Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

11
Jan18

A PISTOLA KOLIBRI

António Garrochinho

A PISTOLA KOLIBRI E O PAI DAS ARMAS DE FOGO EM MINIATURA



Fotografia cedida por colecionador do Estado de São Paulo. Imagem protegida por lei. Vedado sua reprodução.
É impossível se falar na Pistola Kolibri, mais conhecida como “Kolibri Pistol” sem contar um breve relato sobre a vida de Franz Pfannl, nascido em 15 de Outubro de 1866 em Stein an der Donau, Áustria.
Considerado o pai das armas em miniatura Franz Pfannl exercia a profissão de relojoeiro, tendo herdado o gosto pelas pequenas peças de seu pai Ferdinand Steiner Pfannl que também exercia essa profissão.
Já na década de 1890 encerrou sua atividade principal como relojoeiro e passou a concentrar-se na feitura de pequenas armas em miniatura como rifles Berloque em 2mm, algo em moda no final do século XIX. Foi nessa época que mentes profusas abriam caminho para o aparecimento de calibres pequenos como 25 ACP, 32 ACP dentre outros.
O inventor da Kolibri, antes de mais nada, era alguém a frente de seu tempo e um verdadeiro artista. Talvez a sociedade da época não reconhecesse esse trabalho, mas logo o tempo se encarregaria de expor sua incomparável obra prima: a Kolibri Pistol, conhecida como pistola beija-flor, cujo calibre de 2,7 milímetros seria o menor do mundo a ser disparado em uma pistola semiautomática até os dias atuais.
Já na década de 1890, Franz e seu amigo George Grabner aliaram-se para elaborar armas em miniatura destinadas à defesa de mulheres, que não queriam portar armas convencionais. Grabner possuía os meios econômicos de que Franz tanto necessitava para sua empreitada, já que seu amigo possuía uma fábrica de fundição em Krems. Tornaram-se parceiros econômicos nessa atividade.
Embora Grabner tenha prestado condições financeiras para a elaboração de muitas armas em miniatura, não teve ele qualquer participação na elaboração de projetos das pequenas peças, tampouco no design. A primeira patente de Pfannl data de 24 de julho de 1899.
Algumas dessas pistolas foram verdadeiras jóias, trabalhadas em ouro e prata. Muitas poderiam ser usadas como pingente. A grande maioria, mesmo sem adornos é considerada hoje como relíquia e expoentes de tecnologia cirúrgica para a época.










No início do Século XX, Franz Pfannl desenvolveu a pistola Kolibri, uma pistola semiautomática que dispararia um projétil de 2,7 milímetros de fogo central. Seria a menor munição de fogo central do mundo. Sua invenção foi patenteada em 1910 e produzida até o início da Primeira Guerra Mundial em 1914.
Muito embora Franz tenha produzido armas em miniatura antes e depois da invenção da pistola Kolibri, esta foi sua obra prima. O mais interessante fato é que as pistolas Kolibri foram produzidas com o intuito de servir como arma de defesa pessoal. Entretanto, seu cartucho minúsculo de incríveis 5,3 gramas seria considerado mais uma dissuasão do que efeito securitário. Segundo https://en.wikipedia.org/wiki/2mm_Kolibri:

“O cartucho pesa 5,3 gramas (82 grãos), mede 3 milímetros (0,12 pol.) No seu ponto mais largo e 11 mm (0,43 pol.) Da base do iniciador para a ponta da bala. O cartucho é encurralado na boca do gabinete. A bala em si mata 0,2 g (3 grãos), e estima-se que tenha uma velocidade normal do focinho de 200 metros por segundo (660 pés / s), resultando em uma energia de foca de 4.0J (3 ft-lbs).”

Essas pistolas foram produzidas de 1910 a 1914 e estima-se que sua produção não tenha chegado a 1000 unidades, o que as tornam extremamente colecionáveis. Embora tenha sido concebida para defesa pessoal  –  seu cartucho minúsculo e tamanho diminuto, prejudicavam o recarregamento (quando necessário). Ora! se já não é tarefa muito agradável municiar o pente de uma pistola normal, imagine municiar o pente da Kolibri. Portanto, tais pistolas eram adquiridas mais pela beleza de suas silhuetas e pelo excepcional trabalho de um homem acostumado a lidar com peças pequenas do que para o fim originariamente proposto.
Receber um disparo de Kolibri 2,7 mm seria muito menos doloroso e realmente muito menos perigoso do que receber disparos da grande maioria de “espingardinhas de pressão” fabricadas atualmente. Alias, muitas armas de pressão hoje causariam mais estrago do que o referido calibre.
Um ponto que merece destaque é o fato de que o interior do cano da Kolibri não possui raias. As estrias ou raias consistem nas ranhuras helicoidais no interior do cano, as quais permitem que o projétil percorra seu eixo em rotação para estabilizar o percurso a ser transcorrido pela bala, conferindo-lhe precisão entre a boca do cano e o alvo. Inexistia qualquer capacidade tecnológica, mesmo hoje diante de inúmeros aparatos, para imprimir raiamento em um cano tão pequeno. Assim, o disparo da Kolibri é impreciso a poucos metros e deveria ser usado para atirar a queima-roupa.

CURTA PRODUÇÃO


A produção de apenas 1000 pistolas entre os anos 1910 e 1914 pelo relojoeiro austríaco é icônica. No início da Primeira Guerra Mundial sua produção foi interrompida diante da brusca mudança no cenário econômico na região.
O que confere fama à pistola Kolibri não é apenas o diminuto tamanho de seu corpo ou calibre, mas sim o fato de que seu sistema é o mesmo utilizado em pistolas maiores (e modernas) como calibre 7,65 ou 32 ACP. Opera sob o mesmo processo de retrocesso simples da grande maioria das pistolas de fogo de hoje.
Também confere valor exacerbado como peça comercial entre colecionadores devido ao fato de que a grande maioria dessas pistolas foram capturadas como souvenir durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, muitas das quais perdidas ao longo do tempo, o que a torna item raro de coleção. Pesquisas mais aprofundada em sítios eletrônicos apontam para algo em torno de 200 pistolas kolibris 2,7mm existentes no mundo.


VERIFICAÇÃO DE OBSOLESCÊNCIA DA KOLIBRI PISTOL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA


A pistola Kolibri deve, necessariamente, ser considerada arma obsoleta, já que contém todos os atributos legais para essa conceituação, o que a torna peça de militaria que dispensa registro nos órgãos competentes como SINARM e SIGMA. 

CONCEITO DE OBSOLESCÊNCIA DA KOLIBRI


Para conceituar como obsoleta uma arma de fogo deve-se levar em consideração alguns critérios legais.
O fato da arma disparar pouco importa para verificação do critério de obsolescência. O que se deve verificar é se a munição utilizada pela arma não mais é fabricada comercialmente. A Kolibri, neste quesito, supera qualquer arma de fogo existente no mundo, já que mais raro deparar-se com a munição da Kolibri do que ela própria.
Na legislação anterior havia a exigência de que a arma, para ser considerada obsoleta, deveria possuir mais de 100 anos e ineficácia para o disparo, além de não possuir munição produzida comercialmente.
Com a revogação do Decreto n. 2.222/97, o conceito de obsolescência foi arrefecido e determinado como aquela “que não se presta mais ao uso normal, devido a sua munição e elementos de munição não serem mais fabricados, ou por ser ela própria de fabricação muito antiga ou de modelo muito antigo e fora de uso…”.
Portanto, temos que inexiste atualmente o conceito de arma obsoleta como outrora ventilado no Decreto n. 2.222/97, bastando que a arma seja muito antiga ou de modelo muito antigo e fora de uso e sua munição e elementos de munição não sejam fabricados, como é o caso da pistola Kolibri.

CURIOSIDADES


Embora minúsculo e extremamente fraco, ainda se deve ter cautela com a Kolibri. Ao disparar o minúsculo projétil de 3 grãos, devido seu peso muito baixo, lança-o a mais de 600 pés por segundo podendo ocasionar ferimentos severos nos olhos e regiões mais sensíveis. Entretanto seria incapaz de perfurar altas densidades de roupas, gordura e músculo até atingir um órgão vital.
A venda dessas pistolas não seguiu o controle de série e documentos exigidos para outras armas, o que dificulta até os dias de hoje saber quantas dessas pistolas foram compradas antes do início da Primeira Guerra Mundial. Estima-se apenas a feitura de menos de 1000 unidades.
Acontece que a Europa viveu duas grandes guerras, principalmente na região da Alemanha e Áustria, onde essas pistolas proliferavam. Tanto a Primeira Guerra quanto a Segunda proporcionaram a quase destruição dessas pistolas, já que elas tornaram-se souvenir de guerra entre os soldados que compunham os aliados, contribuindo para sua quase aniquilação. Pesquisas recentes em sítios eletrônicos apontam para uma taxa de pistolas Kolibri em torno de 200 unidades no mundo.
Após a Primeira Guerra Mundial Franz Pfannl projetou outras micro pistolas em calibres 3mm e 4,25mm, mas nenhumas delas se compararia à sua obra prima Pré-Primeira Guerra.
Atualmente as pistolas 2,7mm Kolibri são itens raros de coleção. Sua quase total destruição por meio de sucessivas apropriações durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial elevaram consideravelmente seus preços. Hoje uma pistola Kolibri em estado razoável no mercado Norte Americano alcançaria facilmente cifras que girariam em torno de U$5.000,00 a U$7.000,00 dólares, mais de R$20.000,00 reais.
Mais raro que a própria arma seria encontrar munições dessa pistola (o que a torna arma obsoleta). Foram projetadas especificamente para uso na Kolibri, já que nenhuma outra arma do mundo as utilizaria. Com a interrupção de sua produção em 1914 a munição não mais foi fabricada comercialmente. Assim, as poucas pistolas kolibri, em sua grande maioria, não contém os minúsculos cartuchos, sendo raro colecionadores que possuem mais de 2 ou 3 cartuchos para ostentar em conjunto com a pistola. Abaixo, temos a imagem cedida por colecionador do Estado de São Paulo, onde se pode notar duas caixas originais da munição 2,7mm do início do século XX, uma verdadeira raridade no mundo dos colecionadores.

Mais rara do que a própria Kolibri são as munições. Acima, cortesia de colecionador do Estado de São Paulo, que além da pequena pistola possui duas caixas originais. Uma raridade!!!

Os colecionadores de armas de fogo dos EUA abrigam a maioria dos poucos remanescentes Kolibri 2,7mm. Franz Pfannl fabricou a Kolibri somente entre 1910 e 1914. Após o término da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918, passou a produzir outras armas em miniatura, inclusive pistolas quase idênticas à Kolibri. Entretanto, nenhuma dessas armas, como pequenos rifles berloque, garruchas, revólveres e pistolas angariariam valor colecionável como o da pequena Kolibri pré-guerra (WWI). Portanto, não se deve confundir o nível de raridade dos inúmeros outros modelos de mini armas confeccionadas por Pfannl, com a primordial Kolibri. Vejamos alguns modelos de armas de Pfannl menos valiosas no livro The Tiniest Guns de Bob Urso:
A pistola Kolibri até hoje segue sendo a menor pistola semiautomática de fogo circular do mundo.
No final do século XIX, portanto, antes da produção das pistolas Kolibri, Franz começou a produzir rifles 2mm de um único tiro. Embora essa arma disparasse o minúsculo calibre 2mm e fosse extremamente curiosa para a época, não poderia ser equiparado à tecnologia cirúrgica das pistolas Kolibri, que revolucionariam o conceito de arma em miniatura ao permitir o disparo semiautomático. Entretanto, foi na década de 1910 que produziu seu mais célebre trabalho.
Após a Primeira Guerra Mundial, Pfannl continuou a produzir armas em miniatura até meados de 1938, criando um projeto interessante de pequenas armas. Por isso é considerado o pai das pequenas armas de fogo.

A KOLIBRI NOS JOGOS DE RECREAÇÃO


O jogo eletrônico Battlefield 1, segundo preleciona o sítio eletrônico Wikipédia:

“…é um jogo eletrônico de tiro em primeira pessoa ambientado na Primeira Guerra Mundial, desenvolvido pela EA DICE e publicada pela Electronic Arts. É o décimo quarto jogo da franquia Battlefield. Foi lançado em outubro de 2016 para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One. Foi um grande sucesso de crítica e vendas.”

Esse jogo procura retratar fielmente o cenário da Primeira Guerra Mundial, seja o ambiente das batalhas quanto das armas empregadas no conflito. Neste jogo podemos verificar a participação da pistola Kolibri ao lado de ícones da Primeira Guerra.
Esta é, claro, a menor arma do jogo, assim como a menos poderosa.
Verifica-se, portanto, que sua inclusão demonstra o fiel retrato dos projetistas do Battlefield 1, os quais conferiram a mesma dificuldade de lesão nos inimigos diante do uso dessa pistola, retratando de maneira mais real o conflito. É certo que, na vida real, essa pistola não foi utilizada na Primeira Guerra. Seu calibre seria incapaz de ferir com gravidade. Sua inclusão no jogo serve apenas para retratar com mais realidade o cenário das armas da época.

Percebe-se o diminuto tamanho da pistola ao ser manejada, exigindo que o operador efetuasse disparos utilizando apenas o dedo polegar e o indicador.

 

DEFESA OU DISSUASÃO


Ao que tudo indica a arma foi projetada para defesa pessoal de mulheres e pessoas que não queriam portar armas convencionais. Quando a Kolibri foi projetada era comum o uso de pequenos calibres, muito populares na Europa como o .32 e o .25 ACP.
Embora o calibre seja ineficaz para ferir com gravidade, a Kolibri poderia disparar 06 tiros em caráter semiautomático, servindo tanto de defesa quanto de dissuasão, afugentando o oponente.

Pente com capacidade de 06 cartuchos 2,7 mm de fogo central.
Não poderia ser considerada como arma para defesa pessoal, muito embora esse conceito orientasse a finalidade de sua projeção. Como óbvio os disparos dessa pistola não poderiam ferir com gravidade, com exceção de lugares muito específicos como olhos, boca e pescoço. Ademais, para se disparar essa pistola, que sequer possui raiamento, o operador deveria efetuar o disparo utilizando apenas dois dedos (polegar e indicador) o que geralmente acarretaria, na maioria das vezes, errar o alvo.
Essas dificuldades no manejo da pistola ante de seu diminuto tamanho, mais tarde foram supridas por seu inventor que, após a Primeira Guerra Mundial criaria pistolas Kolibri em calibre 3 e 4mm. Entretanto, esses modelos em calibre um pouco maior não possuem o grau de busca colecionável alcançada pela verdadeira Kolibri em 2,7mm. Portanto, a pistola Kolibri de 2,7 mm era uma pistola de autodefesa e uma dissuasão ao mesmo tempo.

O fundador do site Armas Históricas é Advogado. Colecionador da 2ª RM. Estuda armas de fogo e artefatos militares e seu impacto e relevância para os dias atuais. Também é entusiasta e participa de encontro entre colecionadores do Brasil e exterior. Sócio da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo no Estado do Rio de Janeiro.


armashistoricas.com.br
11
Jan18

Idoso de 80 anos vivia numa casa arrendada desde os anos 60. Foi hoje despejado

António Garrochinho


Aos 80 anos, Manuel Farinha foi despejado esta quinta-feira, de uma casa arrendada em Benfica. "A chamada justiça é implacável", lamenta a organização Habita.

Idoso vivia numa casa arrendada desde os anos 60. Foi hoje despejado


Manuel Farinha tem 80 anos. Vivia sozinho numa casa arrendada, na zona de Benfica, desde os anos 60. Contudo, após desentendimentos com o senhorio, que acabaram em tribunal, o senhor Manuel Farinha acabou por ser despejado esta quinta-feira.
A história é contada pela Habita, uma organização sem fundos lucrativos. Numa publicação no Facebook, publicada ontem em forma de alerta, a Habita referia que em causa esteve o facto de o senhorio querer aumentar a renda ao senhor Manuel, cuja pensão é de 390 euros.
Como o inquilino não aceitou o aumento, o senhorio recorreu à justiça, tendo o senhor Manuel recebido uma notificação do tribunal. Na sequência disso, pediu um advogado oficioso à Segurança Social que, refere a Habita, demorou mais de seis meses a responder.
Tudo se encaminhou então para que o processo andasse sem que o senhor Manuel se conseguisse defender. Em janeiro de 2017, chegou a decisão e a advogada, sublinha a organização que conhece a história de perto, “também não ligou nenhuma ao assunto”.
Esta quinta-feira, o senhor Manuel foi realmente despejado. Embora o octogenário quisesse permanecer em Benfica, a solução encontrada, pela vereadora da Habitação, Paula Cristina Marques, e a Santa Casa, foi a de o levar para uma residência de idosos, fora de Benfica.
Segundo a Habita, ainda se tentou a possibilidade de arranjar um quarto em Benfica, com a ajuda da Santa Casa. No entanto, “o oficial de justiça queria despachar o assunto e dizia que não se podia esperar nem mais um dia”, pode ler-se na publicação.
“Tentámos obter mais alguns dias para se tentar encontrar uma solução nas imediações e, assim, o senhor Manuel permanecer integrado na sua comunidade, o que, com a sua idade é muito importante, mas a chamada "justiça" é implacável: sacos de plástico, retirar o senhor de casa, dois polícias a acompanhar e, pumba, para dentro do carro. E entretanto fomos identificadas pelos senhores/a polícias para registar a ocorrência”, aponta a organização, que lamenta não ter “conseguido mais do que isto”.









www.noticiasaominuto.com

11
Jan18

O CAFÉ E A SUA HISTÓRIA

António Garrochinho


O café uma das bebidas mais populares do mundo.
Esta bebida está relacionada à história de vários países e tomou conta do mundo.
O café é muito importante para a economia de vários países e esteve envolvido em vários ciclos económicos do Brasil, áfrica, países árabes e muitas partes do planeta.
A história do café é curiosa. Além da paixão que a bebida despertou, ela também esteve presente em momentos históricos marcantes. No Brasil, por exemplo, o café esteve presente no desenvolvimento da escravidão. Os escravos eram a mão de obra explorada nas fazendas de café em solo brasileiro.
No Brasil o café também nomeou presidentes e ministros, causou desmatamentos e muitas mudanças sociais.
A fruta vermelha do café é um ícone.
O café surgiu nas montanhas da Etiópia e se espalhou inicialmente pelo Oriente Médio, onde recebeu o nome Coffea arabica. Em seguida, a fruta tomou conta do mercado europeu.
Em 1727, o café deixou a Guiana Francesa para ser contrabandeado para o Brasil. A história do café no Brasil foi escrita por fazendeiros e pelo suor de escravos e imigrantes.
O café já é conhecido há mais de mil anos. O fruto que começou a ser consumido no Oriente Médio, especialmente na região de Kafa, se tornou famoso. Segundo relatos históricos, o café foi descoberto por pastores de cabras etíopes.
Em 1615 o café chegou ao Continente Europeu, mas até o século XVII apenas os árabes produziam café.


www.sitedecuriosidades.com
11
Jan18

As favelas voltam à França, 35 anos depois

António Garrochinho


Favelas (bidonvilles) em Paris; elas crescem em toda França
Favelas (bidonvilles) em Paris; elas crescem em toda França


Extintas em 1982, elas multiplicam-se de novo. Agora, quem as habita já não tem esperança de sair. E convive com o lixo, as ameaças de despejo e a ausência de escolas

Na superfície, a capital próspera e vibrante, a chamada cidade-luz. Embaixo, um submundo insalubre, precário e provisório.
É preciso descer por uma escada de madeira improvisada para entrar no terreno do Boulevard Ney, em Paris, uma bidonville (literalmente, “cidade de lixo”) instalada em uma linha de trem abandonada, perto do Boulevard Périférique, o anel viário que marca o limite da capital francesa. A França acreditava erradicadas as favelas, associadas às paisagens suburbanas dos anos 1950 e 60, em plena explosão demográfica. Mas há uma década, aproximadamente, os barracos voltaram a aparecer dentro das cidades, em regiões periféricas e junto às estradas.
Boulevard Ney é uma cicatriz em plena Paris. Veem-se latas de bebida pelo chão e ratazanas por trás dos barracos. São 15h e as crianças, que, exceto por raras exceções, não vão à escola, brincam pelo estreito corredor entre as construções que serve de rua principal. Está ali uma menina de 11 anos que, com um espanhol perfeito, explica que quando morava em Madri frequentava a escola, mas não aqui. E duas gêmeas, mais novas, que tampouco foram à escola hoje, e que se aproximam curiosas do visitante, e riem quando este lhes diz o seu nome. Uma mulher se esquenta perto de um braseiro, enquanto um homem limpa um peixe. Um dos chefes locais tenta resolver a gritos uma briga em um dos setores do assentamento.
Dentro de um dos barracos, impecavelmente limpo e bem arrumado, um casal jovem cuida de seu bebê recém-nascido, e se preocupa com o anunciado desmantelamento do local, que ameaça afastá-los do médico que está tratando de um problema nos pés da criança. Outra mulher mais tarde afirmará, por telefone, que seu marido está na prisão e adia sua entrevista com o jornalista: diz que antes tem que ir pedir esmola nas ruas para poder alimentar seus filhos.
Os cerca de 300 habitantes da bidonville do Boulevard Ney são de etnia rom e originários da Romênia. O bairro é apenas um dos 571 acampamentos ilícitos, casas ocupadas e zonas de favelas na França, segundo o registro da Delegação Interministral do Alojamento e do Acesso à Moradia (Dihal, na sigla em francês). Nesses espaços vivem 16.000 pessoas, das quais cerca de 30% são menores de idade.
A eles se unem as barracas de camping e os carros: a 20 minutos a pé do Boulevard Ney, por exemplo, já no município de Aubervilliers, entre uma área industrial e centros comerciais, reúnem-se vans onde pernoitam pessoas que abandonaram as favelas ou que não encontraram outro lugar para viver.
Julien Damon, autor de Un Monde ‘Bidovilles’ – Migrations et Urbanisme Informel (“Um mundo de favelas – migrações e urbanismo informal”), distingue duas categorias de residências informais. A primeira corresponde aos acampamentos de refugiados e imigrantes ao estilo do que já foi desmantelado na cidade francesa de Calais, e que chegou a abrigar 7.000 imigrantes. São quase sempre locais de passagem, instalações provisórias, e seus residentes costumam vir de países de fora da União Europeia. A segunda categoria corresponde às bidonvilles ou favelas, construídas com a ideia de ficarem onde estão e habitadas por cidadãos europeus. Além dos rom, como no caso do Boulevard Ney, na região de Paris também há ou houve até pouco tempo favelas onde vivem búlgaros, ucranianos, moldávios, sírios e imigrantes do norte da África, segundo o sociólogo Olivier Peyroux, citado pelo diário Le Monde. É muito raro encontrar franceses nesses locais, “porque em uma bidonville ninguém se instala sem mais nem menos: em geral é preciso pagar por um direito de entrada e aí a pessoa se reúne com a sua família, no sentido mais amplo”, diz Peyroux.
Damon, professor no Instituto de Ciências Políticas, recorda em seu livro que a palavra francesa bidonville provém das favelas surgidas no Marrocos nos anos 1930. É um termo que começa a ser usado na França nos anos 50. Uma década depois, o fenômeno suscita debates públicos, associados à descoberta dos bolsões de pobreza nos países industrializados em pleno boom econômico do pós-Guerra (nos Estados Unidos ocorreu algo parecido com a guerra contra a pobreza que foi declarada na mesma época pelo presidente Lyndon Johnson. Na França, o jornalista Paul-Maria de La Groce publica La France Pauvre (“A França pobre”, em tradução literal, onde declara que “a dez minutos de Paris enormes bidonvilles abrigam uma miséria sem nome”. Ali viviam sobretudo portugueses e imigrantes do norte da África, segundo Damon; também franceses e espanhóis. Em 1968, havia na França continental – sem contar os territórios ultramarinos – 255 bidonvilles com mais de 75.000 habitantes no total. Os planos para acabar com as favelas mediante a construção de moradia acessível levaram à eliminação da última bidonville em 1982.
É pouco comum que em um país desenvolvido um problema que parecia resolvido reapareça 20 anos depois, mas isso ocorreu na década passada com as favelas. A ampliação da União Europeia com a entrada dos países do centro e do leste da Europa foi o detonador. Hoje há mais bidonvilles na França do que nos anos 1960, mas são menores e menos povoados. Se antes eram um lugar de transição, uma antessala para a integração na França, agora representam uma armadilha da qual é difícil sair.
Há uma tensão no ar na bidonville do Boulevard Ney estes dias. As autoridades anunciaram que vão desmantelar o local em 28 de novembro. Seus habitantes se inquietam por seu destino. Uma pensão? Um albergue? Onde?
Todos cumprimentam Nathalie Jantet, voluntária da Caritas, enquanto ela passeia pela bidonville. Ela ajuda os habitantes com a documentação administrativa, avisa que a destruição dos barracos pode ser iminente e pergunta às mulheres quando levarão as crianças à escola.
Sem escola não há futuro. E a incerteza, segundo Jantet, desanima os pais na hora de escolarizar as quase cem crianças que vivem aqui. “Eles pensam que no mês que vem já não estarão mais aqui”.

outraspalavras.net
11
Jan18

CURIOSIDADES SURPREENDENTES

António Garrochinho

1 – Troca-troca


Em um único dia de intensos combates durante a Batalha de Stalingrado, que ocorreu na década de 40, uma estação de trens da região passou do controle dos soviéticos para o dos alemães e mais uma vez de volta para os soviéticos catorze vezes no decorrer de seis horas!

2 – Briguentos



De acordo com uma estimativa realizada por historiadores, nos últimos 3.500 anos da História do mundo civilizado, tivemos apenas 230 anos de paz na Terra.

3 – Os mais briguentos


Das 10 guerras mais sangrentas de todos os tempos, sete delas ocorreram na China. Só para que você tenha uma ideia, nos dois maiores combates dessas sete guerras chinesas, morreram mais pessoas do que na Primeira Guerra Mundial inteira, que envolveu — direta e indiretamente — mais de 100 países.

4 – 50 tons de cinza medieval


O livro mais famoso do século 15 foi um romance erótico chamado Historia de duobus amantibus — ou História de Dois Amantes, em tradução livre —, e o autor desse “50 tons de cinza da era medieval”, um rapaz criativo chamado Aeneas Sylvius Piccolomini, que alguns anos mais tarde se tornou o Papa Pio II.

5 – Biblioteca itinerante


No século 10, Abdul Kassem Ismael, o Grão-vizir da Pérsia de então, cada vez que resolvia sair de viagem, fazia questão de levar com ele sua biblioteca inteira. E não pense que se tratava de meia dúzia de livros não! A coleção era composta por 117 mil volumes, que eram carregados por 400 camelos. Será que o homem não podia simplesmente escolher os seus favoritos?

6 – Escravos hollywoodianos


Embora muitos acreditem que as pirâmides do Egito tenham sido construídas por escravos, na verdade elas foram erguidas por trabalhadores assalariados respeitados pela sociedade da época. Os arqueólogos chegaram a essa conclusão depois de descobrir várias tumbas desses trabalhadores próximo às estruturas que construíram, e, apesar de seus corpos não terem sido mumificados, eles foram sepultados acompanhados de pão e água, para o consumo “no além”.
Esse detalhe é um indício de que essas pessoas eram respeitadas e que sentiam muito orgulho de suas profissões. Segundo os arqueólogos, a ideia de que os construtores das pirâmides eram escravos chegou a ser aceita por algum tempo e foi consolidada graças aos filmes de Hollywood, que sempre retrataram os trabalhadores dessa forma.

www.megacurioso.com.br



11
Jan18

COINCIDÊNCIAS HISTÓRICAS ESPECTACULARES

António Garrochinho
Nós lidamos com coincidências todos os dias. Desde comprar a mesma camisa que o seu melhor amigo a encontrar alguém que você conhece em algum lugar aleatório. Estas coincidências podem parecer um pouco triviais. No entanto, as coincidências que você está prestes a testemunhar fogem de qualquer casualidade comum. 



O INÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

257-610x360
Todos nós sabemos que o assassinato do arquiduque Ferdinand deu início a guerra, mas você sabia que a tentativa de assassinato falhou? A bomba explodiu o carro que vinha atrás dele e seu carro tomou uma rota diferente, no entanto, eles acabaram indo diretamente na direção dos assassinos que haviam parado para comprar um sanduíche.



FALHA MONGOL NA INVASÃO DO JAPÃO

247-610x360
As duas tentativas Mongol de invadir o Japão falharam, devido a um tufão que obrigou eles a recuar ambas as vezes.



LEWIS E SEUS CAVALOS

237-610x360
Lewis e seu guia Sacagawea, estavam querendo negociar alguns cavalos com os índios locais. Porém os índios não confiavam neles. No meio das negociações, ele percebeu que o chefe da tribo era seu irmão perdido há muito tempo (ele havia sido sequestrado por uma tribo vizinha quando era uma criança), e começou a chorar. Lewis conseguiu seu cavalo.



ABRAHAM LINCOLN E JOHN F. KENNEDY

227-610x360
Muitas pessoas recebiam vários e-mails que lotavam suas caixas de spam, contendo alguns fatos falsos sobre Abraham Lincoln e John F. Kennedy, porém havia alguns que eram verdadeiros e indiscutivelmente interessantes. Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846, Kennedy em 1946. Lincoln tornou-se presidente em 1860, Kennedy em 1960 (embora empossado em 1961). E ambos acabaram sendo baleados na cabeça em uma sexta-feira.



A SORTE DE ANDREW JACKSON

219-610x360
Ao contrário de Lincoln e Kennedy, Andrew Jackson foi um pouco mais sortudo. Quando um pintor desempregado chamado Richard Lawrence, tentou atirar em Jackson, a arma não disparou. Jackson, com 67 anos, começou a bater no pintor que tentara lhe assassinar com uma bengala, porém o pintor sacou outra arma. Esta arma também falhou e o pintor foi preso.



O ESPECTADOR DA MÁ SORTE

lincoln-610x360
O filho de Abraham Lincoln, Robert Todd Lincoln, estava ao lado de seu pai quando ele faleceu. Ele também testemunhou o assassinato do presidente James Garfield. 20 anos depois, em 1901, o presidente William McKinley o convidou para a exposição Pan-Americana em Nova York. No mesmo dia o presidente McKinley foi assassinado. Robert decidiu recusar todos os convites presidenciais daquele dia em diante.



ONDA VS PARTICULA

197-610x360
Em 1906, JJ Thompson ganhou o Prêmio Nobel de Física por provar que o elétron era uma partícula. Em 1937, seu filho, George Thompson, ganhou o Prêmio Nobel por provar que era uma onda.



O JORNALEIRO E O ESPIÃO

187-610x360Antigamente, espiões russos utilizavam moedas ocas para passar mensagens uns para os outros nos EUA, porém uma dessas moedas ficou em circulação. Um dia, um jornaleiro deixou cair a moeda e ela se abriu revelando seu conteúdo codificado. O código confundiu o FBI e a CIA, então um ex-espião russo foi chamado para os EUA para decodificá-lo. Era uma mensagem de boas-vindas de Moscou, e… havia sido destinada para ele.



A ANNE HATHAWAY

177-610x360
A atriz Anne Hathaway tem um marido muito parecido com William Shakespeare. William Shakespeare teve uma mulher chamada Anne Hathaway.



OS PIMENTINHAS

167-610x360
O Inglês Dennis o pimentinha (Dennis the menace) e o norte-americano Dennis o pimentinha (Dennis the menace), foram criados por autores completamente independentes e publicados no mesmo dia - 12 de março de 1951.



AMOR FRATERNAL

157-610x360
Lembra de Robert Lincoln? Bem, Edwin Booth, o irmão de John Wilkes Booth (o cara que matou o pai de Robert) salvou sua vida, impedindo-o de ser atropelado por um trem. Agora imagina o drama que criou.



BANDEIRA DA CONFUSÃO

147-610x360
Nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, as pessoas perceberam que Haiti e Lichtenstein tinham as mesmas bandeiras. Ajustes foram feitos para evitar confusão desde então.



A SEPULTURA

cemetery-610x360
John Parr foi o primeiro soldado britânico a morrer na Primeira Guerra Mundial. George Ellison foi o último. Embora não tenha sido intencional, seus túmulos estão no mesmo cemitério, a poucos metros de distância e de frente um para o outro.



ARMAND HAMMER

128-610x360
Armand Hammer trabalhou no conselho de uma empresa chamada Church and Dwight. Porém esta empresa 30 anos atrás se chamava Arm & Hammer.



MARK CHAPMAN

1111-610x360
O homem que matou John Lennon era chamado de Mark Chapman. Quando a NBC decidiu fazer uma autobiografia sobre Lennon, falharam em perceber que o ator que interpretava John Lennon era chamado de Mark Chapman. Isso causou um pouco de frenesi na mídia e eles tiveram que mudar o ator, mas a coincidência permaneceu. O ator original era parecido com John, mas tinha o nome de seu assassino.



AS DUAS BOMBAS

107-610x360
Tsutomu Yamaguchi estava vivendo em Nagasaki, Japão, quando foi chamado para trabalhar em Hiroshima. Em seu último dia em Hiroshima, a bomba nuclear caiu, mas Tsutomu sobreviveu. Ele então retornou para Nagasaki, porém foi bombardeado novamente. Incrivelmente, ele sobreviveu as duas vezes.



DA VIDA PARA A MORTE

87-610x360
Quando a Life Magazine publicou sua primeira edição, ela contou com um bebê em sua capa, junto com o título “Life Begins”. 63 anos mais tarde, quando a revista publicou sua última edição, eles decidiram colocar a foto de George, o bebê na capa novamente com o título “Life Ends”. Dias mais tarde, naquele mesmo mês, George morreu de um ataque cardíaco. (Ta ai uma boa creepypasta).



OS PAIS FUNDADORES

77-610x360
John Adams e Thomas Jefferson morreram em 04 de julho de 1826, exatamente 50 anos após a assinatura da Declaração de Independência. John Adams não sabia que Jefferson tinha morrido algumas horas mais cedo e suas últimas palavras foram: “Thomas Jefferson sobrevive”.



A NOITE QUE A AMÉRICA QUEIMOU

67-610x360
Você provavelmente já ouviu falar do Grande Incêndio em Chicago, mas você sabia que não foi o único incêndio naquela noite? O incêndio em Port Huron, Peshtigo, e em Holland aconteceram todos naquela mesma noite também.



O JOGO DE PALAVRAS CRUZADAS DO DIA D

57-610x360
Em maio de 1944, Leonard Dawes, um professor de uma escola britânica e responsável pela construção de palavras cruzadas do Daily Telegraph, incluiu várias palavras de código como respostas. Duas das palavras usadas eram praias, porém foram justamente as praias escolhidas como ponto de desembarque no dia D, incluindo Omaha e Utah. Agentes britânicos o interrogaram, pois pensaram se tratar de um espião, mas acabou por ser pura coincidência.



MARK TWAIN E O COMETA HALLEY

mark-610x360
Mark Twain nasceu logo após o cometa Halley ter passado pela Terra em 1835. Certa vez, ele previu que iria “voltar com ele”. Mark morreu um dia após o cometa ter retornado à Terra em 1910.



WILMER MCLEAN

218-610x360
A Primeira Batalha de Bull Run, durante a Guerra Civil Americana, começou na fazenda McLean. A família que morava no local mudou-se para mais de cem milhas de distância para escapar da guerra. Robert E. Lee apareceu em sua residência quatro anos depois, pois ele queria usar sua casa para se entregar formalmente. A Guerra Civil começou e terminou em sua propriedade.



O TITAN VS O TITANIC

127-610x360
Em 1898, Morgan Robertson publicou um livro chamado Futility, or the Wreck of the Titan (“Futilidade, ou o Naufrágio do Titan”). No livro, um. No livro um navio britânico atinge um iceberg e afunda no Atlântico Norte. Ele foi publicado 14 anos antes do Titanic afundar.

minilua.com
11
Jan18

TODAS ESTAS 25 FOTOS HISTÓRICAS ORIGINALMENTE ERAM A PRETO E BRANCO E FORAM COLORIDAS DEPOIS

António Garrochinho


O trabalho da colorista brasileira Marina Amaral nos permite ter uma nova visão do passado, com detalhes que saltam aos olhos.

1. Guerra do Vietname. Hospital de campanha improvisado na selva.

2. Um órfão em Londres durante a Segunda Guerra Mundial.

3. Thích Quảng Đức, monje budista que se incendiou em protesto contra a perseguição de budistas no Vietnã do Sul em 1963.

4. Abraham Lincoln.

5. Elvis Presley com Priscilla e sua pequena filha Lisa Marie.

6. Desempregados em São Francisco, EUA, na década 30.

7. Piloto do US Mail Service, com roupas de inverno.

8. John F. Kennedy e sua esposa Jackeline.

9. Albert Einstein.

10. Médicos ajudam soldados feridos na Praia Omaha, Normandia, Dia D,1944.

11. Lee Harvey Oswald, o assassino de John F. Kennedy.

12. Manfred Von Ritchtoffen, “O Barão Vermelho”.

13. Soldados franceses na I Guerra Mundial.

14. Crianças francesas observam um tanque alemão na Normandia,1944.

15. Herman Göring no Tribunal de Nüremberg.

16. Rei George V, 1914.

17. Thomas Alba Edison, 1921.

18. RMS Titanic,1912.

19. Grigori Rasputin.

20. Elvis Presley com o presidente Richard Nixon, 1970.

21. Arqueduque Ferdindando da Áustria.

22. Mark Twain.

23. John Kennedy e Jaqueline Kennedy em seu casamento.

24. Hiroshima, Japão, após a bomba atômica,1945.

25. General George S. Patton desfila em São Francisco, Junho de 1945.

popsapiens.net

11
Jan18

Qual foi o primeiro computador do mundo?

António Garrochinho




























































O primeiro computador do mundo foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer), uma concepção do Professor John Mauchly, conjuntamente com o professor J. Presper Eckert. Mauchly e o Eckert propuseram em 1943 ao exército norte-americano, em plena II Guerra Mundial, a construção deste primeiro computador, tendo como objetivo o auxilio nos cálculos de precisão necessários para a balística. Foi anunciada a sua conclusão em 14 de Fevereiro de 1946 e foi patenteado em 26 de Junho de 1947 com o registro n.o 3,120,606.O ENIAC era uma grande máquina para efetuar cálculos e baseava a sua estrutura nos avanços científicos já anteriormente desenvolvidos, como as sofisticadas máquinas de cálculos matemáticos de Charles Babage, as calculadoras mecânicas de Blaise Pascal, Leibniz e Charles Xavier Thomas, nas relés electromagnéticas, nas válvulas e nas máquinas perfuradoras de cartões. Uma válvula é, de forma simples, um tubo metálico de meia polegada, selado em vácuo dentro de um tubo de vidro, onde uma corrente de eletrons pode passar entre os eletrodos. Os tubos de vácuo foram fundamentais para o desenvolvimento da rádio, televisão e gravação de sons. Eram também peças grandes e muito frágeis que tinham uma grande perda de energia por calor.O ENIAC foi construído com 17 468 tubos de vácuo, 70 000 resistências, 10 000 condensadores, 1 500 relés e 6 000 interruptores. O ENIAC pesava 30 toneladas, consumia 200 000 watts de potencia e ocupava várias salas. Quando em operação produzia tanto calor que necessitava de um sistema de ar forçado para arrefecimento. Era tão grande que tinha de ser dispostos em U com tres painéis sobre rodas, para que os operadores se pudessem mover a volta dele.Quando em operação, os complexos cálculos de balística passaram a realizar–se nuns alucinantes 30 segundos, quando com as calculadoras manuais que até aí se usavam demorava 12 horas até se obter o mesmo resultado.O centro de processamento tinha uma estrutura muito simular a dos processadores mais básicos que atualmente utilizamos nas nossas calculadoras de bolso. Tinha 20 registros de dez dígitos cada, onde se podiam efetuar somas, subtrações, multiplicações, divisões e raízes quadradas.ENIAC era programado através de milhares de interruptores, podendo cada um dele assumir o valor 1 ou 0 consoante o interruptor estava ligado ou desligado.Para o programar era necessário uma grande quantidade de pessoas que percorriam as longas filas de interruptores dando ao ENIAC as instruções necessárias para computar, ou seja, calcular.Existia uma equipa de 80 mulheres na Universidade da Pensilvânia cuja função era calcular manualmente as equações diferenciais necessárias para os cálculos de balística. O exército chamava a função destas pessoas: computadores.Quando o ENIAC ficou pronto seis mulheres computador foram escolhidas para testarem a nova máquinaCuriosamente, o termo deixou de estar associado as pessoas que operavam a máquina para dar nome a máquina propriamente dita, uma vez que de fato a máquina passou a realizar as contas que antes eram realizadas por essas pessoas.O ENIAC torna-se obsoleto e economicamente inviável de manter após 10 anos de operaçao, tendo sido desmontado. Hoje encontram-se peças do ENIAC por muitos museus do mundo, incluindo o Smithsonian em Washington D.C. e no local preciso onde foi construído, na Moore School for Electrical Engineering da Universidade da Pensilvânia.O ENIAC serviu de inspiraçao para muitos outros computadores que se seguiram como: o EDVAC (Electronic Discrete Variable Computer); o ORDVAC (Ordnance Variable Automatic Computer; SEAC (Standards Automatic Computer) e o UNIVAC, este último também construído por Eckert e Mauchly para o processamento dos dados dos censos da população americana. 

 Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/ENIAC
11
Jan18

11 de Janeiro de 1890: A Inglaterra apresenta o ultimato a Portugal sobre os direitos territoriais do Mapa Cor-de-rosa, área entre Angola e Moçambique.

António Garrochinho


O Ultimato consistiu num telegrama enviado ao governo português pelo governo inglês, chefiado pelo primeiro ministro, Lord Salisbury, entregue  a 11 de janeiro de 1890. A missiva exigia a retirada imediata das forças militares portuguesas mobilizadas nos territórios entre Angola e Moçambique. Esses territórios correspondem aos atuais Zimbabwe e Malawi. Caso a exigência não fosse acarretada por Portugal, a Inglaterra avançaria com uma intervenção militar.Na segunda metade do século XIX, a Europa conheceu um elevado crescimento económico.Esta situação exigiria novos mercados e novas fontes de matéria-prima. Daí o forte expansionismo europeu em África durante este período. A Conferência de Berlim (1884-85) criara um novo ordenamento jurídico baseado na ocupação efetiva; ou seja, as pretensões portuguesas baseadas no direito histórico só se tornariam válidas se Portugal se apoiasse numa autoridade que fizesse respeitar os direitos adquiridos e a liberdade de comércio e trânsito.Para Portugal, as colónias africanas tinham, sob o ponto de vista económico, um papel quase irrelevante.Porém, convinha salvaguardar os direitos históricos de Portugal. Portugal tinha pretensões a criar um novo Brasil,um autêntico império colonial africano, e esta era a sua última oportunidade para o conseguir. Multiplicam-se então as expedições científicas ao continente africano e redobram-se os esforços diplomáticos.Assim, em 1886, Portugal dá a conhecer as suas pretensões coloniais sob a forma do "Mapa cor-de-rosa"; tratava-se de um projeto deligação da costa angolana à costa moçambicana. O governo português dá início a várias tentativas de ocupação efetiva, numa disputa colonial com a Inglaterra, nomeadamente com o plano de Cecil Rhodes, que pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico.A uma dessas tentativas a Inglaterra responde com o Ultimato. A notícia do mesmo e o posterior acatamento por parte das autoridades portuguesas provocariam em todo o reino uma gigantesca onda de indignação popular. Este sentimento é habilmente explorado pelas hostes republicanas; prova disso é a tentativa de derrube da monarquia e instauração da república um ano depois, no Porto, na revolta de 31 de janeiro de 1891.Em termos estritamente coloniais, o ultimato não teve consequências muito negativas, pois, se é um facto que Portugal foi obrigado a desistir do "Mapa cor-de-rosa", não é menos verdade que o tratado assinado em 1891 confere a Portugal a soberania sobre extensos territórios, alguns dos quais até então nunca haviam sido reivindicados.


Fontes: Ultimato inglês. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. 
Cores da História
wikipedia (imagens)




Caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro
Mapa mostrando o controlo britânico quase completo da rota do Cabo ao Cairo, 1914
11
Jan18

11 de Janeiro de 1896: Morre o poeta João de Deus, autor de "Campo de Flores" e criador do método de leitura "Cartilha Maternal".

António Garrochinho


Poeta e pedagogo, João de Deus de Nogueira Ramos nasceu a 8 de março de 1830, no Algarve, e morreu a 11 de janeiro de 1896, em Lisboa.

Depois de ter frequentado, durante dez anos, o curso de Direito em Coimbra (onde foi uma das figuras mais destacadas da boémia estudantil da época e se relacionou com alguns elementos da Geração de 70, sobretudo Antero de Quental e Teófilo Braga), de ter dirigido em Beja, entre 1862 e 1864, o jornal O Bejense (onde publicou muitas das suas primeiras poesias), e de ter iniciado a prática de jurisconsulto, foi eleito deputado, em 1868, por Sines. Mudou-se para Lisboa, onde continuou a frequentar ambientes de boémia literária. Colaborou em vários jornais e revistas, como O Académico, Anátema, O Ateneu, Ciências, Artes e Letras, O Fósforo, Gazeta de Portugal, A Grinalda, Herculano, Prelúdios Literários e Revista de Coimbra. Por volta de 1868-1869, coligiu as suas poesias no volume Flores do Campo, a que se seguiram Ramo de Flores (1869), Folhas Soltas (1876), Despedidas do verão (1880) e Campo de Flores (1893). No seguimento da sua nomeação para o cargo de comissário-geral do ensino da leitura, viria a desempenhar um papel social e cultural da maior distinção, revelando-se decisivos os seus esforços para a alfabetização de camadas cada vez mais alargadas da população portuguesa. A publicação, em 1876, da célebre Cartilha Maternal, método de ensino da leitura verdadeiramente revolucionário no panorama pedagógico nacional, constituiu um marco importante desse processo. Devido, em parte, à sua ação de pedagogo, em 1895 foi agraciado com várias homenagens à escala nacional, entre as quais a de sócio-honorário da Academia Real das Ciências e do Instituto de Coimbra.

Como poeta, João de Deus situou-se num momento em que a via ultra romântica estava já a esgotar-se, mas, apesar do apreço que lhe manifestavam autores como Antero de Quental, não se identificou com as preocupações filosóficas e sociais da Geração de 70. De facto, a temática dominante da sua obra poética afastou-o da nova corrente. O seu lirismo intimista versa constantemente sobre o amor, e por vezes perpassa um sentido de plácida religiosidade, exprimindo-se sempre num estilo simples. A sua obra abrange vários géneros, da ode à elegia, do epigrama à fábula, passando pelo soneto. João de Deus, que Antero considerava, já em 1860, "o poeta mais original do seu tempo", defendeu e praticou um lirismo depurado, inspirado, a exemplo de Garrett, na lírica tradicional portuguesa e na obra camoniana, de onde recuperaria o soneto como um dos seus géneros de eleição.

Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)


Cartilha Maternal

11
Jan18

Que pena eu tenho do interior…

António Garrochinho


Separar a demografia da economia é pura fantasia que rapidamente frustrará expectativas

Que pena eu tenho do interior…

DESENVOLVIMENTO REGIONAL PSD e CDS andam preocupados com o interior. O sr. Presidente da República também. E o PS não lhes fica atrás. Preocupadíssimos. Preocupados, sobretudo, com as consequências negativas dos incêndios florestais para a sua imagem política, descobriram agora, novamente, o «interior». Descobriram que a desertificação económica e humana de vastas regiões do País é causa de incêndios. E vai daí, é um ver se te avias.



Declarações. Reclamações. Protestos. Preocupações com os dinheiros do Portugal 2020 retirados do interior para aplicar em Lisboa. Projectos de Resolução e de Lei. Todas as propostas do PSD para o OE2018 tinham como considerando justificatório «(…) uma verdadeira política de coesão territorial». O CDS avançou com uma «Comissão para a elaboração do Estatuto Fiscal do Interior». (Se a demagogia pagasse imposto, poder-se-ia reduzir os impostos sobre o capital, no OE para 2018, a zero!). Os choradinhos são infindáveis… Capoulas Santos, ministro da Agricultura em sucessivas encarnações de governos PS, além de considerar que «faria sentido» o Ministério sair de Lisboa, chora compungido: «(…) aquilo que mais me entristece nos últimos anos, fruto de vários governos, foi ter visto o sucessivo desmantelamento do Ministério e particularmente nas zonas onde mais devia estar, que era nos territórios rurais.» (Público, 30NOV17)! Oh! O desmantelador chora o desmantelamento!

E acaba de ser parido, por um ajuntamento do Bloco Central, um novíssimo Movimento pelo Interior que, segundo a imprensa, irá avançar com «seis medidas fortes e radicais com custos contabilizados, para serem concretizados em 12 anos» (!) (JN, 14DEZ17). A iniciativa tem promotores conhecidos, Miguel Cadilhe, Jorge Coelho, Pedro Lourtie, Álvaro Amaro, Rui Santos, entre outros. Sabemos o que lhes pesa na consciência, mas foi pena que não tivessem aproveitado o poder político de que dispuseram para obviar ao que veio a acontecer. O resultado final será, como é das normas de qualquer boa montanha de propaganda, um rato…

A generalidade dos órgãos de comunicação social, dos seus articulistas e comentadores, não fugiu à onda do «interior». Mergulhou de cabeça com a habitual amnésia congénita, muita hipocrisia e superficialidade. Como dá gosto vê-los chorar lágrimas de cebola podre pelo mundo rural e o interior. Não se nomeiam, para não esquecer algum. Por todos, o grito do editorial do Público (23OUT17): «Cuidar do interior é agora ou nunca»! Como eles choram por aquelas populações que não fazem manifestações no Terreiro do Paço… porque as fizeram do Marquês de Pombal até junto da Assembleia da República e de S. Bento inúmeras vezes, e nunca ninguém desta chorosa comunicação social e da sua elite comentadora os enxergou. Invisível era povo da floresta dos baldios, era povo das Beiras e Trás-os-Montes, do Minho, do Alentejo e Ribatejo, era o povo do mundo rural, das explorações agrícolas familiares mobilizadas pela CNA. Como nunca enxergaram que uma das principais «produções» da política de direita de sucessivos governos era, e é, o «deserto». Como nunca enxergaram as «cassetes» do PCP sobre as desigualdades regionais e o mundo rural. Sacripantas.

Os partidos do arco

da desertificação, PS, PSD e CDS

Não há nenhum mistério sobre as causas das assimetrias regionais e a desertificação económica e humana regional. O desenvolvimento desigual é uma lei de ferro e intrínseca do capitalismo. O capitalismo produz desigualdades sociais e no território. Nada que há muito não seja denunciado pelos comunistas. Mas quando prevaleceu o capitalismo neoliberal, as desigualdades explodiram (1). Até porque as políticas, nomeadamente as orçamentais, como sucedeu ao longo dos últimos 40 anos, «desistiram» de as combater e atenuar. Antes as agravaram.

Os partidos do «arco da desertificação», PS, PSD e CDS, gostam muito de falar das «assimetrias regionais» quando chega o tempo das eleições! Depois, essas «preocupações» de pura demagogia eleitoral dissolvem-se rapidamente no necessário «realismo» das políticas para o grande capital, da «internacionalização», da «competitividade», da captação de um dito «investimento estrangeiro»! «Preocupações» que começam pela ausência de qualquer análise séria, fundamentada, rigorosa das causas das assimetrias. Que não fazem, nem podiam fazer, e não por acaso. Fazê-lo significaria PS, PSD e CDS assumirem as responsabilidades de um grave e estrutural problema do País – as desigualdades territoriais – por força das dinâmicas económicas e sociais das suas políticas.

Estes partidos não querem saber das repercussões regionais das suas políticas agrícolas e florestais, das suas políticas industriais e comerciais. Das consequências da PAC, das suas reformas e aplicações. Das políticas de encerramento de escolas e de unidades de saúde. Do trespasse e fecho de postos e estações dos CTT. Do encerramento de delegações da EDP ou do BdP. Do fim de inúmeras agências bancárias. Não querem saber da mobilidade e acessibilidades no interior, nomeadamento dos resultados da sua política ferroviária (?) de encerramento de centenas de quilómetros de linhas férreas. Do encerramento de muitos outros serviços públicos, reduzindo o emprego e empobrecendo as comunidades locais. Das políticas orçamentais restritivas (o Pacto de Estabilidade obriga!) com orçamentos do Estado que nunca corrigem desigualdades. Da subversão e travagem da regionalização, condição necessária mas, certamente, não suficiente para o desenvolvimento regional.

O PSD, depois de, enquanto foi governo, fechar tudo o que ainda mexia nessas regiões, inclusive freguesias, teve ainda a lata de apresentar, já na presente Legislatura (em que é «oposição») o PJL n.º 292/XIII/1.ª que «Cria o Estatuto dos Territórios de Baixa Densidade». Projecto que, no art.º 27.º se propõe regular «O encerramento de serviços públicos nos territórios de Baixa Densidade»! (Cai o pano com tanta desfaçatez).

Os governos PS não fazem nada de diferente. Depois de muitos programas e planos anteriores, surgiu, em 2008, o PROVERE (nos acrónimos ninguém os bate), Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos, para os «territórios de baixa densidade», que produziu tanto como os anteriores. Tanto, que agora foi produzido e baptizado outro, o PNCT – Plano Nacional de Coesão Territorial. Elaborado por uma dita Unidade de Missão para a Valorização do Interior – uma promessa de António Costa em Bragança nas eleições de 2015 – não vai por melhor caminho. Erra no diagnóstico e propõe um ajuntamento caótico de dezenas de medidas cobradas em diversos ministérios, sem qualquer visão estratégica integral e global e sem programação orçamental. Pior. Sem pôr em causa os eixos centrais das políticas que nos conduziram ao «interior em extinção»! Nomeadamente da política agroflorestal. Nomeadamente na não reprogramação radical do Portugal 2020, revertendo as suas lógicas, critérios e objectivos.

Acrescente-se que a generalidade das propostas apresentadas pelo PCP no quadro da nova situação política após as eleições de 2015, quer no âmbito dos orçamentos de Estado quer noutras matérias como a reversão da extinção de freguesias e as políticas agroflorestais, tem contado com a oposição do PS, PSD e CDS. O mesmo aconteceu com a recusa do Governo PS de uma reconsideração global e radical do PNCT. E se no OE2018 foram aprovadas algumas medidas importantes como o reforço de recursos humanos nos Sapadores Florestais, Guardas Florestais e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, potenciando a criação de umas centenas de postos de trabalho no interior, um programa de apoio à pastorícia em zonas de montanha e uma reprogramação do PDR 2020, obrigando ao estabelecimento de plafonds mínimos de fundos para projectos nas NUT III de baixa densidade, certo é que muitas outras e significativas medidas foram reprovadas pelo PS e a abstenção do PSD e CDS.

As políticas agroflorestais
não dão hipótese ao interior

Há muitas décadas que as políticas agroflorestais de sucessivos governos, sob o alto patrocínio e inspiração da PAC e das suas sucessivas reformas, não dão qualquer hipótese ao interior. Os dados estatísticos demonstram-no. É elucidativo o exemplo de Trás-os-Montes. Alguns dados.

Entre 1989/2009, passou de uma cultura de 25 mil hectares de batata para 11 mil. De 44 mil hectares de centeio para 29 mil! No trigo, a redução de área foi de 2/3. Perdeu quase 2/3 dos bovinos e mais de 50% das cabras. Na vinha, a redução será superior a 20 mil hectares. O olival, o único que apresentava uma evolução favorável (mais 21 mil hectares), deve agora estar em perda face à concorrência impossível do olival tradicional com a olivicultura intensiva do Alentejo. E se alguém perguntar onde estão hoje as vacas leiteiras (redução global de 10 mil cabeças) da Veiga de Chaves, do vale de V. P. de Aguiar e do Planalto Mirandês, podemos informar que estão a pastar na Holanda, Irlanda e Alemanha.

Muitos outros números podiam ser citados. O próximo Recenseamento Agrícola (2019) exibirá uma fotografia mais negra. E atrás da extinção da exploração agrícola, foram-se as pessoas. Trás-os-Montes e Alto Douro perdem, em 30 anos (1981/2011), 100 mil habitantes.

Pode ampliar-se a informação a muitas outras regiões. Por exemplo, entre 1989 e 2013, a Beira Litoral perdeu 2/3 da sua área de vinha e a Beira Interior cerca de 50%.

O que ficou em vez da batata, do centeio, da vinha, do gado? No melhor dos casos, eucalipto. Em geral, silvas e matos. Isto é, pasto para o fogo.

Outro caminho, outras políticas

A situação vivida pelo interior do País, e muito particularmente pelas aldeias, freguesias e concelhos do mundo rural português, tem uma causa: a política de direita. Tem responsáveis políticos: PS, PSD e CDS.

Face a uma situação que nenhum deles se atreve a negar, seria tempo de darem a volta ao texto e apresentarem respostas para este problema crucial da colectividade humana que somos! Basta olhar para as suas propostas eleitorais ou para o que agora, sob a pressão dos incêndios, descobrem e propõem, e constatar que nada de substancial querem mudar!

A correcção das assimetrias regionais exige um leque amplo de políticas integradas e dinamizadas regionalmente. Exige poder regional com a regionalização, e não simulacros de órgãos desconcentrados da Administração Central, pseudolegitimados pelas autarquias ou associações de municípios. Exige orçamentos do Estado apoiados nos fundos comunitários com forte discriminação positiva dos territórios atingidos pela desertificação. Mas fundamentalmente, exige políticas económicas que, no actual quadro capitalista, possam romper com a lógica única de mercado na afectação de recursos materiais e meios humanos, e atenuar significativamente, através de instrumentos económicos, sociais e políticos, as suas consequências mais gravosas.

Exige seguramente outra política agrícola e florestal, a defesa da agricultura familiar e do mundo rural, outra visão para reindustrializar o País e as redes de distribuição comercial e assegurar serviços públicos de qualidade.

Separar a demografia da economia e pensar que se vai lá com incentivos à natalidade, à fixação das pessoas ou uns utópicos projectos de «novos pioneiros» é pura fantasia que rapidamente (como a experiência já demonstrou) frustrará expectativas!

É necessário criar oferta de emprego, emprego estável, bem remunerado e com direitos, e isso só com outras políticas económicas viradas para a actividade produtiva. É sobre esse emprego e economia produtiva que se poderá semear, ancorar e ampliar de forma sustentável outras actividades, nomeadamente de serviços, nomeadamente o turismo! Só assim se dará sustentabilidade a todo o território nacional.

Se não, não se sairá de um ciclo vicioso bem conhecido: menos emprego, migração / emigração, envelhecimento, menos população, diminuição severa da população em idade activa, menos gente para trabalhar, menos consumo, menos investimento, menos serviços públicos, menos actividade económica, e outra vez, menos emprego… fechando-se o ciclo. Após o trágico ano de 2017, os incêndios florestais devem ser, explicitamente, incluídos no ciclo.

Pôr fim a este ciclo vicioso exige novas políticas, e logo, a ruptura com a política de direita, a exigência de uma política patriótica e de esquerda.


As promessas nunca cumpridas

As crónicas da política de direita, responsável pelas assimetrias regionais, e das suas promessas de solução, inclusive da comunicação social dominante que lhe dá cobertura, dão para encher uma biblioteca. Uma breve referência às mais próximas.

Em pleno reinado da troika é debatido, em Setembro de 2011, o PJR n.º 75/XII/1.ª do PSD, que recomendava ao governo a criação e dinamização de um «Plano para a Coesão Territorial no quadro de uma nova estratégia nacional». Com o apoio de todos os partidos, foi transformado na Resolução da Assembleia da República n.º 129/2011 que recomendava ao governo: um «Plano Nacional para a Coesão Territorial (PNCT) (…)» e a «monitorização e avaliação periódica da coesão territorial do País e do impacto na mesma das políticas, programas e grandes projectos públicos (…)», que assegurassem «a transversalidade e integração do princípio da coesão territorial na concepção e execução das políticas públicas (…)», «a coesão territorial como princípio e objectivo essencial da reorganização administrativa (…)» e «a coordenação interministerial na promoção da coesão territorial (…)».

A transcrição é longa, mas dá a medida exacta da dimensão da mentira e demagogia. Nem um só dos objectivos previstos na Resolução foi concretizado. Todas as políticas do governo PSD/CDS, de todos os seus ministérios, trouxeram novos estrangulamentos, novas carências, novos problemas, sem resolver um que seja. Siglas de novas entidades e instrumentos institucionais não faltaram. O pior foi que ao vazio das boas intenções afirmadas nas páginas do Diário da República correspondeu uma brutal política de autêntica guerra contra o território e o interior.

A tudo o que já vinha de trás, dos governos PS e PSD/CDS, se deu continuidade reforçada! Tornaram definitivo o encerramento de troços de via-férrea com circulação apenas suspensa, eliminando simultaneamente as alternativas rodoviárias de substituição. Aplicaram sem dó nem piedade as portagens nas SCUT do interior. Continuaram os encerramentos na saúde e educação. Criaram sérios obstáculos no transporte de doentes. Intensificaram as privatizações e abdicaram de qualquer comando público (Golden Shares) em empresas estratégicas com estruturas em rede no território (EDP, REN, CTT, GALP, ANA, PT). Mas mesmo nas que se mantiveram públicas, como a CP, o governo permitiu-lhes que eliminassem, como «primeiro compromisso social», a garantia da mobilidade de toda a comunidade, independentemente da sua condição económica ou geográfica. E deixou de constar do sítio electrónico da CP que esta operava em 2830 quilómetros de linhas férreas «contribuindo para a coesão territorial do País a preços equitativos»!

Depois, a liquidação de freguesias. Depois, um novo mapa judiciário que, para aproximar a Justiça dos cidadãos, liquidou tribunais, sobretudo nos concelhos do interior! Depois, o projecto de encerramento de 154 Repartições de Finanças, 45% das existentes, que só não avançou porque o povo português não lhes deu mais tempo.

Pelo seu evidente potencial em matéria de correcção de assimetrias no território, pela disponibilidade de investimento público que criam, os fundos comunitários, merecem particular atenção. Mas as lógicas/critérios/objectivos decididos na aplicação dos fundos, a centralização e governamentalização acrescida na sua gestão, a «descoberta» de que o País não já não precisa de infra-estruturas físicas, a focagem quase obsessiva na competitividade empresarial, as restrições no volume de fundos postos à disposição das autarquias e suas associações, terão como resultado que o Portugal 2020, tal como os quatro anteriores Quadros Comunitários de Apoio, vai reproduzir o mapa das desigualdades regionais no País.

Agostinho Lopes 

http://www.avante.pt
11
Jan18

Exército alemão recruta cada vez mais menores

António Garrochinho

O governo alemão admitiu que o Exército está a recrutar cada vez mais menores para as suas fileiras, para fazer face à falta de efetivos gerada pela transição do serviço militar obrigatório para um regime de voluntariado.
Em resposta a um pedido oficial de informação do partido de esquerda Die Linke, o ministério alemão da Defesa disse que, em 2017, 2128 jovens com menos de 18 anos foram recrutados como voluntários, 448 dos quais do sexo feminino. Do total, noventa recrutas ainda eram menores de idade no fim do período experimental de seis meses.
Os números triplicaram em relação a 2011, quando a Alemanha pôs fim ao serviço militar obrigatório. Desde então, o país recorre a uma excepção na legislação internacional, que permite a menores de 18 anos oferecerem-se como voluntários, desde que não sejam usados em conflitos violentos. O Exército alemão aceita assim candidatos a partir dos 17 anos, com autorização parental, que apenas podem manusear armas durante os treinos e não são enviados para missões internacionais.
De acordo com o jornal Der Spiegel, o governo alemão gastou dezenas de milhões de euros desde 2011 em campanhas publicitárias para atrair efetivos para o Exército, com uma grande parte desse investimento a ir para as redes sociais.

VÍDEO


pt.euronews.com
11
Jan18

OLHÓ AVANTE ! - Dar força à luta pela libertação do País da submissão - Desatar as mãos!

António Garrochinho


Vasco Cardoso 
Membro da Comissão Política

Dar força à luta pela libertação do País da submissão
Desatar as mãos!

As principais empresas, os sectores básicos e estratégicos da economia são hoje, no fundamental, controlados por grupos económicos e financeiros nacionais, mas sobretudo, pelas grandes transnacionais estrangeiras que operam no País em articulação com os primeiros.



Estamos perante as consequências das privatizações. Privatizações que só foram possíveis pela decisão política do PSD, do CDS e do PS e que retiraram ao País, não apenas os lucros e impostos que geravam, mas também instrumentos de soberania. Privatizações que vieram acompanhadas de retrocessos na legislação laboral, de fabulosos benefícios fiscais, de chorudos apoios públicos, de legislação «amiga» dos grandes negócios e de não pouca promiscuidade e corrupção, realidades que, enquadradas pela União Europeia – ela própria uma Europa dos monopólios –, se traduziram num poder imenso concentrado nas mãos do grande capital e que cresceu em confronto com a Constituição da República.

O controlo da banca, dos seguros, da energia, das comunicações e telecomunicações, das principais empresas industriais, das autoestradas, dos portos, dos aeroportos, do transporte aéreo de passageiros, do transporte de mercadorias, da grande distribuição, da comunicação social, do audiovisual, das principais unidades hoteleiras, da grande propriedade rural e urbana, de uma parte crescente do sector da saúde, por parte do grande capital, é bem revelador de que os constrangimentos a que o País está sujeito, sendo de ordem política, são também de ordem económica. Constrangimentos e interesses que precisam de ser enfrentados e não ignorados ou aligeirados, e muito menos aceites, como tem feito o Governo PS.

Portugal não é uma coutada

Questionamos: como é que se pode dizer que se «tem as mãos atadas» perante aquilo que está a acontecer nos CTT, com despedimentos em massa, venda de património, encerramento de balcões, degradação do serviço público, na verdade, um processo de descapitalização e destruição dos CTT? Como é que se pode permitir que a PT/Altice assuma que vai despedir milhares de trabalhadores, não responda perante as suas obrigações de serviço público e se lance na tentativa da aquisição da Mediacapital, para ter ainda mais poder e influência? Como é que se pode permitir que a francesa Vinci/ANA fique com todas as receitas dos aeroportos durante 50 anos e o País fique sem o novo Aeroporto de Lisboa que supostamente esta deveria construir em Alcochete? Como é que se permite que o Estado, apesar de ter 50 por cento da TAP, entregue a gestão da empresa aos interesses do grupo privado que a controla? Como é que se aceita que a GALP, e agora a EDP, que acumularam milhares de milhões de euros de lucros, se recusem a pagar a contribuição extraordinária sobre o sector energético? Como é que se pode admitir que sejam perdoadas multas a multinacionais como a UBER que operam ilegalmente no País, que são uma ameaça ao sector do táxi e um balão de ensaio na precarização extrema das relações laborais?

Para o PCP a questão é clara: o poder dos monopólios não se sobrepõe aos interesses do povo e do País. Portugal não está condenado a ser uma coutada de interesses alheios. A recuperação do controlo público dos sectores estratégicos é um caminho necessário e possível.

Libertar o País da submissão

Com a derrota do governo PSD/CDS, o grande capital viu interrompidos alguns dos seus objectivos mais imediatos – recorde-se a este propósito as intenções de privatização total da TAP, da Carris, do Metro de Lisboa ou CGD que estavam na forja – e tendo sido possível, pela acção decisiva do PCP, avançar, ainda que de forma limitada, com a reposição e conquista de direitos e rendimentos muito para lá do que o PS admitia, não é menos verdade que sem ruptura com a política de direita, não só esses avanços estão ameaçados, como as possibilidades de desenvolvimento do País estão comprometidas.

As opções do PS, convergentes com as opções de PSD e CDS, são um elemento que tornam cada vez mais evidente a necessidade de uma outra política, de uma política patriótica e de esquerda e de um governo que a concretize. Dar força ao PCP, é dar força à luta pela libertação do País da submissão aos interesses do grande capital. É assegurar um Portugal com futuro.

www.avante.pt


11
Jan18

A luta na Panpor já deu alguns resultados

António Garrochinho


panpor 06










A luta dos trabalhadores da Panpor já surtiu alguns resultados, informou o SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação e Bebidas. A administração desta empresa do sector alimentar, sediada em Rio Maior, Santarém, já assumiu um aumento salarial de 20 euros, para todos os trabalhadores, e o salário mínimo  de 600 euros na empresa.
O SINTAB contactou administração da Panpor para a realização de uma reunião, no dia 22 de Janeiro, para continuar a discussão do Caderno Reivindicativo, bem como as questões que estiveram na origem da greve que está a decorrer de 8 a 20 de Janeiro.
O sindicato apela ainda aos trabalhadores que se mantenham unidos na sua luta, em greve. Para depois da reunião com a administração propõe-se realizar novo plenário para tomar decisões, em função do resultado da reunião.
Além das exigências do do Caderno Reivindicativo, os trabalhadores opõem-se ao tempo que são obrigados a trabalhar sem remuneração para além das 8 horas de trabalho diário, em que se inclui a meia hora de refeição determinada pela empresa, a qual não é verdadeiramente tempo de refeição, mas sim tempo de trabalho.
FONTE: SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal

www.cgtp.pt
11
Jan18

NÃO SEI COMO CATALOGAR ESTE VÍDEO, SE, MALUCO, INTERESSANTE, CURIOSO

António Garrochinho

Mente vazia, oficina do capiroto! A artista experimental grega Anna Vasofcursou arquitetura na Universidade de Tessália na Grécia e Belas Artes na Universidade de Artes Aplicadas de Viena, mas caiu de amores mesmo pela animação e vídeos experimentais que já receberam algumas distinções em festivais do gênero. Neste, que ilustra o post, Anna decidiu colocar em prática "as ideias" inovadoras que ela sempre teve sobre os sapatos.

Ela simplesmente acha que os sapatos deveriam servir mais do que simplesmente cobrir nossos pés e acrescentou algumas novas funcionalidades a uma variedade de calçados em seu curioso e estranho, mas divertido vídeo. No fim da gravação, ela recebeu um coquetel de Gardenal, AAS, Lexotan, Cibalena, Valium, Lacto-purga e Aldol. A moça passa bem, mas seus pais foram chorar no banheiro. emoticom - Brincadeira! - emoticom

VÍDEO

www.mdig.com.br
11
Jan18

PM António Costa vai estar amanhã no Algarve

António Garrochinho



O primeiro-ministro António Costa vai estar amanhã, sexta-feira, dia 12 de Janeiro, no Algarve, para participar na reunião do Conselho Regional, em Faro. Ao que o Sul Informação apurou, o programa deverá também incluir uma visita ao hospital da capital algarvia.
António Costa começa a sua visita, de manhã, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, em Faro, participando na reunião do Conselho Regional, órgão consultivo da CCDRA.
O chefe do governo vai ser acompanhado na sua deslocação por Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que tutela as CCDR, bem como pelo secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão (Nelson de Souza).
Tendo em conta o trabalho que tem estado a ser feito para transferir novas competências para os Municípios, bem como os planos do Governo, já aventados antes, de transformação das atuais CCDR em organismos com poderes mais abrangentes, a participação do primeiro-ministro na primeira reunião do ano do Conselho Regional está a ser aguardada com alguma expectativa.
António Costa deverá ainda deslocar-se ao hospital de Faro, que, nos últimos dias, e a exemplo da grande maioria das unidades de saúde de Norte a Sul do país, tem estado nas bocas do mundo, devido à falta de capacidade dos serviços e ao caos nas urgências.
Por outro lado, sexta-feira, 12, é o dia anunciado pela administração das Rotas do Algarve Litoral para terminar, de vez, as obras na EN125. Tendo em conta que o ministro Pedro Marques também tutela o setor das estradas, a visita dos governantes poderá ainda estender-se a essa questão.
O Conselho Regional do Algarve é um órgão consultivo da CCDRA, constituído por 16 presidentes de Câmara do Algarve, por cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas e por representantes dos serviços regionais de vários Ministérios.

www.sulinformacao.pt
11
Jan18

EUA são o país com maior risco de mortalidade infantil entre nações ricas, diz estudo

António Garrochinho


Segundo estudo divulgado pela revista Health Affairs, chance de crianças norte-americanas de até um ano morrerem é 75% maior do que em outras nações ricas
Entre os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os Estados Unidos foram a nação com maior risco de mortalidade infantil durante a primeira década do século 21.

É o que aponta um estudo realizado pelo Hospital Johns Hopkins, em Baltimore nos EUA, divulgado besta segunda-feira (08/01) pela revista Health Affairs. De acordo com a pesquisa, entre 2001 e 2010, o risco de morte de crianças de até um ano foi 76% maior nos EUA do que em outros países da OCDE. Já entre crianças até 19 anos (número utilizado pela pesquisa), este número é de 57%.
Entre os 20 Estados membros da OCDE, os EUA apresentaram o pior índice. Segundo o estudo, "altos índices de pobreza persistentes, reultados educativos pobres e uma rede de seguridade relativamente débil, fizeram dos Estados Unidos o país mais perigoso entre as nações mais ricas para o nascimento de um bebê".
A pesquisa comparou os índices norte-americanos com Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suécia, Suíça, Turquia e Reino Unido.


Segundo o estudo, "altos índices de pobreza persistentes, fizeram dos Estados Unidos o país mais perigoso entre as nações mais ricas para o nascimento de um bebê"


 
Ashish Thakrar, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, afirmou que os dados sobre mortalidade infantil nos EUA vinham aumentando. Em declaração à Agência Efe, o profissional afirmou que, "desde os anos 1980, as estatísticas de mortalidade infantil nos Estados Unidos têm sido mais altas do que as de outras nações outras nações" do norte.
O cientista ainda apontou para casos de mortalidade entre os adolescentes norte-americanos. Segundo Thakrar, entre 2001 e 2010, adolescentes dos EUA entre 15 e 19 anos apresentam um risco "82 vezes mais alto de morrer em decorrência de arma de fogo" do que as outras nações. 
Diante das estatísticas observadas nos EUA, a pesquisa recomenda "políticas de prevenção [que se foquem] nos bebês (até quando começarem a caminhar) e nos adolescentes entre 15 e 19 anos de idade".


operamundi.uol.com.br
11
Jan18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

E DEPOIS DE PERDIDOS OS "TACHOS NACIONAIS" RESTA AOS VENCIDOS DENTRO DE FRONTEIRAS, OS TACHOS EXTERNOS DA UNIÃO EUROPEIA QUE SÃO MUITOS E APETITOSOS.

SIM ! PORQUE ESTA GENTE HABITUADA A TER A ALGIBEIRA RECHEADA, NÃO ESTÁ DISPOSTA A VIVER NA POBREZA MISERÁVEL SIMILAR AOS QUE OS ELEGEM.

O QUE É PRECISO É SERVIR O "PATRÃO", CÁ, EM BRUXELAS, OU EM NOVA YORQUE, E ESPERAR A VELHICE VIVENDO A VIDA DE DEUSES TERRENOS, JÁ QUE OS OUTROS, OS ESOTÉRICOS, SÃO PARA AMEDRONTAR E FAZER REZAR O POVO .

É ESTA A TALHA DOURADA DO CAPITALISMO QUE SOBRESSAI DA LAMA ONDE TENTAM SOBREVIVER OS OBEDIENTES.


António Garrochinho
11
Jan18

Forças apoiadas pela Turquia atacaram bases russas

António Garrochinho


O ataque recente, com drones, a duas bases russas na Síria partiu de uma zona próxima de Idlib, controlada por forças «rebeldes» apoiadas pelos turcos, afirmou esta quarta-feira o Ministério russo da Defesa, que apresentou uma queixa formal a Ancara.
Drones que os militares russos conseguiram interceptar e fazer aterrar; outros sete foram destruídos, no ataque de dia 6
Drones que os militares russos conseguiram interceptar e fazer aterrar; outros sete foram destruídos, no ataque de dia 6Créditos/
O ataque de sábado passado envolveu 13 veículos aéreos não tripulados (conhecidos pela designação inglesa «drone») e foi abortado pelas defesas da base aérea de Khmeimim, perto de Latakia, e da base naval de Tartus.
Num comentário publicado esta quarta-feira no periódico Estrela Vermelha, os militares russos afirmam que os drones foram lançados da aldeia de Muazzara, no Sudoeste da província de Idlib, classificada como «zona de segurança» ao abrigo dos acordos alcançados entre a Rússia, a Turquia e o Irão.
De acordo com o jornal do Ministério da Defesa, a área é controlada pela chamada «oposição moderada» apoiada pelo governo da Turquia, pelo que o Ministério russo apresentou uma queixa formal a Ancara sobre o caso, dirigindo missivas ao chefe do Estado-Maior General turco, general Hulusi Akar, e ao chefe dos serviços secretos, Hakan Fidan, informam a RT e o Muraselon.
As cartas «sublinham a necessidade de Ankara assumir os compromissos relativos ao cumprimento do cessar-fogo por parte das forças armadas sob seu controlo e ao estabelecimento de postos de observação na zona de segurança de Idlib, de modo a evitar ataques semelhantes com drones a quaisquer alvos», lê-se no periódico russo, citado pela RT.
O Ministério russo também publicou uma nova foto dos drones envolvidos no ataque de dia 6, sete dos quais foram destruídos pelo sistema Pantsir-S1 da defesa anti-aérea russa. Os outros seis foram interceptados e impedidos de atingir os alvos.
Nos últimos dias, os militares russos sublinharam que, pese embora a «aparência tosca» dos aparelhos, a preparação de um ataque desta natureza requeria conhecimentos especializados, que os «militantes» podem ter recebido de uma «terceira parte», de um país com alto potencial tecnológico.
O ataque de dia 6 foi o segundo a instalações militares russas na Síria em menos de uma semana. O primeiro, na véspera do novo ano, envolveu uma brigada infiltrada com morteiros na base aérea de Khmeimim, e provocou a morte a dois soldados russos.

www.abrilabril.pt
11
Jan18

O DEBATE

António Garrochinho

QUASE QUE ME PERGUNTO !
O QUE ACONTECEU ?
MUDANÇA DE ESTRATÉGIA ?
CONVENCIDOS DE QUE GANHARÃO A ANTÓNIO COSTA OU QUE SERÃO SEGUNDOS ?

SOBRARÁ PARA TODOS !!!!

FORAM HOJE TÃO SIMPÁTICOS UM COM O OUTRO.
O SANTANA ESCALOPES E O POLUÍDO RIO.


AG
11
Jan18

O QUE MAIS ME INDIGNA É QUE ELES CONHECEM A REALIDADE DAS MISÉRIAS MAS ENQUANTO GOVERNANTES NADA FAZEM PARA AS SOLUCIONAR - Pobreza infantil em Portugal é um ciclo vicioso inadmissível"

António Garrochinho

"Pobreza infantil em Portugal é um ciclo vicioso inadmissível"

"Os pobres de hoje são os grandes contribuintes dos pobres de amanhã e nunca mais se sai disso", defende João Cravinho, que considera urgente quebrar este ciclo.


João Cravinho defende que é preciso quebrar o ciclo da pobreza infantil em Portugal, que considera "de uma injustiça gritante". Respondendo ao desafio do Presidente da República para reinventar o país, o socialista acredita que o combate à pobreza infantil deve ser prioritário.
No habitual comentário da TSF, João Cravinho explica que estamos perante um ciclo vicioso. "Há uma reprodução de más condições, de deficientes oportunidades de educação, de qualificação, de participação na vida social que estão associadas à pobreza infantil de hoje, de tal maneira que os filhos dessas pessoas terão também muito menos oportunidade de fugir à pobreza", afirma.

João Cravinho lembra os mais recentes dados: o risco de pobreza de crianças cujos pais não têm o ensino secundário é de 37%; com o secundário é de 14% e com o ensino superior 4,1%.
"Os pobres de hoje são os grandes contribuintes dos pobres de amanhã e nunca mais se sai disso", defende o comentador, que salienta a urgência de quebrar este ciclo. "É de uma injustiça gritante; é inadmissível que isto aconteça."
Cravinho recorda que o Governo tem uma recomendação da Assembleia de República para criar um programa de combate à pobreza infantil, que acredita que terá sucesso. "Tenho a certeza que vamos reinventar o país".
O antigo ministro socialista refere ainda que é preciso uma transformação de fundo, defendendo que "não faz sentido combater a pobreza infantil e depois deixar as crianças enfrentar grandes barreiras de classe."
"O país tem de valorizar todos os recursos humanos, tem de dar oportunidades a todos os elementos da sua população de modo a poder realizar o seu potencial."

11
Jan18

VAMOS LÁ !

António Garrochinho

ESTOU COMPLETAMENTE DE ACORDO QUE A PRIORIDADE É EVITAR O REGRESSO DOS FASCISTAS psd/cds À GOVERNAÇÃO.

SÓ ISSO ?

NÃO NOS ESTAMOS A ESQUECER DE NADA ? A GOVERNAÇÃO ANTIGA E ACTUAL DO PS !
QUEM VAI RESOLVER OS PROBLEMAS (MUITOS) COM QUE O POVO PORTUGUÊS SE DEBATE ?

O POVO ?

ESTOU DE ACORDO ! O POVO PRECISA RESOLVER OS SEUS PROBLEMAS E TEM QUE O FAZER DE UMA VEZ POR TODAS, E SÓ ELE O PODERÁ FAZER.

É ASSIM TÃO DIFÍCIL COMEÇAR ?

António Garrochinho
11
Jan18

A mediocridade a que chegou o debate público e parlamentar

António Garrochinho

Ontem, no primeiro debate parlamentar do ano, o primeiro-ministro anunciou as prioridades políticas para 2018 mas ficou a falar sozinho. É que os deputados não estavam ali para falar de coisas  substantivas. Interessavam-lhes outras matérias. Era o que faltava, num momento em que o debate público está tão interessante, iam agora falar de “prioridades para 2018”!  Que se lixem as prioridades. Podiam lá perder os temas da agenda mediática que, esses sim, aquecem os debates e dão visibilidade aos “bons” líderes, que são aqueles que conseguem encostar o governo às cordas!
A ministra da justiça deu nessa manhã uma entrevista na qual se atreveu a ter uma opinião pessoal (jurídica, segundo disse) sobre a duração do mandato da procuradora-geral da República. Azar o dela, o fogoso líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, pegou nas palavras da ministra e bombardeou  o primeiro-ministro porque  a ministra não pode ter opiniões jurídicas e portanto o PM é responsável pelo que dizem os ministros. E temos então a direita, seguida por jornalistas e comentadores, em defesa da procuradora-geral, como se esta tivesse sido ofendida na sua honra e como se falar no assunto enfraquecesse o seu trabalho e as funções que exerce! Um director de jornal queria até “um elogio e um obrigada” a Joana Marques Vidal!  Azar o deles, a própria procuradora-geral afirmou há pouco tempo que o seu mandato é “mandato único” no que é secundada pelo sindicato dos magistrados do Ministério Público, isto é,  a opinião jurídica da ministra da Justiça corresponde à da própria Joana Marques Vidal. Faltou ao PSD  e aos jornalistas e comentadores que o seguiram  fazerem o trabalho de casa.
Este episódio mostra a mediocridade a que chegou o debate público. O PSD e o CDS  não querem debater assuntos substantivos e limitam-se a confrontar o primeiro-ministro com coisas que vão lendo nos jornais e vendo nas televisões. Menorizando e desprezando a capacidade dos portugueses para se interessarem por temas que influenciam a sua vida e o seu quotidiano  entretêm-se em desafios ao primeiro-ministro para tentarem “apanhá-lo”  com perguntas de algibeira do tipo “teste americano”.
Não admira, pois, que a campanha para a liderança do PSD seja a vacuidade a que temos assistido.  Santana Lopes, que segundo os jornalistas e comentadores encostou o seu rival às cordas no primeiro debate televisivo, disse na SIC perante o silêncio da entrevistadora que só com outro líder do PS o PSD, sob sua liderança, apoiaria um governo minoritário do PS, porque António Costa não pediu desculpa por governar sem ter ganho as eleições. Ninguém lhe explicou o ridículo da afirmação talvez porque ninuém o leva a sério nem a própria entrevistadora.
E assim vai o debate público mediático, transformado em anedotário permanente sem que se vislumbre solução que salve a credibilidade da política, dos partidos e de um jornalismo que encontra na guerrilha partidária e nos fait-divers da pequena política alimento para  sobreviver.

 estrelaserrano@gmail.com

vaievem.wordpress.com
11
Jan18

Grupo de 60 personalidades pede à AR que tente "travar a Altice"

António Garrochinho
Objetivos passam por "impedir a aquisição do grupo Media Capital" e "reverter a situação que afeta os jornalistas e outros trabalhadores"
Em comunicado, estes primeiros signatários da petição "É necessário travar a Altice", explicam que pretendem "travar as ilegalidades e o despedimento de centenas de trabalhadores, promover a retoma do controlo público da PT [Meo, comprada há três anos pela Altice]".
Ao mesmo tempo, querem "impedir a aquisição pela Altice do grupo Media Capital, reverter a situação, que afeta os jornalistas e outros trabalhadores da comunicação social, vetar a criação de um conglomerado com uma posição de domínio na televisão, rádio, produção de conteúdos, telecomunicações e internet".
"O objetivo é entregar na Assembleia da República as assinaturas necessárias para obrigar à respetiva discussão e, simultaneamente, promover na opinião pública e nas forças políticas a consciência de que é necessário travar", adiantam.
Entre os subscritores estão o antigo presidente do Sindicato dos Jornalistas Alfredo Maia, o economista Carlos Carvalhas, a representante do Conselho de Opinião da RTP Deolinda Machado, a atriz Fernanda Lapa, os jornalistas Fernando Valdez e José António Cerejo, os advogados Helena Casqueiro e José Amaro, as deputadas Diana Ferreira e Rita Rato (ambos do PCP) e ainda os jornalistas e docentes universitários Carlos Camponez e Fernando Correia, entre outras personalidades.
A Altice, que comprou há dois anos a PT Portugal por cerca de sete mil milhões de euros, anunciou em julho que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios.
Porém, foram várias as entidades que se opuseram ao negócio, incluindo partidos, empresas de telecomunicações e grupos de meios de comunicação social, com a Impresa e a Sonae (dona do jornal Público) a serem as mais contundentes.
O negócio teve parecer negativo da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e o mercado ficou, então, a aguardar o parecer da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social, considerado pela AdC como vinculativo.
Este parecer acabou por ser conhecido em outubro e gerou várias críticas já que os três membros do Conselho Regulador da ERC não chegaram a acordo sobre a proposta de compra.
O processo passou para a alçada da AdC, esperando-se desenvolvimentos no início deste ano.
Hoje, a Altice anunciou a separação das atividades nos Estados Unidos e na Europa por motivos de "transparência", mas as duas empresas continuam sob o controlo do bilionário francês Patrick Drahi.
As duas novas entidades passam a ter as designações Altice Europe que reúne a Portugal Telecom, Telecom, BFM e as publicações francesas Libération e LÉxpress, entre outras empresas, e Altice USA, que integra as operadoras de cabo Suddenlink e Cablevision (Optium).
Por sua vez, a Altice Europe vai reestruturar-se em várias unidades como Altice France, Altice International e uma nova filial com a designação Altice Pay TV.
Entretanto, nos últimos meses, a Altice/PT tem sido alvo de protestos por motivos laborais.

www.dn.pt
11
Jan18

Alargamento da ADSE pode chegar a 118 mil novos beneficiários

António Garrochinho
O alargamento da ADSE aos trabalhadores do Estado ou de empresas públicas com contrato individual de trabalho e a pessoas que já trabalham na administração pública mas que estão fora deste sistema de assistência na doença poderia levar à entrada de 118 mil novos beneficiários. Este número consta do "cenário realista" de um estudo sobre as condições de adesão de novos beneficiários ao subsistema de saúde dos funcionários públicos.
A proposta de alteração ao decreto-lei que regula os benefícios da ADSE, e que abrirá o subsistema de saúde a novos beneficiários, já conheceu várias versões, mas não conseguiu ainda reunir o consenso do Conselho Geral e de Supervisão, um órgão com 17 elementos onde têm assento sindicatos, reformados, governo, autarquias e regiões autónomas.
A análise deste dossiê irá agora ser retomada e o tema deverá ser abordado já na reunião que vai ter lugar amanhã - ainda que o ponto principal da agenda seja a revisão da tabela de preços das consultas de clínica geral e de especialidade.
Num parecer aprovado por unanimidade em novembro de 2017, o Conselho Geral e de Supervisão sugere ao conselho diretivo, liderado por Carlos Baptista, que avance com uma proposta que crie condições para que, numa primeira fase, possam ser integrados na ADSE os trabalhadores permanentes da administração pública com contrato individual de trabalho, nomeadamente os dos hospitais EPE.
Nesta fase, o alargamento deve ainda abranger os beneficiários que anularam a inscrição na ADSE (e que pelas regras em vigor estão impedidos de regressar), bem como os que, tendo direito a inscrever-se, não o fizeram dentro do prazo.
O referido estudo precisa que a inclusão destas situações somada aos contratos a prazo e aos trabalhadores de empresas públicas e do setor social levaria a um número potencial entre 174 mil novos beneficiários (no cenário mais otimista) e 118,7 mil (no realista) de novas adesões. O número efetivo deverá, no entanto, ser mais limitado já que a extensão aos contratos individuais de trabalho deverá visar preferencialmente os que estão nos Hospitais EPE e situações semelhantes. Estarão neste caso cerca de 40 mil pessoas a que haverá a juntar os cerca de 30 mil precários em análise no âmbito do programa de regularização e ainda o grupo de cerca de 3000 renúncias.
A proposta de alteração das regras dos benefícios contempla ainda o alargamento da ADSE aos cônjuges dos atuais beneficiários e aos filhos até aos 30 anos, mas os membros do CGS querem ter acesso a informação mais detalhada sobre o impacto financeiro desta medida.
As soluções que têm sido colocadas em cima da mesa apontam para que o desconto dos cônjuges (beneficiários associados) seja diferenciado em função da sua idade e do seu rendimento mensal. O estudo conclui que em ambos os cenários analisados (tendo em conta uma subida da despesa por beneficiário em linha com o observado entre 2012 e 2016 ou assumindo um fator de atualização de 7% no regime convencionado e de 6% no regime livre) a contribuição paga pelos novos associados supera o gasto previsto.
A despesa vai aumentando com a idade - enquanto a despesa média com um beneficiário entre os 30 e os 40 anos ronda 245 euros por ano, para quem tem entre 70 e 80 anos, o valor aumenta para 899 euros.
E este foi um dos motivos que terá levado a que na última proposta de alteração dos benefícios se limitasse a entrada dos cônjuges dos beneficiários titulares aos que têm até 60 anos. Uma solução que tem gerado algumas divergências. Rosário Gama, presidente da associação de reformados e pensionistas Apre!, é um dos elementos do CGS que discorda desta limitação.
Todos estes impactos e custos terão ainda de ser mais bem estudados e fundamentados. E o mesmo se espera sobre a revisão das tabelas de preços. Ao DN/Dinheiro Vivo, Eugénio Rosa, que representa a Frente Comum, afirma não ser contra o alargamento da ADSE, mas sublinha a necessidade de este respeitar a matriz da ADSE e de ser avaliado o seu impacto na sustentabilidade do sistema. José Abraão, secretário-geral da Fesap, refere que a criação da figura do beneficiário associado deve ser bem fundamentada. E, sobre a revisão das tabelas de preços, salienta a necessidade de se acautelar que o valor pago pelo beneficiário não é aumentado.

www.dn.pt
11
Jan18

O mandato longo e único do PGR não está na Constituição. Mas devia estar

António Garrochinho





A suspeição que se instalou mal se pôs a possibilidade de fazer com esta PGR o mesmo que se fez com os dois anteriores prova que qualquer recondução de qualquer PGR obriga a leituras políticas dos seus mandatos, contribuindo para a politização do Ministério Público. Por isso, a própria procuradora defendeu, em 2016, o mesmo que a ministra: que o mandato dos PGR é único.
Esteve mal a ministra da Justiça ao declarar publicamente o seu entendimento sobre o mandato de seis anos para o Procurador Geral da República. Que é um mandato longo salta à vista, que é um mandato único é matéria de interpretação, já que isso não está expresso na Constituição. O facto de ter sido essa a interpretação nos últimos 17 anos deveria chegar para que a decisão de seguir a tradição não fosse motivo de suspeita. Mas não chega para ser indiscutível. A ministra da Justiça, que não fala como jurista, não é a pessoa indicada para se envolver, por agora, nesse debate. Um debate que queima, como aqui escreveu Ricardo Costa. E esteve mal porque pré-anunciou a não recondução de Joana Marques Vidal quando essa decisão cabe ao primeiro-ministro e ao Presidente da República. Criou um incidente desnecessário.
Dito isto, considero que Joana Marques Vidal deve ser reconduzida? Porque está a fazer um mau mandato? Pelo contrário, o balanço que faço é globalmente positivo. E no que é negativo as coisas estão apenas como sempre estiveram.
Joana Marques Vidal não deve ser reconduzida porque o mandato único de seis anos é a melhor forma de garantir independência face ao poder político sem concentrar demasiado poder num só magistrado. É por isso mesmo que Souto Mouro e Pinto Monteiro não foram reconduzidos, sem que isso fosse sequer um debate. Ou foi por razões políticas que não foram reconduzidos, como o PSD agora insinua?
Reconduzir Joana Marques Vidal (ou qualquer outro PGR) seria voltar aos tempos em que Cunha Rodrigues concentrava imenso poder e daria aos políticos a capacidade de pôr PGR a trabalhar para o segundo mandato. Seja fazendo-lhes favor, seja tornando-os reféns. Nem uma coisa nem outra são saudáveis. O mandato longo e único não está na Constituição mas devia estar.
A suspeição que se instalou mal se pôs a possibilidade de fazer com esta PGR o mesmo que se fez com os dois anteriores é a melhor prova que a recondução obriga a leituras políticas dos mandatos dos PGR contribuindo para a politização do Ministério Público. Para não ficar sob suspeita, qualquer governo teria de reconduzir eternamente qualquer PGR que estivesse a investigar políticos. E o facto de haver tanta gente que acha que os julgamentos fundamentais dependem de Joana Marques Vidal já devia servir de aviso. Não podem depender. Não pode ser assim que a justiça funciona.
A acusação de tentativa de intromissão do poder político na Procuradoria Geral da República, por se dizer que se acha que se deve fazer o mesmo que se fez nos últimos 17 anos, é totalmente descabida. A ministra, mesmo que não o devesse fazer, concluiu o que todas as pessoas atentas já tinham concluído: que, desde que os mandatos do PGR passaram para seis anos, todos os que ocuparam o cargo apenas estiveram lá um mandato. Mas tudo o que era banal nos últimos vinte anos passou a ser escandaloso nos últimos dois.
A reação da oposição política e mediática, tentando passar a ideia que estamos perante um afastamento, que já levou a artigos delirantes em que se acusa o governo de um Watergate à portuguesa, é especialmente absurda quando se sabe que Joana Marques Vidal disse, em 2016, exatamente o mesmo que Francisca Van Dunem: “O mandato tem uma duração única de seis anos”. Nisto, Joana Marques Vidal e a ministra estão de acordo. E foi só isso que a ministra disse.

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 10/01/2018)  
11
Jan18

PCP demonstra solidariedade com os trabalhadores - Jerónimo de Sousa visita trabalhadores da Triumph

António Garrochinho


Jerónimo de Sousa deslocou-se esta tarde ao piquete de trabalhadores à porta das instalações da antiga Triumph, no concelho de Loures, em solidariedade com a sua causa e em defesa da continuidade da fábrica.
Jerónimo de Sousa foi recebido calorosamente pelas trabalhadoras presentes
Jerónimo de Sousa foi recebido calorosamente pelas trabalhadoras presentesCréditos
Os trabalhadores da Gramax (antiga Triumph) estão em vigília à porta da empresa desde sexta-feira, para impedir a saída das máquinas e exigir os salários em atraso, depois de terem tomado conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência.
Nas conversas, Jerónimo de Sousa valorizou a determinação e a firmeza dos trabalhadores na defesa dos seus direitos, que, mesmo sob frio e chuva intensa, não permitem que o caso caia no silêncio.
O secretário-geral do PCP reiterou que, no imediato, «é urgente que a empresa em questão pague aquilo que deve aos trabalhadores», e defendeu a continuidade da empresa.
«Não existe uma razão justificativa para encerrar esta unidade de produção», afirmou Jerónimo de Sousa, sendo por isso «importante salvar esta empresa», pô-la a laborar (…), pois estamos perante uma empresa sem dívidas, que tem mercado, com viabilidade e que tem o conhecimento e saberes dos trabaklhadores.
Nesse sentido, garantiu o uso de todos os meios ao seu alcance, incluindo a apresentação de um projecto de resolução contra o encerramento, e afirmou que vão «chamar o ministro da Economia» para exigir esclarecimentos e confrontá-lo com este caso.
«Se o ministro esteve presente quando a empresa foi vendida e reabriu, então nesta situação também se justifica a sua presença, porque não basta estar nas horas boas, também é preciso estar nas horas más», disse Jerónimo de Sousa às dezenas de trabalhadoras à sua volta.
O secretário-geral do PCP referiu ainda o quão importante é o Governo pronunciar-se sobre este caso e lembrou que este não pode «limpar as mãos desta situação», tem que «dar garantias a estas trabalhadoras com salários em atraso» e não pode «ficar indiferente».

«Sr. Marcelo venha dar um bocadinho de apoio»

No final da visita, na qual o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, também esteve presente, as trabalhadoras agradeceram a presença de Jerónimo de Sousa e todo o apoio que o PCP tem prestado.
As trabalhadoras lamentaram ainda que o Presidente da República e o primeiro-ministro não tenham vindo ao pequeno-almoço solidário na segunda-feira, para o qual foram convidados, mas afirmam que gostavam que viessem, ficando assim à sua espera.


www.abrilabril.pt
11
Jan18

A idiotização da sociedade como estratégia de dominação

António Garrochinho


Por Fernando Navarro

A idiotização da sociedade como estratégia de dominação


Para o conseguir o poder vale-se do entretenimento vazio, com o objetivo de embotar a nossa sensibilidade social, e acostumar-nos a ver a vulgaridade e a estupidez como as coisas mais normais do mundo, incapacitando-nos de poder alcançar uma consciência crítica da realidade.

No entretenimento vazio, o comportamento tosco e irrespeitoso é considerado como valor positivo, como podemos ver constantemente na televisão, nos programas lixo chamados “do coração” e nas tertúlias espetáculo em que a gritaria e a falta de respeito é a norma, sendo o futebol espetáculo a forma mais completa e eficaz que o sistema estabelecido tem para estupidificar a sociedade.

Nesta subcultura de entretenimento vazio, o que se promove é um sistema baseado nos valores do individualismo possessivo, e a solidariedade ou o apoio mútuo são considerados como algo de ingénuo. No entretenimento vazio tudo está pensado para que o indivíduo suporte estoicamente o sistema estabelecido sem refilar. A história não existe, o futuro não existe; só o presente e a satisfação imediata é o que procura o entretenimento vazio. Por isso não é de estranhar que proliferem os livros de autoajuda, autentica bazófia psicológica, o misticismo do Coelho, ou infinitas variantes do clássico “como ser milionário sem esforço”.

Em última instância o que se passa no entretenimento vazio, é convencer-nos que nada se pode fazer: que o mundo é tal como é, e impossível de mudar, e que o capitalismo e o poder opressor do Estado são tão naturais e necessários como a própria força da gravidade. Por isso é corrente escutar: “é algo muito triste, é certo, mas sempre houve pobres oprimidos e ricos opressores e sempre os haverá. Não se pode fazer nada”.

O entretenimento vazio conseguiu a proeza extraordinária de fazer com que os valores do capitalismo sejam também os valores dos que se vêem por ele escravizados. E isto não é recente, La Boétie, já no longínquo século XVI disso se apercebeu claramente, expressando a sua estupefação no pequeno tratado ‘Sobre a servidão voluntária’ em que constata que a maior parte dos tiranos perdura unicamente devido à aceitação dos próprios tiranizados.

O sistema estabelecido é muito subtil, com as suas manhas forja as nossas estruturas mentais, e para isso vale-se do púlpito que temos em nossas casas: a televisão. Nela não há nada que seja inocente, em cada programa, em cada filme, em cada notícia, transpira sempre os valores do sistema estabelecido, e sem nos apercebermos, crentes que a verdadeira vida é assim, introduzem os seus valores nas nossas mentes.

O entretenimento vazio existe para ocultar a evidente relação entre o sistema económico capitalista e as catástrofes que assolam o mundo. Por isso é necessário que exista o espetáculo vácuo: para que enquanto o individuo se auto degrada rebolando-se no lixo que o poder lhe injeta pela televisão, não veja o óbvio, não proteste e continue permitindo que os ricos e poderosos aumentem o seu poder e riqueza, enquanto os oprimidos do mundo seguem padecendo e morrendo no meio de existências miseráveis.

Se continuarmos permitindo que o entretenimento vazio continue modelando as nossas consciências, e portanto o mundo, acabará livremente por nos destruir. Porque o seu objetivo não é outro que de criar uma sociedade de homens e mulheres que abandonem os seus ideais e aspirações que os fazem rebeldes, para se conformarem com a satisfação de umas necessidades induzidas pelo interesse das elites dominantes. Assim os seres humanos ficam despojados de toda a personalidade, convertidos em animais vegetativos, sendo desativada por completo a velha ideia de lutar contra a opressão, atomizados num enxame de egoístas desenfreados, deixando as pessoas sós como nunca, desvinculadas entre si, absortas na exaltação de si mesmas.

Assim, e deste modo, aos indivíduos já não lhes resta mais energia para mudar as estruturas opressoras (que além disso, não são percetíveis como tal), já lhes faltam as forças e coesão social para lutar por um mundo novo.

Não obstante, se quisermos rever tal situação de alheamento a que estamos submetidos, só nos resta como sempre a luta, só nos resta contrapor outros valores diametralmente opostos aos do espetáculo vazio, para que surja uma nova sociedade. Uma sociedade em que a vida dominada pelo absurdo do entretenimento vazio seja somente uma recordação dos tempos estúpidos em que os seres humanos permitiram que as suas vidas fossem manipuladas de maneira tão obscena.


Resumen Latinoamericano*, 10 de enero 2018.
Por Fernando Navarro

aspalavrassaoarmas.blogspot.pt

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •