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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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29
Mar18

Não é o facebook o nosso verdadeiro inimigo

António Garrochinho


(Jorge Rocha, in Blog Ventos Semeados, 28/03/2018)
facebook2
Para os principais defensores das direitas um mundo perfeito neste cantinho à beira-mar plantado seria aquele em que as únicas fontes de informação, que chegariam aos eleitores, seriam os canais de televisão e de rádio atuais (quer os públicos, quer os privados, porque em nada se distinguem no seu alinhamento com tais áreas políticas) e os jornais e revistas remanescentes da crise geral da imprensa (quase) todos da propriedade dos mesmos suspeitos do costume.
Sem outro contraditório que não fosse o da militância dos partidos de esquerda através das, então, pouco noticiadas ações de divulgação das suas ideias, chegaríamos a um situação parecida com a da Polónia ou a da Hungria em que os resultados eleitorais contemplam maiorias robustas às forças políticas já no governo e de cujos mecanismos se servem para imporem uma ditadura de facto, que só ingénuos ou mal-intencionados continuam a qualificar de democracia.
No entanto essa é tese que não impressiona os antissocialistas primários, que vituperam a Venezuela de Maduro, mas esquecem facilmente as práticas dos partidos europeus parceiros do PSD e do CDS no PPE. Um dos nossos leitores até veio com a tese peregrina de que, se os povos do Leste, tinham eliminado os seus partidos comunistas, justificava-os a memória de quanto eles lhes tinham desagradado. Para quem defende tais teses não existiram contínuas ações da CIA no sentido de desestabilizarem esses países, financiando-lhes muitos dos seus «opositores» e, depois, através do controlo dessa (des)informação, instilar-lhes ideias manipuladas sobre o que é a Democracia, a Liberdade de Imprensa ou qualquer dos demais direitos fundamentais.
Quem anda tão ciosamente a defender os multipartidarismos do tipo de Democracia implantado por  todo o Ocidente compraz-se com essas supostas liberdades – usufruídas decerto pelos que detêm a propriedade, e por inerência, o poder, mas sonegadas à grande maioria silenciada e explorada.
Não pondo em causa que a Democracia socialista deva ser multipartidária, deve-se porém denunciar o quanto o modelo atualmente existente só aceita essas regras de respeito pelas maiorias se elas coincidirem de facto com os interesses dessa minoria, cuja natureza é explorar as mais valias da enorme maioria. Porque, como se vê na Catalunha, acaso essa compatibilidade se não verifique, logo avançam os tribunais para condenar, as prisões para encarcerar, e os tratados internacionais para extraditar quem sair do redil pretendido.
Nos últimos anos as redes sociais têm permitido disseminar vozes alternativas ao dar o direito à palavra, e quantas vezes à indignação, dessas minorias silenciadas nos órgãos de comunicação tradicionais. Por isso importa silencia-las e é nesse quadro que se constata a guerra atualmente declarada contra o Facebook.
O que se espera venha a ser compreendido por Zuckenberg é quanto os métodos empreendidos pela Cambridge Analytica correspondem a esse ataque: embora detestando a democracia global quanto à afirmação da liberdade do pensamento, os plutocratas, que financiaram as ações de sabotagem agora expostas, tiveram a inteligência de explorar-lhe as fragilidades, estando à vontade para a conseguirem calar depois de terem levado a Grã-Bretanha a votar no Brexit e Trump a ocupar a Casa Branca.
Nós precisamos das redes sociais para contrariar o cerco mediático, que nos quer obrigar a pensar todos pela bitola dos mesmos valores e conceitos, que só interessam a quem nos explora. Que o Facebook se reformule e volte a ser aquilo que urge converter-se: no grande instrumento de discussão e de partilha de ideias, que facilite o advento de uma sociedade efetivamente democrática.



estatuadesal.com
29
Mar18

O CONDENADO

António Garrochinho


«O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou quatro resoluções que condenam Israel e a ocupação ilegal da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e dos Montes Golã, além das violações de direitos humanos contra os palestinos»

Há meio século que os israelitas vêm sendo condenados pelos defensores dos direitos humanos e pela ONU.

Não há ano ou mês que não surjam lamentações e condenações de múltiplas entidades internacionais, pelos assassinatos cometidos por Israel que impávido continua a desrespeitar tudo o que há de mais elementar no interior da civilização que apregoamos.

A Israel não se aplicam sanções, os boicotes são para Cuba, Venezuela, Rússia e os capacetes azuis vão para o Haiti e países africanos para, segundo a ONU, manter a paz e defender os povos.

ENTRETANTO O MONSTRO CONTINUA A RUGIR, E A ONU E ESSA COISA QUE DENOMINAM POR COMUNIDADE INTERNACIONAL, PORQUE INOPERANTES, APADRINHAM O CRIME.
E OS PALESTINOS RESISTEM!






aspalavrassaoarmas.blogspot.pt
29
Mar18

Milhares de jovens em manifestação contra a precariedade

António Garrochinho


Mais de dois mil jovens trabalhadores participaram esta tarde, em Lisboa, na manifestação nacional da Interjovem. O fim do «flagelo da precariedade e dos baixos salários» estiveram entre as principais reivindicações.
Manifestação promovida pela Interjovem (CGTP-IN), no âmbito do Dia Nacional da Juventude
Manifestação promovida pela Interjovem (CGTP-IN), no âmbito do Dia Nacional da JuventudeCréditos
«O Governo tem de optar! Precariedade é para acabar!» ou «É justo e necessário, o aumento do salário» foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes durante o percurso de hoje à tarde.
Do Cais do Sodré até à Assembleia da República, milhares de jovens de diversos sectores e empresas estiveram nas ruas para exigir o aumento dos salários, a defesa da contratação colectiva e medidas adequadas de combate à precariedade.

«Um flagelo social» com consequências profundas

Declarando que «não há volta a dar, os baixos salários e a precariedade são para acabar», João Ribeiro, dirigente da Interjovem, no fim da manifestação, abriu as intervenções, dirigindo-se à concentração de pessoas junto à Assembleia da República.
Frisando que a precariedade é actualmente «um flagelo social», acrescida por salários estagnados há imenso tempo, o dirigente apontou que são cada vez mais os jovens afectados, sendo necessária uma solução imediata e efectiva
«Com menos de 30% de salário no fim do mês, rodeados por uma instabilidade constante de contratos temporários e horários desregulados», afirmou, os trabalhadores ficam com a vida pessoal e familiar amarrada. Um problema com consequências sociais profundas, como na saúde ou na natalidade, tendo acrescentado que a estabilidade laboral é fundamental e que, portanto, «a cada posto de trabalho permanente, tem de haver um vínculo de trabalho efectivo».

«É o tempo de acabar com a precariedade» 

Já o secretário-geral da CGTP-IN frisou que já podiam haver soluções nesse sentido, caso tivessem sido «ali, na Assembleia», aprovadas as propostas do PCP, BE e PEV relativas à legislação laboral. Porém, a falta de apoio do PS ditou o seu chumbo.
Sobre as propostas do Governo sobre a precariedade, apesar de algumas serem bem-vindas, afirmou que o documento «está longe de corresponder àquilo que é necessário, é uma proposta que minimiza os problemas para fazer perdurar a precariedade e o modelo dos baixos salários», frisou.
Para Arménio Carlos, não será a introdução de uma «taxinha» ou a redução do limite dos contratos a termo para dois anos que vão resolver o problema de fundo. «O mesmo patrão que hoje, quando termina o contrato, os dispensa porque não renova, é o mesmo patrão que vai contratar o mesmo trabalhador no dia seguinte, com as mesmas condições. E isto ocorre sucessivamente durante 5, 10 ou 15 anos», acrescentou.
Durante a sua intervenção, Arménio Carlos disse ainda que a petição lançada recentemente pela CGTP-IN contra a precariedade já recebeu «mais de 50 mil assinaturas» e que, em Abril, será apresentada na Assembleia da República.

www.abrilabril.pt
29
Mar18

Hoje, dia 29 de março, o Projeto de Resolução do PCP n.º 1344/XIII/3ª – “Pela melhoria do transporte ferroviário no Algarve” (em anexo) foi aprovado em sessão plenária da Assembleia da República, com os votos favoráveis do PCP, PS, BE, PEV

António Garrochinho

Hoje, dia 29 de março, o Projeto de Resolução do PCP n.º 1344/XIII/3ª – “Pela melhoria do transporte ferroviário no Algarve” (em anexo) foi aprovado em sessão plenária da Assembleia da República, com os votos favoráveis do PCP, PS, BE, PEV e PAN e a abstenção de PSD e CDS.
O Projeto de Resolução do PCP, que agora se transforma numa Resolução da Assembleia da República, propõe ao Governo que:
1. Conclua o processo de eletrificação da Linha do Algarve nos troços Lagos-Tunes e Faro-Vila Real de Santo António nos prazos inicialmente previstos;
2. Inclua no projeto de modernização da Linha do Algarve uma ligação ferroviária direta ao Aeroporto de Faro;
3. Equacione a possibilidade de criação de uma ligação ferroviária direta entre o Algarve e a Andaluzia;
4. Proceda à aquisição de material circulante de tração elétrica para a Linha do Algarve e à reconversão das oficinas da EMEF de Vila Real de Santo António para a manutenção e reparação desse novo material circulante;
5. Proceda à contratação de pessoal operacional para a Linha do Algarve, designadamente maquinistas, operadores de revisão e venda, e assistentes comerciais;
6. Melhore a qualidade do material circulante atualmente ao serviço na Linha do Algarve, proporcionando maior conforto aos utentes;
7. Realize obras de reabilitação e beneficiação das estações e apeadeiros da Linha do Algarve, e crie novos apeadeiros onde a procura o justifique;
8. Melhore a articulação do transporte ferroviário regional com os transportes rodoviários, especialmente nas estações e apeadeiros mais distantes dos centros urbanos;
9. Crie ligações ferroviárias diretas entre Lagos e Vila Real de Santo António;
10. Reative a Estação de S. Marcos da Serra, na Linha do Sul, garantindo, pelo menos, a paragem de dois comboios por dia, em cada sentido, para embarque e desembarque de passageiros.
A concretização destas medidas propostas pelo PCP contribuirá, de forma inegável, para a melhoria do serviço prestado aos utentes, tornando o transporte ferroviário no Algarve mais atrativo para residentes e visitantes da região, com impacto muito positivo na mobilidade das populações e com enormes benefícios para o ambiente e para o desenvolvimento sustentável ao nível local e regional.
Na mesma sessão plenária da Assembleia da República, foi chumbado um Projeto de Resolução do PSD, incidindo sobre a ferrovia algarvia. O PCP votou contra esta iniciativa do PSD por não estar disponível para contribuir para o branqueamento das responsabilidades desta força política, que na oposição aparece a propor aquilo que poderia ter feito, mas não fez enquanto esteve no Governo.

Projeto de Resolução 1344/XIII
Pela melhoria do transporte ferroviário no Algarve [formato DOC] [formato PDF]

Autoria
2018-02-19 |  Entrada

2018-02-19 |  Publicação
2018-02-20 |  Admissão

2018-02-20 |  Baixa comissão para discussão
Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas - Comissão competente
     



29
Mar18

VÍDEO - Como é viver na ilha com a maior densidade populacional do mundo

António Garrochinho


Duas horas ao largo da costa da Colômbia tem uma pequena ilha que abriga mais de 1.200 pessoas. Como a totalidade de Santa Cruz del Islote abrange apenas o comprimento de dois campos de futebol, os moradores vivem praticamente amontoados, tornando a ilha quatro vezes mais densa que o bairro de Manhattan, por exemplo. Apesar das circunstâncias, a comunidade aproveita ao máximo sua superfície limitada, com uma escola, duas lojas e um restaurante.


Apenas há 150 anos atrás, a ilha era desabitada; hoje, gerações de famílias se orgulham de chamar Santa Cruz del Islote de lar. Se voc6e se interessar pelo assunto, poderá ler uma reportagem especial que fizemos sobre a menor ilha do arquipélago de San Bernardo: "Ilhota de Santa Cruz: uma Utopia Lotada"

VÍDEO
www.mdig.com.br


29
Mar18

ILUSTRAÇÕES INCÓMODAS DE PAWEL KUCZYNSKI

António Garrochinho

Nós já mostramos o trabalho de Pawel Kuczynski, um artista polonês que nos últimos anos vem satirizando com seus traços algumas situações contemporâneas e outras que poderiam ser consideradas os problemas eternos do ser humano. Em seus desenhos convivem a política e a democracia, a morte, os meios de comunicação e mais, sempre com seu rosto mais sinistro, ainda que com uma careta irônica em que o riso, ainda que inevitável, não deixa de ser incômoda. Sim é um carrossel.

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Outras incômodas ilustrações de Pawel Kuczynski mostram o que há de errado com a sociedade atual 01
Quase desde o momento mesmo em que as redes sociais irromperam em nosso presente, tomaram uma prática muito específica e de imediato muito popularizada: servir como uma cato do cotidiano de seus usuários. Hoje em dia, a maioria estamos tão familiarizados com esse uso que nos parece normal e talvez inclusive inquestionável. Para isso servem as redes, não? As selfies, as imagens do que comemos, o check-in dos lugares que visitamos e às vezes inclusive os pensamentos e ocorrências que passam por nossa cabeça. Tudo, de uma forma ou outra, pode encontrar expressão pontual em um post do Facebook, Instagram ou Twitter.

Mas ainda que a mídia social seja um dos principais assuntos de Pawel, ele não bebe somente dessa fonte e, à primeira vista, suas imagens podem parecer reações imediatas e viscerais dos problemas do mundo em nossos dias, mas trata-se simplesmente de um recurso para que o espectador questione sua realidade cotidiana, desde as redes sociais até a política e economia.

Pawel, de 40 anos de idade, afirma que não é muito partidário das telas:

- "Prefiro o papel, as aquarelas, os lápis de cores, gosto do cheiro da tinta..." Mas, pese essa postura de desconfiança em frente à especialização técnica, ainda acha que a ilustração é um idioma e para os ilustradores, esta é uma etapa muito boa, segundo conta.

A verdade é que o artista polonês é um mestre absoluto em mostrar que os absurdos e as falhas que parecem ter sido aceitas à medida em que a norma se torna evidente, combinando comentários sociais poderosos e sátiras com peças ilustradas, para nos fazer sentar e reavaliar nossas prioridades.

- "Desde o início, descobri que a ilustração era a melhor maneira de expressar minhas observações", disse Pawel- "Eu sempre digo que sou um ilustrador de um momento surrealista, o que se reflete no meu trabalho."

No momento em que o Facebook senta no banco dos réus por vender nossos dados, as guerras que continuam a se espalhar pelo mundo, a pobreza, a desigualdade e a degradação ambiental em todos os lugares, essas ilustrações são altamente relevantes e profundamente instigantes.
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Reforma da floresta: realidade ou utopia?

António Garrochinho





Toda a gente fala da necessidade de fazer a “reforma da floresta”, mas na verdade ninguém a quer fazer.
Cada medida apresentada pelo governo é de imediato alvo de um coro de críticas de um sector que se sente lesado. Sejam os bombeiros,  os pequenos proprietários, os agricultores,  as empresas agricolas, florestais, industriais ou de combate aos fogos, há sempre quem ataque as medidas do governo , porque colide com os seus interesses.
Em entrevista ao “Público”, o presidente da CAP  foi bem claro. Reformas? Sim…desde que o governo pague bem.
Apesar de se chocante, confesso a minha  admiração  pela frontalidade e clareza do presidente da CAP. Sem tibiezas, numa entrevista de várias páginas, em que faz diversas críticas às medidas propostas pelo governo, Eduardo Oliveira e Sousa  diz ao que vem numa pequena frase:
“ Isto ( a reforma florestal)  passa sempre por dinheiro e sou o primeiro a reconhecer que o dinheiro é um problema complicado. O instrumento mais fácil que o governo às vezes usa é (recorrer a) benefícios fiscais. Se uma pessoa lhe disser que lhe vai diminuir o seu imposto se fizer uma determinada acção na sua propriedade, mas já não pagar imposto- porque aquilo não lhe dá nada- o que é que lhe interessa dizer que vai pagar menos imposto? Mas  se lhe disserem que se fizer uma acção, se calhar tem um prémio, aí as coisas talvez mudem de figura Venha a imaginação e há aí muita coisa para fazer ”
Ou seja… se o governo pagar para as pessoas cumprirem as suas obrigações, a gente conversa, mas sem dinheiro não contem que a reforma se faça ( por outras palavras: que as pessoas cumpram as suas obrigações)
Isto não acontece só na reforma da floresta. Acontece em qualquer reforma que qualquer governo queira fazer. Os portugueses estão sempre a exigir respeito pelos seus direitos mas, quando se trata de cumprir deveres, querem dinheiro.
Para mim sempre foi claro que a dificuldade em fazer reformas reside mais no povo que somos, do que nos governos ( sem coragem) que temos.
Os tugas fazem-me lembrar a Jangada de Pedra de Saramago. Quando ficam à deriva no meio do Atlântico, procuram uma bússola para se orientarem.  Ora, como a História de Portugal nos ensina, a bússola dos tugas  é o dinheiro.
Assim sendo, estamos conversados



cronicasdorochedo.blogspot.pt

29
Mar18

EUA querem colocar 300 mil milhões em dívida e precisam da China

António Garrochinho


"As bolsas norte-americanas fecharam em baixa, numa sessão em que mais uma vez a fonte de maior pressão proveio do sector tecnológico, que está a sofrer em várias frentes. Em foco estão os dissabores do Facebook, são as ameaças de Trump à Amazon e aos produtos do sector na China, bem como a fuga das gestoras de fundos, que estão a preferir as matérias-primas." Isto é o que eles dizem ... Objectivamente voltaram a cair. E , por outro lado : 

EUA querem colocar 300 mil milhões em dívida e precisam da China
A necessidade do Tesouro americano colocar quase 300 mil milhões em dívida soberana surge num momento delicado, com os Estados Unidos e a China em negociações para evitar uma espiral de medidas proteccionistas.



foicebook.blogspot.pt

29
Mar18

GOVERNO BRITÂNICO MENTE ! - ONDE PODE LEVAR-NOS ISTO ?

António Garrochinho


Governo britânico mente



ainda nem identificou o químico utilizado



A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que a Rússia é responsável pelo envenenamento do seu espião, Sergei Skripal. O Supremo Tribunal de Justiça desmentiu-a. 

O documento cita as conclusões dos testes realizados pelo laboratório de Porton Down:«Amostras de sangue de Sergei Skripal e de Yulia Skripal foram analisados e as conclusões indicaram a exposição a um agente nervoso ou a um composto relacionado. As amostras acusaram a presença de um agente nervoso da classe Novichok ou relacionado.»
Estas duas frases, que constam de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça britânico da passada quinta-feira, desmentem as acusações peremptórias da primeira-ministra, Theresa May, e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, que afirmam que o envenenamento do espião duplo e da filha foi executado por agentes russos.
Skripal e a filha foram encontrados inconscientes no passado dia 4 em Salisbury, no sul de Inglaterra, onde o espião vive desde que foi envolvido numa troca de prisioneiros ligados a actividades de espionagem entre a Rússia e os Estados Unidos da América (EUA). Sergei Skripal foi, durante anos, um agente duplo britânico nos serviços secretos da Federação Russa, até ser descoberto em 2004 e condenado a 15 anos de cadeia por alta traição em 2006. Em 2010 foi perdoado pelo presidente Dimitri Medvedev e mudou-se para a cidade inglesa.

Agente «russo» foi sintetizado no Irão em 2016

A classe de agentes nervosos «Novichock» terá sido desenvolvida num laboratório do Uzbequistão, algures entre as décadas de 1970 e de 1990. Cientistas iranianos, sob supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), sintetizaram cinco compostos que, alegadamente, integram a classe «Novichock» e que, de acordo com informação avançada por José Goulão ontem, na TVI24, também estão na posse dos EUA e do Reino Unido – precisamente no laboratório de Porton Down, que fica a cerca de dez quilómetros da cidade de Salisbury.
Os agentes «Novichock», em relação aos quais existe mais especulação do que informação concreta, pelo menos desclassificada, são organofosfatos, tal como os agentes da classe do Sarin (desenvolvido pela Alemanha) ou da classe do VX (desenvolvido pelo Reino Unido). Num artigo, o OffGuardianlembra que a formulação utilizada pelo Supremo pode indicar a presença de um qualquer organofosfato.
Recorde-se que a Rússia, ao contrário dos EUA, desmantelou todo o seu arsenal químico declarado em Setembro passado, de acordo com a OPAQ. Supostos ataques com armas químicas têm sido utilizados como argumento para a agressão à Síria por parte dos EUA e dos seus aliados, nenhum dos quais confirmados por investigações independentes. Também a Síria destruiu o seu arsenal químico sob supervisão da OPAQ.

Escalada diplomática

Até à noite passada, 26 países tinham expulso ou anunciado a intenção de expulsar diplomatas russos, para além do Reino Unido, de acordo com a CNN. O Governo português não o fez, chamando o seu embaixador em Moscovo para consultas, apesar de ter apoiado a decisão de expulsar parte da representação russa junto da NATO.
Apesar de a cautela do Executivo nacional contrastar com a posição da maioria dos estados-membros da União Europeia que anunciaram a expulsão de diplomatas russos (18, para além do Reino Unido), Portugal não ficou isolado no quadro europeu e, muito menos, no plano mundial.
Já o PSD, pela voz do seu líder parlamentar Fernando Negrão, esta manhã, exigiu do Governo a expulsão de diplomatas russos em Portugal. Para Negrão, «devemos alinhar com a maioria daqueles com quem temos estado sempre». Em 2003, também com alegações britânicas de que Saddam Husein dispunha de armas químicas (que se vieram a provar inexistentes), o governo do PSD e do CDS-PP alinhou com os EUA e o Reino Unido na agressão ao Iraque, acolhendo mesmo a cimeira da guerra na base das Lajes, nos Açores 




29
Mar18

Proteção Civil confirma encerramento de espaço onde estão os Kamov que iam combater incêndios

António Garrochinho

A Proteção Civil confirmou que o espaço onde se encontra a frota de helicópteros Kamov, em Ponte de Sor, está encerrado, referindo que aguarda esclarecimentos.
"O hangar da ANPC sito em Ponte de Sor, onde se encontra localizada a frota de helicópteros Kamov, propriedade do Estado português, foi na terça-feira interditado pela ANPC em virtude de se ter constatado a movimentação de material da mencionada frota, por parte da Heliavionics (subcontratada da Everjets, S.A.), sem ter sido efetuada a identificação do referido material, nem ter sido solicitada a necessária autorização, tendo tal facto sido logo comunicado à Everjets, S.A", refere a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) em comunicado.
Aquela entidade considera que o encerramento do hangar foi "a única medida que, no imediato e face à omissão de qualquer atuação ou esclarecimento por parte dos técnicos da Everjets presentes no local", permitiu acautelar "os bens da ANPC e o interesse público subjacente".
"Salienta-se que foram solicitados à Everjets, S.A. os necessários esclarecimentos, em ordem a que, caso se encontrem reunidas as condições para tal, seja reaberto o hangar e retomados os trabalhos com a normalidade necessária e desejável", concluiu.
A empresa Everjets anunciou, esta quarta-feira, que a Proteção Civil "selou as instalações" e expulsou as equipas que procediam à manutenção de três helicópteros Kamov, no Aeródromo de Ponte de Sor, Portalegre, avisando que prontidão destas aeronaves fica "seriamente comprometida".
"A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) encerrou e selou as instalações (na terça-feira) onde estão guardados os helicópteros Kamov, expulsando dos hangares as equipas russas que procediam à manutenção das aeronaves. Os helicópteros Kamov estavam a ser reparados para operarem no início da campanha de combate aos fogos, a partir de 15 de maio", referiu a administração da empresa, em comunicado enviado à agência Lusa.
A ANPC invoca como motivo para esta decisão, segundo a Everjets, "que a empresa de manutenção russa Heliavionics da Kamov estava a movimentar equipamento/peças sem autorização prévia, situação esta que no decorrer dos anos sempre foi normal".
"A Everjets, a empresa que opera os Kamov em Portugal por força do contrato celebrado com o Estado, e que pretendia cumprir o planeamento de manutenção, vê-se assim impossibilitada de cumprir os objetivos e garantir a prontidão das aeronaves, que fica seriamente comprometida", alerta a empresa.
A 13 de fevereiro, em resposta enviada à Lusa, o Ministério da Administração Interna (MAI) disse esperar que os três helicópteros Kamov estejam operacionais para integrar o dispositivo de combate a incêndios florestais deste ano.

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29
Mar18

Contratos de 18 anos para segurar militares

António Garrochinho

Defesa prepara legislação para chamar voluntários. Cursos militares serão equiparados aos civis para abrir mercado de trabalho.
O Governo está a estudar o alargamento dos contratos de longa duração nas Forças Armadas de seis para 18 anos como forma de tentar contrariar a saída de voluntários e contratados e, também, de chamar mais jovens para as fileiras, apurou o JN. O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, participou ontem numa conferência sobre os problemas de recrutamento para as Forças Armadas, na Assembleia da República, onde reconheceu que são precisas medidas para atrair e reter mais jovens.

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29
Mar18

Secretas alertam: extrema-direita está de regresso em força

António Garrochinho
A última operação contra a extrema-direita foi em final de 2016. Todos os 17 detidos estão em liberdade. Na foto o material apreendido pela PJ
A criminalidade violenta desceu em 2017 para os níveis mais baixos de sempre, a representar apenas 4,4% do total dos crimes
Os movimentos conotados com a extrema-direita voltaram em força em 2017, de acordo com o balanço feito pelos serviços de informações para o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), ontem aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI). Esta constatação surge poucos dias depois dos incidentes que envolveram dois grupos de motards, um deles liderado pelo ex-líder skinhead Mário Machado.
Na avaliação de ameaça à segurança interna, as secretas salientam que "a extrema-direita portuguesa continuou a aproximar-se das principais tendências europeias, na luta pela "reconquista" da Europa pelos europeus" e que "para além de intensificarem os contactos internacionais, estes extremistas desenvolveram um esforço de convergência dos seus diferentes setores (identitários, nacional-socialistas, skinheads), no sentido de promoverem, no plano político e metapolítico, os seus objetivos".
Foi "caracterizada e avaliada a ameaça representada pelas novas organizações e movimentos de extrema-direita em Portugal, e mantido o acompanhamento das atividades das demais organizações". Uma destas novidades é o grupo dos motards "Los Bandidos", que Mário Machado trouxe para o nosso país, históricos rivais dos "Hell Angels", e que foram os protagonistas do incidente no restaurante de Loures, com estes últimos a atacarem os primeiros. Monitorizada esteve também a "Nova Ordem Social", um movimento político também criado pelo ex-dirigente dos cabeças rapadas Mário Machado.
Os espiões do SIS, que acompanharam as respetivas "atividades", revelam que se "assistiu a um reforço da propaganda online e à multiplicação de iniciativas com alguma visibilidade - como concertos, conferências, apresentações de livros e protestos simbólicos - participadas por militantes de diferentes quadrantes". No entanto, sublinham, "violência permaneceu como um traço marcante da militância de extrema-direita, havendo registo de alguns incidentes, nomeadamente agressões a militantes antifascistas". Além disso, notam, "no seio do movimento skinhead neonazi, alguns militantes continuaram envolvidos em atividades criminosas extra militância".
A última grande operação contra este género de organizações foi em novembro de 2016, com a Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ deter 17 skinheads neonazis que tinham agredido pessoas motivados por motivos racistas, ideológicos e xenofóbicos. Nenhum ficou em prisão preventiva. Mais de metade dos suspeitos eram novos recrutas - hangarounds e prospects- da fação mais perigosa da organização, os Portugal Hammerskins (PHS).
Pelo menos desde 2014 que as autoridades têm estado atentas às movimentações destes grupos extremistas, tendo em conta a experiência que têm observado noutros países europeus, com o fenómeno migratório a a crise dos refugiados a servir de pretexto à radicalização de discursos. Mas só em 2017 as secretas notaram um maior impulso destas organizações em Portugal.
Só 4,4% de crime violento
Boa notícia no RASI é a descida da criminalidade violenta e grave, a qual atingiu no ano passado o mais baixo valor de sempre (ver gráfico), com uma descida de 8,7%, e representa atualmente apenas 4,4% dos crimes totais registados pelas autoridades. A criminalidade geral sofreu um aumento de 3,3%, devido, principalmente, ao recrudescimento dos crimes de moeda falsa, burlas por via informática e incêndios florestais.
Este relatório foi ontem aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna e, no final, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, não escondeu a sua satisfação com os resultados globais. "Portugal é um dos países mais seguro do mundo e a evolução na área de segurança interna é decisiva para a qualidade de vida, mas também a evolução da economia portuguesa", sustentou.
Em 2017, as polícias registaram 15 303 crimes violentos, menos 1458 que no ano anterior. Nunca houve, pelo menos desde que é feita esta estatística (2003), um número tão reduzido. Nas variações mais relevantes a subir, destacam-se os aumentos das violações (+21,8%), do roubo a farmácias (+ 25,7%), das "ofensas à integridade física grave", (+12.1%) e dos homicídios (+7,9%, com mais seis casos). Os roubos na via pública, em residência ou em transportes públicos, todos diminuíram.
Com menor expressão no total de crimes, mas com grande impacto público, os roubos aos ATM aumentaram 73%, embora estejam praticamente extintos desde outubro, conforme assinalou o ministro da Administração Interna, revelando que em fevereiro, pela primeira vez nos últimos meses, não houve nenhum assalto desta natureza.


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29
Mar18

Secretas alertam: extrema-direita está de regresso em força

António Garrochinho


A última operação contra a extrema-direita foi em final de 2016. Todos os 17 detidos estão em liberdade. Na foto o material apreendido pela PJ
A criminalidade violenta desceu em 2017 para os níveis mais baixos de sempre, a representar apenas 4,4% do total dos crimes
Os movimentos conotados com a extrema-direita voltaram em força em 2017, de acordo com o balanço feito pelos serviços de informações para o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), ontem aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI). Esta constatação surge poucos dias depois dos incidentes que envolveram dois grupos de motards, um deles liderado pelo ex-líder skinhead Mário Machado.
Na avaliação de ameaça à segurança interna, as secretas salientam que "a extrema-direita portuguesa continuou a aproximar-se das principais tendências europeias, na luta pela "reconquista" da Europa pelos europeus" e que "para além de intensificarem os contactos internacionais, estes extremistas desenvolveram um esforço de convergência dos seus diferentes setores (identitários, nacional-socialistas, skinheads), no sentido de promoverem, no plano político e metapolítico, os seus objetivos".
Foi "caracterizada e avaliada a ameaça representada pelas novas organizações e movimentos de extrema-direita em Portugal, e mantido o acompanhamento das atividades das demais organizações". Uma destas novidades é o grupo dos motards "Los Bandidos", que Mário Machado trouxe para o nosso país, históricos rivais dos "Hell Angels", e que foram os protagonistas do incidente no restaurante de Loures, com estes últimos a atacarem os primeiros. Monitorizada esteve também a "Nova Ordem Social", um movimento político também criado pelo ex-dirigente dos cabeças rapadas Mário Machado.
Os espiões do SIS, que acompanharam as respetivas "atividades", revelam que se "assistiu a um reforço da propaganda online e à multiplicação de iniciativas com alguma visibilidade - como concertos, conferências, apresentações de livros e protestos simbólicos - participadas por militantes de diferentes quadrantes". No entanto, sublinham, "violência permaneceu como um traço marcante da militância de extrema-direita, havendo registo de alguns incidentes, nomeadamente agressões a militantes antifascistas". Além disso, notam, "no seio do movimento skinhead neonazi, alguns militantes continuaram envolvidos em atividades criminosas extra militância".
A última grande operação contra este género de organizações foi em novembro de 2016, com a Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ deter 17 skinheads neonazis que tinham agredido pessoas motivados por motivos racistas, ideológicos e xenofóbicos. Nenhum ficou em prisão preventiva. Mais de metade dos suspeitos eram novos recrutas - hangarounds e prospects - da fação mais perigosa da organização, os Portugal Hammerskins (PHS).
Pelo menos desde 2014 que as autoridades têm estado atentas às movimentações destes grupos extremistas, tendo em conta a experiência que têm observado noutros países europeus, com o fenómeno migratório a a crise dos refugiados a servir de pretexto à radicalização de discursos. Mas só em 2017 as secretas notaram um maior impulso destas organizações em Portugal.
Só 4,4% de crime violento
Boa notícia no RASI é a descida da criminalidade violenta e grave, a qual atingiu no ano passado o mais baixo valor de sempre (ver gráfico), com uma descida de 8,7%, e representa atualmente apenas 4,4% dos crimes totais registados pelas autoridades. A criminalidade geral sofreu um aumento de 3,3%, devido, principalmente, ao recrudescimento dos crimes de moeda falsa, burlas por via informática e incêndios florestais.
Este relatório foi ontem aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna e, no final, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, não escondeu a sua satisfação com os resultados globais. "Portugal é um dos países mais seguro do mundo e a evolução na área de segurança interna é decisiva para a qualidade de vida, mas também a evolução da economia portuguesa", sustentou.
Em 2017, as polícias registaram 15 303 crimes violentos, menos 1458 que no ano anterior. Nunca houve, pelo menos desde que é feita esta estatística (2003), um número tão reduzido. Nas variações mais relevantes a subir, destacam-se os aumentos das violações (+21,8%), do roubo a farmácias (+ 25,7%), das "ofensas à integridade física grave", (+12.1%) e dos homicídios (+7,9%, com mais seis casos). Os roubos na via pública, em residência ou em transportes públicos, todos diminuíram.
Com menor expressão no total de crimes, mas com grande impacto público, os roubos aos ATM aumentaram 73%, embora estejam praticamente extintos desde outubro, conforme assinalou o ministro da Administração Interna, revelando que em fevereiro, pela primeira vez nos últimos meses, não houve nenhum assalto desta natureza.

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