Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

03
Abr18

AS COREIAS

António Garrochinho
QUEM ME RESPONDE !?
NÃO ESTOU FALANDO DO ESTREITAMENTO DE RELAÇÕES MAS SIM DE:
UMA HIPOTÉTICA UNIÃO DAS COREIAS SERIA BENÉFICA PARA QUEM ?

PARA OS POVOS COREANOS ?
PARA A COREIA DO NORTE ?
PARA A COREIA DO SUL ?
PARA O EQUILÍBRIO DO MUNDO ?
PARA O CAPITALISMO ?
PARA O SOCIALISMO ?
03
Abr18

Tiroteio na sede do YouTube na Califórnia - HÁ NOTÍCIAS DE QUE JÁ FORAM RECEBIDOS FERIDOS NUM HOSPITAL

António Garrochinho



A sede do YouTube, em San Bruno, na Califórnia (EUA), foi 
cercada na noite desta terça-feira, depois de relatos 
de tiros disparados. 
As autoridades já confirmaram que existe um 
atirador, mas ainda não existem informações sobre 
possíveis vítimas.
Pelas redes sociais circulam relatos dos trabalhadores
que ouviram os tiros e viram os colegas a correr 
para o exterior do edifício. 
Várias pessoas foram retiradas do edifício.


A polícia já está no local e pede para que as pessoas se afastem da zona.


Há um grande aparato policial no local e 
a estação de televisão KTVU confirmou, segundo fonte 
hospitalar, que deram entrada vários pacientes.
VÍDEO


www.jn.pt
03
Abr18

tu homem

António Garrochinho

tu homem quando te libertas
criarás janelas abertas
para outro camarada irmão
podem prender-te, isolar-te
ferir, até matar-te
mas à liberdade não !



António Garrochinho

03
Abr18

Na Ásia, “Porta do Inferno” em chamas há 40 anos deixa moradores aterrorizados; veja os detalhes

António Garrochinho

No Turcomenistão, localizado na Ásia Central, descobriram algo realmente surpreendente, um buraco com chamas nunca visto antes. As causas de seu surgimento são desconhecidas e isso despertou a curiosidade da mídia e de milhares de pessoas no mundo, um poço em chamas e com um fogo tão forte que parece ter vindo mesmo do inferno.
Muitos especialistas e alguns meios de comunicação, na época de seu aparecimento, chegaram às terras distantes do Turquemenistão para observar este incrível fenômeno da natureza.
O calor produzido pelo famoso “anel de fogo” é de aproximadamente 792ºC (1457ºF), a dois metros de distância. Há mais de 40 anos na região, o buraco continua lá e ainda deixa muitos cientistas intrigados.
Os habitantes da área comentaram que o calor que emana do lugar é tão intenso que é difícil se aproximar e, portanto, a profundidade deste buraco não é conhecida com certeza.
Os habitantes do lugar começaram a notar a presença deste buraco depois que o solo começou a aquecer mais que o normal.
Alguns especialistas explicaram à mídia internacional que isso está fora de uma área vulcânica, então os habitantes da área têm tido muito medo, enquanto muitos cientistas estão interessados ??em descobrir a origem desse estranho buraco.
A apenas dois metros de distância, temperaturas de 800 graus Celsius foram registradas, muitos pesquisadores foram trabalhar para entender como funciona e porque em tanto tempo o fogo ainda não se extinguiu. Este fenômeno impressionante da natureza foi chamado de “A porta para o inferno”.
Apesar de muitas especulações, a teoria mais plausível, pelo menos até o momento, é que o buraco surgiu após diversas perfurações na década de 70 que tinham o objetivo de explorar os recursos naturais da região.
No entanto, muitos afirmam que este é um buraco saturado com gás natural e é por isso que o fogo que queima não pode ser extinto. Os geólogos continuam a estudar este fenômeno incomum e esperamos saber muito em breve as verdadeiras causas, enquanto os habitantes de Urimqi se sentem aterrorizados e preocupados, porque eles não têm ideia da gravidade ou as consequências que o fenômeno pode trazer para os habitantes.
Outras pessoas acreditam que o planeta está nos enviando alertas para que possamos cuidar melhor do nosso mundo e assim humanidade permanecerá milhares de anos mais viva como hóspede.
No final, são os nossos filhos que herdarão este planeta, encorajá-los a cuidar dele e amá-lo, plantar árvores, colocar o lixo em seu lugar, e do meio ambiente como um todo é o primeiro passar para a preservação.



inspirandoo.com
03
Abr18

PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

SE NÃO TEMOS CORAGEM PARA DEFENDER O NOSSO POSICIONAMENTO IDEOLÓGICO OPTANDO POR ANDAR A ATIRAR SETAS A VER SE ALGUMA ACERTA NO ALVO, OU SEJA: DISPARANDO PARA AQUI E PARA ALI COM O SENTIDO DE RECOLHER SIMPATIAS E COLAGENS ESTAMOS A ERRAR.

TEMOS QUE TER CUIDADO COM AQUILO QUE DEFENDEMOS, TEMOS QUE SER SUFICIENTEMENTE ESCLARECIDOS SABENDO QUE OS POLÍTICOS, MUITOS DELES, MUDAM, VIRAM A CASACA, E OUTROS SÃO DEMAGÓGICOS E NÃO RESPEITAM A LINHA DO SEU PRÓPRIO PARTIDO E CONFUNDEM PROPOSITADAMENTE OS QUE ORBITAM NA SUA ÁREA DE INFLUÊNCIA.

O ELEITORADO TEM QUE SER MANTIDO, É O LEMA DE MUITOS, E PARA ISSO VALE TUDO PARA QUE NÃO SE PERCAM SIMPATIZANTES E MILITANTES .

HÁ QUEM NÃO ESTEJA VERDADEIRAMENTE PREOCUPADO COM O RUMO POLÍTICO E COM AS ASPIRAÇÕES E ANSEIOS DAS BASES E SIM COM A SUA CARREIRA POLÍTICA PARA A QUAL NÃO É PRECISO MUITO TEMPO DE SERVIÇO, RENDE MORDOMIAS, E ASSEGURA UM FUTURO FOLGADO.

FICAR NAS "COVAS" FAZER A POLÍTICA DO "NIM" É O VÍCIO DE MUITOS E ASSIM VÃO MANTENDO O CU QUENTE NOS LUGARES QUE OCUPAM LANÇANDO DE VEZ EM QUANDO UMAS FRASES ESTUDADAS E FINGIDAS PARA "BOI DORMIR".

ACONTECEU, ACONTECE E IRÁ SEMPRE ACONTECER SE O POVO NÃO BATER O PÉ A QUEM NÃO O TRATA COM RESPEITO E COM VERDADE.



António Garrochinho
03
Abr18

APOIO ÀS ARTES - PCP diz que apoio às artes é insuficiente. "Os dois milhões de euros não chegam"

António Garrochinho



O deputado João Oliveira defende uma revisão do modelo do apoio às artes e um reforço nas verbas destinadas às companhias.


O PCP quer mais dinheiro para apoiar as artes e pede ao ministério que não deixe sem apoio as companhias de teatro e dança que ficaram de fora. Os resultados do concurso do programa de apoio da Direção Geral das Artes deste ano têm sido muito contestado, com companhias históricas excluídas dos subsídios nos próximos quatro anos.

Na segunda-feira, o ministro da Cultura garantiu que não vai cair estruturas "que merecem apoio". Declarações que não tranquilizam João Oliveira. O deputado comunista considera que é preciso reformular o concurso e aumentar as verbas.

"As declarações do ministro de ontem na entrevista que deu não deixarão ninguém descansado. Em primeiro lugar porque a verba que é referida é claramente insuficiente para dar resposta às necessidade dos vários apoios que é preciso ter em conta", defendeu.

O deputado João Oliveira considera que os apoios às artes são insuficientes.
Para João Oliveira, há dois problemas que é preciso resolver neste momento. "Um mais imediato, que é evitar que sejam consumados os prejuízos que resultam deste concurso e um problema mais de fundo que é a necessidade de repensar e alterar o modelo de apoio às artes para evitar que o trabalho artístico e cultural no nosso país fique dependente da política e do gosto de cada ministério da Cultura".

SOM AUDIO



Em declarações à TSF, o líder parlamentar do PCP realça que os cortes põe em causa a sobrevivência de companhias de teatro e dança. "Estamos a falar de muitas companhias que ficaram sem apoio e outras que tiveram um apoio parcial que não lhes permite sobreviver. Portanto, há necessidades imediatas que têm de ser consideradas para as quais aqueles dois milhões de euros anunciados não chegam", defende.

João Oliveira lembra que, na discussão do Orçamento do Estado, o PCP propôs a reposição do apoio às artes para valores antes dos cortes em 2010. "Os problemas do apoio às artes não são de hoje. São oito anos, pelo menos, de cortes acumulados que transformaram os 25 milhões de apoio em 15 milhões. E isto é claramente insuficiente face às necessidades do setor, da criação artística e até às necessidades de garantir a igualdade do acesso dos cidadãos à cultura em todo o território nacional. Em fim de linha, é disso que estamos a falar".

O deputados comunista defende também uma alteração do prório concurso. "As candidaturas apresentadas determinam o valor de apoios a considerar que deve ser uma base de partida para o ministério encontrar uma solução imediata que evite os prejuízos que estão apontados e que podem e devem ser resolvidos no imediato para que este concurso não se transforme na sentença de morte para estruturas de criação artística que envolvem centenas de criadores por todo o país".

O PCP e o Bloco de Esquerda pediram que o ministro da Cultura seja ouvido com caráter de urgência no Parlamento sobre este assunto.


www.tsf.pt
03
Abr18

O comunismo tem algo que ver com Putin?

António Garrochinho



(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 03/04/2018)
tadeu1
Vladimir Putin é nacionalista, defensor da autoridade centralizadora do Estado e zeloso da preservação da sua autoridade pessoal. Vladimir Putin não é comunista: para os padrões prevalecentes nas sociedades do Ocidente rico ele seria classificável, se por acaso governasse um desses países, na categoria “líder de direita conservadora”, nunca um revolucionário ao serviço dos interesses do proletariado e dos trabalhadores.
Esta leitura é uma evidência clara, largamente demonstrada desde que, em 1999, Putin começou a mandar em Moscovo.
Face à realidade política que circunscrevia a luta pelo poder na Rússia à guerra do capitalismo contra o comunismo, Putin serviu a ideia de unir o país em torno do orgulho patriótico, místico e historicista, dos czares à URSS, com a religião a solidificar o conceito.
A esta ideia de unidade, Putin juntou a prática de formar uma elite de magnatas capitalistas, politicamente controlados, numa economia liberal, de impostos relativamente baixos, ajudada pela exploração de vastos recursos naturais, muitos deles nas mãos do Estado. Eternizou-se, assim, no Kremlin.
Aos saudosos na União Europeia e nos Estados Unidos da América dos tempos da Guerra Fria parece ser conveniente insinuar que a Rússia de Vladimir Putin disfarça ou adormece o ideário comunista.
Para uns, esta sugestão é a forma mais fácil de ganhar boa parte da opinião pública mais distraída para as insanidades sucessivas que colocam o mundo em perigo de guerra total e ajudam a esconder a crueldade, a estupidez com que os governos ocidentais conduziram as suas tentativas de dominio do Médio Oriente, com a Síria, agora, a centrar as atenções.
O suposto perigo “russo comunista” serviu também para transformar países do Leste Europeu, saídos da ex-União Soviética, numa espécie de cordão antirrusso governado por antidemocratas.
Para outros, a sugestão de um hipotético comunismo subterrâneo no governo da Rússia serve para acalentar a esperança de ali, talvez em aliança com a China, vir a renascer uma oposição séria e consequente aos desmandos do capitalismo monopolista.
Para estes, a Rússia de Putin teria no seu ADN um gene capaz de fazer nascer um corpo político de combate ao imperialismo económico dos senhores da globalização; frontalmente denunciador da manipulação e do controlo, por potências estrangeiras, de muitos governos de países menos desenvolvidos; um motor da defesa da autodeterminação dos povos, livres dos constrangimentos do capitalismo mundial high tech…
Esta visão é todos os dias desmentida pela realidade: a luta da Rússia de Putin, simplesmente, é a de disputar com a União Europeia (sobretudo com Alemanha, França e Inglaterra), com os Estados Unidos e com a China, em alianças e confrontos conjunturais, o maior domínio político e económico que lhe for possível alcançar.
Duas décadas de conspiração, apoio, financiamento e armamento concedido a terroristas, a fanáticos, a protofascistas, a ditadores, a oligarcas, a fundamentalistas, a traficantes, sempre em nome da defesa dos direitos humanos, numa competição entre os maiores países da NATO e a Rússia (a China tem-se afastado deste campeonato bélico), resultaram em milhões de mortos e de refugiados.
Entretanto, o governo britânico acusou, sem mostrar provas conclusivas, o governo russo de estar por detrás de um atentado em Inglaterra que vitimou um ex-espião russo e a filha. Convenceu mais de 30 países, a começar nos Estados Unidos da América, a expulsar 150 diplomatas russos. Putin retaliou e mandou embora da Rússia uns 60 diplomatas de 23 países.
Putin talvez esteja por detrás do envenenamento de Sergei Skripal, não sei, mas, sendo um político experiente, bastante melhor do que a maior parte dos líderes ocidentais com quem se confrontou em 20 anos, suscita-me a pergunta: se autorizou esse assassínio, o que é que pensava ganhar?… Ninguém, ainda, explicou algo que convencesse.
O governo português não foi na onda, limitando-se a chamar o seu embaixador em Moscovo para consultas. Está a ser acusado de trair os seus aliados e de não acreditar na palavra e nas informações dos britânicos.
A Inglaterra e os EUA inventaram, em 2003, as armas químicas de Saddam e puseram Durão Barroso, então primeiro-ministro português, a ser padrinho de uma cimeira que decidiu a invasão ao Iraque: em 10 anos essa mentira causaria meio milhão de mortos.
Com este antecedente acho que o governo português tem o direito e o dever de exigir dos seus aliados, antes de se meter em novos conflitos, muito mais do que aquilo que foi, até agora, mostrado no caso Skripal… É o mínimo.

estatuadesal.com


03
Abr18

O SOLDADO MILHÕES

António Garrochinho




Aníbal Augusto Milhais (Soldado Milhões) nasceu em 9 de Julho de 1895 no lugar de Valongo, Murça, filho de agricultores e ele próprio agricultor durante toda a sua vida, foi o soldado português mais condecorado da I Guerra Mundial e o único premiado com a mais alta honraria nacional, a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, 
(Wikipédia)

Chegada a hora da tropa foi incorporado no Regimento de Bragança e mais tarde no de Chaves. Em 1917 partiu para a frente de combate. Um ano depois, chegava o "grande momento", o da Batalha de La Lys, na Flandres. O dia preciso: 9 de Abril. 

Rezam as crónicas que uma força portuguesa se viu atacada pelos alemães. Chegou a ser destroçada e a situação era "a pior possível". Muitos portugueses foram mortos e os sobreviventes obrigados a retirar.

O soldado Milhais viu-se sozinho numa trincheira e, então, ergue-se, de metralhadora Lotz em punho, e varreu uma coluna de alemães que vinham em motocicletas. Terá feito o mesmo ás colunas de "boches" que entretanto surgiram. Parece que os alemães terão julgado que, em vez de um camponês sozinho, enfrentavam um fortíssimo regimento de portugueses e ingleses. Mas, afinal, era apenas Milhais e a sua querida "Luísa", nome da metralhadora.

O acto isolado deste soldado permitiu aos aliados tomar posição trinta e tal quilómetros mais atrás. Milhais, esse, continuou sozinho, a vaguear pelos campos, tendo apenas «amêndoas doces» para comer. Reza também a história que salvou um grupo de escoceses de serem capturados, disparando sobre os alemães que os perseguiam. 

Quatro dias depois da batalha, encontrou um médico escocês que o salvou de morrer afogado num pântano. Foi este médico, para sempre agradecido, que deu conta ao exército aliado dos feitos do soldado transmontano. Chegado ao acampamento, Milhais foi efusivamente abraçado pelo seu comandante (General Tamagnini): «Tu és milhais, mas vales milhões».

Por causa desse feito Milhões recebeu a Ordem de Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, em Isberg. Perante o soldado, que, no fundo, era apenas um homem simples e grande contador de histórias, desfilaram «em continência» 15 mil soldados aliados. Depois de terminada a guerra, o soldado recebeu outras condecorações portuguesas e estrangeiras.



VÍDEO


historia-dos-tempos.blogspot.pt/

03
Abr18

QUEM SE LEMBRA ? EU LI, COLECIONEI DEZENAS. DEPOIS EMPRESTEI A UM AMIGO QUE EMPRESTOU A OUTRO E PERDI O RASTO ! - Cadernos do Terceiro Mundo: cobertura internacional alternativa

António Garrochinho

Cadernos do Terceiro Mundo: cobertura internacional alternativa

Publicação impressa durou 31 anos, era publicada em várias línguas e distribuída em diversos países; Fidel e Arafat foram entrevistados pela revista

A polarização do mundo em meados dos anos 1970, causada pela disputa geopolítica entre Estados Unidos e União Soviética, dividiu o globo em dois grandes blocos. Mas alguns países buscavam uma outra via. A Conferência de Argel, realizada em 1973, reuniu os Países Não-Alinhados para discutir as transformações protagonizadas pelo chamado Terceiro Mundo. Exilados do Brasil por conta da ditadura civil-militar, os jornalistas Paulo Cannabrava e Neiva Moreira (que também fora deputado federal) participaram da conferência e perceberam a necessidade dar voz às novas ideias que os países em desenvolvimento estavam propondo. A libertação das colônias portuguesas na África, a efervescência no mundo árabe, as guerrilhas pela América Latina: esses foram alguns dos temas que ganharam uma leitura especial dos Cadernos do Terceiro Mundo.

Se o embrião da revista que cobriria o Terceiro Mundo surgiu na Argélia, seu nascimento aconteceu na cidade argentina de Buenos Aires, quando Neiva Moreira, a jornalista uruguaia Beatriz Bíssio e o criador da agência de notícias Inter Press Service, Pablo Piacentini, se reuniram para concretizar o projeto de uma publicação voltada para os países do Sul. Em parceria com a editora argentina Julia Constenla, o primeiro número da publicação foi lançado em setembro de 1974, batizado, inicialmente, de Terceiro Mundo. 
Reprodução - Primeiro número dos Cadernos do Terceiro Mundo












O jornalista Paulo Cannabrava relembra que os contatos feitos por ele e Moreira durante a conferência em Argel foram fundamentais para a estruturação da revista, pois, além de jornalistas internacionais, os brasileiros haviam se aproximado de "fontes extraordinárias”.
“Nós jantávamos com o Agostinho Neto e tomávamos café da manhã com o Arafat, então aquilo era um prato cheio para nós”, diz Cannabrava. Essas relações fizeram com que a revista conseguisse diversos furos de reportagem e entrevistas exclusivas - entre as entrevistas que mais se destacaram, estão a com Yasser Arafat, o líder da resistência palestina, e o líder da revolução cubana, Fidel Castro.
Primeiras edições e dificuldades
Após nove edições impressas em Buenos Aires, os jornalistas que editavam o periódico foram obrigados a deixar o país por conta do golpe militar argentino, em 1976. Exilados no México, Moreira e Bíssio se reorganizam para dar continuidade ao projeto da publicação que, em 1977, volta a circular, agora com o nome definitivo de Cadernos do Terceiro Mundo.
A partir de então, a revista alcançou expressivo sucesso editorial, passando a ser impressa em espanhol, português de Portugal e inglês, sendo amplamente distribuída na América Latina, Portugal, África e Estados Unidos. O aumento de assinaturas e anúncios vindos de governos progressistas ao redor do mundo, que constituíam as principais fontes de renda da publicação, foram essenciais e possibilitaram um aumento de circulação e qualidade gráfica da revista.
Para Cannabrava, “esse foi o momento mais glorioso dos Cadernos, pois passamos a ter reconhecimento mundial”. “Nós começamos a receber patrocínio de Moçambique, Angola e, após a Revolução dos Cravos em Portugal, passamos a editar uma revista em Lisboa, que era distribuída também em países africanos que falavam português”, afirma o jornalista.


 VÍDEO
Amnistia e Rio de Janeiro
Após a Lei de Amnistia em 1979, Moreira e Bíssio retornam ao Brasil e passam a editar a revista no Rio de Janeiro. Com o intuito de promover a publicação e organizar a luta democrática no Brasil, debates sobre a conjuntura política do país e do Terceiro Mundo eram realizados em parceira com universidades.
“Nós frequentávamos muito a PUC e a USP para realizar palestras e debates, sempre muito proveitosos para a revista e para a luta democrática, pois, apesar da anistia, ainda estávamos em uma ditadura”, conta Cannabrava.


“Nós jantávamos com o Agostinho Neto e tomávamos café da manhã com o Arafat, então aquilo era um prato cheio para nós”, diz Cannabrava
Durante o processo de redemocratização do Brasil, os Cadernos do Terceiro Mundo tiveram papel de destaque, principalmente na cobertura do noticiário latino-americano e africano. Foi criada a Editora Terceiro Mundo, com o objetivo de gerenciar a revista, aumentar seu alcance e melhorar sua distribuição e comercialização. Agregado a esse projeto, Cannabrava e Moreira passaram a editar o Jornal do País, publicação dedicada a cobrir e apoiar o movimento das Diretas Já. A empresa ainda lançou, em 1992, a Revista do Mercosul, focada na integração latino-americana, com edição bilíngue em português e espanhol, e a Ecologia e Desenvolvimento, premiada publicação que direcionava sua cobertura às causas ambientais.
Diálogos do Sul
Por dificuldades financeiras, a editora, que já havia fechado o Jornal do País, encerrou suas atividades no ano de 2005 e, junto com ela, os Cadernos do Terceiro Mundo. A revista foi impressa durante 31 anos e hoje passa por um processo de digitalização de seu acervo.
Hoje, Paulo Cannabrava dirige o site Diálogos do Sul, parceiro de Opera Mundi, espécie de herdeiro dos Cadernos, cujo foco de sua cobertura são temas fundamentais para o Sul Global e, principalmente, para a América Latina. Além disso, o portal se propõe a discutir os problemas do Brasil, de países da África, da Ásia e do Oriente Médio, sendo um agente que estreite as relações entre os territórios do Sul.

operamundi.uol.com.br

03
Abr18

VÍDEOS DE ABRIL - VAMOS CANTAR ABRIL

António Garrochinho
Símbolo da canção de intervenção e protesto, José Afonso é um dos músicos portugueses mais conhecidos. Para este reconhecimento contribuíram discos clássicos como Cantares de Andarilho, Venham Mais Cinco, Cantigas do Maio ou Traz Outro Amigo Também e canções como Grândola Vila Morena, Os Vampiros ou Vejam Bem. Para celebrar os 43 anos do dia da Revolução dos Cravos escolhemos uma canção gravada em 1976 para o disco Com as Minhas TamanquinhasOs Índios da Meia-Praia.

 
Em 1971, Sérgio Godinho editou o seu primeiro registo, Os Sobreviventes. Gravado em França, o disco terminava com Maré Alta, onde o músico adianta que a "Liberdade está a passar por aqui". A liberdade que Godinho referia só chegaria a Portugal três anos depois, no dia 25 de Abril de 1974.
Sérgio Godinho

C
hico Buarque não ficou alheio à Revolução dos Cravos e desejava o mesmo para o Brasil, ainda sob a ditadura de Getúlio Vargas. Mas rapidamente percebeu que a "semente" de Abril não tinham tido o crescimento que o mesmo desejava. Por isso gravou duas versões de Tanto Mar, uma a celebrar o 25 de Abril e uma segunda onde fala sobre a festa já "murcha", mas da qual ainda subsistiam sementes.
Tanto Mar

Fausto foi um dos músicos mais politicamente engajados no pós 25 de Abril. Nesta canção protesta contra um projecto de uma fábrica nuclear – "para alguns mortal" - planeada para Peniche, mas com um acompanhamento e uma melodia que podiam ter dado uma canção de amor.
Fausto

É uma canção de protesto contemporânea que virou hino de uma geração. Os Deolinda estrearam a canção no Coliseu dos Recreios e rapidamente se difundiu pelo YouTube, chegando a milhares de pessoas que se identificaram com a letra marcadamente irónica de Que Parva que eu Sou.
Deolinda

Em 1978 o FMI aterrou na Portela para implementar um plano de resgate para Portugal. José Mário Branco, autor do álbum Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades e de uma adaptação para teatro de A Mãe de Máximo Gorky e fundador do Grupo de Acção Cultural, o G.A.C., era claramente contra este "internacionalismo monetário" e demonstrou-o numa das canções mais marcantes da sua discografia – e da música popular portuguesa do século XX.
José Mário Branco
www.sabado.pt
03
Abr18

Virgínia Faria de Moura (19 de Julho de 1915 / 19 de Abril de 1998) - Virgínia de Moura Uma vida pela liberdade e o ideal comunista

António Garrochinho

Virginia Moura_1

«Virgínia de Moura – mulher de Abril – cidadã de infatigável combatividade, resistente antifascista, intelectual comprometida com o sofrimento e as aspirações libertadoras do seu povo, revolucionária comunista, esteve sempre na primeira linha em todas as batalhas pela democracia, num percurso feito de firmeza de convicções, integridade, coragem moral e física, sensibilidade humana.
Se mulher houve cujo nome ficará para sempre ligado à nossa bela revolução libertadora ela foi sem qualquer sombra de dúvida, a camarada Virgínia de Moura que, desde a sua juventude, nunca deixou de estar na primeira linha dos grandes combates políticos que tendo como pano de fundo a luta dos trabalhadores e das massas populares, haveriam de conduzir à liquidação do fascismo, em Abril de 1974.»
Virginia Moura_3
«Estando presa na cadeia da PIDE, no Porto, em Março de 1957, quando morreram na sequência de torturas dois presos políticos, Joaquim Lemos de Oliveira e Manuel Silva Júnior, subscreveu, com outros presos, uma petição dirigida ao «Presidente da República», onde se apelava:
«Seja feito um rigoroso inquérito, dirigido por uma entidade estranha à PIDE sobre as circunstâncias em que se deram as mortes de Joaquim Lemos de Oliveira e Manuel da Silva Júnior, extensivo aos métodos usados para investigações nesta Polícia Internacional e de Defesa do Estado;
Nesse inquérito possam depor livremente todas as pessoas actualmente presas e aquelas que já o estiveram;
A nossa situação prisional passe a deixar de ser dependente da PIDE e não mais se verifique a circunstância de investigadores serem simultaneamente carcereiros.»
Eram signatários: Virgínia de Moura, Cecília Alves, Hernâni Silva, Ângelo Veloso, Pedro Ramos de Almeida, António Borges Coelho, Hermínio Marvão e Agostinho Neto.»
«Militante comunista desde a primeira metade dos anos 30, manteve até ao 25 de Abril de 1974 (e daí por diante) uma intensa actividade política, maioritariamente «aberta», em várias organizações e movimentos unitários da oposição democrática. Depois da actividade desenvolvida no Socorro Vermelho Internacional, nas lutas estudantis e na solidariedade com os republicanos espanhóis, Virgínia Moura participou, a partir de 1944, no Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF), no Movimento de Unidade Democrática (MUD), no Movimento Nacional Democrático (MND), nas estruturas de apoio às candidaturas presidenciais de Norton de Matos, Ruy Luís Gomes, Arlindo Vicente e Humberto Delgado e interveio como activista ou candidata nas «eleições-farsa» de 1969 e 1973. Integrou, ainda, o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, o Movimento Democrático de Mulheres, a Associação Feminina Portuguesa para a Paz e a Comissão Nacional para a Defesa da Paz.»



ocastendo.blogs.sapo.pt

03
Abr18

O gira-discos de Álvaro Cunhal

António Garrochinho


VÍDEO






O gosto musical de Álvaro Cunhal era extremamente variado e ecléctico. Sem ser um melómano, cultivava a audição de muitos dos grandes compositores clássicos. Mas também os "contemporâneos" Beatles, Rolling Stones e Pink Floyd eram bastante apreciados pelo líder comunista, a que se juntavam muitos nomes da música francesa, como Moustaki. A corroborar o depoimento prestado neste vídeo por Humberto da Mota Veiga, parente de Cunhal, recordo o testemunho directo que em 1978 me prestou Mário Barradas, encenador de referência do Teatro português e fundador do Grupo de Teatro de Évora, já falecido. Ele e Cunhal conheceram-se em Paris, na década de 60. Nas noites de tertúlia da rua Palmira, recordo as discussões sobre o mundo e os homens, muitas vezes embaladas pelos discos de vinil que o Mário, garantia, partilhava "com o camarada Álvaro". Este vídeo homenageia Mário Barradas. O depoimento que aqui presto não está incluído no livro de Adelino Cunha, é da minha inteira responsabilidade e não vincula o autor. 


António Nascimento

alvarocunhalbiografia.blogspot.pt

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •