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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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05
Fev18

AS TRANSFORMAÇÕES CORPORAIS MAIS BIZARRAS DO MUNDO

António Garrochinho
Homem Lagarto
Tatuagens e piercings são decorações corporais muito comuns, que as pessoas usam para satisfazer seus desejos, como homenagear parentes, ter aquele desenho predileto em seu corpo, deixar o rosto mais charmoso com um piercing discreto no nariz, etc.
Mas tem pessoas que passam do limite quando o assunto é transformação corporal. O exagero de tatuagens, furos, plásticas, excesso de musculação e implantes de corpos estranhos no organismo acaba tornando a aparência bizarra.
Fizemos uma seleção de pessoas ao redor do mundo que se transformaram em criaturas bizarras e exóticas. Vejam:

MULHER VAMPIRO

Mulher Vampiro
Maria José, a Mulher Vampiro
Maria José Cristerna, conhecida como Mulher Vampiro, é uma tatuadora e performista mexicana que ficou conhecida mundialmente por entrar no Guinness Book como a mulher que sofreu maior número de transformações corporais das Américas. Será que ela se reconheceria se olhasse uma foto dela antes da 1ª tatuagem?

BODY ART

Mathew Whelan, o Body Art
Mathew Whelan, o Body Art
Mathew Whelan, inglês, fanático por tatuagens e mudanças corporais, mudou o seu nome (isso, isso mesmo que você leu = mudou o nome) para Body Art (arte corporal em português) e também tem o globo ocular modificado com tatuagem! Considerado o homem mais tatuado do mundo, o ex-lutador trabalha em uma ONG chamada Modify, que ajuda pessoas com transformações corporais, assim como ele, a conseguir emprego. Iniciativa positiva!

HOMEM QUADRICULADO

Matt Gone, o Homem Xadrez
Matt Gone, o Homem Xadrez
Dizendo ter 99% do corpo tatuado, o americano Matt Gone tem no rosto uma tatuagem que parece um tabuleiro de xadrez! Essa figura fez o maior sucesso numa feira de tatuagem na Venezuela, no ano passado.

HOMEM DIABO

Homem Diabo
Homem Diabo
O que leva uma pessoa a querer se parecer com a figura do demônio? Pois é… Esse homem, chamado Cain, é colombiano e ganha a vida se exibindo em programas de tv e eventos de body modification. Tem louco pra tudo, não é mesmo?

HOMEM LEOPARDO

Homem Leopardo
Homem Leopardo
Este homem de 78 anos, chamado Tom Leppard, possui mais de 90% do corpo tatuado e se assemelha a um Leopardo. Ele viveu mais de 20 anos em em uma cabana no meio do mato, sem janelas e sem cama. Vida selvagem de verdade! Haja coragem!

HOMEM GATO

Homem Gato
Homem Gato
Dennis Avner, conhecido como Homem Gato, desde os 23 anos aderiu a transformações corporais para se parecer com um felino. Além de cerrar os dentes para ficar pontiagudos, ele fez cirurgia ocular, alterou o formato das orelhas, lábios e nariz, além de piercings no formato do bigode de gatos. Dennis morreu em 2012, aos 54 anos.

ROONIE COLEMAN

Ronnie Coleman
Ronnie Coleman
Considerado um dos mais importantes fisiculturistas do mundo, o americano Ronnie Coleman (hoje ex-fisiculturista), é formado em contabilidade e entrou no mundo do esporte por acaso. Ele treinou tanto, fazendo uso de anabolizantes, que seu corpo mudou completamente. Ganhou mais de 36 títulos no Ms. Olympia, em quase 20 anos de carreira.

LENDA MURRAY

Lenda Murray
Lenda Murray
Outro exemplo de transformação corporal é a fisiculturista Lenda Murray. O seu corpo (e até o rosto) é completamente masculinizado, assim como de outras fisiculturistas.

KEN HUMANO

Ken Humano
Ken Humano
Este é Justin Jedlica, o americano que já gastou mais de U$ 100 mil em transformações corporais para se parecer com o boneco Ken. Conhecido com Ken Humano, Justin disse que prefere fazer cirurgias a frequentar academias.

BARBIE HUMANA

Barbie Humana
Barbie Humana
A ucraniana Valeria Lukyanova, conhecida como Barbie Humana, fez acontecer o seu fascínio e fissura de infância pela boneca Barbie e fez diversas transformações para se parecer com a tal boneca, inclusive dietas, silicones, plásticas e muita, muita maquiagem! Loucura, não?

HOMEM LAGARTO

Homem Lagarto
Homem Lagarto
Erik Sprague, o Homem Lagarto, é um performista americano que modificou o seu corpo para se parecer com um lagarto. Ele implantou chifres na testa, bifurcou a língua, cerrou os dentes e tatuou o seu corpo com escamas verdes, além de piercings.

poptudo.com
05
Fev18

10 VÍDEOS, DEZ CANÇÕES REVOLUCIONÁRIAS

António Garrochinho





José Afonso - "Grândola, Vila Morena"

“A música do Zeca já está tão digerida na memória que se puseres um disco a tocar e beberes uns copos com os amigos vais ouvir o que tens na memória, não chegas a ouvir o disco.” Quem o dizia era B Fachada, à conversa com a Time Out, há três anos. Há poucas canções onde isto se sinta tanto como em "Grândola, Vila Morena". Quase toda a gente acha que sabe cantá-la, mas poucos sabem a letra de uma ponta à outra, e menos ainda ouvem, de facto, esta canção arrepiante e circular com direcção musical de José Mário Branco.


Adriano Correia de Oliveira - "Trova do Vento Que Passa"

Magnífica balada composta por António Portugal, a partir de um poema de Manuel Alegre. Ao longo dos anos esta crítica discreta à ditadura salazarista, ao mesmo tempo pesarosa e carregada de esperança, foi gravada por muita gente, do Quarteto 1111 a Amália Rodrigues. A versão definitiva, porém, vai ser sempre a primeira, cantada por Adriano Correia de Oliveira em 1963.


José Mário Branco - "Queixa das Almas Jovens Censuradas”

José Mário Branco ergueu uma grande canção sobre este poema de Natália Correia a que emprestou a voz e o génio. Uma denúncia, tão lúcida como desiludida, do conformismo e mediocridade promovidos pela ditadura e um dos pontos altos do seu álbum de estreia de 1971, Mudam-se Os Tempos, Mudam-se as Vontades.


Luís Cília - “O Povo Unido Jamais Será Vencido”

Escrita por Sergio Ortega Alvarado e os Quilapayún antes do golpe de estado fascista (patrocinado pelos Estados Unidos) que depôs Salvador Allende, em 1973, “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido” tornou-se um dos hinos da resistência chilena e da esquerda internacional. Em 1974 a banda chilena, na altura exilada em França, acompanhou Luís Cília, que também vivera em França durante a ditadura salazarista, nesta versão portuguesa da canção.


Fausto - "O Patrão e Nós"

O segundo álbum de Fausto Bordalo Dias, P’ró Que Der e Vier, é maravilhoso. Um disco combativo e politicamente empenhado, gravado em 1974 e sem medo de chamar os bois pelos nomes. Poucas canções são tão directas como "O Patrão e Nós", com versos duros e honestos como: “Tem um banco e muitas fábricas/ Tem nome de patrão/ Mas agarra que é ladrão/ Não faz falta e é cabrão”.


Francisco Fanhais - “Letra Para Um Hino”

Gravado em Roma, em 1975, o disco República nunca foi editado em Portugal. E é uma pena. José Afonso e Francisco Fanhais participaram neste registo de solidariedade para com o jornal República, com inéditos, versões de outros artistas e do seu próprio repertório. Canções de primeira água como esta “Letra Para Um Hino”, escrita por Manuel Alegre antes da revolução de Abril, mas intemporal.


Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo - “Companheiro Vasco”

“Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço”, prometiam Maria do Amparo e Carlos Alberto Moniz no lado B do single “Daqui o Povo Não Arranca Pé!”, de 1975. Um hino revolucionário pueril e ultimamente inconsequente, mas inspirador. Que vale sobretudo pela exaltação do militar de Abril e primeiro-ministro responsável por medidas como a reforma agrária e as nacionalizações dos principais sectores económicos. 


Jorge Palma & Fernando Girão - “O Pecado (do) Capital”

O festival da canção de 1975 realizou-se em pleno PREC. E isso nota-se. Paco Bandeira cantou “Batalha-povo”, José Mário Branco deu voz ao “Alerta!”, do Grupo de Acção Cultural, o vencedor foi um militar de Abril, Duarte Mendes. E o concurso começou com Fernando Girão e Jorge Palma a cantarem sobre “O Pecado (do) Capital".


Grupo de Acção Cultural - "A Cantiga É Uma Arma"

O Grupo de Acção Cultural, ou apenas GAC, foi o melhor e mais consequente dos colectivos de cantores e músicos politicamente engajados que se formaram no pós-25 de Abril. Algumas das principais vozes da revolução estiveram envolvidas (e mais ou cedo ou mais tarde abandonaram) o projecto. "A Cantiga É Uma Arma", incluída no LP homónimo de 1975, foi e é um dos seus maiores hinos.


Sérgio Godinho - “Liberdade”

“‘Liberdade’ é de todas as palavras e conceitos que uso na minha vida, e por arrasto nas canções, a que mais acarinho e que mais defendo, aquela que dá ao norte a sua bússola”, dizia há uns anos Sérgio Godinho, na Time Out. É natural, por isso, que seja esta a canção que o representa nesta lista. Mas podia ser outra qualquer.


www.timeout.pt

05
Fev18

REJEITO

António Garrochinho

REJEITO

Não me engraxem os sapatos
nem me cortem o cabelo.
A barba já me cresceu

com pujança.
Os meus farrapos revelam
que sou um homem livre.
Quando percorro os atalhos
vencido pelo desalento,
ouço os homens que ladram
pela boca dos seus cães.
Hoje vomitei
as côdeas que me deram.
A esmola dava-me volta
ao estômago e deixava-me
um gosto amargo na boca.
Por caminhos de tojos
empreendi o meu exílio.
Caminho pelo mundo fora
e o regresso agarra-se-me
aos pés doridos
e aos braços que se descerram
numa ânsia de abraçar.
Porém rejeito o preço
que me querem impor
estes homens que ladram
pela boca dos seus cães.


Félix Cucurull


05
Fev18

CASAL FRANCÊS PARTE HOJE DA ROTA VICENTINA PARA CAMINHADA TRANSEUROPEIA DE 500 DIAS - Arranca em Sagres uma aventura de 10 000 quilómetros a pé que terminará em Istanbul.

António Garrochinho


«Deux Pas Vers l’Autre» é o nome do projeto que nasce da vontade de um casal de jovens franceses, Marie e Nil, em caminhar no sul da Europa, de Portugal até à Turquia. O trajeto, que começa hoje segunda-feira, dia 5 de fevereiro, representa um total de 10 mil quilómetros a pé, em 500 dias, através de 17 países e mais de 120 parques naturais, tendo como duplo objetivo a promoção da caminhada na Europa como uma atividade para as gerações mais novas, assim como a sustentabilidade social, cultural e ambiental, envolvendo a população local e reduzindo ao mínimo a pegada ecológica, nomeadamente com o programa «1kg for the Planet».
A associação Rota Vicentina dá um apoio especial a esta inicativa, cujos promotores optaram por passar pelo Caminho HistóricoVia Alpina e Via Dinarica.
Nestes primeiros 10 dias de um total de 500, Marie e Nil irão, para além de usufruir dos trilhos, conhecer alguns dos parceiros associados à Rota Vicentina, caminhar com membros da associação, participar numa ação de voluntariado conjunta, conhecer pessoas da comunidade local através dos produtos de turismo cultural.
A Rota Vicentina associa-se a esta grande caminhada, que vai ao encontro dos objetivos específicos da associação e dos investimentos que tem em curso no biénio 2017-2019, mais especificamente:
• Ao fazer grande parte do caminho através do Caminho Histórico, o projeto atrai a atenção para o interior, apostando em marketing territorial associado ao mundo rural, nomeadamente para novos mercados (gerações mais jovens);
• Ao ter uma campanha de marketing e comunicação ambiciosa e profissional, permitirá aumentar o conhecimento e notoriedade da Rota Vicentina na Europa, enquanto liga Portugal a algumas das mais conceituadas e carismáticas rotas pedestres da Europa;
• Ao ter uma forte componente de sustentabilidade e de proximidade com a cultura e pessoas locais, permitirá sensibilizar para questões do património e identidade.
Marie e Nil, de 29 anos e 31 anos, trabalhavam, respetivamente, nas áreas de recursos humanos e fotografia e vídeo, antes de se lançarem nesta grande aventura que será a travessia da Europa a pé.
Esta viagem poderá ser acompanhada nos canais de Facebook e no blog de «Deux Pas Vers l’Autre», assim como no Facebook da Rota Vicentina.

A Rota Vicentina é uma rede de percursos pedestres ao longo da costa Sw de Portugal que soma hoje cerca de 450 km sinalizados para caminhar entre Santiago do Cacém e o Cabo de S. Vicente. A Associação Rota Vicentina trabalha em parceria com entidades públicas e empresários locais, que defendem o Turismo de Natureza como via de desenvolvimento incontornável para esta região tão especial.

Formada pelo Caminho Histórico, Trilho dos Pescadores e Percursos Circulares, a Rota Vicentina propõe uma vivência única destes dois mundos: entre a cultura rural viva autêntica do interior e a costa surpreendentemente selvagem do Parque Natural do SW Alentejano e Costa Vicentina, que merecem toda a nossa atenção, para que assim se possam preservar por muitos anos.

barlavento.pt
05
Fev18

Carnaval de Loulé regressa à tradição do desfile com três dias seguidos

António Garrochinho

Passados alguns anos, o Carnaval de Loulé volta a realizar-se em três dias seguidos – 11, 12 e 13 de fevereiro – acontecendo na segunda-feira, em detrimento do sábado. Inspirado no Web Summit, o evento que projetou mundialmente a cidade de Lisboa em 2016 e 2017, o desfile louletano regressa ao «sambódromo louletano», a Avenida José da Costa Mealha, e promete muita animação e sátira, esperando-se que nestes dias entre 80 mil e 100 mil pessoas visitem Loulé.
Para Carlos Carmo, vereador da Câmara Municipal de Loulé com o pelouro dos Eventos, ao regressar ao modelo do desfile em três dias seguidos a Autarquia pretende retomar uma longa tradição em que o corso estava na rua sem qualquer interrupção. Por outro lado, a ideia é também possibilitar aos visitantes usufruírem de outros corsos que acontecem no Concelho, nomeadamente Quarteira e Alte, sem colidir com o calendário do Carnaval de Loulé.
Neste «Carnaval Summit de Loulé», que pretende ser uma brincadeira à cimeira mundial dedicada à tecnologia e empreendedorismo, irão desfilar 14 carros alegóricos, cinco escolas de samba (Unidos da Vila Régia; Paraíso Tropical; Novo Império; Samba Tribal e Batuque Samba Show) e 10 grupos de animação (AGAL – Associação Grupo Amigos de Loulé, APAGL – Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, DOINA – Associação de Imigrantes Romenos e Moldavos do Algarve, Grupo Desportivo das Barreiras Brancas, GCL – Ginástica Clube de Loulé, Motoclube de Loulé, Satori – Associação Artística, Associação EXISTIR, TUALLE e Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 0290 Loulé. No recinto, a tocar ao vivo, vai estar o Grupo Musical Balança Brasil.
Loulé recebe alguns dos convidados habituais, como Cristiano Ronaldo com as suas «Bolas de Ouro», os presidentes dos três grandes do futebol nacional, desta vez na «Central de e-mails» da águia, a «geringonça» governativa com António Costa em destaque e, naturalmente, alguns convidados internacionais como Donald Trump junto ao seu muro do México, Vladimir Putin, o anfitrião do Mundial de Futebol 2018, e Angela Merkhel numa dança cheia de ritmo com o novo presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.
Nesta edição mantém-se a homenagem a uma personalidade ligada ao corso. Desta vez será Fernando Semião, um folião que, ano após ano, teve uma presença marcante neste desfile com a sua inconfundível carroça.
O programa do Carnaval de Loulé 2018 é variado e arranca logo na manhã de sexta-feira, dia 9, com o desfile infantil que irá reunir as crianças dos jardins-de-infância e 1º ciclo do Concelho. Na noite de segunda-feira, dia 12, acontece no «Palácio» do NERA o Baile de Gala, também ele inspirado na estética da Web Summit.
Na área do desporto vai ser possível ver nestes dias eventos ligados ao Atletismo, BTT, Vela ou Surf, enquanto que o projeto Loulé Criativo propõe workshops ligada a esta época festiva para todos os que visitam o concelho.
A Câmara Municipal de Loulé põe à disposição dos foliões o aluguer de mais de meio milhar de fatos e adereços de Carnaval, na Loja do Carnaval localizada na Praça da República, em frente ao Café Calcinha.

À semelhança das últimas edições, o investimento do Carnaval ronda os 300 mil euros. «Este é um valor que se tem mantido estável fruto também do reaproveitamento e reciclagem que temos feito, por exemplo ao nível da cenografia», esclareceu Carlos Carmo.
Já as receitas do corso voltam a ter uma vertente solidária «bem assente na própria história do Carnaval», já que 50 por cento reverterá para os grupos de animação participantes no desfile e os restantes 50 por cento destinam-se a instituições particulares de solidariedade social.

Mais do que as receitas de bilheteira, o vereador responsável por esta iniciativa sublinhou a importância deste evento para a «dinâmica económica» da cidade e do concelho nestes dias.


barlavento.pt
05
Fev18

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

António Garrochinho



Já se queimaram muitas pestanas em alertas que dão conta da especulação imobiliária como um mal advindo da actividade em expansão que faz correr euros, directa e indirectamente no nosso país, e já se apontaram dedos ao alojamento local como o causador da perda de autenticidade de locais históricos. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra!

Eu acho que a falha reside na fragilidade de outros sectores de actividade e/ou na fragilidade a que estão sujeitos alguns membros da nossa sociedade, não por culpa do turismo em si, mas por se viverem situações de precariedade laboral, económica e social gritantes.
Têm de ser criadas, a meu ver, ferramentas para impedir que a nossa cultura tão orgulhosamente (e bem!) mostrada nestes últimos tempos se transforme numa falsa fachada turística, em leilão e que as pessoas não sejam despejadas das suas casas, dos seus bairros. Que as actividades que por si, fazem com que o local seja interessante de ser visitado, não morram. Há que capacitar, inclusivamente, a juventude de instrumentos para ocupar esses locais sem que os tapetes da habitação lhes sejam puxados de debaixo dos pés.
Na comunidade histórica da Ilha da Culatra, eu sei que estão criadas as bases para que a mesma não se perca e não se vá desalojando por via de fragilidade do principal sector – a pesca, que poderia criar uma fissura económica tão grande que obrigaria as pessoas a render-se às pressões do sector imobiliário, o que os destruiria enquanto comunidade piscatória histórica.
A criação do estatuto para a comunidade da Culatra visa dar a única hipótese de continuarem a ser exercidas as actividades de sempre. A juventude culatrense que por lá quiser ficar, pode. É agora possível! A comunidade, assim, mantém-se e fica protegida das pressões económicas que sectores emergentes possam causar. Não acaba destituida da sua identidade cultural. Eram esses os receios de toda a gente.
A comunidade da Ilha da Culatra ganha com esse estatuto. Foi aprovada por unanimidade a ferramenta que lhe permite, simplesmente, continuar a ser. É uma grande vitória quando a balança sai equilibrada e os direitos das populações locais e a sua dignidade são garantidos.
E isto não significa que não possa ser visitada e aproveitada também para fins turísticos, desde que de forma responsável e que beneficie a comunidade. O que está vigente é que seja sustentável para todos. Comunidade de pescadores, mariscadores, turismo e ambiente, sem riscos de implosão por desequilíbrio de um dos elementos. A fragilidade foi prevenida e combatida, a meu ver, da melhor maneira e parece-me que poderá resultar.
Selma NunesNemTantoMarTerra
www.maisalgarve.pt
05
Fev18

Movimento SOS Ria Formosa recebido hoje na presidência da República

António Garrochinho
Movimento SOS Ria Formosa recebido hoje na presidência da República

O movimento SOS Ria Formosa é hoje recebido na presidência da República pelo assessor responsável pela pasta do ambiente do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
 
Uma audiência que estava prevista desde a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao Algarve no ano passado.
 
O Movimento SOS Ria Formosa diz congratular-se pela concretização deste momento, "numa altura em que voltam as demolições aos Núcleos históricos do Farol e da Culatra, já reconhecidos pela Assembleia da República como tal, numa recomendação ao Governo votada por maioria no final de 2016".
 
O Movimento SOS Ria Formosa espera alertar o Presidente da República para as preocupações e incertezas das populações e os problemas da Ria, nos cenários de curto, médio e longo prazo, assim como a temática das demolições e todas as questões associadas ao reconhecimento efectivo dos núcleos do Farol e Hangares. A comitiva será constituída por dois elementos e a audiência está prevista para as 15h00.


www.algarveprimeiro.com
05
Fev18

Lagarta do pinheiro: Parecem fofinhas, mas são tóxicas e potencialmente fatais para alguns animais

António Garrochinho




A lagarta do pinheiro é um inseto que ataca esta árvore enfraquecendo-a e provocando-lhe a morte. Porém, caso entre em contacto com humanos, tem também efeitos nocivos, como irritações na pele, nos olhos e no aparelho respiratório, enfraquecimento e vertigens. No caso de cães e de outros animais, o contacto com a Thaumetophoea pityocampa pode ser fatal, alerta a Direção-Geral da Saúde (DGS).


Nos últimos anos têm-se observado ataques de elevada intensidade desta praga, facto que se atribui principalmente às condições climáticas verificadas, frisa a DGS.
As lagartas vivem em ninhos provisórios que vão sendo abandonados até à formação de um ninho definitivo (ninho de inverno), onde se protegem das baixas temperaturas. Estes ninhos têm um aspeto de novelo de seda, facilmente identificáveis nas copas dos pinheiros, onde as lagartas permanecem em crescimento ativo.
"Nas escolas e outros locais onde estejam presentes crianças, deve-se impedir o seu acesso à zona das árvores atacadas, sobretudo na altura em que as lagartas descem da árvore", assevera a DGS.
Dependendo das condições climatéricas, geralmente entre os meses de janeiro e abril, as lagartas descem dos pinheiros formando as designadas procissões. As processionárias abandonam o pinheiro para se enterrarem no solo, na sequência do seu ciclo de desenvolvimento, deixando o seu hospedeiro em fila como uma procissão (daí o seu nome).

Vulgar em Portugal

Thaumetophoea pityocampa encontra-se disseminada por todo o território português devido à presença alargada de pinheiros de Norte a Sul e ilhas. Esta praga, além do pinheiro bravo, ataca igualmente outros pinheiros: o silvestre, o laríceo, o manso, o insígne, e o pinheiro de alepo, assim como Cedrus Atlântica, Cedrus Deodara e Cedrus do Libano.
Estas lagartas possuem oito receptáculos com cerca de 100.000 pêlos urticantes e ao moverem-se abrem esses receptáculos libertando milhares de pêlos, o que aumenta a possibilidade de intoxicação da pessoa ou animal que entrar em contacto com esta espécie. Os pêlos agem como agulhas, injetando as substâncias tóxicas na pele ou mucosas. As crianças, por brincadeira, e os cães são os principais afetados.
A processionária pode originar graves problemas de saúde pública, devido à sua ação urticante, que provoca alergias no homem e animais domésticos.

Por isso, caso detete ninhos em pinheiros da sua propriedade, estes deverão ser destruídos. Os ninhos devem ser queimados com os cuidados necessários, já que os fumos da combustão são igualmente tóxicos.

O que fazer em caso de contacto com o animal?

Caso tenha sintomas de prurido, prurido ocular, espirros, dificuldades respiratórias, náuseas, vómitos, sensação de desmaio ou outras manifestações associadas, o recomendado é ligar para a linha SNS 24 ou dirigir-se a uma unidade de saúde, informa a DGS.
Não deve aplicar pomadas ou tomar qualquer medicamento. Se quiser, pode lavar ou passar água na zona afetada para aliviar os sintomas.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas resultantes do contacto com os pelos urticantes traduzem uma reação alérgica cuja gravidade depende da intensidade da exposição e da sensibilidade individual:
Reação urticariforme: irritação cutânea com prurido (comichão), ardor, eritema (pele vermelha) e edema (inchaço). As lesões cutâneas têm características maculopapulares e podem ser acompanhadas de vesículas.
Irritação ocular: em tudo semelhante a uma conjuntivite com os olhos avermelhados, prurido e edema.
A inalação dos pelos pode desencadear tosse e dispneia (dificuldade respiratória) de gravidade variável. Os sintomas geralmente são transitórios (menos de 24 horas).
Cuidado com a roupa
As peças de roupa que entrarem em contacto com esta espécie terão de ser lavadas a altas temperaturas (maior ou igual a 60ºC) porque a proteína dos pêlos urticantes responsável pelas alergias – a taumatopoína – só é desnaturada a partir destas temperaturas.
Ou seja, a temperatura de lavagem normalmente usada, os 30 - 40º C não serve: ao vestir a roupa assim lavada corre-se o risco de ter nova reação alérgica.


lifestyle.sapo.pt/
05
Fev18

O Exército Português Possui Viaturas Medicas de Emergência e Reanimação?

António Garrochinho





As Equipa Médica de Emergência e Reanimação (EMER) constituem um conceito de Equipa Médica móvel, e projetável em teatro de operações. 
Constituem um escalão de socorro medicalizado – apoio diferenciado, dotadas de equipamento e tripulação adequadas.
As EMER do Exército Português são elementos que integram o Módulo de Emergência e Evacuação do Agrupamento Sanitário.
Existem atualmente seis. No entanto, se o equipamento clínico constitui já uma versão final, as viaturas não são ainda as definitivas a alocar ao projecto.
As EMER são tripuladas por um Oficial Médico, um Oficial ou Sargento Enfermeiro e um Condutor.
O BPS deixa-lhe aqui algumas fotos:
 
 www.bps.pt
05
Fev18

A COEXISTÊNCIA ENTRE ANIMAIS SELVAGENS E O SER HUMANO

António Garrochinho


10 LOCAIS EM QUE ANIMAIS SELVAGENS VIVEM AO LADO DOS HUMANOS


Existem certos animais selvagens que você, com certeza, não quer nem saber de chegar perto, como cobras, tubarões, ursos e leões, por exemplo. Mas em certas parte do globo, as pessoas conseguem viver tranquilamente e pacificamente com essas criaturas, por mais que sejam perigosos, assustadores e mortíferos.
E o mais incrível nessa história toda é que simples intervenções foram o suficiente para evitar atritos entre humanos e animais.
Confira abaixo 10 locais em que animais selvagens vivem ao lado dos humanos.

10) Leopardos na cidade de Mumbai, na Índia

animais-leopardos
Se algúem falar de leopardos na sua frente, você já deve imaginar esses animais vivendo no meio de uma savana. Mas saiba que existem mais leopardos vivendo nos arredores da maior cidade da Índia do que em florestas próximas.
Acredita-se que 35 leopardos vivam atualmente no Parque Nacional de Sanjay Gandhi, que fica cravado no norte de Mumbai. E eles não costumam viver em grande harmonia com humanos, mas por incrível que pareça, os “leopardos urbanos” até que não oferecem grandes perigos para a população local.
Eles até costumam prestar um serviço interessante: se alimentam da carcaça de animais que morrem em fazendas próximas da cidade, especialmente gado.

9) Ursos polares na Baía de Hudson, no Canadá

animais-urso polar
Um antiga base militar na cidade de Churchill, no Canadá, é um dos pouquissímos locais do mundo em que seres humanos são minoria, se comparados com ursos polares. Nos meses do inverno, os animais costumam andar pelo meio da cidade, e nem sempre de forma pacífica. Por conta disso, foi preciso criar um grupo para evitar qualquer acidente ou morte.

O Programa de Alerta de Ursos Polares age em situações nas quais os ursos podem machucar ou são machucados por seres humanos. O grupo age rapidamente e evita qualquer tipo de mal aos animais. Se algum urso insistir em ameaçar humanos, ele pode ficar dentro de uma espécie de cadeia.

8) Ursos-pardo na Turquia

animais-ursos pardo
Na cidade de Rize, que fica no norte da Turquia, a população de ursos-pardo está causando alguns problemas para criadores de mel do local, já que eles gostam bastante do alimento.
Mas ao invés de ir à caça dos animais, a população local teve algumas ideias. Primeiro, os produtores começaram a colocar as colmeias de abelhas em lugares de difícil acesso para os ursos, como no topo de penhascos. E depois, pesquisadores criaram uma espécie de colmeia que seria “à prova de ursos.”
É uma boa forma de mostrar como que é possível conviver em harmonia com animais perigosos, como os ursos-pardos.

7) Hipopótamos no Zimbábue

animais-hipopotamos
Por incrível que pareça, os hipopótamos podem ser considerados os animais mais perigosos do continente africano, por conta de sua mandíbulas extremamente potentes e leis de território que podem ser facilmente quebradas por um humano. Ainda assim, esse perigo não impediu a ativista Karen Paolillo de dedicar sua vida em prol desses animais.

Ela e seu marido criaram uma espécie de santuário para hipopótamos, no qual os animais conseguem viver em paz sem ameaçar moradores das zonas rurais do Zimbábue.
Mas, claro, nem tudo são flores. Paolillo já relatou que foi atacada diversas vezes por hipopótamos e em um caso, precisou subir em uma árvore para conseguir evitar o ataque.

6) Cascavéis no estado do Connecticut, nos EUA

animais-cascaveis
As cobras cascavéis são espécies que estão ameaças de extinção, já que muitos preferem matá-las por serem venenosas. É por essa razão que a população de cobras está diminuindo bastante em alguns locais do mundo.
Só que na cidade de Glastonbury, no estado de Connecticut, nos EUA, um homem chamado Doug Fraser, que adora cobras, e sua esposa decidiram começar uma campanha para salvar a população de cascavéis no local. E por incrível que pareça, deu certo: os residentes da cidade começaram a parar com a matança dos animais e até criaram uma reserva para elas.
Glastonbury se tornou um dos poucos locais no mundo em que humanos e cobras vivem em harmonia.

5) Tigres em Mohanpur, na Índia

animais-tigre
Se já não bastasse o problema dos “leopardos urbanos” em Mumbai, a Índia também possui “tigres urbanos”. Residentes de vilarejos na região na Mohanpur precisam conviver com os animais, com pouca proteção para um possível ataque. No entanto, a população local não parece se importar muito com isso e até agradece e presença dos tigres na região.
O motivo é que as chances de ser atacado ou morto por um tigre são muito baixas, pois eles não costumam atacar seres humanos. E ainda existem benefícios, pois javalis selvagens costumam destruir plantações do local. Os tigres veem esses animais como um presa fácil e ajudam a controlar a população dessa espécie de porco selvagem.

4) Lobos em Banff, no Canadá

animais-lobo
A cidade de Banff, no Canadá, costuma ser visitada por lobos. E o grande motivo é que ela fica dentro de um parque nacional. E as autoridades do local fazem de tudo para garantir que humanos e lobos consigam viver em harmonia. Por exemplo, quando eles matam uma presa para se alimentar, a área é protegida para evitar que sejam atrapalhados.
Eles até costumam ser vistos com bom olhos pela população local, e tal atitude evitou conflitos entre humanos e lobos. Muitos acreditam que os animais notaram que eles são bem vindos, o que fez com que o número de incidentes e ataques se tornassem extremamente raros.

3) Leões em Maasai Mara, no Quênia

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Os guerreiros da tribo Maasai costumavam matar leões, já que eles entravam em seus territórios e matavam seus animais, como gado. Por conta de questões ambientais, a população de leões do local caiu bastante e organizações entraram em acordo com os massai para evitar o agravamento dessa questão.
Agora, os guerreiros Maasai se tornaram protetores dos leões e ainda realizam pequenos trabalhos, como coletar amostras de DNA e traçar o movimento dos animais.

2) Tubarões nas Ilhas Salomão

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Não é todo dia que você consegue olhar para um tubarãoa sua frente, ao menos que você seja um pescador na Ilha Owarigi, nas Ilhas Salomão. Durante suas pescarias, eles conseguem nadar bem próximos dos tubarões sem qualquer tipo de cela de proteção. Eles conseguiram desenvolver uma linguagem corporal na qual “falam” para os animais que não são ameaçadores ou uma que são uma possível presa.
Apesar de toda a fama negativa que possuem, podemos dizer que somos uma ameaça muito maior para os tubarões do que o oposto. O motivo é que eles são muito procurados por conta de suas barbatanas, para a produção da iguaria conhecida como sopa de barbatana de tubarão. E é mais fácil você ganhar na loteria do que ser morto por um desses animais.

1) Abelhas ao redor do mundo

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Essa talvez seja uma das maiores cooperações entre nós e animais. Só que para muitos, ela é um perigo, pois muitas pessoas são alérgicas ao veneno de abelhas, que pode causar choque anafilático e resultar em morte.
Até mesmo aquelas pessoas que não são alérgicas a picada de abelhas podem ser mortas por um enxame dos insetos. Mas de qualquer forma, conseguimos conviver com elas tranquilamente, em qualquer lugar do mundo.
E pode ficar tranquilo, pois a probabilidade de ser morto por um enxame de abelhas é mesma de você morrer em um ataque de tubarão.


acrediteounao.com

05
Fev18

HÁ QUE TER CUIDADO ESPECIAL COM AS PÁLPEBRAS

António Garrochinho

As pálpebras também precisam de alguma atenção.

Sabia que é preciso limpar as pálpebras?


As pálpebras não são apenas uma pele que cobre os olhos e os protege. Pelo contrário, além de pelos (as pestanas), as pálpebras são equipadas com diversas glândulas responsáveis pela produção de gordura e de fluídos que ajudam a nutrir e a manter a córnea saudável.
Mas, porque é que é preciso limpar minhas pálpebras? Porque a falta de higiene ou a acumulação de impurezas, pó, (maquilhagem) nas pálpebras pode levar ao desenvolvimento da blefarite, uma inflamação crónica nessa parte do corpo.
Segundo a oftalmologista Tatiana Nahas, além da falta de limpeza, a blefarite costuma surgir com mais frequência em pessoas com a pele muito branca, assim como naquelas que são atópicas (alérgicas), que apresentam dermatite seborreica, rosácea, síndrome do olho seco, terçolho, conjuntivite, entre outros.
Como limpar suas pálpebras
A higiene regular é a parte mais importante do tratamento da blefarite e a melhor maneira de prevenir o problema. Os objetivos da limpeza são aliviar o incómodo, limpar a secreção oleosa e desobstruir as glândulas responsáveis pela lubrificação dos olhos, que possam estar entupidas.
Quem apresenta o problema deve ter uma rotina diária de limpeza que consiste de três etapas: aquecimento, massagem e limpeza.
Limpeza em 3 passos:
1. Aqueça: O aquecimento com compressa morna serve para amolecer as secreções endurecidas, evitando que a pele fique magoada. O ideal é manter a compressa nas pálpebras por cerca de 5 minutos.
2. Massage: O próximo passo é massajar as pálpebras com o dedo indicador – levemente, claro – de fora para dentro e paralelamente à volta da pálpebra, onde ficam as pestanas. Traga os dedos das sobrancelhas em direção às pestanas superiores. Na pálpebra inferior, massaje trazendo o dedo em direção aos cílios, sempre com os olhos fechados. A ideia é expulsar as secreções gordurosas das glândulas, após terem sido aquecidas. Repita a massagem em ambas as pálpebras por 10 vezes.
3. Limpe: Por fim, limpe a borda das pálpebras de forma suave com uma compressa feita de gaze.
05
Fev18

OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA

António Garrochinho


Sabia Que A Música Ativa O Cérebro?

A música tem a capacidade de ativar o cérebro e tem efeito nos centros de organização do córtex cerebral.

Quem nunca ouviu ou partilhou um comentário como: “Esta música mexe mesmo comigo!” ou ainda “Sempre que ouço esta música lembro-me daquele dia…”? É muito comum expressarmo-nos desta forma, associando a música a acontecimentos das nossas vidas, afinal de contas, ela está quase sempre presente no nosso dia-a-dia.
Quem nunca sentiu nostalgia ao ouvir aquela melodia da sua infância? Quantas vezes não sentimos maior energia e entusiasmo quando toca aquela música que nos desperta sensações positivas? Com a música, não só a nossa amígdala, responsável pelas nossas emoções, está ativada, como muitos outros circuitos cerebrais específicos, e por isso, a música é processada em diversas áreas do nosso cérebro.
Por exemplo, ao ouvirmos uma música que nos deixa feliz, isso pode remeter o nosso cérebro para uma memória onde experienciamos felicidade, e neste processo, ocorre a libertação de endorfinas um dos neurotransmissores relacionados com o prazer, e ainda a libertação de dopamina, neurotransmissor que desempenha várias funções, relacionada também com o prazer, motivação, entre outros.
São vários os benefícios da música para a mente e corpo, sendo a diminuição dos níveis de ansiedade e stress um dos deles. O som provoca uma sensação de relaxamento e por esse motivo os nossos músculos ficam menos tensos. Alguns estudos têm demonstrado que melodias mais calmas, têm um efeito positivo na diminuição da pressão arterial.
Também o nosso raciocínio, linguagem e concentração parecem ser melhorados com o recurso à música, especialmente com a sua prática, isto acontece, porque a prática musical tem um efeito muito positivo em diversas habilidades, como a linguagem, memória, atenção, e ainda a capacidade de transmitir vocalmente emoções.
É habitual que crianças que pratiquem música, desenvolvam uma maior coordenação visual e motora, maior criatividade e sensibilidade e ainda um raciocínio mais abstrato, estas características fazem sentir-se nos mais variados contextos onde interagem, nomeadamente na escola e em casa.
Mas mesmo que não pratique nenhum instrumento, o próprio ato de ouvir música já é bastante estimulante em termos cognitivos. Já reparou na facilidade com que as crianças e até mesmo os adultos acompanham determinados ritmos e como decoram facilmente as letras de algumas músicas?
Como vê, ao nível do desenvolvimento da nossa capacidade atencional e memorização, a música parece ser uma grande aliada. Para muitos, é também através da música que nasce o interesse por conhecer novos idiomas, uma vez que somos diariamente convidados a contatar com música de diferentes países, o que suscita a nossa curiosidade. Outro benefício está ainda relacionado com o humor, motivação e autoconfiança que são aumentados quando somos estimulados diariamente com música.
Esta relação entre a música e o nosso cérebro, não acontece apenas nas crianças ou adultos, acontece ao partir do momento em que nascemos. Num estudo com bebés prematuros, realizado pelo Dr. Mandel e Dr. Lubetzky, que procurar explorar o efeito da música ao nível do desenvolvimento, os resultados demonstraram que os bebés prematuros que eram expostos diariamente a 30 minutos de música clássica de Mozart, tiveram um desenvolvimento mais rápido e pareciam acalmar-se mais rapidamente, comparativamente aos bebés que não foram estimulados através da música. Uma das possibilidades para essas conclusões está relacionada com o fato da música ter um efeito nos centros de organização do córtex cerebral.
Como vemos, a música é um fenómeno social, cultural e pessoal, que tem uma forte influência ao nível das nossas relações interpessoais, fortalecendo-as, uma vez que pode ser uma forma de aproximação entre as pessoas, contribuindo para uma maior socialização, comunicação e expressão emocional.
Para além disso, a música remete-nos ainda para outras áreas igualmente estimulantes para o nosso cérebro como é o caso da dança, desde o ballet clássico e dança contemporânea, até à rumba ou hip-hop.
Agora que já conhecemos as inúmeras potencialidades da música, vamos colocar em prática algumas ideias e estimular o nosso cérebro e o nosso corpo?
– Procure ao longo do seu dia identificar quais os sons que lhe transmitem maior tranquilidade e sensações de bem-estar;
– Repare nas sensações corporais que a música lhe provoca e usufrua dessas sensações no seu dia-a-dia;
– Crie uma lista de músicas que sejam inspiradoras e que lhe transmitam energia e ouça uma dessas músicas no início do seu dia como forma de motivar-se;
– Se tiver interesse e oportunidade, comece a praticar música, independentemente do instrumento ou até aulas de dança, como forma de relaxar e deixar por alguns instantes as preocupações e exigências do dia a dia um pouco de lado;
– Faça um jantar com a sua família e (ou) com os seus amigos e coloque aqueles discos de música especiais que todos gostam e com os quais todos cantam, dançam e descontraem, permitindo-se experienciar e partilhar momentos de prazer e bem-estar com aqueles de quem mais gosta.
Cecília Santos – Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia

 “Sem a música, a vida seria um erro.” Nietzsche


www.inspiresaude.pt
05
Fev18

FOTOGALERIA - A PRISÃO DE LUXO ONDE ESTÃO DETIDOS 11 PRÍNCIPES SAUDITAS

António Garrochinho
 A 4 de novembro do ano passado, uma investigação policial na Arábia Saudita culminou na detenção de 11 príncipes e ministros sauditas, todos eles suspeitos da prática de crimes de corrupção. 

Do grupo fazia ainda parte o multimilionário Alwaleed bin Talal, um empresário conhecido por ser o homem mais rico do Médio Oriente. Segundo a Forbes, o seu património ultrapassa os 18 mil milhões de dólares. Alwaleed foi, segundo a agência Reuters, o primeiro do grupo a ser libertado da prisão que partilhou com os restantes reclusos. 

Acontece que, durante os mais de dois meses que esteve detido, luxo continuou a não faltar ao homem que está habituado a ter muito dinheiro na conta. De acordo com a agência internacional, o príncipe saudita esteve detido no Ritz-Carlton Riyadh, um hotel de cinco estrelas, situado em Riyadh, capital da Arábia Saudita, e que, por sinal, é um dos ativos pertencentes ao vasto património que detém. Alwaleed foi libertado mas, ainda de acordo com a Reuters, foi o único, pelo que os restantes suspeitos de crime de corrupção continuam privados da liberdade, mas não do luxo. 
Aliás, numa entrevista concedida à agência noticiosa numa suítes exclusivas do hotel, o multimilionário lamentou ter sido detido devido a um “mal entendido”, adiantando que passou o tempo de detenção a “ver as notícias, caminhar, nadar e fazer exercício”.















www.dinheirovivo.pt
05
Fev18

VISTA ALEGRE

António Garrochinho

VISTA ALEGRE
…Os serviços da Vista Alegre são usados pela Presidência da República Portuguesa, pela Presidência da República Federativa do Brasil, na Casa Branca (nos EUA) e em diversas Casas Reais europeias, incluindo a britânica, a espanhola e a holandesa?
…As peças da Vista Alegre se convertem ao longo dos anos em antiguidades de grande valor, constituindo excelentes opções de investimento?
Por exemplo, louça com um casal de perdizes adquirido em 1970 por cerca de 10.000 escudos (49,88€) foi vendido em 2007 por 21.000€. Em 37 anos, o valor da peça multiplicou-se 420 vezes, tendo gerado uma taxa de rentabilidade média anual de 17,7 %.
…O Museu Vista Alegre conta com mais de 30.000 peças e com um dos mais completos espólios museológicos do género?
Entre 2014 e 2016 o Museu Vista Alegre sofreu obras de requalificação, que incluíram a recuperação do património edificado existente e a ampliação dos espaços expositivos, destacando-se a integração de dois antigos fornos da empresa nas áreas de recepção do Museu. O novo museu pretende mostrar a história da fábrica, a evolução estética da produção de porcelana e a sua importância na sociedade portuguesa nos séculos XIX e XX.
05
Fev18

«Rankings» e «jornalismo»: desinformação e propaganda

António Garrochinho















PARA MELHOR COMPREENSÃO DA PUBLICAÇÃO CLIQUE NOS SUBLINHADOS A AZUL

Na sequência de uma decisão judicial, o Ministério da Educação começou a facultar, em 2001, os resultados dos exames que permitem a elaboração de rankings. Em 2012, essa informação passou a ser complementada com dados sobre o perfil socioeconómico dos alunos, permitindo enquadrar uma das falhas mais grosseiras dos exercícios de ordenação de escolas: a ausência de dados de contexto, indispensáveis para interpretar, com um mínimo de seriedade, os resultados escolares.

Desde então, os termos do debate foram, apesar de tudo, melhorando. Há hoje mais pudor nas redações dos jornais em colocar nas manchetes a exaltação simplista e acrítica da aparente supremacia das escolas privadas face às escolas públicas; passou a ter-se uma noção mais clara sobre o impacto da seleção de alunos na «produção automática» dos bons resultados; sinalizaram-se problemas como a inflação de notas ou a «cultura do chumbo». Já com o atual Governo, começou a construir-se um referencial bem mais útil e interessante para aferir o desempenho das escolas, dos alunos e das comunidades educativas, os percursos diretos de sucesso.
É por tudo isto que está ao nível da mais intolerável indigência e despudorada propaganda a forma como José Rodrigues dos Santos, no telejornal de ontem na RTP1, se referiu aos «resultados» do «ranking» de escolas de 2017 (não deixem de ver, a partir do minuto 9). Disse o «jornalista»: «O ranking das melhores escolas do secundário voltou a ser dominado pelas privadas. Nas primeiras cinquenta melhores escolas de Portugal só há quatro públicas. No primeiro lugar do ranking está o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, cujos alunos obtiveram nos exames nacionais uma média de 14,9 valores. A seguir, está o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, e depois vem o Colégio Manuel Bernardes, em Lisboa. No ranking, em que a RTP segue os critérios do jornal Público, a primeira escola pública só aparece no lugar 32. É a Secundária Garcia da Horta, no Porto, cujos alunos obtiveram uma média de 12,4 valores nos exames nacionais. Segue-se a secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, e depois vem a Clara de Resende, no Porto. Se olharmos para as médias, as privadas chegam aos 11,8 valores, enquanto as públicas ficam pelos 10,3».














Um pingo de decência e isenção obrigaria José Rodrigues dos Santos a salientar - como fez a generalidade dos jornais, com maior ou menor realce - que as escolas privadas não disponibilizaram, uma vez mais, dados sobre o perfil socioeconómico dos seus alunos ao Ministério da Educação. O que, evidentemente, não só descredibiliza qualquer exercício de ordenação minimamente sério entre escolas públicas e privadas, como torna fraudulenta a aclamação da superioridade das escolas privadas. Que estas não queiram facultar dados do perfil socioeconómico dos seus alunos, para evitar confrontar-se com os resultados de uma verdadeira comparação com as escolas públicas, compreende-se. Que o canal público de televisão, e José Rodrigues dos Santos, optem pelo frete da desinformação e da propaganda, já é mais difícil de aceitar.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt
05
Fev18

A INDÚSTRIA FOSFOREIRA

António Garrochinho


Existiram na Benfeita, entre 1870 e 1895, três fábricas de fósforos de enxofre, conhecidos na época por palitos fosfóricos ou lumes de enxôfre.
No começo do séc. XIX, foram realizadas algumas tentativas com o uso de combinações ou misturas de produtos químicos que favorecessem o início de uma chama. Alguns desses processos utilizavam misturas de fósforo e enxofre, outros ainda hidrogénio gasoso, mas todos de alto risco e difícil utilização.
Começaram, então, a aparecer os primeiros fósforos, alguns bem perigosos e bem fedorentos, como os conhecidos “Congreves” e “Luciferes”. Porém, foi apenas em 1845 que o sueco Carl Lundstrom patenteou os primeiros “fósforos de segurança”, com ignição controlada, manufacturados a partir de fósforo vermelho e que só se inflamavam quando friccionados contra uma espécie de lixa, colocada no lado de fora da embalagem.
Só mais tarde a fabricação de fósforos entrou na indústria nacional, em oficinas e fabriquetas espalhadas um pouco por todo o país. A Benfeita não fugiu à regra e, em 1890, já existiam 3 fábricas de fósforos na nossa aldeia. Chamavam-se elas: Santa Clara, de Lourenço dos Santos (localizada logo à saída da Ponte do Cabo, sobre a Ribeira da Mata), Tanque, de Manuel Martins e União, de Augusto dos Santos. Embora de estrutura e composição quase exclusivamente familiar, estas pequenas fábricas tinham já uma capacidade de produção anual superior a um milhão de caixas, cada uma, ocupando um lugar de destaque na produção nacional, não obstante a falta de instalações adequadas, maquinaria e mão-de-obra especializada, além dos difíceis acessos à aldeia.
Antes do 25 de Abril na Benfeita e no resto do país em 1895  marcou a queda de uma indústria que mantinha activos, na Benfeita, 47 postos de trabalho. Nesta data, o então Presidente do Concelho e Ministro da Fazenda, Conselheiro Hintze Ribeiro fez desaparecer, por decreto, as 69 fábricas de fósforos espalhadas pelo continente do reino e ilhas adjacentes, entregando o exclusivo do fabrico de acendalhas e palitos, ou pavios fosfóricos, à Companhia Portuguesa de Fósforos que abriu duas fábricas de grande porte; uma em Lordelo do Ouro, no Porto, e outra no Beato, em Lisboa. A mão-de-obra existente foi, então, deslocalizada para as novas fábricas e garantidos os postos de trabalho, embora tivessem optado por uma indemnização todos aqueles que não puderam ou não o quiseram fazer.
Dadas as precárias condições de segurança em que se manuseavam estes materiais altamente inflamáveis sucediam-se, em todo o país, situações de pequenos e grandes incêndios, alguns provocando vítimas humanas e elevados prejuízos materiais, dado que, grande parte destas fabriquetas se encontravam instaladas em pequenas lojas, “roubadas” aos animais, existentes nas próprias habitações. As más condições de protecção em que se realizavam 12 a 16 horas de trabalho diário, perante a indiferença das autoridades, associadas aos perigos de emanações tóxicas, constituía um elevado risco de vida pois poderia causar necrose ou gangrena dos ossos e poderia levar à morte. A ignorância e a pobreza da população permitia a exploração de mão de obra não qualificada, maioritariamente mulheres, a troco de um salário baixíssimo, embora alguns proprietários tivessem conhecimento desta doença mas estivessem mais preocupados em aumentar os seus lucros.
Este monopólio de produção de fósforos de enxofre, integrais e amorfos, de cera e de madeira, que foi dado em exclusivo, pelo prazo de 30 anos, ao negociante do Porto, Francisco António Borges, viria a sobreviver à Primeira República. Expirado o prazo concedido, cria-se a Sociedade Nacional de Fósforos, que herda os alvarás de produção da Companhia Portuguesa de Fósforos, tornando-se numa das mais importantes unidades do sector a nível nacional. A sua extensa linha de produção integra todos os trabalhos desde corte e tratamento da madeira, à realização da “massa” dos fósforos e respectivo embalamento. Mais tarde, em 1926, surge em Espinho, outra empresa importante, a Fosforeira Portuguesa e, no Porto, ainda mais duas Companhias, a Continental e a Lusitana.
A vulgarização do uso do isqueiro (já inventado em 1816, pelo alemão Johann Wolfgang Döbereiner) viria a fazer decair esta notável indústria. Perante isto, Salazar, lançou a “Licença Anual para uso de Acendedores e Isqueiros”, numa tentativa de refrear a sua crescente utilização, já que causava um enorme rombo na indústria fosforeira nacional, para ela revertendo toda a receita das licenças emitidas, bem como o valor das multas aplicadas pela inobservância da lei; embora, neste caso, 30% se destinasse ao fiscal autuante. Já sem aplicação prática, mau grado a existência de um extenso “corpo de fiscais” para punir e dissuadir a utilização de isqueiros, na via pública, esta lei acabou por ser abolida em 1970.
Mas, com a globalização, a indústria fosforeira portuguesa nada pôde fazer para resolver a crise que se instalou no sector e que pôs em causa a sua viabilidade no nosso país. Trata-se do problema da concorrência, resultado da importação de fósforos dos novos países da União Europeia e de países terceiros, como a China.
A Sociedade Nacional de Fósforos sucumbe, deixando atrás de si, as suas famosas colecções de caixas e carteiras de fósforos, temáticas e publicitárias, muito ao gosto dos apaixonados coleccionadores filumenistas. Por arrasto da mudança dos hábitos de consumo, as grandes e importantes fábricas fosforeiras portuguesas, que produziram durante décadas autênticos objectos de colecção, que alimentaram o filumenismo, acabaram por entrar em decadência e encerrar.
A Fosforeira Portuguesa é trespassada em Setembro de 2006, recebendo a partir dessa data a designação de Chama Vermelha estando, actualmente, localizada em Vila Nova de Gaia e sendo a única empresa portuguesa a produzir fósforos, na Península Ibérica, e das poucas a nível mundial.
Hoje, a produção de fósforos já não tem a importância económica de outrora. Com os avanços tecnológicos que estão à nossa disposição, é difícil imaginar como a indústria fosforeira possa competir por muito mais tempo, nos moldes tradicionais, com os novos isqueiros electrónicos chineses, a gás, recarregáveis ou descartáveis, de todas as cores e formatos, tanto na utilização por fumadores como no lar, nas cozinhas, fogões e esquentadores, e em lareiras e barbecues; de baixo custo, fácil utilização, maior segurança e durabilidade.
A marca Quinas, era uma das mais populares da Sociedade Nacional de Fósforos, que chegou a produzir mais de 16 biliões de fósforos nas suas quatro fábricas, sediadas no Porto e em Lisboa. Com poucas pessoas a terem licença, ou a quererem usar, para isqueiro, o fósforo sempre foi parte integrante da vida dos portugueses, e esta era uma empresa 100% nacional, com tudo a ser produzido por cá com mão de obra nacional. Deixo aqui algumas imagens de caixas que todos devemos ter visto lá por casa. A marca ainda existe, utilizada por outra fábrica que ficou com o direito do nome.
A marca Quinas, era uma das mais populares da Sociedade Nacional de Fósforos, que chegou a produzir mais de 16 biliões de fósforos nas suas quatro fábricas, sediadas no Porto e em Lisboa. Com poucas pessoas a terem licença, ou a quererem usar, para isqueiro, o fósforo sempre foi parte integrante da vida dos portugueses, e esta era uma empresa 100% nacional, com tudo a ser produzido por cá com mão de obra nacional. Deixo aqui algumas imagens de caixas que todos devemos ter visto lá por casa. A marca ainda existe, utilizada por outra fábrica que ficou com o direito do nome.
foto de cronica do rochedo
Foto de desaparecido mas não esquecido Foto de cronica do rochedo
Estado Novo
No tempo do Estado Novo foi indispensável esta autorização individual, quem não possuía ficava sujeito a multa pesada. Esta lei imposta na época servia para salvaguardar a produção de fosforoso nacionais

centrodeestudosportugues1.wordpress.com
05
Fev18

O DESPORTO INTERNACIONAL NUMA ENCRUZILHADA

António Garrochinho


O escândalo já foi há muito tornado público. A selecção olímpica da Rússia apareceu inúmeras vezes recentemente envolta em casos de fraude por doping, com acusações graves de deturpação ostensiva da verdade desportiva e de ocultação oficial de provas dessa prática antidesportiva.

O Comité Olímpico Internacional (COI) e algumas Federações internacionais (como a do Atletismo) avaliaram essas irregularidades (manipulação sistematizada e centralizada de controlos antidoping) e suspenderam para além dos próprios atletas em causa, a participação da própria equipa nacional, como o atletismo no Rio. Contaram para o processo de investigação com o contributo de um delator, Rodchenkov, director do laboratório antidopagem de Moscovo até 2015 e residente nos EUA. E no epicentro da grave situação estava o Ministro dos Desportes, Vitali Mukto, muito próximo da liderança de Putin.

A Rússia apareceu assim publicamente exposta, desprestigiada, e castigada, atingindo-se o máximo da condenação com a proibição da participação como nação com bandeira e hino nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno deste ano na Coreia do Sul, restando-lhe a humilhante participação “neutra” dos seus atletas com bandeira olímpica. Agora o Tribunal Arbitral do Desporto anulou a suspensão de 28 de 43 banidos da Olimpíada de Sochi, mas isso não parece demover o COI, que permanece desconfiado do sucesso dos atletas russos. Sabe-se que em outros países, individualmente ou como nação, há suspeitas igualmente claras de práticas que afectam a seriedade da prática desportiva. Mas a Rússia (mesmo descontando a possibilidade de ser vítima  de politicas de isolamento e de confronto) por desleixo ou por estratégia excedeu as piores expectativas.  

Menos badalado, mas atual, está a ser o caso da prática de abusos sexuais sobre as jovens ginastas dos Estados Unidos da América. Foram identificados lugares e responsáveis pelos abusos, nas equipas técnicas e em médicos que acompanham os atletas. São práticas generalizadas e que certamente contaram com a conivência e silêncio de muitos. Durante 30 anos, foram identificados 156 casos de abusos, disfarçados de procedimentos médicos. A Federação de Ginástica já se demitiu ou foi demitida e a imagem do país não fica nada bem no que concerne á protecção de direitos de menores. Não sei se o Comité Olímpico Internacional se vai pronunciar sobre o sucedido.

São indesculpáveis a leste ou a ocidente, na Rússia ou nos Estados Unidos da América, ou em outros países, as práticas que por nacionalismo exacerbado, ou por ganância ou por exercício de despudor, violam as mais elementares regras cívicas ou de bom senso. Importa que as grandes potências sintam a necessidade de atuarem como exemplo, como membros de referência da comunidade internacional. Não basta olhar com desprezo, superioridade ou presunção para os que pela dimensão, desenvolvimento ou outra razão não ultrapassaram níveis civilizacionais adequados. Importa que se olhe para a realidade com atenção e por vezes alguma prudência. O desporto, mesmo quando inexoravelmente adquire dimensão mercantil, não é excepção.


CR

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt


05
Fev18

Toneladas de lixo flutuam no Sena

António Garrochinho

Moradores temem um problema de saúde pública.

As cheias da última semana no Sena acumularam toneladas de lixo no rio, às portas de Paris.

Em Méricourt, uma vila situada a cerca de 60 km da capital, 200 toneladas de lixo com 80 cm de altura estão presas numa comporta.

Em Triel-sur-Seine, são os residentes que se organizam para os trabalhos de limpeza

Os detritos e os ratos perto das zonas de habitação estão a alertar os moradores, que temem agora um problema de saúde pública.

VÍDEO
pt.euronews.com

05
Fev18

Carlos Drummond - Carta a Stalingrado

António Garrochinho

Resultado da sua pesquisa para CIDADE DE STALINGRADO DESTRUIDA
A barbárie nazista foi derrotada em StalingradoA barbárie nazista foi derrotada em Stalingrado
No dia 2 de fevereiro de 1943 o Exército Vermelho infringiu em Stalingrado uma memorável derrota contra as forças nazistas que haviam invadido a URSS. Foi o começo do fim para Hitler e seus parceiros nazistas. 

Poema de Carlos Drummond de Andrade 

Em Stalingrado, o ridículo e sanguinário “Reich dos Mil Anos” foi ferido de morte e os soldados soviéticos começaram a marcha para o oeste que só terminariam em Berlim onde, em 8 de março de 1945, impuseram a rendição final à Alemanha nazista.

Stalingrado tornou-se sinônimo mundial do heroísmo e da luta pela pátria e pelo socialismo que, no Brasil, Carlos Drummond de Andrade cantou neste poema.

A banda Bassoti, formada por operários da periferia de Roma (Itália), ligados à esquerda italiana, notória pelos shows que promove contra o imperialismo e em apoio aos povos do mundo, especialmente os palestinos, gravou a música que acompanha o poema de Drummond (José Carlos Ruy). 

Stalingrado

Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades!
O mundo não acabou, pois que entre as ruínas 
outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora, 
e o hálito selvagem da liberdade 
dilata os seus peitos, Stalingrado,
seus peitos que estalam e caem, 
enquanto outros, vingadores, se elevam.

A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais.
Os telegramas de Moscou repetem Homero.
Mas Homero é velho. Os telegramas cantam um mundo novo
que nós, na escuridão, ignorávamos.
Fomos encontrá-lo em ti, cidade destruída, 
na paz de tuas ruas mortas mas não conformadas,
no teu arquejo de vida mais forte que o estouro das bombas, 
na tua fria vontade de resistir.

Saber que resistes.
Que enquanto dormimos, comemos e trabalhamos, resistes.
Que quando abrimos o jornal pela manhã teu nome (em ouro oculto) estará firme no alto da página.
Terá custado milhares de homens, tanques e aviões, mas valeu a pena.
Saber que vigias, Stalingrado,
sobre nossas cabeças, nossas prevenções e nossos confusos pensamentos distantes
dá um enorme alento à alma desesperada
e ao coração que duvida. 

Stalingrado, miserável monte de escombros, entretanto resplandecente!
As belas cidades do mundo contemplam-te em pasmo e silêncio.
Débeis em face do teu pavoroso poder, 
mesquinhas no seu esplendor de mármores salvos e rios não profanados,
as pobres e prudentes cidades, outrora gloriosas, entregues sem luta, 
aprendem contigo o gesto de fogo.
Também elas podem esperar.

Stalingrado, quantas esperanças!
Que flores, que cristais e músicas o teu nome nos derrama!
Que felicidade brota de tuas casas!
De umas apenas resta a escada cheia de corpos; 
de outras o cano de gás, a torneira, uma bacia de criança.
Não há mais livros para ler nem teatros funcionando nem trabalho nas fábricas, 
todos morreram, estropiaram-se, os últimos defendem pedaços negros de parede,
mas a vida em ti é prodigiosa e pulula como insetos ao sol,
ó minha louca Stalingrado!

A tamanha distância procuro, indago, cheiro destroços sangrentos,
apalpo as formas desmanteladas de teu corpo,
caminho solitariamente em tuas ruas onde há mãos soltas e relógios partidos,
sinto-te como uma criatura humana, e que és tu, Stalingrado, senão isto?
Uma criatura que não quer morrer e combate, 
contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,
contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,
contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate, 
e vence.

As cidades podem vencer, Stalingrado!
Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma fumaça subindo do Volga.
Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.
Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres, 
a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.



Do livro Rosa do Povo (1945). In Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa. Rio de janeiro, Editora Nova Aguilar, 1983

VÍDEO



Banda Bassotti - Stalingrado

Da redação do Vermelho

Fame e macerie sotto i mortai
Come l'acciaio resiste la citta'
Strade di Stalingrado, di sangue siete lastricate
ride una donna di granito su mille barricate
Sulla sua strada gelata la croce uncinata lo sa
D'ora in poi trovera' Stalingrado in ogni citta'

L'orchestra fa ballare gli ufficiali nei caffe'
l'inverno mette il gelo nelle ossa
ma dentro le prigioni l'aria brucia come se
cantasse il coro dell' Armata Rossa

La radio al buio e sette operai
sette bicchieri che brindano a Lenin
e Stalingrado arriva nella cascina e nel fienile
vola un berretto, un uomo ride e prepara il suo fucile
Sulla sua strada gelata la croce uncinata lo sa
D'ora in poi trovera' Stalingrado in ogni citta'


05
Fev18

NUM PAÍS TODO VIRADO PARA OS SERVIÇOS, ONDE SE DESTRUIURAM A MAIOROIA DAS EMPRESAS DA INDÚSTRIA, DA CONSTRUÇÃO CIVIL, NUM PAÍS QUE PAGA SALÁRIOS MISERÁVEIS, ONDE A PRECARIDADE É ESCANDALOSA, ONDE NÃO SE PAGA A TEMPO E A HORA, ONDE A FORMAÇÃO

António Garrochinho

A ver: Empresas portuguesas adiam investimentos por falta de mão de obra

VÍDEO







São cada vez mais as empresas com dificuldades em encontrar trabalhadores. Falta mão de obra em cargos onde é preciso qualificações, mas há também falta de referenciados.
As associações e sindicatos dos principais setores fizeram as contas e dizem que há carência de mais de 148 mil trabalhadores.

www.rtp.pt
05
Fev18

VÍDEO - TUDO PELA SOBREVIVÊNCIA

António Garrochinho


Na natureza os animais desenvolveram as mais diversas formas de se defender ou de atacar, seja para se proteger dos predadores, atacar suas presas ou até mesmo para defender a sua próxima geração.


Confira agora um pequeno documentário, em que teremos foco em batalhas animais pela sobrevivência, onde vale de tudo para garantir o seu lugar na natureza.

Sem mais delongas, vamos ao vídeo:

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tudorocha.blogspot.pt
05
Fev18

Itália deita ao lixo dois milhões de toneladas de comida por ano

António Garrochinho


O desperdício alimentar é um problema económico, ambiental e social


Cerca de dois milhões de toneladas de comida vão todos os anos para o lixo, em Itália. Em Roma encontramos uma das 400 famílias italianas monitoradas na campanha contra o desperdício alimentar. O país foi um dos sete a assinar uma petição contra o desperdício que reuniu mais de um milhão de assinaturas. O texto dirigido aos supermercados dos Estados-membros da União Europeia, reclama a obrigatoriedade da doação dos alimentos não vendidos às instituições de caridade.

A Euronews foi visitar a família de Di Salvio que participa no projeto "Reduzir."

"Deram-me um diário para escrever todos os alimentos que iam para o lixo diariamente. Pesámos o desperdício alimentar para quatro pessoas e ao fim de sete dias era quase de um quilo" afirma Valentina Brengola.

Eloisa Covelli/Euronews: “Em termos económicos, estamos a falar de que valores?”

Valentina Brengola: “Em termos económicos, 30 euros por semana.”

Ainda assim, a família de Di Salvio desperdiçou menos do que a média europeia. A razão não é clara, mas os especialistas acreditam que a importância dada à comida pode ajudar a explicar o comportamento dos consumidores italianos.

Eloisa Covelli/Euronews: "Pode dar-nos alguns conselhos para evitar o desperdício?"

“Fazer compras todos os 2 a 3 dias e evitar fazer uma grande quantidade de compras uma vez por semana num supermercado" refere Daniele Di Salvio.

Hábitos que podem ajudar a minimizar o impacto de um problema económico, ambiental e social.

VÍDEO

pt.euronews.com
05
Fev18

João Palma, magistrado do ministério público

António Garrochinho


joao_palma
João Palma, magistrado do ministério público, ex dirigente do sindicato do ministério público, ao ser ouvido pelos jornalistas no congresso do sindicato desenvolveu teoria, com ar sério, a propósito de cumplicidades entre poder político, altos magistrados e juízes para proteger os mais poderosos e influentes (Ver aqui)
A bem mandada comunicação social traduziu as palavras do sindicalista, ou ex-sindicalista, que o “Ministério Público se agitava com a sucessão de Joana Vidal”. Nesse dia (ou perto), na época em que todos ficámos a saber que o Ministério Público agiu contra o ministro Centeno instigado pelo Correio da Manhã (como o MP reconhece), no dia em que a procuradora se manifesta, mais uma vez, preocupada com as sucessivas quebras do segredo de justiça, no mesmo dia (mais ou menos) em que dois desembargadores são constituídos arguidos por promiscuidade entre comunicação social, empresários e poderes judiciais, do sindicalista Palma nem uma palavra disse sobre a promiscuidade entre jornalistas e magistrados. Assunto tabu.
O assunto grave, o mais grave, o que conduz aos julgamentos populares resultam do conúbio entre magistrados e jornalistas, entre os agentes do sistema judicial os os agentes da comunicação. Sobre isso, do Palma vedeta mediática, moita carrasco.
Não conheço o magistrado sindicalista João Palma, a não ser de o ver nas festas sociais da revista Elas do Correio da Manhã, frequentadas também pelo desembargar Rangel, agora arguido.
Pelo facto de serem convidados e de terem aceitado o convite de uma revista do órgão de comunicação tido como o veiculo privilegiado da informação policial e judicial é legítima a associação do sindicalista Palma e do desembargador Rangel ao veículo privilegiado de notícias sobre casos mediáticos da justiça? Não, não é legítima, mas é justificável a má opinião de um cidadão a propósito destas presenças.
As festas do Correio da Manhã não eram bacanais, longe disso, eram apenas oportunidades para convívio, locais onde são proporcionados contactos em ambiente agradável. Sabendo o que sabemos do segredo de justiça, das suspeitas que recaem sobre os magistrados e polícias avençados pelos órgãos de comunicação, é sensato, é prova de sensatez, e até de inteligência, já agora, os magistrados andarem por estas festas de copo na mão?
Julgo, dentro do princípio de não bastar à mulher de César ser séria, mas também que o pareça, que estas participações do sindicalista Palma, enquanto magistrado, e do desembargador Rangel são provas de sensatez? Não. Julgo que seria de lhes exigir algum pudor, algum recato. Na verdade, o facto do homem do sindicato dos magistrados (ou ex) e do desembargador participarem nas festas sociais de um jornal é causa da sua presença na comunicação social como isentos e angélicos comentadores, ou é consequência do seu mediatismo? Na realidade eles configuram a cadeia de produção dos ditos “famosos”. Os famosos são famosos porque aparecem e aparecem porque são famosos.
O sindicalista Palma manifesta-se preocupado com a substituição da procuradora atual. Ora eu posso legitimamente pensar que esta procuradora geral foi complacente com os comportamentos do seu subordinado Palma – incluindo a acusação sublimar aos seus colegas e à instituição – e que o anterior, que ele critica, o contestou. Mais, rejeito o discurso moralista do sindicalista Palma. Contudo, como ele, por motivos que desconhecemos, “aparece” nos jornais e TV, os jornais e as TVs quando querem encontrar um eco para as manobras políticas que conduzem (neste caso influenciar a escolha do/a próximo PGR) vão buscar estes “famosos”, que emitem uma opinião que os órgãos de comunicação apresentam como sendo a da instituição.
De facto a chamada destes “famosos” ao centro da arena mediática resulta de um processo de mistificação e de manipulação. Nem a opinião dos “Palmas” representa o pensamento da instituição, nem os “Palmas” têm moral para se colocarem na primeira fila, impantes, a emitir pareceres e a arrotar postas de pescada.
João Palma representa um dado Ministério Público que produziu os resultados visíveis de justiça popular e de justiça de tiro ao alvo. É esse MP que ele defende. É a sua praia. A procuradoria da república devia impor moderação e pudor a estes seus funcionários, ou afastá-los como pragas.

(Carlos Matos Gomes, 04/02/2018)

estatuadesal.com

05
Fev18

A reprodução das elites

António Garrochinho



As privadas , As privadas....
As privadas vencem o ranking das melhores escolas martelava ontem no Telejornal José Rodrigues dos Santos. Por sua vez o Público em grandes parangonas titulava : " Colégios voltam a dominar o ranking dos exames "
Nenhum recuo , nenhuma relativização ...
Nos ditos colégios , qual é a profissão dos pais e qual o seu nível de rendimentos ? Quantos alunos filhos de imigrantes ? Quantos alunos com pais desempregados ou com vínculos precários ?...
Quantas horas de explicador privado e por disciplina têm esses meninos ?
Quanto pagam os pais de mensalidade nos ditos colégios ?
Nem uma pergunta , nem uma resposta destes doutos jornalistas .
Como comparar com as Escolas Públicas com milhares de alunos filhos de homens que nunca foram meninos ?

foicebook.blogspot.pt
05
Fev18

5 mil vezes!...

António Garrochinho




“CINCO MIL VEZES”

“As análises agora divulgadas indicam que, na origem da poluição, estão as empresas de pasta de papel da região. Os níveis de celulose das amostras superavam o recomendado em "cinco mil vezes".

E o crime é tratado com luvas, o ministro usa um blá-blá-blá de circunstância e os media, dada a dimensão da espuma – se não houvesse espuma o silêncio ainda seria maior – vendem o espetáculo e escondem na medida do possível os serial killers. Sim, são assassinos em série!; doenças que se manifestam sem se saber porquê, grande parte têm como origem todos estes crimes ambientais. As nossas vidas estão em perigos e são trocadas por coimas irrisórias.

Um Estado que não age célere em defesa do povo que o sustem, devia ser punido como conivente nos crimes que também são seus.

O MINISTRO, O GOVERNO TÊM QUE SE DEFINIR
VÃO ATUAR EM DEFESA DO POVO OU DAS CELULOSES?


aspalavrassaoarmas.blogspot.pt
05
Fev18

Nova presidente da Raríssimas devolveu o BMW ao stand

António Garrochinho



Quando rebentou o escândalo sobre a Raríssimas e a respetiva presidente, Paula Brito e Costa, muito se falou sobre o BMW 520 D que a dirigente da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) utilizava para as deslocações diárias entre a casa e o trabalho – e que custava 921 euros por mês à associação.
Agora, o Jornal de Notícias conta que a nova presidente da Raríssimas já devolveu o carro topo de gama ao stand. Segundo o mesmo jornal, Sónia Margarida Laygue sentia-se incomodada com a presença do veículo nas instalações da Casa dos Marcos, na Moita, e decidiu devolvê-lo. Ao que parece, o acordo de devolução ao concessionário já estava fechado há duas semanas: de recordar que, neste mesmo concessionário, trabalha o sobrinho de Manuel Delgado, o ex-secretário de Estado da Saúde que se demitiu no seguimento da polémica.
A nova presidente – que tomou posse há um mês e desde logo afastou Paula Brito e Costa do cargo de diretora-geral – está a realizar uma auditoria interna às contas da Raríssimas. Sónia Margarida Laygue quer perceber em que pé estão as finanças da associação e, para tal, decidiu não tocar nos cofres da IPSS. Ao ponto de, segundo avança o JN, ter comprado com o próprio dinheiro os materiais para a celebração do Dia Mundial das Doenças Raras (que se assinala a 28 de fevereiro). A única exceção é o valor necessário para garantir os tratamentos diários dos utentes e o pagamento de salários.
Na passada semana, a direção da Raríssimas reuniu com os trabalhadores para discutir o ponto de situação da associação e ficou decidida a criação de uma comissão coordenadora, formada por elementos das chefias da Casa dos Marcos, para liderar os serviços e solucionar os problemas mais imediatos e quotidianos.
Paula Brito e Costa, a antiga presidente da Raríssimas, foi constituída arguida pelos crimes de peculato, recebimento indevido de vantagens e falsificação de documentos.

observador.pt
05
Fev18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

A palavra Palhaço deriva do italiano paglia, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cómico era feita do mesmo pano e revestimento dos colchões: um tecido grosso e listrado, e afofada nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante

Se historicamente o papel dos palhaços é associado à folia e à comédia, emPortugal, na Europa, no mundo, os palhaços da governação (os falsos palhaços) são hoje a causa de todas as desgraças salvo algumas poucas excepções.
São os palhaços da guerra, são os palhaços da economia, são os palhaços da banca, são os palhaços dos media, são os palhaços assassinos.
Diz o povo que não se deve denegrir o papel do verdadeiro palhaço (o que nos diverte com o seu entretenimento) e eu concordo e não é essa a minha intenção ao escrever hoje aqui debruçando-me sobre esta temática.
Como qualquer cidadão ajuizado respeito o papel desses homens e mulheres que através do seu humor, da sua arte, nos proporcionaram e continuam a oferecer momentos de bom humor e disposição.
Todos os amigo(a)s e camaradas principalmente os mais idosos se devem lembrar das sátiras do palhaço rico e do palhaço pobre nos circos que visitavam as cidades, as vilas, as aldeias e confesso que não sei se ainda hoje essas figuras continuam a representar essas personagens onde existia sátira e humor sadio.
Sei porém que palhaçada não nos falta e que não é de todo agradável a que nos penaliza e prejudica a nossa vida, a que invade as nossas casas na televisão, a palhaçada dos jornais que aterrorizam e destroem a nossa "esperança" a nosso acreditar no dia de amanhã.
Estes palhaços cinzentos, negros,são os "dignos" representantes do verdadeiro terror, do mórbito, do descrédito, da vigarice e do roubo, e nós povo pagamos um bilhete bem caro para assistir e alimentar este corso de de figuras que nos remetem para a tristeza, para a miséria, e para o desacreditar que o mundo mudou e aprendeu as lições históricas que homens íntegros puseram em prática para uma humanidade mais igual, mais justa e fraterna..

António Garrochinho

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