Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

27
Fev18

Mulher vai ao encontro nua e pretendente não percebe; Vídeo

António Garrochinho


Joy é modelo e aceitou o desafio da artista Jen Seidel, que também é conhecida com “Jen the Body Painter”, de ir ao encontro de uma pessoa que conheceu pelo Tinder, de uma forma bem diferente.
Ela precisaria ir nua, estando apenas coberta por uma pintura corporal feita por Jen, que ficou simplesmente sensacional.


Foto/Reprodução

A artista então fez uma pintura que simulava uma calça jeans e uma blusinha, para isso ela precisou de duas horas para concluir a pintura que ficou perfeita.

Foto/Reprodução

O resultado ficou tão impressionante que a modelo brincou: “Não é meu primeiro encontro no Tinder, mas é o meu primeiro encontro pintada no Tinder”.
Joy então marcou com o pretendente em um Shopping center muito movimentado em Baltimore, Estados Unidos, quando ele chegou ela estava usando um casaco.

Foto/Reprodução

Só que depois disso, o homem, que é comediante, ajudou Joy a tirar suas roupas de verdade a pedido dela, e nem percebeu que na verdade a modelo estava praticamente nua, mesmo dizendo depois que teve essa impressão.
Depois de tomarem um café, os dois foram passear pelo shopping, pouco tempo depois algumas crianças cercaram a modelo, pedindo para tirarem fotos.

Foto/Reprodução

A partir desse momento, ele começa a desconfiar que algo estava errado, perguntando se a roupa que Joy estava usando era pintura corporal. Nesse instante a modelo ainda brinca com o rapaz dizendo: “Eu não sei, eu não sou uma mulher”.
Tudo ficou sem sentido para o rapaz, porém, a caminho do estacionamento não teve jeito, estava chovendo e então ele pode descobrir toda a verdade.

Foto/Reprodução
Foto/Reprodução

No estacionamento estavam Jen e uma amiga e toda a situação foi esclarecida. Depois disso teve até um abraço, mas Jen já estava usando novamente o casaco.
Assista ao vídeo e veja se você descobriria de cara ou ficaria na dúvida, assim como o rapaz ficou.

VÍDEO

inspirandoo.com
27
Fev18

Jerónimo diz que Portugal "não vai lá com geometria variável" do PS

António Garrochinho

www.noticiasaominuto.com

O secretário-geral comunista defendeu hoje que a vida do país "não vai lá com geometria variável", referindo-se a eventuais acordos políticos do PS à direita e à esquerda e reiterou a necessidade de alterar a legislação laboral.

Jerónimo diz que Portugal "não vai lá com geometria variável" do PS

O grande problema é que, traduzindo isso numa expressão daqui há uns anos atrás com [antigo primeiro-ministro socialista António] Guterres - é a chamada geometria variável: entendimento com uma parte em questões sociais, entendimento com outro nas questões de fundo, estruturais. Isto não vai lá com geometrias variáveis, mas com a rutura com a política de direita que nos tem afligido durante tantos anos e procurar uma saída patriótica e de esquerda", disse.
Jerónimo de Sousa falava à porta da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal), Alverca, distrito de Lisboa, no início de uma campanha nacional do PCP de contacto com trabalhadores, e rejeitou também mexidas na Taxa Social Única (TSU) que as empresas pagam como forma de combater a precariedade.
"A verificar-se essa convergência [PS-PSD] o resultado não é bom porque a vida provou isso. Não é apenas a opinião do PCP. Foi a própria vida do nosso país, a política realizada, com um bloco central mais ou menos formal", afirmou, questionado sobre a postura de diálogo entre o novo presidente social-democrata, Rui Rio, e o líder do Governo e do PS, António Costa, nomeadamente sobre descentralização e futuros quadros comunitários de apoio.



27
Fev18

Relatores da ONU denunciam execução de menores no Rio pela PM 59

António Garrochinho


  • A Polícia Militar do Rio faz operação, no dia 2, para reprimir criminosos na Cidade de Deus
    A Polícia Militar do Rio faz operação, no dia 2, para reprimir criminosos na Cidade de Deus
Relatores e peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciam a execução de menores nas favelas do Rio de Janeiro no contexto de operações de combate às drogas na cidade. Numa carta confidencial enviada por relatores das Nações Unidas, o governo é acusado de fracassar em adotar medidas para evitar essas mortes durante operações de combate às drogas.
"O uso repetido de força letal sugere o fracasso do governo brasileiro em tomar medidas de precaução para impedir a perda de vidas", diz a carta, enviada em 30 de agosto passado e que não foi respondida pelas autoridades brasileiras.
O comunicado é assinado por Agnes Callamard, relatora especial sobre Execuções Sumárias, Sabelo Gumedze, chefe do Grupo de Trabalho sobre Povos de Descendência Africana, e Dainius Puras, responsável pela relatoria sobre Direito à Saúde.
A carta se refere à execução de cinco menores entre março e julho de 2017 e pede que os responsáveis sejam investigados e punidos. Os nomes das vítimas foram mantidos em sigilo. Os relatores destacam que todos teriam sido alvos da Polícia Militar.
No dia 25 de março, por exemplo, um dos adolescentes recebeu "mais de um tiro". "Depois do primeiro tiro, ele caiu e apelou por ajuda. Mas, em vez disso, foi morto", diz o texto. De acordo com a carta, a Polícia Militar alegou que se tratava de um traficante.
No dia 30 de março, uma menina de 13 anos foi morta em uma escola em Acari. "A Polícia Militar afirma que ela foi morta por uma bala perdida, apesar de ela ter sido atingida por pelo menos três tiros entre os oito disparados pela polícia." Dois outros casos se referem à execuções em abril, no Morro do Alemão.
No dia 4 de julho, uma garota de dez anos teria sido atingida na cabeça por um disparo feito por um policial, na favela Camarista Meier. "Profunda preocupação é expressada sobre as cinco mortes citadas de crianças", afirmaram os relatores.
O grupo da ONU pediu em 30 de agosto explicações sobre esses casos e detalhes sobre o progresso de investigações que tenham sido realizadas. Os relatores também querem saber quais medidas foram adotadas para proteger civis em casos de operações antidrogas no Rio de Janeiro.
Enviada no dia 30 de agosto de 2017, os peritos davam 60 dias para que o governo brasileiro respondesse à carta. Até o início desta semana, nenhuma resposta havia sido enviada, segundo a ONU.
A reportagem procurou o governo do Rio, mas ainda não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestação.


noticias.uol.com.br


27
Fev18

Ficou preso

António Garrochinho

Resultado de imagem para RUBEN SEMEDO


Rúben Semedo tem a carreira de futebolista estragada. Meteu-se numa grande encrenca em Valência e vai ficar preso enquanto aguarda julgamento. Ontem foi ouvido pelo juiz que considerou que havia "perigo de fuga".
Alegadamente, o jogador, um primo e um amigo terão agredido um homem, usando bastões de basebol e depois amarraram-no com cordas e trancaram-no numa sala. O homem também o acusa de lhe ter apontado uma arma e de o ameaçar de morte, que lhe cortaria um dedo e depois roubou-lhe a chave de casa. Rúben terá ido residência do homem e furtou-lhe 24 mil euros, relógios e outros bens.
Para o empresário do jogador, Cátio Baldé, o jogador foi vítima de uma fraude financeira.
O clube de Rúben Semedo vai abrir um processo para investigar o que aconteceu. O Villarreal receia agora perder o investimento de 14 milhões de euros, assinado no verão passado com o Sporting.
Em Portugal, quem o conhece o jogador está surpreendido com tudo isto. Jorge Jesus, antigo treinador de Rúben Semedo, disse que já tentou falar com o jogador. Gelson Martins, ex-colega de Rúben no Sporting, publicou uma fotografia dos dois na sua página de Instagram, que já conta com mais de 18 mil "likes", com uma frase em crioulo: "Cu bo ti fim do mundo" (Estou contigo até ao fim do mundo). 

VÍDEO



aespumadosdias.blogs.sapo.pt
27
Fev18

COLECTÂNEA DE VÍDEOS - RECORDAR CANÇÕES ANTIGAS - Músicas que você nunca desconfiou que eram apenas versões em português… mas são!

António Garrochinho


16951402Pois é. Depois que fiz aquele post mostrando músicas que você não sabia que eram covers (algumas surpreendem até ao maior fã de música, como “Hey Joe”), continuei pesquisando. Ainda tenho algumas para publicar, mas este garimpo levou a uma nova ótica: não apenas covers, mas versões em outras línguas. E daí comecei a encontrar diversas músicas brasileiras que achei que era originais e na verdade são apenas versões.
Listei 20 das mais surpreendentes canções em português que eu realmente achei que fossem originais, mas são versões de músicas em espanhol, inglês, italiano, sueco e até RUSSO! Aposto que você também não sabia de algumas dessas:
– “Qualquer Jeito (Não Está Sendo Fácil), de Kátia (a cega) é versão de “It Should Have Been Easy”, de Bob McDill
Pra começar com o pé na porta, o sucesso “Qualquer Jeito”, também conhecida como “Não Está Sendo Fácil”, é uma versão de “It Should Have Been Easy”, do americano Bob McDill. Pra melhorar: a versão em português foi feita por Roberto Carlos e Erasmo Carlos especialmente para Kátia!
– “Não Se Vá”, de Jane e Herondy, é versão de “Du Gehst Fort”, de Adam & Eve
Essa aqui é praticamente uma versão brasileira literal do vídeo, se você reparar. O casal, as expressões, tudo.
– “Quatro Semanas de Amor”, de Luan e Vanessa, é versão de “Sealed With a Kiss”, de Peter Udell e Gary Geld
A dupla fez uma música que dominou o mundo. “Sealed With a Kiss” recebeu diversas covers desde seu primeiro lançamento, em 1960, pelos The Four Voices. São mais de 20 versões, entre elas a de Luan e Vanessa, que fez muito sucesso no Brasil, em 1990.
– “Eva”, do Rádio Táxi, é versão de “Eva”, de Umberto Tozzi
A pequena Eva do Rádio Táxi, que depois foi regravada com grande sucesso pela Banda Eva de Ivete Sangalo… bem, a pequena Eva é uma ragazza italiana escrita por Umberto Tozzi em 1982!
– “Lobo Mau”, de Roberto Carlos, é versão de “The Wanderer, de Dion and The Belmonts
Tá, grande parte das músicas da chamada Jovem Guarda eram versões de músicas internacionais, especialmente do rock inglês que despontava no começo dos anos 60. “Lobo Mau”, no caso, é uma versão de “The Wanderer”.
– “Meu Sangue Ferve Por Você”, de Sidney Magal, é versão de “Oh Cuanto Te Amo”, de Sabu
Lembra desse clipe em que Sidney Magal canta um de seus maiores sucessos e está a cara de Paul Stanley nos anos 80? Então, o grande sucesso de Magal não é dele. É uma versão do argentino Sabu.
Quem diria que o amigo Charlie Brown de Benito di Paula e seu sambão jóia vinha direto da Suécia, hein? Birgitta Wollgård & Salut falaram do dono do Snoopy em 1972 em uma versão mais ~animadinha~ que a do bigodudo brasileiro. (*correção: o amigo Ricardo Schott me avisou que a versão original é do Benito, e os suecos que fizeram uma versão. Então nesse caso é ao contrário!)
– “Vou de Táxi”, da Angélica, é versão de “Joe Le Taxi”, de Vanessa Paradis
Pela janela do quarto, Angélica ouvia a buzina de Vanessa Paradis, que gravou “Joe Le Táxi” em francês em 1987. Aliás, a original fala do taxista Joe, que trabalha pelas ruas de Paris. Ah, e é incrível ver como encaixaram o “cê sabe” na versão da loira do Clube da Criança.
– “Catedral”, de Zélia Duncan, é versão de “Cathedral Song”, de Tanita Tikaram
“Cathedral Song”, de Tanita Tikaram, saiu em 1989 e ganhou uma versão de muito sucesso feita por Zélia Duncan em 1994. Ah, e um álbum solo de Renato Russo unia ele cantando “Cathedral Song” com a versão de Duncan.
– “A Dor Desse Amor”, do KLB, é versão de “A Puro Dolor”, de Son By Four
Ah, vai dizer que você achava que o “vida, devolva minhas fantasias” do KLB era criação deles próprios? Ah, vá. A música é uma versão da boy band que não fez lá muito sucesso Son By Four.

A música que embalada o personagem Reginaldo da novela Fogo no Rabo da TV Pirata não é de Rosana. Pois é. Mas posso dizer? A versão brasileira é muito mais legal que a original de Jennifer Rush.
– “Quem de Nós Dois”, de Ana Carolina, é versão de “La Mia Storia Tra Le Dita”, de Gianluca Grignani
Cada vez que Ana Carolina foge, ela se aproxima mais de Gianluca Grignani, o autor italiano gatinho de “La Mia Storia Tra Le Dita”, que inspirou “Quem de Nós Dois”, um dos maiores sucessos da cantora.
– “Bem Que Se Quis”, de Marisa Monte, é versão de “E Po’ Che Fa”, de Pino Daniele
Eita, Itália! É de lá que vem um dos primeiros e maiores sucessos de Marisa Monte, que pegou a original de Pino Daniele, desacelerou e deixou com um embalo mais lento…
– “Fascinação”, de Elis Regina, é versão de “Fascination”, de Fermo Dante Marchetti
Eu não imaginaria que essa incrível música de Elis Regina não era originalmente cantada por ela. Pois é, essa vem diretamente de 1904, quando era uma valsa sem letra criada por Fermo Dante Marchetti. A letra veio em 1905 por  Maurice de Féraudy, e a versão em inglês em por Dick Manning.
– “Ela Não Está Aqui”, do KLB, é versão de “I’d Love You To Want Me”, de Lobo
KLB de novo? Sim, KLB de novo. Kiko, Leandro e Bruno tiraram “Ela Não Está Aqui” de “I’d Love You To Want Me” de Lobo, que tem um penteado bem bacana.
– “Trac Trac”, dos Paralamas do Sucesso, é versão de “Track Track”, de Fito Paéz
Os Paralamas gravaram uma versão de seu amigo argentino Fito Paéz em 1991, no disco “Os Grãos”.
– “Chorando Se Foi”, do Kaoma, é versão de “Llorando Se Fue”, dos Kjarkas
Sim, a música que foi o grande sucesso da moda da lambada no Brasil e no mundo é uma versão. A versão dos Kjarkas não tem muito a ver com o que o Kaoma fez, sendo bem enraizada na Bolívia, terra natal da banda.
– “Borbulhas de Amor”, de Fagner, é versão de “Burbujas de Amor”, de Juan Luis Guerra
O bolerão de Fagner passando a noite em claro dentro de ti é uma versão de Juan Luis Guerra. Meio parecidona, se formos ver, quase uma tradução literal, fora um “ai ai ai ai ai ai ai” que a original tinha e Fagner tesourou.
– “Ritmo de Festa”, de Sílvio Santos, é versão de “Ritmo de La Noche”, do The Sacados
As listas de covers e versões sempre vão terminar com Sílvio Santos? Não sei. Mas, novamente, Senor Abravanel aparece com seu maior hit nos anos 90, uma versão da banda de dance music The Sacados (hehehe), de 1990.



crushemhifi.wordpress.com
27
Fev18

Fotogaleria. Roma enfrenta vaga de frio siberiano e nevão como não acontecia desde 2012

António Garrochinho


Um intenso nevão está a cair na capital italiana e não nevava tanto em Roma desde 2012. Um vaga de frio siberiana está a passar por Itália e as temperaturas chegaram aos -20 graus em alguns locais.


Um intenso nevão está esta segunda-feira a cair em Roma, Itália, e já se acumulam vários centímetros de neve, causando problemas de circulação, enquanto as escolas permanecem encerradas devido à chegada de uma vaga de frio siberiano.

A vaga de frio da Sibéria chegou a Itália no domingo, causando fortes nevões no país e um frio intenso que atingiu 20 graus abaixo de zero em alguns locais. Esta segunda-feira, chegou ao centro do país e a Roma, onde não nevava com tanta intensidade desde 2012.

Apesar das dificuldades no trânsito, os romanos e turistas aproveitam para desfrutar da pouco usual nevada e da beleza dos monumentos da capital, como o Coliseu ou a Praça de S. Pedro, totalmente cobertos de branco. Durante a manhã, foi organizada uma reunião do comité operacional da Proteção Civil para seguir a situação em Roma da vaga de frio, que poderá durar pelo menos 36 horas.

[Veja aqui o vídeo sobre o nevão histórico em Roma]




Por enquanto, há tráfego intenso em todas as estradas de acesso à capital e muitos atrasos na rede ferroviária. A rede do metropolitano permanece aberta, mas os autocarros de transporte público foram reduzidos e apenas aqueles com pneus próprios para neve estão a circular. Foi preciso a intervenção dos bombeiros devido à queda de ramos de árvores causada pelo peso da neve, que bloqueou algumas estradas na cidade.

Nos aeroportos da cidade, Fiumicino e Ciampino, não se registam ainda cancelamentos de voos, mas já se vão acumulando atrasos nas saídas e as autoridades aconselham os passageiros a consultar as companhias áreas dos voos que compraram para obter maior informação. O último nevão com estas características em Roma ocorreu em 2012.

FOTOGALERIA



















observador.pt
27
Fev18

“Carnaval” nos Vistos Gold. Advogados discutem em tribunal

António Garrochinho
O advogado da HeliPortugal estava a fazer perguntas a Miguel Macedo quando o juiz o interrompeu. “Se é para continuar este Carnaval, não”. Episódio acabou com intervalo compulsivo na sessão.

A sessão desta tarde dos Vistos Gold foi suspensa de forma súbita quando dois advogados se prenderam numa discussão e em acusações mútuas. O ex-ministro Miguel Macedo estava a ser interrogado por um dos advogados da HeliPortugal (assistente no processo) quando o juiz o interrompeu: “Se é para continuar com este Carnaval, não”. João Folque passou a acusação para o ex-ministro e Castanheira Neves saiu em defesa do seu cliente, numa sessão em Miguel Macedo voltou a falar. No final, a HeliPortugal deixou questões em aberto sobre a intervenção do ex-ministro na contratação da Everjets para fazer a manutenção dos Kamov.
A sessão não tinha sido digna de registo até aquele momento em que o juiz interrompeu um dos advogados. Miguel Macedo estava a renovar explicações sobre a atribuição de vistos a cidadãos líbios e estava a ser questionada pela HeliPortugal sobre a denúncia do contrato de manutenção dos helicópteros Kamov. “O país aplaudiu os Kamov, nunca houve noticias sobre os Kamov, só quando Miguel Macedo foi ministro é que houve notícias sobre os Kamov”, disse, com ironia, o antigo responsável político.


Um dos advogados da empresa quis colocar outra questão mas o juiz-presidente interrompeu. “Se é para continuar com este Carnaval, não”, disse Francisco Henriques. João Folque, outro advogado da HeliPortugal, protestou. “O carnaval foi do arguido”, atirou. Sucedeu-se uma troca de palavras acesa com o advogado de Miguel Macedo.
– Isso é um insulto, gritou Castanheiro Neves
– Um insultou? Processe-me!, desafiou João Folque
– Tenho muito respeito por si, mas é um insulto
– Olhe, insulto é dizer-me que isto num insulto
Nesse momento, já Rogério Alves (advogado de António Figueiredo, ex-diretor do Instituto de Registos e Notariado) pedia calma a Castanheira Neves e, de pé, agarra o braço de João Folque. Ao mesmo tempo, o coletivo levantava-se. Intervalo na sessão.
Fora da sala, Rogério Alves minimizava a questão. Tinha sido um incidente de” tensão” entre os dois advogados, que estava resolvido. Cinco miutos depois, os advogados voltavam à sala, já abraçados. “Manifesto a minha estima pelo doutor João Folque”, disse Castanheira Neves ao coletivo, para ouvir as mesmas palavras de João Folque. “Nada como uma pequena pausa” para “acalmar os ânimos”, disse Francisco Henriques.

MAI sabia que não devia denunciar o contrato, diz HeliPortugal

O advogado da HeliPortugal diz que o ministério da Administração Interna foi alertada para a importância de não denunciar o contrato de manutenção dos helicópteros Kamov. Nuno Faria garante que um estudo externo de 2010, pedido por Rui Pereira, antecessor de Miguel Macedo na pasta, deu indicação de que, face às necessidades de manutenção dos aparelhos, o Governo não devia por fim ao contrato em vigor.
“Posso garantir que os aparelhos não estavam parados” hoje se o contrato tivesse continuado, disse esta segunda-feira Nuno Faria, advogado da empresa, no final da sessão em que o ex-ministro Miguel Macedo voltou a ser ouvido no âmbito do chamado caso dos Vistos Gold.
Aos jornalistas, Nuno Faria diz que “o país ficou a perder” com a decisão de Macedo de renegociar as condições contratuais para a manutenção dos seis Kamov usados no combate aos incêndios. E garante que, se a manutenção tivesse ficado nas mãos da HeliPortugal, “os helicópteros não estavam parados”, como tem acontecido recentemente, numa situacao de que o jornal Público tem dado conta.
O advogado deixa, ainda, uma nota de incompreensão relativamente ao modo como Miguel Macedo conduziu o processo de denúncia do contrato e lançamento de novo concurso para o mesmo fim, a manutenção dos Kamov, em 2012 e 2014. Para o advogado da empresa que se constituiu assistente no processo em que o ex-ministro é acusado de prevaricação e tráfico de influência, “Miguel Macedo não conseguiu explicar” durante o seu depoimento por que razão “enviou o caderno de encargos para o seu amigo” Jaime Gomes antes de o concurso ter sido lançado.
Também não ficou claro, para Nuno Faria, como é possível que a empresa que vence o concurso  — a Everjets, que entretanto subcontratou a Faasa, a empresa que teve acesso antecipado aos pormenores do concurso — não levante nunca o caderno de encargos. “Não parece inusitado que uma empresa ganhe um concurso de 40 milhões de euros sem levantar esse documento?”, questiona-se o advogado da HeliPotugal.
Sobre as reuniões que Macedo admite ter mantido com a Faasa — e que o ministro explicou em tribunal como uma tentativa de suscitar o interesse no concurso —, Nuno Faria limita-se a comentar: “Se for normal ter reuniões com interessados [em negócios como este], não precisamos de ministros, precisamos de Relações Públicas e de angariadores de negócios.”
Esta segunda-feira, Miguel Macedo continuou a ser ouvido no Campus de Justiça, numa sessão em que respondeu a mais questões do Ministério Público e, também, de Rogério Alves (advogado do ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, também arguido no processo), dos advogados da HeliPortugal e de Castanheiro Neves, o seu advogado.
Além do momento de tensão entre a defesa de Macedo e os representantes da HeliPortugal, a sessão pouco serviu para acrescentar novos dados àquilo que o ex-ministro já tinha dito há poucas semanas, quando decidiu quebrar o silêncio ao fim de um ano de julgamento.
Portugal estava num “ponto crítico” e denunciou o contrato, diz Macedo
Esta segunda-feira, Macedo reiterou não ter dado quaisquer indicações para que fosse facilitada a atribuiao de vistos a cidadãos líbios (que vinham a Portugal receber tratamentos médicos num negócio em que Jaime Gomes, amigo do ex-ministro, participava). “Não só não falei com Jarmela Palos [ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] sobre nada que tivesse a ver com os vistos gold como não falei com nenhum chefe do SEF nem ninguém do SEF sobre os vistos gold”, garantiu o ex-ministro.
Também insistiu que não houve qualquer favorecimento da Everjets no concurso para a manutenção dos Kamov. Portugal estava num “ponto crítico”, forçado a denunciar o contrato de manutenção antes de o mesmo completar cinco anos de vigência. E “nada garantia ao Estado que a HeliPortugal quisesse prolongar o contrato de manutenção” depois desse período alegou Macedo para justificar a sua decisão. “O Estado tinha de ter um plano B”, diz o ministro.
Perante uma “situação excepcional extraordinária”, Macedo avançou para a denúncia. E, agora, sentado no banco dos réus para, entre outras questões, responder pela forma como conduziu esse processo, diz directamente ao procurador do Ministério Público: “Pode fazer a interpretação que quiser, mas o senhor não tem a responsabilidade de, num momento que há uma emergência não ter resposta.”

observador.pt
27
Fev18

VEJA AQUI E COMPARE ALGUMAS DAS ONZE MÚSICAS QUE O TONI CARREIRA FOI ACUSADO DE PLAGIAR, ALGUMAS SÃO CÓPIAS FIÉIS.

António Garrochinho


Tony Carreira vs. 11 autores estrangeiros


É o caso recente mais mediático em Portugal: em setembro do ano passado, Tony Carreira foi formalmente acusado pelo Ministério Público de ter plagiado onze canções, todas elas de autores estrangeiros.


Entre as músicas plagiadas encontram-se grandes êxitos do cantor como “Sonhos de menino”, “Depois de ti mais nada”, “Esta falta de ti”, “Leva-me ao céu” ou “Se acordo e tu não está”.


[Compare aqui as músicas que Tony Carreira é acusado de plagiar]


VÍDEO



03:08
03:08
A queixa foi apresentada pela Companhia Nacional de Música, com quem, a 27 de novembro, o cantor chegou a um acordo em tribunal: Tony Carreira iria entregar 10 mil euros à Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, para apoio aos danos causados pelos incêndios, e mais 10 mil euros à Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande; em troca, o processo seria suspenso durante quatro meses.
O acordo, contudo, ficou sem efeito este mês, depois de problemas em tribunal com a representação legal da Companhia Nacional de Música — o advogado que representava a CNM renunciou à procuração antes de o acordo estar assinado.
Tony Carreira mantém-se disponível para chegar a acordo, recusando porém pagar qualquer valor à CNM, que no seu entender não tem direito a ser ressarcida “de nada, por esta não ser parte interessada, nem representar qualquer parte interessada”.


observador.pt

27
Fev18

FESTIVAL DA CANÇÃO - Diogo Piçarra plagiou a IURD? Compare os dois temas e leia entrevista completa

António Garrochinho



Começou a tocar covers em Faro, esgotou os Coliseus e 16 horas depois do sucesso no festival, é acusado de plagiar um tema da IURD. Quem é Diogo Piçarra, o rapaz a quem a música "salvou a vida"?

NO FIM DO TEXTO VEJA O VÍDEO DA COMPARAÇÃO ENTRE A MÚSICA DE DIOGOI PIÇARRA E DA IURD
O momento em que descobriu o cântico da IURD e da Igreja Cristã Nova Vida foi uma surpresa, garantiu Diogo Piçarra ao Observador, duas horas depois de ter rebentado na internet a acusação de plágio: “Lembro-me de ter visto o link e eu próprio fiquei surpreendido, a pensar: ‘Ih, a sério? Eu nunca ouvi isto na vida, nunca vi este senhor [cantor do tema brasileiro], nunca vi este título, este álbum… Nem sequer sabia que havia um álbum de música da Igreja [em questão], mais precisamente de cânticos do reino.”
Mas as parecenças são tantas que o cantor acaba por as reconhecer: “Tenho de admitir as parecenças, claro. É óbvio”. Na hora de encontrar algo que as possa ligar, Diogo Piçarra aponta as agulhas para “a melodia tão simples e tão elementar” dos dois temas, que torna “quase inevitável”, diz, que a sua canção (e também o cântico religioso) seja “parecida com muita coisa”. O cantor considera a música “lindíssima” e não recua: “Continuo a defendê-la”. Mas admite que a surpresa foi enorme: “Achava que tinha tido uma ideia brilhante”. Resume o que aconteceu assim: “É a sina do compositor. Desta vez calhou-me a mim. Acontece a todos, toca a todos e só quem não cria arte é que não sofre com isto”.
Este domingo Diogo Piçarra venceu a segunda semi-final do Festival da Canção e cerca de 16 horas depois foi acusado na internet de plágio pelas semelhanças entre o tema que levou a concurso, “Canção do Fim”, e o cântico evangélico “Abre os Meus Olhos”.
A música “Abre os Meus Olhos”, uma versão do tema “Open Your Eyes” do norte-americano Bob Cull, é cantada por inúmeros grupos religiosos. No Brasil ganhou popularidade através da Igreja Cristã Nova Vida e da Igreja Universal do Reino de Deus (habitualmente conhecida pelas siglas IURD).

“Quem é que foi encontrar aquela música de 1979?”

Sentado nos escritórios da Universal Music Portugal (chancela portuguesa da maior editora discográfica do mundo), o cantor, que tem assinado alguns dos grandes êxitos recentes da música pop portuguesa (de “Tu e Eu” a “Dialeto”, de “História” a “Só Existo Contigo”), diz ao Observador que só ficou surpreendido com uma coisa: “Quem é que foi encontrar aquela música de 1979, que é tão antiga, que nem sequer passa na rádio, que só deve ser cantada nas igrejas. Eu, como ateu, não vou à igreja. Já fui à catequese em muito pequeno mas nunca me associei à IURD nem conheço as suas práticas e as suas crenças”.
Diogo Piçarra fala das semelhanças polémicas entre a canção que levou ao Festival da Canção e a versão brasileira da música de Bob Cull: “Qualquer compositor que me estiver a ouvir vai identificar-se porque é normal que, em 20 músicas, três ou quatro sejam iguais às que costumamos ouvir”. O seu caso, contudo, é diferente: Piçarra diz que não houve sequer inspiração acidental, já que “nunca tinha ouvido” o cântico a que a sua composição se assemelha: “Tudo o que tem surgido é um pouco cómico e irónico porque eu acho que nunca ouvi aquela música na minha vida, nem sequer sabia da existência daquela canção e nem sequer me associo à Igreja ou à IURD [em específico].”

VÍDEO


Entre os seus pares, diz Piçarra, “ninguém pensou” que o tema “fosse parecido” com o cântico brasileiro. “Se não, acho que me tinham avisado e eu tinha voltado atrás. Mas sinto-me de consciência limpa porque a música que eu tinha pensado não a associava a qualquer outra música, muito menos a um tema da IURD. É uma música que fiz sem segundas intenções, que pretendo levar à final e quem sabe representar Portugal na Eurovisão”, remata.

“Já está quase tudo inventado. Só nos resta variar”

Na música, diz Diogo Piçarra, “já está quase tudo inventado, todas as progressões, todas as melodias. Agora só nos resta neste século variar o que já foi inventado — mas se eu conhecesse a música de antemão teria variado um pouco na minha para tentar fugir [à da IURD], claro”. Ele não conhecia o cântico mas acha graça, diz, a que “agora toda a gente conheça a IURD, toda a gente conheça aquele disco, o volume dois, quando ontem ninguém sequer conhecia e toda a gente tinha adorado a [sua] música, que foi consensual entre jurados e público”.
“Nunca iria participar [conscientemente] num concurso nacional com a visibilidade que tem internacionalmente o Festival da Canção com uma música parecida com a da IURD. Acho que é ridículo [assumir que sim]. Nunca iria fazer isso e quem me conhece sabe que eu sou honesto, sou sincero e admitiria qualquer coisa que fizesse de errado. Mas neste caso não conhecia a música e é impossível associar-me à IURD.”
“Acho que a música salvou a minha vida. Eu era um rapaz muito envergonhado, muito tímido, que às vezes merecia levar uma chapada para acordar para a vida, que gostava muito de não chamar a atenção."
Tem o cantor receio de que a opinião do público relativamente à canção mude de forma drástica com este caso? “Pode ter influência mas não me preocupa. Quero que as pessoas escolham o vencedor com cabeça e responsabilidade. Se isso implicar não me escolherem eu não me preocupo. Isto não é o Festival da Carreira, é o Festival da Canção. Sinto que isto não vai afetar a minha carreira, as pessoas que me seguem ou o trabalho que está feito para trás. No festival já sabia que iria haver um vencedor e que poderia ser eu ou outra pessoa, por isso, estava sempre à espera da derrota. Isto pode influenciar um pouco a decisão de muitas pessoas mas acho que nunca vai mudar a opinião de quem gostou realmente da canção”.

“Às vezes merecia levar uma chapada para acordar para a vida”

Quem se lembra de Diogo Piçarra em Faro, dos seus tempos de estudante, recorda um rapaz “pacato, simpático e reservado”, que estava longe de ser “um dos mais populares da escola” e que era um pouco “virado para si mesmo”. O cantor concorda com o diagnóstico sobre os seus anos de adolescência: “Acho que a música salvou a minha vida. Eu era um rapaz muito envergonhado, muito tímido, que às vezes merecia levar uma chapada para acordar para a vida, que gostava muito de não chamar a atenção. Estava sempre no cantinho — da sala, de um bar, de onde quer que fosse. Era, se calhar, um rapaz com muito pouca auto-estima e a música mudou-me completamente, deu-me muito mais confiança.”
“Ter começado a tocar guitarra, dar os primeiros acordes” foi, segundo o próprio, o que transformou um miúdo acabrunhado numa futura estrela pop nacional, vencedor do programa Ídolos (em 2012), autor de dois álbuns que chegaram ao top de vendas (Espelho, de 2015 e do=s, lançado em 2017) e favorito à vitória no Festival da Canção 2018: foi o mais votado das semi-finais, com 24 pontos, atribuídos por júri e público. Isso e “uma boa educação”, lembra ele, dada pelos pais: “Sempre me ensinaram o valor do dinheiro e do trabalho”.
"Nunca tinha tido uma namorada. Andava meio perdido e depois as pessoas mudaram completamente ao ver-me tocar, as raparigas olhavam-me com outros olhos e acho que isso mudou imenso a minha maneira de estar e ser."
O sucesso no Ídolos em 2012 (depois de uma participação mal sucedida em 2009 nesse programa e outra em 2010 na Operação Triunfo) e a carreira que tem vindo a construir deram-lhe confiança: “Fizeram-me ser um bocadinho mais pró-ativo e confiante na vida. Acho que há uns anos nunca imaginaria subir a um palco e tocar para milhares de pessoas”.
A música “apareceu-lhe” na “altura certa”, assume. “Foi nos meus 16, 17 anos, em que acho que passamos todos por aquela fase de adolescência em que somos rebeldes, não sabemos o que estamos cá a fazer, quando achamos que os pais não nos compreendem, que os nossos amigos nos falham. Na altura nunca tinha tido uma namorada, também. Andava meio perdido e depois as pessoas mudaram completamente ao ver-me tocar, as raparigas olhavam-me com outros olhos e acho que isso mudou imenso a minha maneira de estar e ser. Agradeço à música e aos meus professores de música porque acho que se não fossem eles eu não estava aqui hoje e seria uma pessoa completamente diferente.”

Do Ídolos a uma canção para “mudar mentalidades”

Algarvio, Diogo Piçarra começou a cantar ainda adolescente. Os covers foram o primeiro repertório, os Green Day eram a paixão assolapada que o inspirava e o Bar Académico (também conhecido simplesmente como “BA”) de Faro um poiso habitual. O primeiro projeto mais a sério de Diogo chamava-se Fora da Bóia. A banda, em que Piçarra não era sequer vocalista principal (era guitarrista e compunha alguns temas originais) atingiu algum reconhecimento na região, tendo terminado em 2011, altura em que Diogo Piçarra, já licenciado em Línguas e Comunicação, decidiu fazer o primeiro ano de mestrado em Ciências da Linguagem na República Checa, através do programa Erasmus.
[Os Fora da Bóia foram cabeças de cartaz da Semana Académica de Faro, em 2010. Foi um dos maiores concertos da banda, que então tinha Diogo Piçarra como guitarrista]

VÍDEO

Regressado a Portugal, o cantor decidiu começar a investir na sua carreira a solo e em 2012, depois de participações infrutíferas na Operação Triunfo e Ídolos (a última terminaria com palavras duras do jurado Manuel Moura dos Santos, que Piçarra admitiria mais tarde terem-lhe “dado calo” para enfrentar as dificuldades de uma carreira musical), venceria mesmo o segundo programa. A vitória deu-lhe um carro, a possibilidade de estudar produção na London Music School e a gravação de um álbum.
“Sem dúvida que a experiência no Ídolos me ajudou imenso”, diz Piçarra ao Observador. “Não só agora para o Festival da Canção mas em toda a minha vida. Deu-me imensas aprendizagens sobre como estar em palco, como estar na televisão, em frente a uma câmara. Toda aquela pressão e nervosismo durante dois meses foram uma aprendizagem para mim e é um percurso de que eu me orgulho imenso porque de facto tornei-me uma pessoa diferente desde que participei no Ídolos”.
Os álbuns que gravaria depois a solo seriam um sucesso, mas o cantor português regressou agora à televisão para participar em mais um concurso musical: o Festival da Canção. Quando foi convidado, viu no desafio uma oportunidade: “Havia uma certa pressão em cima dos ombros por ser um artista com bastantes seguidores, com uma base de fãs que tenho vindo a construir e que já chamo de família”. E acresenta: “Realmente esta experiência de ser um pouco mais conhecido pelo público fez essa pressão crescer. Senti também isso na fase em que tive de decidir se canto ou não canto, se participo ou não participo”. Acabou por decidir compor e interpretar “Canção do Fim” ele mesmo, em vez de escolher outro intérprete.
A afeição à canção foi uma das coisas que o fez cantá-la: “Acontece com qualquer compositor, vamo-nos apaixonando pela música, afeiçoando-nos e apegando-nos a ela. Quis também ser eu o responsável pela partilha da mensagem que eu queria partilhar com a música, uma mensagem forte e actual. A projeção internacional da Eurovisão foi outro aliciante: “Quero ser um pouco mais reconhecido internacionalmente e  levar a minha música mais além. Já tenho tocado fora de Portugal mas só para comunidades portuguesas. Sinto que me falta alcançar esse objetivo de ir lá fora. Acho que é o desejo de qualquer artista. Sinto e sei que aqui já é muito difícil e lá fora então parece-me quase impossível — mas não custa tentar
O tema tem uma forte mensagem interventiva e social. Diogo Piçarra canta sobre armas e muros e explica o que quis dizer: “Sempre tentei ser uma boa pessoa, ser um bom vizinho, um bom colega e um bom amigo. Acho que sempre tratei bem toda a gente. Sinto que o respeito desaparece a cada dia. Acho que as gerações mais jovens estão a perder isso, de certa maneira vivem agarradas a um telemóvel e não há ninguém que as faça ouvir [conselhos]. Vivem a olhar para um telefone e não têm ídolos, não têm os pais como ídolos, os professores muito menos”.
A música “não tem nada a ver com amor”, garante. Talvez as pessoas estivessem à espera de uma música mais romântica, também graças ao trabalho que eu tenho vindo a fazer, uma música à Piçarra, de amor. Eu quis fugir um pouco disso e falar sobre o mundo de hoje e sobre a nossa atitude perante os outros, perante o planeta e perante nós próprios, também”. Um dos objetivos que diz ter com “Canção do Fim” é “mudar mentalidades, nem que seja de uma pessoa só. Não haver valores para com o próximo tem tomado proporções gigantescas — e aqui já falo das guerras, do terrorismo, de tudo o que tem acontecido na Síria. Vejo imagens de bebés por baixo dos escombros na Síria, é surreal, já nem se sabe qual é a razão da guerra. E esta canção é um bocadinho a crítica a tudo isso, ao terrorismo e a tudo o que tem acontecido ultimamente.”
Agora, as reações ao alegado plágio, na Internet, têm variado muito, entre o apoio demonstrado ao cantor pelos seus fãs e as críticas mais violentas. Diogo Piçarra diz que ainda não foi contactado por ninguém da RTP ou do Festival da Canção para esclarecer a situação, mas compreende as reações das pessoas: “Eu percebo, claro, eu percebo. Só que como músico nunca comentei este tipo de coisas porque quem tem telhados de vidro não atira pedras. Percebo os comentários, mas isto é tudo muito curto, as pessoas depois esquecem-se, amanhã há outro escândalo, há outro tema, há outra coisa”.

A melodia mais votada no Festival da Canção é tão parecida com esta música da IURD, que Diogo Piçarra admite uma "coincidência divina", mas diz-se tranquilo. Veja o vídeo que compara os dois temas.


VÍDEOS









observador.pt

27
Fev18

FALECEU JOÃO VARELA GOMES

António Garrochinho









JOÃO VARELA GOMES (1924 - 2018)

.
João Varela Gomes teve uma vida de luta sem tréguas. 
Na ditadura fascista, o seu nome de revolucionário ficou associado ao Golpe de Beja (1961), mas o seu percurso político de resistente, empenhado nos combates contra a Ditadura e o Capitalismo, vai muito para lá do que é do conhecimento público ou do que foi noticiado na Comunicação Social. 

Quando fez 90 anos, foi homenageado num almoço por mais de uma centena de amigos, camaradas de armas, familiares e companheiros da Resistência antifascista, que o admiram pela sua coragem, integridade, carácter, e pela sua fidelidade aos ideais que sempre o acompanharam. 

Nunca desistiu de ver a Pátria liberta de fascistas, exploradores, oportunistas e corruptos e levou a peito a sua quota parte de responsabilidade cívica numa batalha em que se envolveu, continuamente. 

Essa foi uma luta que prosseguiu com os meios ao seu alcance, disponível para todos os debates ou, de caneta na mão, escrevendo artigos que enviava para jornais ou livros de edição de autor. A frase cáustica e a crítica audaz seduziam tão facilmente como o gesto afectuoso ou a ironia certeira e bem humorada. A lealdade adquiria um conteúdo inequívoco quando se partilhava com ele o que quer que fosse. 
Era um cidadão bem formado, um homem sem esmorecimentos. 
As conversas com JVG eram inestimáveis fontes de conhecimento para quem busca dados históricos ou a explicação de factos da memória da Resistência, nos 48 anos de fascismo. Se nos dispúnhamos a contestar ou a opôr opiniões, João Varela Gomes ouvia-nos atentamente, mas éramos nós quem perdia o fio à meada, tal era, até ao fim, a sua lucidez, o seu inesgotável saber e a sua inquebrantável capacidade de argumentação. 

O temperamento de «guerrilheiro», com que levava a cabo um combate sem tréguas por uma sociedade igualitária e justa, manteve-lhe um invejável vigor. 

A assertividade e a veemência que punha no discurso não lhe inibiram nunca os valores democráticos que defendeu, nem os princípios de homem de bem, que sobressaíam aos olhos daqueles que o conheceram de perto.

Varela Gomes, nascido em Lisboa a 25 de Maio de 1924, foi um figura destacada da resistência antifascista. Militante sem partido político, na Oposição, nunca perdeu de vista os valores da Liberdade e da Justiça, que projecta para uma sociedade igualitária sem explorados. 
Durante décadas, onde havia luta política contra a ditadura, ou JVG via hipótese de derrubar o fascismo, estava presente.
Julgado e condenado em Tribunal Plenário, esteve preso durante seis anos e foi expulso do Exército, acusado pelo seu papel decisivo na Revolta de Beja. 

Gravemente ferido na madrugada de 1 de Janeiro de 1962, foi-lhe extraído um rim e o baço e, quando saiu da prisão, a sua fragilidade física ainda exigia cuidados médicos especiais, mas não perdera a tenacidade.
Após o 25 de Abril foi reintegrado com o posto de coronel. Com o andamento da Revolução, transformou-se numa das figuras cimeiras da "esquerda do MFA.”. 

Em 1975 viu-se obrigado ao exílio, ao ter recebido um pré-aviso de captura, na sequência do 25 de Novembro. 
Anos mais tarde pôde regressar a Portugal, viu anulado o mandato de captura que o atirara para Angola e Moçambique, mas teve de aguardar muito tempo até poder reingressar nas Forças Armadas.

I - Depois de se ter envolvido activamente na candidatura de Humberto Delgado (1958), João Varela Gomes esteve ligado à conspiração da Sé (1959). 

Em 1961, juntou-se a outros prestigiados democratas na apresentação de uma candidatura à Assembleia Nacional. Pela forma hábil como fez o pedido aos seus superiores da hierarquia militar, Varela Gomes foi autorizado a integrar as listas. Nos comícios da campanha eleitoral realizados no distrito de Lisboa, ficou célebre o empolgante discurso de JVG no Teatro da Trindade: com a coragem e a frontalidade que sempre o caracterizaram, JVG incentivou os presentes à revolta contra o regime, criando um clima de grande emoção na sala.

II – Na noite de passagem de ano de 1961 para 1962, João Varela Gomes avança para Beja para, juntamente com outros companheiros, tomar de assalto o quartel.
O ano de 1961 tinha sido o de todas as calamidades para a ditadura e de muita esperança para a democracia. 

Em janeiro o capitão Henrique Galvão sequestrara o navio Santa Maria. O Governo estava isolado; caíram Goa, Damão e Diu; foram lançados panfletos sobre Lisboa, de um avião desviado por Palma Inácio; Daomé ocupou o Forte de S. João Baptista de Ajudá, fortaleza que representava uma nossa presença histórica. Havia, pois, razões para crer no fim da ditadura e do ditador. Por razões conjunturais, o Quartel de Beja estava na rota da conquista da Liberdade, do fim do regime fascista. 

Foram muitos os que acreditaram que a Revolução podia começar aí. A acção revolucionária não teve êxito, JVG ficou entre a vida e a morte. 
O assalto que Varela Gomes e Manuel Serra dirigiram tivera na preparação Humberto Delgado, que entrou em Portugal, clandestinamente, para o comandar. Em risco de vida ficou o destemido capitão Varela Gomes que, ao dar ordem de prisão ao major Calapez Martins, já prevenido do golpe, foi metralhado. Varela Gomes resistiu a várias cirurgias, sob prisão. A PIDE prendeu o capitão Eugénio de Oliveira e os outros implicados, civis e militares, enquanto era vexada pela fuga bem sucedida do general Humberto Delgado.

O julgamento só ocorreu dois anos depois, não em Tribunal Militar, mas no tristemente célebre Tribunal Plenário da Boa Hora. João Varela Gomes já tinha então passado dois anos na prisão do Aljube e na Penitenciária. Sem jamais denotar desfalecimento, ainda que Maria Eugénia, sua mulher, já tivesse permanecido 18 meses em Caxias e, entretanto, os quatro filhos (crianças), estivessem entregues aos cuidados de familiares.

Num jornal da época, visado pela Comissão de Censura fascista, explicava-se que no Plenário Criminal da Boa Hora, em Lisboa, se iniciara o julgamento do processo relacionado com a tentativa revolucionária ocorrida no quartel do Regimento de Infantaria n.º 3, em Beja, na madrugada de 1 de Janeiro de 1962. 

A notícia informava a constituição do tribunal fascista, presidido pelo desembargador António de Almeida Moura, e referia o despacho « todos os arguidos, com ‘animus conspirandi’, se propuseram conseguir, através de um movimento revolucionário, a alteração da Constituição do Estado e da sua forma de Governo, por meios violentos, não consentidos. Resolveram, então, tomar de assalto o quartel do Regimento de Infantaria 3, em Beja, e, para a consecução deste resultado imediato por eles desejado no propósito de virem a conseguir, de seguida, a alteração, por meios violentos, da Constituição Política da República Portuguesa e da sua forma de Governo, cada um deles se desempenhou das tarefas de que haviam sido incumbidos, todas coordenadas e destinadas áquele objectivo». 
O mesmo artigo enumera a lista completa dos implicados ( 86 ao todo), começando pelos alegados chefes da acção: «os srs. ex-general Humberto da Silva Delgado; Manuel Serra, de 31 anos, solteiro, antigo oficial da Marinha Mercante; João Maria Paulo Varela Gomes, de 33, casado, ex-capitão do Exército, de Lisboa, e continuando por outros “ex-oficiais do Exército”, entre os quais Francisco Ramos Brissos de Carvalho, de 29 anos, de Beja. 

O mesmo jornal acrescentava que o general Delgado não participara no assalto ao quartel e que estivera escondido na zona da Vidigueira, aguardando o desfecho da acção. Dos réus compareceram no tribunal 78. 

Por se encontrarem ausentes e nunca terem sido encontrados, não responderam oito dos incriminados, entre os quais Humberto Delgado e Fernando Piteira dos Santos.
O mesmo jornal revelava ainda que tinham sido citadas duas testemunhas de acusação e cerca de 500 de defesa. Entre estas havia “altas figuras não só eclesiásticas como políticas e intelectuais”. 

O subsecretário de Estado do Exército, tenente-coronel Jaime da Fonseca, morto a tiro, por fogo acidental – presumivelmente da GNR - «no desempenho das suas funções», segundo a explicação oficial, teve as mais altas honras de Estado e o funeral foi usado pelos próceres do regime, como a homenagem ao mártir, cuja devoção foi duvidosa. 


No seu julgamento, João Varela Gomes faz um depoimento que o define como um homem de invulgar desassombro e de determinação na causa antifascista. 

Contra a vontade do seu advogado, como disse Maria Eugénia Varela Gomes, que referiu em entrevista: «ele foi para tribunal instigar que outros fizessem o que eles tinham feito. Instigar à revolta. E falou de Salazar de uma maneira que nem queiram saber…foi uma coisa de arromba!» 

Foi condenado a seis anos de prisão maior e a sentença foi cumprida: três anos, entre a Penitenciária e o Aljube (em Lisboa) - sempre isolado, sempre vigiado - e os restantes três no Forte de Peniche. 

Nesse julgamento, a seu lado, como ré, estava ela também, Maria Eugénia, e foi condenada a 18 meses, que já cumprira, na prisão de Caxias. (Instigada a denunciar, resistira estoicamente à tortura de sono, na sede da PIDE).


No Forte de Peniche, onde esteve três anos, JVG teve o melhor acolhimento dos seus companheiros (na maior parte do PCP), aos quais está ligado, até aos dias de hoje, por uma profunda admiração e enorme respeito. 

Saiu de Peniche, em 1968. Diz Maria Eugénia: «vi-lhe verter algumas lágrimas de comoção e referir que não era possível sair dali, dignamente, deixando atrás de nós tanta gente a penar em condições duríssimas.»

III - João Varela Gomes e Maria Eugénia Varela Gomes iniciam nova fase de luta sem descanso. Com quatro filhos menores e sem disporem de condições económicas, continuou a valer-lhes a solidariedade de amigos e familiares. JVG está afastado do Exército e proibido de se envolver em qualquer actividade política. Maria Eugénia, activista na Frente Patriótica de Libertação Nacional e na Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, desenvolve uma acção com enorme empenhamento e elevado dinamismo. 

Participa na campanha eleitoral da CDE, em 1969, e é presa pela PIDE durante uma semana, apenas por estar à procura dos filhos numa manifestação.

Durante o ano de 1973, três dos seus filhos são presos pela PIDE e, na campanha eleitoral, Maria Eugénia e a filha mais nova são brutalmente espancadas pela polícia de choque, à porta de uma sessão da Oposição na Sociedade Nacional de Belas Artes.

IV – Após o 25 de Abril, João Varela Gomes foi reintegrado no Exército com o posto de coronel e chamado para a Comissão de Extinção da PIDE. No curto lapso de um mês, JVG tomara diversas iniciativas que incomodaram a Junta de Salvação Nacional (JSN): na Comissão de Extinção da PIDE-DGS, JVG era o eco fiel do amplíssimo sentimento contra os torcionários da antiga polícia política, o que não agradava nas instâncias provisórias do novo poder. 

O empenhamento que pôs no completo desmantelamento da PIDE rapidamente o tornou indesejável para a JSN, que começara por tentar manter em funções a polícia política. No final de Maio foi chamado à Cova da Moura pelo general Jaime Silvério Marques. Nos primeiros dias de liberdade recebera ordens por escrito, de Rosa Coutinho, para coordenar o desmantelamento da Legião Portuguesa. 
Nem começou a missão. Jaime Silvério Marques (General da Junta de Salvação Nacional) manda-o prender. Começavam as contradições no seio do MFA. 
Ainda foi conduzido até à Trafaria, mas não se consumou a prisão: os capitães de Abril actuaram e trouxeram-no de regresso.

Mais tarde, em Outubro, Varela Gomes viria ainda a mudar o nome da "Ponte Salazar" para "Ponte 25 de Abril" _ Perante as hesitações de quem detinha o poder, o militar antifascista organizou, com outros camaradas, e com um piquete de operários da Sorefame devidamente equipados, a substituição das letras de ferro do antigo nome pelas do novo. 

Em Junho, foi criada, na Chefia do Estado Maio General das FFAA, a 5ª Divisão, com diversos objectivos, entre os quais a Dinamização Cultural e as campanhas de Alfabetização. Do EMGFA o Coronel Varela Gomes transitara para esta nova Divisão. Como oficial de maior patente, assume, entre Julho e Outubro “oficiosamente” o lugar de chefe da Divisão. Nos 14 meses de permanência nesta estrutura, a acção de Varela Gomes tem particular relevância na organização e coordenação dos seus diversos sectores e, mais tarde, como segunda figura hierárquica, deixa com o seu dinamismo a marca do militar “intransigente na defesa dos ideais de Abril e na defesa da Revolução” - peculiar em defesa de Abril e contra os inimigos deste. João Varela Gomes escreveu no preâmbulo do Livro Branco da 5ª Divisão, editado em 1984:
«(…) a 5ª Divisão foi um autêntico órgão revolucionário. (…) O mérito que porventura houve foi o de, observando o fluir do movimento popular, tentar assegurá-lo, defendê-lo, integrá-lo ao nível do poder militar. (...) Militares de carreira ou em serviço temporário; sargentos, soldados e marinheiros; funcionários civis; trabalhadores voluntários; intelectuais e artistas; dedicações sem número; foram centenas, mais de mil, quantos fizeram a 5ª Divisão e contribuíram para lhe moldar a sua singular feição revolucionária”.

Varela Gomes deixou escritas estas palavras: “a gloriosa Revolução dos Cravos é nossa, é de esquerda, é do povo trabalhador, das pessoas decentes, honestas, cultas. Luta por um melhor futuro para os desfavorecidos, por nascimento ou condição social. Não tem quaisquer afinidades com as minorias exploradoras, nem com os desfrutadores de privilégios abusivos, nem com fascistas ou filofascistas.” 

Nos anos que se sucederam ao 25 de Abril, as forças da direita mais reaccionária puseram a correr notícias detalhes, calúnias, sobre intervenções suas no processo revolucionário _ muitas das quais vêm sendo desmentidas por alguns dos seus opositores no MFA.

Na sequência do 25 de Novembro, foi sujeito a um mandato de captura, divulgado com o apelo à população para o denunciar, bem como a outros militares. Muitos destes tornam-se, então, exilados políticos da democracia de Abril.

V - Começava uma nova etapa na vida deste lutador (novamente acompanhado de Maria Eugénia), que decorreu durante quatro anos, primeiro em Angola, depois em Moçambique, onde, para maior desgosto, viveu a trágica morte (por acidente) do seu camarada e companheiro, Ramiro Correia.

VI - Regressou a Portugal em 1979. Nunca foi julgado, não obstante ter-lhe sido aplicada (a si e outros militares) a pena administrativa (e ilegal), de passagem ao quadro de complemento (milicianos). O Tribunal Superior Administrativo demorou cinco anos para anular esta deliberação e, em 1982, foi integrado como Coronel, mas Reformado.

VII - Publicou vários livros e artigos na imprensa.
Foi homenageado em 2012, por iniciativa da “Voz do Operário” e, em 2014, num almoço promovido por um grupo de amigos e familiares.
Em 2012, o Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM)promoveu uma sessão de debate e homenagem a JVG e aos outros revoltosos do Assalto ao Quartel de Beja.

Esta é a biografia de um antifascista que, como escreveu Manuela Cruzeiro, «escolheu o caminho da coragem e da dignidade, ontem contra o fascismo, hoje contra a quietude endémica, a indiferença e o cepticismo político e ideológico de uma democracia que não hesita em chamar filofascista. 

Com uma independência e uma frontalidade a toda a prova, continua o seu combate solitário, quase quixotesco, através de textos livres, indignados, provocatórios, que teimam em furar o cordão sanitário do politicamente correcto, da aceitação passiva de que não há alternativa.» 

Faleceu em Lisboa, em 26 de Fevereiro de 2018.

.
Biografia da autoria de Helena Pato

Fontes:

Os dados biográficos foram recolhidos nos sites abaixo citados e, nomeadamente, no discurso de Manuel Duran Clemente, na homenagem a JVG, por ocasião do seu 90º aniversário. São de Carlos Esperança algumas frases retiradas de um texto sobre JVG, publicado no grupo Fascismo Nunca Mais. Agradecemos a ambos, e deixamos aqui todas as referências:

http://da.ambaal.pt/noticias/?id=4744
http://www.rtp.pt/noticias/index.php
http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2013/02/varela-gomes.html
https://www.facebook.com/carlos.esperanca.1?fref=nf
http://aofaportugal.blogspot.pt/…/joao-varela-gomes-90-anos
https://caminhosdamemoria.wordpress.com/…/coronel-varela-g…/

HP

Antifascistas da Resistência - Publicações

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •