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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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19
Abr18

Empresas de aviação insistem na terrível ideia de viajar de pé no avião

António Garrochinho


pplware.sapo.pt





19
Abr18

POESIA DO MEU AMIGO E CAMARADA JOSÉ GONÇALVES CRAVINHO - PARTIDOS POLÍTICOS NA HOLANDA (2006)

António Garrochinho



PARTIDOS POLÍTICOS na HOLANDA (Ano2006)

De entre os Partidos oficializados,
que na Política assentam arraiais,
há o chamado Partido dos Animais,
que tem no Parlamento,dois Deputados.

Da Direita ou da Esquerda,os racionais,
não são êles,dos animais defensores?!
Porque se impinge então aos Eleitores,
mais um Partido Político,o dos Animais?!

Será que é defendido todo o bicharoco,
no Parlamento desta Holanda liberal,
o rato,a cobra,o lôbo,o leão,o chacal,
a toupeira,o grilo,a gaivota,o xarroco?!

No Parlamento,segundo os Jornais,
há uma grande praga de ratzanas,
que certamente se sentirão ufanas,
por haver um Partido dos Animais.

Pois se no Partido dito dos Animais,
se fizer entre a bicharada excepção,
e nêle se praticar a discriminação,
é caso para desconfiar dos racionais.

Agora viu-se na holandesa Televisão,
um público protesto na Espanha cristã,
contra a largada de touros,ideia malsã,
que em Pamplona é uma bárbara tradição.

Mas talvez haja uma explicação
para esta tão bárbara selvajaria,
pois de Roma,a pagã e sangrenta orgia,
foi herdada pela cristã Civilização.

Está muito bem e merece simpatia,
pedir que se proíba a bárbara tradição.
Mas porque é que êsse Povo cristão,
se manifesta semi-nu,em pagã orgia?!

Não só de Pamplona a bárbara tradição,
mas também as bárbaras touradas,
na península ibérica devem ser acabadas,
pois é indigno do dito humanismo cristão.

Mas desde que o Jesus nazareno,
foi no Cristo grego transformado,
e depois Rei dos Reis coroado,
o Cristianismo tornou-se obsceno.


19
Abr18

Subida da maré provocou estragos na Praia de Faro - PRAIA DE FARO EM RISCO!

António Garrochinho


A subida da maré provocou, esta madrugada, galgamentos na Praia de Faro que destruíram acessos pedonais e também provocaram «danos mínimos» em esplanadas.
Steven Piedade, presidente da Junta de Freguesia de Montenegro, adiantou ao Sul Informação que o mar começou a galgar a duna cerca das 4h45 da madrugada, quando «nada fazia prever esta situação, uma vez que havia aviso do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), para agitação marítima, mas na costa ocidental. Esta situação deveu-se essencialmente à amplitude da maré».
O acesso à zona nascente da praia esteve condicionado mas, segundo o autarca, «já está praticamente garantido. A nossa principal preocupação foi a de garantir a mobilidade de quem aqui vive, para que possa ir para o trabalho».
Esta tarde, os problemas podem repetir-se, uma vez que está prevista nova preia-mar para as 17h30 e «os galgamentos podem voltar a acontecer, uma vez que está previsto que a maré suba ainda mais do que esta madrugada».
Bruno Gonçalves, meteorologista amador, responsável pelo site “Meteofontes”, explicou ao nosso jornal que, com Lua Nova, as marés são mais altas e que esta situação pode ser descrita como uma maré viva de Primavera.








PRAIA DE FARO EM RISCO!


Desta vez não foi por causa de vendaval, mas sim porque não há nenhuma política de defesa e combate à erosão costeira, que permitiu que as aguas do mar galgassem a Praia de Faro.
Segundo relata o jornal Sul Informação em http://www.sulinformacao.pt/2018/04/subida-da-mare-provocou-estragos-na-praia-de-faro/, as marés vivas deste quarto lunar, invadiram as ruas da Praia de Faro. Não diz aquele jornal, mas dizemos nós, que os estragos só não foram maiores porque há casas em cima da ilha que evitam o espraiamento das areias para dentro da Ria Formosa.
Atribuir ás casas a culpa pelos galgamentos, só por má fé ou desconhecimento completo do que se passa com as ilhas barreira da Ria Formosa. Não que sejamos defensores das construções, mas porque sem uma política de defesa costeira jamais se evitarão episódios de galgamentos.
Todas as zonas ribeirinhas da Ria Formosa estão num nível bastante baixo e com o crescimento das marés vivas, é possível ver a agua `quase chegar às ruas mais próximas, isto sem vendaval. Seria bom que as pessoas reflectissem no que aconteceria se desaparecessem as ilhas barreira, a grande defesa das povoações ribeirinhas.
Desde há muito que vimos alertando para o facto da movimentação das areias se fazer tendencialmente de poente para nascente, movimento que a construção de molhes e esporões veio impedir, causando défices de areia a nascente daquelas infraestruturas. Essas sim, são as grandes responsáveis pela degradação de todo o cordão dunar da Ria Formosa e não as casas como erradamente se tenta incutir na cabeça das pessoas.
Mas hoje à técnicas diferentes, com processos que não são irreversíveis caso corram mal e de custos relativamente baixos. Estamos a falar dos recifes artificiais multifuncionais em mangas de geo-têxteis, que são cheios com a areia dragada no local.
Estes recifes são muito utilizados para a criação de ondas para o surf e nos sítios onde têm sido implementados, as monitorizações mostram um crescimento da mancha de real que oscila entre os 2,6 e os 7,4 metros/anuais.
Os recifes artificiais multifuncionais são colocados paralelamente à linha de costa a uma distancia que varia entre os duzentos e os trezentos metros daquela linha, alterando a energia das ondas e fazendo com que a rebentação das ondas se faça no plano da agua.
O Poder político sabe-o mas finge ignorar, preferindo a política de remendos todos os anos, repulsando areias para as praias com o único fito da exploração balnear, mas nunca em defesa das populações ribeirinhas.
Enquanto assim for, todo o cordão dunar da Ria Formosa estará em risco permanente, embora nalguns casos, onde o fluxo turístico é maior, se apliquem os tais remendos como acontece, e mal, na Praia do Barril.
Não devemos deixar de dizer que ao Poder político foi feito chegar a ideia, que aliás, a engenheira Valentina Calixto, à época presidente da ARH, reconheceu ser uma solução a ponderar. Passados estes anos verificamos que não houve ponderação alguma, porque será mais interessante manter a necessidade de obras permanentes, que isso é que dá de ganhar aos amigos do Poder político.
Para quando um debate e intervenção séria sobre este assunto? 

olhaolivre.blogspot.pt


19
Abr18

"Bullying" imobiliário esvazia bairros de Lisboa - Arrancam corrimões de escadas, caixas de correio, mandam cortar a luz e ameaçam chamar a polícia.

António Garrochinho

Arrancam corrimões de escadas, caixas de correio, mandam cortar a luz e ameaçam chamar a polícia. Os moradores no Centro Histórico de Lisboa dizem que, para os novos senhorios, "vale tudo" para os desalojar e abrir caminho ao Alojamento Local. Alguns dizem que "só mortos" deixam a casa.
Moram na mesma casa há décadas, alguns até nasceram lá, mas, de repente, são confrontados com cartas que dão conta da venda dos edifícios e anunciam a não renovação dos contratos de arrendamento. É assim que, sobretudo nos últimos dois anos, se aponta o caminho da rua a milhares de residentes nos bairros históricos de Lisboa. Os que tentam resistir dizem que são confrontados com pressões "rocambolescas", que incluem cortes de eletricidade, ameaças de presença policial ou mesmo danos causados em escadas e habitações para forçar a necessidade de obras profundas. Para já, vale-lhes a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que, além de denunciar estes casos, tem prestado apoio jurídico gratuito.
"Não sei o que vou fazer à minha vida... Eu nunca pedi nada a ninguém, mas não tenho para onde ir", desabafa, sem conter as lágrimas, Elisa Vicente, de 76 anos, residente no Beco do Arco Escuro, ao Campo das Cebolas. Ao lado, o marido, João Silva, de 82 anos, acamado há cinco, após sofrer um AVC, está totalmente alheado da conversa, devido ao seu débil estado de saúde. O casal vive com um filho de 60 anos, também reformado, por ter 85% de invalidez. A mulher conta que terão de sair até junho do próximo ano, mas que, na casa ao lado, já despejada, as obras não a deixam descansar e criam-lhe rachas nas paredes e no chão."Ainda nem fizeram a escritura de venda do prédio e já começaram as obras, ainda por cima com estas ferramentas que não podem ser usadas em espaços destes", conta ao JN, acrescentando que já se queixou à Polícia Municipal. "Disseram-me que registaram a queixa e que esperasse", revela.
A casa de Luís Sousa, no Beco do Jasmim, na Mouraria é simultaneamente um verdadeiro museu benfiquista. "A da família, esta é a minha grande paixão", explica, movendo-se entre símbolos do clube da Luz, que vão desde a vitória na Taça Latina em 1950 até ao recente "tetra". Aos 57 anos, em vias de ser despejado, este é também um desgosto que carrega. "Fico sem casa e sem ter onde guardar estas relíquias?", interroga-se, com um encolher de ombros desanimado.
"Não tenho para onde ir, mas viver para debaixo da ponte só vou arrastado", garante Luís Sousa. Ao JN, conta que a nova senhoria vive no Gabão e que recebeu a primeira carta em maio do ano passado e a segunda em janeiro deste ano. Em ambas não havia margem de negociação. "A advogada telefonou-me e disse-me que se eu não saísse, mandava cá a polícia", revela.
É esta ameaça da presença policial que leva alguma população, sobretudo os mais idosos e menos informados, a ceder à pressão e deixar as respetivas casas.
"Isto é um bullying imobiliário, há situações inacreditáveis", considera um morador, que solicitou o anonimato, com receio de represálias. "Num prédio da Rua dos Fanqueiros, onde uma senhora de 92 anos vive num 4.º andar, arrancaram os corrimões da escada, os interruptores da luz e retiraram as caixas do correio. Assim, os moradores nem sequer puderam responder às cartas do senhorio, sendo que a ausência de resposta, significa que, automaticamente, aceitam a rescisão do contrato", observa.


Mais jovem e mais informada, Carla da Cunha, que, em novembro, foi forçada a abandonar a sua casa do Pátio do Carrasco, em Alfama, contestou a ordem de despejo em tribunal. "O senhorio cortou-me a água e a eletricidade. Consegui que a EPAL me restabelecesse a água, mas a EDP não fez o mesmo e tive de sair", revela.
Aos 38 anos, com duas filhas menores, de 9 e 17 anos, a solução foi recorrer a uma habitação de emergência em Marvila, disponibilizada pela Proteção Civil. "Mas esta não será para sempre", diz. Já a chave da casa de onde foi despejada, garante que só entrega em tribunal, quando o seu recurso for apreciado.
Nas ruas junto ao castelo de São Jorge, o frenesim de turistas é constante. Mas não são só os visitantes estrangeiros que andam por ali a tirar fotografias. "Andam aí uns senhores a fotografar as casas e a fazer perguntas", conta Luísa Araújo, 43 anos, moradora na Rua do Espírito Santo, que em março recebeu uma carta onde lhe eram dados três meses para deixar a casa onde habita com o marido e as três filhas, de 22, 15 e 4 anos.
A mulher, que vive ao lado da mãe, espera que lhe seja atribuída uma casa pela Câmara, para poder continuar a viver no bairro. Assume não ter possibilidades financeiras para os "preços exorbitantes" que se pedem pelas rendas hoje em dia e conta o receio generalizado que se sente na população. "Há potenciais compradores que batem à porta das pessoas, fazendo-se passar por funcionários da Câmara, para poderem entrar e ficarem com a real noção do que valem os imóveis por dentro", destaca.
Estes receios são confirmados pelo simples percorrer das ruas dos bairros. Pelas conversas e pelo contraste entre as casas envelhecidas, ainda com habitantes, e os renovados edifícios, reconvertidos em "casas pitorescas que os turistas adoram", refere Carla da Cunha.


Em comum, todos acreditam que se não houver mudanças na legislação, os bairros históricos de Lisboa serão, dentro de pouco tempo, espaços dominados pelo Airbnb. Mas, como no poema de Manuel Alegre, "Trova do vento que passa", há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não. É o caso de Felicidade Silva. "Tenho 79 anos, vivi sempre na mesma casa em Alfama e foi preciso vir uma menina de 20 e tal anos a quem os pais ofereceram um prédio para me querer pôr fora de casa. Mas eu não saio. Só saio da minha casa morta", referiu numa sessão pública recente, perante dezenas de testemunhas que aplaudiram a sua determinação.


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19
Abr18

RITA RATO - O PCP CONTINUARÁ A TRABALHAR PARA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA VIDA POLÍTICA

António Garrochinho




VÍDEO



Sr. Presidente, Sr. Deputados,


“É fundamental a existência de um amplo conjunto de medidas efectivas do ponto de vista económico e social, e de combate às atitudes e práticas discriminatórias, que permitam às mulheres portuguesas participar em igualdade no exercício do poder político;
A participação das mulheres em igualdade na vida política desempenha um importante e insubstituível papel no progresso do estatuto das mulheres e uma condição essencial à realização plena da democracia”.
Afirmámo-lo em 2001. Hoje reafirmamo-lo integralmente.
Sobre a Proposta de Lei que “Altera a lei da paridade” o PCP mantém a sua posição de princípio.
A imposição de uma quota visa criar a ilusão de que, existindo mais mulheres no Parlamento, automaticamente, as mulheres passam a estar melhor representadas e a ver defendidos os seus direitos. Independentemente do posicionamento ideológico de quem é eleita.
Não é o sexo que determina as opções políticas, como tantas vezes o confirmamos aqui nesta sala, as questões de classe sobrepõem-se às questões do sexo na forma me que cada um dos deputados e das deputadas vota e participa.
Não foi o Parlamento com mais mulheres que, entre 2011 e 2015 votou o corte nos salários, o aumento do horário de trabalho na Administração Pública, e a retirada de direitos, quando a maioria dos trabalhadores são mulheres? Sendo Ministra das Finanças uma mulher?
Não foi o Parlamento com mais mulheres que reverteu a lei da interrupção voluntária da gravidez?
Os partidos podem, e o PCP fá-lo porque entende importante, definir e assumir metas e objectivos internos de reforço das condições de participação das suas militantes.
O PCP continuará a trabalhar para aumentar a participação das mulheres na vida política, e para tal não precisamos de quotas impostas por lei, como a história da participação das mulheres na luta, no Partido, na sociedade e neste parlamento tem mostrado, com propostas que ainda hoje corporizam a estrutura legislativa nacional em matéria de igualdade efectiva e não de igualdade no papel.
Independentemente desta posição de princípio, devem ser tidos em conta os pareceres recebidos por diversas entidades.
Sobre a Proposta de Lei dirigida ao exercício de cargos de direcção na Administração Pública
Nos órgãos uni pessoais, a esmagadora maioria dos cargos abrangidos pela proposta de lei serão cargos dirigentes por nomeação, através de concursos providos pela CRESAP.
O princípio geral deve ser sempre o de concurso para cargos de direcção superior e não de nomeação.
A verificação do cumprimento dos requisitos para desempenho das funções não pode estar condicionada ao sexo do dirigente que as vai exercer, mas sim de quem terá melhor classificação para tal.
No âmbito das listas apresentadas para órgãos colegiais, mantemos a posição de princípio de rejeição do sistema de quotas.
O PCP apresenta um projecto de lei para que, nas situações de gozo de direitos de maternidade e paternidade, e de apoio à família, sejam assegurados pelos órgãos e serviços mecanismos de condições de igualdade material no desempenho das funções de direcção tais como, o recurso à coadjuvação, à assessoria, ao apoio técnico.
Propomos que seja assumido de forma inequívoca que o gozo de direitos de maternidade e paternidade, e de apoio à família, não possa ter repercussão negativa para efeitos de avaliação de desempenho.
Propomos ainda que o Governo remeta anualmente à Assembleia da República um relatório estatístico sobre o número de procedimentos concursais que foram abertos para cargos dirigentes, superiores e intermédios, nas administrações públicas, total de opositores aos mesmos e respectivos resultados, com identificação dos motivos relativos aos resultados negativos que levaram à exclusão dos opositores, desagregados por sexo, ministérios e administrações.
A luta pela igualdade e não discriminação na família, na sociedade e no trabalho é uma parte integrante da luta maior por um país de progresso e justiça social, e o PCP cá estará para a travar.
Disse.
19
Abr18

Qual ave consegue voar mais tempo no sem pousar?

António Garrochinho


A grande maioria das aves usam uma forma bastante eficiente para se transportar de um lugar para outro: o voo.


Algumas delas viajam longas distâncias a procura de alimento e local para criar seus filhotes. Nós chamamos essas viagens de migração e as aves que realizam isso de “aves migratórias”. Pensando nisso, descubra agora qual é a ave que consegue permanecer por mais tempo no céu sem ter de pousar.

Sem mais delongas, assista ao vídeo abaixo, do canal Animal TV:


tudorocha.blogspot.pt

19
Abr18

UM SURPREENDENTE VÍDEO DE 1911 TRANSPORTA-NOS À VIDA DE NOVA YORQUE DE HÁ CEM ANOS

António Garrochinho


Muito poucas vezes somos capazes de ter uma ideia tão clara de como era a vida no passado como na seguinte peça visual. Há algum truque para que pareça tão realista: a velocidade utilizada para a edição ou o volume acrescentado. O resto é simplesmente uma pequena maravilha histórica filmada em 1911 e mostra a vida cotidiana na cidade de Nova York faz 100 anos. Essa data, a produtora de cinema sueca, Svenska Biografteatern, visitou a cidade durante sua estadia nos EUA e gravou imagens de várias cenas de rua.


O filme sobreviveu através dos anos em perfeito estado, e agora o youtuber Guy Jones postou em uma edição de 8 minutos, não sem antes reduzir a gravação a um ritmo mais natural e acrescentar sons ambientais.

Em realidade, o filme é o mesmo utilizado pelo Museu de Arte Moderna de Nova York no ano passado. Na sequência podemos observar metas reconhecíveis da época moderna como o Edifício Flatiron ou a Estátua da Liberdade, bem como edifícios que já não existem, como o Edifício Herald.

Resulta impactante apreciar com tanta clareza -e qualidade visual- como era a vida cotidiana faz mais de um século, com o trânsito de rua ou pessoas fazendo seus negócios e passeando. Uma pequena jóia.

VÍDEO

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19
Abr18

UMA AVALANCHE UM TANTO ESTRANHA

António Garrochinho
Os fortes ventos procedentes do deserto, ao sul de Califórnia, nos EUA, enviaram uma avalanche de estepicursores -conhecidos como tumbleweedsou nuvens do deserto- até a cidade de Victorville, onde acabaram praticamente sepultando algumas casas do local. - "Definitivamente, é uma invasão", afirmaram os moradores, que agregaram que o ocorrido no início desta semana foi diferente de tudo o que já tinham visto dantes.


Alguns disseram que normalmente algumas plantas corredoras voam pela rua, mas nunca em tanta quantidade. As equipes de serviços municipais tiveram que empregar todo o seu efetivo para limpar as ruas invadidas pelos estepicursores.

VÍDEO
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19
Abr18

O engenhoso plano de um grupo de macacos para escapar de um laboratório de pesquisa no Texas

António Garrochinho


Ocorreu em um instituto de pesquisa no Texas, e ainda que o final não foi o esperado por muitos, o ocorrido é uma amostra do incrível talento animal. Um grupo de babuínos realizou um "plano" brilhante de fuga cooperando entre eles. E conseguiram. A fuga aconteceu no passado fim de semana no Instituto de Pesquisa Biomédica do Texas (TBRI) em San Antonio, e foi possível graças ao uso inteligente de um barril azul de 200 litros. E não, não se esconderam nele. Os "fugitivos" utilizaram-no como uma escada para ajudar a escalar as paredes do recinto.


O engenhoso plano de um grupo de macacos para escapar de um laboratório de pesquisa no Texas

Ao que parece, as membros da instalação, que alberga quase 1.100 babuínos, se deram conta da tentativa de fuga no sábado pela tarde, depois deduziram que uma equipe de macacos tinha rodado um dos barris do recinto contra uma das paredes perimetrais, usando o para sair dali.

VÍDEO


Supõe-se que estes barris, introduzidos no recinto faz vários meses, deviam servir como um "elemento de enriquecimento", fomentando o instinto e o comportamento de alimentação dos animais, liberando comida quando os babuínos rodavam os objetos. No entanto, é possível que ao final alguns deles tenham descoberto que servisse para algo mais. Segundo o TBRI:

- "São animais muito inteligentes. Realmente não sabemos como levantaram o barril, mas de alguma maneira ficou de pé e no lugar correto o suficientemente perto da parede do recinto para que pudessem subir em cima e depois saltar para fora. Achamos que deve-se a sua inclinação natural por chegar ao seguinte ponto mais alto para escalar."
O engenhoso plano de um grupo de macacos para escapar de um laboratório de pesquisa no Texas
Durante o incidente, quatro babuínos usaram a improvisada escada para escalar as paredes do recinto, que se inclinam para dentro para evitar a escalada sem ajuda. Uma vez que os macacos chegaram ao topo, parece que um deles ficou em dúvida, voltando voluntariamente ao recinto.

Os outros três fugitivos já não titubearam, e finalmente quebraram uma segunda barreira menos imponente -uma cerca perimetral ao redor do instituto- até chegar às ruas locais, onde surpreenderam os motoristas que passavam. Depois de uma perseguição de uns 20 minutos, a equipe de resgate de animais de TBRI conseguiu capturar os três animais, confirmando que todos estavam ilesos durante o que foi catalogado como um "incidente único.
A instalação também esclareceu que as máscaras usadas para o resgate deviam proteger os babuínos das doenças humanas, e não ao contrário, já que os animais do incidente não estão atualmente envolvidos em nenhuma pesquisa médica em curso.
19
Abr18

OS CAMIÕES DO PAQUISTÃO

António Garrochinho

Ainda que esta realidade seja verificada em quase todos os países que dependem do transporte rodoviário para escoar suas safras, distribuir mercadorias e bens, levando os camionistas a passar longos dias fora de casa, dizem que isso é quase uma regra no Paquistão onde os típicos camionistas passam muito mais tempo com seu caminhão do que com sua esposa. O que explica por que eles querem que seus trucks de seis toneladas pareçam uma noiva.

Estes camiões que cruzam as rodovias nacionais do Paquistão e o país vizinho do Afeganistão são distintamente ostensivos. Os camiões inteiros, de cima a baixo, são uma profusão de cores.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 01
Painéis ricamente pintados contendo mosaicos de pássaros, flores, paisagens, santos e atrizes em paletas de cores hiper-saturadas adornam o exterior, enquanto flores de plástico, contas drapeadas, espelhos, fitas e veludo enfeitam o interior.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 02
A cabine é coroada por uma proa de madeira construída sob encomenda, envolta em artemais kitsch, enquanto uma série de sinos de metal pendem no chassi em toda a lateral.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 03
Quando o camião está em movimento, esses sinos tocam como o ghungroo de uma noiva. É daí que vem o apelido de "jingle trucks" ("camiões barulhentos"), criado por tropas dos EUA no Afeganistão.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 04
E não são apenas camiões. Ônibus de passageiros, camiões-pipa, furgões de transporte, riquixás e até carrinhos de mão de vendedores são decorados psicodelicamente com cores arregaladas.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 05
É como uma arte folclórica, uma galeria nacional sem paredes, uma exposição caleidoscópica de forma livre em movimento perpétuo.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 06A tradição de decorar camiões começou na década de 1920 com a introdução do Bedfords de longa distância: um caminhão britânico com cabine arredondada e laterais de dois metros de altura que se tornaria o caminhão mais prestigiado e confiável do país por mais de metade de um século.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 07
Originalmente, os camiões eram pintados com o logotipo de cada empresa, para que as pessoas analfabetas pudessem reconhecer quem era o proprietário dos camiões.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 08
Gradualmente, esses logotipos se tornaram mais fantasiosos, extravagantes e competitivos. Na década de 1950, murais e afrescos estilizados começaram a substituí-los.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 09
Foi somente nos anos 60, quando a economia do país prosperou, que as decorações se tornaram cada vez mais sofisticadas para refletir a crescente riqueza dos motoristas e a ascensão de uma nova classe urbana.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 10
A decoração destes camiões custa aos proprietários uma pequena fortuna. Não é inédito para um motorista gastar o equivalente a um ano ou mais de salário para deixar o camião o mais embonecado possível.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 11

De acordo com um artigo de 2005, um trabalho básico de pintura custa um mínimo de 8.500 reais, equivalente a dois anos do salário médio do motorista de camião.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 12
Alguns gastam mais de 35 mil equipando suas plataformas. Inacreditavelmente, muitos camionistas retornam às oficinas a cada três ou quatro anos para uma reforma completa do veículo.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 13
Um caminhão bem decorado também dá aos clientes a impressão de que é bem cuidado e, portanto, será uma maneira confiável de transportar mercadorias.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 14
Curiosamente, a arte do camião é também um ritual que remonta à tradição Sufi de pintar santuários para agradar os religiosos.
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- "Os camionistas nem gastam tanto dinheiro em suas próprias casas"conta Durriya Kazi, chefe do departamento de estudos visuais da Universidade de Karachi. - "Eu me lembro de um motorista que me disse que colocou sua vida e sustento no camião. Se ele não honrasse com a pintura adequada, ele sentia que estava sendo ingrato."
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 16

A pintura de camiões se instalou em outros países do sul da Ásia, assim como no Japão com seus extravagantes dekotoras. Mas ali a pintura de camiões também é um grande negócio.
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Somente na cidade de Karachi, mais de 50.000 pessoas estão engajadas nessa indústria. Oficinas familiares, compostas por aprendizes e artesãos altamente treinados, e pequenas lojas que vendem todos os tipos de ornamentos e acessórios estranhos, se aglomeram em torno de estacionamentos de camiões.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 18
Uma indústria inteira em oficinas dedicadas ao artesanato, com camionistas dispostos a gastar muito dinheiro para garantir que seu camião seja melhor que o resto.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 19
E embora as cores brilhantes e as decorações ornamentadas sejam um grande chamativo visual, os camionistas também vêem isso como um bom retorno do investimento.
Os paramentados caminhões de baiano do Paquistão 20

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19
Abr18

Austrália. Grande Barreira de Coral sofreu “colapso catastrófico” e corre risco de desaparecer

António Garrochinho


Estudo da revista Nature fez hoje revelação
A Grande Barreira de Coral da Austrália, considerado património mundial da UNESCO desde 1981 e que se estende ao longo de cerca de 2.400 quilómetros, sofreu um "colapso catastrófico" de corais durante uma vaga de calor em 2016, "uma ameaça à diversidade da vida marinha", indica o estudo.
Neste momento, e de acordo com o estudo científico, os "recifes de coral representam menos de 1% do ambiente marinho da Terra, mas abrigam cerca de 25% da vida marinha". "A morte destes corais causou mudanças radicais na mistura de espécies em centenas de recifes individuais", explicou à AFP um dos autores do estudo, Andrew Baird.
Todas estas mudanças radicais estão a ter “um impacto sobre todas as criaturas que dependem dos corais para alimentação e habitat", alertou também Terry Hughes, co-autor do estudo.
O estudo deixa um alerta e apela à proteção dos corais – que são cerca de mil milhões - que sobreviveram a estas alterações climáticas e que estão, neste momento, dependentes de uma "melhoria da qualidade da água” e da “redução da poluição costeira".
Caso não ocorra nenhuma melhoria a este nível, ou seja se a temperatura não for limitada entre 1,5 graus Celsius e dois graus Celsius – limite estabelecido no Acordo de Paris -, a Grande Barreira de Coral corre “o risco de desaparecer”, revelam os cientistas responsáveis pelo estudo.


19
Abr18

QUEM É MIGUEL DIAZ - CANEL BERMUDEZ, O NOVO PRESIDENTE DE CUBA !?

António Garrochinho

Miguel Díaz-Canel Bermúdez (Villa Clara, 20 de abril de 1960) é um professor universitário e político cubano [ foi o primeiro vice-presidente do Conselho de Estado de Cuba desde 2013 e o primeiro nascido após a revolução de 1959 a atingir tal posto.

 É membro do Politburo do Partido Comunista de Cuba desde 1997 e ocupou o cargo de ministro da Educação Superior de 2009 a 2012, sendo então promovido para o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Ministros em 2012. 

Um ano depois, em 24 de fevereiro de 2013, foi eleito primeiro vice-presidente do Conselho e sucede agora  a Raul Castro como presidente de Cuba.

Em 18 de abril de 2018,foi oficializado em Assembleia como novo presidente de Cuba.

Início da vida e educação
Formou-se em 1982 como engenheiro electrónico, quando então ingressou nas Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, onde permaneceu até 1985.

A partir de abril daquele ano, lecionou na Universidade "Marta Abreu" de Las Villas. Em 1987, completou uma missão internacional na Nicarágua como primeiro-secretário de "La Unión de Jóvenes Comunistas (UJC)" de Villa Clara.

Em 1993, começou a trabalhar no Partido Comunista de Cuba e um ano depois foi eleito primeiro-secretário do Comitê Provincial do Partido na província de Villa Clara.
Em 2003, foi eleito para o mesmo cargo na província de Holguin.

Foi nomeado por Raul Castro ministro da Educação Superior em maio de 2009, posição em que se afastou em 22 de março de 2012, quando se tornou vice-presidente do Conselho de Ministros.

19
Abr18

Tirpitz: As árvores de Kåfjord ainda guardam as marcas da Besta Nazi

António Garrochinho




         A vila de Kåfjord, durante a Segunda Guerra Mundial, serviu de porto para o maior e mais imponente navio de batalha Nazista, o Tirpitz. Localizada na Noruega, Kåfjord inclusive possui hoje um museu dedicado ao monstro Germânico, o Tripitz Museum. Representando um dos maiores temores dos Aliados, o super navio de guerra não apenas espalhava medo aos inimigos como também deixou suas marcas em um raio de quilômetros nas árvores de Kåfjord, segundo revelou um estudo apresentado recentemente na Assembléia Geral da European Geosciences Union (EGU), em Viena, Áustria.




   TIRPITZ

         O Tirpitz foi o maior navio de batalha da Kriegsmarine - Marinha de Guerra Alemã antes e durante a Segunda Guerra Mundial -, possuindo um comprimento de 250 metros, cerca de 42,4 toneladas (após sucessivas modificações ao longo da guerra) e capacidade para uma tripulação em torno de 2500 homens. Aliás, tais dimensões fazem do Tirpitz o maior navio de batalha já construído por uma Marinha Europeia, sendo 2000 toneladas mais massivo do que o Bismarck (1939-1941) - também Germânico.

        O Tirpitz foi o segundo de dois navios de batalha da classe Bismarck e nomeado em homenagem ao Grande Almirante Alfred von Tirpitz, o arquiteto da Marinha Kaiserliche (Marinha Imperial). Assim como seu navio 'irmão', o famoso e poderoso Bismarck, o Tripitz era armado com uma bateria principal de 8 armas de artilharia de 38 centímetros posicionadas em quatro torres gêmeas de rotação. Assim como o Bismarck, era bem veloz para o seu tamanho (30 nós/56 km/h de velocidade máxima) e possuía uma poderosa estrutura de armadura, sendo praticamente imune às bombas Britânicas tradicionalmente usadas no início da guerra.

        O super-navio brevemente serviu como uma peça central da Frota Báltica, a qual tinha como objetivo prevenir uma possível tentativa de brecha pela Frota Báltica Soviética. No início de 1942, o navio navegou até a Noruega para atuar como uma barreira contra a invasão dos Aliados, comandado pelo Capitão Karl Topp. Assombrando a região de Altafjord, sua posição e imponência tinham também o potencial para barrar navios mercantes indo em direção à cidade Soviética de Murmansk pelo Mar de Barents com suprimentos para a Frente Oriental. Nesse sentido, outra das suas tarefas era a tentativa de interceptação dessas embarcações, com duas missões do tipo sendo deflagradas em 1942. Sua presença na área levou indiretamente à destruição do comboio PQ-17, durante a Operação Rösselsprung, em uma das mais decisivas derrotas dos Aliados.

         Agindo como uma verdadeira frota de um navio só, o Tirpitz forçou a British Royal Navy (Marinha Real Britânica) a reter uma parte significativa da sua força naval na área para conter o monstro. Em agosto de 1943, o navio de batalha Norte-Americano USS Iowa BB-6 estreou em serviço justamente para observar o Tirpitz, como parte da Operação Tirpitz Watch. Pouco tempo depois, em Setembro de 1943, o navio Nazista bombardeou posições Aliadas no território de Svalbard, Noruega, na única vez em que o navio usou seu principal poder de fogo em total fúria - apesar do ataque, em si, ter apenas o objetivo primordial de demonstrar força e testar o armamento do Tirpitz, com poucas implicações estratégicas.



         Movendo-se de um fiorde - estreito canal de águas marinhas entre encostas, algo bastante comum na Noruega (fjord) - para outro, o Tirptiz foi atacado em várias ocasiões por mini-submarinos Britânicos e subsequentemente foi alvo de uma série de ataques aéreos de larga escala. As defesas anti-aéreas e manobras do Tirpitz conseguiram mantê-lo protegido por um bom tempo, derrubando inclusive vários aviões da ofensiva Britânica. No ano de 1944, foi pesadamente atacado várias vezes por bombardeiros da Royal Air Craft nas insistentes tentativas Britânicas de afundá-lo. Em 12 de novembro de 1944, durante a Operação Catequismo, os bombardeiros Britânicos Lancasters conseguiram finalmente afundar o Tirpitz, com dois impactos diretos e um quase-erro de bombas Tallboy (cada uma com 5,1-5,4 toneladas).




   LEGADO DO MONSTRO NAZISTA

          Para ajudar a proteger o Tirpitz, a Alemanha Nazista empregou várias táticas de camuflagem, como o emprego de galhos de árvores ao longo da sua estrutura. Nesse sentido, um estudo recente (Ref.1) realizado na região de Altafjord, mostrou que um dos métodos de camuflagem empregados durante a contínua investida Britânica parece ter gerado grandes danos nos pinheiros em um raio de vários quilômetros a partir de um porto onde o super-navio estava ancorado, em Kåfjord.




          Os danos aos pinheiros foram primeiro notados pela pesquisadora Claudia Hartl, da Universidade de Gutenberg, em Mainz, Alemanha, e autora principal do novo estudo. Hartl - uma dendrocronologista - estava examinando os pinheiros na região de Kåfjord, próximo de Alta, coletando o núcleo do tronco dessas árvores para construir uma imagem do clima passado na área. Mas o que ela notou foi que havia praticamente uma ausência de anéis em muitos dos troncos datados do ano de 1945, indicando um estranho não crescimento dessas árvores nesse período.

        
         Foi então que um colega de Hartl sugeriu que o Tirpitz poderia ter alguma coisa a ver com o misterioso achado, já que estava posicionado na região no ano anterior. Nisso, Hartl e colaboradores de pesquisa resolveram investigar a possível relação.

         Um dos métodos de camuflagem utilizados para esconder o Tirpitz consistia em usar uma neblina artificial formada a partir da emissão de ácido clorossulfúrico, de acordo com arquivos históricos recuperados pelos pesquisadores. Essa substância danifica as agulhas - folhas das árvores coníferas -, impedindo a fotossíntese. Sem esse processo de biossíntese, a árvore não consegue acumular biomassa e, portanto, tem seu crescimento barrado. E como os pinheiros possuem agulhas sempre-verdes - durando na árvore de 3 a 7 anos -, se essas últimas são perdidas, pode levar bastante tempo para uma total recuperação.

          Em uma das árvores analisadas, nenhum crescimento foi visto por 9 anos a partir de 1945, se recuperando totalmente somente 30 anos depois. Em alguns pinheiros, os anéis de crescimento nesse período estão presentes, mas muito finos, indicando graves danos no crescimento normal. Nesse sentido, os pesquisadores notaram também que os danos diminuíam com a distância do porto onde o Tirpitz estava localizado, mas com os efeitos adversos só cessando 4 km distante.

         Segundo Hartl, é possível que impactos ambientais similares sejam vistos em outros locais, caso o uso dessas camuflagens químicas tiverem sido minimamente comuns durante a Segunda Guerra Mundial.


www.saberatualizado.com.br
19
Abr18

Os manequins

António Garrochinho



tiveram sorte os manequins
porque no amor e afins
o mundo anda arredado
quase se pode dizer
que não quiseram morrer
sem o beijo apaixonado


António Garrochinho

19
Abr18

Bloco quer explicações sobre reposição de salários nos gabinetes de políticos

António Garrochinho


O líder parlamentar do Bloco de Esquerda estranha a medida do Governo. À TSF, Pedro Filipe Soares lembra que há outras prioridades.

O Bloco de Esquerda considera que o fim do corte de 5% nos salários dos funcionários de gabinetes de políticos "carece de explicações". O jornal Público teve acesso a uma versão preliminar do decreto-lei de execução orçamental que prevê a reposição de salários a estes funcionários.

SOM AUDIO



Em declarações à TSF, o deputado e líder parlamentar do partido explica que não tem conhecimento do documento e não a entende. "A ser verdadeira a notícia, é estranha", considera Pedro Filipe Soares.

Para o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, "era importante que o Governo dissesse porque é que quer dar prioridade a esta medida neste contexto".

"A prioridade dada a estes cortes parece-nos estranha", afirma Pedro Filipe Soares, "não é uma medida prioritária".

O deputado bloquista estranha esta proposta do Governo.
Pedro Filipe Soares defende ainda uma clarificação sobre se esta proposta do Executivo vai afetar o salário de dirigentes políticos.


www.tsf.pt
19
Abr18

Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês

António Garrochinho


Leilão da Câmara de Lisboa para casas de renda acessível atingiu valores de mercado. Autarquia garante que vai mandar anular o concurso, depois de questionada pelo Diário de Notícias sobre o nível de preços.
Programa ‘Renda Acessível’ atribui T1 por 760 euros por mês
Leilão da Câmara de Lisboa para casas de renda acessível atingiu valores de mercado. Autarquia garante que vai mandar anular o concurso, depois de questionada pelo Diário de Notícias sobre o nível de preços.





Segundo conta o Diário de Notícias na sua edição desta quinta-feira, 19 de Abril, a Câmara de Lisboa colocou recentemente em leilão oito apartamentos da zona da Ajuda, precisamente no âmbito do programa Renda Acessível – uma iniciativa que promete T0, T1 e T2 a preços abaixo dos de mercado, em 15 bairros da cidade entre.




Nos dois exemplos analisados pelo DN, a tendência foi a mesma: o valor base de licitação praticamente duplicou durante o leilão. Foi assim com um T1 de 48 metros quadrados situado na cave de um prédio da Ajuda, que foi colocado em leilão por 350 euros e que foi arrematado por 760 euros. E foi assim com um T2 triplex de 77 metros quadrados que passou de 500 euros para os 900 euros.
Confrontada com nível de preços praticada, a autarquia liderada por Fernando Medina garantiu que vai mandar anular os leilões.
"O concurso para arrendamento de fogos promovido pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) não cumpre os princípios nem os critérios do Programa Renda Acessível", respondeu fonte oficial, que garante que a autarquia "vai averiguar as razões deste procedimento da SRU" e tirar daí as "devidas consequências".
O programa Renda Acessível foi lançado em 2017 pela Câmara Municipal de Lisboa com o objectivo de contrariar as dificuldades que os jovens e a classe média têm de arranjar casa a preços acessíveis no centro da cidade. Fernando Medina prometeu a construção de entre cinco e sete mil habitações T0, T1 e T2 com rendas muito abaixo do preço de mercado, a variar entre os 250 e os 450 euros.



www.jornaldenegocios.pt
19
Abr18

PCP rejeita precariedade na Carris

António Garrochinho


Na reunião da Câmara de Lisboa, esta quinta-feira, serão discutidas e votadas duas propostas dos eleitos comunistas relativamente à subcontratação de vigilantes na Carris e às regras de contratação. 
Créditos
A contratação dos serviços externos [recorde-se notícia publicada pelo AbrilAbril no mês passado] foi justificada pela empresa com a falta de pessoal.
Para os eleitos do PCP na Câmara de Lisboa, a entrada de fiscais para a Carris que não pertencem aos quadros da empresa «é um primeiro passo para a sua descaracterização», adivinhando que, no futuro, e «seguindo a mesma lógica», outros sectores da empresa venham a ser externalizados. 
Igual receio foi manifestado em Março pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), que define a entrega da fiscalização da Carris ao sector privado como «inaceitável».
A proposta comunista defende que sejam dadas orientações à administração da Carris, para que não promova a «precariedade e os baixos salários», e trave o recurso a empresas externas para assegurar o serviço de fiscalização. Em alternativa propõe a contratação dos trabalhadores necessários para as tarefas permanentes, designadamente na área da fiscalização.

Mais transparência

Relativamente às regras de concursos de contratação da Carris, a proposta dos eleitos comunistas é que as listas de candidaturas passem a estar disponíveis na página electrónica da empresa, identificando as consideradas e as exluídas. 
Sublinha-se ainda a necessidade de, em qualquer fase do concurso, informar os candidatos acerca dos motivos de exclusão, bem como a possibilidade de recurso dirigido à administração. 
Para o PCP, todos os concursos de contratação levados a cabo no âmbito das empresas municipais têm de se balizar pelo estrito respeito às normas do Código do Trabalho. «Concorre também para esta questão o fim da precariedade laboral que ainda se verifica, nomeadamente [...] na Carristur», lê-se na proposta.


www.abrilabril.pt 
19
Abr18

Novos patrões de Paulo Portas lucram mais de 60 milhões

António Garrochinho


A Mota-Engil, que conta com representantes do PSD e do CDS-PP na sua administração, anunciou lucros superiores a 61 milhões de euros, em 2017, de acordo com o relatório e contas consolidadas.
Paulo Portas, enquanto vice-primeiro-ministro, teve ligações à Mota-Engil e ao México
Paulo Portas, enquanto vice-primeiro-ministro, teve ligações à Mota-Engil e ao MéxicoCréditos
O grupo, a quem o anterior governo entregou as empresas de tratamento de resíduos, registou lucros de 61,4 milhões de euros em 2017, menos 9% do que no ano anterior. No entanto, em 2016 os resultados da Mota-Engil foram influenciados em alta pela venda de activos que permitiu um encaixe de cerca de 100 milhões de euros.
A privatização da Empresa Geral de Fomento e a passagem do antigo ministro do Equipamento Social do PS Jorge Coelho pela liderança da Mota-Engil levaram a que a construtora estivesse associado a polémica nos últimos anos. Apesar da saída de Coelho, em 2013, o grupo mantém no seu conselho de administração o ex-ministro do PSD Valente de Oliveira e o antigo líder parlamentar do CDS-PP Lobo Xavier, que receberam cerca de 2 mil euros por cada reunião em que participaram.
A estes junta-se ainda o consultor e responsável pelo conselho internacional da empresa – Paulo Portas, ex-líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro do anterior governo.

www.abrilabril.pt

19
Abr18

CENSOS 2018 - FREGUESIA DE SANTA BÁRBARA DE NEXE

António Garrochinho

FREGUESIA DE SANTA BÁRBARA DE NEXE
·
A Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe informa que está a decorrer na nossa Freguesia o Censos Teste 2018 e apela à participação e colaboração nesta importante iniciativa.
A Freguesia de Santa Bárbara de Nexe foi uma das 7 Freguesias escolhidas em Portugal e estão no terreno os recenseadores Susana Silva, João Ribeiro, Ilda Anastácio, Cátia Pereira, Helena Inácio e Mónica Martins, que serão apoiados por Sérgio Martins, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe.
Para esclarecimentos contacte a Linha de Apoio do INE 800 30 20 21 (chamada grátis)

19
Abr18

OLHÓ AVANTE ! - COMO OS INCOMODA A ACÇÃO DO PCP

António Garrochinho



Manuel Rodrigues 

Como os incomoda a acção do PCP!...


Há poucos dias, um jornal diário titulava em manchete: «pensões com novo aumento extra». E para que não restassem dúvidas, afiançava que o Governo se prepara para dar um novo aumento extra aos reformados com pensões de valor igual ou inferior a 643,35 euros e que esta medida, a aplicar a partir do próximo dia 1 de Agosto, abrangerá cerca de 2 milhões de pensionistas dos regimes da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações.

Uma notícia perfeitamente normal não fora o facto de ser este o mesmo jornal que, manipulando o facto de os pensionistas terem deixado de receber parte do subsídio de Natal em duodécimos (para o passarem a receber por inteiro em tempo próprio), meses antes, ter escrito igualmente em manchete: «reformados 11 meses a receber menos».

É caso para questionar as razões de tão súbita mudança: não será para esconder o facto de ter sido a luta dos pensionistas e a acção do PCP a conseguir o aumento das pensões (normal e extraordinário), obrigando o PS (neste caso acompanhado pelo BE) a mudar de posição?...

De facto, na nova fase da vida política que vivemos foi o PCP que, afrontando o argumento de que não havia recursos financeiros para aumentos nas pensões forçou o seu aumento extraordinário em 2017 e voltou depois, no Orçamento do Estado para 2018 a propor e a conseguir novos aumentos (o aumento em Janeiro para todas as pensões e o aumento extraordinário a partir de Agosto para as pensões até 643,35 euros).

É espantoso o esforço que fazem certos órgãos da comunicação social dominante para apagar o papel do PCP na defesa, reposição e conquista de direitos tentando encaminhar para o Governo do PS o que, afinal, é produto da luta dos pensionistas e da acção determinada e coerente do Partido Comunista Português.

Verdadeiramente espantoso e igualmente condenável.


www.avante.pt

19
Abr18

Notas soltas ainda a propósito do artigo de Centeno - Parte I/II

António Garrochinho

Resultado de imagem para MARIO CENTENO

 

Ainda a propósito do artigo de opinião que Mário Centeno publicou no jornal Público no passado dia 9 de Abril, partilho com quem tiver paciência um par de notas mais ou menos avulsas.

Começo com as afirmações de Centeno segundo as quais «[o] comportamento no mercado da dívida é, sem dúvida, o resultado do rigor e da credibilidade da política económica» e que «[s]em a credibilidade da execução orçamental de 2016 e 2017, que só esta solução governativa trouxe ao país, não teríamos a redução de juros observada (...)».

No meu entendimento, afirmações produzidas nestes termos, obscurecendo o papel do Banco Central Europeu (BCE), afastam a discussão do que é substantivamente relevante e criam, pelo menos, três tipos de problemas.

É do domínio público a afirmação de Mario Draghi, proferida em julho de 2012, de que faria tudo o que fosse necessário para impedir a implosão do Euro e o impacto imediato deste anúncio na taxa de juro das dívidas públicas da zona euro. Como é igualmente público que o BCE compra indiretamente à banca privada (proporcionando-lhe, aliás, uma confortável margem de lucro isenta de qualquer risco, uma renda, por isso) dívida pública, em montantes capazes de influenciar o seu preço e por isso a taxa de juro, pelo menos, desde março 2015. Não vejo como estes factos possam ser desconsiderados.



As formulações que secundarizam este aspecto não servem nem a verdade, nem o país. Não serviam quando eram produzidas pela direita, não servem agora.

Por um lado, escamoteiam a responsabilidade do BCE, quando esta instituição se manteve impávida e serena enquanto os juros exigidos pelo sistema financeiro para financiar a dívida pública portuguesa iniciaram em 2010 uma trajetória estratosférica rumo ao pico de mais de 17% atingido em janeiro de 2012. E não me venham com o argumento de que o financiamento dos Estados pelo BCE está proibido pelos tratados. Estava em 2015 e continuou depois de 2015; estava antes da intervenção no mercado da dívida e depois dela. Proibição que em termos de política monetária é uma inovação institucional (nenhum grande banco central no mundo observa esta regra) sem qualquer razão de ser exceto o preconceito contra a ação pública.

Por outro lado, enfraquecem a posição negocial do país na circunstância mais do que provável de o BCE diminuir a intensidade das compras de dívida pública nacional, ou de acabar com elas e, consequentemente, o país ter de enfrentar taxas de juro sabe-se lá quanto mais altas: num cenário destes, como vai um governo, que reivindica exclusivamente para si a capacidade de influenciar “o comportamento do mercado da dívida”, exigir ao BCE que assuma o seu papel de banco central?

Por fim, enquanto não se popularizarem as ideias da centralidade política do BCE no (des)arranjo institucional da zona euro e de que a sua política monetária tem consequências redistributivas relevantes e que, consequentemente, como todas as políticas, tem de estar sob escrutínio democrático, o país permanecerá enredado num simulacro de discussão das suas opções para o futuro. Enquanto não se generalizar o entendimento de que a condicionalidade que o BCE impõe significa que só é banco central dos Estados que obedecem, se obedecem e enquanto obedecem, ou seja, dos que estão disponíveis para as tais ‘reformas’ que mais não são que um cardápio de políticas neoliberais para aplicar sempre independentemente da vontade dos eleitorados nacionais; enquanto isto não acontecer, a meu ver, todas as narrativas que não tornem a chantagem clara, ou que permitam que esta passe sem escrutínio, não servem a discussão democrática.

E, para finalizar, continuo com um pequeno comentário à afirmação “E assim reforçamos o investimento. O investimento público cresceu 25% em 2017”. Qual é o meu problema? O problema é simples. Sendo a afirmação verdadeira, não deixa perceber que, pelas mãos de um governo de esquerda, 2016 e 2017, foram os anos de menor investimento em percentagem do PIB, pelo menos, desde 1995.


E, assim, também não permite perceber que a quadratura do círculo é afinal, como se sabia, impossível: não é possível governar à esquerda e cumprir o Tratado Orçamental. É possível governar melhor que a direita, é certo, contendo, ainda que parcialmente, o ataque aos direitos e rendimentos de quem trabalha, o que está longe de ser coisa pouca, mas não é possível governar à esquerda. A meu ver, este é o problema que o povo progressista vai ter que resolver. Vamos precisar de muito empenho, coragem e clareza na discussão.



Notas soltas ainda a propósito do artigo de Centeno - Parte II

Ainda a propósito do artigo de opinião que Centeno publicou no jornal Público no passado dia 9 de Abril.

Centeno afirma que “[p]odemos tomar como exemplo a experiência da Bélgica que reduziu o rácio da dívida pública de 130,5% em 1995, um valor próximo do registado em Portugal em 2016, para 94,7% em 2005”.

Analisemos, pois, a evolução da dívida pública Belga no período 1995 -2005 e procuremos perceber qual é caminho que Centeno propõe ao país. 


Em 10 anos a Bélgica fez decrescer a sua dívida pública em 35,8 pontos percentuais.

No período referido, em termos de média anual, para uma diminuição da dívida pública de 3,6 pontos percentuais, foram necessários saldos primários de 5,2% do PIB e operações de stock (operações que afetam a dívida, mas não o défice, tais como privatizações, diminuição dos depósitos públicos e alteração do perímetro orçamental) de 1,2% do PIB. Ou seja, entre saldos primários e operações de stock a economia Belga utilizou 6,4% PIB para fazer decrescer a dívida em 3,6 pontos percentuais.

Para quem gosta de metáforas familiares (sempre mau caminho, é certo, como tentei explicar aqui) para ilustrar situações macroeconómicas, é assim como estar a pagar a casa ao banco e ver a conta de depósitos à ordem ser mensalmente debitada por 640 euros e o valor da dívida a ser abatido apenas em 360.

 E isto aconteceu porquê? Porque, como se sabe, a dinâmica fundamental na evolução da dívida pública resulta da relação (r- g) entre taxa de juro nominal (r) e crescimento nominal (g) e a política orçamental que sustentou esta opção de gestão da dívida pública colocou a economia a crescer em todos os anos do período em consideração, exceto em 2004, abaixo da taxa de juro e isto (efeito bola de neve) acrescentou, anualmente e em média, 2,8 pontos percentuais ao stock de dívida.

Não é isto que Centeno tem em mente ou será?

Aqui chegados, surge a questão da alternativa: uma política orçamental menos restritiva, que tivesse possibilitado mais crescimento, não teria obtido melhores resultados? Para responder a esta pergunta, evitando o terreno sempre controverso da análise contrafactual, não conheço melhor ferramenta do que a História.

Tomemos, os Estados Unidos da América (EUA) como exemplo e vejamos:

 De 1954 a 1973, o período de menor instabilidade e maior prosperidade do capitalismo, o orçamento público dos EUA foi, em média, deficitário em cerca de 2%; durante este período a dívida pública em valor cresceu sempre exceto durante um breve período de 6 meses em 1956. No entanto, no período em causa, a dívida pública medida em percentagem do PIB caiu de 70% para 40%. Porquê? Porque a taxa de crescimento da economia (4%, descontada a inflação) foi superior à taxa de crescimento da dívida (1,72%).

De modo mais geral, recordemos agora como, para além das políticas de austeridade, têm os países economicamente mais avançados reduzido o quociente dívida/PIB. O que observamos? – Crescimento da economia, default explícito ou restruturação do endividamento público e/ou privado, inflação não antecipada e repressão financeira.

Dir-me-ão que tudo isto é muito bonito mas que o desempenho dos EUA e as políticas alternativas à austeridade foram o resultado de um contexto político e institucional muito particular que acabou algures na primeira metade dos anos 70 do século passado; que vivíamos num regime regulatório internacional onde as taxas de câmbio eram ajustáveis (Bretton Woods), o comércio internacional era conduzido com a preocupação de assegurar balanças de pagamentos equilibradas, o espectro do comunismo sustentava robustas políticas de emprego e de redistribuição de riqueza, os bancos centrais não pretendiam ser independentes e mantinham fortes ligações aos tesouros nacionais, a inflação não estava diabolizada, existiam restrições à circulação de capitais etc., etc.. É verdade. O menu das opções económicas dos governos está hoje fortemente restringido pela integração monetária europeia e pela globalização.

O que concluo, então, relativamente à questão das vantagens para a Bélgica de uma opção por maior crescimento? Reafirmo que não sabemos porque a História não é um laboratório onde a experiência possa ser repetida depois de um parâmetro ser alterado.

O que a meu ver sabemos porque a História ilustra é que, numa economia capitalista, se o problema é a insustentabilidade do endividamento, a viabilidade económica das alternativas à destrutiva austeridade depende em grande medida do quadro político-institucional em que a questão se coloca.

O que a meu ver a História também ilustra é que, numa economia capitalista, se o problema é a insustentabilidade do endividamento, a questão fundamental resultante é a da repartição de perdas entre devedores e credores. E que a viabilidade política das alternativas depende também da avaliação que cada um destes grupos faz dos ganhos e perdas em que potencialmente incorre e do poder de que dispõe para impor as suas preferências na sociedade.

No Reino Unido de 2012, por exemplo, um governo conservador ordenou ao Banco de Inglaterra que apagasse do seu balanço uma parte dos juros que teoricamente lhe tinha pago. Assim, sem mais, a dívida pública ficou mais compostinha em 35 mil milhões de libras sem que isso tivesse significado mais impostos e/ou menos serviços ou investimento públicos. Contextos políticos-institucionais e opções políticas.

19
Abr18

Argentina Santos...

António Garrochinho
Resultado de imagem para ARGENTINA SANTOS






Não pensava em cantar, conforme conta em entrevista a Baptista-Bastos.
Quis o acaso que um dia alguém da assistência lhe pedisse para cantar, e assim "entrou numa desgarrada" por brincadeira. Atrás desse pedido outros vieram e o que começou por um mero acaso, acabou por tornar-se um "caso sério" na sua vida...
Olhando para trás, acho incrível como esta Senhora nunca ocupou o lugar que merecia. 
É um dos mais injustos eclipses na música portuguesa que me ocorre...


outramargem-visor.blogspot.pt
19
Abr18

Acabou o acordo de paz no PSD entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio

António Garrochinho
Santana Lopes diz que desde o congresso do PSD, em fevereiro, nunca mais houve trabalho em conjunto com Rui Rio
Nomes indicados por Santana ficaram fora da equipa de 32 coordenadores e porta-vozes do Conselho Estratégico. Falta de debate interno dos acordos com o governo também suscita críticas
"Confirmo que não tem havido trabalho em conjunto", reconheceu esta terça-feira à noite Pedro Santana Lopes à SIC Notícias, quando questionado se está em "rota de colisão" com Rui Rio. "Na verdade, nem se pode chamar rutura, pois nunca houve sequer um casamento", sublinhou ainda, acrescentando que "desde o congresso do PSD, durante o qual se tentou algum trabalho em conjunto na elaboração das listas, nada mais existiu".
A gota de água foi o anúncio da equipa de coordenadores e porta-vozes do Conselho Estratégico Nacional (CEN), o novo organismo do partido, onde não consta qualquer um dos nomes apontados por Santana. O ex-líder social-democrata deu como exemplo o nome do embaixador Martins da Cruz e de Vítor Rosário Cardoso, cuja inclusão no Conselho Estratégico "tinha ficado acordada" e nada aconteceu. "O líder do PSD tem que seguir o seu caminho", frisou. Negou, no entanto, que que tivessem intenção de liderar um movimento de oposição interna: "Não posso, nem quero. Tenho uma vida muito ocupada e, sinceramente, já dei para esse peditório", assinalou.
De acordo com João Montenegro, ex-diretor de campanha de Santana Lopes, o acordo estabelecido no congresso entre as duas candidaturas à liderança do PSD contemplava a integração de nomes indicados pelo candidato vencido (com 45,6% dos votos), quer no Conselho Nacional do partido, quer no Instituto Sá Carneiro e no Conselho Estratégico Nacional (CEN) - os nomes "foram viabilizados pelo dr. Rui Rio e pelo dr. Salvador Malheiro". "Ficámos espantados por nenhum desses nomes indicados por nós ter integrado os porta-vozes e coordenadores" do CEN, sublinha o antigo secretário-geral adjunto, apontando uma "quebra do acordo celebrado".
"Todos cabem no PSD"
Mas este não é o único ponto prestes a abrir uma rutura entre Santana e Rio, ontem avançada pelo jornal i. João Montenegro questiona que os acordos que o PSD se prepara para assinar hoje com o governo - sobre fundos europeus e descentralização - não tenham sido levados a discussão no Conselho Nacional do partido: "A direção nacional toma o seu caminho e, em áreas tão importantes como estas, não ausculta os principais órgãos".
Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD, confirma ao DN que o acordo firmado no congresso de fevereiro prevê nomes próximos de Santana para o CEN, mas garante que a composição desta estrutura está longe de estar fechada e que o compromisso assumido "será honrado". Ou seja, os nomes apontados por Santana serão integrados, mas ainda não está definido em que equipas do CEN. "Tenho o máximo respeito pela atitude que a equipa do dr. Santana Lopes assumiu no congresso, o acordo é para cumprir, eu honro a minha palavra", diz o dirigente social-democrata, defendendo que "toda a gente cabe neste PSD".
Em jeito de despedida, Pedro Santana Lopes desejou, no seu comentário na SIC, que Rio tivesse "sucesso" com o novo Conselho Estratégico Nacional. "Ele próprio sabe que é difícil. Disse que se triunfasse seria uma revolução".


www.dn.pt
19
Abr18

19 de Abril de 1506: Início do massacre dos cristãos-novos de Lisboa

António Garrochinho


Desde os alvores da nacionalidade, sempre existiram minorias étnicas e religiosas em Portugal. Judeus e mouros e, mais tarde, ciganos, constituem os contingentes mais expressivos. Os primeiros antecedem provavelmente as invasões dos segundos, tendo gozado muitas vezes de proteção e favorecimento régios, mercê das suas fortunas e atividades mercantis, e até da sua preponderância cultural. Inseridos num Portugal agropecuário e piscatório,dedicar-se-ão aos ofícios ou a actividades liberais (ciência, medicina, farmácia...) e gradualmente ao comércio e à finança, onde não conheciam grande concorrência.Ao longo da Idade Média, habitaram preferencialmente - de acordo com as suas ocupações profissionais - nas maiores aglomerações urbanas do País, em bairros próprios(judiarias; mourarias no caso dos árabes ou mouros, menos numerosos), praticando o seu culto, falando o seu idioma e mantendo as suas tradições ancestrais. Diplomaticamente, mantinham fidelidade à Coroa, a ela se subordinando. À parte alguns incidentes, principalmente motivados por questões religiosas, a sua vida no Reino não correu nunca grandes riscos de ser posta em causa.Tal acontecerá somente em finais do século XV, quando a sua posição social, económica e política está consolidada, mantendo uma relação quase simbiótica com o Portugal das Descobertas.

 Na verdade, após a sua expulsão de Espanha por parte dos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando de Aragão) em 1492, muitos dos judeus que aí não se quiseram converter à força atravessaram a fronteira e instalaram-se no nosso País. Terão sido cerca de 60 000. D. João II, influenciado por judeus influentes na Corte(Mestre Vizinho, por exemplo, e talvez pelo rabi-mor peninsular, Isaac Aboab), acolhe-os, tanto mais que aqueles preferiram refugiar-se em Portugal a serem escravizados em Marrocos, para onde teriam de ir de barco, o que não conseguiam obter. D. João II impõe-lhes o pagamento de 8 cruzados para cá permanecerem, a pagar sob pena da servilidade ou da expulsão. Pretendia-se a fixação de operários especializados que faltavam em Portugal. Falecido D. João II, sucede-lhe D. Manuel, monarca que se revelou tolerante para os judeus que não podiam pagar.Este monarca está, todavia, conotado com as páginas mais tristes do Judaísmo em Portugal. Em Março de 1497, em troca da mão da princesa D. Isabel, filha dos Reis Católicos, como cláusula contratual de casamento, é imposta a expulsão de Portugal da comunidade judaica através de uma lei que entra em vigor nesse mesmo ano. Mas,habilmente, D. Manuel, para impedir uma saída tão numerosa de gentes do nosso País, envolvido na gesta ultramarina, decreta o batismo forçado de mouros e judeus no prazo de dez meses. Caso não o aceitassem, teriam que abandonar o País. Os menores de 14 anos seriam entregues a cristãos.Esta medida visava o reforço do poder real. Os judeus eram um bloco fechado detentor de certos privilégios e leis favoráveis no seio da sociedade civil.Torná-los legalmente iguais era uma medida que agradava à maioria da população. Há também a demonstração de uma útil tolerância por parte do monarca. Este, porém, mandará fechar os portos do País para impedir a sangria judaica: muitos, não querendo ser cristãos, suicidam-se, por vezes com as suas famílias. Perto de 20 000 ficaram retidos em Lisboa.A partir desta conversão forçada, passarão a chamar-se cristãos-novos, tendo um prazo de 20 anos para abandonar os costumes judaicos e se cristianizarem exemplarmente. Mas, clandestinamente ou não,grande parte dos cristãos-novos mantiveram os seus hábitos ancestrais. Em 1499 um alvará régio proíbe a saída do País aos cristãos-novos. Todavia, não lhes era limitada a ascensão a cargos políticos ou administrativos. Ao mesmo tempo, poder-se-iam casar com cristãos-velhos.


Apesar de uma certa liberdade de consciência (não poderiam ser interrogados acerca da sua crença) e de alguma protecção régia, a situação assumiu contornos dramáticos na fatídica Páscoa de 1506. Levantaram-se motins populares contra os cristãos-novos, tendo a população sido instigada pelos frades dominicanos. São perseguidos e exterminados cerca de 2000, acabando nas fogueiras do Rossio. A desconfiança e a insegurança dos cristãos-novos, se nunca desaparecera, antes aumentava agora, obrigando-os a procurar outras paragens. O que desencadeou os motins populares?


A historiografia situa o início da matança no Convento de São Domingos de Lisboa, no dia 19 de Abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenómeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.

Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que esse milagre era apenas o reflexo de uma luz, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.

A partir daí, os judeus da cidade que anteriormente já eram vistos com desconfiança tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre se sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges".

A corte encontrava-se em Abrantes - onde se instalara para fugir à peste - quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Entretanto, mesmo as poucas autoridades presentes foram postas em causa e, em alguns casos, obrigadas a fugir. Manuel I penalizou os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e os dominicanos instigadores foram condenados à morte por enforcamento. Há também indícios de que o referido Convento de São Domingos (da Baixa) teria sido fechado durante oito anos e sabe-se que os representantes da cidade de Lisboa foram expulsos do Conselho da Coroa (equivalente ao actual Conselho de Estado), onde tinham assento desde 1385, quando o rei D. João I lhes concedeu esse privilégio pelo seu apoio à sua campanha pela conquista do Trono português.


Em 1536, D. João III manda instalar o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) em Portugal, dentro de uma atmosfera de fanatismo religioso que reconhecia nos cristãos-novos a causa de todos os males de que padecia o País. D.João III, de certa forma, orquestrou todo este ambiente de fundamentalismo cristão, temendo os ventos da Reforma que varriam a Europa. Também houve instigações de grandes famílias terratenentes, interessadas em derrubar a burguesia mercantil através da Inquisição e da perseguição aos cristãos-novos (conotados com os grupos de mercadores e financeiros), no intuito de refazerem as suas grandes fortunas gastas em aventuras militares em Marrocos e de reconquistar as hierarquias da nação.Sob o espetro da Inquisição, nunca mais os cristãos-novos, maioritariamente judeus, tiveram no reino tranquilidade. Continuaram, clandestinamente, a fugir para os Países Baixos, Constantinopla, Norte de África, Salónica (Grécia), Itália e Brasil, mantendo laços secretos e apoiando os cristãos-novos portugueses. A maioria das 1500 vítimas da Inquisição portuguesa eram também cristãos-novos, tal como uma boa parte dos seus 25 000 processos até à sua extinção. No nosso País, o Santo Ofício, por exemplo, influirá no desaparecimento dos ofícios nas regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde os judeus eram os dinamizadores da produção de têxteis, sedas e lanifícios. Para além do confisco de bens, os cristãos-novos serão também vítimas dos atestados de "limpeza de sangue" nas candidaturas a cargos públicos,militares ou da Igreja, o que os afastava por possuírem confirmação inquisitorial.O século XVII pouco traz de melhor aos cristãos-novos apesar da "primavera" de D. João IV e do apoio do Pe. António Vieira. O apoio financeiro e político dos cristãos-novos à Restauração (através das conexões judaicas de origem portuguesa na Europa) ter-lhes-á permitido uma certa ascensão social e algumas liberdades e garantias, iniciando-se o ressurgimento dos grupos mercantis onde aqueles prosperavam. Com a morte de D. João IV, porém, recomeça o pesadelo inquisitorial e as perseguições contra os cristãos-novos. O Marquês de Pombal, em 1773, porá fim a este clima de instabilidade entre os cristãos-novos, acabando com as perseguições e cerceando duramente as atividades do Santo Ofício, desde logo ao eliminar os atestados de "limpeza de sangue". Os cristãos-novos perdem o estigma da culpabilização pela ruindade do mundo, a par do domínio da burguesia, eliminando-se as estruturas do Antigo Regime. Assim, transforma-se a Inquisição em tribunal de Estado, acabando com a encenação daquela instituição clerical contra os cristãos-novos que lentamente assumirão o seu Judaísmo.Pedro Nunes (matemático), Abraão Usque (editor e tradutor), Garcia de Orta (médico e naturalista), António José da Silva(dramaturgo que morreu na fogueira inquisitorial um pouco antes das medidas de Pombal), Ribeiro Sanches(médico), Baruch Espinosa (filósofo) e Rodrigues Lobo (poeta) são alguns dos cristãos-novos portugueses com dimensão histórica e cultural, herdeiros de um potencial intelectual e científico avançado em relação àquilo que o nosso país produzia em termos de pensamento, técnicas, artes e letras. Muitas obras e indivíduos se perderam nas teias da Inquisição, apenas por terem nascido cristãos-novos. Calcula-se hoje, por outro lado, que boa parte das vítimas do Holocausto nazi descendiam de cristãos-novos portugueses fugidos nos séculos XVI e XVII.

cristão-novo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia


Ficheiro:Massacre de lisboa.jpg
Uma das duas únicas gravuras sobreviventes ao Terramoto de Lisboa1755 e ao incêndio da Torre do Tombo: “Von dem Christeliche – Streyt, kürtzlich geschehe – jm. M.CCCCC.vj Jar zu Lissbona – ein haubt stat in Portigal zwischen en christen und newen chri – sten oder juden, von wegen des gecreutzigisten [sic] got.” (Da Contenda Cristã, que recentemente teve lugar em Lisboa, capital de Portugal, entre cristãos e cristãos-novos ou judeus, por causa do Deus Crucificado”).


 

Monumento em Lisboa em homenagem aos Judeus mortos no massacre de 1506
19
Abr18

19 de Abril de 1882: Morre o naturalista britânico Charles Darwin, autor da teoria sobre a origem das espécies.

António Garrochinho


Naturalista e biólogo inglês, Charles Robert Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809, em Shrewsbury, e morreu a 19 de Abril de 1882, em Dawn, Kent.

Neto de Erasmus Darwin, um médico e poeta conhecido, e filho de um médico, perdeu a mãe com apenas oito anos e, desde então, a sua educação ficou a cargo das irmãs mais velhas. Ingressou na Universidade de Edimburgo em 1825 para estudar Medicina mas, não se sentindo identificado com o curso, mudou para a Universidade de Cambridge com o intuito de se tornar pastor da Igreja. Apesar das suas intenções, Darwin conheceu os professores John Henslow, de biologia, e Adam Sedgwickint, de geologia, que lhe despertaram o interesse pelo estudo da História Natural, área a que se veio a dedicar no percurso da sua vida. Findos os estudos universitários, em 1831, participou como naturalista na viagem do navio inglês Beagle. Esta viagem a várias partes do globo proporcionou-lhe o estudo e desenvolvimento aprofundado dos seus conhecimentos, assim como novos dados de investigação sobre a evolução da Terra, desde as variações geológicas à descoberta de fósseis que se assemelhavam a animais que ainda habitavam na mesma região. De regresso a Inglaterra, em 1836, Darwin deu início ao estudo científico baseado nas suas experiências e descobertas e lançou uma publicação científica com o nome Journal of Researches , em 1839. Ainda nesse ano, casou com Emma Wedgwood, com quem viria a ter 10 filhos, e mudou-se para Down House, em Kent.

Mais tarde, em 1859, publicou a célebre obra em que expôs a sua teoria, The Origin of Species by Means of Natural Selection (A Origem das Espécies pela Seleção Natural). Apesar de reconhecer que os seus conhecimentos sobre hereditariedade eram limitados, representou em forma de árvore a relação entre os animais e plantas da actualidade com outros já extintos, seus ancestrais. The Origin of Species by Means of NaturalSelection foi alvo de várias críticas por parte de outros cientistas que alegavam falta de provas e explicações para fundamentar as teorias apresentadas.

Em 1871 Darwin aplicou a sua teoria ao estudo da origem do homem, dando importância ao factor sexual na selecção natural, na obra The Descent of Man and Selection in Relation to Sex (A Ascendência do Homem e a Selecção em Relação com o Sexo ).

Cerca de 1880, realizou, juntamente com o seu filho Francis, uma série de experiências através das quais,utilizando sementes de gramíneas, sobretudo de aveia, tentou descobrir as razões que levavam a que algumas plantas se inclinassem para a luz. Após várias horas de observações, concluiu que as plantas produzem substâncias - fito-hormonas - que influenciam o seu comportamento assim como o seu crescimento. Os resultados destas experiências foram relatados mais tarde no livro The Power of Movement in Plants (1881). Nas duas últimas décadas da sua vida, Darwin escreveu, aliás, vários livros sobre botânica, nos quais descreveu pormenorizadamente todas as observações e experiências que realizou com plantas. O trabalho de investigação sobre a importância das hormonas no crescimento das plantas continuaria a ser desenvolvido, mais tarde, porPeter Boysen-Jensen (1913), Arpad Paal (1918) e Frits Went (1926).

A doutrina proposta por Darwin, segundo a qual a luta pela vida e a selecção natural são mecanismos da evoluçãodos seres vivos, é conhecida por darwinismo.

As suas teorias foram postas em causa, principalmente por membros da Igreja, até inícios do século XX.

Foi membro da Royal Society e membro honorário de várias academias de ciências.

Os restos mortais de Charles Darwin encontram-se na Abadia de Westminster.


Charles Darwin. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Charles Robert Darwin by John Collier.jpg
Retrato de Charles Darwin - John Collier


Ficheiro:Voyage of the Beagle-en.svg

O percurso da viagem do HMS Beagle
Ficheiro:Origin of Species.jpg


Capa do livro A Origem  das Espécies, de 1859
19
Abr18

19 de Abril de 1943: Início do Levantamento do Gueto de Varsóvia

António Garrochinho


Os 60 mil judeus que ainda sobreviviam no gueto de Varsóvia, Polónia, iniciaram um levantamento no dia 19 de Abril de 1943 contra as tropas nazis, que tinham recebido ordens de Hitler para exterminá-los. O combate, desesperado e desproporcional, duraria até 16 de Maio. Sete mil judeus morreram com as armas em punho. Os demais foram conduzidos a campos de extermínio. 


As forças nazis tentavam eliminar o gueto judaico da cidade quando se depararam com o fogo dos resistentes judeus, liderados por Mordechai Anielewicz, Iosef Levartowski, Andrej Schmit e Michal Klepisz, de diferentes orientações políticas, que se uniram para enfrentar o inimigo. “Estamos limitados, mas não caídos. Dos nossos esconderijos, ataquemos o inimigo. Se for para morrer, morramos como heróis, para permanecermos vivos à posteridade.”, dizia o manifesto que dava vida ao Levantamento do Gueto de Varsóvia. 


Pouco depois da invasão da Polónia pela Wehrmacht em Setembro de 1939, perto de 500 mil judeus polacos foram confinados em deploráveis condições numa área de cinco quilómetros quadrados, onde normalmente poderiam viver 200 mil. O gueto foi cercado por um muro de três metros de altura e arame farpado vigiado por soldados das SS. Quem quer que fosse apanhado a tentar fugir era fuzilado. Os nazis controlavam também a quantidade de alimentos levada ao gueto, obrigando os judeus a viveram basicamente de um prato de sopa por dia. Doenças e inanição mataram milhares todos os dias. 


A partir de Julho de 1942, cerca de seis mil judeus eram transferidos a cada dia para o campo de concentração de Treblinka. Diziam os nazis que eles estavam a ser transferidos para campos de trabalho, mas logo se soube que na verdade levá-los para campos de trabalho significava a morte. 


Ante este quadro, uma resistência subterrânea  formou-se: a OJC (Organização Judaica de Combate). Armas de porte reduzido eram adquiridas a alto custo a organizações polacas antinazis. A resistência, armada com armas ligeiras, foi capaz de resistir à continuidade da deportação, atacando os nazis do alto dos telhados e dos sótãos. Um inverno severo e a falta de comboios também contribuíram para a redução das deportações. 


Quando chegou a Primavera, em 19 de Abril de 1943, o líder nazi Heinrich Himmler anunciou que o gueto deveria ser esvaziado à força em homenagem ao aniversário de Hitler, que seria no dia seguinte. Cerca de dois mil soldados SS atravessaram as barreiras com tanques, obuses, lança-chamas e metralhadoras, contrapondo-se aos cerca de mil judeus que portavam pistolas, fuzis, granadas caseiras e coquetéis Molotov. 




A resistência judaica mostrou-se capaz de rechaçar os ataques durante 28 dias. Milhares foram massacrados à medida que as tropas alemãs avançavam,  fazendo explodir os edifícios um a um. Os combatentes da OJC foram aos esgotos para continuar a luta. Em 8 de Maio o bunker de comando caiu diante dos nazis.

Finalmente, em 16 de Maio, o general SS Jurgen Stroop assume o controlo total do gueto. Teve então início uma maciça deportação para Treblinka. Durante o levantamento cerca de 300 soldados alemães foram mortos e cerca de mil feridos. Mais de 56 mil judeus foram massacrados. Virtualmente todos os sobreviventes do levantamento levados a Treblinka foram exterminados até o fim da guerra. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
File:Stroop Report - Warsaw Ghetto Uprising 06b.jpg
Fotografia de Maio de 1943  

File:Stroop Report - Warsaw Ghetto Uprising - 26552.jpg
Destruição de casas no gueto 
19
Abr18

Carlos César reitera que não beneficia de ajuda dupla

António Garrochinho
Carlos César, líder parlamentar do PS
Apoios a viagens de deputados das ilhas serão avaliados por comissões parlamentares. AR lembra que prática vem desde 1989.
O líder parlamentar do PS, Carlos César, reiterou ontem que não beneficia de uma ajuda dupla, por pagar uma tarifa aérea de residente como cidadão que vive nos Açores e ter uma compensação fixa para deslocações, que é paga a todos os deputados, variando o seu valor de acordo com os respetivos círculos eleitorais.
Para já, a conferência de líderes parlamentares decidiu, também ontem, depois de uma sugestão do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que a Comissão Eventual para a Transparência e a Comissão de Assuntos Constitucionais (onde está a subcomissão de Ética) analisem a necessidade de alterar as regras de apoio a viagens, depois da polémica suscitada no sábado por uma eventual duplicação nos apoios às viagens para os deputados dos Açores e da Madeira.
Na noite de terça-feira, Ferro Rodrigues apresentou um relatório da Secretaria-Geral do Parlamento para defender os deputados das ilhas, afirmando que os "visados pela notícia não cometeram nenhuma ilegalidade, tendo beneficiado dos abonos e subsídios que sempre existiram, sem polémicas ou julgamentos de carácter". Carlos César também se socorreu ontem deste parecer para se defender. "Não há uma dupla ajuda, porque quando entro no avião - o único meio de transporte que tenho ao meu dispor - utilizo a tarifa daquilo que eu sou, açoriano, residente na Região Autónoma dos Açores", respondeu aos jornalistas.
O presidente socialista notou que "sempre houve essa tarifa". E acrescentou: "Se o meu entendimento fosse de qualquer dúvida no plano ético em relação à conduta que eu - tal como deputados do PSD, do PS e do BE, usaram para auferir sobre essa matéria -, o assunto nem sequer tinha chegado aqui. Desde logo porque não tinha utilizado esse abono, nem tinha beneficiado deste regime que vigora desde 1989, com todos os deputados a usá-lo, até deputados que desempenharam as funções mais altas do Estado."
No referido parecer da Secretaria-Geral, "a Assembleia da República sempre pagou as despesas de deslocação aos deputados daquelas regiões, nos termos em que o faz atualmente", acrescentando depois que "esta prática não se alterou, desde 1989".
César explicou que o regime que está aplicado aos deputados eleitos pelas ilhas é em tudo semelhante "àquele que vigora no apoio às deslocações de todos os deputados de todos os círculos eleitorais". E Ferro sublinhou que "o parlamentarismo democrático não dispensa a representatividade geográfica, condição de coesão nacional" e que "todos os portugueses devem estar em igualdade de oportunidades para exercerem o mandato de deputado à Assembleia da República, independentemente da sua residência".

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19
Abr18

CEMGFA e "Superpolícia" preparam patrulhas com militares armados

António Garrochinho
Helena Fazenda, a coordenadora das Polícias. Silva Ribeiro, o comandante dos militares
Helena Fazenda vai apresentar a Silva Ribeiro o seu plano de articulação entre as Forças de Segurança e as Forças Armadas
Será uma espécie de encontro de "titãs" esta quinta-feira, na avenida Defensores de Chaves, onde está localizado o quartel-general do Sistema de Segurança Interna (SSI). A secretária-geral, Helena Fazenda, recebe pela primeira vez o novo Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Silva Ribeiro para um encontro que dá o tiro de partida para o que pode vir a ser um acordo histórico entre militares e polícias: a participação de militares armados em operações de segurança interna.
O "ponto fulcral" da discussão será "a forma de execução prática" desta inovação, "principalmente no que concerne ao comando" das operações que podem envolver os militares, avançou ao DN fonte que está a acompanhar o processo. Conforme o DN já noticiou, Helena Fazenda entende que, em caso de "ameaça grave", como o terrorismo, e caso as forças de segurança não tenham os meios humanos necessários e mais adequados, os militares devem reforçar as polícias, incluindo em patrulhas de vigilância, sempre sob o controlo operacional da força policial responsável pela operação e limitadas no tempo.
Os cenários, as condições e os limites da intervenção dos militares em solo nacional estão definidos e enquadrados nas "Orientações para os Mecanismos de Cooperação entre as Forças Armadas e Forças e Serviços de Segurança (FSS), que a equipa da secretária-geral desenvolveu nos últimos meses. As condições e os limites definidos são, no entendimento da secretária-geral, a única forma de garantir a atuação dos militares dentro da legalidade constitucional.
A Constituição da República Portuguesa condiciona a utilização das Forças Armadas na segurança interna apenas nos casos de "estado de sítio ou de emergência", os quais são declarados em situações de "agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucionalmente democrática ou de calamidade pública".
Para os militares, que nos últimos anos sempre refutaram qualquer entendimento que implicasse subjugação a ordens de forças de segurança, será um passo inédito. No entanto, Silva Ribeiro, que já manifestou publicamente toda a "disponibilidade" para este acordo, estabelecerá os limites: controlo operacional da força de segurança sim, comando, tal como acontece noutros países europeus quando os militares dão apoio às polícias, terá de ser o da hierarquia militar.
Terrorismo: militares armados
Igualmente ao que acontece em países como a Bélgica, França ou Inglaterra, onde a ameaça terrorista tem levado a que as autoridades recorram ao apoio das Forças Armadas para patrulhas de prevenção, os militares que forem chamados para reforçar as operações policiais estarão armados. No início deste mês, em declarações aos jornalistas citadas pelo DN, Silva Ribeiro referira que estava fora de questão a utilização de armas em contextos de apoio a operações de segurança interna, mas fontes militares clarificaram ao DN, que o CEMGFA se referia "apenas às operações relacionadas com a Proteção Civil, como a prevenção e combate aos incêndios".
Entretanto, foi ontem aprovada por unanimidade no parlamento, um pedido do PSD para ouvir Helena Fazenda e esclarecer o eventual controlo operacional das operações conjuntas pelas polícias.

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19
Abr18

Tráfico de seres humanos está fora de controlo em Portugal

António Garrochinho
O SEF diz que em 2017 “foram realizadas várias ações de fiscalização” detetar exploração de vítimas de tráfico de pessoas
Inspetores do SEF denunciam que há muito mais estrangeiros vítimas de exploração laboral em Portugal, do que dizem os números oficiais
"Se multiplicássemos por 20 o número de casos de tráfico de seres humanos que vem nos relatórios oficiais, ainda seria pouco para retratar a realidade que se sente no terreno", conta Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) do SEF. Trata-se do relato de um seu associado, um inspetor que tem participado em operações desta polícia para combater este crime, e refere-se, principalmente, à exploração laboral de estrangeiros, "próximo de uma inaceitável escravatura do século XXI, um crime hediondo", como assinala Acácio Pereira, que assume que faltam operacionais para combater este crime.
"Sentimos um pulsar do terreno que nos indica que há um grande défice na fiscalização desta área" destaca o dirigente sindical para justificar por que foi esse o tema escolhido para a conferência do SCIF que se vai realizar no final do mês: "Tráfico de Seres Humanos - O SEF e a Luta contra o Tráfico de Pessoas".
Em 2017 o SEF instaurou apenas 20 inquéritos (e 15 em 2016, 18 em 2015 e 22 em 2014) por este crime, valor que os inspetores consideram "ridículo" e um "insulto para os milhares de pessoas que todos os anos são vítimas de exploração laboral e sexual em Portugal! Temos noção que há milhares de abusos, em simultâneo, todos os meses, para não dizer todos os dias", assevera Acácio Pereira.
Os dados conhecidos ao longo do ano passado, "mostram que a exploração laboral em zonas agrícolas, especialmente no Alentejo, está fora de controlo por falta de capacidade do SEF para fiscalizar a esmagadora maioria das herdades onde trabalhadores ilegais são vítimas de abusos", sustenta o sindicato. A origem da maior parte destas pessoas são os países indostânicos, algumas da Europa de leste, e brasileira.
Portugal começou a ser usado como nova rota para o tráfico de crianças
Por outro lado, afiançam os inspetores, "Portugal começou a ser usado como nova rota para o tráfico de crianças, sobretudo africanas: essas crianças e adolescentes são utilizadas para exploração e escravatura em países como França ou Alemanha. Portugal funciona como porta de entrada para o espaço Shengen e o destino final são países do centro da Europa".
Na maior parte dos casos, "as crianças africanas chegam com documentos falsos acompanhadas de adultos com a documentação legal, quase sempre de países lusófonos", afirma Acácio Pereira. "Os nossos inspetores têm conseguido prender traficantes e resgatar algumas crianças, mas a nossa perceção é que temos de aumentar o dispositivo para que a maior parte deste tráfico não continue a escapar ao nosso controlo". Angola é a maior origem.
Esta perceção - a de uma escalada de tráfico de seres humanos no nosso país - é confirmada ao nível da mais importante organização europeia que se dedica a este fenómeno. No seu último relatório, divulgado este mês de abril, o Grupo de Peritos em Ação Contra o Tráfico de Seres Humanos (GRETA) do Conselho da Europa, coloca Portugal como um dos países onde o tráfico de pessoas mais tem crescido e um dos cinco países europeus em que a exploração laboral supera o tráfico sexual, indicando que a maioria das vítimas são homens e que exploração ocorre sobretudo na agricultura, hotelaria e pescas. Na mesma tendência ascendente "preocupante", alerta o SCIF, estão os casos dos menores, com o GRETA a empurrar Portugal para o cimo da lista de países "com mais desaparecimentos de crianças".
O DN pediu ao ao Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH), na dependência do ministério da Administração Interna, que comentassem o retrato dramático descrito pelos inspetores do SEF, mas este remeteu para o próprio SEF. Questionada pelo DN, esta polícia não reconhece a necessidade de mais recursos. Refere que "ao longo de 2017 foram realizadas várias ações de fiscalização em locais conotados com a eventual exploração". Segundo ainda o SEF, foram "sinalizadas" 67 vítimas e constituídos 20 arguidos pelo crime de tráfico de pessoas.
Esta semana foi conhecida a maior condenação de sempre por este crime, em resultado de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo, da PJ, cujo diretor, Luís Neves, é um dos convidados especiais na conferência do sindicato dos inspetores. Os cabecilhas, um homem e uma mulher, foram condenados a 16 e 15 anos de prisão respetivamente. Todos os outros 26 arguidos foram também condenados, a maioria a penas superiores a seis anos. "Aliciavam" estrangeiros a trabalhar em Portugal, alojavam-nos em "condições sub-humanas", com "casos e fome", a troco de um o parco salário.

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