI A REPÚBLICA DE WEIMAR

António Garrochinho





Paul von Hindenburg foi um dos chefes de Estado da República de Weimar

Paul von Hindenburg foi um dos chefes de Estado
É sabido que a grande potência econômica e militar que se destacou no início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em virtude de seu exército moderno, ágil e destruidor, foi o Império Alemão. Contudo, também é sabido que essa mesma potência acabou por ser derrotada e humilhada pelos países vencedores, ao fim da guerra, com a série de sanções que lhe foi imposta com o Tratado de Versalhes. Pois bem, o Império Alemão, depois de 1918, entrou em colapso. Em seu lugar foi erguida uma nova forma de governo, que tinha por missão não apenas a recuperação econômica, mas também a recuperação do prestígio do povo alemão. Esse governo assumiu a forma republicana e ficou conhecido como República de Weimar, durando de 1919 a 1934.
A história da República de Weimar começou com a realização de uma assembleia constituinte na cidade de Weimar, Alemanha, que teve início no dia 6 de fevereiro de 1919. Entre as decisões acordadas na Constituição de Weimar estava a definição do funcionamento da república. O modelo seria bicameral, isto é, teria duas casas legislativas, o Reichstag (o Parlamento) e o Reichsrat (a Assembleia). Haveria também dois chefes da república, um chefe de governo, o chanceler, responsável pela administração geral, e o chefe de Estado, o presidente, responsável pelas questões de Estado: como diplomacia, forças armadas etc.
O primeiro presidente eleito foi Friedrich Ebert, político social-democrata ligado à tradição socialista alemã. Antes mesmo que Ebert começasse seu governo, no momento mesmo em que a República estava sendo montada, a Alemanha passou por uma turbulência política provocada pela revolta espartaquista, ou Revolução Alemã (1918-1919), um levante comunista  liderado por personalidades como Rosa Luxemburgo, que pretendia executar na Alemanha o que os bolcheviques haviam feito na Rússia – ainda que com outros métodos. Entretanto, o levante espartaquista, que usava esse nome como referência à revolta dos gladiadores romanos comandados por Espartacus, foi debelado e a república continuou o seu caminho.
Friedrich Ebert foi o primeiro presidente eleito na República de Weimar
Friedrich Ebert foi o primeiro presidente eleito na República de Weimar 
Contudo, as dificuldades eram enormes, e a animosidade entre os grupos políticos rivais era tremenda. Foi nessa época que os comunistas alemães conseguiram enorme projeção política, ao passo que também movimentos nacionalistas, vindos da tradição socialista, começaram a ganhar projeção, como foi o caso do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o NAZI, que deu origem ao movimento nazista, que passaria a ser articulado por Adolf Hitler a partir de 1921.
A partir de 1923, a economia alemã ainda viveu um período de relativa estabilidade com o chanceler Gustav Stresemann à frente da administração. Esse controle relativo prosseguiu com o chanceler Heinrich Brüning. Todavia, em 1925, o presidente Ebert morreu, e o novo eleito para o cargo foi o herói de guerra Marechal von Hindenburg, que foi reeleito em 1931. Hindenburg e seu primeiro chanceler, Franz von Papen, não conseguiram manter a estabilidade econômica anterior, sobretudo em virtude da Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e do colapso financeiro internacional dela derivado.
Essa situação levou à ascensão política do partido nazista, que prometia a ruptura com todas as sanções impostas pelo Tratado de Versalhes, a remilitarização da Alemanha e a recuperação do antigo prestígio da época do Reich. O prestígio social que Hitler possuía no início dos anos 1930 fez com que Hindenburg nomeasse-o chanceler em lugar de Papen. Com a morte do presidente marechal em 1934, Hitler tomou para si também os poderes de chefe de Estado, tornado-se senhor das forças armadas da Alemanha e levando o país às malhas do totalitarismo do III Reich, pondo fim à República de Weimar, fato que culminou na Segunda Guerra Mundial.


historiadomundo.uol.com.br
03
Jan18

ANOS 60 - SAIBA O QUE É A CONTRACULTURA

António Garrochinho




O que é contracultura, origem, princípios principais, movimento beatnik, crítica social e cultural



Introdução


Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais.



De um modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas décadas de 1960 e 1970:



- valorização da natureza;


- vida comunitária;


- luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão);


- vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;


- respeito às minorias raciais e culturais;


- experiência com drogas psicodélicas,


- liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos,


- anticonsumismo


- aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente do budismo;


- crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão;


- discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado.



Os precursores da revolução contracultural foram os chamados beatniks, cuja característica mais importante foi o inconformismo com a realidade do começo da década de 1960. Os líderes do movimento beatnik, que serviu de base para o movimento hippie, foram Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs.



Na segunda metade dos anos 60, Ken Kesey, Alan Watts, Timothy Leary e Norman Brown criaram a teoria e práxis contracultural, ganhando destaque e transformando-se nas lideranças do movimento.



Com relação ao mundo musical, podemos citar a cantora Janis Joplin como o símbolo deste movimento na década de 1960. As letras de suas canções e seu estilo fugiam do convencional, criticando, muitas vezes, o padrão musical estabelecido pela cultura de massa. Os músicos Jim Morrison e Jimi Rendrix também se encaixam neste contexto cultural.



Atualmente a contracultura ainda vive, porém esta preservada em pequenos grupos sociais e artísticos que contestam alguns parâmetros estabelecidos pelo mercado cultural, governos e movimentos tradicionalistas.




www.suapesquisa.com
03
Jan18

AINDA O WOODSTOCK

António Garrochinho

1. Mal sabiam os moradores de Bethel que a pequena cidade, em 1969, seria palco do festival de música mais épico do século 20 

(Reprodução/Wikimedia Commons)

2. O evento foi organizado com a intenção de afirmar a cultura hippie, pregar a paz e o amor e protestar contra a Guerra do Vietname, que já se arrastava havia 10 anos

(Reprodução/Taringa)

3. Mas aqueles dias de verão entrariam para história, sobretudo, por fazerem a música virar um instrumento de contestação e ferramenta para mudanças sociais e políticas

(Reprodução/So Bad So Good)

4. Estima-se que 400 mil pessoas foram até o lugar do evento — 7 vezes mais do que a previsão inicial

(Reprodução/So Bad So Good)

5. Apenas para efeito de comparação: a cidade de Bethel — localizada a cerca de 150 km de Nova York —, na ocasião, tinha apenas 2,3 mil habitantes

(Reprodução/So Bad So Good)

6. O percurso de Manhattan até o lugar, que era de 2 horas, chegou a durar 8 horas

(Reprodução/All That Is Interesting)

7. Entre as 32 atrações do festival estavam Janis Joplin, Joan Baez, Carlos Santana, Creedence Clearwater Revival, The Who e Jimi Hendrix

(Reprodução/All That Is Interesting)

8. Uma tempestade torrencial arruinou o relvado natural que cobria o local e piscinas de lama acabaram sendo formadas

(Reprodução/Historical Times)

9. Mas, como você pode ver, isso não afetou nem um pouco a empolgação das pessoas, que, inclusive, se lambuzavam nela sem o menor problema 

(Reprodução/So Bad So Good)

10. Houve três mortes: uma por apendicite, outra decorrente de um atropelamento e a terceira por ingestão excessiva de heroína

(Reprodução/So Bad So Good)

11. Foram vendidos 180 mil ingressos, só que, ao verem o fluxo intenso de pessoas que chegava à fazenda, os organizadores resolveram torná-lo gratuito

(Reprodução/So Bad So Good)

12. Transformado em filme posteriormente, o festival conseguiu saldar rapidamente os prejuízos que deixou

(Reprodução/Giphy)

13. Quem foi a Woodstock experimentou drogas, sexo, a textura da lama, a falta de estrutura num megaevento e a indescritível sensação de ter feito parte de um momento histórico

(Reprodução/All That Is Interesting)
www.megacurioso.com.br
03
Jan18

MARCELO E O INTESTINO

António Garrochinho
1979
MARCELO REBELO DE SOUSA ENTÃO DEPUTADO DO PPD À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA VOTAVA CONTRA A LEI DE BASES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE QUE DARIA LUGAR À LEI 56/79 QUE DARIA LUGAR AO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE.
2018
HÁ DIAS DEPOIS DE SER OPERADO AO INTESTINO GROSSO, O ÚNICO QUE TEM, FAZIA ESTAS AFIRMAÇÕES:
Marcelo Rebelo de Sousa recebeu alta este domingo, depois de ter sido operado a uma hérnia umbilical, na passada quinta-feira, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. À saída do hospital, o Presidente da República agradeceu a toda a equipa da unidade de saúde que o acompanhou nos últimos dias e revelou estar feliz por ter escolhido o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para realizar a cirurgia.
03
Jan18

DE PAPELÃO E AO TAMANHO NATURAL

António Garrochinho
Warren King começou a esculpir com papelão como uma tentativa de adicionar fantasia à vida de seus filhos, criativamente criando máscaras e capacetes do material reciclável. Isso evoluiu lentamente para uma prática artística mais elaborada, de acordo com a menor concentração de Warren em fantasias e maior em fazer grandes esculturas próprias, sobretudo depois que uma visita que o nova-iorquino fez à aldeia de seus avós em Shaoxing, na China.

01
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 01
Foi quando o artista se sentiu compelido a se conectar mais profundamente com seu passado cultural. Isso despertou "Grandfather's Friend" e "Arrival Times", séries de recreações em papelão de tamanho natural de seus antepassados.

- "Durante a minha primeira visita à China há cerca de 7 anos, visitei a vila e falei com residentes que realmente se lembraram de meus avós há mais de 50 anos", disse Warren. - "Foi uma experiência fundamental para mim, uma que me inspirou ao mundo artístico. Através do meu trabalho, estou tentando entender as frágeis conexões com as pessoas e a cultura e examinar se essas conexões, uma vez quebradas, podem ser restauradas."

As esculturas de papelão serão exibidas na exposição Arte da Ásia no Centro de Belas Artes da Península de 2 de fevereiro a 28 de março de 2018. Você pode ver mais do trabalho de Warren King em seu Instagram e Flickr.
01
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 01

02
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 02

03
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 03

04
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 04

05
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 05

06
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 06

07
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 07

08
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 08

09
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 09

10
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 10

11
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 11

12
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 12

13
As belas esculturas de papelão de tamanho natural de aldeões chineses 13



www.mdig.com.br
03
Jan18

SER HONESTO AINDA TEM ALGUMAS VANTAGENS: A CONCORRÊNCIA É ESCASSA E DIMINUTA

António Garrochinho
Marco Baptista, que foi candidato nas autárquicas de outubro à Câmara da Covilhã, está desaparecido há dois meses. Era consultor da Rede de Judiarias de Portugal, que o acusa de desvio de dinheiro. Caso já foi notícia em Israel
Na última vez em que Marco Baptista foi visto em público estava na mó de baixo. Naquela noite de 3 de novembro, na sede do PSD na Covilhã, anunciou que ia sair da liderança e já não se candidatava às próximas legislativas, depois de no mês anterior ter sofrido uma derrota pesada nas autárquicas, com apenas 7,37% dos votos, arredando o partido da vereação camarária. “Ele fez a intervenção inicial e depois foi-se embora mas não estava especialmente nervoso. Parecia normal”, conta um responsável do PSD.
Desde essa sexta-feira de novembro que está desaparecido de circulação e várias fontes contactadas dentro do partido não sabem se estará vivo ou morto. “Não ligou à família nem sequer no Natal, o que não deixa de ser muito estranho”, garante uma fonte próxima do empresário e político social-democrata.
Foto de António Garrochinho.

03
Jan18

O que é o Estado?

António Garrochinho


É a organização pública sustentada pelos contribuintes, cujos dinheiros são limitados.
Já tenho dito que o Estado está bem organizado para situações normais em que a produtividade do trabalho diário é suficiente.
Mas, os contribuintes não possuem meios financeiros para sustentar uma grande retaguarda para situações excepcionais, muitas delas criadas por alguns privados.
Veja-se o caso dos milhões de contos que muita gente tinha e que esperou 16 ANOS para ir ao Banco de Portugal trocar por euros no último dia.. Vimos na televisão gente irritada com a enorme fila de espera, como se o BP tivesse que ter um número adicional de caixas para trocar no último dia de 16 anos.
O mesmo acontece com impostos que muita gente quer pagar no último dia e entope sistemas informáticos e balcões das secções de Finanças.
E o caso dos INCENDIÁRIOS pagos por MANDANTES que, aparentemente, a Justiça não quer conhecer.
O Estado não possui um exército de reserva para vigiar as florestas nem um serviço de bombeiros adicional para os dois a três meses de verão e que durante nove meses do ano não fazem nada, tal como não possui agora maternidades em que nem uma criança chega a nascer por semana ou escolas com menos de 10 alunos e, por vezes, um por ano de escolaridade.
O Estado, dizem, abandona o interior, mas, nós, os contribuintes, não temos dinheiro para sustentar um segundo Estado de funcionários apenas para que haja mais gente no interior. O Estado sai em último lugar depois daqueles que podiam ser os fornecedores dos Continentes, Pingo Doce, etc. terem deixado a agricultura porque os grandes milionários não pagam o seu trabalho de modo a terem as contas equilibradas.
A falta desse Estado de Reserva é criticado pelo presidente Marcelo e é referida pela Cristas e gente do PPD como “colapso do Estado”.
Mas, se a Justiça não colaborar, vai ter de haver uma imensa Guarda Florestal já constituída e que recebeu recentemente quase uma centenas de viaturas especiais novas para patrulharem a floresta e que terão de multar todos os proprietários de casas e terrenos e concessionários de estradas que não respeitem a lei. Só assim, o custo desta Guarda não será exorbitante.
Sim, espero que nem Marcelo nem a Oposição estejam à espera que essa Guarda seja gratuita.
Sim, senhor Presidente, podem oferecer-lhe um pastel de nata ou um rissol de camarão, mas ninguém vai oferecer ao Estado uma grande Guarda Florestal nem mais unidades de bombeiros sapadores, principalmente agora que os bombeiros voluntários estão a sair dessa atividade porque V. Exa, a Justiça e a Oposição os tratou tão mal e até querem levá-los a Tribunal por não terem apagado os quase 300 fogos por dia que os INCENDIÁRIOS atearam no verão do ano passado.
O Senhor Presidente da República deve ser mais JURISTA e considerar em primeiro lugar aqueles, os INCENDIÁRIOS, que atearam os FOGOS e só depois o pessoal do INEM, da PROTEÇÂO CIVIL e dos BOMBEIROS que não atearam nenhum fogo e chegaram a trabalhar 72 horas seguidas, descansando extenuados um pouco tempo deitados no meio das estradas.
V. Exa Sr. Presidente não estudou química, mas não é preciso ter frequentado a Faculdade de Ciências para saber que NADA ARDE por ignição expontânea. Não são os eucaliptos que ardem, mas sim os garrafões de gasolina que foram postos nas suas imediações.

Dieter Dillinger, in Facebook,

03
Jan18

SIM… FOMOS ROUBADOS!

António Garrochinho



Quando um dia destes ficar claro para toda a gente que o propalado “plano de reestruturação” dos CTT não passa de uma vigarice destinada a cortar serviços, despedir trabalhadores, fechar postos de correios para vender imóveis e encher os bolsos aos grandes accionistas com dinheiro “roubado” ao património que levou décadas a construir com dinheiros públicos… já será tarde.
O serviço de correios estará destruído e o património delapidado.
Confirmar-se-á que fomos roubados.
Os ladrões já se terão abotoado com o saque… e mesmo que o Estado resolva - como deveria! - reverter a vergonha da privatização dos CTT e acabar com a fantasia do Banco (sempre às moscas)… a despesa que terá que fazer será gigantesca.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •