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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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24
Abr18

SOBRE RAMIRO CORREIA E SEGUNDO O QUE CORRE NO "facebbook" PUBLICO AQUI ESTE TEXTO - In Memoriam de Ramiro Correia (1937-1977)

António Garrochinho

In Memoriam de Ramiro Correia (1937-1977)

Ramiro Correia e Martins Guerreiro, «capitães de Abril»

No dia em que faria 72 anos, gostaria de recordar este generoso «capitão de Abril», uma das peças fundamentais no xadrez da Revolução de 25 de Abril.
Membro da Comissão Coordenadora do Programa do MFA da Marinha, fez parte da Junta de Salvação Nacional a partir de 3 de Maio 74; membro da 5ª Divisão do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que dirigiu, coordenador principal da Comissão Dinamizadora Central (Codice) e membro do Conselho da Revolução, a Ramiro Correia se deve essa grande iniciativa do MFA depois do 25 de Abril: a dinamização cultural junto do povo português, através das Campanhas de Dinamização Cultural e Esclarecimento Cívico do MFA por si idealizadas e postas em prática.
Participa na elaboração do Documento-Guia do Projecto da Aliança Povo-MFA, aprovado pela Assembleia do MFA em 8 de Julho de 1975. É autor ainda de «MFA-Dinamização Cultural e Acção Cívica», testemunho vivo da experiência das diversas campanhas, de como se procuraram adaptar aos condicionamentos locais, às populações e aos seus problemas. De como os artistas da nossa praça (cantores, pintores, musicos, actores) conseguiram levar a cultura a locais e populações que nunca antes tinham tido qualquer contacto a esse nível.
Depois de ter sido «expulso» do Conselho da Revolução por «redução de efectivos» e de lhe ter sido retirada a direcção da 5ª Divisão, foi desgraduado do posto de capitão-de-mar-e-guerra por uma portaria do Conselho da Revolução em 21 de Outubro. Cerca de um mês depois dá-se o 25 de Novembro e logo a seguir a Codice é extinta juntamente com as últimas campanhas de dinamização.
Perseguido pelo poder emergente do 25 de Novembro, e depois de uns meses durante os quais escreveu «MFA e Luta de Classes», Ramiro e a familia seguem para Maputo onde são colocados (ele e mulher, médicos) no Hospital Central. Como ele próprio disse na altura: «Moçambique aparece-me no horizonte como experiência de solidariedade internacional».
E foi ali, no dia 16 de Agosto de 1977, quando toda a família passeava na Baía do Bilene, que o barco se virou e todos morreram, excepto o filho mais velho, Ramiro Bernardino, que conseguiu nadar para terra.
No dia 12 de Outubro de 1977 os corpos de Ramiro, Isabel e Nuno chegam a Lisboa e ficam em câmara ardente na capela de S. Roque, no Ministério da Marinha, no antigo Arsenal. Em recolhimento, ladeando as urnas, entre os avós e restantes familiares e amigos, o pequeno Ramiro Bernardino, de 9 anos, recordava incrédulo «... a minha mãe pode ser que esteja aí, porque a vi a boiar, mas o meu pai e o meu irmão não estão... Quando o meu pai me mandou embora para terra ele vinha a nadar com o meu irmão às costas. Às vezes olhava para trás e via o meu irmão agarrado ao pescoço do meu pai...»
No dia 13 de Outubro, cerca das 17,30 horas, o cortejo fúnebre seguiu a pé direito ao Alto de São João, parando em Alfama que o viu nascer, e, por entre uma multidão que engrossava e fundia no mesmo pesar militares e civis, cantava-se «Grândola Vila Morena», «A Portuguesa» e gritava-se «MFA». «MFA», «MFA».
Mário Soares, então primeiro-ministro do I Governo Constitucional, não compareceu nem se fez representar. Portugal, a nível institucional, esteve ausente nas cerimónias fúnebres deste militar de Abril. O que levou Manuel de Azevedo a escrever no Diário de Lisboa de 15:
«Caro amigo: eu estive no funeral de Ramiro Correia e vi as lágrimas correr. Eu vi as lágrimas correr dos olhos do povo. Eu vi as lágrimas. Caro amigo: eu estive no funeral do capitão de Abril morto num acidente nos mares de Moçambique (...)
Caro amigo; eu estive no funeral do ex-conselheiro da Revolução e não o vi a si. E dói-me, dói-nos a todos os antifascistas que continuam a sê-lo, que você lá não estivesse. E contudo Ramiro Correia era um homem dos homens de Abril a quem você deve poder ter sido primeiro-ministro do primeiro Governo Constitucional. E contudo você esteve no funeral do cardeal Cerejeira, o companheiro e mentor de Salazar.
Não basta, no dia 5 de Outubro, dar vivas à República, e ao 25 de Abril. É preciso viver-se no dia a dia a Revolução de Abril.»
 


Manuel Begonha, no elogio fúnebre:
«Era um homem que desprezava a vaidade. Tolerante, era ao mesmo tempo, implacável para quem, responsavelmente, tentasse perpetuar o estado de aviltação do povo português. Era, aliás, um homem simples e cativante, de uma estatura intelectual e humana invulgares. Ramiro Correia morreu, mas o seu espírito, o seu exemplo, a sua obra, continuarão a iluminar as noites do nosso desencanto»
Fernando Piteira Santos:
«Homens como Ramiro Correia são sementes do Futuro»
João Varela Gomes:
«No retrato que nos fica de Ramiro Correia não há a mais pequena mancha de traiçoeira ambiguidade, o mais ligeiro tremor de vacilação. Fita-nos de frente, com um olhar cristalino de água, o sorrir prevenido e levemente amargurado do revolucionário lúcido e experimentado. Despedimo-nos do nosso companheiro, irmão tão breve que foi.
(...) O teu exemplo, esse permanecerá herança do Povo Português, dos Povos do Mundo, legado precioso e fecundo de um HERÓI DO NOSSO TEMPO. E nós nomearemos o tempo, como tu nos exortas a fechar o teu livro.»

Martins Guerreiro:
«Ramiro Correia deixou-nos uma proposta e uma experiência. Cabe-nos agora extrair os ensinamentos dessa experiência e aceitar essa proposta: contribuir para a transformação da qualidade de vida do povo português, afirmando a sua cultura e capacidade. No seu legado contam-se as sementes bastantes para que a Revolução Cultural e a das mentalidades se tornem uma realidade. Algumas dessas sementes estão já a germinar, e novas plantas crescem no terreno fértil do Povo. Depende de todos nós fazê-las florir.»
Ramiro Pedroso Correia nasceu a 15 de Outubro de 1937 na Rua do Salvador 18-1º, em Alfama, mas cedo os pais, Bernardino Correia e Fernanda Rosa Pedroso Correia, mudaram para a Rua Sousa Viterbo, 23-2º Dto, ao Alto de São João, onde decorreram a infância e a adolescência do jovem Ramiro.
Faz o 7º ano no Liceu Gil Vicente, sendo um grande activista desportivo. Frequenta o 1º ano de Medicina em Lisboa, passa depois para Coimbra, e termina o curso em Lisboa, em 1966, já depois de casado com a também médica Isabel Lacximy, com quem tem dois filhos: Ramiro Bernardino e Nuno Ramiro.
Em finais de 1966, já depois de formado, ingressa na Marinha com o posto de segundo-tenente na classe dos médicos navais, tendo estagiado na Escola Naval e no Hospital de Marinha. Mais tarde parte para Moçambique a bordo da fragata Álvares Cabral. É promovido a primeiro-tenente em Janeiro de 1970. Desembarca em Angola, em Março de 1971, e presta serviço como médico em Santo António do Zaire.
Publicou, em 1973, um livro de poesia «Na Clivagem do Tempo».
«A ponte é estreita
rapazinho negro
Mas dá bem para nós dois
lado a lado.
(...)
A ponte não é estreita
E há-de ligar-nos no Futuro»
Aderiu ao Movimento dos Capitães no inicio de 1974.

Bibliografia:
Ramiro Correia, Soldado de Abril, por Eduardo Miragaia, Joaquim Vieira e Manuel Vieira, editado por FRASE - Cooperativa Editora, SCRL, s/d


ascausasdajulia.blogspot.pt
24
Abr18

A história de sobrevivência do rapaz atacado por um urso, uma cobra e um tubarão

António Garrochinho






Samuel Quedas in facebook



MARAVILHOSO
(Títulos sérios que lembram parvoíces)

Muito boa a história deste rapaz de sorte!
Muito parecida com a de um conhecido de um primo da irmã de um amigo meu… que também foi brutalmente atacado por um leopardo, por um leão e por uma zebra… só que foi no mesmo dia, no mesmo lugar e ao mesmo tempo.
… e se o dono do carrossel não tem desligado e parado aquilo… acho que o moço tinha morrido ali mesmo!


A história de sobrevivência do rapaz atacado por um urso, uma cobra e um tubarão

Sorte ou azar? A vida de Dylan McWilliams, de 20 anos, está repleta de encontros com a morte. O norte-americano foi atacado por um urso, sofreu com a mordidela de uma cobra e, no Havai, foi surpreendido por um tubarão. Sobreviveu a todos os ataques e ficou para contar a história.
"É incrível", disse o rapaz à "BBC". "Não me sinto muito sortudo. Acho que é mais uma daquelas situações em que tens sorte em situações de muito azar", explicou.
Na última terça-feira, Dylan estava no Havai quando sentiu algo a morder a perna. Habituado a estas andanças percebeu logo que algo de mau estava a acontecer. "Vi logo que o tubarão estava próximo. Comecei a pontapeá-lo e a nadar até à costa com a máxima velocidade possível". A marca de sangue que deixou no oceano fez com que pensasse que tinha ficado sem uma perna.
Assim que chegou à costa foi levado para o hospital, onde, depois de esperar mais uma hora, foi tratado por um médico. "Agora, só estou chateado porque não posso voltar à água nos próximos dias", lamentou ao "Hawaii Newsnow".
Técnicas de sobrevivência ajudam a escapar às garras de um urso
Desde criança, Dylan soma quilómetros percorrendo alguns do principais trilhos dos EUA e do Canadá. O avô foi a primeira pessoa que lhe instruiu técnicas de sobrevivência. Esses ensinamentos foram colocados à prova em julho, de 2017, quando, durante um acampamento em Colorado, foi atacado por urso.
Segundo o "The Denver Channel", o rapaz acordou às quatro da manhã, com o urso a golpeá-lo e a tentar tirá-lo do saco cama. Depois de o ter arrastado quase quatro metros, o animal acabou por fugir graças aos esforços dos colegas de Dylan que o assustaram. O rapaz teve que ser hospitalizado, mas recebeu alta médica pouco tempo depois.
"Ele agarrou-me e puxou-me com muita força e mordeu-me na parte de trás da cabeça", contou o jovem. Apesar do susto, afirma não ter medo de ursos e manifestou a vontade de continuar a acampar. "Temos que estar atentos e respeitar os animais", referiu.
Depois de uma intensa busca, os responsáveis pelo parque capturaram o animal, com 136 quilogramas, e confirmaram que o sangue nas garras do urso pertencia a Dylan.
Encontro quase fatal com cobra venenosa
Foi há três anos, quando Dylan tinha ainda 17 anos, que se deu o primeiro grande susto, num trilho do Utah. "Estava a descer a montanha quando pontapeie o que pensava ser um cato. Quando olhei para o chão não vi nenhuma planta. Depois, reparei que o cato, afinal, era uma cascavel toda enrolada", disse.
Pensando que apenas tinha uma mordidela seca preferiu não ir ao hospital. "O problema é que havia mesmo um bocado de veneno e fiquei doente alguns dias", contou o jovem que quer ser polícia.
Apesar dos constantes encontros com o perigo, Dylan encoraja todas as pessoas a passarem tempo na natureza. "Eu vou continuar as minhas caminhadas, a encontrar-me com cobras e a nadar no oceano", atira.








www.jn.pt


24
Abr18

Vergonhosa resposta do Provedor do Telespectador da RTP

António Garrochinho
Como muitos outros enviei para o Provedor do Telespectador da RTP, uma nota de desagrado sobre as palavras de Eduardo Rodrigues dos Santos na abertura do Noticiário das 20h da RTP de 18 de Abril.
EIS A RESPOSTA QUE RECEBI:
Exmo Senhor Paulo Oliveira,
Agradeço a sua mensagem. De facto há uma contradição nos termos usados pro José Rodrigues dos Santos. Mas é apenas uma contradição aparente. Questionado, o jornalista fundamentou longamente a frase. Entre outras razões escreveu:
"A expressão usada, "ditador", é de caráter estritamente objetivo e informativo, não servindo para valorar positiva ou negativamente ninguém. Um ditador é objetivamente o líder de uma ditadura. Ou seja, é alguém que não é eleito por consulta popular universal nem responde perante ninguém que tenha sido eleito por consulta popular universal. A sua legitimidade deriva da autoridade que lhe é entregue por um conjunto restrito de pessoas, também nenhuma delas eleita por consulta eleitoral universal."
Os factos são indesmentíveis. E de igual modo se aplicam a múltiplos governantes pelo mundo inteiro.
m/ cumprimentos,
Jorge Wemans
Provedor do telespetador
PERANTE ESTA POSIÇÃO DO SR. PROVEDOR, SEGUIU A MINHA RESPOSTA:
Exmo Senhor Provedor do telespectador da RTP
Muito obrigao pela sua célere resposta. No entanto não concordo com a mesma e continuo a sentir-me ultrajado, agora duplamente, tanto pelos termos utilizados pelo sr. José Rodrigues dos Santos bem como pela sua resposta.
A expressão ditador foi utilizada quando se procedia às eleições para o futuro Presidente de Cuba. Não é objectiva e informativa mas sim provocadora! Aqui não há contradições concretas nem aparentes. Há sim um facto e que é uma mentira, além do mais provocatória.
Cuba tem um sistema político próprio que o seu povo escolheu e há que ter respeito por ele. Cada país tem a sua constituição e o sistema político que escolheu. Pelo que me é dado observar nem o sr. José Rodrigues dos Santos o conhece.
Com a sua resposta sr. Provedor do Telespectador, deu para perceber que José Rodrigues dos Santos é o DITADOR das notícias do Telejornal, apoiado por quem o defende.
Este é um facto indesmentível. Como este isto aplica-se a muitos mídia pelo mundo inteiro.
Mais uma vez lastimo a posição que tomou e a resposta que me enviou.
Paulo Oliveira
24
Abr18

Líder do Pink Floyd Vaza E-mail Expondo como os White Helmets Recrutam Celebridades com Dinheiro Saudita

António Garrochinho


No início desta semana, o Free Thought Project informou que o vocalista do Pink FloydRoger Waters, parou um concerto em Barcelona para alertar a multidão sobre a propaganda pró-guerra que vem de um grupo na Síria conhecido como White Helmets.

Nos dias que se passaram desde que Waters fez várias entrevistas para explicar melhor suas opiniões, a mais interessante delas foi com um grupo chamado Grayzone Project, onde e-mails exclusivos foram apresentados, mostrando conversas entre a equipe de Waters e representantes dos White Helmets.


O primeiro encontro de Waters com os White Helmets foi na verdade muito antes de seu concerto de 13 de abril, em outubro de 2016, quando o bilionário saudita e britânico Hani Farsi o convidou para uma campanha de arrecadação de fundos que ele estava mantendo em nome do grupo "The Syria Campaign".

The Syria Campaign é uma subsidiária da agência de relações públicas de Nova York, Purpose, que afirma ser imparcial na guerra civil síria. Mas, como o site Alternet relatou, eles estão em uma missão para provocar a intervenção ocidental na região e até mesmo pediram abertamente uma zona de exclusão aérea. A The Syria Campaign trabalha em estreita colaboração com os White Helmets e provavelmente tem muitos dos mesmos membros.


No ano passado, a The Syria Campaign pagou aos atores até 600 dólares cada para participarem de um flash mob e uma performance orquestral pró-White Helmet na Grand Central Station de Nova York.

Apesar dos melhores esforços da empresa para reunir uma multidão de pessoas que, pelo menos, fingem ser a favor de sua mensagem, os ativistas anti-guerra ainda apareceram para protestar contra o evento, segurando cartazes que diziam: “Tire a mão da Síria!" "Esta é a propaganda de guerra dos EUA” e “ Nenhuma base dos EUA na Síria."

VÍDEO

Os White Helmets foram fundados na Turquia por um ex-oficial britânico do MI5 chamado James Le Mesurier. O grupo recebeu pelo menos 55 milhões de dólares do governo do Reino Unido e 23 milhões de dólares adicionais do governo dos EUA, ambos com interesses de mudança de regime na região. De acordo com a agência de dados Gov Tribe, o governo dos EUA concedeu pelo menos 339,6 milhões de dólares em ajuda externa a grupos que tentam provocar uma "transição" na Síria.

A “transição” que os White Helmets e grupos afiliados esperam trazer para a Síria está longe de ser pacífica e bem intencionada. Membros do WH foram filmados e fotografados em pé e celebrando com terroristas afiliados à Al-Qaeda após batalhas, ajudando a realizar execuções públicas, e eles foram até mesmo pegos carregando corpos sem cabeça.

A The Syria Campaign tentou encobrir essas atrocidades, descartando evidências em vídeo como “propaganda russa”, uma desculpa familiar que foi repetida por representantes do governo nos EUA e no Reino Unido.

O evento para o qual a Waters foi convidado em 2016 foi oficialmente patrocinado por uma das holdings de Farsi, chamada Corniche Group.

Segundo o site da empresa:

Nos últimos cinquenta anos, a família Farsi tem atuado na Europa e no Oriente Médio no planejamento urbano, no setor imobiliário, no desenvolvimento de propriedades, nas artes e na filantropia. Liderado por Hani Farsi, filho do visionário líder cívico e filantropo Mohammed Said Farsi, é considerado o criador da Arábia Saudita moderna.

O convite que Waters recebeu disse:

Estou escrevendo para convidar você e um convidado para se juntar a Hani em um jantar de arrecadação de fundos que ele receberá na segunda-feira, 21 de novembro, em nome da The Syria Campaign… A Fundação Asfari forneceu os fundos iniciais para a The Syria Campaign e nos uniremos à noite por Sawsan Asfari… O trabalho deles com os White Helmets ajudou esses trabalhadores de resgate a atrair mais de 15 milhões de dólares em financiamento do governo e transformou-os em nomes familiares - perdendo por pouco o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

Waters disse que fez sua pesquisa e desconfiava dos motivos que esses interesses tinham, então ele nunca respondeu e evitou se envolver nesses esforços. Em vez disso, Waters fez sua própria pesquisa sobre o que estava acontecendo na Síria e usou sua plataforma para se manifestar contra a intervenção dos EUA.

Infelizmente, um punhado de outras celebridades morderam a isca e assinaram contrato para apoiar publicamente os White Helmets e a The Syria Campaign. Esses nomes incluem George Clooney, Ben Affleck, Daniel Craig, Justin Timberlake, Aziz Ansari e Zoe Saldana.

Eu fiquei bastante desconfiado depois que fui convidado para aquele jantar [dos White Helmets]. E agora minhas piores suspeitas foram confirmadas”, disse Waters ao Grayzone Project. “Eu encorajaria as celebridades que assinaram endossar os White Helmets a pararem de apoiá-los porque sabemos o que eles são. Eu não os culpo por terem comprado isso. Em face disso, parecia plausível que os White Helmets fossem apenas pessoas boas fazendo coisas boas. Mas agora sabemos que eles estão tentando encorajar o Ocidente a lançar bombas e mísseis ilegalmente na Síria.

Então, na semana passada antes de seu recente concerto, Waters foi abordado novamente por e-mail, desta vez por um fotojornalista francês chamado Pascal Hanrion, que se descreveu como um “militante do White Helmets da Síria”.

O e-mail disse:

Boa tarde, meu nome é Pascal Hanrion, sou jornalista e alpinista. Sou militante dos White Helmets da Síria para denunciar crimes contra a humanidade na Síria, especialmente contra as crianças. No domingo passado fiz um importante acontecimento em Paris, subindo ao topo do museu Georges Pompidou. Estou em Barcelona para fazer o mesmo, em relação a uma rede síria muito poderosa. Por favor, eu poderia encontrar o Roger Water para pedir para me convidar alguns segundos no palco amanhã durante o concerto para enviar uma mensagem com ele para os filhos da Síria 'vocês não estão esquecidos!'

Como eu relatei no início desta semana, Waters não deu a esse homem seu tempo solicitado no palco, mas em vez disso dirigiu-se ao público com uma mensagem de paz e não-intervenção.

Esses e-mails dão uma visão dos bastidores de como as empresas de relações públicas pró-guerra tentam aproveitar o poder da celebridade para promover ideias políticas que essas celebridades geralmente conhecem muito pouco. Estas agências estão dependendo de artistas ocupados ou músicos para levá-los sua palavra no que diz respeito a questões políticas de vida e morte, mas felizmente pelo menos alguns deles parecem estar fazendo sua pesquisa.

Líder do Pink Floyd Interrompe Concerto para Explicar que o Ataque Químico na Síria é uma Falsa Bandeira



Durante um concerto solo em Barcelona, ??o líder do Pink Floyd, Roger Waters, falou sobre o recente atentado contra a Síria. Waters disse que foi abordado por alguém antes do show que queria entrar no palco e falar em nome dos White Helmets sobre os supostos ataques químicos em Douma.

Em vez de trazer o homem anônimo ao palco, Waters se dirigiu à multidão sobre o assunto, dizendo acreditar que os White Helmets são uma organização de propaganda em uma missão para justificar a intervenção do Ocidente na região. Waters disse que acredita que a pessoa que quis fazer uma declaração foi bem-intencionada, mas estava enganada, e depois ofereceu sua opinião para o público.


"Os White Helmets são uma organização falsa que existe apenas para criar propaganda para jihadistas e terroristas", disse Waters. “Essa é minha crença. Nós temos crenças opostas. Se fôssemos ouvir a propaganda dos White Helmets e outros, seríamos encorajados a encorajar nossos governos a começar a jogar bombas nas pessoas na Síria. Isso seria um erro de proporções monumentais para nós como seres humanos”.

O que devemos fazer é convencer nossos governos a não jogar bombas nas pessoas. E certamente não até que tenhamos feito toda a pesquisa necessária para termos uma ideia clara do que realmente está acontecendo. Porque vivemos no mundo onde a propaganda parece ser mais importante do que a realidade do que realmente está acontecendo”, acrescentou.

Os White Helmets são conhecidos por trabalhar com terroristas para alcançar uma mudança de regime na Síria. Os White Helmets também foram pegos encenando vídeos de atrocidades em uma tentativa de atrair as potências ocidentais para a guerra e mais tarde foram forçados a se desculpar.

O grupo também foi atacado em junho passado, quando surgiram vídeos que mostravam membros que ajudavam a eliminar os cadáveres de soldados sírios. Os "trabalhadores humanitários", apoiados pelos EUA, foram vistos celebrando suas mortes enquanto seguravam as cabeças dos mortos.

Tal como está, os White Helmets são fortemente financiados pelos EUA e pelo Reino Unido, assim como muitas outras entidades internacionais. Essa pode ser a razão pela qual eles sempre trabalharam em áreas controladas pelos rebeldes do conflito maior da Síria. Os WH servem como uma ala de propaganda de fato do Ocidente para convencer a opinião pública a apoiar a mudança de regime na Síria.

Como prova, basta olhar para a história de Omran Daqneesh, um garoto sírio supostamente retirado dos escombros de um prédio bombardeado. A imagem de Daqneesh foi transmitida ao redor do mundo e usada como ferramenta de propaganda contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.

A verdade foi revelada mais tarde pelo The Free Thought Project e outros que é altamente provável que a própria oposição tenha destruído o próprio edifício em que Daqneesh estava residindo, então usou sua imagem para promover o mito de que ele foi atacado pelas forças sírias.

De acordo com o The New York Times, Daqneesh contou a história real do que aconteceu imediatamente após o bombardeio. Ele nunca apoiou a oposição e apareceu na mídia estatal síria para proclamar seu apoio a Assad. Ele descreveu como os White Helmets usaram seu filho como uma ferramenta de propaganda sem sua permissão.

Eles pegaram Omran, o levaram para a ambulância, onde o filmaram. Foi contra a minha vontade. Eu ainda estava no andar de cima da casa”, disse Daqneesh, acrescentando que foi pressionado e até lhe ofereceram dinheiro para usar seu filho como peão de propaganda contra o regime de Assad.

Roger Waters, do Pink Floyd, tem sido consistentemente anti-guerra durante toda a sua carreira e não é estranho a controvérsias. Como The Free Thought Project relatou em 2016, Waters fez algumas declarações ousadas sobre os crimes de guerra de Israel em uma entrevista ao The Independent. Ele explicou como os artistas são desencorajados de falar sobre as atrocidades que ocorrem nas mãos dos militares israelenses.

A única resposta ao BDS é que é anti-semita, sei disso porque fui acusado de ser nazista e anti-semita nos últimos 10 anos. Minha indústria tem sido particularmente recalcitrante em levantar uma voz [contra Israel]. Eu e Elvis Costello, Brian Eno, Manic Street Preachers, um ou dois outros, mas não há ninguém nos Estados Unidos onde eu moro. Eu conversei com muitos deles, e eles estão com medo...", disse ele.

Se eles disserem algo em público, não terão mais uma carreira. Eles serão destruídos. Espero encorajar alguns deles a pararem de ter medo e se levantarem e serem considerados porque precisamos deles. Precisamos deles desesperadamente nessa conversa, da mesma forma que precisávamos de músicos para se juntar aos manifestantes no Vietnã”, acrescentou Waters.

Se a propaganda é o que o establishment usa para criar uma cultura de guerra, então arte é o que uma pessoa comum pode usar para criar uma cultura de paz.

Em tempos de opressão, é muito difícil as pessoas se manifestarem contra a tirania constante e, quando o fazem, pode ser ainda mais difícil fazer os outros escutarem. A arte é uma maneira sutil de transmitir a mensagem às massas. Isso é útil porque muitas vezes as pessoas estão tão arraigadas na cultura dominante que se tornarão defensivas quando ficarem frente a frente com fatos que colocam sua visão do mundo em questão. Entretanto, se essas mesmas ideias são apresentadas em forma de arte, as pessoas são muito menos defensivas e estão mais dispostas a abordar a informação com uma mente aberta. A arte também é usada por ativistas que querem enviar uma mensagem, mas ainda permanecem sob o radar.

Se você realmente examinar algumas das maiores obras de arte da história, verá que na maior parte do tempo, o artista foi motivado por algum tipo de causa social. A arte que realmente move as pessoas e deixa uma impressão duradoura raramente é feita com o pensamento de fazer um dinheirinho ou subir a escada social. Na cultura de hoje, esquemas massivos de propaganda e gráficos chamativos são o suficiente para chamar a atenção da maioria das pessoas o tempo suficiente para fazer uma compra, mas você verá que as obras de arte com poder real de permanência normalmente enviam algum tipo de mensagem social.

VÍDEO


www.anovaordemmundial.com

24
Abr18

Síria e as Dores Humanitárias – Um Sermão aos Peixes

António Garrochinho

Manuel Augusto Araujo


síria


Andam no Facebook e nos blogues uns idiotas, alguns julgam-se inteligentes, que se masturbam alegremente vertendo lágrimas pelo pobre povo sírio, cuspindo sobre quem, com um rasto de racionalidade, desmonta as cabalas contra o exército sírio e seus aliados que só tem por único objectivo atrasar as batalhas contra a Al-Qaeda seus heterónimos e uns improváveis rebeldes enquadrados pelos terroristas. Compram as últimas novidades no supermercado da comunicação social estipendiada dos conglomerados gigantes dos medique pertencem ao poder oligopólico dos Murdoch, Times Warner/CNN, Viacom, Disney/ABC, TCI(Tele-Communications, Inc), Sony, Bertelsmann, mais uns regionais como Rede Globo no Brasil, Berlusconi na Itália, Televisa no México, que tecem uma teia universal de interesses cruzados que mesmo quando fingem concorrer entre eles estão a concorrer para que o pensamento único não sofra nem sequer cócegas. A eles se juntam uma girândola de ONG’s que trabalham para a agenda secreta dos EUA, a evidente está nos relatórios de geostratégia, (nem a leram! porra dá trabalho!) semnunca conseguirem perceber que condenar os bombardeamentos, aliás condenar desde o principio esta falsa guerra civil que nunca o foi, não é defender Assad nem sequer dizer que ele não é um ditador. É fazer frente, nessa frente, às guerras directas ou por interpostos protagonistas que o imperialismo promove em todo o mundo para manter o seu poder unilateral. Assad éum ditador só que por aquelas bandas um ditador como Assad até parece um democrata quando comparado com o rei saudita e os emires amigos. Nas versões mais comedidas esticam a língua de pau acusando os que condenam e denunciam a guerra na Síria de se estar colar a Assad a barra de códigos do mal menor. Vertem abundantes lágrimas humanitárias para sorna e desonestamente defenderem a destruição da Síria na fogueira das primaveras árabes com os resultados que estão à vista parano curto prazo, meter a mão nos recursos energéticos e a médio prazo garantirem a continuidade da rapina de uma economia que vampiriza as bolsas, arruína países e, num abrir e fechar de olhos, fabrica milionários, cada vez menos e com maior riqueza concentrada nas suas mãos e empobrece cada vez mais pessoas. É nesse lado, o lado que se colocamO resto são cantigas e os povos que se lixem e sofram. Nos seus transes humanitários já esqueceram as 250 mil crianças mortas e estropiadas no Iraque. Os danos colaterais da Madeleine Allbright quesem uma ruga de compaixão, considera que esse foi um custo necessário e justificadoAgora, fingem-se horrorizados com os dramas violentíssimos do povo e das crianças sírias. Estão e continuarão a estar escondidos de baixo da saia da madama! Haja decência! Alguma água fria nessa indignação de pacotilha. O resultado do apoio do Ocidente aos jihadistas, é bom lembrar que as cenas das primeiras decapitações foram na Bósnia com mercenários vindos principalmente do Afeganistão e aborígenes convertidos a essas práticas, foi o avanço brutal e impetuoso dos terroristas, armados e financiados pelo Ocidente, até à formação do Estado Islâmico. Na prática o que estava a suceder na Síria acabaria por ser muito pior que a resultante das “primaveras árabes”, a Líbia é o exemplo mais exemplar, que dariam um outro impulso aos terroristas e ao terrorismo no mundo. A entrada da Rússia estragou esses planos. Não o fez por amor à Síria, ao povo sírio. Fê-lo, entre outras razões, porque na Federação Russa há várias repúblicas onde os muçulmanos são maioritários. Repúblicas que forneceram e fornecem bastante mão de obra ao Estado Islâmico à Al-Qaeda, eram um perigo crescente dentro da Federação Russa e nas suas fronteiras. Na Ucrânia estão dois batalhões do Estado Islâmico que combatem ao lado dos grupos armados neo-nazis contra os separatistas ucranianos. Isso explica parcialmente a entrada da Federação Russa, tem essas potenciais bombas dentro do seu território que nem precisam de ser catalisadas pelo esforço que a Arábia Saudita começou a fazer durante a Guerra Fria na Europa implantando mesquitas para radicalizar os árabes com o resultado que se vê à vista desarmada. Outra das razões é a ameaça às bases militares russas que dão acesso ao Mediterrâneo que, conjuntamente com as da Crimeia, são as únicas bases navais em águas temperadas. São também as únicas bases militares da Federação Russa fora do seu território contra as 50 da NATO nas suas fronteiras.
questão nuclear da guerra imposta à Síria está na geoestratégia dos EUA que tentam manter um mundo unipolar e por isso cercam a Rússia e a China. A Síria, para mal dos sírios e, pelo andar dos acontecimentos, para bem de Assad que já beneficiava de ter uma oposição medíocre internamente corroída por fortes dissensões, por mais que as potências ocidentais tentem colar aqueles cacos não o conseguem como se tem assistido nas conferências que se têm realizado sob a égide da ONU nada garante que sejam melhores que Assad. Estar contra a agressão na Síria, não é estar a favor de Assad, mas é estar contra o que se continua a assistir no norte de África e noutros países do Médio Oriente com a implantação de estados falhados que passaram para segundo plano na máquina de propaganda que são os media ocidentaisConvém não esquecer a volatilidade do Ocidente na classificação dos ditadores. Saddam Hussein e Muhamar Khadaffi passaram de ditadores amigos para ditadores inimigos quando um começou a tentar vender petróleo em euros e o outro, mais ambicioso e com mais meios, estava a tentar instituir o dinar-ouro para vender o seu petróleo e tornar essa moeda a moeda padrão das transacções comerciais no continente africano.
Iraque
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Pormenores, questões sem importância para essa gente, mas já agora vejam a nova partilha dos campos de petróleo no Iraque e a que está em marcha na Líbia. É esclarecedor para os que julgam que as razões económicas são secundárias e o traçado dos pipelines uma redundância. Georges Bush não teve papas na língua ao afirmar, em 1992 no Rio de Janeiro, porque os EUA se recusavam a assinar a Convenção da Biodiversidade “é importante proteger os nossos direitos, os direitos dos nossos negócios”. São os negócios que continuam na linha da frente na Síria e no Iemen, onde o desastre humanitário é muitíssimo maior, mas não comove a banda que por aqui vociferaembora seja estranho ou então explica porque existe nuns casos tanta comoção e noutros omissão e um atroador silêncio. São tudo peças no baralho da unipolaridade que está ameaçada e quer dar sinais de força. Há uns tantos mais imaginativos que sobrevalorizam a questão religiosa, sunitas e xiitas, secundária e instrumental.
A realidade é muito mais complexa e nada pior que uma potência em decadência económica seja a mais poderosa militarmente. São várias as ameaças ao estado actual em que os EUA são dominantes, em que é vital sustentar a qualquer preço o dólar, obrigar os países a financiar o seu gigantesco imparável e impagável défice. Os BRICS e o Novo Banco de Desenvolvimento são uma séria advertência apesar das grandes diferenças entre eles. Está atento o Big Brother, as golpadas no Brasil procura enfraquecê-los. Outros lances têm efeitos mais devastadores a médio e longo prazo. mais recente e maior, com efeitos imediatos mas que se anunciam devastadores a médio e longo prazo, foi a abertura da Bolsa de Internacional Energia em Xangai, em que se negoceia petróleo em yuans convertíveis em ouro, que logo na sua primeira sessão, em finais de março, ultrapassou as vendas de petróleo nos outros mercados. Isso coloca em causa os petrodólares directamente nos mercados do petróleo e o dólar como principal moeda nas trocas internacionais, como foi negociado por Nixon com a Arábia Saudita, que é quem comanda a OPEP, quando desindexou o dólar do ouro, Aqui volta-se a Síria que é um ponto fulcral na Rota da Seda que a China está a arraigar. Já o era na Rota da Seda original. Esse o pano de fundo dessas guerras e da guerra na Síria. O verdadeiro crime da Síria é a sua independência em relação aos EUA, seus aliados da NATO e a Israel. Num mundo que os EUA querem, com o apoio dos seus aliados, dominar o que lhes é intolerável é que um país, independentemente da sua dimensão, poder económico, político ou militar, se manifeste soberano e autónomo, não se vergue aos seus ditakts. Na Síria com ou sem Assad, com Assad ditador ou com um Assad democrata, o que é indiferente, a questão central é se qualquer um dos dois, por estratégias que até podem ser completamente diferentes, segue ou não uma política que escape à influência dos EUA. Ditadores como Saddam Hussein ou Muhamar Khadafi, democratas como Jacobo Arbenz ou Salvador Allende, quando tentaram escapar a essa órbita foram liminarmente eliminados. O cinismo e a hipocrisia é a dura realidade, invocar a democracia em relação à Síria é mero pretexto vazio de substância. Razão tinha e tem o Orwell quando escreveu “para sermos corrompidos pelo totalitarismo, não temos que viver num país totalitário”. Os posts e os comentários que se colam no FB e em blogues atacando o regime sírio avalizam Orwell. Andar aos balanços sem perceber isso é ser um idiota útil, por mais camadas de humanitarismos com que se besuntem e verdades, meias-verdades e mentiras que centrifuguem. São as vitimas consentidas por vontade própria do que Harold Pinter denunciou ao receber o Prémio Nobel da Literatura em 2005, “existe uma manipulação do poder à escala mundial, se bem que mascarando-se como uma força para o bem universal, um esperto, mesmo brilhante, acto de hipnose altamente conseguido”São parte inteira dessa manipulação. É o que contumazmente tem acontecido em dezenas de anos em que se praticam acções, como as que se estão a assistir. Os resultados são trágicos com milhões de vitimas inocentes. Como dizia um personagem do filme de João César Monteiro Le Bassin de John Wayne “hoje, os novos fascistas apresentam-se como democratas”Para essa gente este texto é um Sermão aos Peixes, uma inutilidade nesse areópago de personagens Monty Python. em que os terroristas quando passam a fronteira da Síria transformam-se magicamente em rebeldes, em que há muçulmanos maus mas os fanáticos sauditas são sempre bons. Fanáticos do Isis eram maus ou bons até fugirem ao controle e serem todos maus. A Rússia é sempre má. A China está a seguir o caminho de também o ser. Mais uma vez recomenda-se a leitura do último documento de geoestratégia dos EUA. Os terroristas já não são o inimigo principal, o inimigo principal são a Rússia e a China. As denúncias, pouco fundamentadas ou nada fundamentadas, dos ataques químicos na Inglaterra e na Síria ficam transparentemente explicados. Os princípios da Rainha de Copas na Alice no País das Maravilhas “Condene-se primeiro, investigue-se a seguir” são a sua arma de arremesso que dispara sem contemplações sobre qualquer investigação que seja razoavelmente independenteA farsa das propostas de investigação que Nikky Haley fez e continuará a fazer no Conselho de Segurança da ONU seguem essa máximaRecorde-se Hillary Clinton e o telegrama que enviou a várias embaixadas em que, depois de referir que a Arábia Saudita era um valioso e imprescindível aliado, sublinhava que “a Arábia Saudita continua a ser um apoio financeiro crítico para a Al- Nustra, os talibans, a Al-Qaeda”. Os saudosos e quase esquecidos talibans também já foram bons, eram os combatentes pela liberdade no Afeganistão nos tempos de Reagan. As armas químicas também já foram boas quando países da NATO as forneceram a Saddam Hussein quando este estava em guerra com o Irão. Era um bom ditador como hoje são os sauditas e os emires dos países do Golfo. É de lembrar que a tortura nem sempre é má, se for praticada em Guantanamo já é legítima. 
Um mundo às avessas em que não se pode andar como o bando de cegos de Brueghel, o Velho, empunhando as bandeiras esburacadas de um humanitarismo fatela.
brueghel

pracadobocage.wordpress.com

24
Abr18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho







UMA VERGONHA COLADA A INTERESSES PARTIDÁRIOS RETIRANDO O CONTEÚDO LIBERTÁRIO DO 25 DE ABRIL.

A "NOITE VERMELHA" NA MINHA FREGUESIA NÃO É MAIS QUE UMA MANOBRA CAMALEÓNICA TIPO ALARANJADO PARA QUEBRAR OS ELOS QUE UNEM O POVO, O POVO QUE ABRAÇOU E FESTEJA ABRIL.

CRAVO VERMELHO AO PEITO A MUITOS FICA BEM, SOBRETUDO FAZ JEITO A CERTOS FILHOS DA MÃE (José Barata Moura)

NÃO SE COMEMORA O 25 DE ABRIL À MARGEM DA MAIORIA, A QUE SOFREU AS AGRURAS, A TORTURA A GUERRA, A MORTE, À MARGEM DA DATA HISTÓRICA QUE LIBERTOU PORTUGAL DO FASCISMO, À MARGEM DA REALIDADE DOS CAPITÃES DE ABRIL E DA LUTA DO POVO PROMOVENDO FESTEJOS DESPIDOS DE UNIDADE E DE CONTEÚDO DEMOCRÁTICO CONQUISTADO À DITADURA FASCISTA.

MESMO DESCARACTERIZANDO ESTA DATA HERÓICA OS LACAIOS DA DIREITA NÃO APAGARÃO O 25 DE ABRIL.

NO ALGARVE TERRITÓRIO NACIONAL ÍNTEGRO ONDE A NOSSA IDENTIDADE COM OS SEUS USOS E COSTUMES É UM TODO AINDA EXISTEM OS QUE A TENTAM DESTRUIR.

NO SÉCULO XXI, REPITO, NO SÉCULO XXI, AINDA
EXISTEM PESSOAS QUE ALIMENTAM IDEIAS SEPARATISTAS QUANDO O QUE MAIS URGE É UNIR OS CIDADÃOS PARA QUE A VIDA SEJA AGRADÁVEL, POSITIVA PARA TODOS E NÃO PARA MEIA DÚZIA DE CARNEIRISTAS QUE NÃO CONSEGUEM DISSIMULAR AS SUAS TENDÊNCIAS CONSERVADORAS E O SEU ÓDIO À LIBERDADE NUM PORTUGAL QUE SOFREU 50 ANOS DE DITADURA E QUE CONTINUA HOJE A BRAÇOS COM A CORRUPÇÃO E A MÁ GOVERNAÇÃO POR PARTE DE PARTIDOS QUE NOS AMARGURAM A VIDA HÁ DÉCADAS.

LEMBRAM-SE DO "MIA" O MOVIMENTO INDEPENDENTISTA DO ALGARVE ?
DA " FLAC" NOS AÇORES PRÓ AMERICANA, DOS CACETEIROS TERRORISTAS DO ALBERTO JOÃO JARDIM NA MADEIRA ?

QUE TÊM EM COMUM ESTAS PERSONAGENS ?
SÃO FASCISTAS, GENTE EGOCÊNTRICA QUE NUNCA SE PREOCUPARAM COM A O CIDADÃO(Ã) FORMANDO MOVIMENTOS DE DESESTABILIZAÇÃO QUE LHES PERMITISSEM GOVERNAR COM O CHICOTE E REMETER AS GENTES PARA A IGNORÂNCIA E ALIENAÇÃO.

ONDE ANDAM ELES ?
ESSAS PARDAS FIGURAS ?
A MAIOR PARTE NO CDS, NO PSD E OUTROS ANDAM BABADOS DE NOSTALGIA MONARCA IMAGINANDO MINISTROS A CAVALO TOUREANDO O ZÉ POVINHO.

SEPARATISTAS NÃO ! BAIRRISMOS BACOCOS NÃO !

AS DEIAS FASCISTAS ANDAM POR AÍ A PLORIFERAR, IDEIAS COLADAS A SECTORES FASCIZANTES, LAMBENDO O CU A SECTORES PARTIDÁRIOS QUE SÃO CULPADOS NA RUÍNA DOS POVOS E DAS GENTES SEJAM DO ALGARVE OU DO MINHO.

ANDAM POR AÍ PERSONAGENS SEM PERSONALIDADE, SEM DIGNIDADE, SEM IDENTIDADE, NA MIRA ILUSÓRIA DE PROMOVEREM AS SUAS IDEOLOGIAS NÃO LEVANDO EM CONTA A CULTURA AUTOCTÓNE ,NÃO A RESPEITANDO E LOGO ENVEREDANDO PELA PIMBALHICE NO SENTIDO DE DETURPAR, BANALIZAR TUDO, AS TRADIÇÕES, E ATÉ O 25 DE ABRIL COM "NOITES VERMELHAS" DESPIDAS DO SENTIDO HISTÓRICO, DO CALOR HUMANO, DA SOLIDARIEDADE, DA LIBERDADE E DA PRÓPRIA REALIDADE.

TÉ LOGUE QUEJÁ VENHE !



24
Abr18

Infraestruturas de Portugal anuncia obras urgentes nas estradas nacionais 124, 125 e 396

António Garrochinho



A Infraestruturas de Portugal (IP) vai proceder a “obras de emergência” nas estradas nacionais 124, 125 e 396, no sentido de repor as condições de circulação e segurança rodoviárias até ao verão, anunciou hoje a empresa.
Os trabalhos de repavimentação e marcação horizontal vão abranger uma extensão de 38 quilómetros da EN125, entre os concelhos de Olhão e de Vila Real de Santo António, cerca de 10 quilómetros da EN124, entre o Porto de Lagos (Portimão) e o concelho de Silves, e na EN396, junto ao Nó com a A22, no concelho de Loulé.
De acordo com a empresa responsável pela gestão daquelas rodovias, o procedimento foi desencadeado com caráter de urgência, o que “permitirá que as obras possam ter início na segunda quinzena de maio e que estejam concluídas antes do período do verão”.
Com um prazo de execução de 45 dias, os trabalhos de beneficiação das estradas nacionais 124, 125 e 396, constituem “importantes melhorias das condições de conforto e segurança para as populações da região, bem como dos milhares de turistas que procuram o Algarve para gozo das suas férias”, reconheceu a IP, em comunicado.
As empreitadas, orçadas em cerca de um milhão de euros, “consistem na reparação das patologias identificadas, ao nível do pavimento, que envolvem a fresagem e repavimentação, o alteamento das bermas e a marcação horizontal da via”.
Segundo a IP, será também lançada no mês de maio a empreitada de reabilitação e reforço estrutural da ponte sobre o rio Almargem, na EN125.
Esta obra, com um prazo de execução de 180 dias, envolve o reforço estrutural, a reabilitação e repavimentação do tabuleiro e acessos, a reparação dos passeios, do sistema de drenagem e das juntas de dilatação, a colocação de guardas de segurança e a pintura integral da ponte.
“Os trabalhos (…) vão ser realizados em duas fases, por forma a assegurar a circulação rodoviária”, indicou a IP.
Para a concessionária das estradas, as intervenções permitirão repor as condições de segurança e circulação nas vias, “mitigando as atuais carências existentes ao nível da mobilidade”.


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