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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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29
Jan18

380 mil toneladas de leite em pó nos armazéns da Comissão Europeia - Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, esteve na semana passada em Liège de visita a um dos armazéns usados pela Comissão Europeia para guardar o leite em pó

António Garrochinho



Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, esteve na semana passada em Liège de visita a um dos armazéns usados pela Comissão Europeia para guardar o leite em pó comprado nas diversas intervenções previstas na PAC para evitar a derrocada dos preços.
Na sequência do fim das quotas leiteiras, a compra e o armazenamento de leite em pó representa o único instrumento disponível para regular o mercado. Mas como ficou provado este instrumento mostrou-se totalmente inoperante. Existem hoje 380 mil toneladas de leite em pó armazenado, grande parte dos quais resultante de compras entre 2015 e 2016.
Esta situação coloca dois problemas de grande relevância: em primeiro lugar, futuras compras estão neste momento vedadas tendo em conta que o limite máximo de armazenamento está esgotado; em segundo lugar, e tendo em conta que o prazo de validade de três anos estará quase esgotado para uma parte significativa do leite em pó armazenado, coloca-se a questão sobre o destino a dar-lhe. As ofertas de leite em pó a 119 euros/ton não têm suscitado o interesse da indústria. Ou seja, estamos na eminência de ter de destruir milhares de toneladas de leite, quando milhões de pessoas são afectadas pela fome e sub-nutrição.
Esta situação demonstra a completa falência da estratégia liberalizadora da PAC e do erro que foi a eliminação das quotas leiteiras. A atual situação, para além de completamente insustentável e ineficaz, representa um desperdício de recursos para as finanças da UE que compraram o leite a 160-170 euros/t e continuam a custear a armazenagem, vendo-se agora sem soluções para escoar as 380 mil toneladas armazenadas.
O PCP, através do deputado Miguel Viegas, dirigiu uma questão à Comissão Europeia (em anexo) sobre o assunto. O PCP reclama uma intervenção urgente que evite o desperdício de todo o leite cujo prazo de validade está a chegar ao fim, que poderá passar pelo seu escoamento através do Programa Alimentar Mundial e do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Reclama também a reposição dos instrumentos públicos de regulação da oferta por forma a evitar excedente e salvaguardar a produção em cada estado.



www.pcp.pt

29
Jan18

Conheça as 20 maiores fraudes da história da música

António Garrochinho


Roubos, plágio, contratos fraudulentos e roubo. Vale tudo para vingar no mundo da música

O mundo do espetáculo é um meio cruel e a música não é exceção. Entre plágios, playbacks, contratos fraudulentos e até roubos, vale tudo para vingar nos tops. O El País conta quais foram os 20 maiores embustes na história da música.

Milli Vanilli

A dupla foi descoberta pelo produtor alemão Fran Farian, enquanto apareciam nos espetáculos de Sabrina como dançarinos de apoio. Os jovens Fab Morvan e Rob Pilatus chamaram à atenção do produtor pelas suas capacidades de dança e sex appeal. Só tinham um pequeno problema… Não sabiam cantar. Esse pequeno impasse foi rapidamente resolvido pelo produtor, que contratou cantores e músicos que gravaram os discos. A dupla foi um sucesso de vendas e chegou mesmo a ganhar um Grammy. O grupo só foi desmascarado em 1990, quando um dos cantores que gravou o disco, Charles Shaw, disse a um jornal que era ele que cantava e que os dois jovens eram uma fraude. O produtor Frank Farian acabou por vir a público expor o caso. Os Milli Vanilli tentaram ainda gravar um disco autêntico, mas a estratégia não resultou. Rob, um dos membros da dupla, não lidou bem com o escândalo e acabou por morrer de overdose em 1998.
Milli Vanilli

Jordy

O menino francês de apenas quatro anos foi um êxito fenomenal e chegou mesmo a figurar no Livro de Recordes do Guiness como o artista mais novo a atingir o número 1 em todo o mundo. A história do seu sucesso começou com “Dur dur d’être bébé!”, uma canção com uma musicalidade dance onde Jordy explicava as dificuldades de ser criança. A jovem criança editou três álbuns. Os dois primeiros vingaram no mercado, mas o terceiro já não foi tão bem recebido. Os grandes impulsionadores da carreira precoce de Jordy foram os seus pais, o produtor Claude Lemoine e a compositora Patricia Clerget. Se, por um lado, tornaram possível o triunfo do filho, por outro, foram também eles que estoiraram todo o dinheiro que a criança fez nos primeiros anos de vida. O casal acabou por se divorciar e Jordy nunca chegou a tocar num cêntimo da fortuna que arrecadou. Acabou por fazer reality shows para ganhar dinheiro.
VÍDEO

U2

Em 1992, a banda irlandesa estreava um novo formato de espetáculo na digressão mundial Zoo TV Tour. Este novo modelo incluía vários efeitos multimédia. O trabalho de sincronização do som com a imagem era difícil e, para garantir que nada corria mal ao vivo, os U2 decidiram gravar as músicas antecipadamente. Ainda assim, as falhas frequentes de sincronização denunciaram o esquema e provocaram descontentamento entre o público, que os acusou de fraude. O vocalista dos Kiss, Gene Simons, criticou a banda dizendo que “se, como os U2, cobras 100 dólares pela entrada, fazer mímica sincronizada é uma falta de honradez” . Ironicamente, os Kiss foram apanhados a fazer playback uma década depois do escândalo dos U2. A banda pediu desculpas no Twitter.

Technotronic

O grupo de eurodance belga atingiu o sucesso com temas como “Pump up the jam”. A dupla era composta por MC Eric e Manuela Kamosi, mais conhecida como Kid K. Mas quem aparecia no vídeo do tema nao era Kid K, mas sim a modelo Felly Kilingi, muito mais atraente que a cantora. Em 2009, 20 anos depois do disco ter sido lançado, MC Eric confessou que “o contrato feito com Kid K era ilegal porque ela era menor de idade. Quanto toda a gente se deu conta, era tarde, porque a canção já era um êxito nas discotecas. Por isso, encontraram esta rapariga que parecia africana e tinha uma imagem muito mais forte. A empresa escolheu-a sem que soubéssemos”. A partir do lançamento do segundo disco, Kid K passou para a linha da frente, aparecendo em todas as fotografias e vídeos e tocando ao vivo, mas o êxito nunca mais foi o mesmo.
A empresa discográfica usou a modelo Felly Kilingi na capa do álbum
A empresa discográfica usou a modelo Felly Kilingi na capa do álbum

Leonard Cohen

Em 1994, o cantor decidiu fazer um retiro num mosteiro em Los Angeles. Deixou a contabilidade e gestão do seu dinheiro ao cargo de Kelly Linch, que era sua assessora financeira há 17 anos e com quem mantinha relações românticas esporádicas. Kelly fugiu com os cinco milhões de dólares que o cantautor canadiano tinha poupado. Cohen teve que abandonar o retiro e voltar às digressões para reuprar algum do dinheiro que perdeu. A sua contabilista acabou por ser condenada a 18 meses de prisão.

Rihanna

A cantora dos Barbados não tem qualquer problema em usar samples de outras canções como fez, por exemplo, em “Don’t Stop the Music” em que usou um sample da canção “Wanna be Starting Something” de Michael Jackson. Mas o grande problema aparece quando lançou o tema “Bitch Better Have My Money”, um plágio do tema “Betta Have My Money” da rapper Just Brittany.

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Boney M

Este grupo foi mais um dos esquemas engendrado por Frank Farian, o produtor por trás dos Milli Vanilli. E este caso é em tudo semelhante ao que já foi apresentado anteriormente. O produtor juntou um grupo de dois cantores, uma modelo e um DJ, todos eles muito atraentes. Quando o DJ advertiu que não sabia cantar, Frank prontificou-se a fazê-lo por ele. A ideia era formar um grupo negro e exótico que fizesse frente ao grande sucesso que vinha da Suécia — os ABBA. O grupo teve um sucesso tal que Bobby Farrell, o DJ, decidiu que queria cantar. Farian recusou o seu pedido e acabou por substituí-lo por outra pessoa. O público não recebeu bem o novo membro e o produtor alemão teve que convidar Boby Farrel de volta. Ofereceu-lhe mais dinheiro e prometeu mudar o nome do grupo para “Bobby Farrel e Boney M”. Farrel aceitou e o grupo continuou, para agrado do público.

C+C Music Factory

O grupo de dance pop dos anos 90 convidou o rapper Freedon Wiliams e a cantora Martha Wash para participar em êxitos como “Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)”. Mais uma vez, a editora decidiu substituir a cantora por Zelma Davis, uma atraente modelo de 19 anos que figurava nos vídeos e capa do disco. Martha Walsh acusou os produtores e a CBS/Sony de fraude, publicidade enganosa e apropriação comercial.

Michael Jackson

Depois da sua morte foi lançado um disco póstumo com canções alegadamente inéditas. A família, amigos e colaboradores do cantor criticaram o lançamento, já que muitas das músicas não estavam acabadas. Mas foi Paris, filha de Michael Jackson, quem denunciou a fraude deste disco. Grande parte das canções eram cantadas por Jason Malachi e não pelo Rei da Pop. A verdade foi denunciada através da gravação de uma conversa por vídeo entre Paris e vários amigos, que foi dvulgada nas redes sociais. John Malachi acabou por confessar na sua conta de Facebook: “Creio que chegou a hora de confessar. Era eu quem cantava ‘Breaking News’, ‘Keep Your Head Up’, ‘Monster’ e ‘Stay’. Tinha um acordo com a empresa discográfica, mas o gato já está fora da mala (expressão idiomática que equivale a descobrir uma verdade). Perdão a todos os meus fãs e aos fãs de Michael Jackson.”

Billy Joel

À semelhança de Leonard Cohen, também Billi Joel foi roubado, mas este pelo seu agente, Frank Weber. Weber desviou 30 milhões de dólares para oferecer como garantia para empréstimos pessoais e para investir. O cantor, que ganhou seis Grammys e vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo, só se apercebeu do desfalque quando foi alvo de uma auditoria. Na altura, teve que declarar a perda. Acabou por acusar Weber, que era padrinho da filha do cantor e tinha sido seu cunhado, por fraude e apropriação indevida.

Selena Gomez

A cantora foi apanhada a fazer playback num concerto em Fairfax, Virginia. Enquanto cantava o tema “Slow Down”, Selena caiu, mas a música continuou a tocar como se nada tivesse acontecido. O momento foi gravado em vídeo e divulgado no Youtube.

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The Monkees

O grupo foi criado para fazer frente aos Beatles. Tiveram muito sucesso até os membros do grupo começarem a tentar fazer música. Michael Nesmith, Davy Joes, Micky Dolenz e Peter Tork foram os quatro selecionados de um casting onde aparecerem mais de 500 rapazes. Os jovens só tinham que aparecer na televisão e nas capas dos discos. A música estava a cargo de outras pessoas. A banda começou a reinvindicar que queria tocar ela própria a música e, de tanto insistir, os seus membros acabaram por ter uma oportunidade. Infelizmente, essa oportunidade surgiu na altura em que os quatro fantásticos de Liverpool lançaram o Sgt Pepper’s Lonely Heart Club Band. O êxito do álbum da banda britânica esmagou completamente os The Monkees.

Frank Sinatra

Foi ele quem inventou o conceito de “fãs”. Em 1942, o agente de comunicação do famoso crooner contratou raparigas para, a troco de 5 dólares, gritarem pelo cantor e desmaiarem nos seus concertos. Anos depois, também os Beatles adotariam a mesma tática.

Lin Miaoke

Na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, Lin Miaoke, uma menina de nove anos, deliciou o público com a sua atuação. Mas o escândalo rebentou quando se descobriu que quem estava a cantar era uma outra menina, Yang Peiyi, que foi preterida por ter os dentes tortos. O diretor musical do evento justificou a escolha por ser de “interesse nacional”, já que queriam “projetar a imagem correta” e Lin Maoke foi escolhida por ser “muito engraçada”.

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The Beatles

John Lennon foi acusado de plagiar a canção “You Can’t Catch Me” de Chuck Berry. Lennon acabou por admitir que “Come Together” foi inspirada no tema, e chegou a um acordo com a editora de Chuck Berry em que prometeu que gravaria outras canções do artista. Em 1975, editou o álbum Rock’n’Roll em que cumpriu com o acordado. Ainda assim, a editora processou-o por plágio. Em sua defesa, Lennon disse que “sim, era eu a compor sobre um velho tema de Chuck Berry. Apesar de que não é nada como a canção de Chuck Berry, levaram-me a julgamento porque o admiti uma vez há anos. Deixei uma linha da letra igual, que poderia ter mudado por outra. A canção continua a ser minha, independentemente de Chuck Berry ou qualquer outra pessoa no mundo.”

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Héroes del Silencio

Em 2007 o grupo espanhol percorria o seu país e o continente americano com a digressão de despedida. Em Espanha só visitaram três cidades, por isso foram muitos aqueles que se deslocaram até Sevilha para ver a mítica banda de rock dos anos 80. Mas a desilusão foi grande para aqueles que estavam nas primeiras filas do estádio olímpico La Cartuja quando se aperceberam que o vocalista nem se esforçava para mexer os lábios ao som do playback e que o instrumental que se ouvia não correspondia aos instrumentos que figuravam em palco. Muitos espetadores correram logo à internet a exigir que lhes fossem pagas indemnizações mas o seu pedido não foi atendido.

Modern Talking

O duo alemão, composto por Thomas Anders e Dieter Bohlen, marcou os anos 80. Venderam 120 milhões de discos, arrecadando uma pequena fortuna. Mas em 2001, já a banda tinha deixado o ativo há muito, veio a público que as vozes que se ouviam não eram as de quem dava a cara. Os verdeiros intérpretes dos temas eram Rolf Köhler, Detlef Wiedeke e Michael Schol. Quando o esquema se tornou público, os três cantores decidiram investir num trio, mas acabaram por não conseguir.

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Credence Clearwater Revival

O líder do grupo, John Fogerty, foi acusado de ter plagiado o tema “Good Golly, Miss Molly” quando compôs “Travelin’ Band”. Fogerty foi levado à justiça, mas chegou a acordo fora dos tribunais. O cantor e guitarrista desculpou-se dizendo que foi um “plágio acidental”. Parece uma desculpa esfarrapada, mas é preciso notar que Fogerty chegou a ser processado por se ter plagiado a ele próprio. A empresa que tinha os direitos de autor do tema “Run Trough the Jungle” processou-o porque “The Old Man Down the Road”, tema que também foi escrito por ele, era demasiado semelhante.

Katy Perry

Em 2011 a cantora tentou convencer o público num concerto em Manchester de que tocava flauta, mas o plano saiu-lhe furado, já que quando afastou o instrumento, a música continuou a tocar. Tentou dar a volta à situação gracejando “Ok, não sei tocar flauta!”, mas o público não achou graça e acabou por divulgar o vídeo do sucedido no YouTube.

Oasis

Noel Galagher é tido por muitos como um génio. Mas a verdade é que a autenticidade dos seus temas foi questionada várias vezes. A lista de influências das suas músicas inclui Stevie Wonder, Monthy Python, Serge Gainsbourg, Pink Floyd, The Doors e até Bach. Mas aqueles que o levaram a tribunal e pelos quais teve que pagar direitos de autor foram o tema “Get It On”, de T. Rex e uma canção usada num anúncio da Coca-Cola dos anos 70. Sobre este último, Galagher respondeu dizendo: “a partir de agora só beberei Pepsi”.

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observador.pt

29
Jan18

10 grandes ideias que foram roubadas dos criadores originais

António Garrochinho

A recente disputa judicial entre Samsung e Apple mostra que o roubo de tecnologia e patentes ainda é uma questão controversa no mundo dos negócios. Digo, "ainda", porque, ao longo da história moderna, muitas ideias que geraram fortunas   foram  creditadas para as pessoas erradas.

A partir da máquina a vapor até a televisão, houve inúmeros casos em que o trabalho inovador de um inventor talentoso foi aproveitado desonestamente. O resultado? As recompensas financeiras sendo colhidas por outra pessoa e o prestígio histórico sendo creditado ao nome indevido.

Leia sobre  10 ideias brilhantes cujas origens podem não estar bem onde os livros dizem.


10 – Rádio: Marconi vs. Tesla


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Na década de 1890, Nikola Tesla descobriu que poderia usar suas eletricamente carregadas "bobinas de Tesla" para transmitir mensagens a longas distâncias, fazendo-as ressoar com a mesma frequência. Patentes de Tesla para este projeto foram aceitas em 1900.
Ao mesmo tempo, um jovem inventor chamado Guglielmo Marconi, estava trabalhando em seu próprio dispositivo para transmissão de sinais a longas distâncias, no entanto,  os pedidos de patente do italiano  foram repetidamente rejeitados devido à prioridade de inventores anteriores.

Incansável, Marconi fez experiências com tecnologias como o oscilador de Tesla para transmitir mensagens a longas distâncias. Tesla inicialmente não deu importância para o fato de  Marconi  estar usando seu trabalho. Ele é citado como tendo dito: "Marconi é um bom sujeito. Deixe-o continuar. Ele está usando 17 das minhas patentes ".

No entanto, isso mudou em 1904, quando o Escritório de Patentes dos EUA decidiu registrar a invenção de Marconi. Tesla, furioso, tentou processar o italiano, mas ele não dispunha de recursos financeiros suficientes para levar o processo adiante. 

Em outubro de 1943, a Suprema Corte dos Estados Unidos considerou ser falsa a reclamação de Marconi que afirmava nunca ter lido as patentes de Nikola Tesla e determinou que não havia nada no trabalho de Marconi que não tivesse sido anteriormente descoberto por Tesla. Infelizmente, Tesla havia morrido nove meses antes. 

9 -  Laser : Gordon Gould vs. Arthur Schawlow & Charles Townes

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Gordon Gould era um estudante de pós-graduação na Universidade de Columbia, quando desenvolveu o primeiro método prático para a criação de um laser. A concepção de Gould 1957 utilizava dois espelhos como um ressoador ótico para criar um feixe coerente de luz focalizado. Ele também cunhou o acrônimo LASER (amplificação de luz por emissão estimulada de radiação).

Infelizmente, Gould erroneamente acreditava que era preciso  criar um protótipo funcional antes que ele pudesse patentear o dispositivo. Isto resultou em ele não  arriscar uma reclamação sobre a sua invenção até 1959, porém, seus colegas de laboratório, não esperaram tanto tempo, e  registraram para eles as patentes para o laser.

Gould passou os 30 anos seguintes em batalhas legais com o Escritório de Patentes dos EUA e as corporações que utilizavam seu laser. Depois de uma longa luta, em 1987,  ele obteve uma vitória sobre as empresas que usavam sua tecnologia . Gould recebeu o crédito de 48 patentes e vários milhões de dólares em royalties.

8 -  Barco a vapor : John Fitch vs. Robert Fulton

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Um dos usos mais imediatamente aparentes do motor a vapor era  o de aumentar a velocidade em barcos. E foi assim que, em 1787, no rio Delaware,o  ex-soldado John Fitch lançou o primeiro barco a vapor, apoiado por fileiras de remos em cada lado.

Infelizmente, para a Fitch, a patente que foi concedida em 1791 não lhe deu o monopólio sobre a  invenção, o que deixou o caminho livre para que inventores posteriores criassem projetos semelhantes. Por esta razão, o inventor Robert Fulton pode patentear um vapor de rodas financeiramente viável e rentável em 1807, sem a necessidade de pagar a família do falecido Fitch um centavo sequer.

As lutas legais de construtores de barcos a  vapor, foram parcialmente responsáveis ??pela a Lei de Patentes de 1790. Esta lei instituiu procedimentos muito mais abrangentes para reivindicar a propriedade de uma invenção nos Estados Unidos.

7 -  O Telefone: Alexander Graham Bell vs. Elisha Gray

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Alexander Graham Bell e Elisha Gray registraram a patente do telefone em 1876, mas ainda permanece a controvérsia em torno de quem foi o primeiro.

Os dois inventores trabalhavam num dispositivo que poderia transmitir sons inteligíveis de um lugar para outro. Em 14 de fevereiro de 1876, Gray apresentou uma patente para o Escritório de Patentes dos EUA. No entanto, no mesmo dia, o advogado de Bell apresentou um pedido de patente com um diagrama muito semelhante.

Há evidências de que um oficial de patente foi subornado para dar a Bell os detalhes da invenção de Gray e que esta foi a base de seu transmissor harmônico, usada para fazer a primeira chamada telefônica do mundo.
Embora Bell mais tarde levasse o desenvolvimento do telefone em outras direções, para uso comercial, há uma forte evidência de que o passo crucial foi fornecido a ele pelo trabalho de Gray.

6 -  Projetor de cinema: Francis Jenkins vs. Thomas Edison

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O projetor de cinema é comumente atribuído a Thomas Edison, mas, como muitas invenções do americano, na verdade foi baseado no trabalho de outros inventores. Embora Edison desenvolvesse um projetor chamado cinescópio, suas imagens eram borradas e difíceis de entender.

No entanto, em 1890, o inventor Francis Jenkins desenvolveu uma máquina melhor chamada de Phantoscope. Esta máquina exibia imagens claramente, por um curto período  de tempo. Porém, o destino final da invenção provou  o quão importante é confiar e saber quem é  realmente o seu parceiro de negócios. Jenkins trabalhou no Phantoscope  com Thomas Armat, e logo, ambos requereram reconhecimento para a invenção.

Após a divisão, Armat passou a trabalhar para Thomas Edison, e do Phantoscope eles desenvolveram o "Edison Vitascope." 

5 - Limpa pára-brisas intermitentes: Robert Kearns vs. Ford e Chrysler

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Incrivelmente, este caso apresenta uma criação roubada por três empresas diferentes simultaneamente. Em 1964, Robert Kearns inventou o limpador de pára-brisas intermitente, que limpa o vidro a cada poucos segundos, em vez de continuamente, proporcionando ao motorista uma melhor visibilidade.

Kearns levou seu projeto para as "três grandes" empresas americanas de automóveis: Ford, General Motors e Chrysler. Todos as três se recusaram a usar a invenção sob licença, ainda que mais tarde passassem a oferecer o limpa pára-brisas intermitente como equipamento opcional em seus carros.

Um Kearns indignado processou a Ford em 1978 e Chrysler em 1982, e acabou ganhando quase  30 milhões de dólares de indenização. Ele disse: "Eu não acho que o objetivo era a magnitude do dinheiro. O que eu vi como o meu papel era o de defender o sistema de patentes. Se eu não ganhasse , não haveria realmente um sistema de patentes ".

4 – Interface gráfica do usuário: Apple vs. Xerox

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A interface gráfica do usuário (GUI) foi essencial na evolução da computação pessoal, tornando-a fácil e intuitiva, mas a história dessa ideia inovadora é tenebrosa. A Xerox desenvolveu a primeira versão totalmente funcional em 1981, porém, viu a tecnologia rapidamente ir para  a concorrente Apple.

Costuma-se dizer que Steve Jobs "roubou" a ideia do GUI da Xerox após várias visitas na  empresa em 1980. Isso não é bem verdade. A Xerox recebeu uma fatia de ações da Apple em troca das visitas dos engenheiros de Jobs.

Mesmo assim, o primeiro Apple Macintosh incorporava uma série de características do PARC da Xerox, e a Apple contratou alguns dos melhores engenheiros da Xerox para trabalhar em protótipos do Macintosh.

3 -  Televisão: Philo Farnsworth vs. Vladimir Zworykin e RCA

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Philo Taylor Farnsworth foi um brilhante inventor americano que afirmava ter 165 patentes em seu nome. Antes dos 15 anos, ele começou a desenvolver o dissector de imagem, um pedaço de tecnologia que tornaria a televisão moderna possível. E em 1927, com a idade de 21 anos, Farnsworth construiu a primeiro protótipo do aparelho.

Em 1930, Vladimir Zworykin, que era um cientista da empresa de eletrônica RCA, visitou laboratório de Farnsworth. Zworykin tinha desenvolvido um modelo semelhante em 1923, mas a patente não foi concedida até 1938, depois de ele ter feito alterações substanciais ao projeto original.

A batalha de patentes sobre a prioridade da invenção seguiu por uma década, com a RCA perdendo tanto o processo judicial inicial bem como o recurso em 1936. No entanto, embora Farnsworth tenha ganhado  o caso nos tribunais, em muitos livros de história, Zworykin ainda está registrado como o inventor da televisão. É verdade que Farnsworth recebeu os royalties da RCA pelas suas patentes,  porém, ele nunca obteve o reconhecimento pela invenção que mudou o mundo.

2 -  Máquina de costura: Elias Howe vs. Isaac Singer

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A máquina de costura é comumente associada com Isaac Singer e à Corporação Singer. No entanto, o inventor Elias Howe originalmente patenteou o projeto em 1846.

Em 1849, Howe processou Isaac Singer por roubar sua ideia, e o litígio resultante se arrastou por vários anos. Ele acabou aceitando um acordo em que ambas as partes formaram um pool de patentes para suas empresas , possibilitando  a Howe, receber os royalties de vendas futuras do seu dispositivo.

Ironicamente, a primeira máquina de costura veio de um inventor anterior. Walter Hunt criou uma máquina de costura com um olho agulha em 1834, mas ele decidiu não patenteá-lo, porque ele imaginava que a invenção levaria ao desemprego.

1 -  Monopólio: Clarence B. Darrow vs. Lizzie Magie

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O Monopólio tem uma história longa e variada. A Quaker  Lizzie Magie criou o jogo em 1903. Na época, ele foi nomeado "Jogo do Senhorio", e foi projetado para ensinar as pessoas sobre a injustiça da propriedade da terra.
Ao longo dos próximos 30 anos, o jogo se tornou popular entre os estudantes universitários, Quakers e socialistas. O nome original foi abandonado e o jogo de tabuleiro ficou conhecido como Monopólio.

Na década de 1930, um vendedor de aquecedores desempregado chamado Clarence B. Darrow viu o potencial de negócios de Monopólio e o patenteou. Após o sucesso em vender versões caseiras do jogo, ele conseguiu vender a ideia à uma empresa de brinquedos, a Parker Brothers.

Em uma reviravolta irônica, na década de 1970, os proprietários de Parker Brothers,  processaram um professor de economia pela comercialização de um jogo que era uma paródia do Monopólio: o Anti-Monopólio. A ação foi rejeitada em segunda instância, quando se percebeu que o jogo original do Monopólio foi, de fato, roubado.


kid-bentinho.blogspot.pt
29
Jan18

A experiência psico-sociológica de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X

António Garrochinho


Este documentário, simplesmente espetacular, narra a história de um jovem russo que decidiu viver 240 dias na solidão da roça tal e qual faziam seus antepassados no século X. Rússia; from the past é uma ideia promissora de 60 minutos de vídeo [em russo, com legendas em inglês] que mostra o desenvolvimento do experimento psico-sociológico, em que principalmente tentavam confirmar ou desmentir algumas crenças que tinham os historiadores sobre a época e também o que acontecia na cabeça do protagonista.

O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Ainda que ficou mais conhecida agora, com o título Alone in the Past, a experiência começou a ser planeada em 2013 e foi realizada entre o outono de 2016 e a primavera de 2017. Pavel Sapozhnikov deixou para trás a tecnologia e o contato humano para viajar ao passado junto com alguns animais de granja em uma cabana de um lugar isolado.
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Em decorrência desse tempo analisa sua evolução mental e algumas histórias do dia-a-dia. No documentário indicam que contato humano era mínimo, uma vez por semana, com uma equipe de psicólogos e historiadores, tão só para trocar impressões, gravar algo de vídeo e recarregar as baterias da câmera que usava diariamente.
Uma nova maneira de ver o sobrevivencialimo
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
O resultado é bastante curioso e o documentário muito interessante sobretudo para os entusiastas do sobrevivencialimo e do movimento da tecnologia primitiva.
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
- "Agora entendi melhor por que antigamente as pessoas cuidavam dos animais: porque eram úteis. Só eram sacrificados quando estavam velhos, para comer. Eu já não poderia matar uma galinha: não seria algo útil, nem prático. A galinha dá ovos, mais ovos ao cabo de um mês do que seu próprio peso... Simplesmente seria estúpido matá-la. O mesmo com as cabras: se você podes ordenhá-las, sacrificá-las é quase uma blasfêmia."
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Com o russo encontrava-se em completa solidão, os animais eram seus únicos amigos. Falava com eles de vez em quando. Ele diz que assim mudou um pouco sua forma de vê-los, porque tinham passado por muitas vicissitudes juntos e que ficou bem claro que a partir dali já não trataria os animais como antes.
O experimento é ótimo, mas tem truque
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
O experimento, lógico, tem um pouco de truque: o protagonista já estreia uma cabana estilo século X, mas equipada: uma construção robusta com três quartos, banheiro, um poço, forno e cerca. Também está bem apetrechado: machados de alta qualidade, cordas, cerâmica, cera.... Sim: tudo certamente do século X ou princípios do XI, mas muito bem preparado no século XXI e abundante. Além disso o celeiro está repleto, por não falar de que também há várias cabras, um cão e mais de uma dúzia de galinhas. Tal e como ele mesmo diz
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
- "Acho que poderia viver 8 ou 10 meses sem fazer absolutamente nada, com toda esta comida que tenho."
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
O mais relevante é que qualifica o estilo de vida como estranhamente estressante, ainda que não fica muito claro se porque era assim para todos ou só se foi o caso pessoal. Há umas dez tarefas diárias a fazer obrigatoriamente, que tomam muito tempo e mal pode descansar e menos entreter-se um pouco.
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Também há o tema da noite: em um mundo sem eletricidade as noites escuras são qualificadas como horripilantes, cheias de ruídos e sombras. É o pior da experiência. Isto, somado a uma febre de várias semanas, lhe levou a fabricar compulsivamente muitas velas, com as quais tentou iluminar o interior da cabana a duras penas. Chega inclusive a ter alucinações visuais -há quem diga que foi por inalar muito monóxido de carbono do fogão- e, como era previsível, quase incendeia a cabana em um momento de distração.
A cabra fantasma
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Pavel narra entre apenado e envergonhado como uma noite uma das cabras escapou e entrou na cabana, fazendo ruídos e quebrando vasilhas e utensílios. O que ocorreu ali então só sabem ele e a (pobre) cabra. O caso é que em um momento de transtorno mental transitório, fruto da ira ou do medo, acabou decapitando a cabra com seu machado. Mas mais ainda: fincou sua cabeça em uma haste, que lembra Game of Thrones na entrada do terreno. Por este incidente -e porque também caçou alguns ratos e pássaros pequenos, que depois exibiu- muitos lhe qualificaram de pouco menos que Vlad o empalador depois de ver o vídeo.
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Detalhes assustadores aparte, o homem sobrevive bem à experiência. Aprende que os sapatos de couro são práticos, mas que as meias não servem de nada porque ficam molhadas continuamente (prefere trocá-las por palha). Também experimenta com formas de cozinhar pão ou roscas com trigo que mói pacientemente; comprova que pode pescar (mas não pesca, também não caça) e em geral que a vida era dura pela solidão: uma estranha combinação de aborrecimento com procrastinação.
O experimento psico-sociológico de viver na solidão da mata com tecnologia primitiva do século X
Com uma higiene um tanto deteriorada e alguns episódios pontuais a mais, como um em que quase corta um dedo com o machado ou que padece de febre intermitente, finalmente superou os 240 dias propostos inicialmente, momento em que volta ao mundo real. E daí, o que mais ele aprecia ao voltar à civilização moderna? Os bolsos das calças, do tamanho e forma ideal, e tão úteis. Diz ademais que desde que saiu deixou olhar a data nos calendários.

VÍDEO
www.mdig.com.br
29
Jan18

Imagens de um singular Algarve

António Garrochinho


A região do Algarve surge-me como a mais rica de toda a nação, pois que tal circunstância advém da políedra diversidade que a caracteriza.
De facto, o território contém heterogeneidade nos elementos que seminalmente a enformam e lhe dão corpo, nomeadamente numa variada geomorfologia, orografia e geografia litorânea, cujas tão variadas existências, acompanhando um favorável conjunto de elementos metereológicos, vieram a contribuir quer para um variado surgir de vida, quer para um posterior desenvolvimento da mesma em suas complexas formas de flora e fauna.
Uma região consideravelmente diminuta em extensão, porém, se sensivelmente percorrida em qualquer sentido, oferece uma ampla variedade de existências, não somente nos acima mencionados elementos, mas também no posterior ser humano, que aqui, desde cedo marcou presença, adaptando-se a tão distintos elementos, quer no viver, quer no sentir o território… tornando-se palco das esperanças e dramas das várias culturas que por cá marcaram presença.
A fotografia, em mim, para além de profissão, constitui-se igualmente em ferramenta através da qual exerço minha maior paixão, que é documentar a descoberta deste vasto território que é o Algarve.

De facto, tentarei de forma sistemática e mensalmente apresentar temáticos trabalhos cujo sujeito é o Algarve em sua exuberante existência, que, por se caracterizar por um elevado grau de organicidade, igualmente se torna também mais permeável ao devir.
Surge-me de capital importância e com carácter de urgência o acto de captar imagens, cujo conteúdo remeta testemunhalmente para a existência de um Algarve cuja existência passa nos dias de hoje por mais uma importante convulsão. Como registo, como partilha, mas, e acima de tudo, por paixão!


Autor do textos e das fotos (todos os direitos reservados): Filipe da Palma, fotógrafo




www.sulinformacao.pt
29
Jan18

SINAIS DE FOGO – A DIARREIA DE CATROGA – por Soares Novais

António Garrochinho




Perante a selecta assistência de uma conferência sobre renumeração de “executivos e corporate governance”, o Dr. Catroga, “charmain” da EDP, usou o seu habitual charme léxico: “Alguém vai ter de parar a diarreira legislativa dos reguladores.”

A diarreia do Dr. Catroga, que passa a figurar ao lado seus famosos “pintelhos”, manifestou-se depois de considerar que “no sector financeiro, sobretudo, os reguladores passaram do oito para o 80”. Tal, disse, obriga a que “as empresas vão andar preocupadas em concentrar energia na gestão burocrática dos reguladores.”

Isto é, traduzindo para linguagem pouco simpática a “executivos” e “corporate governance”, o bom para o Dr. Catroga era que tudo ficasse como antes da queda do império BES/GES, das falências do Banco Privado Português e do BANIF e que o Banco de Portugal (BdP) e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continuassem de olhinhos fechados aos roubos de banqueiros e gestores sem escrúpulos.

Catroga criticou ainda a forma como algumas directivas europeias são transpostas para a lei portuguesa: “Aparecem umas diretivas europeias e somos mais papistas do que o papa.” Disse o ex-ministro do Dr. Cavaco e negociador do programa da “troika”, naturalmente esquecido de que o seu amigo Passos sempre fez questão de que o seu governo fosse mais papista do que o papa Schäuble.

Percebo esta azia do Dr. Catroga contra estes “mais papistas do que o papa”, pois há uma directiva europeia que obriga a que o presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da EDP seja independente. Tal significa que Catroga vai ter de abandonar o cargo que lhe garantiu um salário milionário nos últimos anos.

Agora, é a vez de Luís Amadoque foi ministro dos Negócios Estrangeiros no governo de Sócrates que acoitou a famosa Cimeira de Lisboa e que presidiu ao falido BANIF, ser brindado com o jackpot chinês.

Permita-me um conselho Dr. Catroga: Não tenha nenhuma diarreia. Em breve o bloco central de negócios arranjar-lhe-á um pote qualquer que lhe garantirá tanto como a maquia que sacou aos consumidores da EDP.


aviagemdosargonautas.net
29
Jan18

Dedicado ao Centeno, o mais recente alvo dos ácaros políticos

António Garrochinho



(José Gabriel, in Facebook, 28/01/2018)
CENTENOX
                     I
Desfalques, resoluções,
Submarinos, Portucale,
Tecnoformas e milhões
Não importa, não faz mal
Conluio com tubarões
Foi uma coisa natural
Lixaram-se os mexilhões
É decorrência banal
                      II
Mas se o Benfica queres ver
Em camarote real
De pronto tens de te haver
Com severo tribunal
Cai o Carmo e a Trindade
E como era fatal
A fera severidade
Da Joana Marques Vidal.
                 III
Desta funesta lição
Tirarás justa moral
Sejas águia ou leão
Não te livras do lacrau.

estatuadesal.com
29
Jan18

Cada jornada de futebol movimenta 340 milhões em apostas

António Garrochinho
A oferta de dinheiro a atletas para viciarem resultados é preocupação mundial. Match fixing terá chegado aos mais jovens
Cada jogo do principal campeonato de futebol em Portugal (a Liga NOS) gera apostas no valor médio de 32 milhões de euros. Ou seja, por jornada, as casas de apostas online recebem prognósticos de todo o mundo no valor de 288 milhões. E no caso de um desafio entre as principais equipas nacionais - Benfica, FC Porto e Sporting - pode chegar aos cem milhões. Já na II Liga (Ledman LigaPro) a média por encontro ronda os cinco milhões. Ou seja, cada ronda de futebol profissional chega aos 340 milhões em apostas. No Campeonato de Portugal, o dinheiro envolvido é reduzido: 122 mil euros/jogo. Estes valores foram fornecidos às entidades oficiais (desportivas e policiais) pela Sportradar, empresa de monitorização de apostas que trabalha para a FIFA e que identifica situações que indiciem viciação de resultados.
São verbas elevadas em investimentos sem que seja controlada a sua origem, abrindo, assim, a possibilidade de haver grupos interessados em manipular resultados - o chamado match fixing.
Uma realidade que, tal como a dificuldade que existe em conhecer os proprietários de algumas sociedades desportivas, está no centro das preocupações das diversas entidades com responsabilidades no desporto, nomeadamente no futebol.
Portugal não escapa ao fenómeno do suborno a jogadores para combinar resultados - para 22 de fevereiro está marcado o início do processo Jogo Duplo, em que 27 pessoas, entre atletas, dirigentes de clubes, empresários, estão acusadas de associação criminosa em competição desportiva, corrupção ativa e passiva e apostas à conta de base territorial fraudulentas - e é por isso que a Liga Profissional de Futebol, o Sindicato dos Jogadores e a Federação Portuguesa de Futebol têm vindo a efetuar sessões de esclarecimento junto dos atletas de modo a que estes não aceitem verbas que, eventualmente, lhes sejam propostas para ajudar a que um jogo tenha determinado resultado.
Também o governo está preocupado com a situação, tendo sido anunciado em dezembro, num seminário organizado pelo Comité Olímpico de Portugal, que iria montar uma plataforma para permitir a troca de informação de todos os agentes desportivos no combate à manipulação de resultados.
Futebolistas jogam, mas não podem
Sessões essas em que o sindicato descobriu uma realidade inesperada: a maioria dos atletas profissionais (os dois principais campeonatos) desconheciam que não podiam apostar em jogos de futebol e que ao fazê-lo incorriam num crime de aposta antidesportiva (com prisão até três anos).
"As ilações que tirámos [das sessões] são de familiaridade com o tema, no sentido de que ninguém desconhece o funcionamento das apostas desportivas e a existência de intermediários de organizações criminosas a oferecer dinheiro e outros benefícios aos jogadores", disse ao DN Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.
Que, porém, ficou surpreendido com o facto de os atletas não saberem que não podem apostar - seja no Placard (jogo da Santa Casa da Misericórdia), seja nas casas online. "A grande maioria não sabia, o que é básico. Admito que alguns o possam fazer [apostar]", frisou.
Nesta campanha de alerta para os perigos do match fixing, o sindicato, com a FPF e a Liga, criou uma plataforma online onde podem denunciar-se suspeitas. Chama-se Deixa-te de Joguinhos, tem o antigo internacional português Pedro Pauleta como embaixador e, segundo Joaquim Evangelista "já terá recebido denúncias. Porém, não temos acesso a qualquer informação sobre as mesmas pois a plataforma serve para o contacto direto entre o denunciante e as autoridades que investigam, nomeadamente a equipa da Polícia Judiciária ligada ao combate à corrupção desportiva". A PJ, questionada pelo DN sobre quantos processos tem neste âmbito - além do processo Jogo Duplo, foram constituídos arguidos quatro jogadores do Rio Ave numa investigação que visa apurar se receberam dinheiro para perder o jogo com o Feirense, da 20.ª jornada da época 2016-17 - apenas adiantou nada ter a dizer.
Jovens e proprietários
A questão do suborno a atletas para manipularem resultados já está a colocar-se também a nível das camadas mais jovens. "Muitos destes jogos são objeto de apostas no mercado internacional, mesmo em sites ilegais. Os jovens estão a ser muito contactados. Temos de estar muito atentos a este fenómeno. Ninguém pode ficar indiferente, os pais, treinadores, dirigentes. Tem de haver coragem para falar", adiantou.
O advogado Fernando Veiga Gomes destaca a falta de transparência que existe quando se fala dos proprietários das sociedades desportivas. Sócio da Abreu Advogados, é presidente da Comissão de Direito do Desporto da União Internacional de Advogados, entidade que, juntamente com o Centro Internacional para a Segurança no Desporto (onde o português Emanuel de Medeiros é o responsável para a Europa e América Latina), está a efetuar um estudo sobre a integridade financeira e desportiva dos clubes. "Existe uma grande dificuldade em determinar quem são os beneficiários efetivos de alguns clubes de futebol e de saber se estão aptos a assegurar os destinos desses clubes. Por último, a múltipla propriedade dos clubes cria preocupações em termos de integridade das competições, uma vez que podem existir situações de controlo ou influência sobre mais do que um clube que joga na mesma competição", explicou ao DN. Num panorama em que 90% dos clubes europeus não publicam as contas e 77% estão em insolvência, ou perto, Fernando Veiga Gomes frisa que essas debilidades podem dar origem a "investimentos menos transparentes" numa indústria que movimenta anualmente 26,5 mil milhões de euros.
"Outra preocupação tem que ver com a aquisição de clubes de futebol por pessoas em situações de falência ou por criminosos condenados, o que potencia situações de lavagem de dinheiro, de corrupção e resultados combinados. Deve ser produzida legislação e regulamentação que controle os investimentos e os investidores para que situações menos transparentes sejam detetadas e monitorizadas", disse.


www.dn.pt
29
Jan18

CHICO E OS RATOS: OS DELE E OS MEUS, de RONALDO WERNECK

António Garrochinho




aviagemdosargonautas.net

Ainda fascinado com o show do Chico Buarque, que vi há poucos dias no Rio (vou escrever sobre ele), assisto assustado (não devia estar, né mesmo?) a trechos da farsa farsesca dos três patetas, ops!, desembargadores, plena de penduricalhos, juridiquês & outras pomposidades, encenada ontem em Porto Alegre. Foi quando me lembrei das aliterações de um de meus poemas e também da “Ode aos Ratos” do Chico: “Rato que rói a roupa/ Que rói a rapa do rei do morro/ Rato que rói o rato/ Roto que ri do roto/ Que rói o farrapo/ do esfarra-rapado/ Rato que rói o rato/ Tenaz roedor/ De toda esperança”. Pois é: por & pelo “desembargo/descargo de consciência”, tudo a ver.
“Ode aos Ratos”, parceria com Edu Lobo, foi composta para o musical “Cambaio”, de 2001. Anos e anos antes, 1968, eu escrevi o poema que vai em anexo, “Little King & Mickey Mouse in Wonderland”, publicado em meu primeiro livro, “Selva Selvaggia”, de 1976. Tempos depois, folheando o livro, uma namorada carioca me disse ter estudado o poema no colégio, numa aula de literatura. Foi quando perguntei: “Será que seus colegas analisaram ´o bicho´ direito, entenderam as metáforas, rerroeram as entrelinhas?”. Perguntas que deixo a vocês agora. De certa forma, meu poema de 1968 parece antecipar a letra do Chico. Meu Zeus! Lá se vão 50 anos e tudo ainda é tal e qual. “E, no entanto, nada igual”, diria Caetano. Ou não?
ouvir a canção do Chico na voz do próprio:



VÍDEO
29
Jan18

"Três são de mais". CDS coloca-se à margem de eventuais seduções entre PS e PSD

António Garrochinho


Em entrevista à TSF, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, prefere passar ao lado da troca de palavras entre PSD e PS.

Se os socialistas dizem encontrar agora, no PSD, "um interlocutor seguro, com continuidade e previsibilidade" e o PSD, com Rui Rio, surge mais disposto a entendimentos sobre reformas a realizar, o CDS afirma que "tem o seu próprio caminho".

A entrevista de Judith Menezes e Sousa a Nuno Magalhães.


VÍDEO




Nuno Magalhães diz que "não seria a primeira vez e se calhar não será a última" que o CDS ficaria sozinho na "oposição firme, construtiva e propositiva".

"O nosso caminho é aquele que iremos fazer independentemente de táticas, de amuos e de convites de outros partidos", garante o líder parlamentar centrista que vai abrir, esta tarde, as Jornadas Parlamentares do CDS no distrito de Setúbal.

SOM AUDIO DA ENTREVISTA COMPLETA







Questionado sobre a eventual "sedução" entre PS e PSD, Nuno Magalhães diz que "esses ziguezagues são com o PS".

"Essa eventual sedução é entre os dois, e por isso três são de mais", ironiza o deputado do CDS.

E explica que PSD e CDS "são partidos diferentes, com personalidades diferentes e histórias diferentes"

"Não há nenhum problema nisso", diz Magalhães lembrando que, quando foi possível e necessário, houve espaço para "convergências".

"Temo pelo futuro do diálogo social"

Neste primeiro dia de jornadas, o CDS convidou António Saraiva, Presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal e Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT - União Geral de Trabalhadores) para um debate com o tema "Diálogo Social para Mais Investimento, Melhores Empregos e Melhores Salários".

Nuno Magalhães acusa o Governo de assumir uma posição "desprendida" em relação à falta de acordo em sede de concertação social e receia que o executivo socialista ceda aos parceiros da esquerda em matéria de leis laborais.

"Tendo em atenção que o Governo não conseguiu a um acordo de concertação social, tendo em conta que o Governo aumenta o salário mínimo nacional, desrespeitando os próprios parceiros sociais, temo pelo diálogo social e que esta possa ser a antecâmara para a revisão das leis laborais, se assim for, aqui estará a oposição firme do CDS", avisa o líder da bancada centrista.

O CDS insiste que se não houver acordo entre sindicatos e administração na AutoEuropa, "as consequências serão trágicas" para o distrito de Setúbal.

Esta segunda-feira de manhã, os deputados visitam o Porto de Setúbal e a empresa Lauak Portuguesa, seguindo-se um almoço-debate, em Palmela, com o ex-presidente da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, sobre captação de investimento estrangeiro.

O dia termina na Cova da Piedade, Almada, com um jantar que juntará as estruturas locais e os deputados do CDS.

O dia de terça-feira é dedicado à Saúde, com uma visita ao Hospital de S. Bernardo e um painel de debate sobre "Repensar o SNS: Que Sistema de Saúde Pretendemos", para o qual o CDS convida o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o Presidente da Associação de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, e o antigo Diretor do Hospital de S. João, António Ferreira.

Amanhã, ao fim da tarde, Assunção Cristas encerra os trabalhos.


www.tsf.pt
29
Jan18

«Não há política de esquerda com legislação laboral de direita», diz Arménio Carlos

António Garrochinho


Em declarações à Lusa, à margem do 11º. congresso da União dos Sindicatos de Coimbra, que decorreu na Figueira da Foz, o secretário-geral da CGTP-IN disse valorizar a reposição de «alguns rendimentos e direitos» dos trabalhadores no actual quadro político, mas considerou uma «questão de fundo» a revisão da legislação laboral.
«Não se pode fazer uma política de esquerda com uma legislação laboral de direita. Enquanto o Governo não mexer na legislação laboral, dá sequência àquilo que foi feito anteriormente e nós não queremos isso», afirmou.
Arménio Carlos frisou, a esse propósito, que, apesar da taxa de desemprego ter vindo a cair nos últimos meses, «na esmagadora maioria dos casos o emprego que é criado é precário e muito mal remunerado» e que Portugal continua a ter «baixíssimos salários e um modelo muito baseado na contratação a prazo e no recurso ao trabalho temporário».
«E é isso que é preciso mudar. Não basta constatar os factos, é preciso passar à acção. E a acção só pode passar pela mexida na legislação do trabalho, tem de haver aqui uma alteração profunda em relação à legislação do trabalho, para combater eficazmente a precariedade», reafirmou o secretário-geral da intersindical.

Economia cresce mas salários não

As alterações que a CGTP-IN preconiza incidem também nas questões relacionadas com a contratação colectiva, «porque o bloqueio da contratação colectiva está directamente associado à não actualização anual dos salários», argumentou Arménio Carlos.
«O que verificamos é que estamos num quadro em que a economia cresceu na ordem dos 2,6%, mas as remunerações declaradas à Segurança Social ficaram, em termos médios, em 1,5%. Ora, a inflação foi de 1,4%; portanto, temos uma economia a crescer mas os salários estagnados, praticamente absorvidos pela inflação. Isto acentua as desigualdades e mantém uma pobreza laboral que é muito significativa, 10,8%», acrescentou.
Entre as alterações que a CGTP-IN quer ver consagradas está a revogação da norma da caducidade das convenções colectivas, além de outras relacionadas com despedimentos e indemnizações, mas também a necessidade de assegurar uma organização do tempo de trabalho, «que seja negociado e não imposto pelas entidades patronais, porque, a sê-lo, tem uma relação directa com a redução da retribuição».

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29
Jan18

Subfinanciamento das escolas é «problema político»

António Garrochinho


Em entrevista à edição de hoje do Diário de Notícias, José Eduardo Lemos afirma não ter fé que o problema do subfinanciamento das escolas seja ultrapassado no próximo ano lectivo, já que isso exige «sinais políticos» que o presidente do Conselho de Escolas não observa.
Lemos disse esperar «que o Ministério confie nas escolas e as dote dos meios e recursos necessários a cumprirem a sua função e a oferecerem um serviço público de Educação de qualidade às comunidades que servem».
O responsável criticou o estrangulamento imposto pelos executivos às escolas. «Não me recordo de uma única proposta de orçamento que tivesse sido acolhida na totalidade, ou perto disso, pelo organismo que gere financeiramente o sector da Educação», acrescentou.

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