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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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25
Abr18

A justa evocação de Abel Salazar neste 25 de abril

António Garrochinho



As comemorações do 25 de abril também servem para evocar a abissal diferença entre o antes e o depois dessa data. Porque mesmo não tendo sido o jackpot então esperado a nível das expetativas criadas por quanto tudo mudaria na paz, no pão, na saúde, na educação, ficámo-nos por uma terminação, que nos alimenta, sobretudo, a ideia de lá vir o dia em que o objetivo primeiro é cumprido.
O que havia antes desse dia inicial inteiro e limpo só alguns senis idolatram apoiados nuns jovens estarolas, que, por o serem, não deixam de ser perigosos o bastante para merecerem o tratamento das ervas daninhas. A uns e a outros deveria impor-se o suplício por que passou o Alex da «Laranja Mecânica», sendo obrigados a ver horas a fio o episódio de «Visita Guiada» em que Paula Moura Pinheiro apresenta a Casa-Museu Abel Salazar. O episódio foi transmitido na passada segunda-feira e dá conta do brilhantismo incomparável de um homem de exceção a quem o seu oposto homónimo destratou de forma ignóbil.
Em breves palavras Abel Salazar foi um aluno brilhantíssimo, que concluiu o curso de Medicina com nota máxima, chegando a catedrático aos 26 anos. Investigador de exceção adivinhou nos microscópios de então  as descobertas celulares, que só os mais modernos, os eletrónicos, viriam  a confirmar.
Foi ele quem tornou a Faculdade de Medicina do Porto uma entidade universitária de referência a nível internacional, não só pela qualidade dos laboratórios, que fez montar, mas, sobretudo pela relevância científica dos trabalhos ali concluídos e reportados. Igualmente como professor inovou com a implementação de práticas - os alunos convidados a, eles próprios, prepararem as aulas e locionarem-nas aos colegas - só generalizadas décadas mais tarde.
Foi por tudo isso que, em 1935, o regime o expulsou do ensino e proibiu-lhe a entrada no laboratório, que funcionara até então como uma segunda casa. Pior ainda, priva-o do passaporte, impedindo-o de manter o contacto regular com tantos amigos que fizera em fóruns científicos por toda a Europa e lhe tinham merecido o convite para integrar o comité de seleção do Prémio Nobel.
Nos onze anos, que se seguiriam até à sua morte, ele nunca deixou de estar presente nas grandes manifestações cívicas contra a ditadura, ao mesmo tempo que mantinha atividade plural nas artes e nas letras, sendo presença constante em tertúlias de intelectuais portuenses.
Quando o cancro o levou em 29 de dezembro de 1946 o regime temeu a dimensão do funeral (foto ao lado), que o acompanharia de Lisboa até ao Porto, prendendo o cadáver de forma a impedi-lo de ser homenageado em Coimbra e antecipando o sepultamento no Cemitério Prado do Repouso, sem permitir o velório público preparado para a Associação dos Jornalistas da cidade invicta.
Comportando-se dessa forma para com um  opositor, que era o seu exato contrário - se Abel era inteligente, talentoso e visionário, o António de Santa Comba Dão excedia-se em mesquinhez, mediocridade e vistas curtas - o regime demonstrava a sua essência indubitável.
Para os portugueses, que sofreram com os seus crimes, o salazarismo fascista foi uma catástrofe, que explica em boa parte o nosso ainda persistente subdesenvolvimento...


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25
Abr18

JOGO DA COPA DA ÁFRICA DO SUL TERMINA EM PANCADARIA - VÍDEOS

António Garrochinho




Uma das partidas das semifinais da Copa de Futebol da África do Sul, disputada em 21 de abril, terminou com ações de violência descontrolada quando vários torcedores invadiram o campo do estádio Moses Mabhida, na cidade de Durban. Depois do apito final, torcedores do Kaizer Chiefs, enfurecidos pela derrota de sua equipe ante o Free State Stars por dois a zero, começaram a jogar qualquer objeto que tinham à mão e incendiaram partes do estádio.




Nos vídeos gravados pelas testemunhas podemos ver como os presente descontrolados provocam destroços no estádio e atacam aos guardas de segurança. De acordo com a imprensa local, uma policial ficou gravemente ferida após ser atacada por um grupo de torcedores. Informam também de vários outros feridos durante o episódio de violência.



A rede cadeia de televisão SuperSport, que transmitia o jogo, reportou que suas câmeras e outros equipamentos sofreram danos avaliados em dois milhões de rands (uns 570 mil reais), e que alguns aparelhos foram roubados. Estima-se também um dano adicional de três milhões de rands (840 mil reais) ao equipamento de áudio.




Apenas duas pessoas foram presas depois dos distúrbios e nesta segunda-feira compareceram ante um tribunal de Durban.

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25
Abr18

OS ICÓNICOS PENTEADOS DOS ANOS 60

António Garrochinho


Se regressarmos aos tempos de antanho nos daríamos conta que tanto a forma de vestir, como de maquiar e sobretudo o de pentear eram muito mais requintados, assoberbados e inclusive extravagantes que os atuais. Por exemplo, nos anos 60, as mulheres desejavam ser como Brigitte Bardot, Priscilla Presley ou Dolly Parton, motivo pelo qual utilizavam diferentes técnicas e produtos para destacar suas melenas com estrambóticos penteados.

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As mulheres pareciam ter mais cabelo do que cabeça nos icônicos penteados dos anos 60 01
Mas mesmo que estas 3 estrelas tenham marcado época, não foi ideia delas a criação deste penteado volumoso. A origem do cabelo-capacete remonta as perucas vitorianas dos séculos 17 e 18, que eram usadas pelos aristocratas, sobretudo os homens, como símbolo de riqueza e poder. Quanto maior era, mais poder tinha a pessoa.

Em um salto para a década de 1960 vamos encontrar Jackie Kennedy (depois Onassis) que marcou tendência, fazendo que o cabelo volumosos fosse glamoroso. Em seguida foi copiada por todas as mulheres do país.

E assim apareceu o penteado com o alto volume em cima da cabeça. Esse volume de chamar a atenção era tão difícil que a maioria das mulheres daquela época deviam ir ao cabeleireiro para fazer um aplique.

Evidentemente, que assim como a chapinha, não era um penteado que resistisse a uma chuva e ainda que este volume no coque da cabeça preconize a forma de um capacete, também não era muito boa ideia dar uma volta com as melenas ao vento.
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NUMA LIXEIRA ELECTRÓNICA HÁ MAIS OURO QUE NUMA MINA

António Garrochinho
O lixo eletrônico é uma das cadeias de detritos que mais rapidamente cresce e que ameaça em se transformar em um problema global de proporções impossíveis de manejar, advertiu um estudo conjunto das universidades Tsinghua, na China e Macquarie, Austrália. Sua recomendação: reciclar. A extração e purificação de metais preciosos, conhecido como mineração urbana, tem custos comparáveis aos da mineração virgem, mas com menos dano para o meio ambiente.

O ouro, por exemplo: Em uma tonelada de telefones celulares costuma ter umas 350 gramas de ouro. Isso é 80 vezes mais que a concentração que se encontra nas minas de ouro, explicou Federico Magalini, gerente da empresa britânica de desenvolvimentosustentável Sofies.
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- "É bem mais eficiente extrair ouro do lixo eletrônico, está bem mais concentrado", disse. Ademais, a reciclagem do lixo eletrônico permitiria obter cobre, prata, ouro e outros metais utilizados nos dispositivos ao mesmo custo que a mineração, e a menor custo forem considerados os subsídios.
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No entanto, a reciclagem do lixo eletrônico choca com um obstáculo: a reticência das pessoas a reciclar. Por razões afetivas, muitas vezes guardam telefones velhos, computadores que não funcionam, câmeras que ninguém usa.
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Cabem em pouco espaço e logo esquecem, e assim um antigo televisor de tubo de raios catódicos jogado em algum canto escuro da casa oculta 400 gramas de cobre, mais de 500 gramas de alumínio e meia grama de ouro.
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- "As pessoas deviam pensar mais em quantos aparelhos tem em a casa. A quantidade é de aproximadamente 80 dispositivos por família", disse Magalini.
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Ainda que a maioria dos consumidores fica assustada com este número, o especialista lembra que eles contam desde os painéis solares até s escovas de dentes elétricas.
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E mesmo que não funcionem mais, muitos continuam conservando o traste em casa e impedindo que os recursos naturais regressem ao ciclo econômico.
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A maioria do lixo eletrônico é composta por metais: ferro, cobre, alumínio; em proporções menores cobre, prata, ouro, paládio, irídio e metais raros.
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Diferentes do plástico, que compõe também uma parte importante dos resíduos gerados pelos dispositivos, os metais têm valor e podem ser reciclados uma e outra vez porque suas propriedades se mantêm idênticas.
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Quando, por exemplo, se recicla um notebook, os diferentes componentes são derivados a diferentes processos com fim de separar os metais ou o plástico para algo novo. Em geral chegar ao material original é um caminho de duas ou três sequências apenas:
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- "Quando se trata de ferro e cobre, vão a uma fundição para que sejam derretidos novamente. Os circuitos vão a áreas mais complexas para a recuperação do ouro e da platina."
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O hardware da tecnologia das comunicações gerou uma indústria de reciclagem que a sua vez é altamente tecnológica.
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Há engenheiros que desenham os processo de reciclagem. Ao mesmo tempo, criam novos produtos a cada ano e esses produtos se transformam em refugos.
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A análise das universidades citadas no início deste artigo estudou os dados de oito empresas que reciclam cobre e ouro de televisores na China.
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Depois de calcular os custos de coleta de resíduos, incluída a mão de obra, a energia, o transporte e os custos do capital para equipamento e instalações, concluíram que são equivalentes aos da extração original desses metais.
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Mas com uma diferença a seu favor: os governos oferecem benefícios fiscais a essas práticas, além de quê é um benefício para o próprio planeta.
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Fonte: Verge.
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25
Abr18

ROTEIRO COMPLETO POR "PERITO MORENO EM "EL CALAFATE", ARGENTINA

António Garrochinho

Geleiras, picos de neve eterna, icebergs, nada disso se via da janela. Enquanto o avião se preparava para pousar no aeroporto de El Calafate, o que se apresentava era uma terra árida, desértica, plana e seca. Estava mais para o Atacama do que para a minha ideia de Patagônia. Se eu tivesse me dado o trabalho de pesquisar sobre a estepe patagônica antes de sair de casa, saberia que boa parte dessa região é tomada por extensos tapetes vegetais e arbustos baixinhos de tons amarelados e escuros. Mas que graça há em saber tudo de antemão? O que eu gostaria de ter sabido é que, apesar das temperaturas que oscilavam de 1°C a 10°C em março, e que estava nos meus planos caminhar sobre o gelo, eu não passaria frio em nenhum momento.



ROTEIRO COMPLETO POR "PERITO MORENO" EM EL CALAFATE, ARGENTINA - OLHANDO DA JANELA DO TREM
Geleiras, picos de neve eterna, icebergs, nada disso se via da janela. Enquanto o avião se preparava para pousar no aeroporto de El Calafate, o que se apresentava era uma terra árida, desértica, plana e seca. Estava mais para o Atacama do que para a minha ideia de Patagônia.
Se eu tivesse me dado o trabalho de pesquisar sobre a estepe patagônica antes de sair de casa, saberia que boa parte dessa região é tomada por extensos tapetes vegetais e arbustos baixinhos de tons amarelados e escuros. Mas que graça há em saber tudo de antemão? O que eu gostaria de ter sabido é que, apesar das temperaturas que oscilavam de 1°C a 10°C em março, e que estava nos meus planos caminhar sobre o gelo, eu não passaria frio em nenhum momento.
Se, na foto, o Perito é magnífico imagina viver esta experiência - © iStock
E passar trabalho com temperaturas extremas, seja frio, seja calor, é coisa que azeda qualquer viagem. O clima seco é uma das razões e a outra, claro, foi estar com a roupa adequada.
El Calafate é uma cidade de 22 mil habitantes que tem todos os olhares voltados para a sua avenida principal, a Libertador San Martín. Para qualquer direção que se olhe, você encontra restaurantes, lojas de recuerdos, de equipamentos para esportes de aventura, de geleias, alguma cervejaria artesanal, cassino, bar de gelo e até um museu de brinquedos. Ao perambular, fica impossível passar indiferente aos muitos cachorros de rua.
Seres humanos fazendo as vezes de formigas no fantástico mundo azul e branco do Perito Moreno -© iStock
Alguns são roliços, lanudos e, num primeiro momento, podem ser confundidos com uma ovelha; outros têm quase a altura de um pônei. Andar pela rua com uma sacola de comida, como eu fiz, é garantia de ser seguido por um quatro patas com olhar pidão.
Mas, se eu fosse aquele perro, teria ido atrás de mim também, porque o conteúdo da minha quentinha era fenomenal. Nesse primeiro dia, fui jantar no Isabel Cocina al Disco, na Calle Gobernador Moyano, a mesma rua do hotel onde eu estava, o Los Álamos. Os pratos são preparados em um disco de arado e a carne vem se desmanchando (custou 70 reais e dava para dois). (© iStock)
PERITO EM EMBASBACAR
No dia seguinte à chegada a El Calafate, um transfer passou às 8 da manhã no hotel e seguiu para a atração carro-chefe desse pedaço, a Geleira Perito Moreno (há também ônibus da Taqsa que sai da rodoviária às 8h30 e retorna às 14h30, por 92 reais). Até a entrada do Parque Nacional Los Glaciares são 70 quilômetros por uma estrada reta, magnífica, deserta, coberta pela tal estepe patagônica e ladeada pelo imenso Lago Argentino. Como é que geleiras poderiam vingar em uma paisagem assim continuava a ser um enigma.
As formas surreais e o azul eletrizante dos icebergs que se desprendem da Upsala - © iStock
Ao longo do caminho surgiram lebres que pareciam querer disputar corrida com o carro. Mas algo no senso de direção das bichinhas parece não funcionar bem e algumas simplesmente se jogam no meio da estrada e o desfecho é trágico. E nessa hora entra em cena o carancho, um carcará muito do oportunista que fica pousado em moirões na beira da rodovia só esperando a lebre virar foiegras.
Chegando ao parque nacional, paguei os 500 pesos da entrada (o equivalente a 100 reais) e seguimos por 10 quilômetros até chegar a um amplo estacionamento. Ali pegamos uma van, que nos deixou na entrada das passarelas. Uma chuva fina insistia sobre a gente, mas que perdeu a importância a partir do momento em que à frente se descortinava um continente branco e azul.
As cabanas no meio do nada da Estancia Cristina - © Divulgação
Um painel mostra que existem cinco circuitos de passarelas que totalizam quase 4 quilômetros. Você pode descer por rampas que são aptas para cadeirantes, em linha reta por escadarias ou de elevador.
Fui descendo o circuito inferior de passarelas até ficar de frente para a zona de ruptura, a parte em que o paredão de gelo faz fronteira com o canal do Lago Argentino, formando uma comissão de frente de 6 quilômetros de geleira. De vez em quando era possível ouvir um trincar seguido por um estampido seco, como se fosse um tiro de canhão.
Eram blocos de gelo que desprendiam e despencavam de uma altura de 70 metros nas águas turquesa do lago. E como se inda desse para melhorar, a chuva parou e um facho de sol passou a iluminar o extremo direito da geleira. E veio vindo, veio vindo, como uma cortina que se abre e revela um palco iluminado.
Perito Moreno Glacier, Calafate, Argentina - © iStock
QUANTO TEMPO?
Há quem passe uma única noite na cidade apenas para ver o Perito Moreno. Mas o ideal são no mínimo duas para incluir também a Geleira Upsala, que pode ser visitada no passeio à Estancia Cristina ou no tour chamado Ríos de Hielo, que também passa pela Geleira Spegazzini (não inclui o Perito Moreno). Outra opção seria fazer um passeio de caiaque pelos icebergs da Upsala. Com um dia a mais, você pode incluir o passeio chamado Balcón de El Calafate a bordo de um 4×4, que reserva panorâmicas lindas da cidade, e, na volta, é possível dar um pulo no Glaciarium, um centro interpretativo das geleiras, com direito a um bar de gelo. Se você gosta de caminhadas, inclua no seu roteiro El Chaltén, o paraíso do trekking que fica a duas horas de El Calafate – considere aí duas noites a mais ou mesmo uma semana.
Um upgrade nessa experiência é o Minitrekking sobre o Perito Moreno que é operado pela Hielo y Aventura. O porto de onde sai o passeio fica dentro do parque nacional, a 7 quilômetros das passarelas. Pegamos um barco até a outra margem do Lago Rico e lá fomos divididos em grupos menores. Pegamos uma trilha e logo estávamos vendo a geleira ao nível do chão, em uma prainha. E foi ali que a explicação do nosso guia fez sentido para entender todo aquele gelo em um lugar tão árido.
O fenômeno tem início a uns 70 quilômetros na direção do fundo da geleira, na chamada zona de acumulação, em que a precipitação em forma de neve é constante. A neve vai sendo compactada pelo próprio peso e depois de uns 15 anos de compressão ela se transforma em gelo glaciar. Chega a um ponto em que as geleiras transbordam, começam a deslizar e contam ainda com o empurrãozinho de um rio que corre por debaixo. É um ciclo dinâmico e incessante, razão pela qual não se trata de uma geleira milenar.
Depois dessa breve aula, andamos um pouco mais e paramos em um abrigo de madeira para amarrar às botas os grampones, um acessório que aumenta o atrito nas passadas. Dali em diante, cada grupo foi pegando uma direção e a cena de pessoinhas subindo ao longe em fila indiana sobre aquele mundo branco foi das coisas mais lindas. O percurso é um sobe e desce passando por corredores, fendas, sumidouros.
Partes da geleira são de um azul de difícil definição e que atingem essa tonalidade porque o gelo é compacto, sem bolhas de ar e, segundo explicou o guia, a luz branca que penetra não absorve por completo a cor azul, que bate no fundo da geleira e volta plena, irradiante, irreal. Foi um passeio que exigiu esforço mínimo e a recompensa foi máxima.
Só existe uma coisa ruim no Minitrekking, que durou coisa de cinco horas: o preço. Custa o equivalente a 660 reais (com traslado, que acaba valendo a pena), mais os 100 reais de entrada no parque nacional. É fundamental fazer? É uma experiência e tanto, mas, se o bolso não permitir, não faça e vá embora tranquilo: as passarelas entregam o ouro.
ODE AO CORDEIRO
Dos pratos típicos, o cordeiro patagônico se destaca. As peças costumam ser assadas em um braseiro no chão, com o espeto em formato de cruz pousado na vertical. Quem assistir no Netflix ao episódio sobre o cozinheiro argentino Francis Mallmann, na série Chef ‘s Table, poderá ver como se faz isso ao ar livre. Em El Calafate, você pode escolher entre casas mais formais como o Casimiro Bigua e até o simplérrimo Estilo Campo, de uma família de chineses que cobra um fixo para comer cordeiro e parrilla à vontade. As empanadas também podem ser encontradas em diversas portinhas a coisa de 6 reais a unidade.
UM AZUL INVENTADO
No dia seguinte, peguei a mesma estrada como se voltasse ao Perito Moreno, mas, quando chegamos a uma bifurcação, dobramos à direita e seguimos até o Puerto Punta Banderas. O destino do dia era a Estancia Cristina, tour que sai às 8h30 e retorna por volta das 7 da noite (passeio, almoço, entrada do parque nacional e traslado desde El Calafate saem por 730 reais). Zarpamos em um barco confortável e nossa primeira parada, três horas depois, foi próximo à Geleira Upsala.
Não tivemos a visão massiva do conjunto como foi o caso do Perito Moreno, mas, quando o barco alcançou um canal relativamente estreito, começamos a enxergar icebergs. Quanto mais avançávamos, mais eles surgiam, e a turma foi tomada por um frenesi. O afã é justificável: os icebergs são de um azul eletrizante e ficam ainda mais radiantes com a incidência do sol (se estiver chovendo e ventoso, a experiência toda pode ser frustrante).
Seguimos pelo Lago Argentino até a Estancia Cristina e ao pisar em terra vem a certeza de que estamos em um dos lugares mais longínquos do planeta. A família Masters, da Inglaterra, se fixou na área, que ocupa o equivalente a 30 campos do Maracanã, em 1912. A motivação era criar ovelhas. Andamos por um descampado por 20 minutos até chegar ao restaurante. O aconchego e o conforto impressionam, ainda mais levando em conta quão isolados estávamos. O menu de três pratos é correto e nada mais. Os Masters tiveram filhos, mas não netos, o que encurtou a saga familiar. A Estancia Cristina hoje tem 20 quartos muito confortáveis distribuídos em cinco cabanas pelo vastíssimo terreno.
A experiência Robson Crusoé de pernoitar deve ser bem mais interessante do que passar o dia. Quem fica tem acesso a trilhas e passeios mais extensos. Os guias da estância são muito gentis, incrivelmente versados na história dos Masters, mas essa qualificação toda faz o lugar perder um pouco a espontaneidade. A visita histórica pela propriedade vira praticamente uma versão patagônica de O Tempo e o Vento e se estende por eterna hora e meia com o guia contando minúcias que esquecíamos um segundo depois.
O passeio vale, na verdade, para o que está reservado no final: embarcar em uma caminhonete tracionada e sacolejar 10 quilômetros por picadas na montanha para termos uma panorâmica da Upsala. Após pegarmos uma trilha, vimos a geleira a léguas de distância. Ainda assim, o lugar transmite um clima de solitude e apequenamento que chega a comover.
LAGUNA NIMEZ
Um passeio bucólico para se fazer em El Calafate é caminhar da Avenida San Martín até a Laguna Nimez, um santuário de aves. Muitas delas não vivem ali o ano inteiro, mas usam a lagoa como refúgio antes de migrarem para outras patagônias. A reserva possui 2,5 quilômetros de trilhas e mirantes para observação da fauna e da flora.
É possível ver também arbustos de calafate, que acabaram dando nome à cidade. Seu frutinho roxo é a base de geleias, chocolates e sorvetes. Das quase 50 espécies de ave que batem ponto ali, umas das mais cobiçadas é o flamingo. Ter um binóculo torna a experiência mais interessante. A entrada custa 150 pesos (ou 30 reais).
ONDE FICAR?
A um pulo do Avenida Libertador, o Posada Los Álamos tem os quartos de um lado da rua e, atravessando-a, ficam a ampla área de lazer e o restaurante. Próximos dali, o Patagônia Queen e o Calafate Parque têm jacuzzis nos quartos. O Design Suites(desde US$ 109) está afastado do Centro e tem vistas lindas do lago.
ONDE COMER?
No excelente Isabel Cocina al Disco , as receitas são preparadas no disco de arado. O Kau Kaleshen (Gobernador Gregores, 1256) serve ótimos risotos. O Casimiro Biguá possui duas unidades na Avenida del Libertador (números 963 e 993) e serve de merluza-negra à tradicional parrilla. No La Zaina (Gobernador Gregores, 1057), o cordeiro no malbec arranca elogios. O Borges y Alvarez Librobar vale mais pelos livros de viagem, pelo clima aconchegante e pela cerveja.
PASSEIOS
A Hielo y Aventura é a única agência autorizada a fazer os trekkings pelo Perito Moreno, de agosto a maio. A mesma empresa também opera passeios de barco para avistar o Perito.
A Estancia Cristina funciona de outubro a abril e os passeios incluem navegação e visita histórica (AR$ 1 420) e podem ter adicionais como o Mirante Upsala (AR$ 2 175) ou um trekking (AR$ 3 225). A Solo Patagonia organiza passeios em catamarã para avistar as geleiras Upsala e Spegazzini (AR$ 1 650).
A Upsala Kayak Experience leva a passeios de caiaque entre os icebergs da Upsala (US$ 335). As atividades até aqui mencionadas têm adicional de AR$ 500 de entrada para o parque nacional. O Glaciarium (AR$ 300) é um museu que fica na saída da cidade, detalha aspectos dos glaciares e tem também um bar de gelo (AR$ 180). Há ônibus gratuito que sai do Centro. A loja A Barraca (Emilio Amado, 833) aluga bota de trekking e calça impermeável.
QUANDO IR?
O verão e o outono são as melhores estações para ir para El Calafate. De dezembro a fevereiro os termômetros alcançam os 20°C, mas os dias costumam ser ventosos e os passeios no Perito Moreno ficam mais cheios.
DINHEIRO
Peso argentino. Se levar reais, troque por pesos na conexão em Buenos Aires no Banco de la Nación do aeroporto de Ezeiza ou do Aeroparque. Dólares são aceitos nas agências de passeios, mas não na entrada dos parques nacionais. Muitos lugares não aceitam cartões. Os caixas eletrônicos cobram cerca de R$ 19 por saque, mais IOF de 6,38% e taxa de saque do banco.
ESTICADAS
É comum combinar El Calafatecom Torres del Paine, noChile. A viagem até Puerto Natales, porta de entrada, leva cinco horas nos ônibus da Bus Sur. Outra combinação possível é embarcar em um cruzeiro de três noites da armadora Australis que vai de Ushuaia até Punta Arenas e de lá seguir por terra até Puerto Natales.
O QUE VESTIR?
Brasileiro não tem know-how de verão patagônico. Em linhas gerais, encare como se você estivesse indo para o inverno na Europa. Ceroulas, meias com boa quantidade de lã, blusa segunda pele (que só cumpre a função térmica se estiver bem aderida ao corpo), fleece, casaco corta-vento, gorro e luvas são itens a serem colocados na mala.
COMO CHEGAR?
Via Buenos Aires, pela a Aerolíneas e pela Gol.
viagemturismoaventura.blogspot.pt
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Abr18

AS 15 CIDADES MAIS ANTIGAS DO MUNDO

António Garrochinho

Quando conhecemos cidades históricas acabamos por fazer um turismo mais profundo, completo. Nesse sentido, há alguns lugares que conseguem fazer com que o visitante se sinta em outra época – Se você gosta desse tipo de lugar, inspire-se com algumas das cidades mais antigas do mundo



CONHEÇA AS "15 CIDADES MAIS ANTIGAS DO MUNDO" - OLHANDO DA JANELA DO TREM
01 - ANGKOR WAT, CAMBOJA
Um complexo de centenas de templos construídos entre os séculos IX e XIV pelo Império Khmer. São 500 acres desse lugar considerado patrimônio pela Unesco e dedicado às deidades hindus. O espaço compreende em várias casas, estradas, moradas, torres e até florestas, no Parque Arqueológico de Angkor
02 - ROMA, ITÁLIA
De acordo com a mitologia romana, a cidade histórica, com vários monumentos, inclusive um Mausoléu e Fóruns, foi fundada em 753 a.C. Também é a casa do Coliseu, com mais de dois mil anos, um remanescente da era antiga
03 - TIKAL, GUATEMALA
Também considerado patrimônio pela Unesco, Tikal é cercado por vegetação, e foi um proeminente centro para a civilização Maia, que existiu do século VI a.C ao século X d.C. As ruínas representam o que restou do poderoso reino, incluindo as pirâmides cerimoniais do Mundo Perdido e do Templo do Grande Jaguar
04 - ISTAMBUL, TURQUIA
Popularmente conhecida como a capital da cultura europeia, a cidade foi fundada em 660 a.C durante o império bizantino. Famosa por suas características Romanas e Otomanas, incluindo o complexo do Palácio e Museu Topkapi, que possui uma mesquita. A cidade também abriga a basílica Hagia Sophia, do século VI e a mesquita Süleymanive, do século XVI
05 - MACHU PICCHU, PERU
Conhecido por seus muros gigantes e subidas, a cidadela Inca fica entra dois picos dos Andes, em um território de floresta tropical. Foi construída há 500 anos e revelada ao mundo em 1911. As ruínas oferecem uma vista panorâmica da fauna e flora que rodeiam o lugar
06 - ATENAS, GRÉCIA
Na segunda metade do século V a.C, Atenas representava um Estado líder, já que acabava de dominar os Persas. A cidade tem diversos monumentos clássicos, como a Acrópolis, Parthernon e o Templo Olímpia de Zeus, construídas para serem os marcos arquitetônicos do mundo moderno
07 - PETRA, JORDÂNIA
Com acesso pelo estreito cânion Al Siq, a cidade foi construida no ano 300 a.C e possui prédios, tumbas, altares de sacrifício e um monastério. É famosa pela sua arquitetura em pedra esculpida direto em rochas avermelhadas. Considerada patrimônio mundial, também é chamada de Cidade Rosa, por conta de suas cores
08 - ELLORA, ÍNDIA
Também patrimônio mundial da Unesco, Ellora data de 600 a 1000 anos d.C e conta com o maior monastério do mundo esculpido nas paredes de uma caverna. Ainda possui uma sequência de monumentos dedicados ao Budismo, Hinduísmo e Jainismo, o complexo também conta com o maior templo feito de uma só rocha, o Kailasa
09 - MESA VERDE, COLORADO, ESTADOS UNIDOS
Originário da cultura nativa Americana, são mais de 100 cômodos esculpidos nas pedras de um penhasco entre os séculos VI e XII. Para proteger seu significado histórico, o local foi transformado em parque nacional em 1906
10 - GRANDE ZIMBÁBUE, ZIMBÁBUE
Este reino é a prova da magnanimidade da África antes de ser colonizada. A cidade foi fundada no século XI e vai do interior do país, atravessando ao Oceano Índico. O local é dividido em três áreas: Ruínas das Montanhas, o Grande Cercado e o Vale das Ruínas
11 - XI'AN, CHINA
A capital histórica da China abriga os famosos guerreiros de terracota – milhares de soldados que guardavam o mausoléu do imperador Oin Shi Huang, enterrado há mais de dois mil anos. Escavações também descobriram estátuas de dançarinos e acrobatas que reverenciavam a grandeza do imperador
12 - PERSÉPOLIS, IRÃ
A cidade foi fundada por Dario I, o rei de Aquemênida, em 518 a.C. As ruínas, incluindo um imenso terraço parcialmente esculpido na montanha de Kuh-e Rahmat, palácios reais e templos foram revelados quando Alexandre, O Grande, invadiu a cidade em 1618
13 - NIMRUD, IRAQUE
Capital do império Assírio, a cidade – depois nomeada como Kalhu – foi fundada há mais de 3.300 anos. O local é repleto de estátuas colossais de leões, touros alados, que sofreram danos quando foi capturada pelo ISIS em 2014. Ainda assim, o exército iraquiano conseguiu retomar a cidade em novembro de 2016
Imagem: Uma foto em um celular mostra a cidade antes de ter partes danificadas
14 - BAGAN, MIANMAR
A capital do reino de Mianmar consiste em mais de 2.500 templos budistas construídos ao longo do rio Irrawaddy, entre os séculos X e XIV. Apesar das de ter passado por invasões e desastres naturais todos estes anos, o lugar conserva seu ar espiritual
15 - GONDAR, ETIÓPIA
Este lugar é conhecido por ter sido uma cidade-fortaleza de Fasil Ghebbi, onde o imperador Fasilides e seus sucessores viveram durante os séculos XVI e XVII. Ela é rodeada por altos muros, e conta com diversos palácios históricos, igrejas, monastérios e edifícios com características hindus e árabes
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25
Abr18

Grândola Vila Morena, a canção que embalou a Revolução dos Cravos

António Garrochinho


A canção Grândola Vila Morena foi escrita por Zeca Afonso em 1964 e lançada no álbum “Cantigas de maio” em 1971. Grândola tornou-se símbolo da Revolução dos Cravos que libertou Portugal da ditadura em 25 de abril de 1974. O regime de exceção em Portugal durou 41 anos, de 1933 a 1974. Durante o período, Portugal viveu boa parte desse período nas mãos de António de Oliveira Salazar, que morreu em 1970.
Antes de viver alguns anos em Moçambique, o cantor e compositor Zeca Afonso já havia sido perseguido pela temida PIDE, polícia política do governo português, e duas de suas músicas foram censuradas: “Menino do bairro negro” e “Os Vampiros”. Na última, Zeca cantava: “Eles comem tudo e não deixam nada”, recado direto ao governo.
Grândola Vila Morena
Zeca Afonso, compositor de Grândola Vila Morena

A música foi a senha para o início do levante quando foi tocada logo após a meia noite na Rádio Renascença e foi ouvida pelas tropas que lideraram a revolução em diversos quartéis.
Zeca Afonso morreu em 23 de fevereiro de 1987 e Grândola Vila Morena é sempre lembrada em protestos políticos em Portugal e outras partes do mundo.
Outras versões da música:
Nara Leão:
A banda punk paulistana 365:

Banda punk Juventude maldita:
Grândola Vila Morena entoada por espanhóis:
Grândola Vila Morena contra a Troika:

Letra completa da música:
Grândola, vila morena,
Terra da fraternidade,
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade.
Dentro de ti, ó cidade,
O povo é quem mais ordena,
Terra da fraternidade,
Grândola, vila morena.
Em cada esquina um amigo,
Em cada rosto igualdade,
Grândola, vila morena,
Terra da fraternidade.
Terra da fraternidade,
Grândola, vila morena,
Em cada rosto igualdade,
O povo’é quem mais ordena.
À sombra duma azinheira,
Que já não sabia a idade,
Jurei ter por companheira,
Grândola’a tua vontade.
Grândola’a tua vontade
Jurei ter por companheira,
À sombra duma azinheira,
Que já não sabia a idade.



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