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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

29
Abr18

É preciso escolher

António Garrochinho

Resultado de imagem para SNS


Se nada for feito para suster e inverter esta curva descendente, o SNS deixará de ter condições para continuar a ser o garante do direito à saúde e, onde hoje temos um direito reconhecido e consagrado, passaremos a ter apenas negócio e nada mais do que negócio. Não permitiremos que a saúde deixe de ser um direito para se converter e degenerar num grande negócio. 

António Arnaut e João Semedo

Em 1979, as bases gerais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram aprovadas pelas esquerdas. Quase quarenta anos depois, é preciso voltar a defender o SNS; por exemplo, através de uma nova lei de bases que responda, entre outros aspectos, a um politicamente robustecido capitalismo da doença.  Como sempre acontece, o neoliberalismo realmente existente não dispensa o Estado e ainda mais na doença: das parcerias público-privadas a outras formas de perversa separação entre financiamento e provisão, incluindo esquemas variados de subsidiação pública ao sector privado. É preciso acabar com a parasitagem privada à custa do público. Este e outros objectivos, incluindo um plano para salvar o SNS, irão certamente unir as esquerdas que não desistem - bloquistas, comunistas e socialistas - e sectores que podem ir para lá delas.

Quando o capitalismo da doença se expande, os corpos e as carteiras é que pagam. Se depender do PSD de Rio, a linha é clara ou não fossem Luís Filipe Pereira e Álvaro Almeida responsáveis pelas áreas da doença e da carteira. Pereira, ex-ministro fez carreira no grupo CUF, um dos principais do capitalismo da doença e actualmente preside à linha de cuidados de saúde SA. Almeida, com passagem pelo FMI, tem feito estudos para um grupo de pressão a favor da imbricação entre o Estado e os capitalistas da área, defendendo a subsidiação do primeiro aos últimos à boleia da ficção da liberdade de escolha e da concorrência. Um cheque-saúde à paisana, realmente.

Por isso, quando se lê no Público que Rio quer um bloco central na área da saúde, é mesmo caso para começar a olhar para as nossas carteiras, para os nossos corpos e mentes com preocupação. Se isto é a viragem ao centro, então confirma-se que o centro continua bastante enviesado para a direita. O bloco central é hoje a expressão política directa da realidade material da expansão do capitalismo da doença alimentado pelo Estado. Não se trata, como se titulou de forma enviesada, de reformar o SNS, mas de o continuar a destruir. As pressões austeritárias europeias também servem para isto, conjuntamente com a promoção do turismo de saúde. Está tudo ligado.

Infelizmente, há sectores relevantes do PS que não têm sido imunes à pressão, aos incentivos, do capitalismo da doença: aí estão os casos, só para dar dois exemplos, de Maria de Belém, consultora do antigo Espírito Santo Saúde (actual Luz Saúde) e responsável pela resposta governamental às esquerdas, ou de Óscar Gaspar, antigo dirigente socialista e que agora preside à associação da hospitalização privada. Maria de Belém defende, é claro, o chamado acordo de regime, nome de código para bloco central. O Presidente da República, cuja primeira iniciativa nesta área foi uma visita apologética a um hospital do grupo CUF, em linha com as suas conhecidas relações de proximidade com os grupos privados, também deve fazer as suas pressões.

Perante isto, a posição do PS será absolutamente clarificadora: SNS assente, como não pode deixar de ser, na provisão pública ou capitalismo da doença?


29
Abr18

Se não foi assim poderia ter sido (1): as ansiedades do demagogo

António Garrochinho



De manhã, ao fazer a barba o demagogo pensou: «Espelho meu! Existe populista mais populista do que eu?». E logo começou  a congeminar a  malfeitoria quotidiana contra o seu ódiozinhos de estimação, esse rival que, com as suas políticas acertadas e os resultados correspondentes, punha em risco a superioridade dos favores do povo.

















É que lá viria o dia em que algum daqueles com quem se esforçava por multiplicar selfies e abraços lhe perguntaria o que realmente fizera em seu favor, se nenhuma lei, nenhum projeto, nenhuma coisa concreta se lhe devia em tantos anos de vã glória de se ter como servidor do interesse público. Sim que diria? Como contrariar a ideia de que o outro é que melhorava a vida das pessoas e ele apenas se lhe impunha no palco como compère  de uma representação, que só lhe atribuía papel secundário?
A ideia luziu-se de repente. Aonde é que hoje posso ser apanhado por câmaras de televisão? Onde replicar o número, sempre de sucesso garantido, de aparecer inesperadamente? E foi assim que, consolado com a ideia luminosa, desceu para o pequeno-almoço com o projeto de ir ao CCB, ao encontro das multidões melómanas junto das quais poderia replicar, uma vez mais, a sua habitual  desfaçatez.
À noite, nas televisões, não faltaram notícias sobre um novo banho de multidão junto de gente sorridente e obsequiosa com a oportunidade de recolher um momento de fama.
A bebericar o cházinho de camomila a tia Genoveva ficou comovida: este senhor é um querido!


ventossemeados.blogspot.pt
29
Abr18

Docapesca já concluiu trabalhos de revestimento da muralha da Doca de Faro

António Garrochinho


A Docapesca concluiu esta sexta-feira, 27 de Abril, a empreitada de reabilitação do revestimento da muralha da doca de recreio de Faro.
Esta foi a segunda fase da obra, que consistiu na reabilitação da muralha de suporte nascente, compreendida entre o Hotel Eva e o quartel dos Bombeiros Voluntários de Faro, incluindo também a reabilitação da calçada na área junto ao Coreto.
Segundo a Docapesca, a obra representou um investimento de 92.814 euros.
A entidade lembra que a primeira fase da intervenção, «dedicada à reposição das condições que resultaram da abertura de uma fissura na muralha de suporte, havia sido concluída antes do período estival, de forma a minimizar os constrangimentos de circulação no local».
A Docapesca, em nota enviada às redações, «reconhece toda a colaboração prestada pelas entidades locais no desenvolvimento e conclusão dos trabalhos, nomeadamente a Câmara Municipal de Faro, o Ginásio Clube Naval de Faro e a Capitânia do Porto de Faro».



www.sulinformacao.pt
29
Abr18

Piolho do pombo encerra unidade coronária do hospital de Faro

António Garrochinho





A presença de piolho do pombo no internamento da unidade coronária do Hospital de Faro levou ao seu encerramento, no sábado, para se proceder à desinfestação


A Lusa teve conhecimento de que haveria unidades fechadas no hospital de Faro devido à existência de piolhos e questionou o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) sobre a matéria, tendo fonte do centro Hospitalar reconhecido a existência de piolhos "provenientes do exterior" e a necessidade de deslocar os utentes para outra zona do hospital de Faro para continuarem a receber os cuidadosnecessários.

"Durante as limpezas diárias de ontem [sábado] foi detetada a presença de piolho de pombo, proveniente do exterior, no internamento da unidade coronária, pelo que se decidiu encerrar a unidade para proceder imediatamente ao processo de desinfestação e limpeza necessárias", respondeu o CHUA por escrito.

Os "doentes internados nesta unidade foram deslocalizados para outra enfermaria" e "continuarão a receber todos os cuidados necessários"

O CHUA assegurou também que "não foi posta em causa, em nenhum momento, a saúde ou a segurança dos mesmos" utentes.

A fonte do centro hospitalar do Algarve, que além de Faro inclui também os hospitais de Portimão e Lagos, não esclareceu quanto tempo o serviço em causa vai estar encerrado, apenas adiantando que "o serviço será reaberto logo terminem os trabalhos de limpeza".

Na origem da presença de piolho do pombo no hospital está, segundo o CHUA, "a existência de um grande número de pombos na cidade de Faro, nomeadamente nas imediações da Unidade Hospitalar".

"É uma situação que o Centro Hospitalar vem a tentar resolver, nos últimos anos, junto do município e da autoridade de Saúde por forma a evitar que situações como esta ocorram", justificou ainda a mesma fonte.



www.dn.pt
29
Abr18

Os capacetes brancos tentaram recrutar Roger Waters com dinheiro saudita

António Garrochinho



A máquina de propaganda dos terroristas anti-síria, alguns deles reciclados em «Capacetes Brancos», é muito poderosa e bem financiada. Um dos seus trunfos é angariar apoios entre estrelas de cinema e do mundo do espectáculo. Lá estão, entre outros, os inevitáveis George Clooney e Ben Affleck (cujo filme “Argo” é um exemplo acabado de propaganda da CIA). Mas com Roger Waters o tiro saiu-lhes pela culatra.



No decurso de um concerto em Barcelona a 13 de Abril, Waters denunciou os «Capacetes Brancos» sírios como “uma organização de fachada que existe unicamente para gerar propaganda para jihadistas e terroristas.”
Advertindo que as não confirmadas reclamações do grupo acerca de ataques com armas químicas sobre território controlado pelos insurgentes tinham por objectivo desencadear uma intervenção militar ocidental, Waters alertou a assistência: “Se fossemos dar crédito à propaganda dos Capacetes Brancos e de outros, estaríamos a encorajar os nossos governos a começar a bombardear as pessoas na Síria. Isto seria um erro de proporções colossais para todos nós, enquanto seres humanos.”

Tinha efectivamente experiência directa com a poderosa operação de relações públicas pró-guerra por detrás dos Capacetes Brancos. Fora em Outubro de 2016 que essa empresa de relações públicas representando os Capacetes Brancos tinha tentado recrutá-lo, convidando-o para um luxuoso jantar organizado por um multimilionário britânico-saudita, Hani Farsi. Disseram ao lendário músico de rock e reconhecido activista que ao subscrever a missão daquela organização, poderia ajudar a “elevar as vozes dos pacíficos heróis sírios.”

Dias antes deste recente concerto em Barcelona, Waters foi de novo pressionado no sentido da apoiar os Capacetes Brancos, desta vez por um excêntrico fotojornalista associado ao ele que descreveu como “uma muito poderosa rede síria.” Esse activista pedia para se juntar a Waters no palco para proferir uma mensagem destinada às “crianças da Síria.”

Waters não deu resposta a nenhuma das solicitações.
Estas solicitações enviadas por correio electrónico por representantes e activistas dos Capacetes Brancos foram disponibilizadas por Waters ao Grayzone Project e foram publicadas no seu site. Estes documentos demonstram que o endinheirado aparelho de relações públicas daquela organização têm tomado celebridades como alvo-chave para atingir os corações e as mentes de um público ocidental alargado.

Ao contrário de outras celebridades, Waters deu-se ao trabalho de se informar sobre os Capacetes Brancos e de investigar a sua agenda de acção.
“Fiquei bastante desconfiado com o convite para aquele jantar dos Capacetes Brancos,” disse Waters ao Grayzone Project. “E as minhas piores suspeitas confirmaram-se.”

A abordagem inicial de The Syria Campaign

O convite para o jantar de Outubro de 2016 foi entregue a Waters por um representante do Corniche Group, uma empresa financeira internacional propriedade do multimilionário saudita com base em Londres Hani Farsi. Farsi solicitava a presença de Waters num jantar de recolha de fundos que ele organizara em apoio de The Syria Campaign.

The Syria Campaign é uma fachada bem financiada de relações públicas criada para promover os Capacetes Brancos como um grupo de heróicos salva-vidas que necessitam da protecção dos militares ocidentais. Através de uma série de petições e de manifestações públicas, The Syria Campaign procurou, sem sucesso, que fosse estabelecida uma zona de sobrevoo proibido que, a ter sido estabelecida, teria provavelmente resultado no tipo de intervenção militar ocidental que derrubou o Presidente líbio Muhamar Khadafi e desmantelou a Líbia.

A hábil empresa tem também recorrido a acções públicas de impacto, como um flash-mob pró Capacetes Brancos com a participação de uma orquestra na Estação Central de Nova Iorque, cujos participantes foram pagos $600 cada.
A relação de Farsi com The Syria Campaign tinha sido mantida sob reserva até agora. Um magnate sírio-britânico chamado Ayman Asfari tem assumido um papel muito mais destacado junto da empresa de relações públicas, provendo-a com fundos para a promoção do apoio EUA e G-B à mudança de regime na Síria. Waters foi informado que a mulher de Asfari, Sawsan, estaria envolvida no jantar de recolha de fundos de 2016.

No decurso dos últimos dois anos, The Syria Campaign obteve apoios para o trabalho dos Capacetes Brancos por parte de actores como George Clooney, Aziz Ansari, Ben Affleck, e estrelas pop como Coldplay e Justin Timberlake. The Syria Campaign orquestrou também a produção de um documentário Netflix de 2017 sobre os Capacetes Brancos, vencedor de um Óscar. Na mensagem electrónica dirigida a Waters um funcionário do Corniche Group apelava a que este visse o filme e enviava um link para a sua apresentação.

“Eu encorajaria as celebridades que subscreveram o apoio aos Capacetes Brancos a que deixem de os apoiar, uma vez que já sabemos o que é que eles são,” disse Waters ao Grayzone Project. “Não os censuro por terem sido convencidos. Aparentemente os Capacetes Brancos eram apenas boas pessoas fazendo boas acções. Mas agora sabemos que eles procuram encorajar o ocidente a lançar ilegalmente bombas e mísseis sobre a Síria.”

Waters disse que concluíra também que The Syria Campaign – a empresa de relações públicas por detrás dos capacetes brancos – não era apenas a voz humanitária que pretendia ser, mas uma engrenagem empresarial que representava interesses bastante mais prosaicos.

O principal fundador de The Syria Campaign, Asfari, foi descrito pelo jornal britânico The Independent como um dos super-ricos exilados sírios preparado para tomar conta da reconstrução do país se Assad fosse afastado e para, presumivelmente, angariar lucrativos contratos no processo.
No convite enviado a Waters, The Syria Campaign incluía referências a artigos que pareciam comunicados de imprensa dos Capacetes Brancos: um de Time Magazine e outro do Guardian apelando ao comité Nobel a que atribuísse o seu máximo galardão à organização. Aparentemente The Syria Campaign assumia o crédito de ter produzido ambas as peças.

Financiamento governamental, actividade extremista violenta

A realidade dos Capacetes Brancos é muito mais perturbante do que aquilo que os seus contratados promotores de relações públicas poderão admitir. Não apenas têm os Capacetes Brancos actuado exclusivamente ao lado dos insurgentes islamitas extremistas, incluindo a filiada local da Al Qaeda Jabhat al-Nusra e o ISIS, como os seus membros têm participado em numerosas e documentadas execuções públicas, e ajudado os extremistas a ver-se livres dos corpos decapitados daqueles que mataram.

Incapaz de ocultar os factos documentados acerca das ligações dos Capacetes Brancos com os insurgentes jihadistas, The Syria Campaign publicou um extenso relatório desmentindo todas as informações críticas.

Na mensagem electrónica enviada a Waters, The Syria Campaign assumiu o crédito de ter “ajudado estes trabalhadores salva-vidas a obter mais de $15 milhões de financiamentos governamentais e tê-los tornado uma organização conhecida em todo o lado.”

Efectivamente, desde que os Capacetes Brancos foram criados na Turquia por um antigo agente do MI5 chamado James Le Mesurier, o grupo recebeu pelo menos $55 milhões do Foreign Office britânico, $23 ou mais da Agência para Iniciativas de Transição da USAID – o braço efectivo do Departamento de Estado para «mudanças de regime» - e uma quantidade não especificada de milhões do reino do Qatar, que tem também apoiado uma variedade de grupos extremistas na Síria, Al Qaeda incluída.

Os Capacetes Brancos são um recurso de rotina utilizado pelos governos que os financiam como fonte no terreno acerca de alegados ataques químicos, incluindo o mais recente incidente em Douma. Quando o Secretário da Defesa James Mattis citou «redes sociais» em vez de qualquer prova científica de um ataque químico em Douma, estava a referir-se a um vídeo gravado por membros dos Capacetes Brancos. Do mesmo modo, quando o porta-voz do Departamento de Estado Heather Nauert tentava explicar porque é que os EUA tinham bombardeado a Síria antes que os inspectores da OPCW tivessem produzido um relatório no terreno, ela afirmou, “Temos a nossa própria informação.” Com pouco mais para mostrar, estava provavelmente a referir-se ao material difundido nas redes sociais por membros dos Capacetes Brancos.


Um apelo final de um activista excêntrico

Nos dias que antecederam o concerto de Waters a 13 de Abril em Barcelona, um assistente recebeu uma mensagem de um fotojornalista francês chamado Pascal Hanrion que se apresentava a si próprio como “um militante junto dos capacetes brancos sírios para denunciar os crimes contra a humanidade na Síria,” e parte de uma “muito poderosa rede síria.” Ao contrário dos profissionais da The Syria Campaign, Hanrion parecia ser um activista independente.
Ainda em Julho de 2016, Hanrion correu um percurso tipo maratona através dos Alpes Suíços envergando um capacete branco que lhe fora oferecido de presente pelos trabalhadores salva-vidas de Jisr al-Shugour, localizada na província síria de Idlib, controlada pela Al Qaeda. Segundo o jornalista Jenan Moussa, as casas dos residentes de origem em Jisr al-Shugour tinham sido entregues pela filiada local da Al Qaeda a jihadistas Uighur chineses e suas famílias.
Na sua mensagem, Hanrion solicitava juntar-se no palco a Waters de forma a poder enviar uma mensagem às “crianças da Síria” recordando-lhes: “não estais esquecidas!”
Em vez de permitir que o excêntrico activista acedesse ao palco, Waters proferiu uma mensagem dele próprio, incitando a sua audiência a desconstruir tijolo a tijolo o muro de narrativas pró-guerra.

O que deveríamos fazer é ir e persuadir os nossos governos a que não vão lançar bombas sobre as pessoas,” pediu Waters à multidão, inspirando ondas de aplausos. “E não certamente até que tenhamos feito toda a investigação que é necessária para termos uma ideia clara do que está realmente a acontecer. Porque vivemos num mundo em que a propaganda parece ser mais importante do que a realidade.”



www.odiario.info
29
Abr18

Revista a ambulância no aeroporto de Lisboa atrasa socorro em 20 minutos

António Garrochinho

Segurança impede passagem imediata de INEM e faz revista à equipa, atrasando socorro a paciente. Correio da Manhã garante que ambulância foi retida durante 20 minutos.


Uma ambulância do INEM foi impedida de passar imediatamente numa passagem de acesso restrita do Aeroporto de Lisboa, este sábado, atrasando em 20 minutos o socorro a uma paciente epilética que desmaiou e se feriu o queixo. A informação é dada pelo jornal Correio da Manhã, que garante que segurança disse não ter autorização para deixar ambulância passar.
O incidente ocorreu na manhã de sábado, pelas 8h30, quando a equipa do INEM foi barrada na passagem conhecida por P6, de acesso restrito, por um segurança. Apesar de estarem no local agentes da PSP com informação para acompanhar a equipa médica até à doente, o INEM só pode passar depois de vir a autorização formal, cerca de 20 minutos depois. Pelo meio, seguranças fizeram vistoria à ambulância e revista à equipa.A paciente que esperou 20 minutos por socorro era uma passageira norte-americana de 43 anos, que sofre de epilepsia e que desmaiou, ferindo-se no queixo ao cair na pista. Segundo o Correio da Manhã, quando foi finalmente assistida estava em hipotermia e hipotensa (com temperatura corporal e pressão arterial baixas). No Hospital de Santa Maria, para onde foi transportada, foi-lhe dada pulseira laranja, o segundo grau mais urgente na escala de triagem do sistema de Manchester.
A polícia confirmou ao CM que o acesso à passagem P6 é restrita e cumpre normas de segurança internacionais, mas que elaborou um auto sobre o ocorrido. A ANA (Aeroportos de Portugal) não comentou o incidente em causa, alegando não ter ainda conhecimento do episódio.

observador.pt
29
Abr18

justiça

António Garrochinho


é alheira não é chouriça
e o robalo não é liça
são coisas bem diferentes
anda o mundo enganado
com tudo misturado
iludindo povos e gentes
assim mais vale pôr
pontos nos is por ser melhor
as verdades por serem nobres
tal como a alheira não é chouriça
nem o robalo é a liça
nem a justiça prós pobres


António Garrochinho

29
Abr18

ALGUNS ATENTADOS POLÍTICOS FAMOSOS

António Garrochinho


 Abraham Lincoln (1865)

Foto: WikipédiaO presidente Abraham Lincoln sofreu um ataque exatamente uma semana depois do final efetivo da Guerra Civil americana (através da rendição do general Robert Lee, do Sul),  em 14 de abril de 1865. O presidente americano estava no camarote presidencial do Teatro Ford, em Washington, quando John Wilkes Booth, partidário fervoroso dos sulistas, armado com uma pistola e um punhal, deu um tiro na altura da nuca de Lincoln, fugindo a cavalo.
O presidente foi atingido à queima-roupa, mas somente faleceu na manhã seguinte aos 56 anos – não podendo ter assistindo à 13ª Emenda Constitucional que aboliu a escravidão nos Estados Unidos (grande luta ao longo de seu mandato). Segundo conta a história, depois de atirar no presidente, Booth teria gritado "Sic semper tyrannis! [É assim com os tiranos] – o Sul está vingado!".
O assassino foi capturado dez dias depois ao ataque num depósito de tabaco, na Virgínia, e foi morto ao tentar resistir à prisão.


Arquiduque Francisco Ferdinando (1914)

Foto: WikipédiaO atentado sofrido pelo arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, é considerado uma espécie de “gota d´água” para o acontecimento da Primeira Guerra Mundial. Ele e a mulher, duquesa Sophie, foram mortos em 28 de junho de 1914 na cidade de Sarajevo, atual capital da Bósnia e Herzegovina, pelo terrorista sérvio Gravrilo Princip, membro do grupo “Jovem Bósnia” que agrupava sérvios, croatas e bósnios, e também do chamado “Mão Negra”. Princip, de 19 anos, disparou tiros contra os dois.
No dia do atentado, Francisco Ferdinando estava em viagem à Bósnia para assistir a manobras militares e para inaugurar as obras de um novo museu em Sarajevo. Ele estaria imaginando ideais expansionistas da monarquia sérvia.
Os ânimos políticos ficaram acirrados e a Áustria declarou guerra contra a Sérvia, acusada de cumplicidade no crime.


Mahatma Gandhi (1940)

Foto: Wikipédia
O líder hindu Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido mundialmente como Mahatma Gandhi, é um dos grandes nomes do século XX. Foi revolucionário e promoveu uma campanha pela libertação da Índia, colônia inglesa havia dois séculos. Em 1922, foi condenado a seis anos de prisão. No ano de 1943, tentou convencer a Inglaterra a dar independência à Índia por meio de uma greve de fome, marca importante de sua luta pacifista contra a neocolonização de seu país.
Com o país independente, em janeiro de 1948, Gandhi viajou para Nova Délhi e ficou hospedado na casa de uma pessoa rica – pela primeira vez, pois sempre preferia ficar próximo aos pobres e “intocáveis”. Enquanto recebia centenas de seguidores, que o cercavam por ter os libertado, agradecendo pela sua “grande alma”, na manhã do dia 30, foram ouvidos três tiros que acertaram o líder indiano.
Gandhi morreu aos 78 anos, assassinado pelo editor de um jornal nacionalista, Nathuran Godse, membro de uma organização político-religiosa contrária a Gandhi chamada RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh). Godse, que já havia planejado outro atentado dez dias antes, acabou condenado à morte.


John F. Kennedy (1963)

Foto: Wikipédia
O atentado contra o presidente americano John F. Kennedy está, de certa forma, no inconsciente coletivo de todos nós, pois há imagens do momento em quase todo livro de História. Ele foi atingido por dois tiros enquanto circulava no automóvel presidencial no dia 22 de novembro de 1963, na Praça Dealey, em Dallas, Texas.
Kennedy estava ao lado da mulher, Jacqueline. O primeiro disparo não chegou a atingir o presidente, tendo sido desviado por uma árvore. Pouco mais de 3 segundos houve um segundo tiro, que atravessou a garganta de Kennedy, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O terceiro disparo aconteceu quase 10 segundos depois do primeiro, atingindo a cabeça de Kennedy. Neste momento, sua mulher pulou para o banco traseiro do veículo.
Duas investigações oficiais concluíram que Lee Harvey Oswald, um empregado do armazém Texas School Book Depository, que ficava na Praça Dealey, foi o assassino. Uma delas concluiu que Oswald atuou sozinho e outra sugeriu que atuou com pelo menos um cúmplice. Fora essas, existem diversas teorias da conspiração sobre a morte de Kennedy.
Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica e mecanismo manual.


Malcolm X (1965)

Foto: Wikipédia
Malcom X era um revolucionário que pregava os direitos civis aos negros através da luta armada contra brancos americanos. Ele era muçulmano e possuiu muitos nomes durante a vida: foi Malcom Little, Red, Malcom X e El-Hajj Malik El-Shabazz. Foi o fundador da seita religiosa Organização da Unidade Afro-Americana e da Mesquita Muçulmana.
Antes de iniciar um discurso no Audubon Ballroom, em Nova York, o americano morreu violentamente, recebendo 14 tiros em frente à mulher e às três filhas.

 Martin Luther King (1968)

Foto: WikipédiaMartin Luther King sofreu não só um, mas três atentados. Felizmente, nos dois primeiros sobreviveu por pouco. O americano foi grande defensor dos direitos dos negros e, por sua luta, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964.
No dia 4 de abril de 1964, pouco depois de receber o Prêmio, Luther King levou um tiro no rosto e morreu na sacada do Lorraine Motel, em Memphis.
Segundo as investigações, o presidiário foragido James Earl Ray foi preso como autor do disparo.

Robert F. Kennedy (1968)

Foto: Wikipédia
Quase cinco anos depois do assassinato de seu irmão John F. Kennedy, em Dallas, Texas, Robert F. Kennedy anunciou sua intenção de obter a candidatura democrata para as eleições presidenciais de 1968. Porém, um atirador atrapalhou seus planos numa noite de junho daquele ano, levou mais de 10 disparos numa área reservada do Ambassador Hotel, em Los Angeles.
Kennedy estava com voluntários de sua campanha e foi surpreendido pelo palestino Sirhan Bishara Sirhan. Uma das testemunhas do crime, Nina Rhodes-Hughes, afirmou à CNN em 2012 que não havia somente um atirador naquele dia e, sim, dois. Porém, apenas Sirhan teria sido processado pelo atentado contra o senador e outras cinco pessoas e cumpre prisão perpétua na Califórnia.

 Fidel Castro (entre 1959 e 2006)

Foto: Wikipédia
Fidel Castro entrou para o livro dos recordes Guinness Book por ser a pessoa que mais sofreu tentativas de assassinato do mundo. Segundo a publicação, foram pelo menos 638 tentativas – sendo, a maior parte delas, promovidas pela CIA –, desde 2006, quando passou o governo para o irmão Raúl Castro.
O site Cubadebate aponta que o líder da Revolução Cubana sofreu atentados diversos – indo desde franco-atiradores, explosivos colocados em sapatos, veneno injetado nos charutos, carga explosiva em bola de baseball, toxinas em roupa de mergulho – além de outras mais bizarras, que tinham como intenção tirar a credibilidade do ex-presidente cubano diante do mundo. Em uma ocasião, foi colocado LSD em uma caixa de charutos para que ele risse enquanto dava uma entrevista na televisão.
A CIA, inclusive, já reconheceu algumas tramas para matar Fidel quando a organização era comandada por Allen Dulles e John Kennedy estava a frente da presidência dos EUA.

www.terra.com.br

29
Abr18

OS MEUS FILHOS - Eduardo Olímpio

António Garrochinho




OS MEUS FILHOS

os meus filhos são meus irmãos
camaradas com que reparto o pão e nego a guerra

os meus filhos são o meu emblema
por eles bato palmas

os meus filhos são a minha gravata de domingo a minha heróica      a sonata     o intermezzo

os meus filhos são a minha bandeira
a minha fé

só perante eles me ajoelho

os meus filhos são o meu triciclo de sonho
o meu voltar atrás no tempo

a minha alegria é coada em suas bocas

os meus filhos são eu mais tarde em liberdade
a rosa da justiça     o cravo da verdade

um abril e outro abril o testemunharão


voarforadaasa.blogspot.pt

29
Abr18

...somos todos "Desenhadores de Sonhos"

António Garrochinho



Sim, sou um desenhador de sonhos. De certa forma, somos todos Desenhadores de Sonhos. Desenhamos-os de diferentes formas, mas a melhor é desenhar por gestos, gestos-ação, acompanhados de palavras-de-ordem, ou de cânticos, ou de protestos...

Porque só agora publico isto? Porque até julgava este trabalho perdido...




conversavinagrada.blogspot.pt
29
Abr18

O teor da queixinha semanal de Marcelo Rebelo de Sousa

António Garrochinho



É o habitual clássico do fim-de-semana: constatar que queixinha quer Marcelo fazer aos portugueses sobre António Costa utilizando para tal as páginas do «Expresso» assinadas por Angela Silva?
Desta vez o demagogo de Belém que, no discurso do 25 de abril, proferiu uma diatribe precisamente contra o mesmo tipo de populismo de que tem revestido quase todas as suas ações enquanto Presidente, veio revelar o quão ofendido ficou com o comentário do primeiro-ministro relativamente ao misterioso sentido do que dissera. E desejoso de rebaixar o inimigo de estimação, tratou de lhe interpretar palavras posteriores como se contivessem um implícito pedido de desculpas.
No artigo desta semana Marcelo vai mais longe e lamenta-se que, quando as coisas correm bem para o governo, Costa quase não lhe passa cartão, mostrando-se «autossuficiente». Ora há lá algum Narciso, que goste de se ver secundarizado por quem mostra dificuldades em esconder a antipatia? Filho e afilhado de quem foi, nunca deixará de se ver imbuído de uma natureza elitista, que despreza os plebeus chegados ao poder e contra os quais fará tudo que estiver ao seu alcance para os prejudicar.
Não se estranha assim que, noutros textos, se conclua da permanente ocupação dos assessores para lhe arranjarem balas de arremesso, comprovadamente certeiras, sobretudo implicando os diplomas aprovados pelo governo e pela assembleia, só carecidos da assinatura presidencial para prevalecerem na jurisprudência nacional. Para já a primeira vítima poderá ser a nova legislação sobre a descentralização, que Costa e Rio haviam concertado e sobre a qual pende o novo lápis vermelho da censura.


ventossemeados.blogspot.pt
29
Abr18

NOVEMBRO

António Garrochinho

UM DIA SABER-SE-Á A VERDADE !
HÁ QUEM O TENHA VIVIDO, COMO EU, INFELIZMENTE, E CONTA-O SEM MENTIRAS.

OS QUE MENTEM DESCARADAMENTE SOBRE O 25 DE NOVEMBRO MESMO JÁ DESAPARECIDOS IRÃO SER JULGADOS PELOS REVOLUCIONÁRIOS, OS DO POVO.

António Garrochinho
29
Abr18

29 de Abril de 1429: Joana D'Arc entra na cidade de Orleães, França, reivindicando vitória sobre as forças inglesas.

António Garrochinho


Joana D'Arc nasceu em Domrèmy-la-Pucelle na noite de Epifania de 1412. Já em vida, se havia tornado uma lenda, as pessoas queriam vê-la e tocá-la. Em 1429, entrou para a história da França ao escrever uma carta ao chefe da ocupação inglesa:

"Rei da Inglaterra, auto intitulado regente do Império Francês, entregue à virgem enviada por Deus, imperador do céu, a chave de todas as cidades que Sua Alteza tomou dos franceses. Se não o fizer, Sua Alteza já o sabe, eu sou general. Em todo lugar na França que encontrar da sua gente, vou expulsá-la."

Teria sido ousadia ou ingenuidade a oferta feita por Joana, então com 16 anos, ao seu rei, Carlos VII, de expulsar os invasores ingleses de Orleães e assim ajudá-lo a garantir-se no trono da França? Ao apresentar-se como enviada divina, ajudou a projectar o seu nome na história.

Oficialmente, ninguém contestava a necessidade de expulsar os britânicos. Mesmo assim, o rei e os seus consultores preferiram mandar averiguar quem era aquela jovem. Doutores, religiosos, guerreiros, ninguém encontrou ressalvas à pura Joana, apenas o bem, a inocência, a humildade, a honestidade e a submissão.

Joana apareceu para salvar os franceses justamente no momento em que eles acreditavam que apenas um milagre poderia ajudá-los. E a Joana vestida de guerreiro, um enviado de Deus, incorporou esta esperança. O povo via nela a concretização de um antiga profecia, segundo a qual a França seria salva por uma virgem. Uma propaganda ideal para a corte. Era a oportunidade para motivar as suas tropas, que a esta altura estavam com a imagem um tanto desgastada.

Joana, a salvadora. Com o passar dos séculos, ela foi apelidada de bruxa, prostituta, santa, feminista, nacionalista, heroína.

Orleães estava sitiada pelos ingleses há seis meses. Um contingente de cinco mil homens pretendia forçar os 30 mil habitantes a  entregar-se. Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orleães em 29 de Abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia início do mes de Maio. O episódio é conhecido como a Libertação de Orleães (e em França como a Siège d'Orléans). Os franceses já haviam tentado defender Orleães mas não obtiveram sucesso. Apesar de não ser um integrante activo nos planos dos militares franceses, o espírito de luta de Joana – e talvez apenas a sua presença – trouxe a vitória aos franceses.

No dia 8 de Maio de 1429, ela foi festejada pelos moradores de Orleães como enviada divina. E seguiram-se ainda muitas vitórias até à coroação de Carlos VII em Reims. Os ingleses, derrotados, iniciaram uma conspiração contra Joana, que acusavam de bruxaria. Ela foi presa em 1430, julgada em Rouen por heresia por um tribunal eclesiástico presidido por Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, foi condenada e queimada viva na praça Vieux-Marché de Rouen, em 30 de Maio de 1431. Carlos VII, que nada fez para salvá-la, esperou até à reconquista de Rouen, em 1450, para proceder à revisão do seu processo, que culminaria  na sua absolvição (1456).Em 9 de Maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana D'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana D'Arc. Em 1922 foi declarada padroeira de França. 

Fontes DW
France.fr
wikipedia (imagens)

Gravura de 1505
Ficheiro:Joan of Arc on horseback.png
O interrogatório de Joana d'Arc - Paul Delaroche
Ficheiro:Joan of arc interrogation.jpg
 Joana d'Arc é queimada viva - Jules-Eugène Lenepveu
Ficheiro:Joan of arc burning at stake.jpg

29
Abr18

29 de Abril de 1945: II Guerra Mundial. libertação do campo de concentração de Dachau.

António Garrochinho

29 de Abril de 1945: II Guerra Mundial. O 7ºExército dos EUA liberta o campo de concentração de Dachau.

O campo de concentração de Dachau foi o primeiro criado pelo governo nazi. Heinrich Himmler, chefe da polícia de Munique, descreveu-o oficialmente como “o primeiro campo de concentração para prisioneiros políticos”. Foi construído nas dependências de uma fábrica de munições abandonada, a cerca de 15 quilómetros a noroeste de Munique, no sul da Alemanha.

Dachau serviu como protótipo e modelo para os outros campos. Tinha uma organização básica, com prédios desenhados pelo comandante Theodor Eicke. Dispunha de um campo distinto, perto do centro de comando, com salas de estar, administração e instalações para os soldados. Eicke tornou-se ainda o inspector-chefe para todos os campos de concentração.

Cerca de 200 mil prisioneiros de mais de 30 países foram "hospedados" em Dachau, dos quais aproximadamente um terço era judeu. 

Acredita-se que mais de 35.600 prisioneiros foram mortos no campo, principalmente por doenças, má nutrição e suicídio. No começo de 1945, houve uma epidemia de tifo no local, seguida de uma evacuação em massa, dizimando boa parte dos prisioneiros.

A par de Auschwitz-Birkenau, Dachau tornou-se um símbolo de campo de concentração nazi. KZ Dachau tem um significado bastante forte na memória pública porque foi o segundo campo a ser libertado pelas forças aliadas anglo-americanas. O primeiro havia sido Auschwitz, libertado pelo Exército Vermelho. Ambos expuseram aos olhos do mundo a realidade da brutalidade nazi.

Dachau foi dividido em duas secções: a área do campo e o crematório. A área do campo consistia em 32 barracas, incluindo uma para o clero aprisionado e os opositores do regime nazi e outra reservada para as experiências médicas. O pátio entre a prisão e a cozinha central foi usado para a execução sumária de prisioneiros. Uma cerca eléctrica de arame farpado, uma vala e um muro com torres de observação rodeavam o campo.

No início de 1937, as SS, usando a mão-de-obra dos prisioneiros, iniciaram a construção de uma grande rede de prédios nos fundos do campo original. Os prisioneiros eram forçados, sob terríveis condições, ao trabalho, começando com a destruição das velhas fábricas de munição. A construção  deu-se por concluída em meados de Agosto de 1938.

Dachau foi o campo mais activo durante o Terceiro Reich. A área incluía ainda outras fábricas da SS, uma escola de economia e serviço civil e a escola médica dos SS. O campo, chamado de "campo de custódia", ocupava menos da metade de toda a área.
Dachau também serviu como campo central para prisioneiros católicos. De acordo com a Igreja Católica Romana, pelo menos 3.000 religiosos, diáconos, padres e bispos foram lá confinados. Em Agosto de 1944, abriu-se um campo feminino dentro de Dachau. A primeira "carga" de mulheres veio de Auschwitz-Birkenau.

Nos últimos meses da guerra, as condições de Dachau pioraram. Quando as forças aliadas avançaram sobre a Alemanha, os nazis começaram a remover os prisioneiros dos campos perto da frente de batalha. Depois de vários dias de viagem, com pouca ou nenhuma comida e água, os prisioneiros chegavam extenuados. Muitos morriam pelo caminho. A epidemia de tifo tornou-se um sério problema devido ao excesso de prisioneiros, condições sanitárias precárias, provisões insuficientes e o estado de fraqueza dos prisioneiros. Até ao dia da libertação, 15 mil pessoas morreram e 500 prisioneiros russos foram executados.

Em 27 de Abril de 1945, Victor Maurer, delegado do Comité Internacional da Cruz Vermelha, foi autorizado a entrar nos campos e distribuir comida. Na noite do mesmo dia, um transporte de prisioneiros chegou de Buchenwald. Somente 800 sobreviventes foram resgatados, dos aproximadamente 4.500. Mais de 2.300 cadáveres foram deixados dentro do comboio. O último comandante do campo, Obersturmbannführer (Tenente-Coronel) Eduard Weiter, fugiu em 26 de Abril.

Em 28 de Abril de 1945, o dia anterior à rendição, Martin Weiss, que comandara o campo de Setembro de 1942 até Novembro de 1943, deixou Dachau juntamente com a maioria dos guardas e administradores do campo.

Maurer tentou persuadir o  tenente Johannes Otto, ajudante do comandante Weiss, a não abandonar o campo, mantendo guardas para controlar os prisioneiros até que os norte-americanos chegassem. Ele temia que os prisioneiros pudessem fugir em massa e espalhar a epidemia de tifo.

Um dia depois, foi hasteada uma bandeira branca na torre do campo.


Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
File:Survivors liberation dachau.jpg

Os sobreviventes do campo, Abril de 1945

File:Prisoner's barracks dachau.jpg
29
Abr18

29 de Abril de 1980: Morre Alfred Hitchcock

António Garrochinho

Realizador inglês, nasceu a 13 de agosto de 1899 em Londres, e morreu a 29 de abril de 1980, na Califórnia. O fulcro da sua obra residirá talvez na sábia exploração do suspense humoristicamente macabro do quotidiano através daquilo a que alguns críticos chamam uma «câmara ontológica», aquela que se auto problematiza,simultaneamente investigando a complexidade das personagens sem coordenadas que procura captar: o homem inocente que deve perseguir o criminoso para se ilibar da acusação de um crime que não cometeu, a mulher culpada que cerca um herói masculino para o destruir ou acabar por ser salva por ele, e o assassino psicopata. É neste percurso que vamos deparando com a progressiva desorientação da personagem de James Stewart emVertigo (A Mulher que Viveu Duas Vezes, 1958), depois com o estilhaçamento da personagem principal de Psycho (1960) e, finalmente, com a deglutição da humanidade no final de The Birds (Os Pássaros, 1963). Outros filmes emblemáticos deste realizador são Spellbound (A Casa Encantada, 1945), Notorious (Difamação, 1946), To Catcha Thief (Ladrão de Casaca, 1955) e North By Northwest (Intriga Internacional, 1959), estes três últimos com CaryGrant.

Em 1999 comemorou-se o centenário do nascimento do realizador.



Alfred Hitchcock. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.

   
 VÍDEOS 





29
Abr18

SOLIDARIEDADE COM JESUS SANTRICH

António Garrochinho


SOLIDARIEDADE COM JESUS SANTRICH 



Na Colômbia, o comandante Jesus Santrich está em greve de fome e sob a ameaça de extradição para os EUA.  O governo colombiano trai assim os compromissos que assumiu ao assinar o acordo de paz com as FARC.  Jesus Santrich é um homem íntegro, um revolucionário e um humanista, como se pode verificar nesta antologia dos seus escritos. 


Como foi possível que as FARC – nunca derrotadas no plano militar – tivessem acreditado nas promessas da oligarquia colombiana e aceitado depor as armas?  Tudo indica que este triste acordo "de paz" terá equivalido a uma rendição.  

Continua a haver presos políticos na Colômbia, os pontos acordados no acordo não se cumprem e os problemas sociais do povo agravam-se.  E agora, numa vingança covarde, o governo de José Manuel Santos pretende entregar às masmorras do império aqueles que acreditaram na sua boa fé e nas "garantias" dadas.


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