Mulheres artistas lamentam morte de Marielle Franco
Elza Soares, Karol Conka, Camila Pitanga e Bruna Linzmeyer pedem justiça para Marielle Franco
O assassinato da vereadora Marielle Franco comoveu o Brasil. O crime tem repercutido entre políticos, artistas e intelectuais que pedem apuração e punição dos culpados. Movimentos sociais, ativistas, defensores dos Direitos Humanos pedem justiça e que a morte da também ativista, seja transformada em luta pelo fim da violência.
Entre os muitos artistas que já se pronunciaram sobre o crime, destacamos as mulheres que emitiram mensagens de coragem e justiça por Marielle.
Elza Soares, conhecida não só por sua música, mas por seu posicionamento político bem definido em defesa do povo negro, disse estar “sem voz”. Autora da canção cujo verso de destaque é “A carne mais barata do mercado é a carne negra”, ela chama outra mulheres a gritar para denunciar o assassinato de Marielle.
“Das poucas vezes que me falta a voz. Chocada. Horrorizada... Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos!”
A atriz global Bruna Linzmeyer, usou o Instagram para denunciar a morte da vereadora e pedir justiça. “Marielle Franco, mulher negra, lésbica, favelada, feminista, defensora dos direitos humanos, vereadora da cidade do Rio. edito aqui a legenda aos que não entenderam: Marielle foi executada”.
Camila Pitanga, embaixadora nacional da ONU Mulheres e atriz global fez uma série de publicações para denunciar o crime e a intervenção militar no Rio de Janeiro. “Vamos transformar a nossa dor na luta que ela travava! Apesar do medo, vamos adiante! Intervenção é farsa”, disse.
Já a atriz e apresentadora Monica Iozzi, famosa por seus comentários ácidos na internet, destacou a doçura e a força de Marielle. “Ela acaba de ser assassinada. A doce e forte Marielle Franco. Estava vereadora no Rio de Janeiro. Eu a conhecia. Ela lutava pela paz, por oportunidades iguais para todos. Denunciava a corrupção na câmara, na polícia... É assim que terminam as pessoas que lutam por justiça neste país? Estou em choque, arrasada. Este assassinato tem que ser investigado muito seriamente. Estes monstros não podem sair impunes”.
A rapper feminista MC Carol também se manifestou. "Estou buscando palavras, porque eu só sinto ódio, raiva e muito medo. Realmente, eu não sei o que falar. Mais do que nunca eu estou me sentindo oprimida e fraca, eu tinha tantos planos para esse ano. E agora eu só tenho lágrimas e pavor. Marielle e Taliria me encorajaram a lutar, a ser mais forte, elas estiveram na minha casa, onde conversamos por horas, sobre meus medos, minhas dúvidas etc. Eu estava tão segura, tão esperançosa depois de conversar com elas. Hoje eu só sinto medo, eu sempre senti, na verdade, por ser negra, por morar no morro, por andar à noite na rua, por ser mulher, por cantar funk, principalmente Delação premiada, mas alguma coisa me dava força e esperança lá no fundo, algo me dizia que eu tinha que fazer, que eu tinha que gritar e falar mesmo, que eu podia, mas hoje eu tenho certeza que nada te protege independente de quem você seja, se você for negro e lutar pelos negros, você sempre acaba executado!!!", disse.
A fanqueira Karol Conka também se posicionou em defesa de justiça. “A vereadora Marielle Franco foi executada no Rio enquanto milhares de brasileiros sonham com a igualdade, segurança e empatia. Que sua alma encontre a luz e que a força cresça dentro de cada um de nós pois, vivemos num mundo adoecido e não será fácil concluir nossas missões!”
A atriz pernambucana Maeve Jinkings disse: “Não desejamos mártires. Mas a temos. Marielle Franco. Tua luta não é em vão”.
Caetano Veloso pede justiça para Marielle Franco
Caetano Veloso pede justiça para Marielle
O cantor e compositor Caetano Veloso publicou um vídeo em sua conta oficial no Facebook onde pede justiça para Marielle Franco, a vereadora do Psol assassinada nesta quarta-feira (14) no Rio de Janeiro.
No vídeo, Caetano canta a canção “Estou triste”, de seu álbum Abraçaço (2015) e destaca alguns versos, entre eles: “Estou muito triste/ Por que será que existe o que quer que seja/ O meu lábio não diz/ O meu gesto não faz/ Sinto o peito vazio e ainda assim farto”.
Marielle, 38 anos, estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam o veículo e abriram fogo. Foram disparados ao menos oito tiros contra o Chevrolet Agile. O motorista do automóvel onde estava a carioca, Anderson Pedro Gomes, também morreu. Os autores dos disparos não levaram nada.
Assista ao vídeo:
"Assim é a guerra", diz Fabrício Carpinejar sobre a morte de Marielle
Marielle Franco foi assassinada a tiros neta quarta-feira (14) no Rio
Assim é a guerra. Você não entende como começou. Você não entende de que lado estão os bandidos. Você não entende quem mata. Você não entende onde estará seguro.
Por Fabrício Carpinejar*
Você conclui, primeiro, que são balas perdidas, acidentes, assaltos isolados, tragédias avulsas. Deixa passar. Crianças saindo da escola tombam, adolescentes saindo da igreja tombam, casais saindo de festa tombam. Você tenta criar uma justificativa para o fim dessa gente inocente: bairro perigoso, briga de tráfico...
Só que não faz sentido tanta morte, não pode ser exceção, não pode ser casualidade, não pode ser coincidência. Existe um padrão. Porque a maior parte das vítimas é negra, é da favela, é pobre.
Vão desaparecendo as pessoas do bem, executadas, na madrugada, no silêncio da noite. Logo a impunidade não espera nem o sol descer e a matança já não tem pudor da luz e é feita na claridade dos olhos das testemunhas. O crime não é solucionado porque há outro e outro acontecendo. Parece epidemia, mas não é. A generalização leva à banalidade que desenvolve o medo. As notícias não duram vinte e quatro horas, apenas mudam os nomes dos óbitos. Você parte de um enterro para um novo. Ninguém pergunta nada mais para não morrer junto. Aceita-se que é assim, que é uma guerra. A realidade torna-se cada vez menos verdadeira.
Marielle Franco, vereadora do PSOL, quinta mais votada do RJ, ativista dos direitos humanos, não teve tempo de se defender. Fuzilada com quatro tiros na cabeça dentro de um carro na noite de quarta-feira (14). Não bastou um disparo, não bastaram dois disparos, não bastaram três disparos. Ela precisava ser apagada com selvageria, com ódio, com certeza total. Para apagar seus posts nas redes sociais, para apagar suas interrogações sobre o Estado policial, para calar a sua boca vivaz e intensa de protestos.
Alguém ainda acredita que as vítimas não são escolhidas?
A Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro deu a conhecer no dia 3 de março, “Os Narigudos”, as novas mascotes do espaço infantil que são os “novos amigos” da leitura das brincadeiras dirigidas a bebés e crianças até aos 12 anos.
O Sr. Narigudo, a Sr.ª Nariguda, o Narigudo Totó, o Narigudo Sonâmbulo e o Narigudo Assustado são os novos intermediários do trabalho de mediação e de promoção da leitura junto do público jovem são-brasense. Têm como missão ajudar a melhorar as competências de literacia das crianças que já frequentam aquele setor da Biblioteca Municipal de São Brás de Alportel e de ajudar a criar novos leitores.
A sua apresentação pública atraiu muitas crianças e pais à Biblioteca Municipal numa tarde animada e recheada de atividades.
Por sugestão de uma mãe e suas crianças foi criado nessa mesma tarde o “ Fã Clube dos Narigudos”; agora pelo menos uma vez por mês num sábado à tarde o fã clube irá reunir e promover atividades. A todas as crianças que queiram ser fãs destes lindos personagens e com eles aprender, podem vir inscrever-se no balção da biblioteca.
Os Narigudos são da autoria da designer Lilian de Barros que foi convidada a criar as novas mascotes para os jovens leitores são-brasenses.
Uma iniciativa que comprova o empenho do Município de São Brás de Alportel na promoção da leitura e da cultura junto das camadas mais jovens.
Em Fiães, Santa Maria da Feira, são as cabras que fazem o trabalho que os homens deixaram de fazer. Dá nome a uma ópera de Schuman, é a santa padroeira de Paris e, a partir desta tarde, sai do anonimato para assumir as funções de comando num certo rebanho de cabras. Esta é a Genoveva, a cabra. "É, nitidamente, a líder do rebanho", assegura Ana Catarina Fontes, engenheira zootécnica e a proprietária deste rebanho. "Eu dei-lhe o nome quando era pequena, não tinha ainda noção de que ela ia ter este espírito de liderança", admite. Genoveva é uma líder incontestada. "Todas as outras seguem-na. Onde ela estiver, eu sei que está o resto do grupo", garante Ana Catarina Fontes, "É a primeira a querer comer, é a primeira a entrar na cama" e, se alguma das outras cabras se atrever a desafiá-la, "vai uma marrada!", conta a dona. Seja a toque de marrada, seja por gulodice, a missão que foi confiada a estas cabras tem objetivos traçados: estão ao serviço da população, a limpar terrenos. "Queremos fazer uma manutenção do terreno ao longo do ano, porque, se limparmos o mato até ao dia 15 de março, ele volta a crescer e daqui a alguns meses teremos, novamente, o mesmo problema", explica Ana Catarina Fontes. A jornalista Teresa Dias Mendes conta a história deste rebanho de cabras sapadoras, liderado por Genoveva A engenheira zootécnica não tem dúvidas de que os bichos vão limpar todo o terreno, só não sabe quanto tempo demorarão a cumprir a tarefa. Ana Catarina Fontes vai começar a quantificar esses dados, através de avaliações semanais, e espera, dentro de um mês, ter valores concretos. SOM AUDIO
O corpo de sapadoras está formado, e cada cabra que o constitui tem um nome: desde a Azeitona, a cabra de cor negra, até ao Vicente, o carneiro a quem falta uma orelha - e, por isso, apresenta claras semelhanças com outro famoso 'Vicente', o pintor Van Gogh. O trabalho começa esta quinta-feira. As cabras estão prontas para dar ao dente, mas com critérios. "Preferem silvas a fetos", revela Ana Catarina. "Só quando não houver mais vegetação da que elas preferem, é que passam para outro tipo". E sempre sob as ordens de Genoveva. www.tsf.pt
Seguramente você já não se recorda do dia que aprendeu a atar os cordões dos seus tênis ou sapatos. A maioria aprende ainda em uma idade muito tenra ajudada pelos pais. No entanto, já tentou alguma vez amarrá-los com apenas uma mão? Se não, faça o teste e depois veja o seguinte vídeo, onde Megan Absten, a medalhista paraolímpica que perdeu seu braço esquerdo quando tinha 14 anos em um acidente.
No começo deste ano, Megan, de 23 anos, abriu um canal no YouTube onde proporciona todo tipo de tutoriais sobre como realizar situações cotidianas com um único braço. Entre elas, o vídeo que vemos. A atleta tem uma técnica perfeita para dar o nó nos cordões. Por verdade, consegue em algo menos de três minutos. Você acha que consegue baixar este tempo? VÍDEO
Como nós já havíamos comentado em outros artigos, a versão francesa do programa de calouros, The Voice, podia, em uma pequena mudança de cenário, se transformar em uma passarela de modelos e de mulheres bonitas. Além de apresentar a maior diversidade de gêneros musicais, instrumentistas e inclusive grupos, nenhum outro show apresenta tanta mulher linda como este, como podemos atestar por essa lista enviada pelo amigo Roger Laz, via e-mail.
Não estão todas as que são, mas são todas as que estão nesta lista apenas com algumas participantes da temporada 2018. Para maiores informações, se gostar de alguma apresentação, você pode visitar o canal do programa no Youtube, na sua seção de vídeos. Os 3 últimos vídeos também fazem um agrado às leitoras do site, e mostram 3 "malacabados" do show, com destaque para Simon Morin que já ficou com o segundo lugar no The Voice do Canadá.
À primeira vista, esses retratos de mulheres japonesas se parecem com uma série de belas fotografias que já são impressionantes por si só como fotografias. No entanto, você podese surpreender ao descobrir que eles não foram capturados através de uma lente de câmera, senão renderizados em pintura a óleo pelo incrível artista japonês Yasutomo Oka. Cada pintura é incrivelmente fotorrealista, capturando todos os detalhes imagináveis ??das modelos da artista.
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Com apenas 34 anos de idade, Yasutomo Oka já é, obviamente, um mestre quando se trata de pinturas hiperrealistas. O artista, que vem de Komaki, na prefeitura de Aichi, no Japão, gasta até um mês trabalhando em uma dessas obras-primas, certificando-se de que elas são tão realistas quanto o possível, e o resultado é quase sempre inspirador.
Mesmo que cada um dos retratos femininos que ele cria seja inspirado em uma modelo da vida real, Yasutomo gosta de usar suas habilidades de pintura para fazer uma leve alteração e alcançar o efeito desejado. O talentoso artista afirma que o momento mais tenso acontyece quando trabalha nos olhos, pois eles são a característica mais importante, mas ele parece alcançar a perfeição.
Mesmo que cada um dos retratos femininos que ele cria é inspirado por um modelo da vida real, Oka gosta de usar suas habilidades de pintura para fazer uma leve alteração e alcançar o efeito desejado. O talentoso artista afirma que ele está mais tenso quando trabalha nos olhos, pois eles são a característica mais importante. No entanto, em cada retrato, os olhos apresentam reflexos reais, tornando-os totalmente convincentes, próximos a perfeição.
Caminhava o debate quinzenal com o primeiro ministro para a sua fase final, quando o aviso chegou. À boleia do debate do dia anterior e da memória de ver o PS aliado ao PSD e ao CDS para chumbar um conjunto de propostas do PCP e do BE que visavam alterar a legislação laboral: entrámos numa "nova fase da vida política nacional", constatou Jerónimo de Sousa. O secretário-geral do PCP não detalhou os efeitos desta nova fase na estabilidade da atual maioria parlamentar, mas para bom entendedor uma frase bastou para antecipar novos tempos na paz social: "Os trabalhadores saberão dar mais força ao PCP para lutar pelos seus direitos." António Costa ouviu, registou e explicou que o Governo até concorda com parte dos projetos apresentados no dia anterior pelos parceiros da esquerda. Mas há um problema: "discordamos do timing", justificou, reiterando a intenção de procurar um consenso o mais alargado possível em matérias laborais na concertação social. E voltou à habitual ideia chave a que o Governo recorre quando as reivindicações de BE e PCP aumentam de tom no objetivo de 'destroikar' a legislação laboral. "O que é essencial é que o que consta do Programa de Governo venha a ser aprovado, em matéria de contratação coletiva, direitos individuais, horários e precariedade", defendeu. www.msn.com
Não conheço todos os pormenores… mas assim por alto a coisa é como se segue: O histórico actor, autor, radialista e político Igrejas Caeiro, deixou a sua casa em testamento, juntamente com o histórico e precioso espólio cultural que foi juntando ao longo da vida, como uma vasta biblioteca, gravações únicas de programas, entrevistas, etc., etc… tudo o que se possa imaginar. Confiou numa instituição pública, uma Câmara Municipal, no caso a de Oeiras, agora novamente nas mãos de Isaltino Morais, para ser a guardiã do seu “tesouro” e confiando, legitimamente, que a sua casa viesse a ser um equipamento cultural ao serviço da população, como estabeleceu no testamento.
Enganou-se, o pobre Igrejas Caeiro! Caiu num conto do vigário! A sua casa está em obras, para ser transformada não em “casa-museu” mas sim numa “pensão” para turistas, o que pomposamente vão chamando de “alojamento local”… e o seu “tesouro” está a ser ROUBADO por quem deveria defendê-lo, aparecendo à venda, em partes, ao desbarato, em leilões e feiras.
A sério… a provar-se tudo, nenhum destes filhos da puta vai preso?!
INVESTIGAÇÃO RENASCENÇA
Espólio de Igrejas Caeiro vendido ao desbarato em feiras e leilões
Legado histórico de Igrejas Caeiro em risco. Fundação Marquês de Pombal, herdeira de espólio e património, vai transformar residência de Igrejas Caeiro em alojamento local e não em Casa/Museu, como previsto no testamento. Algum do espólio apareceu à venda em feiras de antiguidades e leiloeiras.
Foto: Sociedade Portuguesa de Autores
Foi um dos nomes mais marcantes da rádio em Portugal. Fez teatro, cinema, televisão e também foi político. A investigação da Renascençadescobriu que o testamento de Igrejas Caeiro não está a ser respeitado e o património que deixou está em risco.
Sem herdeiros legitimários, por não ter descendentes, Igrejas Caeiro manifestou ainda em vida a sua vontade em testamento: 15 mil euros para a Casa do Artista, outros 15 mil euros para a Voz do Operário e que os seus afilhados, pessoas próximas e até a governanta recebessem apartamentos em Lisboa, dos quais era proprietário.
Casas que deixou também à Fundação Sarah Beirão/António Costa Carvalho, em Tábua, que foi presidida por Igrejas Caeiro durante décadas, uma instituição particular de solidariedade social que foi a primeira Casa do Artista do país, onde estiveram nos últimos anos de vida escritores, artistas, jornalistas e intelectuais ligados à comunicação.
Uma fundação que também recebeu o dinheiro das contas bancárias e aplicações de Igrejas Caeiro. Por alto, 350 mil euros, que vão ser investidos na recuperação de um solar onde Igrejas Caeiro será homenageado.
Herdeira universal do remanescente foi a Fundação Marquês de Pombal, presidida por Isaltino Morais, autarca de Oeiras.
Ficou com um cofre de um banco em Paço de Arcos, cujo conteúdo se desconhece, com todo o espólio de Igrejas Caeiro, a casa em Caxias onde viveu - projetada pelo arquiteto Keil do Amaral e avaliada em quase 500 mil euros - e um terreno anexo à casa, entretanto vendido por 370 mil euros.
Dinheiro que em parte, a fundação investiu na recuperação da casa - não para a transformar numa Casa-Museu, como Igrejas Caeiro manifestou, em testamento, que previa também a instalação de uma biblioteca, salas para atividades artísticas, lúdicas e didáticas, biblioteca infantil, ludoteca e parque infantil.
A casa está a ser recuperada para nela instalar um projeto de alojamento local, segundo Alfredo Romano de Castro, administrador da fundação, para assim se conseguir a rentabilidade necessária para manter exposta a vida e obra de Igrejas Caeiro.
"É preciso dinheiro para fazer essas coisas. A Fundação sem dinheiro não consegue fazer nada. E portanto, teve que arranjar dinheiro para primeiro, preservar o que era património construído e do Igrejas Caeiro, e num segundo momento, garantir o que está no testamento: perceber que também pode ser uma Casa/Museu, mas acessoriamente, tem que ter alguma coisa que rentabilize a casa. Isso não está no testamento. Em boa verdade não está".
E quanto à vontade expressa por Igrejas Caeiro? A Casa/Museu? "Vamos ter, vamos reproduzir o que havia no tempo em que ele fazia rádio a partir da casa".
Quanto ao resto, previsto no testamento, "tudo isso poderá vir a ser considerado, quando chegarmos a acordo com a Câmara de Oeiras a cedência de um terreno que está aqui perto, para transformar este espaço num jardim público. Podemos ter aqui qualquer coisa. Não especificamente uma ludoteca, mas um parque que possa não desvirtuar tudo o que estava escrito, mas considerar algumas das premissas que estavam instituídas", garante Alfredo Romano de Castro.
Outra vontade de Igrejas Caeiro era que fosse criado e concedido um prémio no mundo do teatro. Uma distinção para o intérprete revelação do ano, que teria o nome de Igrejas Caeiro e da sua mulher, a atriz Irene Velez. Algo que nunca foi sequer criado. Assim com o também nunca avançou a classificação da casa como "edifício de interesse municipal".
Falta de verbas, diz Alfredo Romano de Castro, assegurando que o património com que a Fundação Marquês de Pombal ficou não é rentável. Ao contrário daquele atribuído a outros herdeiros.
"Nós ficámos com património valiosíssimo e a fundação também ficou com património valioso, mas com rentabilidade. Porque são apartamentos e prédios. Nós ficámos com este património, que tem custos e não tem rendimento. Tínhamos de criar uma forma criativa de rentabilizar aquilo com que ficámos".
Colunas de som, amplificador e braço de microfone de estúdio. Foto: João Cunha/RR
Percebendo que não teria capacidade financeira para cumprir a vontade de Igrejas Caeiro, a fundação não podia ter optado por recusar a herança? Podia, "mas na altura, a administração da Fundação não teve essa postura. Mas se não fosse para a fundação, seria para quem?"
Para quem pudesse cumprir a vontade de Igrejas Caeiro. O espólio da casa já está inventariado.
Mala-chapeleira de Elvira Vellez Foto: João Cunha/RR
"Temos um contentor na obra onde está tudo guardado. Quando tudo estiver concluído, será reposto. Quase todas as coisas estão inventariadas", para se saber qual o espólio. "E que depois será, enfim, reposto aqui ou, enfim, se entendermos que não será reposto, temos de pensar onde é que o podemos fazer".
"E o que é que terá sido feito das imensas obras de arte que aquela casa tinha?" A pergunta é feita por Virgílio Marques.
As obras de arte, de pintores como Artur Bual e Júlio Pomar, e esculturas de Rosa Ramalho, entre outros, estão à guarda da fundação, e regressam à casa depois de concluídas as obras.
Virgílio foi amigo próximo da atriz Elvira Velez, sogra de Igrejas Caeiro e que também viveu na casa de Caxias.
"Desde os 14 aos 30 anos fui amigo da Elvira Velez, e ela tinha uma grande ternura por mim e eu por ela. Depois conheci o Igrejas Caeiro, trabalhei no Maria Matos... Foi uma pessoa que considerei muito, ele respeitava muito toda a gente. Era muito honesto e muito sério. E portanto, isto choca-me tudo muito, não é? Ver a forma como as coisas que ele deixou e a vontade que ele teve estarem, a ser maltratadas. Não está a ser cumprida a vontade dele. Isso choca-me terrivelmente"
Também ficou em choque quando, há uns meses, encontrou numa feira de velharias, umas peças e artigos que lhe pareceram familiares. Mais em choque ficou quando lhe disseram onde as tinham obtido.
"Eu peguei nas peças, e um dos fulanos que as vendia disse-me que aquilo era do Igrejas Caeiro, e que as tinha comprado à Fundação Marquês de Pombal. Fiquei espantado! Havia serviços da SECLA, várias peças dos Companheiros da Alegria, canecas com a fotografia do Igrejas Caeiro e da Irene Velez, revistas com capas onde apareciam os dois. Estava lá tudo à venda".
Foto: João Cunha/RR
A Fundação nega, mas não consegue explicar como apareceram estas peças à venda.
"Isso é falso, porque a Fundação não vendeu nada", garante Alfredo Romano de Castro. "Eu não lhe consigo dizer como é que as coisas foram vendidas numa feira de antiguidades, mas consigo dizer-lhe que a fundação não alienou o que quer que seja que estava na casa do Igrejas Caeiro. Isso posso-lhe dizer".
Outros bens de Igrejas Caeiro e da família chegaram mesmo a ser vendidos por algumas leiloeiras. Desde troféus de teatro, atribuídos a Elvira Velez e ao teatro Maria Matos, que Igrejas Caeiro fundou, até quadros em que é o próprio Igrejas Caeiro a ser retratado, ao lado da mulher.
A Renascença sabe que o testamenteiro, a pessoa que o testador escolhe em testamento para fazer cumprir suas disposições de última vontade, foi Ricardo Luís Leite Pinto. Um professor universitário de Direito Constitucional passou o "cargo" à própria Fundação Marquês de Pombal.
Quanto ao cofre n.º 6 do antigo Banco Espírito Santo, ninguém sabe – a não ser o banco, que tem ata do levantamento do seu conteúdo – o que nele estava guardado.
Reestruturação dos CTT foi "para acionista ver" e "o consumidor pagar"
No comentário semanal na TSF, "A Opinião", Bagão Félix deixou críticas à privatização dos CTT e à política de distribuição de dividendos da empresa, em vez do reinvestimento dos lucros. Bagão Félix considera que os CTT - Correios de Portugal nunca deveriam ter sido privatizados. No espaço de comentário da TSF, "A Opinião", o economista defendeu que a empresa está a retroceder no crescimento e na política de reinvestimento dos próprios lucros. "Em 2016, [os CTT] distribuíram mais dividendos do que os lucros que tiveram. Distribuíram cerca de 74 milhões de euros e tiveram lucros de 62 milhões", notou Bagão Félix, acrescentando que se trata de uma perspetiva "muito generosa" mas que também deixa muitas interrogações. "Quando há poucos meses, foi anunciado que havia uma quebra de lucro em 2017, não foi de estranhar a brutal queda de cotação das suas ações", afirmou o economista. A queda das ações deu origem a uma "reestruturação para acionista ver" e "para o consumidor suportar", nas palavras de Bagão Félix. O resultado? O fecho de balcões dos correios e o sofrimento dos trabalhadores, indica o antigo ministro das Finanças. "A Opinião" de Bagão Félix SOM AUDIO Bagão Félix lembrou que, apesar da reestruturação de empresas como os CTT, "este ano, Portugal vai dar os dividendos mais atrativos de toda a Europa". O que, já por si, é dizer muito, na opinião do economista, uma vez que na Europa haverá uma distribuição "à volta de 320 mil milhões de euros de dividendos aos acionistas das empresas". "É quase duas vezes o PIB português, a riqueza gerada no nosso país", sublinhou Bagão Félix. Ao mesmo tempo, Portugal tem "a terceira mais baixa taxa de investimento da União Europeia", constatou o economista. "Está-se a retroceder na política de crescimento empresarial e de reinvestimento dos próprios lucros", afirmou. "O nosso capitalismo parece ser mais de passivos", criticou Bagão Félix, notando que o sistema fiscal português também não ajuda no caso. "É mais favorável à existência de capitais alheios do que de capitais próximos". Para o antigo ministro das Finanças, que diz nunca ter concordado com a privatização dos CTT, a solução poderá passar, em parte, pela aplicação de um sistema de regras para a privatização das empresas públicas. Bagão Félix considera que não devem ser privatizáveis "empresas que sejam monopólios naturais, de soberania ou de utilidade pública intensiva" ( o que é o caso dos CTT, realça), devem "inserir-se num mercado concorrencial que não permite abusos de posição dominante", precisam de "assegurar atividades de interesse nacional" e é ainda necessário que esteja assegurada a função reguladora e de supervisão". www.tsf.pt
“Acautelai-vos com os Idos de Março” avisara-o um adivinho, tempos atrás. Mas Júlio César não dera nenhuma importância ao aviso, (naquela altura, os meses eram divididos em calendas, idos e nonas. Os Idos eram a 15 de Março, Maio, Julho e Outubro, nos restantes meses eram no dia 13).
Estava-se no ano 44 a.C., e os Idos tinham chegado. Na noite anterior César e a mulher,
Calpúrnia, estiveram a jantar em casa de Emílio Lépido e durante o serão caíra a conversa sobre o género de morte que cada um desejaria para si e César dissera que gostaria que fosse rápida e inesperada.
Tinha horror à doença física, à fraqueza e ao desgaste do corpo e a epilepsia de que sofria. Regressaram a casa, mas durante a noite, uma rajada de vento tinha escancarado as portas e as portadas das janelas, despertando César de um sono inquieto.
No dia seguinte, 15 de Março, havia uma reunião do Senado e César sentindo-se indisposto, estava hesitante entre ir ou ficar. Calpúrnia também estava inquieta, sonhara que abraçava um César moribundo…
Mas Décimo Bruto, um dos senadores que fora lá a casa para o acompanhar à reunião, troçando dessas superstições, convenceu-o a ir com ele. Sem fazer caso dos apelos da sua mulher, César respondeu-lhe: “Só se deve temer o próprio medo”, e saiu.
A sessão do Senado que estava marcada para esse dia, no corredor anexo ao teatro de Pompeio, no Campo de Marte, destinava-se a determinar qual o título que o ditador usaria ao assumir o comando das legiões romanas na guerra que se iria desencadear contra a Pérsia.
Mas os livros sibilinos, os livros sagrados que eram consultados em ocasiões muito especiais, tinham revelado que os Partos só seriam derrotados por um rei…E Roma era uma República…
E em Fevereiro, durante os festivais dos Lupercais, Marco António, o seu mais fiel amigo, tinha-lhe oferecido uma coroa, por entre os aplausos da multidão, que César recusou. A cena repetiu-se três vezes, e à terceira, o ditador não ordenou que a coroa fosse entregue a Júpiter!
Para os sessenta ou oitenta conjurados, de que Décimo Bruto fazia parte, a República parecia perdida. César venceria de certeza a guerra…Era necessário agir, eliminar o ditador e fazer a República renascer.
No caminho para o Campo de Marte, César encontra de novo o adivinho e troçando dele, disse-lhe que os Idos de Março já tinham chegado, mas o outro responde-lhe que já tinham chegado, mas ainda não tinham acabado… Um pouco mais à frente, um cidadão com uma súplica, um rolo, aproxima-se dele, mas César entrega-a a um dos seus secretários, dizendo que a leria depois, sem imaginar que o rolo continha na realidade, toda a revelação da conjura, incluindo nomes e datas…
Entrou então na cúria, enquanto Marco António era retido cá fora por um dos conjurados, sob qualquer pretexto.
Conta Suetónio: “Quando ele se sentou, os conjurados puseram-se à sua volta como que em atitude de deferência; e de repente Cimbro Tílio aproximou-se mais, como se quisesse pedir-lhe algo, e uma vez que César recusava e com o gesto mostrava querer adiar para mais tarde, agarrou-o pela toga, abanando-o pelos ombros. César gritou: Mas isto é violência! E então um deles atacou-o com um punhal, ferindo-o abaixo da garganta. César agarrou-lhe o braço, trespassou-o com o punhal e tentou escapar; mas um segundo golpe deteve-o. Como viu que estava a ser atacado por todos os lados com punhais desembainhados, envolveu a cabeça na toga puxando com a mão esquerda as pregas para baixo, para que caísse mais dignamente, com a parte inferior do corpo também tapada. E assim foi trespassado por vinte e três punhaladas; soltou um gemido, sem uma palavra, apenas à primeira punhalada, se bem que alguns tenham afirmado que disse a Marco Bruto quando este o atacou: Também tu, Brutus? Ficou algum tempo por terra, inanimado, tendo fugido todos, até que três servos o colocaram numa liteira, com um braço pendente e o levaram para casa”.
Quando Marco António conseguiu entrar na cúria, tudo estava terminado!
Segundo o Presidente Macron, «A França está de volta» («France is back» - em inglês no texto). Ela pensaria jogar um papel internacional de novo, após dez anos de ausência. No entanto, Emmanuel Macron jamais explicou que política pensa fazer. Retomando elementos que já desenvolveu nestas colunas e recolocando-os, ao mesmo tempo, tanto no contexto europeu como no da História desse país, Thierry Meyssan analisa a viragem que acaba de ser iniciada.
Quando Emmanuel Macron se apresentou como candidato à presidência da República Francesa, ignorava tudo a propósito de Relações Internacionais. O seu mentor, o Chefe da Inspeção-geral de Finanças (um corpo de 300 altos-funcionários), Jean-Pierre Jouyet, deu-lhe uma formação acelerada.
O prestígio da França havia sido consideravelmente diminuído pelos dois presidentes precedentes, Nicolas Sarkozy e François Hollande. Devido à sua falta de prioridades e às suas inúmeras reviravoltas, a posição Francesa era percebida na actualidade como «inconsistente». Assim, ele iniciou o seu mandato encontrando-se com o maior número de Chefes de Estado e de Governo, mostrando que a França se reposicionava como uma potência mediadora, capaz de falar com todos.
Após os apertos de mão e os convites para banquetes oficiais, precisava de dar um conteúdo à sua política. Jean-Pierre Jouyet [1] propôs-lhe ficar no campo atlântico, apostando tudo nos Democratas norte-americanos que, segundo ele, deveriam regressar à Casa Branca talvez mesmo antes das eleições de 2020. Na altura em que os Britânicos deixam a União Europeia, a França estreitaria a sua aliança com Londres fortemente continuando ao mesmo tempo a manter relações com Berlim. A União deveria ser recentrada na governança do euro. Ela colocaria um termo ao livre-comércio com os parceiros que não o respeitam e criaria grandes empresas na Internet capazes de rivalizar com as da GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon). Deveria igualmente dotar-se de uma defesa comum contra o terrorismo. Junto com os seus aliados, ela deveria envolver-se na luta contra a influência russa. Finalmente, a França prosseguiria a sua acção militar no Sahel e no Levante.
Em Setembro de 2017, Jean-Pierre Jouyet foi nomeado embaixador da França em Londres. Em Janeiro de 2018, a França e o Reino Unido relançavam a sua cooperação diplomática e militar [2]. Ainda em Janeiro, os dois Estados formavam uma instância secreta, o «Pequeno Grupo», para relançar a colonização franco-britânica do Levante [3].
Esta política, que jamais foi abordada em público, ignora tanto a história da França como a demanda alemã para desempenhar um papel político internacional mais importante. A quarta maior economia do mundo é, com efeito, setenta anos após a sua derrota, ainda mantida num papel secundário [4].
No que diz respeito ao mundo árabe, o Presidente Macron —enarca e antigo empregado da Rothschild & Cie— adoptaram o ponto de vista dos seus dois consultores na matéria: o franco-tunisino Hakim El Karoui —um outro ex-Rothschild & Cie— para o Magrebe e do antigo embaixador em Damasco, Michel Duclos —também um enarca— para o Levante. El Karoui não é um produto da integração republicana, antes da alta burguesia transnacional. Ele alterna entre um discurso republicano, no plano internacional, e um outro comunitário no plano interno. Duclos é um autêntico neo-conservador, formado nos Estados Unidos de George W. Bush por Jean-David Levitte [5].
Ora, El Karoui nunca compreendeu que os Irmãos Muçulmanos são um instrumento do MI6 britânico, e Duclos que Londres nunca digeriu os acordos Sykes-Picot-Sazonov que lhe fizeram perder metade do seu império no Médio Oriente [6]. Os dois homens não vêem, pois, qualquer problema na nova «entente cordial» com Theresa May.
Ora, pode-se desde já verificar certas incoerências desta política. Em aplicação das decisões do «Pequeno Grupo», a França retomou o hábito da equipa do Presidente Hollande de repassar à ONU as posições dos seus empregados da oposição síria (os que se reivindicam da bandeira do mandato francês sobre a Síria [7]). Mas os tempos mudaram. A carta do actual presidente da «Comissão síria de negociação», Nasr al-Hariri, transmitida em nome da França ao Conselho de Segurança, difama não apenas a Síria mas também a Rússia [8]. Ela acusa uma das duas principais potências militares do mundo [9] de perpetrar crimes contra a Humanidade, o que viola a posição «de mediação» de um membro permanente do Conselho. Se Moscovo preferiu ignorar esta linguagem inconveniente, Damasco respondeu-lhe com rispidez [10].
Em suma, a política de Emmanuel Macron não difere muito da de Nicolas Sarkozy e de François Hollande mesmo se, devido à presença de Donald Trump na Casa Branca, ela se apoia mais no Reino Unido do que nos Estados Unidos. O Eliseu prossegue com a ideia de uma recuperação económica das suas multinacionais não em França, mas às custas do seu antigo Império colonial. Trata-se das mesmas escolhas que as do socialista Guy Mollet, um dos fundadores do Grupo de Bilderberg [11]. Em 1956, o Presidente do Conselho francês fez aliança com Londres e Telavive para conservar as suas acções no Canal do Suez nacionalizadas pelo Presidente Gamal Abdel Nasser. Ele propôs ao seu homólogo britânico, Anthony Eden, que a França integrasse a Commonwealth, que ela prestasse vassalagem à Coroa e que os Franceses adoptassem o mesmo estatuto de cidadania que os Irlandeses do Norte. [12]. Este projecto de abandono da República e de integração da França no seio do Reino Unido sob a autoridade da Rainha Isabel II jamais foi publicamente discutido.
Pouco importam o ideal de igualdade de direitos, expressa em 1789, e a rejeição do colonialismo expresso pelo Povo francês face ao golpe de Estado abortado de 1961 [13], aos olhos do Poder, a política estrangeira não deriva da democracia.
[5] Jean-David Levitte, aliás «Diplomator», foi representante permanente da França nas Nações Unidas em Nova Iorque (2000-02), depois embaixador em Washington (2002-07).
[6] De um ponto de vista britânico, os acordos Sykes-Picot-Sazonov, de 1916, não são uma partilha equitativa do mundo entre os três impérios, mais uma concessão do Reino-Unido para se assegurar do apoio da França e da Rússia (Tripla Entente) contra o Reich alemão, a Austria-Hungria e a Itália (Triplice).
[7] « La France à la recherche de son ancien mandat en Syrie », par Sarkis Tsaturyan, Traduction Avic, Oriental Review (Russie), Réseau Voltaire, 6 octobre 2015. Em 1932, a França outorga à Síria, sob protectorado, uma nova bandeira. Ela era composta de três faixas horizontais representando as dinastias Fatímidas (verde), Omíadas (branco) e Abássidas (negro), símbolos dos muçulmanos xiitas quanto à primeira e sunitas quanto às duas seguintes. As três estrelas vermelhas representam as três minorias cristã, drusa e alauíta. Esta bandeira permanecerá em vigor no início da República Árabe Síria e regressará, em 2011, com o Exército Sírio Livre.
[12] “When Britain and France nearly married” («Quando a Grã-Bretanha e a França quase se uniram»- ndT), Mike Thomson, BBC, January 15, 2007. «Frangland? UK documents say France proposed a union with Britain in 1950s : LONDON : Would France have been better off under Queen Elizabeth II ? », Associated Press, January 15, 2007. Guy Mollet não retomava nisto a proposta de União franco-britânica, formulada por Winston Churchill e Anthony Eden em 1940, de fusão provisória das duas nações após a derrota francesa na luta face ao Reich nazi. Ele inspirava-se, de facto, no contexto da crise do Suez e na esperança de salvar o Império francês, na proposta de Ernest Bevin, onze anos antes, de criar um terceiro bloco face aos EUA e à URSS, juntando os impérios britânico, francês e neerlandês no seio de uma União Ocidental. Este projecto foi abandonado por Londres em favor da CECA (antecessora da União Europeia), no plano económico, e da OTAN no plano militar.
[13] Em 1961, um Golpe de Estado militar, organizado nos bastidores pela OTAN, tentou derrubar o General-presidente Charles De Gaulle e manter a política colonial francesa. Maciçamente, os Franceses recusaram apoiá-lo. « Quand le stay-behind voulait remplacer De Gaulle » («Quando o stay-behind queria substituir de Gaulle»- ndT), por Thierry Meyssan, Réseau Voltaire, 10 septembre 2001
Na sessão, também foi feita uma proposta para ampliar a lista de doenças pelas quais os pais cuidam de crianças com doenças graves.
A Comissão de Políticas Abrangentes de Deficiência do Congresso dos Deputados aprovou na terça-feira uma Proposição de Lei para proibir a esterilização forçada de pessoas com deficiência , uma prática que, em Espanha, é apoiada pelo artigo 156 do Código Penal. A iniciativa, promovida pelo Grupo Conjunto a pedido do PDeCAT, prosseguiu por 22 votos a favor e 14 abstenções do Partido Popular. O alargamento da lista de doenças para as quais os pais cuidam de crianças com doenças graves podem receber benefícios da Segurança Social e o cumprimento das condições básicas de acessibilidade são algumas das outras propostas que foram aprovadas na sessão.
Além de instar o governo a tomar as necessárias alterações regulatórias para acabar com a esterilização, a iniciativa exigiu uma maior transparência nos dados relacionados a essas intervenções e medidas para compensar os danos causados ??às pessoas que já foram criadas. Três petições que respondem às principais demandas do Comitê Espanhol de Representantes de Pessoas com Deficiência (CERMI) , segundo as quais, na última década, mais de mil operações foram realizadas para esse fim."É um ato de violência, uma prática exercida sobre pessoas que não foram informadas ou que deram seu consentimento", disse o deputado Jordi Xuclà, referindo-se a esterilizações involuntárias durante a defesa da proposta. Xuclà lembrou que essas intervenções - para as quais é requerida uma ordem judicial - são principalmente realizadas por mulheres e que representam uma "mutilação de seus direitos com a desculpa de conseguir um bem para as meninas que se traduz, pelo contrário, em maior vulnerabilidade ".
AS OUTRAS PROPOSTAS
· Aposentadoria antecipada: a iniciativa aprovada - promovida por Esquerra Republicana - pede a revisão dos pressupostos de reforma antecipada que estão incluídos no Real Decreto 1851/2009, de 4 de dezembro. No presente, esta regra não inclui doenças como Parkinson.
· Acessibilidade na Biblioteca Nacional: A Proposição nº de Lei aprovada requer ações urgentes para que os serviços e instalações da Biblioteca Nacional, localizados em Madri, sejam acessíveis a todas as pessoas com deficiência.
· Centros de saúde: o PP e a Esquerra adotaram a proposta de desenvolvimento, - com a colaboração dos grupos de pessoas com deficiência - de um plano nacional de acessibilidade abrangente em centros de saúde que serve como modelo.
· Terminologia adequada : apesar da oposição das outras partes, a iniciativa do Partido Popular também foi aprovada para o uso, no Congresso dos Deputados, da denominação "pessoas com deficiência", em vez de, por exemplo, "pessoas com diversidade funcional".
· Propriedade horizontal : PNL elaborada por Cidadãos e aprovada por 16 votos a favor, exige a modificação da lei de propriedade horizontal para garantir a acessibilidade da habitação.
A iniciativa, registrada em 18 de fevereiro, teve o apoio de todos os grupos parlamentares com a única abstenção do Partido Popular, que apresentou uma emenda para considerar necessário "um estudo sobre o significado da alteração, neste caso , afeta o artigo 156 do Código Penal ", conforme defendido pelo membro da formação María de Carmen Dueñas. Uma correção que não foi finalmente incluída no texto que foi votado.
Oito propostas aprovadas
No total, a sessão aprovou as oito propostas que foram debatidas, incluindo a atualização da lista de doenças pelas quais os pais podem solicitar um benefício econômico para o atendimento de crianças afetadas por câncer ou outra doença grave . A iniciativa apresentada pelo PSOE foi apoiada por 21 deputados contra a abstenção do Partido Popular, que solicitou a conclusão de um relatório antes da modificação para determinar as mudanças necessárias.
"Nós nos encontramos com uma lista que inclui apenas uma série de doenças graves para as quais eles podem se refugiar", expôs a deputada socialista María Soledad Pérez, antes de apontar a impossibilidade de incluir todas as doenças raras que, como ela disse, Eles são cerca de 6.000. Por esta razão e a dificuldade, em sua opinião, para conseguir um diagnóstico em muitos casos, Perez defendeu a proposta do PSOE que exige a inclusão de uma cláusula que possa determinar a inclusão de doenças graves e invalidantes, inquestionável em vista da relatórios pediátricos, evitando a possível interpretação da lista.
O cumprimento das condições básicas de acessibilidade, cujo termo expirou em 4 de dezembro, foi outra das iniciativas que foram discutidas durante as mais de duas horas que a sessão durou. Nesse sentido, a proposta do PSOE exige o desenvolvimento de um calendário para "disponibilizar serviços, produtos e espaços da Administração Geral do Estado", além de solicitar que 1% do orçamento de infraestrutura seja alocado ao fundo de acessibilidade . O PP se defendeu das críticas sobre a falta de medidas reais e reafirmou seu compromisso com pessoas com deficiência. Finalmente, a PNL prosseguiu por 22 votos a favor e 14 abstenções dos populares.
Foi quando vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes escolheu um video. Veja-se o minuto 46'30' e depois o que aconteceu, com as explicações do dirigentes do CDS. E depois volte-se aqui.
Adolfo Mesquita Nunes é dado como a cara modernizadora do CDS. Se bem se percebe do debate público, porque enquanto secretário de Estado promoveu Portugal no estrangeiro (a explosão do turismo dever-se-ia a ele...) e porque assumiu a sua orientação homossexual. Adolfo dá mostras de ser um jovem à-vontade, com abertura de espírito e sincero. Mas no resto ele revela-se um típico militante do CDS: em momentos de aperto, envereda pela palavra fácil, inconsistente.
Veja-se os seus argumentos noutra parte do programa. A questão em debate era se Assunção Cristas não seria penalizada politicamente por ter sido ministra de um governo que cerceou a despesa pública, quando hoje critica o governo PS por não fazer investimento público.
"AMN: Se há partidos que têm problemas com ministros do governos anteriores é o Partido Socialista. Os ministros socratistas estão lá todos. Se há algum governo que deveria ter vergonha de se voltar a pôr a eleições era a maior parte dos ministros socialistas.
João Adelino Faria: Mas eu estou a falar da troica e da austeridade que foi impostas aos portugueses...
AMN: Pois, os portugueses sabem como é que a troica cá chegou. Precisamente na sequência dos ministros socialistas que estão todos lá..."
Parece uma típica manobra de diversão. Mas não é séria. É enganadora. E pressupõe um mau-viver não assumido com o que foi feito, até porque, na realidade, não se mudou de opinião.
1. A dívida pública nunca foi o problema da dívida bruta nacional. A dívida privada correspondeu ao dobro da pública e conviria explicar porquê;
2. Mesmo a dívida pública começou a crescer sobretudo a partir de 2000 e isso talvez diga muita coisa, mais do que o mandato de José Sócrates. Cresceu mesmo no mandato PSD/CDS de 2002/4. Mas mais que tudo subiu desde 2009 e isso coincide com o início da percepção em Portugal dos efeitos da crise internacional. O Governo Sócrates teve uma gestão orçamental eleitoralista, sim, mas poderia coincidir com uma política de ataque à crise, aliás incentivada por Bruxelas até Março de 2010;
3. A partir de Março de 2010, a orientação europeia foi de austeridade, o que aprofundou ainda mais a recessão e provocou a volatilidade dos mercados. Nessa altura, a direita - CDS inclusivé - defendia o fim dos sacrifícios sociais.
4. O CDS foi para o Governo em Maio de 2011 e aplicou a pior das austeridades que tanto criticara. Havia outras políticas, mas foram essas as opções. Essas políticas foram mais além da troica e explicam a profunda e histórica recessão em 2012 que fez o desemprego atingir níveis recordes de 1,5 milhões de pessoas. O ministro do CDS deu a cara pela política de aperto salarial e desprotecção dos desempregados num momento em que a política seguida mais os atingia, contribuindo para uma maior precariedade e maior pobreza entre trabalhadores e sem resultados orçamentais visíveis. O CDS poderia ter defendido outras políticas, mas não. Assumiu-as até 2013. Depois quis fugir irrevogavelmente, mas não pôde. E ficou amarrado. E agora quer escapar-se outra vez. Com novas caras e algumas lavadas.
Mesquina Nunes poderá ser uma boa alma. Mas nada lhe retira a sensação de ser aquilo que é necessário para o "velho CDS" mudar de pele. ladroesdebicicletas.blogspot.pt
Três dias antes de ser assassinada, a vereadora Marielle Franco, do Psol, denunciou as mortes de jovens e a truculência policial em favela carioca: A morte de dois jovens e a truculência policial durante operações na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, foram denunciadas pela vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o coletivo Papo Reto. Marielle compartilhou uma publicação em que comenta que os rapazes foram jogados em um valão. De acordo com moradores, no último sábado, policiais militares do 41° BPM (Irajá) invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno.
“Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, escreveu.
Procurada pelo DIA, a PM confirmou que realizou uma operação na comunidade ontem, mas não confirmou as motes nem falou sobre as denúncias. “Segundo o comando do 41ºBPM (Irajá), na manhã de sábado, policiais militares do batalhão atuaram em Acari, na Zona Norte do Rio. Durante a ação, policiais foram recebidos a tiros ocorrendo confronto e, após vasculhamento na área, foram apreendidos 40 frascos de lança perfume, 65 kg de pó branco e 1.050 frascos de cheirinho da loló. Ocorrência encaminhada para registro na 39ª DP (Pavuna)”, disse a corporação em nota. (…)
As medidas retaliatórias serão dadas a conhecer a Londres, primeiro, e só depois serão conhecidas por parte do grande público.
Moscovo vai informar o Reino Unido em primeira mão sobre as medidas retaliatórias contra Londres no caso do espião envenenado, apenas depois as tornará publicas. A informação foi avançada pela agência de notícias RIA, citando o ministro das relações externas, Serguei Lavrov. A sua porta-voz também adiantou como serão implementadas.
VÍDEO
"Planeamos introduzir medidas reciprocas. Estamos atualmente a trabalhar nelas e serão adotadas a curto prazo. Londres ainda não nos forneceu quaisquer detalhes, não há qualquer informação que nos possa dar um pouco de luz sobre o que aconteceu", declarou Maria Zakharova. O governo britânico tinha exigido uma resposta clara ao Kremlin sobre como foi possível ter sido usado o agente químico de fabrico russo, do grupo Novichok, em solo britânico. Moscovo considera grosseiras medidas do Reino Unido.
Houve, por exemplo, quem declarasse danos em construções que já se encontravam abandonadas ou em ruínas antes da ocorrência dos incêndios
Entre os 14 677 processos de candidatura a apoios dos agricultores afetados pelos incêndios de outubro do ano passado, o Ministério da Agricultura detetou 339 tentativas de fraude, avança o “Correio da Manhã” esta quarta-feira.
Segundo fonte do ministério, na maioria dos casos, estão em causa as candidaturas para quem sofreu prejuízos entre os mil e os cinco mil euros. Uma das situações mais comuns detectadas, por exemplo, foi a apresentação da mesma candidatura, para o mesmo terreno, por diferentes titulares e/ou a diferentes medidas.
Além disso, houve também quem declarasse danos em construções que já se encontravam abandonadas ou em ruínas antes da ocorrência dos incêndios e que registrasse danos superiores aos realmente sofridos.
Pelo que apurou o matutino junto de fonte do Ministério da Agricultura, todas as candidaturas que apresentaram discrepâncias de valores até 10% superiores aos montantes estabelecidos foram validadas. As que estavam num intervalo entre os 11% e 34% acima do valor determinado foram ajustadas para o preço real. Já as superiores a 35% foram rejeitadas pela tutela, escreve o “CM” .
As Câmaras de Faro e de Olhão, o INEM e a Autoridade Marítima Nacional vão passar a partilhar os custos de manutenção do barco Ria Solidária, que faz assistência médica e evacuação de pessoas nas ilhas-barreira da Ria Formosa. O protocolo foi assinado hoje, 14 de Março, e vai vigorar por três anos.
Na prática, as Câmaras de Faro e de Olhão vão atribuir 7 mil euros, cada uma, para financiar os custos do barco, que foi propriedade do Governo Civil, enquanto a entidade ainda existia. Quanto ao INEM, entra com o mesmo montante.
Já a Autoridade Marítima Nacional dá o pessoal e continua a ser responsável por operar o Ria Solidária, através da Estação Salva-Vidas de Olhão, algo que já fazia antes. Só que, em vez de continuar a sustentar a 100% os custos, agora conta com esta ajuda.
António Pina, Sousa Pereira, Rogério Bacalhau, Luís Alves Meira
Ao Sul Informação, Cortes Lopes, comandante da Zona Marítima do Sul, explicou que o desafio para este protocolo «partiu da Autoridade Marítima Nacional», mas foi «prontamente aceite» pelas três entidades em questão.
Quanto à partilha destes custos, é vista por Cortes Lopes como «uma questão de justiça» que permite «melhorar os procedimentos» deste barco. «Isto é um serviço público para as populações, em termos de prestação de socorro», referiu. Segundo dados revelados por Cortes Lopes, o Ria Solidária faz, em média, 180 evacuações por ano.
A assinatura deste protocolo contou com a presença de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, António Pina, presidente da Câmara de Olhão, Luís Alves Meira, presidente do INEM, e o Vice-Almirante Sousa Pereira, diretor geral da Autoridade Marítima.
Para o edil farense, este é um protocolo de «vital importância», uma vez que «o direito à saúde deve ser concedido a todos».
António Pina, por outro lado, alertou para o facto de a assistência médica nas ilhas-barreira não estar a ser «suficientemente cuidada». O presidente da Câmara de Olhão deu como exemplo a ilha da Armona, onde estão, no Verão, «cerca de 5 mil pessoas», mas, se houver alguma necessidade, «apenas há um barco».
As autarquias de Faro e Olhão e ainda o INEM têm um prazo, até ao final deste mês de Março, para entrar com o dinheiro. Quanto ao futuro, o comandante Cortes Lopes disse que, após os três anos deste protocolo, «se houver interesse, faz-se um novo, nos mesmos moldes».
ENQUANTO A AMBICIOSA CRISTAS DISPUTAR FORÇAS COM O PSD O PS FICA CADA VEZ MAIS PERTO DA MAIORIA ABSOLUTA.
DEPOIS COMEÇAM AS "DESGRAÇAS" E A POLÍTICA DA GERINGONÇA PASSARÁ (SE NÃO PASSOU JÁ) À HISTÓRIA.
OU OS TRABALHADORES ABREM OS OLHOS E LUTAM, OU PASSARÃO POR TEMPOS MAIS NEGROS DO QUE JÁ PASSARAM E AO QUE PARECE MUITOS JÁ SE ESQUECERAM.
A LUTA DE MASSAS É A ÚNICA (FOI SEMPRE) SOLUÇÃO PARA FAZER FRENTE ÀS POLÍTICAS DE DIREITA DO PS/PSD/CDS E AS ESPERANÇAS DE UM PS À ESQUERDA É UMA FANTASIA DO JOÃO RATÃO E DA ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS.
SE NÃO AGIR, SÓ O POVO É QUE VAI PERDER JÁ QUE AS INJUSTIÇAS, A AUSTERIDADE A PERDA DE DIREITOS SÓ A ELE O ATINGE.
Curiosamente (?) é a imprensa de direita quem maisagita o temadepois de ter agitado outro. Cá por mim, acho que é mais um a juntar ao farelo do mesmo saco...
Suicidem-nos... nas urnas!
conversavinagrada.blogspot.pt
os sublinhados estão desenvolvidos abaixo
Berkeley? desmente comunicado de Barreiras Duarte
A universidade diz que o 'certificado' apresentado pelo secretário-geral do PSD "não prova" o comunicado desta noite
A universidade da Califórnia, em Berkeley, afirma que Feliciano Barreiras Duarte "nunca foi um investigador visitante [visiting scholar]" e que a carta por este apresentada "não prova o contrário" disso mesmo.
Em resposta enviada ao SOL, Berkeley recorda que "não emite documentos em nenhuma língua que não o inglês" e que o texto presente na carta, que Barreiras Duarte utiliza para justificar a sua utilização do estatuto, "é atípico dos convites da universidade a investigadores visitantes".
A carta foi pela primeira vez apresentada ao SOL como prova da "inscrição" do secretário-geral do PSD em Berkeley, apesar de hoje Barreiras Duarte ter rectificado à SIC que nunca se matriculara na instituição americana.
Em comunicado enviado esta noite às redações, o secretário-geral do PSD defende que Deolinda Adão dá agora "como verdadeiro um documento que antes tinha garantido que era falso", referindo-se à carta que apresentou ao SOL como 'certificado' de inscrição e que Berkeley novamente desmente.
Ainda em resposta às questões do SOL de hoje, motivadas pelo comunicado de Barreiras Duarte, a universidade é clara: "Independentemente de Deolinda Adão ter ou não assinado realmente esse documento, Feliciano Barreiras Duarte nunca foi um investigador aqui e essa carta não pode ser usada para provar o contrário".
No comunicado mencionado, o deputado afirma que "a principal e mais grave acusação de que tenho sido alvo, a de falsificação de documentos, em que alguns acreditaram, cai por terra".
Questionada pelo SOL, Deolinda Adão recusa comentar se deixa – ou não – cair as acusações de falsificação que proferira quando confrontada inicialmente com a carta que Feliciano apresenta e ?que ?Berkeley desmente. "Terá que fazer as suas interpretações do que está na comunicação. Essa não é responsabilidade minha", escusa-se? a académica. ?
Hoje, e ainda ao SOL, o departamento de relações públicas da universidade, que também contactou Deolinda Adão, informa: "Como Deolinda [Adão] lhe dissera, ela não escreveu esse documento, ainda que a assinatura eletrónica aparente ser a dela". ?
sol.sapo.pt
Cristas, Rio e o suicídio
Assunção Cristas, à qual chegaria a arte do meu amigo "Maceta", terá já decidido gamar a imagem e inspirar-se nela para o lançamento do primeiro outdoor a usar na campanha para as próximas legislativas, com aquilo que virá a ser, considera ela, um slogan vitorioso.
Entretanto, assumindo as dores de Rio, um colunista encartado vem à liça e, documentada_mente, prova que Cristas terá cometido suicídio.
O ministro do Ambiente disse hoje que o investimento prioritário na orla costeira do Algarve passa pela reposição dos passadiços nos areais destruídos pelas condições atmosféricas adversas das últimas semanas, cujo valor ascende a 250 mil euros.
“Naquilo que diz respeito aos estragos públicos, o levantamento que tenho é de 250 mil euros, não estando incluídos os apoios de praia, para os quais não haverá apoios”, disse o ministro João Pedro Matos Fernandes, durante a visita à praia dos Três Irmãos, em Alvor.
De acordo com o governante, “os passadiços vão ser construídos, muito em breve, com o apoio das autarquias, pois do ponto de vista ambiental é importante que existam passadiços, porque são a certeza de que não há pisoteio das dunas”.
O governante indicou também que o “foco ambiental do Governo está centrado em garantir que as praias tenham areia e que podem ser fruídas, areia essa que será reposta, em parte pela natureza e outra parte através de dragagens previstas para Alvor e para a Fuseta”.
Segundo João Pedro Matos Fernandes, o que aconteceu com a tempestade Ema “foi de facto muito significativo, embora a tempestade Felix tenha reposto alguma da areia que tinha sido retirada”.
“As condições adversas tiveram ondas entre quatro e seis metros, o que arrastou muita areia, sendo que essa areia não foi para muito longe, está aqui perto e acreditamos que continuará a ser reposta naturalmente” frisou.
O ministro do Ambiente acrescentou que “qualquer intervenção de engenharia que não seja natural será estritamente limitada à defesa de pessoas e bens na orla costeira do Algarve.
João Pedro Matos Fernandes visitou a praia dos Três Irmãos em Alvor, acompanhado pela presidente da Câmara de Portimão e pelo diretor regional do Algarve da Agência Portuguesa do Ambiente.
O governante visitará ainda hoje a Fuseta na Ria Formosa e a praia de Faro, uma das zonas mais fustigadas pelo temporal que assolou a região do Algarve.
A greve dos professores teve hoje na região sul uma adesão “ligeiramente acima” da registada na terça-feira, nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal e na Madeira, com “uma média na ordem dos 70%”, segundo a Fenprof.
“A greve terá atingido uma média na ordem dos 70%, ligeiramente acima do que já se verificou ontem [terça-feira] e, pensamos nós, com tendência para poder ainda subir nos próximos dias”, afirmou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
O dirigente da Fenprof fez o balanço da greve dos professores nos distritos de Évora, Beja, Portalegre e Faro durante uma conferência de imprensa na Escola Secundária Severim Faria, em Évora.
Mário Nogueira referiu que esta manhã já tinha constatado que havia “um aumento” da adesão à greve em comparação com a de terça-feira, assinalando que, no primeiro dia de paralisação, ainda existiam dúvidas entre os docentes.
Os professores “já perceberam melhor” o que está em causa, porque “houve mais algum tempo para fazer esse esclarecimento”, realçou, considerando que a greve de quinta-feira “ainda terá melhores resultados”.
O sindicalista disse que, neste dia de greve, muitas escolas de primeiro ciclo e do pré-escolar, as que têm menos professores, registaram adesões de 100%, indicando que nas escolas secundárias e básicas há “uma média de 70%”.
Sobre os motivos da greve, Mário Nogueira considerou “inaceitável” que “70% do tempo de serviço” dos professores seja “para pagar”, salientando que está a ser “revertido o tempo de serviço congelado” dos docentes da Madeira e dos Açores, assim como na administração pública.
“O Governo tem de perceber que não pode discriminar os professores e tratá-los como trabalhadores de segunda”, insistiu, lembrando que, caso não haja cedências, está em cima da mesa “uma grande manifestação no início do terceiro período”.
O secretário-geral da Fenprof manifestou disponibilidade para, entre outras questões, “negociar os ritmos de reposição do tempo, os prazos dessa recuperação, a forma de o fazer e as prioridades que possam existir”.
“Há uma coisa para a qual nós estamos absolutamente indisponíveis que é abrir mão do tempo que as pessoas trabalharam”, acrescentou.
A greve foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, entre as quais as duas federações – Federação Nacional de Educação (FNE) e Fenprof – e oito organizações mais pequenas.
A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, concentrou-se hoje na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e na quinta-feira abrangerá a região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).
A paralisação termina na sexta-feira na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.
A GNR, através do Destacamento Costeiro de Matosinhos, apreendeu, na madrugada desta quinta-feira, em Vila do Conde, 105 quilos de meixão vivo, detendo seis cidadãos estrangeiros.
No decorrer de uma operação de fiscalização rodoviária, foi detetada uma viatura com seis ocupantes que transportavam consigo meixão vivo, cerca de 420 mil espécimes, acondicionado em sacos de plástico com água e envolvidos em sacos térmicos, o que indiciou o tráfico destes espécimes.
A GNR efetuou algumas diligências e apurou que "o meixão tinha como destino o mercado asiático, sendo enviado por via aérea, onde poderia atingir um valor de mais de 735 mil euros".
Os indivíduos, com idades compreendidas entre os 35 e os 45 anos, ainda tinham na sua posse cerca de 10 mil euros em dinheiro, que foram apreendidos, assim como a viatura em que seguiam. Encontravam-se todos em situação irregular no nosso país e estão a ser ouvidos no Tribunal de Vila do Conde.
A nova prática das fábricas têxteis portuguesas é a contratação de trabalhadores oriundos do Bangladesh e Índia para fazer face à falta de mão de obra qualificada em Portugal.
Enquanto que até agora a preferência era a deslocalização da produção para países como Marrocos ou Tunísia, a importação de trabalhadores passou a ser a opção favorita porque, naqueles países do Norte de África, os trabalhadores perdem muitas horas a rezar.
Carlos Gonçalves «Eu sou o melhor» «Eu sou o melhor candidato a primeiro-ministro», disse Rui Rio depois de Cristas ter dito na véspera – «a melhor sou eu». Eis a substância do show off mediático do fim de semana da ex-união de facto PSD/CDS, que desgovernou cinquenta e três meses, até final de 2015, e está agora separada, para ludibriar a cobrança política pelas suas malfeitorias. Esta embófia do presidente do PSD diz muito da personagem e do projecto, até no contexto da despudorada campanha político-mediática de branqueamento que promove, mais o CDS, para ocultar o passado. O PSD hesitou, a bradar pelo «diabo» e a passar graxa ao anterior governo, e o CDS tem uma verve de mentiroso que não pede meças. Mas agora são tantos os truques e conivências do poder económico-mediático que parece que ambos nunca estiveram no governo, que a política de direita, de desastre e submissão, é do defenestrado Miguel de Vasconcelos e nada tem a ver com PSD/CDS (e PS). Rio leva a peito a ordem do grande capital para «libertar o governo da dependência da esquerda», isto é, do PCP, e ensaia com o PS e o alto patrocínio de M. R. Sousa, o calendário da convergência – na descentralização e fundos comunitários, mas mais, agora e sempre, no essencial dos grandes interesses, com o CDS e o PS – que assim clarifica a sua posição –, contra melhorias na legislação laboral, pela exploração e o lucro máximo. O PSD está em fase de branqueamento – não tem culpa nenhuma, nunca roubou os trabalhadores, nem foi lacaio de interesses estranhos ao povo e ao País, e está para «ajudar» o governo PS. Mas afia as garras para nova ofensiva – rever a Constituição e (contra) reformas estruturais, em conflito com o povo e o País. É o PSD, reaccionário e igual a si próprio. Não há Rio que o lave. www.avante.pt