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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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18
Fev18

‘Caçados como animais’: Na Tanzânia, pessoas com albinismo vivem sob ameaça constante

António Garrochinho

‘Caçados como animais’: Na Tanzânia, pessoas com albinismo vivem sob ameaça constante

‘Caçados como animais’: Na Tanzânia, pessoas com albinismo vivem sob ameaça constante

Crédito: AFP
Na Tanzânia, pessoas albinas sofrem sequestros e são até assassinadas por sua condição
Pessoas com albinismo enfrentam preconceito e morte na Tanzânia. Recentemente, uma nova campanha foi lançada para tentar pôr fim a sequestros e assassinatos que aterrorizam os cerca de 30 mil albinos que vivem no país. A BBC conversou com alguns deles.
O pescador Mtobi Namigambo vive na ilha de Ukerewe, na Tanzânia. Situada a três horas de distância de Mwanza, segunda maior cidade do país, a ilha remota já foi tido como um santuário para albinos, mas hoje a situação mudou. Um dos filhos de Namigambo, May Mosi, com quatro anos de idade, é albino. Quando tinha três meses de idade, escapou de uma tentativa de sequestro. "Tinha ido pescar no lago. (Minha esposa e as crianças) estavam sozinhas na casa quando foram atacadas", conta o pai. "Ela pulou pela janela e correu com May, em busca de um local seguro, deixando as outras duas crianças para trás - ela não sofreram nada". "Os agressores estavam à procura de May", diz a esposa do pescador. "Meu marido estava fora pescando e eles sabiam disso. Por isso vieram. Após eu pular pela janela, eles ainda vieram atrás de mim e eu gritei por socorro. Só desistiram quando eu acordei os vizinhos".

Comércio Lucrativo

O albinismo é um distúrbio congênito caracterizado pela ausência de pigmento na pele, cabelos e olhos devido a uma deficiência na produção de melanina pelo organismo. Em alguns casos, o distúrbio também provoca problemas de visão.
Crédito: AFP
Mashaka Benedict observa a estátua que promove os direitos das pessoas albinas em Sengerema

Ele é raro, afetando uma em cada 17 mil pessoas aproximadamente. No Brasil, por exemplo, haveria (embora não haja dados oficiais) entre 10 mil e 12 mil pessoas com albinismo. Entre elas está o compositor e multi-instrumentista Hermeto Paschoal, reverenciado por músicos de jazz em todo o mundo. Pouco presente no mundo ocidental, o albinismo é comum na África Subsaariana. Na Tanzânia e em outros países africanos, especialmente no leste do continente, albinos sofrem perseguições. Em algumas regiões, são tidos como demoníacos e perigosos. Na Tanzânia, alguns acreditam que poções feitas utilizando partes dos corpos dos albinos trariam sorte e riqueza. Como resultado, mais de 70 albinos foram mortos no país nos últimos três anos. Segundo grupos que fazem campanha em defesa dos albinos, apenas dez pessoas foram presas em consequência desses assassinatos. No caso mais recente, em maio deste ano, uma mulher foi morta a golpes de machado.

Campanhas

Nos últimos anos, houve várias iniciativas para tentar conscientizar a população e romper preconceitos e superstições em torno do albinismo. Em 2012, na África do Sul, uma modelo albina foi destaque no continente quando desfilou pelas passarelas da Africa Fashion Week. Na Tanzânia, o governo também lançou campanhas de conscientização, mas o problema persiste, especialmente em regiões remotas como a ilha Ukerewe, onde vivem o menino May e sua família.
Pessoas albinas enfrentam grande preconceito em áreas rurais


"Nós apelamos ao governo por mais iniciativas para educar a comunidade aqui (na ilha)", diz Namigambo, pai de May. "No passado, as autoridades faziam seminários sobre albinismo. Faziam muita diferença, mas agora não mais", ele comenta. A ONG Under the Same Sun (em tradução livre, Sob o Mesmo Sol), que atua junto à população albina da ilha, diz que o lugar não é tão seguro como alguns imaginam. Alfred Kapole, presidente da sucursal regional da Tanzania Albinism Society, nativo da ilha, foi obrigado a fugir para Mwanza. "Ele é um dos primeiros albinos cujo caso chegou aos tribunais após um líder local ter tentado matá-lo para ficar com seu cabelo", diz Vicky Ntetema, diretora da ONG Under the Same Sun. Ntetema explica que esse tipo de experiência é comum entre albinos no país.

Clientes Ricos

No centro da cidadezinha de Sengerema, a 60 km de Mwanza, uma estátua mostra um casal que não tem albinismo segurando um bebê albino. A mãe da criança coloca na cabeça do filho um chapéu de abas largas, para protegê-lo do sol. O monumento também traz 139 nomes de pessoas albinas que foram mortas, atacadas ou cujos corpos foram roubados de covas.
Muro traz nomes de albinos mortos ou atacados


Um representante da sociedade de albinos de Sengerema, Mashaka Benedict, disse à BBC que mesmo pessoas com certo nível educacional acreditam que partes dos corpos dos albinos podem trazer riqueza. "Se isso é verdade, por que não somos ricos?", ele pergunta. E acrescenta: pessoas importantes estão por trás do "comércio da morte". É por isso que pouquíssimas foram presas, acusadas ou condenadas, ele diz. "Como poderia um pobre oferecer US$ 10 mil por um pedaço de um cadáver? Os envolvidos são empresários e políticos ". A polícia, por sua vez, diz que faz o que pode.
Crédito: AFP
Cerca de 70 pessoas com albinismo vivem na ilha de Ukerewe


"São casos complicados porque a maioria dos incidentes ocorre em regiões remotas onde não há eletricidade, por exemplo", diz o chefe de polícia de Mwanza, Valentino Mlowola. "Isso dificulta a identificação dos infratores durante a noite". "Investigamos cada caso e cada alegação, mas não é simples". Apesar das dificuldades, ativistas persistem na luta para combater o preconceito e a ignorância. Em um evento organizado recentemente para promover os direitos dos albinos, uma artista com albinismo cantava: "Estamos sendo mortos como animais
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18
Fev18

A curta vida sagrada das kumaris, as peculiares meninas deusas do Nepal

António Garrochinho


[O Nepal é um país asiático extremamente interessante e de cenários inesquecíveis. Ali estive uma vez, em missão oficial pela Eletrobras, onde -- entre outras situações agradavelmente inusitadas -- nossa delegação recebeu a deferência honrosa de assistir pessoalmente a uma sessão do parlamento nepalês. Uma experiência memorável, por todos os seus significados. Ali tive também a oportunidade de ver a kumari, a menina deusa nepalesa que em horas fixas do dia chega à varanda de seu palácio, para ser vista e venerada por seus súditos e admirada pelos turistas. 

O Nepal é famoso internacionalmente por abrigar o Monte Everest, o pico mais elevado do planeta, e por ser a terra dos gurkhas, os lendários e temidos soldados nepaleses. Catmandu, a capital do Nepal, é uma cidade pequena e agradável de se visitar. Concentra em muito menor espaço e menos agressão aos olhos todos os contrastes da gigantesca Nova Delhi, por exemplo. O povo nepalês é extremamente acolhedor e simpático, e tem um interesse e carinho especiais pelo Brasil, graças especialmente ao futebol. Lembro-me bem de, a caminho de um templo dedicado a macacos como parte do roteiro cultural da visita, ter passado no meio do mato por uma casa em ruínas que tinha pintada na parede externa a camisa da nossa seleção!

Traduzo a seguir reportagem do site BBC Mundo sobre as kumaris. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

Uma kumari, menina deusa  do Nepal. Sua testa ostenta 0 agni chakchhu -- o olho do fogo -- através do qual ela vê outras dimensões, o que lhe é permitido por sua condição de ser divino - (Foto: BBC Mundo)


Em muitas tradições religiosas, as deusas existem apenas no reino espiritual e são representadas por estátuas e ícones.

Mas, no Nepal elas vivem e respiram, e tomam a forma de meninas, que são conhecidas como kumaris (meninas virgens). Durante séculos, os hindus e os budistas de todo o vale de Catmandu têm adorado essas jovens, que creem ser possuídas pela deusa Taleju.

"Para que uma menina se converta em deusa, ela precisa ser perfeita e ter o coração e a alma puros" -- Chanira Bajracharya, ex-Kumari [de Patan]

A perfeição e a pureza da alma e do coração são alguns dos requisitos fundamentais  para converter-se em uma divindade viva, explicou à BBC Chanira Bajracharya, que foi nomeada kumari aos 5 anos e assim permaneceu até completar 15 anos.

"A Kumari tem que seguir umas regras, como por exemplo não sair de casa. Durante os festivais é carregada nos  braços e deve vestir uma  túnica vermelha". -- Chanira Bajracharya, ex-Kumari [de Patan]


Por ser selecionada em uma idade muito tenra, ser uma kumira não é uma tarefa fácil. Não lhe é permitido ir à escola, podem comunicar-se apenas com algumas poucas pessoas escolhidas, e tampouco pode caminhar em um espaço fora do palácio de adoração onde reside. Espera-se igualmente que permaneça quieta durante longas horas, enquanto dá suas bênção a milhares de visitantes durante os festivais [na foto acima, de Narendra Shrestha/EFE, uma kumari é adorada por um devoto durante o festival de Matya Patan em 2012].


Durante os festivais, os fiéis se aproximam da deusa para serem abençoados - (Foto: BBC Mundo)

Requisitos

A deusa kumari é escolhida entre as meninas pré-adolescentes da comunidade Newari, predominante no vale de Catmandu [segundo a Wikipédiaexistem tradicionalmente  três Kumaris simultaneamente no Nepal, radicadas nas cidades de PatanBhaktapur e Catmandu (a de Catmandu é a mais importante), selecionadas no clã Shakya, portanto supostamente uma parente distante do Buda Shakyamuni, e pertencente à comunidade Nepalesa de Newari;  a Kumari é venerada e idolatrada por alguns hinduístas do país e por budistas nepaleses, mas não por budistas tibetanos]. Por ser uma crença de origem budista e hindu, sacerdotes de ambas as religiões e um astrólogo certificam que a virgem escolhida tem os 32 lachhins -- atributos físicos e psicológicos -- como Buda.   

Muitos desses atributos têm que ver com traços de animal, como pernas de cervo ou voz clara como a de um pato. Além disso, a kumari eleita tem que ter dentes perfeitos, um histórico médico imaculado e cabelos e olhos bem negros.

A kumari real de Catmandu, diferentemente das outras duas [de Patan e Bhaktapur], deve ser do signo do zodíaco igual ao do presidente da República, para garantir a boa ventura do país. Ela tem também que superar provas que comprovem sua valentia, como a de velar cabeças de gado morto durante uma noite.

Reinado breve

O dever de uma kumari é o de proteger a cidade. Acredita-se que essa tradição começou por volta do século XII. Mas seu reinado é curto, dura poucos anos, termina quando ela tem sua primeira menstruação. Segundo a crença popular, nesse momento a deusa Taleju deixa seu corpo e começa a busca por outra menina virgem.

O reinado de uma kumari termina com sua primeira menstruação - (Foto: BBC Mundo)


Assim, portanto, a "ferida" a dessacraliza, pois se acredita que a deusa sai através dela. Chega então a parte mais difícil: a transição de deusa para uma adolescente normal. Para muitas kumaris, a mudança de divindade para um ser normal pode tornar-se traumatizante. Depois de anos praticamente isolada, tem que aprender a fazer amigos, andar pelas ruas e ir à escola.

"Um dia você é adorada como deusa, no dia seguinte você não é ninguém" - (frase de uma ex-kumari)


Chanira Bajracharya foi entronizada como kumari de Patan em 1954, quando tinha apenas dois anos de idade - (Foto: Google)


Ainda assim, a maioria das ex-kumaris defende que essa tradição ancestral deve continuar, pela identidade espiritual e cultural do Nepal.


Denúncia de grupos defensores de direitos humanos

As kumaris vivem confinadas em templos, nos quais membros de sua família se encarregam de seus cuidados. Seu confinamento durante toda a infância fez com que organizações de defesa de direitos humanos denunciassem sua situação.






Detalhes do palácio no qual reside a kumari de Catmandu, no centro da cidade - (Fotos: Google)

Subin Mulmi, advogado e humanista nepalês, disse à BBC que a rigorosa norma de pureza e isolamento aplicada à kumari é um atentado contra a liberdade e a educação das meninas. Em 2008, a Corte Suprema do país ordenou uma investigação sobre as condições de vida das kumaris. Concluída a investigação, a alta corte determinou que as jovens deviam ter mais liberdades, e que se lhes desse mais condições para a sua educação. Mas, apesar disso, a vida das kumaris hoje continua praticamente a mesma. 

Ainda assim, aos olhos de muitos nepaleses que vivem na pobreza, é melhor crescer na pele de uma deusa do que nas ruas, mesmo vivendo praticamente enclausurado.



bomlero.blogspot.pt
18
Fev18

Museus de arquitetura impactante

António Garrochinho



12. Museu de Ciências Nemo - Amsterdã, Holanda

Arquiteto: Renzo Piano






13. Museu Perot da Natureza e da Ciência - Dallas, TX, Estados Unidos

Arquiteto: Thom Mayne





14. Museu de Arte Eli & Edythe Broad - East Lansing, Michigan State University, Estados Unidos

Arquiteta: Zaha Hadid





15. Museu de Arte de Milwaukee - Milwaukee, Wisconsin, Estados Unidos

Arquiteto: Santiago Calatrava





16. Museu Automotivo Petersen - Los Angeles, CA, Estados Unidos

Arquiteto: Kohn Pedersen Fox





17. Museu do Vinho - Santiago, Chile

Arquitetos: DRAW&U Architects





18. Museu de Design - Holon, Israel

Arquitetos:  Ron Arad & Bruno Asa






19. Museu do Cubo de Rubik - Budapest, Hungria

Arquiteto: ?




20. Museu da Cultura do Chá - Meitan, China

Arquiteto: ?





21. Centro de Design do Pacífico - Hollywood, CA, Estados Unidos

Arquiteto: Cesar Pelli








1. Museu de Arte Contemporânea - Niterói, RJ, Brasil

Arquiteto: Oscar Niemayer





2. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) - São Paulo, SP, Brasil

Arquiteta: Lina Bo Bardi



3. Museu do Amanhã - Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Arquiteto: Santiago Calatrava





4. Museu Oscar Niemayer - Curitiba, PR, Brasil

Arquiteto: Oscar Niemayer





5. Museu Mundo a Vapor - Rodovia Canela-Gramado, RS, Brasil

Arquiteto: ?






6. Museu Solomon R. Guggenheim - Nova Iorque, Estados Unidos

Arquiteto: Frank Lloyd Wright





7. Museu Guggenheim - Bilbao, Espanha

Arquiteto: Frank Gehry






8. Museu Nacional do Índio Americano - Washington DC, Estados Unidos

Arquitetos & construtores: Clark Construction




9. Museu Soumaya - Cidade do México, México

Arquiteto: Fernando Romero EnterprisE (FREE)





10. Museu Judaico Contemporâneo - San Francisco, EUA

Arquiteto: Daniel Libeskind





11. Museu Real de Ontário -  Toronto, Canadá

Arquiteto: Daniel Libeskind














bomlero.blogspot.pt

18
Fev18

UMA BREVE HISTÓRIA DA BARBA.

António Garrochinho

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A barba é algo que parece simples e sem muitas histórias, mas ela passou por muitas transformações e culturas desde que o homem descobriu no período paleolítico que era possível remover os pelos com lascas de pedras, isso há cerca de trinta mil anos atrás.

A nossa viagem no tempo começa em uma época muito famosa. O Egito Antigo. Os fios no rosto eram considerados sinônimos de posse entre os homens desta sociedade. Quanto mais propriedades eles tinham, maiores eram seus pelos.

Alguns homens tinham tanta barba que raspavam toda a cabeça e trançavam seus longos fios em torno da cabeça para mostrar que eram detentores de muitos bens materiais. Por outro lado, os sacerdotes raspavam todos os pelos do corpo para se distanciarem das coisas mundanas e dos instintos animais. Isso era uma ato de aproximação dos deuses.

Em outra sociedade bem famosa, a Roma Antiga, é onde surgiu pela primeira vez o conceito de higienização para fazer a barba. Os homens não usavam os pelos no rosto e inventaram duas coisas extremamente úteis: o creme de barbear, na época feito com base na oliva, e as barbearias.

Assim como entre os sacerdotes egípcios, os pelos faciais estavam relacionados a motivos religiosos entre os romanos. O adolescente não poderia remover nenhum pelo de seu corpo até atingir a fase adulta. Esse ponto era considerado um ritual de passagem. O jovem rapaz removia todos os fios de seus corpo como um ato de oferta aos deuses.


Já na Grécia, a ideia a respeito dos longos fios no rosto era muito diferente. Os famosos filósofos gregos eram famosos por adotar o visual barbado. Por esse motivo, quase todos os homens da sociedade grega aderiram ao estilo, com exceção dos aristocratas. Estes andavam com rostos rapados como forma de se diferenciarem do restante da população.

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O que pouca gente sabe é que os católicos também já adotaram o visual com cara limpa para se distinguirem de outros povos e culturas. Durante a Idade Média, com a separação da igreja ortodoxa e o crescimento da sociedade muçulmana, os católicos passaram a raspar a cara para se diferenciarem destes povos. Nessa época, muitos membros do clero receberam ordens para adotar um visual sem barba.

Apesar de todas essas mudanças a respeito da barba na história do homem, muitos povos e culturas sempre preservaram suas ideias sobre os pelos. No Oriente Médio por exemplo, tocar a barba de outro homem é sinal de respeito.

 Esses inocentes fios foram motivos de muitas atitudes e mudanças culturais no decorrer da história da humanidade. Até uma guerra foi travada por conta deles, a Guerra da Barba. O barbado rei Luis VII da França casou-se com a filha de um duque e recebeu duas províncias como dote, mas decidiu raspar a barba após partir para as cruzadas. A ideia não agradou sua mulher que se separou e casou-se com o rei Henrique II da Inglaterra. O novo casal exigiu o retorno do dote do rei Francês, que recusou e declarou guerra contra a Inglaterra.

Dando um pequeno salto para a história moderna, o barbeador em T, popularizado pela Gilette, foi desenvolvido no fim do século XIX pelos irmãos Kampfe. Com a facilidade de manter o rosto liso com os barbeadores descartáveis, o visual sem barba logo foi adotado pela maioria dos homens.


Nessa mesma época, os bigodes começaram a fazer muito sucesso entre os intelectuais e homens nobres. Eles eram considerados símbolo de segurança e atitude. Essa ideia era tão presente na cabeça da população que o bigode chegou a ser proibido na França entre os “homens inferiores”, como ambulantes e cocheiros.



Essa lei francesa foi por água abaixo em 1910 de acordo com os novos padrões da época. Durante quase todo o século XX, a barba foi considerada sinônimo de sujeira e era feita como processo de higienização, mas ela também teve seus momentos de brilho neste século.



Durante os anos 70 e 80, os bigodes e cavanhaques foram muito difundidos entre a comunidade gay norte-americana, que tinha forte inspiração nos motoqueiros. Freddie Mercury e Village People são os maiores ícones com o visual bigodudo da época.

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Mas essa moda passou rapidamente e logo no começo dos anos 90 o rosto limpo virou sinônimo de sucesso financeiro e profissional. Serviços públicos, por exemplo, não permitiam que seus funcionários utilizassem um visual com pelos no rosto, mas isso começou a mudar já em 1999.

Neste ano, a famosa campanha Movember foi criada para incentivar os homens deixarem o bigode crescer no mês de novembro para lembrar dos riscos do câncer de próstata, inspirados pela campanha Outubro Rosa. Porém, neste mesmo ano, as ideias sobre barba começaram a mudar e muitos homens passaram a adotar um visual barbado.

Desde então, essa onda só tem crescido até os dias de hoje e cada vez mais vemos homens com pelos no rosto. Qual será o próximo passo é difícil dizer. Você arrisca um palpite?


tiposdebarba.com.br
18
Fev18

A PINTURA CONTEMPORÂNEA DE DANIEL F. GERHARTZ

António Garrochinho


Daniel F. Gerhartz é um talentoso pintor contemporâneo de Wisconsin (EUA), que encontrou sua inspiração nos mestres impressionistas para criar um mundo mágico e eterno. Seus diversos trabalhos mostram cenas maravilhosas e emotivas em diferentes situações do quotidiano da vida no campo. Deixe-se levar e passeie por este mundo tranquilo e colorido para onde a bela arte nos transporta!
 
 
Dourado
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Aconchego no inverno?
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Nenúfares
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Lupine
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Ouvindo o seu chamado
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Recordando
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

A volta para casa
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Recebendo a primavera
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Clematis
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Perto do coração
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Uma viagem juntos
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Na hora do chá
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Brisa de verão
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Compaixão
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo
Duas irmãs
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Todas as coisas novas
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Momento de leitura
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo
Oitenta e nove primaveras
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Desejando
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo



Princípio
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

À janela do jardim
A Arte Romântica de Um Pintor Contemporâneo

Lalique
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18
Fev18

O MELHOR E A SENSUALIDADE DA MÚSICA FRANCESA AQUI EM VÁRIOS VÍDEOS

António Garrochinho

O Melhor da Música Francesa Para Encantar seu Coração...uma língua mais bela e romântica do que o francês. 

Então, ouvir estas melodias lindas, cantadas no mais sonoro dos idiomas, é um deleite para os nossos ouvidos, e todos merecem desfrutar. 

Não importa se você entende francês ou não, o importante é que existe algo universal nestas canções francesas clássicas. 


 





Edith Piaf
Francoise Hardy
Charles Aznavour
Serge Gainsbourg e Jane Birkin
Nino Ferrer
Charles Trenet
Edith Piaf
Jacques Brel
Monique Andree Serf
Jacques Brel
Georges Brassens
Serge Gainsbourg
Joseph “Joe” Dassin
Joseph “Joe” Dassin
Tino Rossi
Léo Marjane
Serge Gainsbroug
Charles Aznavour
Claude François
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18
Fev18

A Sublime arte do pintor russo Evgeny Lushpin

António Garrochinho

Estas belas pinturas mostram o supremo talento de Evgeny Lushpin, um artista russo que cria paisagens que fazem você sentir como se quase pudesse entrar nelas. 


Seu trabalho é visualmente rico, usa a luz e a cor para apresentar uma noção romântica das cidades, ruas e habitações. Lushpin nasceu em Moscovo em 1966 e estudou na MGPU e na Universidade Estadual de Belas Artes de Stronganov. 


Ele é considerado um dos melhores pintores russos da era moderna


pinturas evgeny lushpin
18
Fev18

OBRAS PRIMAS DA CONFEITARIA

António Garrochinho

Muitos chefs de pâtisserie e confeiteiros talentosíssimos criaram estas verdadeiras obras-primas que você vai ver a seguir, e é por isso que as classificamos como arte. 


Veja 20 bolos maravilhoso inspirados na primavera e no renascer da nossa vida a cada ano, e inspire-se com estas belas imagens!

 
bolos inspirados na primavera

 
bolos inspirados na primavera

 
bolos inspirados na primavera

 
bolos inspirados na primavera

 
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bolos inspirados na primavera

 
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bolos inspirados na primavera

 
bolos inspirados na primavera

 
bolos inspirados na primavera

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18
Fev18

PCP/Madeira acusa governantes de abandonarem afetados pelo temporal de 2010

António Garrochinho


O coordenador do PCP na Madeira, Edgar Silva, considerou hoje que as pessoas afetadas pela tempestade de 20 de fevereiro de 2010 na região foram "abandonadas pelos governantes" e que é "inadmissível" existirem situações por resolver.
"É inadmissível que, depois de tantos esbanjamentos de dinheiros públicos, ainda existam tantas populações [afetadas pela tempestade] do 20 de fevereiro completamente abandonadas pelos governantes", afirmou o responsável comunista madeirense.
Sexta-feira, o PCP/Madeira deu início a uma série de oito iniciativas destinadas a alertar para problemas provocados pelo temporal ocorrido em 2010 e que provocou prejuízos materiais avaliados em 1.080 milhões de euros, dando lugar à elaboração da denominada Lei de Meios destinada aos planos de reconstrução.
"A Madeira deveria ter vergonha e o país devia sentir uma enorme indignação, quando existem governantes que, oito anos depois de tão grande catástrofe e depois dos enunciados 1.080 milhões de euros, ainda nada fizeram pelo socorro de tanta gente", afirmou Edgar Silva.
O dirigente do PCP regional referiu que, "passados oito anos sobre aquela aluvião", em muitas das localidades mais afetadas pela destruição ainda não foi colocado em prática qualquer projeto ou financiamento da Lei de Meios.
"Nenhuma proteção chegou às populações", vincou o coordenador do PCP insular numa iniciativa partidária nos arredores do concelho do Funchal.
O temporal de 20 de fevereiro de 2010 foi um dos mais graves na Madeira nos últimos dois séculos no arquipélago.
A tempestade provocou 43 mortos e seis desaparecidos, além de 250 feridos e 600 desalojados. A empresa pública Investimentos Habitacionais da Madeira viu-se forçada a intervir na recuperação e construção de 800 casas, num investimento de 14,89 milhões de euros.
Os concelhos mais afetados foram Funchal, Santa Cruz, Câmara de Lobos e Ribeira Brava (todos na costa sul da ilha), sendo os prejuízos materiais avaliados em 1.080 milhões de euros.
A dimensão da ocorrência levou a Assembleia da República a aprovar a Lei de Meios para financiar as iniciativas de reconstrução da Madeira, fixando um pacote de 740 milhões de euros a ser aplicado no período 2010-2013, prazo que, entretanto, foi alargado.
A região beneficiou também de uma ajuda de 265 milhões de euros do União Europeia, através do Fundo de Coesão.


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18
Fev18

ANIMAIS FEITOS DE LÃ - Żenia, também conhecida como Lady Moth, projeta essa incrível arte inspirada na natureza.

António Garrochinho

 Estas criações, feitas por Żenia, também conhecida como Lady Moth, projeta essa incrível arte inspirada na natureza. Seu trabalho é feito de lã e outras fibras naturais, incluindo seda e bambu. Ela gosta especialmente de usar lãs naturais em vários tons de cinza, marrom e branco.

Como você está prestes a ver, Żenia dá muita atenção aos detalhes. Na verdade, ela diz que geralmente leva várias horas ou mesmo dias para terminar uma das peças cuidadosamente trabalhadas. Mas, onde ela aprendeu a criar essa arte fascinante? Żenia é autodidata e experimenta continuamente, aprendendo algo novo com cada criação que ela faz. 
 
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18
Fev18

DAESH: A HISTÓRIA ESCONDIDA POR JOSÉ GOULÃO

António Garrochinho

Resultado da imagem para DAESH













José Goulão


Não restam hoje dúvidas de que a estrutura mercenária do Daesh funciona como um corpo clandestino do Pentágono, da própria NATO, no quadro da privatização crescente das operações militares nos campos de batalha.

Derrotado, mas não liquidado. O Estado Islâmico ou Daesh, por certo a organização criminosa de maior envergadura montada sob a fachada do «extremismo islâmico» para servir nas guerras de agressão e expansão lançadas este século, capitulou às mãos dos exércitos iraquiano e sírio, reforçados com o apoio de forças militares russas chamadas pelo governo legítimo de Damasco. Não, a chamada «coligação internacional anti-Daesh», comandada pelo Pentágono, nada teve a ver com o desfecho, antes pelo contrário, exceptuando o caso da sangrenta reconquista da cidade de Mossul, no Iraque.

Tornado ineficaz em termos de consolidação dos objectivos que originalmente lhe foram estabelecidos, designadamente o desmembramento do Iraque e da Síria e a remodelação das fronteiras estabelecidas no primeiro quartel do século XX naquela região do Médio Oriente, o Daesh está a ser reciclado para novas funções, definidas de acordo com os interesses transnacionais e globais de quem mais se tem servido dele, em primeiro lugar o Pentágono e a NATO.


Do «Califado» instaurado durante o ano de 2014 em territórios sírios e do Iraque, com centros nevrálgicos em Raqqa, Deir ez-Zor, Bukamal e Mossul, já nada resta para aquartelar os seus efectivos monstruosos: 240 mil mercenários com mil e uma origens, congregados sob as bandeiras do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Daesh na sigla árabe). Entre esses, é bastante provável que os membros do contingente de 80 mil antigos soldados do exército de Saddam Hussein recrutados pelas forças norte-americanas de ocupação do Iraque, no âmbito da estratégia para criação de um «Sunistão» que concretizasse a divisão dos territórios do Iraque e da Síria, regressem às suas regiões de origem.
«Reciclar»: quem, onde, como
Mas restam dois terços dos terroristas para «reciclar». Começam, porém, a conhecer-se alguns dos seus destinos. Chefes do Daesh estão a ser «amnistiados» pela Unidade de Protecção do Povo (YPG), uma organização curda actuando no Norte da Síria sob enquadramento do Pentágono, como via para integrar unidades de jihadistas nas «forças de segurança» das novas «fronteiras» regionais. Como a administração Trump vetou a criação desse corpo – no quadro da discordância entre a França e os Estados Unidos sobre a essência do projecto «Rojava» – os terroristas derrotados aguardam ainda a definição das novas funções, acampados à saída da base de Kasham, recinto militar ao serviço da ocupação norte-americana. É nesta espécie de limbo que os mercenários do Daesh transitam da condição de extremistas islâmicos ao serviço da jihad para gendarmes de causas que se afirmam laicas e são também atlantistas.

A reciclagem de outros efectivos do Daesh compete à ditadura de Erdogan na Turquia. Os mercenários estão a ser reintegrados no «Exército Livre da Síria», entidade fundada por potências da NATO no início da agressão ao povo e ao território sírio, em 2012, segundo a fábula de que se destinava a acolher os desertores do Exército Nacional, colocando-os ao serviço da «oposição». Na verdade encheu-se de jovens recrutados em todo o mundo árabe e também nos subúrbios de grandes cidades europeias; e que, enquadrados agora pelo exército de Ancara, combatem na região síria de Afrin contra os curdos da YPG e, por extensão, contra muitos mercenários que, até há dias, eram seus correligionários debaixo das bandeiras do Daesh. Destapando assim, por outro lado, um estranho cenário de confronto directo entre dois membros da NATO.

Outros mercenários do derrotado Estado Islâmico estão a ser transferidos para países como o Afeganistão, a Índia, o Bangladesh e Myanmar. As operações de resgate na Síria são efectuadas por aviões da Força Aérea norte-americana, que os transportam numa primeira etapa para o Afeganistão, de acordo com informações transmitidas pelo Irão à Rússia.

Já é possível conhecer funções que lhes serão distribuídas na Índia, uma vez integrados nas milícias hindus do partido nacionalista BJP do primeiro-ministro Narendra Modi, as mesmas que assassinaram o Mahatma Gandhi. Terroristas que ainda há dias fuzilavam e decapitavam em massa ao serviço da jihad ou «guerra santa» islâmica vão agora combater os rebeldes muçulmanos de Cachemira.

No Afeganistão, admite-se que alguns dos «desmobilizados» do Daesh integrem as operações de tráfico de ópio e heroína que o ex-presidente Hamid Karzai, um dos barões de tão rentável negócio monopolista à escala mundial, transferiu das máfias kosovares para o Estado Islâmico e suas redes europeias e africanas.

Como se percebe, esta reciclagem diversificada abre novos ciclos, sem fechar os objectivos que os criadores e mentores do Daesh definiram para o ciclo anterior. A partilha do Iraque não está consumada, embora o Curdistão se considere independente – porém não reconhecido internacionalmente. E o governo legítimo da Síria continua em funções, embora parcelas do território estejam ocupadas por extensões da NATO, com base até em limpezas étnicas – como aconteceu no Norte, onde as vítimas foram comunidades cristãs e árabes expulsas à força para deixar espaço aos curdos da YPG.

Por outro lado, estes acontecimentos permitem conhecer melhor os episódios soltos que escrevem a história sangrenta do Daesh, de maneira a compor o sinistro quebra-cabeças desta operação terrorista que está na origem de uma carnificina próxima de um milhão de mortos.
A verdade sobre a origem do Daesh
Corria o ano de 2006. Três anos depois da invasão do Iraque, a Casa Branca e o Pentágono desesperavam perante a mobilização dos iraquianos contra a ocupação, apesar do colaboracionismo dos mais altos dirigentes, confinados ao quarteirão do poder em Bagdade definido pela chamada Linha Verde.

John Negroponte, embaixador norte-americano em Bagdade, depois director nacional de espionagem e um especialista em operações subversivas clandestinas, decidiu então traçar uma estratégia para minar a resistência iraquiana. É muito rico o currículo do experiente embaixador, espião e conspirador Negroponte: por exemplo, assassínios selectivos no Vietname (Operação Phoenix da CIA); organização da guerra civil em El Salvador; montagem da operação Irão-Contras para tentar reverter a Revolução Sandinista na Nicarágua; liquidação da revolução de Chiapas no México.

Financiada e treinada pelo Pentâgono, a organiozação terrorista sunita assim criada, enquadrada pela policia especial ("Brigada dos Lobos") foi batizada como Exército Islâmico no Iraque e ficou nominalmente a ser dirigida por Abu Bakr Al-Baghdadi, mais tarde o "califa" do Daesh até as armas russas puserem termo aos seus dias em território sírio. 

Em termos gerais, John Negroponte recorreu ao princípio básico de dividir para reinar, lançando sunitas contra xiitas e espalhando o terror entre as populações civis. No campo sunita, baseou-se na estrutura da Al-Qaida no Iraque para formar uma coligação tribal islamita. Requisitou os serviços do coronel James Steele, que colaborara com ele em El Salvador, e este recrutou os futuros dirigentes do grupo no campo de concentração de Bucca; organizou depois a sua formação na tristemente célebre prisão de Abu Ghraib, onde foram submetidos a métodos de lavagem cerebral elaborados pelos professores Albert Biderman e Martin Seligman, também usados em Guantánamo. A preparação dos chefes terroristas em métodos de tortura seguiu, por sua vez, os cânones experimentados na polícia política da Formosa, onde Steele leccionou, e na Escola das Américas, instrumento de elite para instrução dos aparelhos repressivos das ditaduras fascistas latino-americanas.

Com a chegada do general David Petraeus ao Iraque para chefiar a ocupação norte-americana, a nova milícia tornou-se uma unidade do regime. O coronel John Coffman foi agregado ao trabalho de Steele, respondendo directamente perante Petraeus; e o diplomata Brett McGurk ficou destacado para assegurar a ligação permanente do próprio presidente George W. Bush ao processo. Apenas dois anos depois de ter participado, com elevadas responsabilidades, na criação e condução do Estado Islâmico no Iraque o diplomata Brett McGurk foi designado como enviado especial do presidente Obama para supervisionar a chamada «coligação anti-Daesh».

O grupo extremista que deu corpo à ideia de Negroponte cumpriu a sua missão na guerra civil e foi muito aplicado na estratégia – ainda que falhada - de criação do «Sunistão» que partiria o Iraque em três zonas, juntamente com a curda e a xiita.

Em Abril de 2013, quase um ano depois de as principais potências da NATO e as petroditaduras do Golfo terem lançado a «Operação Vulcão em Damasco e Sismo na Síria» para desmantelar este país, já o Estado Islâmico no Iraque estava presente em operações de desestabilização desenvolvidas em território sírio; por isso, ampliou a sua designação para «e no Levante» (completando a sigla Daesh). No mês seguinte, guiado por uma associação sionista norte-americana, a Syrian Emergence Task Force, o senador direitista John McCain, um dos principais conselheiros de Obama para o MédioOriente, avistou-se clandestinamente com dirigentes do terrorismo islâmico no interior da Síria. Entre os presentes, como pode testemunhar-se em fotos postas a circular pelos serviços de comunicação do senador, encontrava-se Abu Bakr Al-Baghdadi, o chefe do Daesh em pessoa. Para que, no entanto, não ficassem dúvidas, o senador McCain declarou a uma televisão do seu país que conhece pessoalmente os dirigentes do Daesh e está  «em contacto permanente com eles».

Nessa ocasião já os Estados Unidos faziam constar, entre alguns parceiros de guerra, a intenção de montarem um dispositivo terrorista de grande envergadura para reforçar as intervenções no Iraque e na Síria. Estava em curso, entretanto, uma acção de transferência para a Turquia, com destino à Síria, de mercenários islâmicos que tinham actuado sob o comando da NATO na operação de destruição da Líbia. Em 18 de Fevereiro de 2014, a conselheira nacional de segurança dos Estados Unidos, Susan Rice, convocou os chefes dos serviços secretos da Arábia Saudita, da Turquia, do Qatar e da Jordânia para Amã, onde lhes comunicou a reestruturação do «Exército Livre da Síria» e, nesse âmbito, a montagem, com supervisão saudita, de uma vasta operação secreta para remodelar as fronteiras regionais.
Estado Islâmico, versão actualizada
Entrou assim em funções a versão actualizada do Estado Islâmico no Iraque e no Levante, o Daesh. Abdelakim Belhadj, chefe terrorista líbio que a NATO escolhera como governador militar de Tripoli e a Interpol identificou como chefe do Estado Islâmico no Magreb, foi então enviado a Paris onde, recebido no Ministério dos Negócios Estrangeiros, aconselhou a França a transferir para o Daesh o apoio prestado à Al-Qaida – que o ministro Laurent Fabius considerava estar a fazer «um bom trabalho». Três campos de treino de jihadistas foram montados pelo Pentágono e pela NATO na Turquia, prontos a receber mercenários de todo o mundo com destino ao Daesh: em Sanliurfa, Osmanyie e Karaman.

Dotado com uma enorme frota de veículos todo-o-terreno da marca Toyota novinhos em folha, equipado com armamento avançado que os Estados Unidos forneciam usando o Exército do Iraque como falso destino, beneficiando de um sistema de túneis e bunkers atempadamente criado pela Lafarge, maior empresa mundial de construção civil, o Daesh avançou pelo Iraque com uma dinâmica que parecia imparável. Através de uma cavalgada na qual se sucederam os fuzilamentos em massa de populações civis, instaurando um terror bárbaro por onde passavam e onde se instalavam, os mercenários «islamitas» tomaram aeroportos, instalações petrolíferas, chegaram a poucas dezenas de quilómetros de Bagdade e, sem mais demoras, criaram um «Califado» em território conquistado dos dois lados da fronteira entre a Síria e o Iraque, cortando o movimento na estrada internacional Beirute-Damasco-Bagdade-Teerão. Tudo isto num ápice, em poucas semanas.

O contrabando de petróleo tornou-se uma das maiores fontes de financiamento do Daesh, com escoamento garantido por embarcações fretadas pela família Erdogan ou por milhares de camiões-cisterna da empresa Powertrans, que tinha como proprietário remoto o próprio genro do ditador turco. Refinado pela Turkish Petroleum Refineries, o petróleo que sustentava a actividade terrorista saía através dos portos turcos para a Europa, destino que tinha também grande parte do produto «lavado» em Israel através da atribuição de falsos certificados de origem. Jana Hybaskova, representante da União Europeia em Bagdade, explicou este processo no Parlamento Europeu, pelo que os Estados membros não podem alegar desconhecimento da possibilidade de estarem a financiar indirectamente o terrorismo.

Pressionado pelas imagens aterradoras das decapitações de cidadãos ocidentais que o Daesh distribuía através do seu sistema de comunicação, em cuja génese estiveram peritos do MI6, serviço de espionagem britânico, Barack Obama viu-se forçado a lançar uma «coligação anti-Daesh».

Os efeitos dessa decisão na estrutura terrorista, porém, foram escassos. O mesmo não poderá dizer-se das centenas de vítimas civis sírias provocadas pelos bombardeamentos da «coligação» e dos entraves por ela colocados à acção do exército soberano de Damasco, principalmente quando estava em vias de concretizar vitórias estratégicas sobre os terroristas. Sem esquecer as abundantes denúncias segundo as quais a «coligação internacional» dizia combater os jihadistas enquanto continuava a municiá-los, através de armamento largado em paraquedas para as zonas sob seu controlo. Assim demonstrando, como se ainda fosse necessário, que o desmantelamento da Síria e o derrube do seu governo foram sempre os verdadeiros objectivos das potências da NATO, sobrepondo-se a qualquer variante da «guerra contra o terrorismo».

Não restam hoje dúvidas de que a estrutura mercenária do Daesh funciona como um corpo clandestino do Pentágono, da própria NATO, no quadro da privatização crescente das operações militares nos campos de batalha. A ideia, contudo, não é nova: tal como montou a estrutura clandestina e terrorista da Gládio, a NATO manipula agora um sucedâneo, o Daesh, adequado às condições e circunstâncias das regiões a dominar e policiar.


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18
Fev18

Angola: Quem será o próximo presidente do MPLA?

António Garrochinho

A agenda política do partido no poder em Angola, o MPLA, é apresentada este sábado (10.02.), mas ainda nada se sabe sobre o substituto de José Eduardo dos Santos, que poderá abandonar a vida política ativa este ano.  

A bicefalia e a substituição do ex-chefe de Estado José Eduardo dos Santos na presidência do MPLA, o Movimento Popular de Libertação de Angola, continuam a ser tema de conversa.

O politólogo Agostinho Sicato, diretor do Centro de Debates e Estudos Académicos de Angola, diz que a questão da bicefalia "é um falso problema" e justifica: "Porque temos um Presidente da República e um presidente do MPLA. Até agora nós estamos bem. Cada um tem de se basear no seu documento, nomeadamente a Constituição e os estatutos do partido."

Opinião diferente tem o jornalista Makuta Nkondo, deputado independente da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o segundo maior partido da oposição.

MPLA e JES arrependidos de terem escolhido JL?

Makuta Nkondo diz que "o MPLA está arrependido, Eduardo dos Santos está arrependido [de ter promovido João Lourenço à Presidência]. Neste momento, o MPLA está fraccionado, está dividido."

O deputado considera que há dois grupos no seio do "partido dos camaradas". Os apoiantes do antigo chefe de Estado, segundo ele, "sentem-se ameaçados. Para eles, João Lourenço, se lhe deixarem livre, vai longe."

Já quanto aos apoiantes do atual Presidente da República, João Lourenço, "aqueles membros pontapeados, cuspidos, que fizeram uma travessia no deserto, estes todos por vingança estão contra Eduardo dos Santos. Querem mudança e estão contra a bicefalia. Eu não acredito que João Lourenço venha a ser Presidente do MPLA".

Não ao excesso de poderes

A agenda política do MPLA, o partido no poder, para 2018 foi definida no final de janeiro e será apresentada no próximo sábado (10.02.). Ainda não se sabe quem será o presidente do partido que vai orientar a execução deste plano.

Para Agostinho Sicato, não seria de bom tom se João Lourenço também sucedesse a Eduardo dos Santos. O excesso de poderes inviabiliza a democratização de um Estado, diz o politólogo.

"José Eduardo dos Santos enquanto Presidente da República também foi uma pessoa íntegra, mas os poderes a mais que ele teve tanto no partido quanto na presidência levaram-no a cometer erros", considera Agostinho Sicato.

O antigo chefe de Estado poderá abandonar a vida política ativa este ano, como anunciou em 2016. Agostinho Sicato defende a realização do um congresso com diferentes candidatos para substituir o atual presidente do MPLA. 

João Lourenço na liderança do MPLA: Sim ou não?

O politólogo sublinha: "Não o Presidente João Lourenço porque se for automaticamente neste país tudo que parece novidade passará a ser a mesma coisa".
Recentemente, o ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse que o MPLA iria privilegiar uma "lógica de continuidade", o que pressupõe a entrega das rédeas do partido a João Lourenço.

Na altura, Isabel dos Santos, filha do anterior Presidente, reagiu nas redes sociais alegando que Manuel Augosto tinha "promovido João Lourenço a presidente do MPLA".

Manuel Luamba (Luanda) | Deutsche Welle

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18
Fev18

GLICÍNIA A MAIS FAMOSA E A ÁRVORE MAIS LINDA DO MUNDO

António Garrochinho

As imagens que você vai ver pertence ao maior pé de glicínias do Japão, situado no Parque de Flores Ashikaga. Apesar de não ser a maior do mundo, muitas pessoas acham que é a mais bela e impressionante árvore desse gênero.

 
Esta planta de 140 anos e 1.990 metros quadrados, está sustentada por uma complexa estrutura de aço, já que, de outra forma, seria impossível mantê-la de pé. Os visitantes podem caminhar debaixo das lindas flores, que formam uma espécie de dossel cor-de-rosa gigante, e desfrutar de uma maravilhosa paisagem natural.
 
A mais famosa glicínia no Japão

 
A mais famosa glicínia no Japão

 
A mais famosa glicínia no Japão

A mais famosa glicínia no Japão

A mais famosa glicínia no Japão 

A mais famosa glicínia no Japão 

A mais famosa glicínia no Japão 

A mais famosa glicínia no Japão 

A mais famosa glicínia no Japão

 
A mais famosa glicínia no Japão

 
A mais famosa glicínia no Japão
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18
Fev18

ESTE É O MAIOR FESTIVAL VIKING DO MUNDO

António Garrochinho


Up Helly Aa é um festival anual de vikings que ocorre nas ilhas de Shetland (um arquipélago subártico que se encontra a 170 quilômetros do norte da Escóscia continental) nos meses de janeiro. Este festival épico anual acontece desde a década de 1880, onde os moradores e visitantes se vestem como vikings de uma forma tão realista que você pode realmente se transportar para essa época de lutas e conquistas. Acontecem batalhas, marchas de soldados, a queima de um navio de guerra, danças e muito mais. Este evento ocorre em toda a ilha Shetland, mas a maior e principal celebração ocorre em Lerwick, a capital. Confira as imagens!


Clique nas imagens para ampliá-las
O maior festival viking do mundo celebrado na Escócia

Os grupos de "vikings" são conhecidos como Jarl Squads e são liderados por Guiger Jarl.
O maior festival viking do mundo celebrado na Escócia

O maior festival viking do mundo celebrado na Escócia

Up Helly Aa é um evento tão importante para as pessoas da ilha que Guiger Jarl e sua equipe começam seus preparativos meses antes, de modo que sejam capazes de produzir seus trajes fantásticos com exatidão.
O maior festival viking do mundo celebrado na Escócia

O maior festival viking do mundo celebrado na Escócia

Em Lerwick, os esquadrões de Jarl passam o dia inteiro marchando pela cidade, e finalizam no porto, onde ocorre a queima de um grande navio viking com mil tochas.

Uma vez que o barco está queimando e a apresentação está encerrada, eles podem participar da festa e bebem até o sol nascer.


Na verdade, o dia seguinte é um feriado público, para que todos os habitantes locais possam se juntar nas festividades e também se recuperar de um dia agitado.



Este festival é uma tradição nas Ilhas Shetland, que foram invadidas e colonizadas por colonos nórdicos vikings no século 8, e era uma província norueguesa até 1472.


Isso deixou seu impacto no território agora escocês, que continua a celebrar a sua história escandinava.
Fonte: uphellyaa e boredpanda 


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18
Fev18

6 Mercados ao ar livre famosos no mundo

António Garrochinho


Quem não gosta de fazer umas comprinhas de vez em quando? É uma forma prazerosa de reduzir o stresse e passar o tempo com pessoas que você ama, ou até mesmo relaxar sozinho. Agora imagine se você viaja para um lugar incrível e ainda tem a oportunidade de fazer compras em um amplo mercado ao ar livre, no qual você pode encontrar praticamente de tudo – roupas, alimentos, objetos de decoração, joias, dentre muitos outros atributos. Por isso, selecionamos aqui 6 famosos mercados ao ar livre ao redor do mundo e, se um dia você tiver a oportunidade de visitar um desses países, não esqueça de passar nesses mercados incríveis.

1. Os Souks de Marraquexe, Marrocos
6 grandes mercados no mundo que você precisa conhecer

6 grandes mercados no mundo que você precisa conhecer

Se você já tentou imaginar como seria um exótico mercado aberto, provavelmente já deve ter imaginado ou lembrado dos souks marroquinos, especialmente na vibrante Marraquexe. Com uma explosão de cores, aromas e sabores, nenhum outro se compara a eles. É uma variedade tão grande que você acaba se perdendo pelas vias, enquanto admira e faz as suas compras. Os produtos mais populares são chás, tempero, lindas lâmpadas ornamentadas, artigos de prata e tapeçaria. Quem visita os souks sempre sai de lá com algum belo artesanato local.

2. Mercado de Camdem Lock, Londres
6 grandes mercados no mundo que você precisa conhecer

6 grandes mercados no mundo que você precisa conhecer

Londres é uma cidade repleta de atrações, e uma delas é este tradicional e popular mercado, que chega a receber cerca de 100 mil pessoas nos fins de semana. Você pode encontrar de tudo lá, mas o grande atrativo deste mercado são os artigos de arte. Também oferece artesanatos que incluem roupas, ornamentos, joalheria e muito mais. Curiosamente, o mercado atrai uma tribo jovem e alternativa de Londres, por isso há uma série de lojas e artigos para esse público em especial.
3. Feira de San Telmo, Buenos Aires
6 grandes mercados no mundo que você precisa conhecer


Com ruas de paralelepípedo e prédios antigos bem preservados, o gracioso bairro de San Telmo é um dos mais queridos de Buenos Aires. No centro dele está a Plaza Dorrego, que abriga uma agradável feira de antiguidades aos domingos. Centenas de pessoas vão até lá em busca de artigos antigos que incluem vidraçaria, joalheria e antiguidades para colecionadores, como selos, cartões-postais, fotografias e câmeras, dentre muitos outros. Traga bastante dinheiro (muitos até aceitam pagamento em reais) e prepare-se para se perder em lindos artigos espalhados em mais de 270 tendas!
4. Grande Bazar, Istambul


Este mercado é coberto, mas vale a pena estar nesta lista, pois se trata de um dos maiores e mais famosos do mundo. Este grande complexo erguido no século 15 e restaurado quatro séculos depois abriga mais de 5 mil lojas espalhadas em 60 corredores. Também tem restaurantes, cafés, mesquitas e hamames, os famosos banhos turcos. Muitas das lojas estão divididas por temas, e você pode encontrar praticamente de tudo ali: temperos, carpetes, roupas tradicionais turcas, móveis e até mesmo lindos instrumentos musicais turcos.
5. Mercado Flutuante de Cai Rang, Vietnã


Se um dia você tiver a oportunidade de visitar a Delta do Rio Mekong neste incrível país que é o Vietnã, precisa ir a este mercado. Você encontra uma grande variedade de produtos espalhados pelas águas do rio, que você atravessa em barcos coloridos. E como as pessoas sabem o que cada barco está vendendo? Na verdade, cada um deles tem grandes bastões que anunciam seus produtos, e é possível vê-los à distância. Só um aviso: é preciso ir bem cedo, pois eles começam as atividades às cinco horas da manhã e terminam ao meio-dia.
6. La Boqueria, Barcelona


Próximo à famosa La Rambla em Barcelona, a La Boqueria é um incrível mercado cercado por bares que oferecem deliciosas tapas (as porções espanholas), e nele você encontra muita variedade de alimentos frescos, como carnes, peixes, frutas e produtos locais. E se estiver com fome, o mercado tem pequenos restaurantes que oferecem muitas opções, desde sanduíches a pratos saborosos da culinária espanhola. E não deixe de tomar uma taça de sangria, acompanhado de uma porção de presunto e azeitonas frescas.


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18
Fev18

ENTÃO ?

António Garrochinho


ENTÃO A ANA CAVACO, A "SERINGUEIRA MOR" DO PSD NÃO GANHOU UM TACHO OFERECIDO PELO RUI RIO EM VEZ DE ANDAR A PAVONEAR-SE COM VESTIDOS DE LUXO NOS CONGRESSOS IMITANDO OS ENFERMEIROS TÃO MAL TRATADOS PELO SEU PARTIDO DO CORAÇÃO ?

18
Fev18

Rio ao escolher Elina Fraga "é traição", diz Paula Teixeira da Cruz

António Garrochinho


Paula Texeira da Cruz, ministra da Justiça do Governo de Passos Coelho, classificou a escolha de Elina Fraga como vice-presidente do PSD de "traição".
Ao jornal Observador, Paula Teixeira da Cruz lamenta que estejam "a ser premiados" todos aqueles que "criticaram e atacaram Pedro Passos Coelho e o seu Governo nas horas mais difíceis estão agora a ser premiados". "Esse prémio tem nome: chama-se traição", concretiza a antiga governante.
Recorde-se que Elina Fraga, quando era bastonária da Ordem dos Advogados, apresentou uma queixa-crime, em 2014, contra todos os membros do Executivo PSD/CDS por atentado ao Estado de Direito. Em causa estava a aprovação do mapa judiciário em reunião do Conselho de Ministros. 
Depois ser reeleita bastonária da Ordem do Advogados, em Dezembro de 2013, Elina Fraga afirmava ao jornal Público que o ministério da Justiça era "um ministério da propaganda". "Está-se mais interessado em propagandear reformas do que em fazê-las", disse, afirmando que "não teria votado no PSD [de Passos Coelho] se soubesse das reformas na justiça".


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18
Fev18

Como os jovens se vestiam há um século atrás

António Garrochinho


O mundo mudou quase completamente no espaço de um único século, e a moda jovem não é exceção. As fotos que você está prestes a ver foram tiradas em países de todo o mundo durante o início do século XX. Dê uma olhada na surpreendente variedade de roupas que costumavam ser usadas há apenas 100 anos:
 
1. Argélia
vestimentas

2. Alemanha
vestimentas


3. Nepal e China
vestimentas

4. Inglaterra
vestimentas

5. Escócia e Irlanda
vestimentas

6. Romênia e Albânia
vestimentas

7. Japão
vestimentas

8. Argentina e México
vestimentas

9. Espanha
vestimentas

10. Polônia e Estônia
vestimentas

11. Grécia e Chipre
vestimentas

12. Hungria
vestimentas

13. Áustria e Luxemburgo
vestimentas

14. Índia
vestimentas

15. Austrália e Nova Zelândia
vestimentas

16. Estados Unidos
vestimentas

17. Bélgica
vestimentas

18. Holanda
vestimentas

19. Suécia e Finlândia
vestimentas

20. Rússia
vestimentas

21. França
vestimentas

22. Filipinas
vestimentas

23. Itália
vestimentas


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18
Fev18

Os jardins mais fascinantes que você já viu!

António Garrochinho


A Competição Internacional de Esculturas De Plantas ocorrida em Montreal, Canadá, é um espetáculo para a olhos, pois mostra cores brilhantes e atraentes, exibindo também os exemplos mais destacados da jardinagem ornamental.

Que criatividade e perfeição!
Arte da Topiária

Esse dragão é esplendoroso!
Arte da Topiária

Uma expressão facial até engraçada!
Arte da Topiária

Esses são os famosos lêmures... Uma graça, não?
Arte da Topiária

Os detalhes são incríveis!
Arte da Topiária

Uma borboleta para alegrar o seu dia!

E um gatinho para correr pelo jardim...

Essa cabra parece tão real que você poderia até se confundir...

Perfeito jogo de cores!

Esses artistas de plantas ornamentais são muito talentosos...

A mãe Natureza linda e reluzente!

Que perfeição e ternura nos detalhes do rosto...

Um pássaro no meu jardim...

Um símbolo de inspiração para todos nós...

Quem não queria um jardim desses em casa?
É absolutamente maravilhoso!

O olhar dos justos...
As serpentes do jardim...
Nossos amigo panda, muito lindo!
18
Fev18

COMPARAÇÃO - Filinto Elysio

António Garrochinho

Filinto Elysio
(1)    Bacon

1 -

Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres22 de janeiro de 1561— Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.
Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns

2-

Filinto Elísio (Lisboa23 de Dezembro de 1734 – Paris25 de Fevereiro de 1819), foi um poeta, e tradutorportuguês do Neoclassicismo. O seu verdadeiro nome é Francisco Manuel do Nascimento, e foi sacerdote. O seu pseudónimo, Filinto Elísio, ou também Niceno, foi-lhe atribuído pela Marquesa de Alorna (a quem ensinou latim quando se encontrava reclusa no Convento de Chelas), dado Francisco Manuel do Nascimento ter pertencido a uma sociedade literária – Grupo da Ribeira das Naus, cujos membros adaptavam nomes simbólicos.

voarforadaasa.blogspot.pt
18
Fev18

Assédio e Sedução

António Garrochinho

Manuel Augusto Araujo

The-Lovers
Apaixonados, Pierre-Auguste Renoir, 1948
As denúncias de assédio sexual vulgarizaram-se de tal forma que correm o risco de tudo o que de tanto repetido acaba por criar o seu próprio silêncio. Denúncias quase totalmente protagonizadas por alguém que pertence a um mundo muito distante de outro em que milhões de mulheres têm infinitamente menos recursos e menos acesso a tudo, aos direitos básicos, aos direitos ao trabalho, à saúde, à educação, à justiça, aos direitos sociais, económicos e políticos em que, mulheres e homens são quotidianamente assediados por uma sociedade que não tem nenhuma dignidade para lhes oferecer.
Espanta-se o mundo com tanto assédio sexual de homens poderosos sobre mulheres igualmente poderosas, secundarizando que o assédio sexual está directamente ligado ao poder económico. É uma forma de exercício do poder económico sobre as mulheres que o têm sofrido nos lugares de trabalho, na rua, em casa. Também embora em muitíssimo menor grau homens têm, terão sido assediados, o que mais sublinha uma arcaica e persistente desigualdade entre homens e mulheres o que justifica a continuação da luta das mulheres pela igualdade de direitos, de todos os direitos em que elas são menos iguais que eles, mesmo nas sociedades em que se têm aproximado.
Ninguém tem o direito de exercer sobre o outro a sua vontade se essa não for a vontade do outro. O assédio sexual deve ser denunciado com o mesmo vigor que o são a violação, a violência doméstica, a exploração sexual. As fronteiras são porosas, têm a mesma raiz. As variantes são mais formais que substantivas.
A excessiva mediatização, sobretudo o modo como essa mediatização é realizada, acaba, pelo menos corre o grande risco, de transformar uma justa denúncia numa parada de estrelas de um feminismo que enlouquece o ponteiro da bússola que tem orientado todas as justas lutas feministas, apontando-a para um subjacente medo por todos, quase todos os homens, onde muitas vezes se queima na mesma caldeira o que é assédio, um exercício unipolar, e o que é sedução, um exercício multipolar. A confusão que se gerou foi, é tão funda que, em contraponto às inúmeras denúncias de assédio sexual que lustram a comunicação social, mulheres, sintomaticamente igualmente poderosas socialmente, vieram a terreiro manifestar o seu prazer em serem desassossegadas pelos homens que têm, no seu dizer displicente “a liberdade de importunar”, uma afirmação patética da sua futilidade, exatamente por não perceberem o que distingue radicalmente o assédio da sedução.
As avenidas comunicacionais onde têm desaguado inúmeros textos e imagens sobre o assunto concorrem, na sua grande maioria, para embotar a sensibilidade social e por tornar a vulgaridade e a estupidez em coisas normais. Um entretenimento vazio com o objectivo de não se alcançar uma consciência crítica da realidade. As vozes lúcidas quase ficam sepultadas nas catadupas das banalidades que sobre este tema como sobre todos os outros temas, nomeadamente políticos e económicos, se transformaram na normalidade de uma sociedade e de um tempo anormal, que é o nosso tempo, “em que tudo é permitido por estar cinicamente perdoado” (Kundera).
Felizmente, para mulheres e homens, continua vivo um feminismo que está de boa saúde, continua forte, depois de muitos anos de lutas persiste em lutar para mudar mentalidades e reivindicar a igualdade em todos os azimutes. No tema em questão contra o assédio sexual e pela sedução sem sexo.

pracadobocage.wordpress.com

18
Fev18

O QUE ERA UMA EMPRESA QUE DAVA LUCRO E ERA UM PATRIMÓNIO CULTURAL NOSSO ESTÁ ENTREGUE AOS ABUTRES PRESTANDO UM SERVIÇO RUINOSO AOS PORTUGUESES - Especuladores têm aposta de 35 milhões na queda das ações dos Correios

António Garrochinho
Francisco Lacerda, CEO dos CTT. Empresa está sob pressão na Bolsa desde que foram conhecidos os resultados no terceiro trimestre de 2017
O momento conturbado da empresa de correios está a ser aproveitado por investidores que querem lucrar com a queda das ações. Resultados anuais serão cruciais para ditar o futuro da cotação da empresa em reestruturação
Os especuladores estão a atacar as ações dos CTT apostando na sua queda. Investidores, entre as quais a BlackRock, a maior gestora de ativos no mundo, têm posições avaliadas em mais de 35 milhões de euros para lucrar com eventuais descidas. Os especuladores aumentam a pressão num momento em que a empresa ainda está longe de recuperar do tombo de mais de 30% provocado pelos resultados abaixo do esperado no terceiro trimestre e pelo corte de dividendos. Ainda assim, há grandes entidades, como o Goldman Sachs, a mostrar confiança na empresa.
A pressão do mercado levou a administração dos CTT a anunciar um plano de reestruturação que levantou preocupações no regulador, a Anacom, e em alguns partidos. A empresa colocou em marcha um plano de reestruturação de três anos que prevê, entre outras medidas, a saída de 800 trabalhadores e corte da rede de lojas. O momento mais conturbado está a ser aproveitado pelos especuladores que apostam na descida das ações.
As posições curtas, que servem para lucrar com eventuais quedas das ações dos CTT, equivalem a 7,13% do capital da empresa, segundo os dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No final de 2017 essa posição era de 6,73% e no final de outubro de apenas 3,56%. É a empresa da bolsa portuguesa mais atacada pelos especuladores.
Para lucrarem com eventuais quedas, estes investidores pedem ações emprestadas a acionistas dos CTT ou a entidades que fazem custódia de títulos, pagando-lhes uma comissão. Após garantirem esse empréstimo, vendem as ações e recompram-nas mais tarde para as devolver aos seus donos. A título de exemplo, quem abrisse uma posição curta nos CTT a 31 de outubro com um milhão de ações vendia-as nessa data a 5,06 euros, encaixando mais de cinco milhões de euros. Se tivesse encerrado essa aposta na sexta-feira necessitaria apenas de 3,4 milhões para as recomprar e devolver a quem as emprestou. Teria lucrado 1,6 milhões de euros. Mas se as ações tivessem subido nesse período incorria em perdas. A tática também pode ser posta em prática com recurso a instrumentos financeiros derivados.
Resultados anuais decisivos
Existem seis entidades com apostas relevantes na queda das ações. A maior pertence a um fundo especulativo britânico, a Marshall Wace, que nos últimos anos tem feito raides na bolsa portuguesa. Também a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, e a gigante JPMorgan Asset Management querem ganhar com descidas das ações. No passado, estas duas gestoras chegaram a ser acionistas de referência dos CTT. O JPMorgan tinha sido também o banco que montou a entrada em bolsa da empresa; agora apostam na queda.
Mas há outros grandes investidores que têm opinião diferente. A poderosa Goldman Sachs tem estado a comprar ações e detém 2,46% da empresa. A Gestmin de Manuel Champalimaud, maior acionista da empresa, tem reforçado a aposta de que os CTT vão superar a fase de pressão no mercado. Desde o início do ano subiu a posição de 11,26% para 12,43%.
Para saber quem vai vencer esta batalha será necessário aguardar pelas contas anuais. Steven Santos, gestor do BiG, diz ao DN/Dinheiro Vivo que "a divulgação de resultados no dia 7 de março pode ser um momento crucial para sabermos se a ação continua colada aos mínimos históricos ou se inicia uma recuperação visível". Caso os números sejam positivos, a tática dos especuladores poderá sair furada. "O elevado posicionamento curto poderá acelerar as subidas caso os CTT entreguem resultados acima do esperado. No fundo, as posições curtas representam ações que serão recompradas se a empresa apresentar uma melhoria dos resultados", explica o especialista.
O peso dos investidores curtos "sugere que há investidores institucionais que acreditam que o plano de reestruturação não é suficientemente profundo ou que tem um elevado risco de execução", considera. O plano prevê o corte até 2020 de 800 trabalhadores, afetando sobretudo a área operacional, e a venda de 30 ativos não estratégicos, bem como a reorganização da rede de lojas. Objetivo? Obter uma contribuição positiva de até 45 milhões de euros para o EBITDA recorrente.
Desde janeiro, 22 estações CTT têm vindo a ser encerradas, substituídas por pontos de acesso parceiros, decisão que gerou forte contestação das populações e forças políticas. Há o receio de que a qualidade do serviço postal seja afetada, numa altura em que a Anacom apertou os critérios de qualidade do serviço universal postal e o governo vai criar um grupo de trabalho para analisar o dossiê. Do lado dos trabalhadores a pressão não dá tréguas. Na próxima sexta-feira os CTT preparam-se para enfrentar a terceira greve nacional em dois meses. Sindicatos contestam o encerramento das estações e os despedimentos e pedem a reversão da privatização da empresa.
Com Ana Marcela

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18
Fev18

De Calvário a Salvador: qual é o segredo da vitória na Eurovisão?

António Garrochinho



Tozé Brito conta a experiência dos Gemini e das Doce, Eládio Clímaco lembra José Cid. Antes da primeira seminal, que acontece esta noite, lembramos outros.
Nos primeiros festivais da canção, organizados pela RTP desde 1964, os compositores enviavam as suas canções em papel de pauta, como recorda o maestro Jorge Costa Pinto que fez parte do júri em 1966: "Havia um pianista que tocava as canções para o júri escolher as que iam ao festival." Entre os intérpretes, nomes como Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, António Calvário ou Artur Garcia, cantores populares que já tinham vencido concursos na rádio e que rapidamente se tornaram o rosto do nacional-cançonetismo, termo que, a traços largos, definia a música ligeira.
Os festivais "eram uma coisa espetacular", conta Tozé Brito. "O país parava, não se via ninguém na rua, as pessoas juntavam-se para ver o festival, faziam-se apostas." Mas, chegados à Eurovisão, os resultados não eram grande coisa, reconheceram os participantes na conferência "Eurovisão: Perspetivas das Ciências Sociais, Humanidades e Artes", promovida pelo Instituto de Etnomusicologia da FCSH, Universidade Nova Lisboa. No debate, ontem à tarde, apesar de o tema serem as memórias de outros festivais, muito se falou da vitória de Salvador Sobral e do que terá sido decisivo para que, finalmente, em 2017, Portugal conseguisse ganhar a Eurovisão.
Tozé Brito já participou no Festival da Canção como intérprete, como compositor, como editor e agora como jurado. E apesar desta experiência continua sem saber qual o segredo para fazer uma canção vencedora na Eurovisão. Em 1978, com os Gemini a cantar Dai Li Dou, foi a Paris. "O que eu queria era que aqueles três minutos passassem depressa e sem nenhum acidente de percurso", recorda. "Outros intérpretes terão ido à Eurovisão com outras expectativas, mas eu não. Para nós o importante não era a Eurovisão, era o festival em Portugal. E nem era preciso ganhar, ser selecionado já era ótimo. Estar entre as oito ou doze canções do festival, mesmo que se ficasse em último lugar, era sinal de trabalho para o ano inteiro."
Na Eurovisão, Tozé Brito sempre sentiu que havia demasiados fatores externos a imiscuírem-se na votação. No ano de Dai Li Dou, por exemplo, venceu a canção israelita A-Ba-Ni-Bi: "E eram muito parecidas. Se nós fôssemos israelitas poderíamos ter ganho porque nesse ano houve fatores políticos muito importantes."
Com as Doce, para quem compôs muitas canções, o caso foi diferente. As Doce concorreram ao festival em 1981 com Ali-Ba-Báe ficaram em quarto lugar. "As Doce tinham uma componente sensual muito forte, fazia parte do projeto. E nós sabíamos que havia uma linha que não podia ser ultrapassada. Elas ultrapassaram-na e foram penalizadas. No ano seguinte, com oBem Bom, foram completamente vestidas, só se viam as mãos e o rosto. E ganharam. Depois, na Eurovisão, talvez devessem ter arriscado mais na sua apresentação", diz. Mas houve mais coisas que não correram bem. Foram as primeiras a atuar e além de todo o nervosismo o som estava péssimo e a orquestração também não ajudou, lembra Tozé Brito. "O que nós queríamos era fazer um malhão, e até estava lá o bombo mas que se perdeu no barulho de fundo da orquestra". Se as coisas tivessem sido diferentes, "não digo que daria para ganhar, mas poderíamos ter tido uma classificação melhor".
"Havia um padrão Festival da Canção, que era, supostamente, o certo para levar à Eurovisão. E sempre houve compositores que se preocuparam com isso. Mas também havia outros que não o faziam. Queriam canções boas, para consumo interno", diz Tozé Brito. Temas como No Teu Poema, de José Luís Tinoco (cantada por Carlos do Carmo em 1976) ou Cavalo à Solta (de Fernando Tordo e Ary dos Santos, em 1971), por exemplo. "Sempre houve coisas diferentes no Festival. Podemos falar de canção ligeira mas antes, como agora, esse termos já abarcava muita coisa diferente", explica o investigador musical João Carlos Calixto.
A esse propósito, Eládio Clímaco recorda o ano de 1980, quando José Cid levou a Haia Um Grande, Grande Amor , uma dita "canção festivaleira" e "estava toda a gente convencida que era desta que íamos ganhar". Mas não aconteceu. "Nesse ano ganhou Johnny Logan, um cantor com a sua guitarra." Risos na sala. As semelhanças com o que aconteceu no ano passado são enormes.
"Salvador ganhou pela diferença", diz o maestro. "Todas as músicas eram iguais e depois havia aquela que era completamente diferente." Mas não foi só isso. Em 2017, depois de uma paragem, houve a reformulação do Festival da Canção, um novo pensamento. A ideia de que, mais do que pensar na Eurovisão, se deveria procurar que o festival voltasse a ser relevante para os músicos e para a sociedade, como explica Nuno Galopim, conselheiro da RTP para festivais. Foi assim que surgiu a canção de Luísa Sobral com aquela interpretação de Salvador Sobral - a simplicidade, a diferença em relação ao resto. O mais importante é sempre a canção, disseram todos os que estavam no debate. Houve ainda uma aposta clara da RTP na promoção - e que envolveu a RDP: "A canção do Salvador passava em todos os canais, várias vezes ao dia, nunca tinha visto isto em 30 anos de rádio", conta a locutora da RDP Salomé Andrade.
Houve isto tudo. A chamada "tempestade perfeita". E, no entanto, como disse Tozé Brito, "poderíamos ter isto tudo e ainda assim Salvador não ganhar". Nunca se sabe. Se alguma lição os concorrentes que vão hoje participar na primeira semifinal do Festival da Canção podem tirar disto tudo é esta: o segredo da vitória é que não há segredo.





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18
Fev18

Rio escolhe equipa à medida das suas batalhas políticas

António Garrochinho
Elisa Fraga com Rui Rio
A escolha de Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados, para vice-presidente do PSD foi a surpresa da noite.
O núcleo duro de seis vice-presidentes que Rui Rio escolheu para integrar a sua Comissão Permanente reflete aquelas que vão ser as prioridades anunciadas para a sua batalha política nos próximos tempos.
David Justino, autor da sua moção estratégica e antigo ministro da Educação, para a mesma área; Nuno Morais Sarmento, ex-ministro de Durão Barroso e mandatário nacional da campanha de Rio, para a estratégia da ação política e governação; Manuel Castro Almeida, amigo de longa data de Rio, ex-presidente da Câmara de São João da Madeira e ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, ficará com a pasta da descentralização; Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar e que foi o diretor da campanha de Rui Rio, poderá ser o elo de ligação com as autarquias e o poder local; Isabel Meirelles, jurista e especialista em direito europeu, poderá ficar com as matérias internacionais; Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados, será a operacional de Rui Rio para a reforma da Justiça.
O nome de Elina Fraga foi o que causou maior surpresa e, ao mesmo tempo, uma onda de desagrado na sala do congresso, principalmente entre os "passistas", que lembravam as ferozes críticas da advogada em relação à governação do PSD na área da justiça, tutelada por Paula Teixeira da Cruz. "Basta googlar Elina Fraga + PSD e é fácil ver o seu pensamento nos últimos anos em relação ao PSD. Fico triste com a escolha", admitiu Hugo Soares, o ainda presidente do grupo parlamentar.
Elina Fraga era considerada a verdadeira "oposição" ao PSD neste setor e apresentou mesmo uma queixa-crime contra todos os membros do governo PSD-CDS por atentado ao Estado de direito, ao terem aprovado o mapa judiciário. Ao Observador, Paula Teixeira da Cruz lamentou que "todos aqueles que criticaram e atacaram Pedro Passos Coelho e o seu governo nas horas mais difíceis estão agora a ser premiados". E acrescentou: "Esse prémio tem nome: chama-se traição."
"É uma escolha que reflete na perfeição a consideração e o respeito que Rui Rio tem por tudo aquilo que o governo de Passos Coelho lutou e conseguiu", ironizou Carlos Abreu Amorim, deputado que tem a pasta da justiça. Mais compreensivo é Carlos Peixoto, apoiante de Rio e coordenador do PSD na 1ª Comissão: "Trata-se de uma personalidade ligada ao mundo do direito e judiciário e representa uma mais-valia para a direção do partido", assinala. E as críticas que fez ao PSD? "Estamos num ciclo novo", sublinha.
Consensuais entre santanistas e rioistas continuam a ser, pelo menos aparentemente, nomes como o de Fernando Negrão, que se candidatou à presidência da bancada parlamentar; Paulo Mota Pinto, que encabeçou a comissão de honra da campanha de Rio, para presidente da mesa do congresso; Almeida Henriques, mandatário de Santana Lopes, para ser número dois; Feliciano Barreiras Duarte para secretário-geral.
Em contrapartida, este equilíbrio para a "união" que Rio quer ver no partido não estava a ter o mesmo efeito nas bases. À hora do fecho desta edição, havia pelo menos 11 distritais (entre 18) em "guerra" com o novo líder, a contestar o facto de não haver nomes das suas estruturas na comissão política nacional: Porto, Vila Real, Setúbal, Viana do Castelo, Beja, Évora, Algarve, Bragança, Coimbra, Santarém e Viseu.
Pedro Alves foi um destacado apoiante de Rui Rio na campanha interna em Viseu, onde o presidente eleito venceu com 65% dos votos. Aos jornalistas, manifestou estranheza por não ter sido ainda contactado para garantir a representatividade do distrito nas listas aos órgãos nacionais do partido.
"As listas não são necessariamente um negócio, as listas têm de ser elaboradas com critérios de natureza política e para dar sinais políticos, aqui resumiu-se a um negócio", lamentou, referindo-se ao acordo entre Rio e o candidato derrotado nas diretas, Pedro Santana Lopes, para listas de unidade aos órgãos nacionais.


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18
Fev18

CIA

António Garrochinho

CIA

Steven L. Hall, ex-chefe das operações da CIA na Rússia
O ex-funcionário da inteligência expressou que acredita que os Estados Unidos continuarão sua prática interferente, informou NYTl no final de sábado 
"Nós temos feito esse tipo de coisa desde que a CIA foi criada, em 1947. […] Nós usamos cartazes, panfletos, correios, banners — o que você imaginar. Criamos informações falsas em jornais estrangeiros. Utilizamos o que os britânicos chamam de 'cavalaria do rei George': malas de dinheiro", afirmou Loch K. Johnson, ex-membro do Comitê seleto do Senado dos EUA para estudar operações governamentais em relação às atividades de inteligência.
Ao interferir nas eleições, a CIA ajudou a derrubar líderes eleitos no Irão e na Guatemala na década de 1950, ao mesmo tempo em que planeja assassinatos de líderes políticos em várias regiões, de acordo com o jornal.
Os Estados Unidos acusaram repetidamente a Rússia de interferir nas eleições presidenciais de 2016 e está investigando alegações de conluio entre a Rússia e a campanha do então candidato a presidente, Donald Trump.

As autoridades russas negaram as acusações de intromissão na eleição dos EUA. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as acusações são "absolutamente infundadas". Por sua vez, a Casa Branca também reiterou que não há nenhuma prova que sustente as alegações de conluio entre a campanha de Trump e Moscovo durante a eleição.


foicebook.blogspot.pt
18
Fev18

OS MALES E A ESTRATÉGIA

António Garrochinho
AS ESTRATÉGIAS SERVEM A QUEM ? AO POVO, AOS POLÍTICOS ?
A ESTÓRIA DE ENGOLIR SAPOS, A ESTÓRIA DO MAL MENOR, NÃO É DE AGORA, JÁ VEM DE LONGE.
O QUE MUDOU ?
SE O POVO NÃO CUIDAR DE SI QUALQUER DIA O "MAL MENOR" VAI TRANSFORMAR-SE NO "MAL MAIOR".
António Garrochinho
18
Fev18

MARCELO (RE)CANDIDATO

António Garrochinho
MARCELO (RE)CANDIDATO
Marcelo Rebelo de Sousa, dado andar sempre em campanha e sempre de “máquina de calcular” no bolso, acabará por saber determinar o seu “ponto limite”.
Um dia vai perceber que chegou àquele ponto em que as suas repetidas e cada vez mais frequentes “viragens” verbais à direita, para agradar ao eleitorado do SEU partido e ao CDS, começarão a fazê-lo perder, sem retorno, os eleitores de outras áreas, que se deixaram encantar pelo “fogo de artifício” do comentador televisivo… mas que começa já a ser incapaz de digerir mais “selfies”, mais beijoquice, mais afectos… mais farsa.
Um dia Marcelo vai perceber que servir-se de CRIANÇAS DOENTES COM CANCRO para, a coberto do capital de simpatia e emoção do momento, dar um empurrãozinho ao PSD… vai correr-lhe mal.
Vai descobrir que os agradecimentos “estremecidos” a Passos Coelho, provocam NOJO a milhões de portugueses.
Aí já será tarde para voltar a recitar umas frases “de esquerda”.
Nesse dia, a ser passado esse risco, pode aparecer um bom candidato presidencial que não venha da área do PSD ou do CDS… e ele sabe que isso será muito perigoso para as suas ambições de reeleição.
Nesse dia, terá atingido o seu “ponto de não retorno”.
Resumindo e apesar de isto parecer um “aviso” a Marcelo Rebelo de Sousa… na verdade o que quero é que ele caia, redondamente, nesse alçapão.



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