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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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13
Mar18

AGORA VAMOS VER AQUI ALGUNS INTERIORES DE CASA COM DESIGN REVOLUCIONARIOS

António Garrochinho

Conceitos de design de interiores

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Estes são conceitos de design de interiores que podem surpreender e fazer você ter boas ideias para mudar a sua casa no futuro.
Levando em conta que passamos muito tempo em casa, não é legal morar em lugares que não são agradáveis ou que simplesmente são chatos. Portanto, seguem algumas dicas de decoração e modificações que podem dar um tempero a mais para o ambiente.
Algumas são instalações grandes e caras, mas para quem não tem dinheiro sobrando, há ideias menores, que ainda são viáveis e servem para dar a sua casa um toque único e pessoal.
E para aqueles que vivem em apartamentos, existem também muitas ideias para ajudá-lo a economizar espaço.

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13
Mar18

ANDA TUDO LOUCO ! - Esta é a canção favorita à vitória na Eurovisão e quer suceder à “balada deprimente” de Salvador Sobral

António Garrochinho


Canção favorita à vitória no Festival da Eurovisão é inspirada pelo movimento #MeToo

Netta Barzilai: é este o nome daquela que é, agora, a favorita à vitória no festival da Eurovisão. A representante israelita passou para o primeiro lugar da tabela do website Eurovision World, que congrega os vaticínios das principais casas de apostas online.
O tema com o qual Barzilai irá concorrer tem como título "Toy" e foi estreado no passado domingo. É inspirado pelo movimento #MeToo, de luta contra o assédio e abuso sexual, e possui uma letra com uma forte conotação feminista.

VÍDEO
Doron Medalie, o autor de "Toy", disse ao jornal Haaretz que não tem qualquer dúvida de que o tema irá mesmo vencer a Eurovisão - e que, caso isso não aconteça, a culpa será dos próprios israelitas. "Se cada um em Israel acreditar que é possível e que vai acontecer, então vai acontecer", afirmou.
Já um blogue dedicado ao festival da Eurovisão destacou o favoritismo de Narzilai comparando-a a Salvador Sobral. A israelita, pode ler-se, nasce "da necessidade desesperada de algo 'orelhudo' e nitidamente pop" para agir como reverso do último tema vencedor, "a balada deprimente de Salvador Sobral".


blitz.sapo.pt
13
Mar18

É SÓ O QUE FALTA

António Garrochinho


SÓ O QUE FALTA É VIREM OS POLÍTICOS DIZER AOS MILITANTES, AOS VOTANTES, EM QUEM DEVEM "CASCAR"

POUPAVA-SE ASSIM MUITO DEBATE SALIVAR E QUE POR VEZES CHEGA A VIAS DE FACTO FICANDO O PESSOAL SEM SABER NADA, OU SEJA MATUTANDO SE FEZ BEM OU MAL.

PODIAM MONTAR UMA BASE DE CONSULTA E INFORMAÇÃO ONDE OS MAILS ERAM MANTIDOS EM SEGREDO E ASSIM POUPAVAM O ZÉ POVINHO A MUITA IRRITAÇÃO, NÃO CHEGUEM JÁ AS DE LEVAR A VIDA POR DIANTE.

OLHA ! NÃO CASQUES NESTE OU NAQUELE QUE O GAJO ATÉ É PORREIRO,AQUELAS QUERELAS É NO DEBATE ´´E SÓ AREIA PRÓS OLHOS, É SÓ FITA ! OLHA ! NAQUELA NÃO CASQUES QUE ELA É HUMILDE É UM BOCADINHO LOUCA MAS É BOA RAPARIGA....

SIM ! PORQUE ELES DEPOIS ALMOÇAM JUNTOS E ATÉ GOZAM COM AS DISPUTAS QUE A BASE FAZ, E NAS COSTAS DO POVO CONTINUAM COM AS SUAS ETERNAS ALIANÇAS, GOLPADAS, ASNEIRAS E TERTULIAS BEM REGADAS.

NADA COMO A TOLERÂNCIA, O POLÍTICAMENTE CORRECTO, ENQUANTO A PLEBE LEVA NO RECTO.

CLARO QUE COMO EM TUDO NÃO SE PODE GENERALIZAR, CADA UM QUE TIRE AS SUAS ILAÇÕES.


António Garrochinho

13
Mar18

VÍDEOS - USA - Encomenda armadilhada mata adolescente no Texas

António Garrochinho


Os engenhos explosivos foram deixados à porta de casas em bairros distintos da cidade. Este é o segundo ataque do género, este mês.


Um adolescente morreu e duas mulheres ficaram feridas após a explosão de dois pacotes armadilhados, em Austin, no estado norte-americano do Texas.

Os engenhos explosivos foram deixados à porta de casas em bairros distintos da cidade.


VÍDEO





Este é o segundo ataque do género, este mês.

A dois de março, um homem morreu na mesma cidade vítima de um ataque semelhante.

Os investigadores acreditam que os incidentes estejam ligados e não afastam motivações racistas.

"Nós sabemos que ambas as casas que foram as destinatárias destes pacotes pertencem a afro-americanos, então não podemos descartar que o crime de ódio esteja no cerne disto, mas também não estamos a dizer que é essa a razão", afirma o chefe da polícia de Austin, Brian Manley.

VÍDEO





A polícia informou, ainda, que nenhum dos pacotes foi entregue pelo serviço postal nacional ou por serviços estrangeiros de entregas e pediu à população para alertar as autoridades caso recebam encomendas de que não estão à espera.

pt.euronews.com

13
Mar18

VÍDEO - Arco de glaciar na Patagónia colapsa

António Garrochinho



VÍDEO



A água perfura o glaciar até ao ponto em que o arco ou a ponte de gelo colapsa.

O fenómeno ocorreu durante o fim de semana no Parque Nacional dos Glaciares da Patagónia, no sudeste da Argentina.

O colapso do glaciar Perito Moreno, Património Mundial da UNESCO, atrai milhares de visitantes.





As fotos estão devidamente identificadas

Este fenómeno, considerado um dos espetáculos naturais mais impressionantes do planeta, ocorre a cada dois ou quatro anos desde 2004.


pt.euronews.com

13
Mar18

BAIXAR CUSTOS DE ENERGIA PARA QUEM ? - PORTUGAL | Governo está a trabalhar para "baixar mais" os custos energéticos

António Garrochinho


O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse hoje que o Governo está a trabalhar em várias frentes para baixar os custos de energia, o que já conseguiu pela primeira vez em 18 anos, mas pretende "fazer mais".

"O que conseguimos para 2018 foi que, pela primeira vez em 18 anos e conseguimos mais do que isso, que foi baixar 4,4% as tarifas de acesso, e é óbvio que os grandes consumidores têm tarifas de acesso muito elevadas. Conseguimos baixar os custos do sistema", sublinhou.

O ministro falava durante uma visita ao parque químico de Estarreja, onde ouviu os empresários queixarem-se dos elevados custos da energia que, para alguns produtos, chegam a representar dois terços dos custos de produção.

"Não estamos satisfeitos com o resultado alcançado e estamos a querer fazer mais. Estamos a trabalhar também em novas medidas que vamos lançar, como as linhas de apoio à eficiência energética, que vão ter medidas de apoio a quem transforma a sua unidade industrial no sentido de uma maior eficiência energética, apoiando esse investimento e poupando custos", anunciou.

Manuel Caldeira Cabral salientou que o Governo vem trabalhando também "nos custos gerais do sistema, com uma atenção grande aos contratos com os grandes fornecedores, no sentido de ir baixando progressivamente os custos aos cidadãos e às empresas".

Maior eficiência energética para baixar os custos de produção, mas também o aumento das energias renováveis, "sem subsidiação" para uma redução, a prazo, dos custos em Portugal, são outros fatores apontados pelo ministro para reduzir a dependência energética.

"Estamos a trabalhar nas interligações, que são muito importantes e o que estamos a fazer com as interligações para Marrocos, ou com o trabalho diplomático que fizemos de abertura da França, para que haja interligações que liguem, de uma vez por todas, o mercado ibérico ao mercado europeu, terão um contributo importante para baixar os custos do sistema, permitindo escoar excessos de produção nas alturas em que produzimos mais do que necessitamos, mas também ir buscar energia mais barata a Espanha ou França", completou.

A visita do ministro foi acompanhada por João de Mello, presidente executivo da CUF, Jon Bilbao, diretor-geral da Dow para Portugal e Espanha, Cristina Ballester, diretora-geral da Air Liquide para Portugal e Espanha, e de Luis Montelobo, delegado representante do Conselho de Gerência da CIRES, além de outros executivos das empresas do Complexo Químico de Estarreja.

Composto pelas empresas CUF, Air Liquide, CIRES e Dow Portugal, o Complexo Químico de Estarreja garante quase 500 postos de trabalho diretos, 418 milhões de euros de exportações e 209 milhões de euros para a balança comercial.

paginaglobal.blogspot.pt
13
Mar18

O CARANGUEJO DA AREIA - VÍDEO

António Garrochinho

Maria-Farinha, ou simplesmente caranguejo da areia, é um crustáceo da família dos caranguejos.
Este belo animal é encontrado em quase todas as praias brasileiras, principalmente nas areias claras e finas. Também são conhecidos pelos nomes de Caranguejo-Fantasma, Espia-Maré e Caranguejo-da-Areia.
noticiaalternativa.com.br
VÍDEO




13
Mar18

Freira processada por Katy Perry morre no tribunal depois de dizer a ela: “Por favor, pare.”

António Garrochinho


Uma morte bastante inusitada aconteceu nesta última sexta-feira (9) e deixou bastante gente intrigado.
A freira Catherine Rose Holzman, de 89 anos, que estava sendo processada pela cantora Katy Perry, simplesmente caiu e morreu durante a audiência em que pedia a anulação da sentença dada pelo juiz. A sentença exigia que as religiosas e mais uma envolvida no caso teriam que pagar a cantora o valor de 5 milhões de dólares por danos morais.
Entenda o caso
Segundo as informações do ‘F5 folha Uol’, o processo movido pela cantora se deu por causa de uma venda de um convento que Katy estaria negociando por um valor de 14,5 milhões de dólares. O convento ficava no bairro Los Feliz, em Los Angeles, em estilo de vilas romanas.
Porém, depois de um tempo, as freiras Catherine Rose e Rita Callanan resolveram voltar atrás por não se sentirem confortáveis em vender o local para a cantora.
Rita Callanan chegou a dizer a um jornal local, o ‘Los Angeles Times’, que havia visto alguns vídeos da cantora e não tinha ficado feliz com eles.
De acordo com as informações divulgadas, a cantora chegou a ir ao local para tentar uma negociação, onde chegou a mostrar sua tatuagem de Jesus Cristo, e afirmar que veio de uma família religiosa e ainda disse que seus pais eram evangélicos e que também cantou na igreja, como tentativa de fazer com que as freiras se sentissem à vontade em continuar a venda.
Mas elas não concordaram e acabaram vendendo para outra pessoa, que seria uma empresária chamada  Dana Hollister e que teria planos de fazer do lugar um hotel de luxo.
Katy então moveu o processo junto ao padre José Gomez e o juiz acabou anulando a venda feita à empresária, com alegação de que a venda teria sido corrompida. José Gomez acusava Dana de ter manipulado as freiras e pedia a “anulação da compra por ser produto de abuso de idosos”.
O juiz condenou as freiras  a indemnizar Katy e à Arquidiocese por danos morais.
Na audiência em que a freira estava presente, na qual o advogado pedia a anulação da sentença, Catherine Rosa simplesmente caiu e morreu. O que chamou a atenção de todos foram suas últimas palavras: “Katy Perry: por favor, pare. Isso não está fazendo bem a ninguém”.
Segundo o Arcebispo de Los Angeles, Jose Gomez, a morte da freira entristeceu a todos. Ele disse que a irmã Holzman serviu com dedicação e amor por muitos anos a Igreja Católica.
De acordo com o processo movido, a argumentação era de que  as freiras não tinham o direito de vender a propriedade.

zipmulher.com
13
Mar18

ALGARVE - LOULÉ - Amores Tangos prometem “revolução” na Festa do Tango de Loulé

António Garrochinho


O grupo argentino Amores Tangos vai subir ao palco do Cine-Teatro Louletano, no sábado, dia 17 de Março, às 21h30, para a segunda edição da Festa do Tango, especialmente dirigida aos inúmeros amantes desta linguagem e imaginário artísticos.
Considerados como “los revolucionários del tango”, «o grupo soma quase uma década de trajetória com dois discos editados, “Orquestra de Carnaval” (2011) e “Altamar” (2013), e um DVD, “Amores Tangos Vivo”, premiado como melhor documentário no Festival de Cine Marplatense», adianta a Câmara de Loulé.

Em 2016, Amores Tangos foi escolhido por Mick Jagger e os músicos dos Rolling Stones para um concerto exclusivo e privado em Buenos Aires.
Jose Teixidó na guitarra, Nicolás Perrone no bandoneón, Juan Tarsia no piano e voz, Seba Noya no baixo, Salvador Toscano na percussão, Gastón Godoy e Laura Atienza no baile e, ainda, uma cantora convidada, «prometem mesclar magistralmente a música latino-americana, o jazz, a cumbia e os sons balcânicos com muita improvisação», acrescenta a autarquia.

A Festa do Tango em Loulé inclui também uma componente formativa com workshops para diferentes níveis. No dia 16, haverá uma sessão para iniciados, das 18h00 às 19h00 e, para os mais experientes, das 19h30 às 20h30.
Já no sábado, dia 17, a sessão para iniciados tem lugar 
entre as 14h30 e as 15h30, e os dançarinos de nível médio poderão recordar os passos de baile entre as 16h00 e as 17h00. A participação nos workshops requer inscrição prévia.
Os bilhetes para o espetáculo custam 12 euros ou 10 euros para maiores de 65 e menores de 30 anos, sendo aplicável o desconto para os portadores de Cartão de Amigo do Cine-Teatro Louletano.

Para mais informações e reservas, deve ser contactado o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt.
Os bilhtes também podem ser comprados nos locais aderentes ou on-line na plataforma BOL.



www.sulinformacao.pt

13
Mar18

ALGARVE - LAGOA - Prémio Municipal Maria Barroso: «Dificilmente poderiam ter escolhido outro nome que fosse mais ajustado»

António Garrochinho

«Dificilmente poderiam ter escolhido outro nome que fosse mais ajustado para este prémio», disse João Soares, emocionado, no passado dia 8 de Março, na cerimónia de apresentação do Prémio Municipal Maria Barroso, instituído pela Câmara Municipal de Lagoa, em parceria com o Grupo Vila Vita.


O prémio, cuja apresentação assinalou o Dia Internacional da Mulher, terá um valor de 30 mil euros, sendo «o maior prémio a nível nacional nesta temática», em termos pecuniários, como fez questão de dizer o presidente Câmara Francisco Martins.
«Já passou o tempo em que esta causa merecia apenas um prémio simbólico», acrescentou o autarca lagoense, sublinhando que o galardão foi buscar o nome de Maria Barroso porque esta «representa para nós o exemplo de uma grande mulher». «Não podemos ficar reféns do simbolismo», frisou Francisco Martins. «Este nunca poderia ser um prémio simbólico: porque esta é uma questão maior, e porque a pessoa que homenageamos é maior ainda…». Esta «constitui uma homenagem a uma figura incontornável dos ideais de igualdade; uma mulher de grande sensibilidade e cultura humanista», disse.
O grande objetivo deste galardão, que será bienal, é distinguir mulheres ou homens que, individualmente ou à frente de instituições, desenvolvam um trabalho na luta pela igualdade de género.
A iniciativa é uma das primeiras medidas do pelouro municipal para a Igualdade, Género e Cidadania (IGC), criado já durante este mandato, e do qual surgirão, até 2021, uma série de iniciativas que «visam romper com o papel decorativo da luta pelos ideais de igualdade».

«Faço aqui um mea culpa: se calhar despertei tarde para esta temática da Igualdade de Géneros. Mas isso é porque eu pensava que já não era assunto, porque, para mim, não existe essa diferenciação! Não consigo entender que alguém que é de outro género tem mais ou menos direitos que eu. Para mim, a igualdade devia ser a normalidade», acrescentou ainda o presidente da Câmara de Lagoa.
João Soares, que se confessou «tocado» com a escolha do nome de sua mãe para este prémio, recordou-a como «uma mulher que teve uma vida absolutamente excecional» e que «conseguiu, nesta matéria, e só pela sua presença discreta, dar uma imensa lição nesta matéria, porque era casada com um homem que tinha uma imagem fortíssima e teve uma vida que merece, a muitos títulos, elogios, e nunca se deixou ‘apagar’ como a mulher do Mário Soares», disse. Maria Barroso, acrescentou o seu filho, «conseguiu sempre existir por si própria e nunca se afastou da relação de anos e anos, com o seu marido e meu pai».
«Foi uma coisa bonita, que nos toca a todos», acrescentou ainda João Soares, referindo-se ao Prémio Municipal, dirigindo agradecimentos à autarquia e ao Grupo Vila Vita, representado pelo seu administrador Manuel Cabral.

O debate que se seguiu, moderado pelo jornalista da RTP Luís Castro, trouxe ao Auditório Municipal de Lagoa temas como a greve das mulheres, a licença de maternidade, as baixas taxas de natalidade, a desigualdade no acesso ao emprego, a alteração das molduras penais para crimes de violência doméstica e a desigualdade na pobreza e nas tabelas salariais entre os dois géneros.
Isabel Bartal Abílio, socióloga e deputada Cantonal de Zurique, na Suíça, que passou a sua infância e adolescência em Lagoa, bem como Ana Matos Fernandes, socióloga e rapper, mais conhecida como Capicua, e Fernando Anastácio, deputado na Assembleia da República, foram os convidados a debater, de forma muito aberta, «Questões de género: fraturantes ou estruturantes?».
O debate manteve a plateia interessada e o tema motivou um convite por parte do jornalista Luís Castro ao presidente da Câmara de Lagoa para participar no “Sociedade Civil”, programa de referência da RTP, «para que estes assuntos possam ser discutidos não só no dia 8 de Março».



www.sulinformacao.pt
13
Mar18

PROFESSORES EM GREVE

António Garrochinho


A conversa acabou por não servir para nada, segue a greve dos professores.
Os sindicatos estiveram reunidos ontem à noite com o ministério da Educação, mas decidiram manter a greve que começa hoje e só termina na sexta-feira.
No final do encontro, Mário Nogueira da Fenprof disse que o governo não tinha nada de novo para apresentar e que a proposta para a contagem do tempo de serviço não sofre qualquer alteração.
O governo acusa os sindicatos de não terem feito um esforço de aproximação.
A greve começa hoje na região da Grande Lisboa, Setúbal, Santarém e Madeira. Amanhã é na região centro;quinta-feira há greve no Alentejo e no Algarve.
13
Mar18

Nações Unidas acusam o Facebook de espalhar ódio contra a comunidade Rohingya

António Garrochinho


Investigadores das Nações Unidas consideram que a rede social teve um papel determinante na crise de Myanmar.
Marzuki Darusman, responsável da Missão Internacional Independente de Recolha de Provas em Myanmar, considera que a rede social desempenhou um papel determinante nos ataques à comunidade Rohingya.
Para o coordenador da investigação, o Facebook contribuiu para aumentar o conflito entre a população, especialmente na disseminação do discurso de ódio contra os Rohingya.
Em declarações aos jornalistas, Yanghee Lee, investigadora das Nações Unidas, lembrou que a rede social tem grande importância na vida pública e privada na antiga Birmânia e o governo usou-a para fazer chegar informação ao público.
Apesar de reconhecer que a rede social foi útil no país, lembra que foi também usada para espalhar o ódio.
A investigadora lembra que "os budistas ultranacionalistas têm os seus próprios Facebooks e estão realmente a incitar a violência e o ódio contra os Rohingya ou outras minorias étnicas".
Yanghee Lee deixa o alerta: o Facebook pode ter-se tornado um monstra e corrompido o objetivo para o qual foi criado.
A rede social ainda não reagiu a estas acusações, mas no passado a empresa já disse que está a trabalhar para expulsar os utilizadores que partilham conteúdos que incentivam o ódio em Myanmar.

www.tsf.pt
13
Mar18

HÁ DIAS MARCELO GARANTIA QUE NÃO MAS.... GNR vai mesmo multar proprietários depois de 15 de março

António Garrochinho





Guarda garante que lei é clara e explica porque não pode existir período de tolerância. No último mês a GNR recebeu 4 mil chamadas de proprietários com dúvidas sobre limpeza de terrenos.
A explicação é dada à TSF num balanço das 4 mil chamadas recebidas no último mês, sobre este tema, no número SOS Ambiente e Território. O coronel Vítor Caeiro, do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, adianta que as dúvidas têm sido muitas e fizeram triplicar as chamadas que tinham habitualmente para este número (808 200 520).
As dúvidas mais comuns têm a ver com a distância que tem de estar limpa a partir das casas, mas também a distância que tem de separar as árvores nos terrenos.
Muitos proprietários querem também saber se o prazo de 15 de março pode ser alargado e o porquê de terem recebido um e-mail da Autoridade Tributária a apelar à limpeza dos terrenos.
Multas são mesmo para avançar
Vítor Caeiro esclarece ainda que, face ao que está hoje escrito na lei, não pode existir qualquer período de tolerância depois de 15 de março. O responsável da GNR diz que a lei é clara e, além disso, só com a abertura do auto de contraordenação é que as autarquias podem, depois, ser avisadas da falta de limpeza e planear se avançam ou não para a limpeza coerciva, substituindo-se ao proprietário.
O responsável da GNR diz que "o que está na lei é o que temos de cumprir, reforçado com o que está também previsto no Orçamento do Estado que diz que tem mesmo de ser limpo até 15 de março".

www.tsf.pt
13
Mar18

DECLARAÇÃO DE BRUNO DIAS , DEPUTADO , AUDIÇÃO PÚBLICA - PCP realizou audição pública sobre «Uma Internet Aberta»

António Garrochinho


Face a questões tão importantes como a da governação da Internet em Portugal, ou das ameaças à transparência da rede (net neutrality) ou das questões colocadas pelas directivas europeias de segurança para a rede, ou para a sua organização e governo, não podemos relegar a reflexão sobre estes, e outros assuntos, somente para as instâncias internacionais, devendo tomar uma posição activa na procura de soluções que assegurem os interesses dos cidadãos e da soberania nacional.
Nesta audição participaram:
Associação D3 - Defesa dos Direitos Digitais
ESOP - Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas
ANSOL - Associação Nacional para o Software Livre
ISOC.PT - Internet Society
Associação Ensino Livre
Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação



VÍDEO


www.pcp.pt

13
Mar18

Cristas, Rio e o suicídio

António Garrochinho
http://caixadospregos.blogspot.pt/


Assunção Cristas, à qual chegaria a arte do meu amigo "Maceta", terá já decidido gamar a imagem e inspirar-se nela para o lançamento do primeiro outdoor a usar na campanha para as próximas legislativas, com aquilo que virá a ser, considera ela, um slogan vitorioso
Entretanto, assumindo as dores de Rio, um colunista encartado vem à liça e, documentada_mente, prova que Cristas terá cometido suicídio. 

Que se matem!
conversavinagrada.blogspot.pt

OS TEXTOS QUE OBEDECEM AO SUBLINHADO ESTÃO TODOS INSERIDOS NA PUBLICAÇÃO ABAIXO

Cristas vê-se primeira-ministra. “Sou melhor que Rio”


Assunção Cristas assume a ambição de querer ser primeira-ministra e diz ser "melhor" do que Rui Rio. O congresso do CDS decorre este fim de semana em Lamego.

Em vésperas de congresso, a sucessora de Paulo Portas colocou a fasquia elevada: quer transformar o CDS no maior partido da direita em Portugal e chegar a primeira-ministra nas eleições de 2019. Recusando desde já a ideia de bloco central, Assunção Cristas assume-se “melhor” do que Rui Rio, rejeitando o cenário imediato de vice-primeira-ministra num Governo liderado pelo PSD. Mas os adversários continuam a ser o “PS e as esquerdas unidas”, garante em entrevista ao Expresso (acesso pago) este sábado.

Mas a possível coligação pós-eleitoral não inibe as ambições da líder do CDS.
 Assunção Cristas diz que “lidera a oposição”, que “tem as melhores propostas”, que “tem mais trabalho de cada feito” e que “tem os melhores protagonistas”. E vai mais longe: “Eu acho que sou melhor [do que Rui Rio], mas não me compete a mim avaliar”. Falando num possível bloco central, até deixa descair uma crítica implícita, afastando o CDS desse cenário: “Se outros o quiserem fazer, enfim”, comenta.Depois de um longo período em coligação com o PSD, o CDS vai lançar-se sozinho às eleições do próximo ano. “A melhor maneira de conquistarmos espaço no centro-direita é termos duas vozes autónomas e independentes para que as pessoas tenham mais escolhas“, diz Cristas, assinalando que separados chegam a mais pessoas. Na sua cabeça está um só número: “Farei tudo para que o número de 116 [deputados] seja alcançado”, garante, afirmando-se como a “alternativa claríssima ao socialismo”.
“As pessoas que votam no CDS saberão que um voto no CDS é a garantia de que não queremos nada com o PS”, garante, referindo que continuará a ser “muito firme” e “muito incómoda” para o primeiro-ministro. “Costa é alguém que proclama consenso, mas não está disponível“, ataca, apesar de achar “sempre que as pessoas podem mudar”.
eco.pt

O DIA EM QUE ASSUNÇÃO CRISTAS COMETEU

Ao confundir os seus sonhos com a realidade, a líder do CDS acrescentou à venda que aparentemente já tinha nos olhos uma corda em redor do pescoço, porque tornou o CDS – e a sua liderança – refém de um resultado que obviamente não alcançará

No sábado, ao chegar a Lamego, Assunção Cristas tinha tudo - e no domingo, apenas 24 horas depois, quase tudo desperdiçara. O grande resultado eleitoral que obteve nas autárquicas em Lisboa era, no arranque dos trabalhos, obviamente passível de celebração, com direito a bandeirinhas esvoaçantes, a hinos entoados com pujança e vigor pela multidão de fiéis e a gritos histéricos por parte dos jotinhas, essa lamentável tribo que exibe lamentáveis semelhanças às cartas de amor tal qual foram qualificadas por Álvaro de Campos num igualmente lamentável poema cuja qualidade é inversamente proporcional à notoriedade que inequivocamente ganhou.
Parece, por isso, ridículo, que Assunção Cristas tenha optado por transformar um congresso que deveria ser de aclamação numa enorme e desnecessária interrogação: o que lhe passou pela cabeça para ter afirmado, sem se rir, que quer ficar à frente do PSD nas próximas legislativas?
Vamos a números? O melhor resultado da história do CDS ocorreu nas eleições de 1976, em que teve 16%, correspondentes a 876 mil votos. Em 2011, depois de muitos anos a arrastar-se nas catacumbas das cabines de voto, o partido obteve, sob a liderança de Paulo Portas, outro óptimo resultado: 11,7%, correspondentes a 654 mil votos. Agora o PSD que Assunção quer liquidar: Em 2011, quando Portas obteve um excelente resultado, Passos Coelho obteve 38,6%, correspondentes a 2,1 milhões de votos. Bem mais do que o dobro. E em 2005, quando Santana Lopes concorreu contra José Sócrates e foi vergastado por uma copiosa derrota (uma das piores de sempre), conseguiu 1,6 milhões de votos. Ou seja: o melhor resultado do CDS, que foi conseguido em circunstâncias políticas irrepetíveis, é cerca de metade de um dos piores do PSD.
Ao confundir os seus sonhos com a realidade, a líder do CDS acrescentou à venda que aparentemente já tinha nos olhos (e que ficou bem visível, passe a expressão, na entrevista que concedeu ao Expresso deste fim-de-semana) uma corda em redor do pescoço, porque tornou o CDS – e a sua liderança – refém de um resultado que obviamente não alcançará. É certo que num partido em que a maioria dos militantes está sobretudo confortável a olhar para trás não deixa de ser interessante observar uma líder a tentar fazer o exercício inverso, mas aqui chegados talvez não fosse má ideia que alguém informasse Assunção Cristas de que, nas circunstâncias actuais, olhar para além daquilo que os seus olhos conseguem alcançar não é apenas um erro – é um acto politicamente suicida, manifestamente capaz de lhe arruinar uma carreira que até nem lhe estava a correr mal.

Nasci em Lisboa, tenho 44 anos e um filho. Jornalista há 22 anos, trabalhei no Euronotícias, n’O Independente e na revista Sábado, onde fui editor de Política durante 12 anos. Para além disso, dei aulas de jornalismo em várias universidades (até me cansar), apresentei o mais monumental fiasco da história da televisão portuguesa (não vou revelar qual) e escrevi dois livros: O Todo-Poderoso, uma biografia de Jorge Coelho, e “Cercado”, sobre os dias algo turbulentos que José Sócrates experimenta desde que decidiu deixar de viver em Paris. E é isto. Poucochinho, eu sei.

13
Mar18

A fome de terra é tanta que nem as abelhas e os morcegos têm lugar

António Garrochinho

Por não existir legislação específica que avalie o impacto ambiental ou planifique a instalação de plantações de olival e amendoal intensivo na área regada por Alqueva, tornaram-se recorrentes as intervenções arbitrárias no uso do solo. As situações mais extremas atingem, por exemplo, as linhas de água, quer desviando-as do seu curso, quer enchendo-as de pedras. Caminhos rurais foram lavrados para plantar oliveiras e, noutros casos, as árvores ocupam bermas de estradas.


O novo modelo de cultivo implica mobilizações profundas do solo (ripagens) que não seguem as curvas de nível em declives acentuados. Esta é uma negligência cometida à margem da lei, pois acelera o fenómeno da erosão e pode causar problemas sérios às zonas habitadas em caso de enxurradas. A mobilização do solo inclui ainda, nalgumas explorações, a retirada de pedras que são “uma excelente protecção contra a erosão”, observa Maria José Roxo, investigadora na Universidade Nova de Lisboa. São amontoadas em locais que a população já designa como “cemitérios das pedras”.
Na preparação dos solos destroem-se, sem consequências punitivas, faixas de terreno que resguardavam corredores ecológicos — cada vez mais raros — vitais para a biodiversidade. A paisagem na zona dos férteis barros de Beja foi transformada numa contínua mancha de verde-oliva com dezenas de quilómetros de extensão, sem intervalos, que “faz lembrar o filme Jardins de Pedra de Francis Ford Coppola”, diz Carlos Valente, engenheiro agrónomo de Serpa, para sublinhar que a “diversidade florística”, tão característica da planície alentejana, “deu lugar ao verde permanente, monótono, simétrico”.  
Os protestos, sobretudo por parte das comunidades rurais, contra os abusos dos que plantam sem cessar já chegaram à Câmara de Beja. O vereador Luís Miranda, que tem a seu cargo as áreas do planeamento e ambiente, confirmou ao PÚBLICO a existência de alterações em caminhos que servem populações isoladas, mas garante que a autarquia “vai exigir a reposição” do que foi sonegado ao domínio público, embora antecipe que possa ser uma tarefa difícil.
Os exemplos desta voracidade sucedem-se: a área circundante à barragem dos Cinco Reis, que integra o sistema de rega do Alqueva e onde o município pretende instalar uma zona de lazer para a população da cidade de Beja, está a ser invadida por olival”. Dada a frequência de situações anómalas, a autarquia “está determinada em fiscalizar o território” do concelho, garante o autarca.  
A ocupação do solo reveste-se, por vezes, de aspectos caricatos. “Até o espaço para as abelhas é disputado”, queixa-se Fernando Duarte, presidente da Associação de Apicultores do Alentejo Litoral e Costa Vicentina. Estes produtores são contratados para levar os pequenos insectos às explorações de amendoal, vinha ou frutos vermelhos para efectuar a polinização, o que se tem revelado difícil: “Quando chegamos aos locais onde seria suposto instalar as colmeias, não temos onde [as colocar] por estar tudo ocupado pelas culturas.”
Também os morcegos estão a ser vítimas do aumento e da intensificação dos olivais. É a conclusão a que chegaram investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade de Évora (Cibio-UE), num estudo que publicaram em 2015 na revista Animal Conservation. A “homogeneidade associada à intensificação dos olivais é a principal causa da diminuição do nível de actividade e da diversidade de (várias) espécies (de morcegos) nestas culturas”, assinalam os investigadores, realçando a importância de se “garantir a presença e funcionalidade dos morcegos insectívoros em olivais”, através da presença de habitats naturais, “como sebes e pequenas manchas florestais”. Dessa maneira, os quirópteros contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas, ao actuarem como polinizadores, dispersores de sementes e predadores de insectos, incluindo pragas agrícolas.  
À medida que se intensifica o plantio do olival, amendoal e vinha no regadio de Alqueva, evidencia-se a dimensão do impacto. A música popular alentejana Moda da passarada começa a remeter para um tempo que já não existe: “Quais, quais, oliveiras, olivais/Pintassilgos, rouxinóis/Caracóis, bichos móis/ Morcegos, pássaros negros/Tarambolas, galinholas/Perdizes e codornizes/ Cartaxos e pardais/Cucos, milharucos/Cada vez há mais.” Hoje, quem percorre o território outrora rico de fauna e flora descobre apenas uma imensa quietude desconfortável.
Numa recente caminhada pela freguesia de Quintos — no coração dos famosos barros de Beja — organizada pela Câmara de Beja no âmbito da iniciativa Por Esses Campos fora foi com surpresa que os mais de meia centena de caminhantes se depararam com um percurso feito exclusivamente entre novos olivais e amendoais em direcção à villa romana da Cardeira, agora cercada pelas novas culturas. Apenas uma pequena leira de cevada quebrava a monotonia, “sem um pio de pássaro ou mais pequeno restolhar”, assinalou um dos participantes.

Uma paisagem apagada

A história repete-se. Depois da monocultura do trigo que trouxe a Quintos/Baleizão o caminho-de-ferro, agora desactivado e degradado, para transportar o cereal rumo a Lisboa, ficou patente na maioria dos caminhantes o “desencanto” pela “nova revolução agrícola” surgida nas planícies regadas pela água de Alqueva. Hoje não se observa a paisagem alentejana desta altura do ano que o geógrafo Orlando Ribeiro descreveu: “Um momento, na Primavera, quando os trigais brilham ao sol e há matizes preciosos de vermelho, roxo e amarelo entre a seara que amadura, o Alentejo veste-se de uma beleza própria.”
As preocupações pelos efeitos que as novas culturas permanentes possam trazer aos campos do Alqueva estão patentes desde o início do século. É um dado adquirido que os solos com olival intensivo e superintensivo apresentam riscos ambientais cuja real dimensão não é conhecida.
O Ministério da Agricultura (MA) publicou em 2008 o Despacho 26873 que determinava a criação de um grupo de trabalho com a missão de avaliar as consequências da proliferação do olival intensivo, designadamente ao nível dos solos. As conclusões seriam descritas em relatório que deveria ter uma actualização anual com início em 2009. Ao PÚBLICO o ministério refere que foram elaborados três relatórios em 2009, 2010 e 2011, mas “não foram publicados”, nem tiveram continuidade.
Chegados a 2017 e através do Despacho n.º 2515, os ministérios do Ambiente, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Planeamento e das Infra-estruturas, da Economia, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, acordaram na criação da Rede Alentejo Agronet com o objectivo de promover a cooperação científica e tecnológica para a experimentação agrícola na região. 
Num anexo ao despacho, a descrição da base de partida para a programação do trabalho de investigação a realizar é pouco abonatória em relação ao aumento e às práticas associadas à intensificação do olival. São levantadas questões que “requerem investigação urgente”, assim como “grandes preocupações no combate de pragas e doenças, quer ao nível económico quer ambiental”. Este diploma avança para a criação de “um subprograma específico” dedicado à avaliação do impacto da intensificação do olival “sobre o solo, consumo de água e diversidade biológica na região”. Inclui-se, “naturalmente”, a segurança alimentar, nomeadamente no que diz respeito “aos resíduos de pesticidas em azeites”.
As preocupações estendem-se ao próprio modelo de regadio, por este comportar “risco de erosão do solo e degradação da sua estrutura, particularmente tendo em atenção o relevo das áreas abrangidas pelo novo regadio, assim como a fraca estabilidade estrutural dos principais solos abrangidos”. Por outro lado, a intensificação do cultivo associada ao regadio “aumenta a incorporação de factores como os fertilizantes e os pesticidas, existindo preocupações acrescidas com a contaminação ambiental, nomeadamente a acumulação de nitratos nas águas subterrâneas e a contaminação das águas superficiais com fosfatos e pesticidas”, realça o documento.
Decorrido precisamente um ano após a sua criação, o MA adiantou ao PÚBLICO que a Rede Alentejo Agronet “encontra-se em fase de consolidação e de definição do plano estratégico”.

“Cultura sustentável”

Já quanto à mudança de paisagem em curso, o ministério reconhece que “ocupar vastas áreas de um território com uma só cultura pode conduzir à instalação de novos equilíbrios na natureza, por vezes de dimensão menos previsível”, mas refuta a acusação de que haja um agravamento dos impactes ambientais, alegando que “não existem dados nesse sentido”. Garante ainda que a nova cultura do olival “é realizada com um grau de especialização técnica muito avançada” e “tem em conta a protecção de plantas, o respeito pelo ambiente e a sustentabilidade”.
Durante o IX Congresso da Geografia Portuguesa, realizado em Novembro de 2013, Maria José Roxo, Bruno Neves e Iva Miranda Pires apresentaram uma comunicação intitulada Culturas intensivas e superintensivas e a susceptibilidade à desertificação: o caso do olival no Alentejo. Concluíam então que este tipo de culturas “está associado ao aumento de pressões ambientais, nomeadamente a perda de biodiversidade e alterações na paisagem”. E recorrendo a uma estimativa realizada em 2010 na região espanhola de Andaluzia, adiantavam que “a perda média anual de superfície de solo em olival poderá atingir as 62 toneladas/hectare/ano”, mas, nas áreas mais afectadas, “as perdas chegam às 92 toneladas”.
O que diz Maria José Roxo do novo modelo agrícola em Alqueva, oito anos depois do alerta vindo da Andaluzia? Durante o debate sobre “Monoculturas e o deserto aqui tão perto”, realizado pelo Bloco de Esquerda (BE) recentemente em Serpa, a investigadora voltou a deixar um alerta: “Se nos melhores solos que nós temos plantamos culturas intensivas e superintensivas, então vamos aumentar as áreas degradadas que já representam 33% do território nacional.” Como especialista em erosão de solos e coordenadora do Centro Experimental de Erosão de Solos de Vale Formoso, os estudos e a observação que tem realizado ao longo de décadas confirmam-lhe que “a monocultura do olival destrói, arrasa o solo e este perde matéria orgânica”. Maria José Roxo acusa “os políticos e os empresários” de não terem aprendido nada com os episódios de secas sucessivas. “Desde a década de 30 que se reconhecia o avançado estado de degradação em que se encontravam os solos nesta área do país”, lembra a investigadora.
O arqueólogo Cláudio Torres reforçou na sua intervenção no debate a importância de nos debruçarmos sobre a história para lembrar que a monocultura do olival “não é a primeira intervenção brutal no Alentejo”. Defensor assumido do projecto Alqueva, critica o aproveitamento “errado” que está a ser feito das suas potencialidades.
“Uma economia que fica subserviente a interesses de curto prazo de quem tanto está aqui agora, mas, passados seis anos do olival, pode fazê-lo noutro lado qualquer é uma economia que não tem grande futuro”, alertou Catarina Martins, coordenadora do BE, frisando a necessidade de uma reflexão sobre o desenvolvimento e o emprego no Alentejo. 
A dirigente do Bloco criticou as “multinacionais que plantam intensivamente e levam o produto rapidamente para fora”. Assim, “o que fica de valor na região é muito pequeno”, sobretudo na criação de emprego. Recordou também os “problemas escondidos” relacionados com o ambiente e a saúde pública devido à utilização de “pesticidas e fertilizantes que causam transformações e alterações” nos aquíferos e nos solos. “Uma água mais contaminada, um solo mais contaminado trará seguramente, a prazo, problemas de saúde pública às populações”, alertou ainda Catarina Martins.


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António Garrochinho

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