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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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01
Abr18

O "MEIN KAMPF" DO REACCIONARECO DO CDS - OS QUE CHUPAM O ESTADO ATÉ À MEDULA, OS QUE EXPLORAM O POVO E O REMETEM À MISÉRIA, OS QUE PROMOVEM A CARIDADEZINHA, OS MERDAS RANHOSOS DA RETÓRICA INFLAMADA DA MENTIRA E DO PUJO FASCISTA - LIBERALISMO O estado

António Garrochinho


A compaixão não se pratica com o dinheiro de terceiros. Quando a responsabilidade individual é menosprezada, a liberdade individual é perdida. Não existe consciência social. A consciência é individual
O número de pessoas que prefere perder ou comprometer seriamente a sua independência e autonomia pela promessa de um Estado protector é colossal. Muitos esquecem, no entanto, que quando transferimos a responsabilidade de cuidar de nós próprios para o Estado não só nos tornamos escravos de um poder autoritário como deixamos de pautar as nossas decisões pela ética e pela moral passando a admitir subconscientemente a coerção como modo de conduta. O Estado deixa de estar ao nosso serviço e passamos nós a servir o Estado.
A sofreguidão do Estado em controlar as nossas vidas não espanta. Mas o que é assustador é a quantidade de gente que o aceita passivamente. Ao prometer segurança, rendimento básico e subsídios às pessoas, o Estado compra a liberdade do indivíduo e garante a futura servidão deste perante o poder. Não há almoços grátis…
Neste quadro em que as pessoas suspeitam de si próprias mas creem na virtude dos agentes públicos, o colectivo torna-se mais importante que o indivíduo. Rapidamente se passa para a filosofia da criação de uma sociedade igualitária em que as diferenças de rendimentos se definem como sendo resultado da exploração dos mais fracos, vítimas, e que por isso o Estado deve compensar as disparidades por via da redistribuição da riqueza e através do seu poder coercivo.
Entra em cena o planeamento da economia e da sociedade através da “justiça social” que pressupõe tratamento desigual de diferentes indivíduos, na formas e quantidades que os poderes públicos entendem e definem como sendo as necessárias e que são determinadas por decisões tomadas ao sabor das circunstâncias.
O Estado chama a si a tarefa de conceder direitos a todos e que vão muito para além de acudir a situações de miséria e indigência objectivas. Mesmo necessidades comprovadas não justificariam conceder ajudas ilimitadas, mas o Estado faz mais do que isso e passa a determinar a “justa” posição dos indivíduos na sociedade, substituindo-se à ordem espontânea, livre cooperação e ao ajusto mútuo voluntário entre indivíduos.
O Estado nada produz e tudo aquilo de que dispõe é fruto do trabalho das pessoas. O que redistribui é algo que foi retirado a alguém, mesmo que não haja resistência da vítima. Ou seja, tira a uns para dar a outros o que decide unilateralmente ser o merecido.
Exemplo disso são as pensões e reformas. Estas são pagas com os rendimentos de quem está no activo e não com o dinheiro de quem se aposentou, ficando estes por vezes em situação mais confortável do que os que ainda trabalham.
O manhoso esquema de cobrança das contribuições obrigatórias para a segurança social tem o claro objectivo de levar o trabalhador a crer que o imposto que paga é uma poupança que está a ser acumulada e que poderá ser resgatada por inteiro na sua velhice.
Mas mesmo que o sistema em vigor fosse o da acumulação do capital de descontos de cada beneficiário, quantos teriam tido o tempo suficiente de contribuição para auferir das pensões que o Estado agora decidiu que seria justo receberem?
O Estado atribui a todos o “direito” ao conforto às custas daqueles que não têm ainda idade para se aposentar e que só não se reformam antes também eles porque não têm a garantia de receber o mesmo nível de benefícios. Não existe incentivo à poupança, nem as pessoas sentem necessidade de colocar de lado economias para a velhice. A solidariedade intergeracional mais não é, portanto, do que a geração anterior ser sustentada pela geração seguinte. Mas um dia o esquema de Ponzi estoura…
Se não fossem compulsivamente obrigados a “descontar” para a segurança social e tivessem a oportunidade de ter mais dinheiro disponível, as pessoas escolheriam o Estado para administrar as suas poupanças?
A boa intenção de ajudar as pessoas não legitima que uns poucos se arroguem ter autoridade sobre todos os outros indivíduos, nem a urgência em acudir a situações de necessidade justifica torcer princípios morais.
Ninguém tem o direito de tirar pela força o produto do trabalho ou a riqueza acumulada dos indivíduos, mesmo que com propósito de ajudar o próximo. O facto de democraticamente se atribuir ao Estado a missão de retirar a propriedade alheia não branqueia o facto de ser praticado um roubo, nem de quem tal permite participar numa ladroagem colectiva.
Se alguém se locupletar, pela ameaça da força, do património legitimamente acumulado de um indivíduo riquíssimo, mal-educado e profundamente egoísta para acudir com esse produto a uma pessoa que por circunstâncias várias da vida foi atirada para uma situação de provação, tal não deixa de ser um roubo, mesmo se o benefício trazido ao pobre for superior ao dano material causado ao rico.
Por outro lado, o estado não pode obrigar as pessoas a serem boas, caridosas ou compassivas. A virtude e a moral só existem se forem uma escolha livre e autónoma dos indivíduos em praticar o bem. A ética e a escala de valores variam de pessoa para pessoa. Impor um código de conduta moral aos outros é totalitário.
Mas importa dizer também que egoísmo e altruísmo não são antagónicos, pois sem tratar primeiro de nós mesmos não teremos condições de ajudar os outros. Ao obrigar coercivamente a solidariedade entre pessoas o Estado não só reduz perigosamente os incentivos para a criação de riqueza deixando-nos todos mais pobres, como também encoraja a que os beneficiários da ajuda se sintam no “direito” de ser ajudados, perpetuando a mendicidade.
A compaixão e o amor ao próximo não se praticam com o dinheiro de terceiros. Quando a responsabilidade individual é menosprezada, a liberdade individual é perdida. Não existe consciência social. A consciência é individual.
Se queremos uma sociedade mais digna, a tónica tem de ser dada não à sustentabilidade do nosso estado social, mas sim à necessidade de reconquistar a nossa liberdade individual.  Devemos lutar para que os poderes e âmbito de actuação do Estado sejam drasticamente diminuídos e que nos deixem tratar das nossas próprias vidas.
O roubo não pode ser justificado pela causa da igualdade.
Licenciado em Relações Internacionais. MBA; telmo.azevedo.fernandes@gmail.com

observador.pt


01
Abr18

01 de Abril de 1815: Nasce Otto von Bismarck, o "chanceler de ferro"

António Garrochinho

 

Político, primeiro ministro da Prússia, chanceler do Império Germânico, Otto von Bismarck nasce a 1 de abril de em 1815, em Schönhausen, na Prússia (Alemanha), e morre a 30 de julho de 1898, em Friedrichsruh, perto deHamburgo. Foi moderado e contemporizador em questões internas e destacou-se sobretudo na política externa,onde se afirmou como um dos estadistas mais importantes da cena internacional europeia do século XIX.


Há um quadro que define a imagem que muitos alemães têm do político Otto von Bismarck : de uniformes escuros, generais e príncipes alemães  reúnem-se no salão de espelhos do Palácio de Versalhes, em França, e saúdam de braço estendido o imperador alemão Guilherme I. Contudo, quem está no centro geométrico da cena não é o monarca, mas Bismarck, ainda mais destacado por trajar uniforme branco.

Essa tela de Anton von Werner representa de forma estilizada o 18 de janeiro de 1871, data oficial da fundação do Império Alemão, quando 25 estados foram unificados sob a liderança da Prússia. E atribui-se à política de Bismarck a façanha de, na época, superar a fragmentação da Alemanha em minúsculos estados. Por todo o país há homenagens ao "chanceler de ferro": monumentos, torres, ruas e até carvalhos foram batizados com o seu nome.

Mas há também quem veja em Otto von Bismarck e no seu capacete de ponta o chanceler da guerra, um pioneiro do militarismo alemão. Afinal, somente com as guerras contra a Dinamarca em 1864, a Áustria em 1866 e a França em 1870-71 aplainou-se o caminho para a fundação do império.

Na qualidade de primeiro-ministro da Prússia, Bismarck preparara politicamente todas essas três guerras. Além disso, com os seus valores conservadores, ele é responsabilizado pela perseguição do Reich aos socialistas; por uma cultura parlamentar subdesenvolvida na Alemanha do fim de século XIX e início do xx; assim como pela criação de colónias alemãs na África e na Ásia.



Otto von Bismarck, o chanceler de ferro, foi o estadista mais importante da Alemanha do século XIX. Coube-lhe lançar as bases do Segundo Império, ou 2º Reich (1871-1918), que levou os países germânicos a conhecer pela primeira vez na sua história a existência de um Estado nacional único. Para formar a unidade alemã, Bismarck desprezou os recursos do liberalismo político, preferindo a política da força .


A partir de 1871, depois da criação do Império Germânico, conseguiu alianças importantes e planeou uma série de ações diplomáticas que asseguraram a posição da Alemanha e a paz na Europa. Também nessa altura, iniciou uma série de reformas administrativas, criando uma unidade monetária comum, um banco central e um código civil e criminal. Nos Negócios Estrangeiros, revelou-se um mediador proeminente entre as grandes potências. Foi o primeiro estadista europeu a criar um sistema de segurança social justo, oferecendo aos trabalhadores seguro de acidentes, de doença e de velhice. No entanto, a partir de 1890, as suas políticas começaram a ser atacadas e foi obrigado a demitir-se do cargo de chanceler. Dedicou os últimos anos de vida a escrever as suas memórias.  

Otto von Bismarck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014.
 wikipedia (imagens)

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Otto von Bismarck em 1881


"Proclamação do Império Alemão", de Anton von Werner, 1885


01
Abr18

01 de Abril de 1924: Hitler é condenado pelo 'Putsch' da Cervejaria

António Garrochinho


No dia 1 de Abril de 1924, o líder do Partido Nazi (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães ou, em alemão, Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP), Adolf Hitler, é sentenciado a cinco anos de prisão por liderar o fracassado "Putsch da Cervejaria" em Munique, no estado da Baviera. 


No começo dos anos 1920, as fileiras do Partido Nazi de Hitler engrossavam com alemães ressentidos que simpatizavam com a organização partidária que manifestava ódio implacável aos marxistas, ao governo social-democrático e aos judeus. Em Novembro de 1923, após o governo alemão ter retomado o pagamento das reparações de Guerra ao Reino Unido e à França, os nazis detonaram o “Putsch da Cervejaria” – a sua primeira tentativa de chegar ao poder pela força. Hitler esperava que a sua revolução nacionalista na Baviera se espraiasse entre o insatisfeito exército germânico, que por sua vez derrocaria o governo em Berlim. Contudo, o golpe foi imediatamente reprimido pela polícia e Hitler foi preso, julgado e condenado a cinco anos de prisão por ‘alta traição’. 


Enviado à prisão de Landsberg, passou o tempo a escrever a sua autobiografia, Mein Kampf (Minha Luta) em que definiu claramente a sua filosofia da superioridade racial ariana, a aversão ao marxismo e aos marxistas e o seu arreigado anti-semitismo, e a trabalhar para aperfeiçoar as suas habilidades oratórias. 


Após nove meses de cárcere, a pressão política exercida por aliados do Partido Nazi forçaram a sua libertação. Durante os  anos subsequentes, Hitler e outros líderes nazis reorganizaram o seu partido como um movimento de massas fanático, em condições de tentar conquistar a maioria no Parlamento alemão - o Reichstag – por meios legais em 1932. No mesmo ano, o presidente Paul von Hindenburg derrotou um intento presidencial de Hitler. 


Entretanto, em Janeiro de 1933, apoiado e pressionado pelas forças conservadoras e empresariais, pelos partidos de centro-direita, pelos liberais e parte dos social-democratas, nomeou Hitler como chanceler do Reich, na esperança de que o líder nazi com suficiente poder e respaldo político, pudesse isolar os esquerdistas e o perigo de uma revolução, mas ao mesmo tempo mantido em rédea curta como membro do gabinete presidencial. 


Todavia, Hindenburg subestimou a audácia política de Hitler. Um dos primeiros actos do novo chanceler foi valer-se do incêndio do Reichstag como pretexto para convocação de novas eleições gerais. A polícia sob o comando do líder nazi Hermann Goering reprimiu e conteve os partidos de oposição antes do pleito, e os nazis conquistaram uma estreita maioria. Pouco depois, Hitler assume poderes absolutos por intermédio de decretos-leis. Em 1934, com a morte de Hindenburg, os últimos resquícios de um regime minimamente democrático foram desmantelados, deixando Hitler como o führer indiscutível da Nação e com as mãos livres para se preparar para a Guerra de conquista e o genocídio que se seguiu. 


Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Ficheiro:Bundesarchiv Bild 119-1486, Hitler-Putsch, München, Marienplatz.jpg
Forças nazis na Praça Central de Marienplatz durante o Putsch de Munique, em 1923File:Bundesarchiv Bild 146-2007-0003, Soldaten bei der Verhaftung von Stadträten.jpg
Membros da milícia nazi durante o golpe
01
Abr18

01 de Abril de 1930: Estreia o filme "O Anjo Azul" na Alemanha com Marlene Dietrich

António Garrochinho


Longa-metragem de Josef von Sternberg (Der Blaue Engel, no original), a preto e branco, datada de 1930, com Marlene Dietrich e Emil Jannings nos papéis principais. O filme, baseado num romance de Heinrich Mann, conta ahistória de Immanuel Rath (Jannings), um austero professor que descobre que os alunos da sua turma frequentam um cabaret de segunda, intitulado «O Anjo Azul». A estrela principal desse cabaret é Lola Frohlich (Dietrich),  objecto de desejo de todos os clientes que se acotovelam para adquirir um postal sensual da mesma.Numa noite em que Rath se desloca ao cabaret para surpreender os seus alunos em flagrante delito, fica cativado pela beleza de Lola. Ambos iniciam um relacionamento amoroso e quando a notícia chega aos ouvidos dos  directores do colégio, Rath é despedido. Depois de casados, Lola humilha frequentemente o ex-professor,fazendo dele seu escravo e vestindo-o de palhaço para divertir os clientes do cabaret. Quando Rath descobre que Lola comete adultério, decide fazer justiça. Este título, talvez o mais emblemático de Josef Von Sternberg, ajudou a  projectar a carreira de Dietrich que, após a distribuição internacional do filme, recebeu convites para trabalharem Hollywood. O filme foi rodado em duas versões, uma germânica e outra inglesa. Imortalizada nos anais da História do cinema, ficaria a cena onde Dietrich, mostrando as pernas, canta "Falling in Love Again". A magnífica  direcção de fotografia a preto e branco, que tão bem ilustra a decadência da moral de Rath, esteve acabo da dupla Günther Rittau e Hans Schneeberger. Em 1959, foi feito um desastroso remake deste filme,protagonizado por Curt Jurgens e May Britt e dirigido por Edward Dmytryk.


O Anjo Azul. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)


Arquivo: Marlene Dietrich no Angel.png Azul
Poster do filme Anjo Azul


Arquivo: Derblaueengel.jpg

01
Abr18

Roma convoca embaixador francês por incidente na fronteira

António Garrochinho


Um incidente na fronteira entre França e Itália está a azedar as relações diplomáticas entre os dois países.

O governo italiano convocou o embaixador francês para explicações, depois de uma alegada violação do território em Bardonecchia.

A denúncia foi feita pela ONG Rainbow for Africa, que afirmou que elementos da polícia francesa entraram na sua clínica na localidade fronteiriça italiana para exigir um teste de despistagem de droga a um migrante nigeriano.

O presidente da Câmara de Bardonecchia, Francesco Avato, afirma que "não podem agir assim, como elefantes numa loja de porcelana que nem sequer é deles. Podem fazer o seu trabalho em França ou noutro lugar, não numa instalação que realiza um trabalho delicado e que deve ser deixada em paz".

Segundo as autoridades francesas, a ação foi conduzida por agentes da guarda fronteiriça do seu país, que pediram a colaboração da ONG, ao abrigo da lei internacional, para realizar o teste ao migrante - que acabou por dar negativo -, por suspeita de que estivesse envolvido em tráfico de drogas.

VÍDEO






pt.euronews.com
01
Abr18

Os Ovos de Páscoa Fabergé

António Garrochinho


Peter Carl Fabergé também conhecido como Karl Gustavovich Fabergé (30 de Maio, 1846 - 24 de Setembro, 1920), foi um joalheiro russo nascido em São Petersburgo. Especializou-se na confecção de obras com motivos de arranjos florais, grupos humanos e animais. Actualmente é mais conhecido pelos seus famosos ovos de páscoa, conhecidos como Ovos Fabergé realizados para a família imperial russa, e que os czares Alexandre III e Nicolau II ofereciam anualmente aos seus familiares.Com uma excelente reputação como desenhador, trabalhava com pedras preciosas, semipreciosas e metais e realizava desenhos de diferentes estilos, como russo antigo, grego, renascentista, barroco, Art Nouveau, naturalista e caricaturesco.


Os ovos Fabergé foram realizados  por Peter Carl Fabergé e os seus assistentes no período de 1885 a 1917 para os czares da Rússia.Os ovos, cuidadosamente elaborados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas encomendados e oferecidos na Páscoa entre os membros da família imperial russa.  


Na Páscoa de 1885 o czar Alexander III resolveu inovar. Ele encomendou a Fabergé, joalheiro oficial da corte imperial russa desde 1882, o presente para sua esposa, a czarina Maria Feodorovna.


A partir de então, Fabergé passou a receber a encomenda de um novo presente a cada ano, com a condição de que a peça fosse única e contivesse, no seu interior, uma surpresa inesquecível para a Imperatriz.


Com grande criatividade e talento técnico, Fabergé anualmente superava o desafio, buscando inspiração em factos da vida do casal imperial. Os motivos tornaram-se temáticos: cenas da história da Rússia, a inauguração da estrada de ferro que ligava Moscovo à Sibéria e actos de bravura dos militares.


Assim que um tema era escolhido, uma equipa de artesãos - dentre os quais Michael Perkhin, Henrik Wigström e Erik August Kollin - começava a trabalhar no projecto. Dezenas de clientes particulares apareceram com fama despertada pelos ovos imperiais.


Dos 65 ovos Fabergé grandes conhecidos, existem apenas 57. Dez dos Ovos Imperiais de Páscoa estão expostos no Palácio do Arsenal do Kremlin, em Moscovo.




Após a Revolução de 1917, a ‘’Casa Fabergé’’ foi nacionalizada pelos bolcheviques e a família Fabergé fugiu para a Suiça onde Peter Carl Fabergé faleceu em 1920.

Fontes: Wikipédia (Imagens)


Ovo Rose Trellis 
Arquivo: Casa de Fabergé - Rose Trellis Egg - Walters 44501.jpg
Arquivo: Casa de Fabergé - Gatchina Palácio Egg - Walters 44500 - Open View B.jpg
Ovo Palácio Gatchina 
Arquivo: Peterthegreategg.JPG
Ovo Pedro, o Grande
Arquivo: Karl Gustavovich Faberge.jpg
Peter Carl Fabergé

VÍDEO


01
Abr18

Africanos são explorados em plantações portuguesas

António Garrochinho

Como mão de obra barata, trabalhadores em situação ilegal no país ganham menos do que um salário mínimo, vivem em condições precárias e não recebem benefícios sociais. Autoridades de Portugal negligenciam problema.

Alberto Matos está estressado. Pessoas de origem africana e asiática amontoam-se no pequeno escritório da ONG Solidariedade Imigrante (Solim), em Lisboa. "Mandem o homem vir aqui. Verei o que posso fazer", disse Alberto ao telefone.

O africano Foday Fathi entra no escritório esperançoso, mas logo o nervosismo aumenta. A Superintendência das Finanças de Portugal nega-se a conceder um número de registo para a declaração de imposto, porque Fathi ainda não tem um trabalho.

Entretanto, para conseguir um emprego em Portugal é necessário possuir o referido número de identificação. E apenas com um trabalho este homem terá a chance de regularizar sua situação em Portugal.

"Este é um círculo vicioso usado exclusivamente por traficantes de seres humanos para trazer pessoas em situação ilegal para o país. Nós temos que parar isto!", diz Alberto Matos.

Esta, no entanto, não é uma tarefa fácil. Cada vez mais migrantes chegam ao país pela pequena cidade de Beja, ao sul de Portugal. "Já tivemos aqui muitos asiáticos da Índia, Tailândia, Paquistão e até do Nepal", diz Matos. Agora, a maioria dos migrantes é de origem africana. "Eles trabalham quase que exclusivamente na agricultura."

A viver em condições sub-humanas e a ganhar menos do que um salário mínino de 580 euros – valor determinado por lei –, os migrantes trabalham em campos de oliveiras, morangos, laranjas, melões e uvas. Eles são contratados por meio de agências de empregos temporários, que ainda descontam gastos com refeição, acomodação e viagem. Em meses em que há pouco trabalho, não sobra quase nenhum dinheiro aos trabalhadores.

Agricultura precisa de mão de obra

Na região rural do Alentejo, no sul de Portugal, nada funcionaria sem o trabalho dos migrantes em situação ilegal. Por um lado, os portugueses não querem mais fazer o trabalho duro nas plantações por salários baixos. Por outro, novas empresas não param de surgir no país.

Nos arredores do Lago Alqueva, espanhóis com grande poder financeiro estabeleceram vastas plantações de oliveiras. A maioria dos trabalhadores desses campos está em situação ilegal. "Na região de Beja, são cerca de 10 mil pessoas", diz Alberto Matos. A maior parte vem da África. 

Sherif Djo, de 35 anos, deixou dois filhos e a mulher no Senegal. Primeiramente, ele chegou à França com um visto de turista. Depois, trabalhou em situação ilegal na Espanha e, há seis meses, vive numa casa improvisada em Beja com o irmão e outros oito amigos.

Dos 500 euros que recebe, quando trabalha o mês inteiro, 75 euros vão para o pagamento do aluguel. A cozinha compartilhada está em péssimas condições e os banheiros são sujos. Djo e seus colegas isolaram as pequenas janelas com papelão por causa do frio.

"Eu vim cá para dar melhores condições de vida à minha família", diz. O empregador o registou no seguro social. Djo paga impostos e taxas. Assim, ele pode ter a esperança de obter um visto de residência.

Zona cinzenta

Apesar de uma lei ter simplificado o processo de legalização dos trabalhadores, a emissão de papéis pela polícia portuguesa leva, no mínimo, seis meses. Durante a espera, as pessoas em situação ilegal são impiedosamente exploradas. "É assim que o Estado beneficia  as gangues criminosas", explica Alberto Matos.

Como um país de emigração, Portugal enfrenta dificuldades em se tornar um país de imigração. O país precisa de mão de obra barata para oferecer produtos, como morangos e amoras, a preços mais baixos e competitivos e, assim, aumentar as exportações, especialmente, para o mercado alemão. Por isso, em alguns contextos, as autoridades de fiscalização fazem vista gossa diante das irregularidades.

Segundo Alberto Matos, existe uma zona cinzenta, da qual muitos tiram vantagem. "Especialmente, as agências de emprego com atividades duvidosas ganham muito dinheiro ao não pagar impostos nem contribuições previdenciárias para seus trabalhadores", afirma.

Esperança de uma vida melhor

Para o trabalhador Foday Fathi, o processo de legalização em Portugal é o que menos importa. "Eu quero apenas trabalhar para ganhar dinheiro. Qualquer trabalho", diz.

Para trás, ele uma longa e perigosa odisseia. Fathi partiu da Gâmbia em direção à Líbia e atravessou o mar Mediterrâneo de barco até a Itália, de onde seguiu para Portugal. "Muitos africanos queriam ir a Portugal", conta. "Todos pensam que o trabalho e os salários são bons aqui."

Com a ajuda da Solim, Fathi tem esperança. Alberto Matos irá ajudá-lo a obter o tão necessário número de registo. Se tudo der certo, até o final do ano ele terá obtido o visto de residência.

Até que isso aconteça, Fathi trabalhará com outros milhares de trabalhadores em situação ilegal em campos de oliveiras. O sonho de uma vida melhor em Portugal é difícil de ser alcançado.

Deutsche Welle


paginaglobal.blogspot.pt
01
Abr18

CÃO SABUJO DE SOAJO, NOME CERTO, “CÃO DE CASTRO LABOREIRO”, UMA MENTIRA!

António Garrochinho




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Na zona destas diversas montanhas da «Serra de SOAJO» ficam vários fojos para ajudar a capturar os lobos descobertos pelos CÃES SABUJOS desta serra!
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Vista parcial da grande concentração de pedras de granito localizadas no sítio da «Pedrada», na montanha do «Outeiro Maior», a mais elevada da «SERRA DE SOAJO», onde se encontra o marco geodésico de 2ª ordem que, na Carta Geral do Reino, tem a altitude de 1415 metros. Foi esta, depois, corrigida para 1416 m .
À esquerda ( lado poente), ao fundo, pode ainda ver-se  a montanha de «Bragadela» [a segunda] com os seus 1350 m. Ao fundo observa-se parte da montanha do Pedrinho, ficando invísível o "Castelo do Pedrinho" [falsa Peneda] onde se situa o marco geodésico de 1ª ordem com 1373 m, que foi considerado por Gerardo Pery, erradamente, o ponto de altitude máxima da única serra do Lima ao Minho. Ao mudar, em 1875 m, pela primeira vez, na sua Geografia de Portugal o nome da serra para Peneda, abandonou o nome vindo dos séculos anteriores!  Estes ERROS - nome da serra e sua atitude máxima -  foram depois copiados para obras escolares dos diferentes graus de ensino!
As consequências das trapalhadas sobre o nome da serra ainda se sentem a ponto de nalgumas edições de mapas e livros de ensino aparecerem até no espaço de uma serra, dois nomes de serras!

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 Dois nomes num mapa usado no ensino básico existente na escola de Soajo. A serra de Soajo nem sequer aparece com a altitude máxima, e a falsa Peneda como que transparece a altitude máxima de 1373 m!

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 O "enxerto" da serra de "SUAJO" acomoda neste gráfico o espaço da serra Amarela, embora neste mapa de parede, apareça exposta  a norte do rio Lima com a grafia «Serra de Soajo».  Repare-se que a Amarela aparece no mapa a sul do Lima, mas não no gráfico de comparação das altitudes máximas das principais serras de Portugal!
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 Noutro mapa do básico (antigo ensino primário) aparecem os efeitos das trapalhadas a ponto de aparecerem no espaço da única serra em termos físicos, a norte do Lima, dois nomes, e a altitude na Pedrada de 1416 m é colocada na falsa Peneda, no Pedrinho. Assim uma mesma altitude da mesma serra, corrigido de 1415 m para 1416 m, é atribuido como que existissem duas supostas SERRAS DISTINTAS! O nome da Amarela, substituido por "SUAJO" com "u", deixa o espaço a sul e é colocado a norte do Lima! No espaço da Amarela ficou apenas o desenho a simbolizar a serra, mas sem nome!
Tanta trapalhada fez com que em 1971 nascesse o nome do Parque Nacional com parte da sua designação errada!
Presentemente os "intelectuais" que decidiram a colocação dos nomes das serras para indicação dos trilhos terrestres, em vez de seguirem a genial descoberta dos últimos anos, para aumentarem ainda MAIS AS CONFUSÕES com disparates, não inscreveram "Serra Peneda/Soajo"!
Optaram pela FORTE ALUCINAÇÃO QUE SENTIRAM, DIZEM QUE, DA VILA DE SOAJO PARA OUTRO SÍTIO NO SUL DA FREGUESIA DE SOAJO, SE ATRAVESSAM AS DUAS SERRAS COM OS NOMES SOBREPOSTOS AO NORTE DO LIMA! De "bons cérebros, cerebelos e bolbos raquidianos" só saem destas coisas geniais! Parabébs!

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 Observem-se as altitudes compararadas das serras principais de Portugal neste gráfico onde o espaço, da única serra de Soajo, é  repetido com dois nomes de serras, como se não fossem a mesma serra!


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O chamado «Coto Velho» que ladeia a Vila de Soajo, do lado norte, visto escassos anos antes do fogo de 2010, estava indumentado a verde com o seu admirável pinhal.
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 Bela vista dos «caniços de pedra» (nome usado em Soajo em exclusividade até o aparecimento do novo Parque Nacional) da Eira do Penedo. Imagem 1217.jpg
A escola onde foram vistos os mapas com as asneiras dos nomes, altitudes e posicionamentos das serras!
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 Outra vista do lado sul do edifício "universitário" da vila de Soajo, construido, na década de 1930.
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 A serra de Soajo aparece neste gráfico com a sua verdadeira altitude máxima estando hierarquizada em quarto lugar de entre as principais serras de Portugal. Todavia ocupa o primeiro lugar atendendo ao critério de número de montanhas com altitudes superiores a 1200 metros. Atendendo ao critério da altura das serras acima da base, isto é, das suas elevações, a serra de Soajo disputa com a serra da Estrela o primeiro lugar, definidos que sejam os perímetros da base destas serras. Na verdade uma altitude é uma altura, porém a verdadeira altura ou elevação de uma serra não se mede do nível das águas do mar, mas da cota mínima do sopé ou base da serra! A altitude "enterrada" conta para a altitude máxima, mas não para sentir a verdadeira elevação de uma serra! Nesta última perspectiva a serra do Larouco, por exemplo, é mais baixa, ou seja é de menor elevação, que a serra de Soajo!
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 Panorâmica da vila de Soajo em que se consegue ver uma pequena parte do lugar de Bairros, cuja altitude monta a cerca de 300 metros.
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Vistas parciais de Bairros e Costa Velha, ambos lugares do lado poente da sede da freguesia de Soajo. A arborização embelezava o panorama, além de outras manifestas vantagens...
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 O lugar de Cunhas é uma das sete aldeias, que com a vila, completam o povoamento de Soajo.
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 Um lindo cenário de uma parte da serra de Soajo. Da última montanha, onde se instalou o Cruzeiro em honra de dois ilustres irmãos missionários - Pe. Anónio Sousa Rodas e Dom Abílio Rodas -  derrubado por enorme temporal, vislumbra-se um panorama belísssimo!
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 A pequenina cachena deixou-se fotografar em 1951, num terreno do lugar da Laranjeira, acompanhada pelos irmãos, Maria Manuela e Manuel António Lage, então professores e naturais da Vila de Soajo.
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 A SEGIUR O TEXTO INTULADO ACIMA:


1.COMO CÃO DE CAÇA GROSSA FOI CONFIRMADO! – Apesar de ser considerado clara e objectivamente, em 1935, como cão de caça grossa, o falsamente designado “castro laboreiro”, pelo próprio autor da caracterização desta raça canina, atreve-se, Rodrigues, a dizer que é, exclusivamente, cão de guarda! Ao ter contactos com castrejos da época, o Dr. Fernandes Marques assimilou que, também, além do mais, era usado e estimado como cão de caça grossa! Mas, Rodrigues, não quer que sirva como cão de caça grossa e, então, esforça-se para tentar negá-lo, opondo-se até ao professor que bem soube em Castro Laboreiro, seguramente, que também o empregavam para caçar! Se o cão não tivesse este préstimo mais à vontade estaria para, em teoria, o distinguir do sabujo de Soajo, a que por conveniência quereria que fosse o orelhudo sabujo ibérico, considerado por Rodrigues, simplesmente “sabujo medieval”! Incrível, esta oposição de Rodrigues ao Prof. Marques! Este bem o considerou ao oficializar o estalão desta raça, como tendo muito boa aptidão para a caça grossa pelo «seu poderoso domínio»! O autor do estalão tomou conhecimento deste valioso mérito em Castro Laboreiro, e até aqui soube que os melhores exemplares da raça existiam em lugares, fora da povoação Castro Laboreiro, algumas das quais muito próximas de povoações que pertenceram administrativamente à paróquia e concelho de Soajo!
Rodrigues, é mesmo um fenómeno de invencionices, que veio ao mundo, ao que parece, pelos anos de 1970. Nasceu fora da sede que, ao que parece, por se formar a partir e junto de um vetusto castro, deu no Laboreiro, o nome à sede da circunscrição paroquial e autárquica, as quais por sua vez também o adoptaram.
2.PROVAS ANTES DOS ERROS E MENTIRAS EXIGEM-SE! – Os argumentos apresentados pelo castrejo Américo Rodrigues para tentar justificar a tontice de que o nome da raça é o correcto, e que a área geográfica por si forjada para a adaptar ao espaço da sua freguesia, foram um e outro, baseados em lérias, em tretas, em artimanhas!
Devem ser apresentadas provas sérias, autênticas, porque as de uns meros romances de ficção, da segunda metade do século XIX, é muitíssimo pouco. Se não conhece nem uma, reportada aos tempos em que Castro Laboreiro foi concelho (foi-o até 1855), não deve refugiar-se no vazio de que nada tem de provar. Gostaria que fossem verdades por si e em si! Mas não são, pois não passam de arteirices, aldrabices, falsidades, mentiras, intrujices, que não têm cabimento para justificar um forjado e falacioso axioma.
Os factos históricos provam-se com documentos e os que se encontram nas Chancelarias Reais com o selo de armas reais, conferem-lhe uma autenticidade que está acima de quaisquer dúvidas. As lábias de Rodrigues de que em Soajo (entenda-se no âmbito de Serra, Concelho e Montaria) só existiram “rafeiros bastardos” são afirmações tão mesquinhas que, só por si, fazem com que os seus escritos, nas matérias da identificação da raça e da sua geografia habitacional, não obtenham a mínima credibilidade.
3. AVIVAR A MEMÓRIA É PRESERVAR A IDENTIDADE - Merecem ser considerados como factos memoráveis na história de Soajo todos os seus patrimónios relevantes, porque ao terem exercido influências muito notórias na vida de muitas gerações de Soajeiros contribuíram para o dignificar e enobrecer durante muitos séculos.
Viver sem memória é andar à deriva!
A situação a que chegou Soajo na actualidade, em boa parte deve-se ao desconhecimento da sua memória. Os ataques de adversários e inimigos só produziram efeitos tão devastadores porque esteve, no século passado, a memória de Soajo muito diluída nas mentes de muitos Soajeiros, senão a força da ignorância de alguns “sábios” sobre a nossa terra seria menos consequente! Se hoje se valem de um valioso património que libertou muitas e muitas gerações de Soajeiros do pagamento de impostos directos pelo envio anualmente de «cinco sabujos», isso sucedeu pela gradual perda de memória. A causa de mais recursos terem sido investidos e consumidos em Soajo, durante muitos séculos, desenvolvendo-o, materialmente, e fazendo com que fosse motivo da atracção de pessoas, não estaria sem a perda da memória, a partir sobretudo de 1935, a servir em exclusivo, Castro Laboreiro. Avivar a memória da raça «Cão de Soajo» é útil para o futuro de Soajo, como também se revela importante na história florestal, cinegética e pecuária de Portugal. Se o «cão sabujo de Soajo» prestou relevantes serviços aos habitantes da extensa serra de Soajo e de vigilância na protecção das florestas (matas) nacionais, dos animais selvagens e dos gados, a história fica mais enriquecida com as verdades e não com as aldrabices que em cadeia se vão propalando. Por tudo isto não se deve aceitar que haja alguém que queira tentar colocar a preciosa história dos grandes e valentes sabujos de Soajo, fora do conhecimento nacional recorrendo a mesquinhos e indignos argumentos. Que o chamado «Cão de Soajo», o Sabujo de Soajo, ido para os reis de Portugal, tome a sua verdadeira e completa história, e que suba ao pedestal para glorificação e memorial da mais importante raça canina que andou associada umbilicalmente, durante tantos séculos, com os monteiros de Soajo e do restante Portugal, depois de treinada para várias funções, nas montanhas da serra de Soajo!
4.AS DESARMONIAS - Perante certos escritos tão inconsistentes e contraditórios sobre a famosa raça canina usada pelos monteiros e pastores na vasta e alta serra de Soajo, ao longo de muitos séculos, decidi fazer pesquisas mais aprofundadas que me permitissem esclarecer e explicar as razões pelas quais, sobretudo a partir de 2005, apareceram, através de um castrejo, ficções tão em desarmonia em termos da localização geográfica e outros aspectos da ancestral e histórica raça. Para tentar esconder e desvirtuar as funções e a vida histórica da velhíssima raça regional, têm-se servido de expedientes pouco dignificantes. Tornava-se pois necessário, indagar aspectos da naturalidade da raça para se saber, rigorosa e objectivamente, se o âmbito geográfico se colocava ao nível de uma ampla região serrana ou se se restringia ao espaço territorial de uma mera paróquia, como mentirosamente, pretende Rodrigues. A designação da raça tem muito a ver com a sua geografia de criação, habitação e distribuição pelo resto do país. 
Os resultados das primeiras pesquisas mostraram rapidamente que algo andava muito mal pois a raça canina sempre foi habitante das montanhas que se erguem na direcção Norte/Sul desde o Minho ao Lima, e do rio Vez até à fronteira com Espanha na direcção Nascente/Poente, sendo um erro crasso restringi-la a uma paróquia, em função da documentação multissecular disponível.
Constatei que a partir sobretudo dos anos de 1935 se iniciara uma desfocagem geográfica que se afastava muito do centro principal dos séculos anteriores, pois passaram a concentrar excessivamente tudo o que dizia respeito à preciosa raça de Soajo, na paróquia de Castro Laboreiro, desligando portanto a raça do seu glorioso passado!
Quanto mais aprofundei as pesquisas, mais me convenci que não tinha qualquer razoabilidade muito do que em termos históricos, geográficos e culturais escrevera o castrejo das “tretas”!
Não tem tido vergonha de ofender a memória e a honra das gentes dos tempos do «Concelho e Montaria de Soajo» que, ao longo de tantos séculos, preservaram uma raça que puseram ao serviço da Coroa de Portugal e que tão prestimosa foi na protecção, conservação e preservação das florestas portuguesas pelas suas extraordinárias aptidões para vigilância, guarda de gados e caça grossa!
  1. CONTACTOS COM UMA PERSONALIDADE VITAL - Numa deslocação a Castro Laboreiro tive ensejo de conversar com o saudoso e venerando Padre Aníbal Rodrigues que teve a cortesia de me receber na sua residência, nos finais da década 1990, junto à qual a comunidade castreja lhe quis reconhecer, apreciar e agradecer todos os desvelos de uma vida muito empenhada ao serviço das suas gentes e da sua grei. No encontro com o grande entusiasta da raça questionei o Reverendo Pe. Aníbal, sobre a naturalidade e a designação de uma raça canina que, sem os seus esforços, num dos últimos redutos geográficos de sobrevivência da raça, talvez não se tivesse salvado da extinção quase certa, devido ao exíguo número de exemplares. Reconheceu que se tratava do cão sabujo que, do concelho de Soajo, vizinho de Castro Laboreiro, partia para os reis de Portugal! Disse-me na altura a propósito da história da raça canina que um padre não mente! Mais tarde verifiquei, já após o seu decesso, que o Reverendo Padre Aníbal já antes do nosso encontro, havia reconhecido em texto escrito, o cão como SABUJO, testemunho que, por sustentado na Verdade, o eternizará, bem como à raça canina que acarinhou, e de que verdadeiramente foi um incansável defensor e protector! É atitude inqualificável e falta de seriedade tentar roubar ao cão sabujo todo o seu rico e antiquíssimo historial como poderoso animal na caça grossa, de guarda de gados, de florestas e de casas apalaçadas ou modestas! O que se passou ao longo de tantos séculos não pode, não deve, ser escamoteado, antes tem de ser perdurável e avivado no tempo. Desassombradamente vimos a terreno para não deixar mentir descaradamente quem, com umas tretas, por não ter documentação, muito menos oficial, antes dos erros, dos disparates e das mentiras, mas que mesmo assim quer usurpar a história da raça e dos monteiros que a utilizaram.
  2. QUEM FEZ A CARACTERIZAÇÃO DO CÃO SABUJO? – Foi o médico veterinário e professor na Universidade Técnica de Lisboa, de medicina veterinária que, em 1935, subiu ao Alto Minho para observar os cães e registar num estudo quais os caracteres físicos, comportamentos e aptidões, o que significa que fez a padronização, standard ou estalão do cão sabujo. Transcrevemos desse trabalho o seguinte: cão tendendo para o rectilíneo, lupóide (de lobo), tipo amastinado (corpulento e grande). Companheiro leal e dócil, indispensável na protecção dos gados contra o ataque dos lobos. Sentinela ideal para vigilância constante que exerce nos pontos confiados à sua guarda, rondando-os com frequência. Deve ser também como o Serra da Estrela, uma das velhas raças da Península. Deixou Marques apenas com superficialidade uma ténue ligação a Soajo, através da sua serra em termos geográficos, se bem que sob o ponto de vista da história do cão deixou notas essenciais de Soajo, embora escondidas como fossem de Castro Laboreiro!
  3. SEMPRE CÃO SABUJO E DOS BONS! – Como testemunho para os vindouros deixou gravado no seu trabalho agregado ao estalão sobre a raça, um reconhecimento que desmente Rodrigues, e que o impede de tentar enganar com a facilidade que gostaria. É que o Prof. Manuel Fernandes Marques foi, no século vinte, pioneiro, ao considerar e afirmar por escrito que, o cão que estudou e caracterizou era sabujo com «poderoso domínio» sobre os animais de caça grossae um importante guarda na vigia de gados e demais coisas que lhe confiam.
  4. É de facto necessário, neste contexto, salientar que o Professor, em 1935, reportando-se à raça que reconheceu como sendo constituída por cães sabujos escreveu: «já eram (nos princípios do século dezoito) apreciados e utilizados na caça grossa pelo seu poderoso domínio»! Ao dizer isto, é porque ainda o eram, em 1935, senão tão tem sentido a palavra «já»!
  5. Conclui-se que não só considerou a raça como de cães sabujos, mas também como de possantes cães para a caça grossa!
  6. Rodrigues, com as suas tretas, nega na raça que foi estandardizada, em 1935,  a aptidão para caçar, mas se o professor Fernandes Marques ainda fosse vivo aconselhava-o a não dizer tantos disparates!
  7. Também é conveniente dizer-se que se o seu professor Manuel Marques conhecesse toda a história do cão, poderia dizer que já, já, já,..., em 1258, ou, em 1396, ou, em 1401, ou, em 1483, ou, em 1514, ou, em 1528, ou, em 1588, ou, em 1655, ou já em…, em vez de se limitar apenas a dizer que «já nos princípios do século de 1700»!
  8. O CÃO SABUJO DE SOAJO NA TAPADA DE MAFRA - Se o rei D. Carlos fosse vivo ao tempo em que o castrejo Rodrigues, das tretas, começou a asnear sobre as funções dos cães sabujos de Soajo, dir-lhe-ia que seus avós da dinastia de Bragança exigiram que lhes fossem entregues nos termos determinados em 1514, pelo foral manuelino de Soajo, talvez lhe mandasse uma foto tirada em 1907, na Tapada de Mafra.  É que já amplamente se mostrou, aparece uma imagem que retrata a presença de um cão da raça do sabujo de Soajo, na matilha de caça grossa junto do rei, com um visual igual ao dos cães que Rodrigues criou na sua aldeia.
  9. Não ficaremos admirados que o "Lábias" venha, agora, dizer que o SABUJO não estava na foto, ou que embora tenha estado não era para utilizar na caça grossa, mas sim para guardar os outros cães da matilha! O "Tretas" é capaz de tudo...
Repare-se nalgumas referências, como a de ser companheiro leal e muito útil contra o ataque dos lobos aos gados. Sabe-se que os castrejos quando o denominado “Grupo Lobo” fez uma palestra por volta de 2005, em Lamas do Mouro, evidenciaram com imagens fotográficas os fojos de Soajo, na Pedrada, e Forcadas, porque era nas suas imediações onde mais lobos se concentravam e atacavam os gados!
Eram portanto as povoações mais centrais da serra de Soajo que mais sofriam com os lobos e como tal mais cães de lobo precisavam para proteger os gados. Não fosse também Soajo sede da “Montaria dos Lobos e mais Bichos”, e através do seu monteiro-mor, o organizador e supervisor, de toda a área em termos das caçadas aos lobos.
Depois veja-se a importante função de servir de sentinela ideal para vigiar como aconteceu nas matas florestais nacionais coutadas e nas rondas (giros) aos Paços dos Reis, acompanhando fielmente os monteiros conforme antigamente se declarou nos estatutos regimentais. Sabe-se que é cão muito antigo, pelo menos desde o tempo de Portugal, na Idade Média, através da documentação oficial, fundamentalmente, ligada a Soajo. Porém, não se comprova com documentos, a antiguidade do cão serra da Estrela.
  1. NOME DO CÃO ACEITE COMO UM DOGMA? – Bem queria Rodrigues com as suas lérias, e não com provas documentais verdadeiras, que se aceitasse o nome errado do cão!
  2. Sabe-se, comprovadamente, que o autor do estalão, Prof. Manuel Fernandes Marques, em texto publicado, em 1935, deixou registado o disparate - «Impropriamente chamado também Cão de Soajo, o cão de Castro Laboreiro» - , não obstante atribuir elementos da história multissecular do «Cão de Soajo» que negara, à mesma raça de cães, para impor o nome errado, indevido e injusto!
  3. Recolocar o nome da raça, de acordo com a documentação oficial, existente antes de serem praticados os erros e as mentiras, exigi-o, o respeito pela Verdade!
  4. Aceitar como «axioma» o nome errado do cão, como que de um dogma se tratasse, é mais uma léria fiada de quem julga não precisar sequer de afirmar o seu próprio nome, sem prova de identidade, quando dúvidas haja!
  5. Usar um dogma, uma crença, um axioma, não tem qualquer cabimento nesta matéria do nome da raça canina!
  6. Dizem os aficionados ao falso nome que a raça é muito antiga, mas como nada conseguem provar adequado ao nome errado, rejeitam a verdadeira documentação oficial histórica da raça, para tentarem salvar o nome deturpado ligado à paróquia de Castro Laboreiro! Enquanto Castro foi concelho as referências da raça não as apresentam!…
  7. SOAJO SEMPRE APRESENTA PROVAS! – No decurso dos muitos séculos de Portugal até século XX, há referências ao cão sabujo da serra de Soajo, o que não é observável em qualquer das outras raças consideradas portuguesas.
  8. Como meros exemplos, refiro em primeiro lugar que, em 1907, ao ser morto o professor de Castro Laboreiro junto do ribeiro da Peneda por um cão esfaimado, grande e valente, nem mesmo apesar do exercício profissional naquela freguesia, o cão não foi conotado como sendo da falseada raça de Castro, antes o referenciaram como das montanhas em que fica o santuário!
  9. Também em 1907, um escritor, natural de Tangil, Monção, visita povoações da Gavieira para recolher dados sobre o “O Namoro no Alto Minho” e, nele fala dos «cães de lobo», mas em nada os relacionam com Castro, apesar de a raça ser a mesma, conforme se pode ler na obra que se encontra, segundo o Dr. José Pinto, na Biblioteca da Universidade de Coimbra. Também na quinta dos Pazinhos, da freguesia do Vale, concelho de Arcos de Valdevez, o seu proprietário, Professor Ramos, na década de sessenta, portanto já depois de feito o estalão, trata os cães da raça em causa, como Sabujos! Ora em escritos sobre Soajo antes e depois da extinção do concelho, mesmo nas primeiras décadas do século XX, se referiram os cães da mesma raça, como cães de Soajo ou sabujos! Desde os primeiros séculos de Portugal, documenta-se, portanto, que já nos tempos medievais, os cães em Soajo - os sabujos – se associam aos monteiros caçadores!
  10. OS CÃES SABUJOS ANTES DO FORAL E NO FORAL – Que terras em Portugal viram consagrados no documento mais significativo de um concelho o nome de uma raça especial de cães? Nenhuma além de Soajo, e acima de tudo para fundamentar a isenção de impostos! Pode-se dizer, então, como o fez o castrejo Rodrigues, perito em lérias, que Soajo só teve cães rafeiros bastardos?! Também não é verdade que constituem, prova oficial irrefutável mais antiga que o foral novo de 1514, os elementos redigidos para a confecção do foral, existentes na Torre do Tombo, e que estão assinados pelo juiz de Soajo, da época, Martins Afonso, pelo vereador Gonçalo Gonçalves, e por outros, onde se constata que já anteriormente, «somente pagavam a el-Rei, em cada ano, por toda a renda, cinco sabujos feitos de monte ao tempo que manda por eles, ou lhos levam» ? Não é verdade que os sabujos existiam em Soajo, antes de 1396, quando o rei reconhece que aos privilegiados monteiros, como guardas das florestas da serra de Soajo, ao serviço da Coroa Portuguesa, não deviam ser compelidos a ter armas para o serviço militar como besteiros do conto, mas a continuarem a ter sabujos? Não é verdade que D. João I em 1401, entre muitos outros bens dos Soajeiros, destaca apenas, os Sabujos, mandando defende-los especificamente? Seria por serem “rafeiros bastardos” como zurze, desprezivelmente, o Rodrigues das “muitas lérias”? Seria com cães rafeiros que, em 1258, se constata que o rei D. Afonso III podia pedir aos caçadores de caça grossa de Soajo que o acompanhassem desde o rio Douro até ao rio Minho, quando Soajo já era couto do rei protegido?
  11. DOM FILIPE II PRESERVOU OS SABUJOS DE SOAJO! – Este rei assinou, em 1605, o mais detalhado e extenso “Regimento do Monteiro Mor do Reino de Portugal”, no qual os sabujos assumem um papel muito visível e saliente como acompanhantes dos guardas monteiros das matas (florestas) coutadas, e ainda como servidores dos monteiros que estavam ao serviço dos sucessivos reis no Paço Real. Neste, como se deduz do Regimento de 1605 e de outros anteriores, os sabujos participavam nas rondas (giros) por serem, como redigiu o autor do estalão, em 1935, «sentinelas ideais pela vigilância que exercemnos locais confiados à sua guarda, rondando-os com frequência»! Também o mesmo rei «Dom Filipe de Castela» por pedido vindo da «Villa de Soajo» assinou e mandou passar no livro da sua Chancelaria a confirmação de vários privilégios dos monteiros e dos Soajeiros, de entre os quais o que respeitava aos fidalgos e poderosos estarem proibidos de viver e ter bens na «Montaria e Concelho de Soajo» e de lhe tirarem (roubarem) os sabujos.
 O rei D. João V foi mais exigente, em 1716, porque mandou declarar no texto do diploma que a confirmação dos privilégios continuava, mas condicionada a que lhe fossem enviados, anualmente, os «cinco sabujos», conforme estava contido na carta foralenga de Soajo de 1514. Perante tudo isto, seriam os Sabujos, cães banais ou “rafeiros bastardos”, como pretende amesquinhar o Rodrigues das “lérias”?
Que razões sensatas, apresentou o “Rodrigues das tretas”, para ter reduzido, recentemente, o habitat geográfico dos cães sabujos, delimitado a uma “nova bouça da raça”, através das bordas das dúcteis águas dos rios Trancoso, Mouro e Laboreiro? Nenhumas, apenas inventou mais aldrabices!
O habitat, isto é, o grande solar considerado pelo autor do estalão, em 1935, que abrangeu a ampla serra  de SOAJO inserida no maciço galaico-duriense foi desprezada pelo "Grande Mentiroso"!
                                                                  Vila de Soajo, 2 de Março de 2015
                                                                                             Jorge Ferraz Lage





soajoemnoticiario.blogs.sapo.pt
01
Abr18

O VATICANO E O TRATADO DE LATRÃO

António Garrochinho





1929, 07 de junho. O Tratado de Latrão, composto por três documentos, é assinado por Benito Mussolini, em nome do Reino da Itália, e a Santa Sé, representada pelo cardeal Pietro Gasparri, Secretário de Estado do Papa Pio XI. O acordo formalizou a soberania, neutralidade e inviolabilidade do Estado do Vaticano sob a autoridade do Papa, reconheceu o catolicismo como religião oficial na Itália (até a revisão do Tratado, em 1984) e compensou financeiramente a Igreja Católica por suas perdas territoriais e de propriedades.

As terras ocupadas hoje pelo Vaticano foram doadas, em 756, à Igreja Católica por Pepino, o Breve, rei dos francos quando a Igreja de Roma lhe pediu ajuda para expulsar os Lombardos da Itália. Pepino, o Breve, "esmagou" os Lombardos e fechou um acordo com a Igreja, afirmando que dali para sempre seriam propriedade da Igreja todas as terras que os romanos não pudessem defender. E complementou: "Nem todos os tesouros do mundo me levariam a tirar de São Pedro o que um dia lhe dei”. Era o início da influência política da Igreja na Europa.
Sob a proteção dos francos a Igreja Católica incorporou grandes áreas de terra, e suas abadias começaram a se espalhar sobre a região central da península italiana e partes do sul da França, onde, por um período de cerca de 1000 anos, os Papas reinaram.
No processo de unificação da Itália, os Estados Pontifícios foram sendo gradativamente ocupados, até que em 1870, durante o pontificado do Papa Pio IX, as tropas do rei Vitor Emanuel II entraram em Roma e, à força, anexaram a cidade ao novo Estado.
No ano seguinte Vitor Emanuel II criou a chamada Lei das Garantias que: declarava inviolável a pessoa do Papa e lhe reconhecia as honras de soberano; concedia ao Papa os palácios do Vaticano, do Latrão e de Castel Gandolfo; oferecia uma indenização anual compensatória; garantia a livre administração pontifícia, inclusive a realização de futuros conclaves e Concílios Ecumênicos. O Papa Pio IX, consciente de sua influência sobre os católicos italianos e desejando conservar o poder da Igreja, rejeitou a tal Lei das Garantias, assim como a renda anual, pois a aceitação equivaleria a reconhecer a usurpação. Além disso, proibiu os católicos italianos de votarem nas eleições do novo reino, provocando uma incômoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja que ficou conhecida como a Questão Romana. O impasse durou até 11 de fevereiro de 1929, quando a independência do Vaticano foi reconhecida pela Itália, culminando com a assinatura do tratado 4 meses depois.



O atual Estado do Vaticano ocupa a zona conhecida como Ager Vaticanus, uma colina que não foi ocupada pelas tropas italianas que tomaram Roma em 20 de setembro de 1870. A população é de pouco mais de mil pessoas originárias de diversos países, e cerca de quarenta por cento delas têm cidadania vaticana. Os Cardeais residentes em Roma obtêm automaticamente a sua cidadania, conservando a original.
O Vaticano emite selos e moeda [metálica] própria e conta com todos os serviços próprios de um país independente, como uma central telegráfica, estação de rádio (Rádio Vaticano), um jornal (L'Osservatore Romano) e a rede ferroviária, interligada à ferrovia italiana. Com base na Convenção de Barcelona, de 1921, pode dispor também de uma frota marítima com bandeira própria.
O chamado Corpo de Vigilância, formado por aproximadamente 100 efetivos, garante a segurança do Vaticano que também dispõe da Guarda Suíça, uma unidade militar também integrada por uma centena de membros, cuja função é defender o Papa e controlar os portões que dão acesso à Cidade do Vaticano.
A Constituição de 2001, que substituiu à de 1929, e foi promulgada pelo Papa João Paulo II, estabelece, entre outros artigos: que o Papa é o soberano absoluto, concentrando em si os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os quais, em caso de falecimento do Pontífice, passam ao Colégio Cardinalício até a eleição do sucessor; que a bandeira oficial do Vaticano é amarela e branca, em vertical, tendo, ao centro o escudo com as chaves entrecruzadas sobre as quais se encontra a tiara papal.


oseculoxx.blogspot.pt
01
Abr18

O ESTRANHO CASO DE ORSON WELLES

António Garrochinho




VEJA AQUI OS PRINCIPAIS CARTAZES DOS FILMES EM QUE ORSON PARTICIPOU



















O estranho caso de Orson Welles ou O Mundo a seus Pés
Nascido (surpreendentemente?) em pleno Midwest burguês (Kenosha, Wisconsin), numa família de gente próspera e instruída, Orson Welles foi um menino-prodígio: ainda muito pequeno já tocava piano e – por assim dizer – falava francês. O filme que lhe deu instantaneamente um lugar na história do cinema, O Mundo a seus Pés (Citizen Kane), foi o seu filme de estreia e realizou-o aos 25 anos (“Ter 25 anos e não ser Orson Welles”, suspirou uma vez Jean-Luc Godard, ainda longe de se tornar le plus con des cinéastes suisses pro chinois, como rezava uma parede parisiense do Maio de 68). Durante 50 anos esteve no topo absoluto da lista dos melhores filmes de todos os tempos que publica de dez em dez anos a revista do British Film Institute Sight and Sound, elaborada com os votos de umas centenas de críticos (foi destronado em 2012 pelo Vertigo de Hitchcock; ficou em segundo lugar, até 2022).
Não desfazendo nos méritos das suas outras obras – pode dizer-se que começou a sua carreira no ponto mais alto, o resto pareceu tudo daí para baixo. A sua primeira obra é consensualmente considerada a sua mais indiscutível obra-prima. As extraordinárias facilidades dos princípios tornar-se-iam infindas dificuldades daí para a frente. Não foi caso único em Hollywood, embora raramente as facilidades iniciais tenham sido tão descomunais: foram dados a um absoluto “principiante” carta-branca, controle absoluto sobre o produto final e os melhores colaboradores.Dessa maturidade precoce e depois de muitos avatares, passou na última parte da sua vida a anúncios de vinhos (e até de produtos menos prestigiosos) e a brincar aos prestidigitadores, mais famoso por ser famoso do que por ser o que era.
A vida artística de Welles começou no teatro. Em pequenino brincava aos teatrinhos caseiros, muito elaborados – e chegou a fazer de coelho, "profissionalmente", numa promoção comercial de uns grandes armazéns.
Orson Welles nunca se entendeu bem com a “indústria”, até à reconciliação quase póstuma – e sem consequências práticas – do tributo prestado pelo American Film Institute em 1975, dez anos antes da sua morte. Entretanto, completara apenas uma dezena de filmes (entre os quais duas versões das peças de Shakespeare Macbeth e Othelo – além do magnífico As Badaladas da meia-noite, muito mais tarde; “Somos da geração”, disse uma vez François Truffaut, “que conheceu Shakespeare por intermédio de Orson Welles”), todos de rodagem e destino quase sempre atribulados; deixou inacabados ou abandonados vários projectos e participou como actor, com empenho e resultados variáveis, em mais de uma centena de filmes alheios. É impossível fazer justiça em menos de muitos milhares de palavras a toda a multifacetada e intensa actividade de Welles e a todas as suas ramificações. Por ocasião da homenagem prestada a Welles no Festival de Cinema Cannes deste ano, o Canal ARTE dedicou ao cineasta um certeiro raccourci (menos de um quarto de hora): C´étais quoi Orson Welles?.

VÍDEO

Além do amplo material hoje disponível na Internet existem várias biografias de Orson Welles publicadas ao longo dos anos e muitos outros livros sobre o seu cinema, entrevistas, etc. Neste ano do centenário do seu nascimento foi publicado mais um livro sobre a vida do cineastaYoung Orson: The Years of Luck and Genius on the Path to Citizen Kane, do biógrafo Patrick McGilligan.

O actor

A vida artística de Welles começou no teatro. Em pequenino brincava aos teatrinhos caseiros, muito elaborados – e chegou a fazer de coelho, “profissionalmente”, numa promoção comercial de uns grandes armazéns. Aos 15 anos, órfão de mãe há vários anos, morreu-lhe também o pai. Senhor de alguns dinheiros, em breve deixou os estudos e partiu para a Europa com autorização do seu tutor. Na Irlanda – com 16 anos – dirigiu-se às grandes luminárias do teatro irlandês dessa primeira metade do século XX (incluindo o mítico Micheál MacLiammoir) e convenceu-os a dar-lhe trabalho, aldrabando a idade, que ninguém se preocupou muito em verificar numa era em que a infância e a adolescência não eram tão protegidas como hoje do exercício dos seus talentos. Foi o teatro que mais tarde, nos Estados Unidos, com a sua entretanto formada e bem-sucedida companhia do Mercury Theatre, o levou à rádio e ao cinema.

A inconfundível e esplêndida voz de Welles foi usada na rádio, em "narrações" no cinema, na publicidade e na TV
A inconfundível e esplêndida voz de Welles foi usada em inúmeras ocasiões – além das milhentas emissões da sua carreira radiofónica dos anos trinta e quarenta – em “narrações” no cinema (O Rei dos ReisOs Vikings, muitíssimos outros), na publicidade e na televisão. Glosando o que escreveu o grande produtor teatral e cinematográfico John Houseman, desde sempre cúmplice de Welles, essa voz era um extraordinário instrumento de enorme versatilidade, subtileza e poder dramático. Quem quiser certificar-se disso em menos de sessenta segundos veja o trecho do filme Mr. Arkadin(Relatório Confidencial) em que ele conta de forma incomparável a famosa fábula da rã e do escorpião popularizada entre nós por Marcelo Rebelo de Sousa. (Está na íntegra no curto filme emitido pelo ARTE.) Mr. Arkadin, de 1955, é um dos raros filmes de segunda ordem que Welles assinou mas vale o desvio, de qualquer maneira, por alguns momentos como esse.
A maior parte dos filmes em que participou exclusivamente como actor não o ilustram sempre – ou quase nunca. Foram na sua maior parte, como se diz, papéis “alimentares”, de corpo presente, e em filmes muitas vezes manhosos; destinavam-se não só a pagar-lhe as contas como também a financiar os seus projectos. “Devo ser doido”, disse ele a esse propósito na entrega do Life Achievement Award do AFI.

VÍDEO

Mas falar do Welles actor – sobretudo nos filmes que não eram seus – é falar obrigatoriamente de O Terceiro Homem, um grande filme de Carol Reed, dominado pela sombra do criminoso Harry Lime, o personagem quase sempre ausente que Welles encarna – e pela sombra de Welles. Escrito por Graham Greene (com a colaboração de Welles?), quem poderia a não ser ele tornar igualmente inolvidável a grande tirada do profiteur ao protagonista? No alto de uma roda de luna-parque, na Viena em ruínas do pós-guerra, onde enriqueceu a vender remédios avariados, diz ao amigo horrorizado: “Não sejas tão pessimista. No fim de contas, isto não é assim tão mau. Como dizia o outro, em Itália durante trinta anos, sob os Bórgias, houve guerras, terror, assassínios e derramamento de sangue mas produziram Michelangelo, Leonardo da Vinci e o Renascimento. Na Suíça houve amor fraternal – tiveram 500 anos de democracia e paz – e o que é que produziram? O relógio de cuco. Até à vista Holly.”
Houve, apesar de tudo, algumas outras interpretações memoráveis. Fique referida, por todas, a do advogado de O Génio do Mal(Compulsion, 1959), de Richard Fleischer. Obteve com ela um Oscar da Academia como actor. Depois de O Mundo as Seus Pés foi a única nomeação ou Oscar que recebeu da Academia.

A Guerra dos Mundos

Orson Welles era já um encenador e actor teatral reputado e aclamado quando foi convidado para produzir, com o seu grupo do Mercury Theatre, uma série de programas de rádio “culturais” para a CBS. Foi um desses programas, transmitido a 30 de Outubro de 1938, que definitivamente o celebrizou. Adaptação de um conhecido romance de H. G. Wells, sob a forma de falsa reportagem em directo, abriu-lhe as portas de Hollywod e pô-lo aos comandos do que ele definiu como o “biggest electric train set any boy ever had!“.
A Guerra dos Mundos começou por ser um romance de finais do século XIX do famoso polígrafo inglês que é considerado um dos fundadores da ficção científica. The War of the Worlds (1898) foi, se não me engano, o livro que inventou os “marcianos” como proverbiais extraterrestres hostis, mais inteligentes e poderosos do que o homem, esverdeados e viscosos. Não sei quantos portugueses o terão lido (houve uma dúzia de edições portuguesas, uma das quais, pelo menos, ainda no mercado), mas é natural que muitos mais tenham visto o filme de Steven Spielberg; tinha havido uma primeira versão cinematográfica nos anos 50, com uma fotografia magnífica nas cores saturadas do Technicolor da época, assinada por George Barnes; o argumento era de um tal Barré Lyndon! (era o curioso pseudónimo de um jornalista inglês).
A transmissão da "Guerra dos Mundos" convenceu muitos ouvintes distraídos ou tardios de que tudo aquilo se estava a passar de facto. A fantasia chegou a criar algum verdadeiro alarme embora talvez não o suposto pânico nacional, cuja extensão e gravidade terão sido um manifesto exagero noticioso.
Entre as obras de H. G. Wells também se contam A Máquina do Tempo(The Time Machine), um “regresso ao futuro” em que “inventou” a viagem no tempo da ficção científica tal como a conhecemos no século XX, A Ilha do Dr. Moreau (The Island of Doctor Moreau) ou O Homem Invisível (The Invisible Man) – dois casos de experiências científicas que acabam mal – e, já nos anos 30 do século XX, The Shape of Things to Come (Imaginar a forma das coisas que hão de vir: que melhor definição de grande parte do género literário a que chamamos ficção científica ou, também, justamente, “literatura de antecipação”?); esse texto e um outro escrito do mesmo autor serviram de base ao filme que é considerado a primeira grande produção cinematográfica inglesa de ficção científica: A Vida Futura, de Alexander Korda e William Cameron Menzies. Todos os textos referidos, aliás, foram levados ao cinema, alguns várias vezes, como aliás outras obras do seu prolífico criador. Nascido em 1866, Wells só morreu em 1946. Welles ainda o conheceu pessoalmente.
O programa do Mercury Theatre causou furor. Escrito numa primeira versão pelo argumentista Howard Koch, a fórmula da falsa emissão de breaking news que acabou por ser escolhida, com o decisivo contributo de outros membros da companhia e do próprio Welles, convenceu muitos ouvintes distraídos ou tardios de que tudo aquilo se estava a passar de facto. A fantasia chegou a criar algum verdadeiro alarme embora talvez não o suposto pânico nacional, cuja extensão e gravidade terão sido um manifesto exagero noticioso (saiu este ano o mais recente estudo sobre as verdadeiras dimensões sociais do caso: Broadcast Hysteria: Orson Welles’ War of the Worlds and the Art of Fake News, de A. Brad Schwartz). Orson Welles, como hoje é moda a propósito de tudo e de nada, fez no dia seguinte um contrito pedido público de desculpas. Mas o que ninguém lhe tirou foi uma enorme notoriedade. Não tardou que estivesse assinado o contrato com a RKO para a realização de Citizen Kane.
[Ouça aqui a emissão radiofónica completa de A Guerra dos Mundos, narrada por Orson Welles]

SOM AUDIO

A famosa emissão de 1938 durava cerca de uma hora. Na produção, além de John Houseman e do próprio Welles, estava Paul Stewart (que fazia parte igualmente do elenco) que depois veríamos muitas vezes no cinema, a começar por Citizen Kane, em que também se estrearam cinematograficamente vários actores do Mercury Theatre que depois fizeram carreira em Hollywood. Em Citizen Kane, Paul Stewart é o ominoso secretário-mordomo do Cidadão.
O guião do programa radiofónico foi traduzido e publicado em Portugal pela revista de Víctor Palla, O Gato Preto, “antologia de mistério e fantasia”, no seu número 2, datado de fevereiro de 1952, sob o título A Invasão dos Marcianos. Tenho-o aqui diante de mim.

Cinco grandes filmes de Welles e o Relatório Confidencial

Não me conto entre os admiradores de O Processo (a versão cinematográfica do livro de Franz Kafka, um autor que também não é outra das minhas particulares devoções, Deus me perdoe), filmado em França. Deixando de fora Macbeth e Othello, por várias razões – os cinco filmes de Welles que apetece sempre rever são O Mundo a Seus Pés (Citizen Kane, 1940), O Quarto Mandamento (The Magnificent Ambersons, 1942), A Dama de Xangai (The lady from Shanghai, 1947), A Sede do Mal (Touch of Evil, 1958) e As Badaladas da Meia-noite (Chimes at Midnight, 1965). Os quatro primeiros desta lista são, à sua maneira, uma crónica da América. O último, para mim, é a apoteose de Welles como leitor e intérprete de Shakespeare.

"Citizen Kane" é um símbolo da invenção técnica ou "formal" de Welles
Kane é a biografia, sob a forma de investigação jornalística, de um plutocrata norte-americano, cujos traços se inspiram, às vezes muito diretamente, na figura do poderoso William Hearst, magnate da imprensa, que não perdoou e fez pagar caro a Welles a impertinência. (Não entro, por respeito pelas minhas leitoras, na questão do que tinha com a vida íntima de Hearst o famoso “Rosebud”, última palavra pronunciada pelo Kane moribundo e que no filme é o nome do seu trenó de menino.) O Quarto Mandamento, baseado num premiado e popular romance de Booth Tarkington, a melancólica história do declínio e queda de uma grande família do Midwest natal de Welles, na passagem do século XIX para o XX. A Dama de Xangai, um filme noir em que Welles nos faz quase tocar a corrupção, como em Touch of Evil, outro film noir, seu filme de regresso aos Estados Unidos e à realização depois de dez anos de intervalo, que se passa na fronteira com o México e é uma meditação sobre os meios e os fins ou, talvez melhor, a tragédia de um homem excepcional que escreve direito por linhas tortas. As Badaladas da Meia-noite é uma vida do gordo e devasso Falstaff, composta por Welles com fragmentos de todas as peças de Shakespeare em que o personagem entra: é uma das maiores interpretações do cineasta no papel do protagonista.
"O Mundo a Seus Pés" foi nomeado para vários Óscares da Academia: o de Melhor Realizador, de Melhor Actor e de Melhor Argumento Original; Welles só ganhou este último, a meias com o co-autor do argumento, Herman J. Mankiewicz.
Fala-se muito, desde as primeiras críticas de Citizen Kane, da invenção técnica ou “formal” de Welles, desde Citizen Kane e dos seus cenários com teto, do uso da grande angular, da profundidade de campo, dos movimentos de câmara e do uso da grua, dos espectaculares oito minutos do plano único de abertura de A Sede do MalMas o que é mais notável na ostensiva virtuosidade de Orson Welles é que nunca “distancia” o espectador, nunca resulta em detrimento da empatia dramática, antes a acrescenta e o como se conta é também, emocionantemente, o que se conta. As Badaladas da Meia-noite é, nesse aspecto, uma excepção: a sobriedade de meios é notória. O resultado não é menos brilhante e comovente. Foi o seu último filme completado e exibido comercialmente e um dos que ele preferia.
Em 1955, de mistura com o seu romance amoroso com uma princesa italiana, Welles escreveu e realizou, no meio de grandes trapalhadas, Mr. ArkadinRelatório Confidencial. (Foi publicado como romance por Welles, sob o mesmo título). É um filme atamancado, com os seus momentos e uma boa ideia: contratado por um cliente misterioso para investigar o passado de um ricaço de antecedentes duvidosos, o protagonista acaba por descobrir que o interessado é o próprio, que quer certificar-se de que cobriu bem qualquer rasto das suas malfeitorias.

O reconhecimento

O Mundo a Seus Pés foi nomeado para vários Óscares da Academia: o de Melhor Realizador, de Melhor Actor e de Melhor Argumento Original; Welles só ganhou este último, a meias com o co-autor do argumento, Herman J. Mankiewicz. Os seus pares da Academia de Artes e Ciências do Cinema só tornaram a distingui-lo em 1959, pela interpretação no filme de Richard Fleischer já referido, e uns quantos anos depois com um Honorary Award em 1971, “for superlative artistry and versatility in the creation of motion pictures“.
Ao longo da sua carreira recebeu muitas outras distinções, principalmente na Europa, onde foi sempre especialmente venerado, mas também nos Estados Unidos. Em 1975 recebeu o Lifetime Achievement Award do American Film Institute. No ano da sua morte foi-lhe atribuído pela Director’s Guild of America o D.W. Griffith Award.
As cinzas de Orson Welles estão sepultadas em Espanha.

observador.pt
01
Abr18

Tradicional Festa do Cerro da Cabeça anima Moncarapacho

António Garrochinho


A Festa do Cerro da Cabeça realiza-se na próxima segunda-feira, 2 de Abril, em Moncarapacho (Olhão), cumprindo uma tradição «com mais de 70 anos». 
A festa começa logo pela manhã, com inúmeras famílias e amigos a juntarem-se num piquenique para comer o folar e saborear os primeiros caracóis do ano.
Às 15h00 haverá um baile com Luís Filipe Francês e a subida ao miradouro também faz parte do convívio.
Esta tradição do concelho de Olhão cumpre-se sempre na segunda-feira a seguir ao domingo de Páscoa e atrai pessoas dos concelhos limítrofes.
Noutros tempos, «já foi uma das festas mais populares do Sotavento algarvio, chegando mesmo a organizar-se excursões de Faro, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, contando com o beneplácito dos patrões que dispensavam os trabalhadores para estarem presentes na festa», conta a União de Freguesias de Moncarapacho e Fuzeta, que organiza a iniciativa com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Moncarapacho.


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01
Abr18

Groundforce volta a operar no Aeroporto de Faro, criando 115 postos de trabalho

António Garrochinho

A Groundforce Portugal vai inaugurar, na próxima segunda-feira, dia 2 de Abril, a sua operação “full handling” no Aeroporto de Faro. É o regresso da empresa ao Algarve, depois de, em 2010, ter feito o despedimento coletivo das mais de três centenas de trabalhadores que então tinha na região.
A cerimónia será presidida por Paulo Neto Leite, presidente executivo da Groundforce Portugal, e assinala «o início pleno e efetivo da operação no Aeroporto de Faro após a conquista das licenças da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para o acesso à atividade nas categorias de operações em pista e tratamento de bagagens».
A empresa anuncia que, «para assegurar a operação, foram criados 115 postos de trabalho, e, a médio prazo», prevê-se «a contratação de mais 25 colaboradores, o que perfaz um total de 140 postos de trabalho».
O investimento nesta operação totaliza um valor superior a 2,5 milhões de euros, acrescenta a Groundforce.
No Aeroporto de Faro, a Groundforce Portugal vai assistir as companhias TAP, British Airways, Iberia, BA City Flyer, Vueling, Aer Lingus, Small Planet e Aigle Azur.
A Groundforce Portugal alarga assim a sua presença para cinco aeroportos: Lisboa, Porto, Funchal, Porto Santo e Faro.
A Groundforce Portugal já tinha operado no Aeroporto de Faro, até 10 de Novembro de 2010, quando a empresa cessou a sua atividade na infraestrutura aeroportuária algarvia, despedindo 336 funcionários efetivos. Prejuízos anuais na ordem dos 8 milhões de euros naquela escala foram as razões então apontadas pela administração da empresa.
Na altura, no início da crise, o despedimento destes mais de 300 trabalhadores, onde havia mesmo alguns casais, provocou uma onda de protestos contra a empresa e de solidariedade para com os funcionários.
Em Novembro de 2010, a Assembleia Intermunicipal do Algarve aprovou uma moção contra o despedimento dos trabalhadores, defendendo que se tratava de uma «estratégia armada entre a TAP e o Governo, no âmbito do processo de privatização, de reduzir drasticamente os custos de produção e de facilitar a sua exploração à custa dos trabalhadores, como resultado das medidas contidas no PECIII, com ordem de redução de 15 por cento nos custos das empresas».
A moção, proposta pela CDU e aprovada por maioria, acrescentava que, a «concretizar-se tal atentado, para além dos enormes problemas que causará, em primeiro lugar aos mais de 300 trabalhadores e suas famílias, irá contribuir para o aumento dos problemas económicos e sociais do Algarve, já com mais de 30.000 desempregados e do concelho de Faro onde o desemprego atinge mais de 3.300 trabalhadores».
Houve ainda, na altura, posições contra este despedimento coletivo por parte do PS e do Bloco de Esquerda, bem como vigílias de apoio aos trabalhadores. Mas de nada adiantou e os 336 funcionários foram mesmo para o desemprego.
Pouco mais de sete anos depois, a Groundforce Portugal regressa ao Aeroporto de Faro.



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01
Abr18

Uma opção desastrosa, também em Portugal

António Garrochinho


O Tribunal de Contas Europeu recomendeu o fim das parcerias público-privado, a partir de uma análise a 12 projectos. Em Portugal, há três contratos a terminar em 2019 e outros dois em 2020.
Créditos
A auditoria do Tribunal de Contas Europeu a 12 projectos em parceria público-privado (PPP) com co-financiamento da União Europeia tem como primeira recomendação a imediata suspensão de novos projectos nestes moldes, pelo menos até resolvidos os muitos problemas identificados.
De acordo com o Público espanhol, estão em causa «insuficiências generalizadas», «gastos ineficazes», «falta de transparência», «atrasos consideráveis» e «derrapagem nos custos». A análise foi feita a projectos em Espanha, França, Grécia e Irlanda.
1,2 mil milhões
Custo adicional para o Estado grego com a renegociação de três PPP rodoviárias
O Tribunal dá o exemplo de três auto-estradas gregas construídas em PPP que, por causa da crise económica, acabaram por ter um atraso na sua conclusão entre 37 e 52 meses, que custaram mais 1,2 mil milhões de euros aos cofres do Estado helénico e que acabaram por ser apenas parcialmente construídas (nalguns casos, apenas metade dos troços entraram ao serviço).
A auditoria sublinha ainda que os riscos financeiros pela menor procura dos serviços prestados através de PPP são maioritariamente suportados pelo parceiro público. Ou seja, os privados entram neste negócio com uma certeza, de que nunca vão perder dinheiro.

PPP nacionais duram até 2040

Em Portugal, a maioria das PPP em vigor são do sector rodoviário. Destas, a primeira a terminar será a da Lusoponte, a quem estão concessionadas todas as pontes sobre o Tejo a sul de Vila Franca de Xira, em 2025. Até lá, as portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão para os cofres da empresa – que terá uma palavra a dizer sobre qualquer nova travessia entre Lisboa e a Margem Sul.
A maior, em termos de investimento e de quilómetros, é a concessão Brisa. A concessão dos mais de mil quilómetros que estão entregues à antiga empresa pública só termina em 2035. As concessões da Grande Lisboa e do Pinhal Interior, ambas entregues à Ascendi, só terminam em 2040.
12 mil milhões
Encargos públicos com as PPP em vigor, até 2042
A outra PPP de muito longo prazo é o Metro Sul do Tejo, que está entregue ao grupo Barrequeiro até 2032. Apesar de o contrato ter sido assinado em 2002, ainda estão por concretizar as segunda e terceira fases do projecto, que ligariam, respectivamente, Corroios ao Fogueteiro, e o Fogueteiro ao Seixal e Barreiro.
Se nenhum dos contratos for prolongado ou renovado, o Estado português terá encargos com PP até 2042. Os valores anuais vão descendo ao longo do tempo, mas ainda faltam pagar 12 mil milhões de euros, de acordo com a Unidade Técnico de Apoio a Projectos, a entidade do Ministério das Finanças que acompanha as PPP. E isto sem contar com novos projectos já anunciados, como a construção do Hospital Lisboa Oriental, cuja gestão das instalações o Governo pretende entregar a quem o aceitar construir.

Concessões de hospitais e da Fertagus perto do fim

No entanto, já nos próximos dois anos vão ter que ser tomadas decisões quanto ao futuro de cinco PPP. Os contratos para a gestão dos hospitais de Braga e de Loures termina no próximo ano e para os de Cascais e Vila Franca de Xira em 2020 – apesar de a gestão dos edifícios continuar entregue por mais 20 anos a várias empresas privadas.
No caso do Hospital de Cascais, o contrato terminava este ano mas foi prolongado por mais dois pelo Ministério da Saúde. Adalberto Campos Fernandes já explicou publicamente que esta extensão tem que ver com um atraso no lançamento de um concurso para uma nova PPP – posta agora em causa pelo Tribunal de Contas Europeu.
Outra concessão que termina no próximo ano é a da Fertagus. A empresa do grupo Barraqueiro opera, desde 1999, a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e, em 2010, acordou com o Estado a extensão da PPP até 2019. Neste caso, a questão que se coloca é se se deve manter esta linha nas mãos de privados ou valorizá-la através da CP – que até é a proprietária dos comboios que asseguram este serviço. Este é um dos operadores (tal como o Metro Sul do Tejo, da mesma Barraqueiro) que se colocou de fora do passe social da Área Metropolitana de Lisboa e pratica preços por quilómetro muito superiores aos das linhas suburbanas da empresa pública.

SIRESP – tragédias expuseram opção ruinosa

Para além dos Transportes e da Saúde, o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) é a outra PPP existente. As falhas nas comunicações desta rede durante os fatídicos incêndios de Junho e de Outubro passado, que deixaram mais de uma centena de mortos, gerou fortes críticas à ausência, por exemplo, de meios de comunicação redundante numa rede que é necessária precisamente nas situações mais dramáticas.
«Está em curso»
ANTÓNIO COSTA, SOBRE A ENTRADA DO ESTADO NO CAPITAL DO SIRESP
Apesar de o Governo ter anunciado averiguações às falhas que podem resultar em multas, esse processo ainda não está concluído, apesar de o pagamento referente a 2017 já ter sido feito, como noticiou esta semana o Público. Por outro lado, a prometida entrada do Estado no capital da empresa também ainda não avançou.
Já há dez anos, a primeira PPP da área da Saúde terminava com o fim do contrato: a do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra). Construído em 1995 e entregue ao grupo Mello Saúde, os resultados foram de tal forma negativas que o mesmo governo do PS que promovia as actuais PPP no sector, com Correia de Campos (actual presidente do Conselho Económico e Social) como ministro da Saúde, acabou por o recuperar para a esfera pública, a partir de Janeiro de 2008.


www.abrilabril.pt
01
Abr18

CANTIGA DO ÓDIO - Carlos de Oliveira

António Garrochinho




CANTIGA DO ÓDIO

O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?



voarforadaasa.blogspot.pt
01
Abr18

ABLUÇÕES PASCAIS

António Garrochinho


(In Blog O Jumento, 31/03/2018)
ceia
É uma pena que o nosso cardeal não tenha imitado o Papa Francisco lavando os pés de criminosos na missa da Quinta-feira Santa. Não faltam por aí bandidos muito dados a missas e abluções pascais e nem era preciso ir á penitenciária. Nem faltam bandidos que no passado eram apóstolos do nosso sistema financeiro.
O cardeal poderia ter mesmo convidado o franciscano Melícias para o ajudar na qualidade de sacristão, já que o famoso franciscano, que é uma espécie de padrinho espiritual do regime, conhece os banqueiros como a palma da mão. Para o papel de apóstolos não faltam candidatos.

Já imagino o Ricardo Salgado, o Carlos Costa, o Passos Coelho, a Maria Luís, o Vítor Gaspar, o Vítor Bento, o Oliveira e Costa, o Dias Loureiro, o Cavaco Silva, o Durão Barroso, o Jaime Gama e o Luís Amado unidos na tarefa de discípulos a quem Jesus decidiu lavar os pés na última ceia, para lhes garantir que iriam para o céu com a alma bem lavadinha.
Estes amigos e serventuários da banca que a esta hora se estarão a rir dos portugueses que pagaram com língua de palmo os desvarios dos bancos de que eram donos ou que serviram com devoção. Depois da ablução dos prejuízos à custa de um aumento substancial da dívida dos portugueses deverão estar a gozar com os contribuintes, os idiotas que pagaram com austeridade as experiências do Passos Coelho e, a coberto destas, lavaram os prejuízos do sistema financeiro.



estatuadesal.com
01
Abr18

A política também é feita de humor… PCP defende aumentos salariais para que Marcelo deixe de ter "vergonha da pobreza"

António Garrochinho



A política também é feita de humor…


A política também é feita de humor…

Por vezes, os dirigentes comunistas são criticados por terem um discurso político rígido, hirto e muito formal, como se fosse desenhado a régua e esquadro e talhado e moldado pela foice e pelo martelo, e em que faltam as subtilezas da linguagem, que, uma vez bem enquadradas, podem ter um efeito corrosivo enorme.
Foi esse efeito corrosivo, engalanado por uma subtil e oportuna ironia, que Jerónimo de Sousa conseguiu desmontar a gratuitidade (e, também, alguma hipocrisia) daquelas frases chavão, sonoras e grandiloquentes, que exprimem pensamentos sublimes e sedutores. mas que apenas valem pela sua amplitude metafórica, não tendo nenhuma repercussão na realidade vivida e sentida.
E com esta frase de antologia, "PCP defende aumentos salariais para que Marcelo deixe de ter vergonha da pobreza" Jerónimo de Sousa, sem deixar de fora o que politicamente exigia, arrasa, de uma penada, a vacuidade do pomposo discurso político, em que o disfarce, a demagogia e até a mentira andam de mãos dadas.

Alexandre de Castro
alpendredalua.blogspot.pt

Ver aqui abaixo





Jerónimo de Sousa afirma que o executivo socialista deveria "dar a força do exemplo".

Jerónimo de Sousa, reiterou esta quarta-feira a uma defesa dos salões generalizados, sugerindo aquela medida ao Presidente da República e ao Governo para que ele revelasse o poder da "vergonha da pobreza". 

"Ouvi, recentemente, Presidente da República, que tem a vergonha da pobreza. Pois, para deixarmos vergonha, temos uma boa solução: valorizar os benefícios para os que deixam de ser pobres", afirmou, enquanto cumprimentou e foi saudado por participantes na manifestação de trabalhadores, convocada pela Interjovem / CGTP-IN, em Lisboa. 

O secretário-geral do PCP sublinhou que "a pobreza em Portugal não é mais que a situação em misérias extremas, mas pessoas que trabalham e, no entanto, empobrecem, tendo em conta esse valor baixo dos salários", citando relatórios e documentos nacionais e internacionais de arquivo de contas onde tal situação é demonstrada. 

"O Governo pode estar atento, mas o que era necessário, não era essencial, era um plano legislativo, designadamente, um princípio que defendia o PCP para cada posto de trabalho permanente de um contrato efetivo", exemplificou Jerónimo de Sousa. . 

Para o líder comunista o executivo socialista "dar a força do exemplo" na administração pública, relativamente à precariedade, em vez de "incentivar o setor privado" a exercer o mesmo, e adotar formas de "direccionar muitos abusos" no mundo laboral e a degradação de outros direitos. Jerónimo de Sousa ainda conseguiu uma participação de muitos jovens na manifestação - do Cais do Sodré até à Assembleia da República -, que "derrotam os seus direitos de saber" e reclamam "querem o direito de ter direitos" contra "o trabalho temporário, à hora, à peça, sem saber o dia de amanhã, algo dramático para suas vidas e famílias ".



 https://www.cmjornal.pt

01
Abr18

A OPINIÃO DE OUTROS : A dignidade que dou à Páscoa

António Garrochinho


 túmulo de Cristo

A dignidade que dou à Pascoa inibe-me de dar e receber coelhinhos e até mesmo de desejar que seja feliz.  Fico-me pelos desejos, sinceros, de Boa Pascoa e, assim, respeito a forma como cada um a sente e celebra. Refiro, com frequência ser ateu sempre com aquela ironia avinagrada que sublinha sê-lo, graças a Deus.

Mas vamos ao que me trouxe:

Quando um homem morre, mesmo que tenha tido projeção por palavras e obras e por isso tenha sido temido pelos poderes da sua época, pode acontecer não ser esquecido e perdure na memória.
Mas se o mesmo homem vier a ser um mártir por proclamar a igualdade e por resistir ao poder, mesmo que Pilatos lave daí as suas mãos, pode acontecer o que veio a acontecer: uma mudança no curso da História, com o fim do esclavagismo e a queda do Império Romano. É essa a dignidade que dou à Páscoa, o que não me inibe de gostar... de amêndoas.

«(...) é inegável o carácter progressista das doutrinas estóicas sobre a igualdade natural de todos os homens e, concretamente, pelo menos a partir do séc. I a.C, sobre a dignidade dos escravos. Cícero, por exemplo, ensina que todos os homens, conjuntamente com os deuses, formam uma só sociedade «una civitas communis». Séneca defende energicamente o conceito de fraternidade humana: «membra sumus corporis magni; natura nos cognatos edidit» e proclama expressamente a igualdade entre livres e escravo. Estes são qualificados de «contubernales» e «humiles amici» e os senhores exortados a «servis imperare moderate».

No entanto estas belíssimas afirmações ficam apenas no campo da filosofia. Como observa Chateaubriand, «o estoicismo escreveu um capítulo com letra de ouro para a abolição da escravatura, mas só no campo da filosofia». (...)Nem sequer Marco Aurélio, um imperador estóico, «philosophiae plenus», apesar da sua grande actividade legislativa, deixou qualquer lei nova que mitigasse a condição dos escravos.

Tudo isto mostra, talvez, que a filosofia estóica não pretendia ser traduzida em normas jurídicas nem aspirava a atingir a consciência da grande massa. Como filosofia elitista, tendia a agir sobretudo no íntimo das consciências. Pelo menos, é um facto que nunca penetrou no campo jurídico e que foi muito reduzida a sua repercussão na consciência social da época.
Factor mais influente foi, sem dúvida, o Cristianismo. Ao contrário da filosofia estóica, apresentava-se com toda a força própria duma religião; não se orientava a atingir apenas uma pequena elite culta, mas a converter todo o povo, a transformar toda a vida e a ser norma pessoal e social do agir. Por isso a sua propagação no Império determinou uma notável mudança na consciência social e teve, sobretudo no séc. IV, grande repercussão no Direito Romano.

Julgamos que isto é hoje absolutamente inegável. Mesmo os autores com uma visão materialista da história têm de aceitar que houve, pelo menos, uma coincidência entre a afirmação progressiva do Cristianismo na sociedade romana e essa mudança que se operou na consciência social e no Direito, no referente à escravatura.»
in "O CRISTIANISMO E A ESCRAVATURA
NO IMPÉRIO ROMANO" um trabalho que 

conversavinagrada.blogspot.pt
01
Abr18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

ABRO HOJE UMA EXCEPÇÃO E VOU FALAR DE FUTEBOL (DESTE FUTEBOL).

JESUS MORREU ONTEM E NÃO NA SEXTA FEIRA, E NÃO VAI RESSUSCITAR NEM SEQUER NO PRÓXIMO CAMPEONATO.
JESUS É O MELHOR DE PORTUGAL EM TÁCTICA MAS FALTA-LHE ALGO.

estas são palavras dos meus amigos sportinguistas* aqui no facebook e eu acrescento-lhe a minta pitada de condimento:

FALTA MUDAR PORTUGAL NO ESSENCIAL E CONSEQUENTEMENTE A MENTIRA NO FUTEBOL E NO RESTO, O QUE SEMEIA MISÉRIA, ÓDIO, E CLARO GRANDES FORTUNAS ESQUISITAS. .

VAI SER DIFÍCIL COM OS PROTAGONISTAS QUE TEMOS A COMANDAR AS ESTRUTURAS DO FUTEBOL PROFISSIONAL (TODOS) E ATÉ COM DETERMINADOS JOGADORES, UNS GLADIADORES, OUTROS BANQUEIROS, E A MAIOR PARTE DELES TRAFULHAS E IGNORANTES.

VAI TER QUE MUDAR O QUE OUVIMOS E VEMOS, NA MAIOR PARTE DOS PROGRAMAS DESPORTIVOS ONDE SE ADMITE A CORRUPÇÃO NO FUTEBOL, SE COMENTA AO CONTRÁRIO DO QUE O ZÉ POVINHO VÊ NOS CAMPOS EM DIRECTO E NAS TELEVISÕES, E SE ESPALHA O VENENO DA VIOLÊNCIA NO DESPORTO QUE FOI INVENTADO PARA A CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE E DA VIDA SADIA DE QUEM O PRATICA, SEJA PROFISSIONAL OU NÃO.

*Obrigado António Boronha, um sportinguista ferrenho e sabedor mas que não perde o humor e a postura. Peço desculpa pela intromissão mas acho que posso contar consigo para ver as coisas como elas são .

António Garrochinho

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