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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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16
Abr18

Mais de 300 mil em Barcelona pela liberdade dos líderes independentistas

António Garrochinho


Cerca de 315 mil pessoas, de acordo com a Guarda Urbana, manifestaram-se este domingo nas ruas de Barcelona para exigir a liberdade dos «presos políticos» e defender as instituições catalãs.
Mais de 300 mil pessoas exigiram a libertação dos «presos políticos» catalães nas ruas de Barcelona
Mais de 300 mil pessoas exigiram a libertação dos «presos políticos» catalães nas ruas de BarcelonaCréditos
A mobilização, que partiu da Praça de Espanha e percorreu o centro da capital catalã, realizou-se no dia em que se passavam seis meses sobre a entrada na prisão de Jordi Cuixart, presidente da Òmnium Cultural, e de Jordi Sànchez, então presidente da Associação Nacional Catalã (ANC) e actual deputado do grupo Juntos pela Catalunha (JuntsxCat).
São considerados os primeiros «presos políticos», feitos pela Justiça espanhola, no âmbito do recente processo indepentista catalão. De acordo com o texto da convocatória divulgado pela plataforma Espai Democràcia i Convivència (Espaço Democracia e Convivência, composta por diversas entidades, associações e sindicatos), a mobilização servia para pedir a libertação dos outros presos políticos catalães neste processo – Oriol Junqueras, Quim Horno, Jordi Turull, Carmen Forcadell, Raül Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.
Durante a mobilização, que decorreu sob o lema «Pelos direitos e as liberdades, pela democracia e a coesão, queremo-los em casa!», representantes da Espai Democràcia i Convivència leram um manifesto em que expressaram a sua firme defesa dos resultados das eleições autonómicas de 21 de Dezembro na Catalunha, bem como a «defesa unitária das instituições catalãs e do direito dos catalães a decidir o seu futuro», informa a TeleSur.
O manifesto, lido pela mulher de Jordi Cuixart, Tell Bonet, e pelo filho de Jordi Sànchez, Oriol, foram mensagens enviadas da prisão de Soto del Real (Madrid) por ambos os presos, segundo refere elnacional.cat.



www.abrilabril.pt
16
Abr18

Ativista Anti-Mosquitos Transgênicos é Encontrada Morta em Piscina de Hotel, Horas Antes de Entregar uma Petição com 200.000 Assinaturas à EPA

António Garrochinho

Ativista Anti-Mosquitos Transgênicos é Encontrada Morta em 


Uma ativista que se opunha aos mosquitos geneticamente modificadosfoi encontrada morta na piscina de um hotel de Washington DC, poucas horas antes de apresentar uma petição com mais de 200.000 assinaturas à EPA.

Derrick Broze do site Activist Post investigou a história e falou com uma amiga próxima da vítima. A vítima é Mila de Mier de Key West, Flórida.

Mila de Mier



O Departamento de Bombeiros de Washington DC disse que o incidente relatado aconteceu no Centro de Convenções do Cambria Hotel & Suites Washington. Eles dizem que foram chamados por volta das 9h35. As equipes médicas dizem que tentaram reanimar a vítima, mas depois a declararam morta.

Sua morte, é claro, lembra os observadores informados de todas as ameaças de morte que outros ativistas anti-transgênicos foram submetidos ao longo dos anos, graças às "operações secretas" da indústria de biotecnologia  que executa campanhas de intimidação, campanhas de difamação e campanhas de suborno político. Se você não estava ciente de que as pessoas que se opõem aos gigantes da biotecnologia ou à indústria de vacinas estão sendo rotineiramente assassinadas em toda os EUA, você não está a par do que realmente está acontecendo.

Erin Elizabeth, do site Health Nut News, documentou mais de 85 médicos que foram encontrados mortos nos últimos anos. A maioria deles eram profissionais de saúde holística que ofereciam tratamentos médicos alternativos ou naturopatas. A maioria desses indivíduos também se opunha aos alimentos geneticamente modificados. “Mila era uma ativista muito conhecida que lutou arduamente contra os transgênicos e o uso de mosquitos transgênicos na Flórida. Na verdade, ela lutou contra eles com tanta força que ela era conhecida por ser uma inimiga da indústria de mosquitos transgênicos”, escreve Elizabeth. “É por isso que a “testemunha” que a encontrou flutuando na piscina não tentou tirá-la da piscina? É por isso que eles não tentaram, como qualquer ser humano normal, realizar a reanimação?

Morte suspeita levanta bandeiras vermelhas sobre ativistas anti-OGM sendo assassinados

A indústria de transgênicos agora está ligada a esquadrões de assassinos para assassinar ativistas anti-OGM? Não é uma ideia absurda, dada a agressividade da indústria de transgênicos em busca de equipes de assassinato apoiados por milhões de dólares em financiamento anual.

É também, a propósito, o porquê ativistas sábios nunca usam seus nomes verdadeiros quando se hospedam em hotéis. (E eles não pagam por quartos de hotel usando cartões de crédito.) Mais e mais ativistas anti-OGM, segundo me disseram, estão se armando em autodefesa, criando uma mistura fascinante de ativistas anti-OGM de esquerda que são pró segunda Emenda.

Aqui está a história completa de Broze para o site Activist Post:

Ativista da Flórida que lutou contra a liberação de mosquitos transgênicos é encontrada morta na piscina do hotel

Por Derrick Broze, Activist Post

Na manhã de terça-feira, Mila de Mier - uma ativista de 45 anos de Key West, Flórida, que se opôs à liberação de mosquitos geneticamente modificados - foi encontrada morta em uma piscina em um hotel em Washington, DC. De Mier estava visitando DC para fazer uma petição à Agência de Proteção Ambiental exigindo que a agência negue uma permissão para a liberação de mosquitos geneticamente modificados na Flórida e no Texas.

O site WJLA relatou:

O Departamento de Bombeiros de Washington DC disse que o incidente relatado aconteceu no Centro de Convenções Cambria Hotel & Suites Washington, DC. Eles dizem que foram chamados por volta das 9h35. As equipes médicas dizem que tentaram reanimar a vítima, mas depois a declararam morta.

A Fox5 observa que o relatório da polícia afirma que uma testemunha encontrou Mier flutuando dentro da piscina e ligou para a emergência. O Departamento de Polícia Metropolitana de Washington está investigando as circunstâncias exatas do afogamento.

Nos dias que antecederam sua morte, Mila de Mier postou em sua página no Facebook sobre a luta contra os mosquitos geneticamente modificados. “A hora é agora. Por favor assine e compartilhe! Nós não somos cobaias”, escreveu ela . "É hora de definir padrões quando se trata de pessoas e biotecnologia."

O site Activist Post conversou com Barbara Napoles, uma ativista e amiga de longa data da vítima que a acompanhou na viagem a Washington DC, e uma das últimas pessoas a vê-la viva. Napoles trabalhou com de Mier durante anos como parte da Never Again Foundation, uma organização que se concentrava em uma variedade de causas ambientais. Napoles explicou que ela e De Mier trabalharam na questão do mosquito da GE durante anos e já tinham feito viagens à Food and Drug Administration, na tentativa de expressar suas preocupações.

De acordo com Napoles, De Mier ligou para ela na quinta-feira, dia 5 de abril, para anunciar sua intenção de dirigir da Flórida à Washington DC para apresentar sua petição à EPA. As duas foram para Washington no domingo, chegaram na segunda-feira e planejavam entregar a petição na manhã de terça-feira. Por volta das 8:45 da manhã de terça-feira, Mier deixou Napoles para dar um mergulho rápido na piscina do terraço do hotel antes de ir para a EPA. Esta foi a última vez que Napoles viu de Mier viva. Em relação à possibilidade de morte por afogamento acidental, Napoles disse que Mila de Mier não era conhecida por ser uma nadadora fraca e já havia nadado com tubarões-baleia no passado. Napoles disse que as duas também planejam nadar com golfinhos em junho.

Ela queria que as pessoas de Houston tivessem tempo para comentar sobre a liberação dos mosquitos da GE. Ela gostaria que as pessoas continuassem a luta”, declarou Napoles. Napoles está se referindo ao potencial lançamento dos mosquitos da GE na área de Houston. Os mosquitos a serem libertados em Houston são criados pela Oxitec, a empresa britânica de biotecnologia responsável pelos mesmos mosquitos que de Mier lutava em Key West.

A Oxitec esteve envolvida na controversa votação em Florida Keys durante a eleição de 2016. Naquela votação, os moradores de Key Haven votaram contra a liberação dos mosquitos em sua comunidade. No entanto, pouco depois, os testes foram aprovados para um local diferente em Keys. Apesar da aprovação, a oposição ao projeto controverso não cessou. No final de novembro de 2016, a Health News Florida informou que uma coalizão de grupos, incluindo o Centro de Segurança Alimentar e a Coalizão Ambiental da Flórida, protocolaram um aviso de 60 dias para processar a Food and Drug Administration dos EUA.

Em 2017, o Houston Chronicle informou que a Oxitec está trabalhando em um acordo com funcionários do Condado de Harris para liberar mosquitos da GE na área de Houston. A Oxitec está tentando influenciar as autoridades de Houston afirmando que seu produto tem uma taxa de sucesso de quase 100%. O site Gizmodo relatou:

A empresa alega que os testes no Brasil, Panamá e Ilhas Cayman reduziram as populações de mosquitos em 90%, chamando o sucesso de “um nível sem precedentes” de controle humano sobre a natureza. (A Organização Mundial de Saúde, por sua parte, afirmou que, embora a tecnologia “tenha demonstrado a capacidade de reduzir as populações de mosquitos em testes de campo de pequena escala”, ainda há “uma ausência de dados sobre o impacto epidemiológico.")

O site Activist Post continuará a acompanhar os desenvolvimentos relacionados à liberação de mosquitos da GE, bem como a quaisquer novos desenvolvimentos relativos à morte de Mila de Mier. Gostaríamos de oferecer nossas condolências à família de Mila, bem como agradecer Mila de Mier por todo o seu trabalho incansável para educar o povo de Key West. Ela foi apoiada e amada por muitas pessoas que se inspiraram em seus esforços. Vamos honrar sua memória continuando sua luta.
16
Abr18

Milagres, há muitos… Oh, palerma…

António Garrochinho


Primeira página do Correio da Manhã

Milagres, há muitos… Oh, palerma…

Por enquanto, apenas são sinais anunciadores, dos milagres que hão-de vir, e que serão enviados pela chancelaria divina, mas, como de costume, sem a indicação dos respectivos prazos de validade.
Eu sempre disse que Fátima é a fábrica da cera e dos milagres, dois produtos de elevado valor acrescentado, mas que estão isentos do pagamento do IVA., o que, só por si, já é um autêntico milagre da santa, assim como é, também,  milagre o facto das esmolas dos peregrinos não pagarem aquele imposto. Isto, num país onde a caça aos impostos, ao nível da classe média, é particularmente tenaz e incisiva, não deixando espaço para o cidadão respirar.

Alexandre de Castro



alpendredalua.blogspot.pt
16
Abr18

ALGARVE RIA FORMOSA - Mariscadores e viveiristas da Ria exigem apoios

António Garrochinho


Os mariscadores e viveiristas da Ria Formosa exigem apoios do Governo para substituir os materiais proibidos das zonas definidas, afirmando que não podem arcar exclusivamente com os custos todos.
Marisqueiros na Ria Formosa
Marisqueiros na Ria FormosaCréditos
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul (CGTP-IN) afirma ser necessário suspender a aplicação da actual lei, relativa à remoção de materiais não permitidos nos estabelecimentos de culturas marinhas de moluscos e bivalves localizados na Ria Formosa, substituindo-a por uma nova estratégia. 
«Não se contesta, naturalmente, a necessidade de proceder à substituição dos ditos materiais por outros mais adequados à manutenção da qualidade das águas. No entanto, tal procedimento não pode responsabilizar unicamente aqueles que ao longo dos anos têm cuidado da Ria, ameaçando-os, uma vez mais, com coimas que podem ir dos 10 mil aos 144 mil euros», afirma o sindicato.
Em seu lugar, este afirma ser necessária uma estratégia do Governo que passe por apoios públicos, tanto para o transporte dos materiais que serão retirados, como para a aquisição de novos, além da fixação de umcalendário adequado e compatível com a actividade marisqueira.
«Ao longo dos últimos anos, os mariscadores e viveiristas têm tido um papel fundamental na manutenção da qualidade das águas da Ria Formosa. Se há poluição, tal deve-se a outros, designadamente à falta de investimento nas dragagens e no tratamento de águas, tantas vezes reivindicado», lê-se, visto que estes trabalhadores «são os primeiros interessados na preservação da Ria, pois a sua própria atividade depende da qualidade dessas mesmas águas».

www.abrilabril.pt
16
Abr18

Arranca primeiro teste para censos - Santa Bárbara de Nexe é uma das freguesias escolhidas

António Garrochinho





Arranca primeiro teste para censos 
Fase experimental em 7 freguesias do continente e das ilhas. 

Algueirão-Mem Martins é uma das freguesias escolhidas para o teste Há 35 mil residentes em sete freguesias do continente e das ilhas que a partir de amanhã são chamados a participar de uma forma experimental na preparação do Censos, marcado para 2021. As freguesias escolhidas para a realização do teste foram Algueirão-Mem Martins (Sintra), Nossa Senhora da Conceição (Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores), Ceira (Coimbra), Matriz (Borba), Santa Bárbara de Nexe (Faro), Sé (Funchal, Madeira) e União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora (Matosinhos). No seu conjunto, contam com 19 mil alojamentos que serão informados por carta sobre a forma com é realizado o teste. A carta, emitida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), conta "com os códigos para responder pela internet ou pelo telefone", mas a população "poderá, ainda, preencher o questionário em papel", revelou o INE ao CM. O residente "deve responder preferencialmente pela internet, podendo usar qualquer equipamento smartphone, tablet ou PC", através do endereço ‘censosteste2018.ine.pt’. Por telefone, as respostas são dadas através do 800 302 021, cuja chamada é grátis. PORMENORES Questões do quotidiano As perguntas estão relacionadas com o quotidiano, nomeadamente as características da habitação e a composição do agregado familiar. Dias para responder O calendário para as respostas refere que, a partir de amanhã e até 13 de maio, os meios a utilizar são a internet ou o telefone. De 14 a 27 de maio, as respostas serão dadas ao recenseador. Recenseadores vão ajudar a preencher  As pessoas que não tiverem condições para responder por internet ou telefone podem aguardar a visita do recenseador e posteriormente responder aos questionários em papel. Também podem dirigir-se à sua junta de freguesia.
https://www.cmjornal.pt/
16
Abr18

Segredo Desvendado?

António Garrochinho


(Dieter Dillinger, 14/04/2018)
incendio
Parece que a Justiça ou o Cartel da Comunicação levantou o eventual segredo sobre os INCENDIÁRIOS que nada nos diz ser verdadeiro.
Assim, o Expresso de hoje vem com a notícia que 309 INCENDIÁRIOS foram detidos (+165% que no ano anterior) e constituídos arguidos 1099 pessoas (+532%) e aplicadas 7766 contraordenações (+162%).
Ao todo estiveram na origem dos 11.221 incêndios, segundo o Expresso, e 16.450 de acordo com as estatísticas dos bombeiros, um total de umas 9.174 pessoas.
Será pois fácil saber quem foram os grandes empresários mdeireiros que pagaram e mandaram incendiar o Pinhal de Leiria e um total de 500 mil hectres de floresta que representa mais de 5% do território pátrio.
Nenhum país do Mundo pode apagar mais de 500 incêndios por dia num total entre 11.000 e 16.550 causados por 9.174 pessoas.
Os bombeiros fazem a diferença entre fogachos que são rapidamente apagados, fogos que atingem alguma dimensão, mas não muito, e INCÊNDIOS que foram os gigantescos que vimos nas televisões e estes é que foram mais de 11.000.
Que venha o palerma do Viegas e outros dizer onde é que é possível enfrentar tão gigantesco TERRORISMO. A condenação dos detidos e arguidos deve ser por TERRORISMO INCENDIÁRIO.
Dá a impressão que a Joana Marques Vidal sentiu-se com o rabo preso pela reportagem da TVI e resolveu lançar os números para fora.
Segundo um amigo que trabalha na TVI, o assunto da reportagem era conhecido entre os jornalistas pois a autora levou bastante tempo a investigar acompanhada de pessoal com câmaras.
Aparentemente, a PGR escutava os telefonemas, incluindo os que ameaçavam de morte a jornalista e outras pessoas daquela estação. Também da parte da IURD houve muitas ameaças.
A Justiça também disse que 253 reclusos cumpriam pena por crime de incêndio em Junho de 2017, mas nada transpirou para fora ou os meios de comunicação não quiseram publicar.
Toda a gente sabe que uma condenação não serve só para castigar, mas mais para dissuadir outras pessoas a cometerem o crime em causa e o próprio condenado não sair para voltar a fazer o mesmo. Sim, terão sido detidos 110 reincidentes.
Mantiveram tudo no segredo e foram milhares de CRIMES que causaram prejuízos de milhares de milhões de euros aos CONTRIBUINTES. E ainda querem os magistrados mais gente a trabalhar nos tribunais e ordenados mais elevados. Que sejam mais sérios com a PÁTRIA e a Joana deve compenetrar-se que o papel dela é a defesa da PÁTRIA e não as suas eventuais ideias de direita.
Ao contrário disso denunciaram presumíveis crimes de Sócrates sem qualquer prova.
Dois pesos e duas medidas.


estatuadesal.com

16
Abr18

EDP cobra três euros a quem devia pagar só um

António Garrochinho


Clientes com carências económicas têm tarifa especial. Devia ser automática, mas queixas ficam sem resposta.
Noémia Barbosa está em guerra aberta com a EDP desde o início de 2017. A empresa continua a cobrar-lhe três euros de contribuição para o Audiovisual, apesar de inúmeros protestos em loja, chamadas telefónicas, reclamações e envio de documentos provando que tem direito a pagar o valor reduzido, de um euro. Só depois de confrontada pelo JN é que a EDP admitiu "um erro de sistema" e prometeu devolver o dinheiro cobrado a mais. Não é possível saber quantas pessoas estão na mesma situação e pagam por inteiro, apesar de terem direito ao valor reduzido.

www.jn.pt
16
Abr18

Trump prepara golpe de direita

António Garrochinho


A grande burguesia norte-americana organizou inicialmente à volta de Trump uma equipa que, sendo profundamente reaccionária, ainda assim fora composta de modo a contrabalançar a extrema-direita que se reunira em seu torno, e ele próprio. Trump desfez essa equipa e transformou praticamente o seu regime num bastião da extrema-direita. 
E a evolução da situação mundial e nos próprios EUA reflecte essa realidade.


Com a nomeação de John Bolton, beligerante e racista, para o cargo de conselheiro de segurança nacional, Trump transformou praticamente o seu regime num bastião da extrema-direita.

Com esta mudança, Trump desfez a equipa original que incluía figuras do sistema na Casa Branca e no Gabinete Presidencial. Esta equipa fora instituída pela classe dominante para contrabalançar a extrema-direita à volta de Trump, para além do próprio Trump.

Esta mudança aumentou gravemente o perigo de uma guerra e de provações económicas para as massas. Os dirigentes dos trabalhadores e oprimidos deverão levar estes desenvolvimentos a sério e preparar-se agora para resistir.
Trump e os seus seguidores de extrema-direita, escolhidos a dedo, estão agora no comando. Com a nomeação de Bolton como conselheiro de segurança nacional, praticamente todas as posições-chave na Casa Branca e no Gabinete Presidencial são agora chefiadas pela extrema-direita e pelos lacaios de Trump.

A única excepção é o secretário da defesa, Gen. James Mattis. Conhecido como Mad Dog Mattis [N.T: “mad dog”, ou seja, “cão raivoso”], este criminoso da Guerra do Iraque e carniceiro da Fallujah mostrou-se apesar de tudo cauteloso sobre a possibilidade de guerra nuclear ou de primeiros ataques contra a República Popular Democrática da Coreia. Mattis também defendeu a permanência dos EUA no pacto nuclear iraniano e discordou das afirmações de Trump a favor da tortura.

As posições-chave na política externa em qualquer administração são as do secretário de estado, do secretário da defesa, do conselheiro de segurança nacional e do chefe de gabinete. O chefe do Conselho Económico Nacional e o conselheiro para o comércio externo também são posições chave.

Trump usou os seus poderes de nomeação e destituição para garantir que cada uma destas posições é agora ocupada por alguém de extrema-direita compatível com o seu programa beligerante, racista e militarista.
Um belicista substituído por um ultra-belicista
Trump afastou o General H.R. McCaster enquanto conselheiro de segurança nacional apesar de este ser um belicista. As razões são em parte políticas, pessoais e sectárias. Mas os detalhes não são tão importantes como o facto de que ele substituiu McCaster por um ultra-belicista, John Bolton.

Bolton escreveu, a 28 de Fevereiro, um artigo extenso para o Wall Street Journal, falsamente argumentando que há uma base legal para travar uma guerra de prevenção contra a Coreia do Norte. Ele é a favor de uma mudança de regime e da remoção, por via militar, do governo da Coreia do Norte, afirmando que a Coreia do Sul, que está ocupada pelas tropas norte-americanas deste 1945, deveria governar a Coreia do Norte.

Bolton não apenas pretende retirar os EUA do acordo nuclear iraniano, mas também pretende uma mudança de regime em Teerão, e também se disporia a usar a força para atingir isso mesmo.

Ele foi um dos arquitectos da Guerra do Iraque e ainda a defende. Fez parte de um grupo influente de neoconservadores na Administração Bush, ao lado de Paul Wolfowitz, que deu empurrão ao presidente, a Dick Cheney e a Donald Rumsfeld para começar a guerra no Iraque.
Bolton está tão à direita que não conseguiu a confirmação do Senado para ser embaixador permanente dos EUA nas Nações Unidas. Fez de embaixador durante um ano numa espécie de nomeação que Bush fez num período de recesso parlamentar. Mas teve de resignar ao cargo quando a sua nomeação chegou ao fim, pois não viu confirmada a sua posição.

Este embaixador nas Nações Unidas afirmou uma vez que “caso retirassem os dez últimos andares das Nações Unidas, não faria qualquer diferença”.

A purga começou com Priebus e terminou com McCaster
O lado “moderado” da equipa inicial de Trump era constituído por figuras do sistema tais como o Chefe de Gabinete Reince Priebus, antigo chefe do Comité Nacional Republicano; o Secretário de Estado Rex Tillerson, antigo chefe da ExxonMobil; Gary Cohn, o número dois da Goldman Sachs, que foi chefe do Conselho Económico Nacional; o Conselheiro de Segurança Nacional, General H.R. McCaster; e Secretário da Defesa, General James Mattis. Todos saíram, à excepção de Mattis.
Priebus foi afastado logo no início, substituído pelo General John Kelly, um beligerante racista, confederacionista e anti-imigração, antigo chefe do Departamento de Segurança Interna e do Comando Sul dos EUA.

Mais recentemente, Tillerson foi deposto e deverá ser substituído pelo islamofóbico e beligerante Mike Pompeo. Que foi trazido desde a chefia da CIA e está estreitamente ligado aos irmãos Koch. Trump e Pompeo falaram diariamente durante meses.

Depois saiu Cohn, que trabalhou com Trump para fazer passar as gigantescas ofertas em cortes nos impostos às corporações. Mas Wall Street opôs-se às políticas de guerra comercial de imposição de taxas, especialmente sobre a importação de produtos da China. De qualquer modo, Trump impôs essas taxas, colocando-se ao lado de Peter Navarro, o seu guru comercial, conhecido por defender as taxas contra a China e Wilbur Ross, o bilionário vigarista Secretário do Comércio. Cohn foi forçado a demitir-se, substituído na chefia do Conselho Económico Nacional por Larry Kudlow, economista adepto de Reagan. Este perigoso economista de direita, inimigo da classe trabalhadora, defende ainda maiores cortes nos impostos corporativos como panaceia para a economia.

Os “moderados” também são exploradores e fazedores de guerra

Seria politicamente insensato considerar o grupo afastado de banqueiros, generais e exploradores corporativistas como “moderados”. Certamente, no que toca aos trabalhadores e oprimidos, no plano interno como no externo, eles são tudo menos moderados.

McCaster e Mattis foram comandantes no Iraque e no Afeganistão, bem como planeadores e criminosos de guerra. Tillerson dirigiu um império global de petróleo e pilhou os recursos de países de todos os continentes, especialmente no Médio Oriente.

Cohn foi o executivo número dois na Goldman Sachs, companhia com um nível elevado de responsabilidade pelo colapso económico de 2007-2009. Entre outras coisas, juntou e vendeu crédito mal parado, tendo depois apostado que os empréstimos dariam problemas. Este crédito mal parado resultou em despejos e expulsões para centenas de milhares de proprietários e inquilinos.

Priebus, Tillerson, Cohn, McMaster e Mattis foram empurrados para a Administração Trump desde logo para garantir que a classe dominante num sentido mais amplo teria influência sobre as opções políticas seguidas. Os estrategas do imperialismo não queriam que Trump prejudicasse o seu aparelho político, económico e comercial à escala mundial. Aparelho este que inclui as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, a NATO, a Organização dos Estados Americanos, a Organização Mundial do Comércio, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte e vários acordos comerciais imperialistas, políticas de imigração, etc. Tudo isto foi cuidadosamente construído e meticulosamente mantido durante décadas para estimular os interesses imperialistas dos EUA.

A retórica de campanha de Trump foi dirigida contra todas estas instituições e políticas. A classe dominante tinha especialmente medo dos ataques de Trump à China, a NAFTA, a NATO e a política de imigração, entre outras coisas. Os patrões e os banqueiros sentiram que precisavam de um grupo na Administração que lhes desse voz. Precisavam de um meio para se oporem a Steve Bannon, Stephen Miller, Peter Navarro, etc., bem como Trump propriamente dito.

Trump silenciou agora as vozes do sistema na sua administração, excepto Mattis. Ninguém sabe como é que as forças dominantes no Pentágono irão resolver a questão de atacar a Coreia do Norte ou o Irão. Mas todas as organizações de massas têm de se preparar para resistir a uma escalada na corrida para a guerra.

Taxas, guerras comerciais e a classe trabalhadora

A classe dominante continua as suas guerras pagas pela classe trabalhadora e pelos oprimidos. Isto é válido para as guerras militares tanto quanto para as comerciais.
O facto é invisível para a burocracia no trabalho. O presidente da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), Richard Trumka e o Vice-presidente Leo Gerard, chefe do Sindicato dos Metalúrgicos, saudaram as taxas sobre o aço e o alumínio como uma vitória para a criação de emprego. Estes líderes laborais da classe dominante estão a tentar proteger as suas confortáveis posições e os seus gordos salários.
Entretanto, as taxas custarão empregos. E não apenas os empregos dos trabalhadores norte-americanos, mas os dos chineses, japoneses e coreanos, devido à diminuição da produção do aço e do alumínio.

A China já impôs taxas limitadas sobre produtos dos EUA. Os produtores destes bens recorrerão ao despedimento, se os dirigentes não forem impedidos. A edição de 15 de Março do Workers World reportou que quando, em 2002, o Presidente Bush impôs taxas, 200 000 trabalhadores perderam os seus empregos.

Em vez de saudarem as taxas como meio de conseguirem empregos, os verdadeiros líderes laborais deveriam lutar por todos esses metalúrgicos, mineiros e outros trabalhadores industriais cujos empregos foram destruídos pela tecnologia dos patrões e pelos offshores. Deveriam apontar os capitalistas como responsáveis pelos despedimentos e pelo desemprego e exigir um programa de emprego para os trabalhadores deslocados.

Os burocratas do trabalho, tacanhos e egoístas, saúdam as taxas do mesmo modo que lutaram pelo Dakota Access Pipeline, que espezinhou os direitos das populações indígenas e representou um golpe no ambiente. Uma verdadeira mentalidade de classe trabalhadora põe os interesses de toda a classe à frente dos estreitos interesses duma pequena parte de trabalhadores mais bem pagos.
Vale a pena notar que Trumka e companhia pouco fizeram para apoiar os professores do West Viriginia, que levaram a cabo uma heróica greve num estado onde vigora o “right-to-work”, na verdade, o direito a trabalhar por menos dinheiro! [N.T.: o autor refere-se às right-to-work laws, que na verdade têm como objectivo enfraquecer os sindicatos; estas leis vigoram em certos estados dos EUA, onde se registam salários mais baixos e menos direitos para os trabalhadores.]

O povo caminha na direcção oposta à de Trump

Trump, a classe dominante e os inúteis cabecilhas do trabalho movem-se na direcção da reacção. Mas o povo caminha na direcção exactamente oposta.
Mais de um milhão de estudantes saiu para a rua em centenas de manifestações contra a National Rifle Association a 24 de Março. As suas palavras de ordem foram moderadas, mas o seu espírito e a determinação para afastar o lobby das armas e expor os políticos que ficam com o seu dinheiro de sangue foi qualquer coisa de novo.
Mais de um milhão de mulheres tomou parte na Marcha das Mulheres em Janeiro último em resposta contra a odiosa misoginia de Trump.

O Movimento Black Lives Matter estabeleceu as bases para uma consciência ao nível da sociedade relativa aos crimes racistas da polícia.

O movimento de solidariedade Deferred Action for Childhood Arrivals [N.T.: política de imigração norte-americana que permite a alguns indivíduos que chegaram ilegalmente aos EUA enquanto crianças verem renovada a sua estadia e, eventualmente, receberem um visto de trabalho; não constitui no entanto uma via para a cidadania] alerta as consciências para as deportações desumanas e a destruição de famílias imigrantes.

A corrente reaccionária que emana dos escalões cimeiros da sociedade de classe dominante arrisca-se a chocar com a corrente progressista com origem nos escalões mais baixos – as camadas mais pobres dos trabalhadores, as comunidades oprimidas, os imigrantes, as mulheres, a comunidade LGBTQ e os estudantes. A reacção não poderá detê-los permanentemente.

Tradução: André Rodrigues

www.odiario.info

16
Abr18

Reembolsos de viagens: deputado do BE renuncia

António Garrochinho



Paulino Ascensão sai do Parlamento depois do caso das deslocações pagas em duplicado. PSD prometeu acabar com duplicação

O deputado do BE Paulino Ascensão renunciou ao mandato, anunciou o próprio em comunicado. O bloquista eleito pelo círculo da Madeira, nesta legislatura, era um dos deputados das ilhas que pedia reembolso das suas viagens à ilha, ao abrigo do subsídio social de mobilidade, apesar de receber uma compensação fixa paga pelo Parlamento para essas mesmas deslocações, como revelou o Expresso na sua edição de sábado.

Paulino Ascensão reconheceu, numa nota enviada à comunicação social, que "esta foi uma prática incorreta" e que, por isso, apresenta o seu "pedido de desculpa".

Segundo o deputado demissionário, "o exercício do mandato parlamentar tem de ser pautado pelo mais absoluto rigor e por inabaláveis princípios éticos", pelo que decidiu, "em coerência, renunciar ao mandato de deputado na Assembleia da República". E acrescentou: "Decidi igualmente proceder à devolução da totalidade do valor do subsídio de mobilidade. Não sendo possível a sua devolução ao Estado português, este será entregue a instituições sociais da região da Madeira."

De acordo com o Expresso, pelo menos sete deputados confirmaram que pedem esse reembolso. Cinco deles são do PS, incluindo o líder parlamentar socialista, Carlos César, um é do PSD e o outro é o bloquista Paulino Ascensão. Uma deputada social-democrata, Rubina Berardo, disse ao jornal que não o faz "por opção pessoal". Já outros quatro parlamentares do PSD recusaram-se responder se também pedem ou não esse reembolso.

O líder parlamentar do PSD prometeu, em declarações ao DN, eliminar a eventual duplicação de pagamentos. Fernando Negrão disse que, "a confirmar-se o caso, é suficientemente grave para justificar uma análise rápida no sentido de terminar com a duplicação de pagamentos que possa existir".

Já o líder parlamentar do PS, Carlos César, justificou numa declaração escrita que pela sua parte cumpre e "sempre" cumprirá "a legislação e regulamentação em vigor". Sem nunca justificar diretamente o reembolso do subsídio social de mobilidade, Carlos César defendeu que "os deputados, tendo em consideração a natureza ocupacional das suas funções, viajam em regra com tarifas flexíveis e com bagagem de porão, sendo que, muitas vezes, o valor, se não fossem residentes, seria superior à referida média dos 500 euros".

Com a liberalização do espaço aéreo, desde 2015 que o subsídio social de mobilidade permite aos cidadãos das regiões autónomas pedirem o reembolso das viagens entre as ilhas e o continente, desde que apresentem um comprovativo dessa viagem nos CTT (para os Açores, o reembolso é acima dos 134 euros, sem teto máximo; para a Madeira, acima dos 90 euros, até um máximo de 400). Já a compensação fixa do Parlamento é de 500 euros por semana para cada deputado das ilhas mais 36 cêntimos por quilómetro, independentemente de os deputados realizarem ou não essas viagens.

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António Garrochinho

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