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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

30
Abr18

UM RIO TRAIÇOEIRO

António Garrochinho

RUI RIO ADOPTOU A ESTRATÉGIA DO PIDE BOM.
APRENDEU QUE COM O FEITIO DE PASSOS COELHO NÃO IA A LADO NENHUM.

AGORA, DÁ UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA, MAS A ESTRATÉGIA VAI DESMORONAR-SE SE O POVO TIVER INTELIGÊNCIA NAS LEGISLATIVAS E O MANDAR DAR BANHO AO CÃO.

AÍ O VERNIZ VAI ESTALAR E ACABAM-SE OS SORRISOSINHOS E AS PALAVRAS DE COLABORAÇÃO.



António Garrochinho
30
Abr18

O Revolucionário Citroën Traction

António Garrochinho

Orgulho Francês – Reconhecimento Mundial
A fábrica francesa situada no Cais de Javel, em Paris, capital da França, a Citroën Automobile S.A ., fundada por André Citroën, começou a produzir, em 1905, engrenagens com dentes angulares que se tornou o símbolo da fábrica. Entre 1915 e 1918, durante a Primeira Grande Guerra Mundial, fabricava armamentos e 80 % dos operários eram mulheres. Os automóveis só começaram a ser produzidos em 1919 e, desde então,  sempre surpreenderam o mundo com seus lançamentos. Foi assim desde a década de 30....
Este empreendedor ficou admirado com a produção em série de Henry Ford e por este fato, foi um dos primeiros fabricantes de automóveis na Europa a adotar a linha de montagem. André Citroën junto com doze técnicos da empresa foram aos Estados Unidos em 1921. Houve troca de informações técnicas de muito valor entre os engenheiros americanos e franceses. 
Em 1931, o engenheiro André Lefèvre deixava de trabalhar para Gabriel Voisin, que também fabricava carros, para ser empregado de Louis Renault. Ele levava debaixo do braço um projeto, o P.V. (Petite Voiture), de um  pequeno carro com tração dianteira. O Sr. Renault não era muito entusiasta de novas tecnologias e não aprovou suas novas ideias. Este então foi bater nas portas da empresa de André Citroën que logo se interessou pela ousadia dos desenhos de Lefèvre. Tratava-se de uma automóvel de duas portas, quatro lugares e motor entre 1.000 cm³ e 1.100 cm³. Outro funcionário de destaque, em começo de carreira, Flaminio Bertoni, que era escultor, arquiteto e estilista, começou a fazer os primeiros esboços e depois esculpir em escala 1/10, uma carroceria de linhas curvas e bem interessantes. Nada convencional para a época.
Dois anos depois, decidiu-se que o novo carro seria maior com 4 portas, sendo que as dianteiras tinha a abertura “suicida” e,  com cilindrada por volta de 1.300 cm³, atingir 100 km/h e ter um consumo por volta de 10 km/l. Teria também cambio automático mas, na fase de testes, este apresentou muitos problemas. 
André Citroën mandou construir um novo galpão para abrigar a linha de produção do novo modelo. Por isso, e por uma expansão de suas unidades na Europa, estava endividado. Mesmo assim não quis interromper o novo projeto audacioso. 
O modelo revolucionário foi lançado no Salão de Paris em abril de 1934. Era o Citroën modelo 7 A. Com carroceria em aço, toda soldada eletricamente, monobloco de quatro portas, o carro era muito baixo em relação a seus concorrentes, tinha linhas bem fluidas e curvas. A grade dianteira era levemente inclinada para trás. Neste estava o símbolo da empresa representado os dentes angulares, como dois “Vês” invertidos. Os franceses chamam de “Doublé Chevron”
O modelo causou sensação. Nas publicidades já anunciava as novidades técnicas tais como maneabilidade, estabilidade e aderência inigualáveis, tração dianteira, motor flutuante, rodas independentes, freios hidráulicos, suspensão por barras de torção e concepção totalmente nova. Ainda, o slogan de “Carro integralmente aerodinâmico” . Esta estava estampada em todos os jornais da capital e do interior da França. Podia transportar 5 pessoas com conforto que tinham a disposição ótima área envidraçada para a época.
O motor dianteiro, refrigerado a água, de 4 cilindros em linha, cujo bloco e cabeçote eram em ferro fundido, tinha válvulas no cabeçote e comando lateral, 1.302 cm³ e 32 cavalos. Era apoiado em coxins flutuantes sendo apelidado de “Moteur flottant”, ou seja, motor flutuante. Por este artifício mecânico, as  vibrações do motor não eram sentidas na cabine. A tração dianteira tinha eixo cardã com juntas Spicer. 
A caixa de velocidades de 3 marchas, com as duas últimas sincronizadas, ficava na frente do motor bem perto da bonita grade dianteira de refrigeração. A alavanca era no centro do painel e deixou herança,  tendo o mesmo posicionamento, no futuro modelo popular 2 CV. Esta era apelidada de “rabo de vaca” pelo seu posicionamento para baixo e a direita.
Atrás de um mostrador quadrado Jaeger, bem completo, que ficava ao centro,  tinha o volante de três raios de desenho simples. A direção era a cremalheira. Ainda, um porta-luvas em cada extremidade. Os freios, a tambor,  tinham comando hidráulico e a suspensão era independente nas quatro rodas, sendo que este esquema, trazia ao modelo 7, extraordinária estabilidade. Também foi o primeiro carro a utilizar pneus Michelin X com carcaça radial. 
O motor não se mostrou muito performante e em julho o modelo 7B foi lançado. Tinha 1.529 cm³ e 35 cavalos. Este sim era capaz de atingir 100 km/h de velocidade final.
Também neste ano foi lançado um lindo modelo conversível, que ficou conhecido como “Cab’Trac” e um belo cupê esportivo . Ambos mediam 4,45 metros de comprimento e pesavam 1.025 quilos. O cupê, também chamado de “Faux Cabriolet” ou falso conversível era construído por Jean Daninos que mais tarde fabricaria o requintado Facel. Tinha dois lugares mais o inevitável banco da sogra que saía do porta malas. Apoiado neste, a “caixa” que abrigava o estepe. Os pneus eram na medida 140 x 40. No conversível o pára-brisa, que tinha só um limpador para o motorista,  podia ser rebaixado deixando-o mais atraente ainda. Um belo roadster. Estes modelos esportivos são muito raros hoje. O motor mais potente, com 1.911 cc e 46 cavalos a 3.500 rpm, curso de 78 mm x 100 mm era alimentado por um carburador Zénith Stromberg invertido. Este propulsor seria usado depois no modelo 11 légère .Os pneus eram  Michelin na medida 165 x 400.
O modelo 7B foi um foi um sucesso de  vendas e, no primeiro ano, a produção era de 300 exemplares por dia. Porém André Citroën acumulou muitas dividas por causa deste lançamento e de outros projetos  e teve que  pedir  falência. A Michelin, famosa fabricante de pneus, assumiu as dividas e continuou  a produção do automóvel de sucesso.
Pouco depois foi lançado o 11A que era mais largo, mais longo e mais potente também. O modelo conversível e o “Sport” também sofreram estas mudanças. Usavam o mesmo motor do cupê esportivo e chegava a 105 km/h. E mais uma carroceria, com entre-eixos alongado,  versão Familiar. Tinha mais uma janela lateral, enorme por sinal, e podia oferecer 7 ou 9 lugares nas versões limusine ou táxi. Na versão normal, sem esta janela na coluna C, o perfil era muito mais harmonioso. 
Em dezembro de 1934, já com a denominação Traction Avant foi lançado o modelo 7C com um motor mais potente com 1.628 cc e 36 cavalos a 3.800 rpm. Sua taxa de compressão era de 5,9:1, tinha válvulas no cabeçote com comando lateral e virabrequim com três mancais. Este motor era alimentado por um carburador Solex 30 em posição invertida.
Em 1935 já tinha um sistema de escapamento melhor e também suspensão  mais evoluída com  amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. E também mais um modelo chega: o 11 Légère  que faria muito sucesso em todo o mundo. Adotando o motor de 1.911 cm³ e chegava a 110 km/h. Por fora era destacável os grandes faróis redondos, com molduras cromadas e lentes planas.
Em 3 de julho de 1935 morria André Citroën. Infelizmente este grande homem não viveu para acompanhar o sucesso de seus carros. Em outubro de 1937 era lançada a versão Commerciale. Disponível só na cor preta, a abertura da porta traseira era dividida e muita ampla. O último banco podia ser rebatido e aumentava muito o volume para a entrada de cargas. Podia carregar até 500 quilos. O modelo 11 Légère  passava a se chamar BL e o 11 passa a ser o 11 B. 
Em 1938 foi lançada a linha 15 Six. O motor, com 6 cilindros em linha, era bem mais potente. Tinha 2.867cm3 e potência de 76 cavalos a 3800 rpm. Sua alimentação era feita por um carburador Solex de corpo duplo, também em posição invertida . Sua velocidade final era de 130 km/h. Na Inglaterra este modelo foi construído na cidade de Slough e era chamado de « The big Six ». E sua fama de “Rei das Estradas” estava definitivamente consagrada na Europa e fora deste continente. Também entraram em cena as rodas “Pilote” que só tinham um parafuso central e foram criadas pela Michelin.  
Em 1940 o conversível deixava de ser fabricado após 3.900 exemplares na versão 7 C com motor 1.628 e 11 com motor 1.911 cm³. E , um ano depois, o modelo 7 também deixava as linhas de montagem.
Em 1942, por causa da Segunda Grande Guerra Mundial, toda linha de montagem era paralisada. Foi utilizada para a fabricação de armamentos e artefatos bélicos. Passada a guerra, em 1946, o Traction, somente na versão 11 BL e 15 Six G  volta a ser produzido e ainda fazia sucesso apesar de só ter disponível a cor preta por economias na empresa. Foi assim até 1951.
 
Em 1952 recebem uma tampa traseira que fez aumentar muito a capacidade do porta-malas que era limitada. Os para-choques também estavam maiores e as hastes dos limpadores de para-brisa passam para a parte inferior deste.
Dois anos depois, o modelo 15 H recebe a suspensão hidro-pneumática no eixo traseiro. Esta faria história em seu sucessor, o DS, e em vários modelos da linha, sendo aperfeiçoada até hoje e presente no modelo mais moderno C5.
André Citroën foi um precursor. E o  Traction Avant revolucionou a indústria nos anos 30 e tornou a Citroën conhecida em todo o mundo. Foi produzido entre 1934-1957 e firmou a Citroën como uma empresa ousada, pioneira, vanguardista e de tecnologia avançada. Ao todo 758.858 exemplares foram para as ruas do mundo.
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A Cotação
Os modelo hoje valem entre 8.500 e 50.000 Euros conforme o estado sendo que os mais caros são os cupês e conversíveis. A cotação do Euro hoje está por volta de 3,45 Reais. Os modelos Six, cupês e conversíveis valem muito mais.
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No desfiladeiro.
A Citroën sempre gostou de demonstrar a resistência de seus carros. E o Traction não escapou da empreitada. Enfrentou um teste de impacto no desfiladeiro. Um modelo foi jogado de uma altura considerável, capotou de frente algumas vezes até parar no plano. Voltou rodando para a fábrica sem maiores danos.
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Em Escala.
Difícil um importante fabricante de miniaturas não ter reproduzido o modelo em escala. Tem para todos os bolsos e gostos. Quase todas ainda disponíveis nas prateleiras das lojas especializadas. Abaixo um modelo da coleção 007
A famosa italiana Bburago tinha, até pouco tempo, em seu catálogo de 1999/2000, o modelo 15 de 1938 na escala 1/24. As portas dianteiras e o capô se abrem e as rodas esterçam. Na cor preta, a marca caprichou no acabamento. Também há uma interessante, em kit, para montar sem cola, da versão que fez o Rali de Monte Carlo. Ambas feitas em Zamac ( Liga metálica composta de Zinco, Alumínio, Magnésio e Cobre). Há plástico na miniatura também.
A Matchbox inglesa também o fez na cor preta. Constou do catálogo de 1985. Foi o modelo 15 de 1953 com a “mala” destacada. Bem acabado, para-choques, faróis e grade dianteira são cromados e interior branco. Na escala 1/66.  
A Sólido francesa também o destacou. Nas escala 1/43 tinha o modelo 15 de 1939 na versão civil, cor preta,  e na versão FFI (Force Française d’Intervension), ou seja, o carro da resistência. Este tem pintura camuflada em tons verde do exército e adesivos da “instituição” que eram a inscrição FFI na porta dianteira e na traseira e a cruz de Lorena representando um V de vitória. Muito bonitos, interessantes e detalhados. A Maisto da Tailândia fez, na escala 1/18,  também o modelo 15 de 1938 em zamac e plástico na cor cinza claro. As portas e o capô se abrem e as rodas esterçam e o volante gira.  Também nesta escala fez a versão FFI e uma interessante do Táxi parisiense da época cujas cores eram preta e vermelha. 
A Élysées francesa fez, na escala 1/43, o modelo cupê de 1938 na cor cinza metálico. Em resina este modelo é muito raro e bonito. Também fez os modelos furgão, ou seja, na versão comercial com propagandas da Coca-Cola, na cor vermelha e amarela.b ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Lembranças / Apetrechos
Na França, principalmente, há muito objeto com o tema Traction para ser comprado. São pinturas, DVD’s,  bonés, postais, chaveiros, camisetas, pôsteres, placas metálicas para afixar em paredes, relógios de paredes e até termômetros.
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Nas Telas
No filme From Russia with Love, de 1963, Moscou contra 007 é o segundo da série 007 com Sean Connery no papel do agente secreto James Bond. Seus foram produtores Albert Broccoli, Harry Saltzman e o director Terence Young. É baseado no romance homônimo de Ian Fleming de 1957. Também atuam a bela atriz italiana Daniela Bianchi como Tatiana Romanova que faz o papel de uma fiel funcionária da embaixada soviética na Turquia.
Ela age pensando na gloria de seu país, mas é manipulada pela organização terrorista Spectre. Traz também o ator Robert Shaw como Red Grant que é um agente habilidoso da Spectre que tenta eliminar Bond. O Citroën Traction aparece logo no princípio do filme e pertence à agentes russos. Mais um ótimo filme de 007 com muitas cenas de ação como sempre. 
Em Fugindo do Inferno (The Great Escape) com Steve Macqueen, narra a história de  um grupo de prisioneiros no final da segunda guerra mundial. Numa cena já no final do filme, um Citroën Traction se aproxima de um bar onde estão três alemães tomando um aperitivo. O carro pára e , de dentro, um oficial da resistência francesa metralha os inimigos, sendo que, logo após, o carro sai em disparada. Um cena muito bem filmada.
Também, em Ladrão de Casaca (To Catch a Thief) , filme de 1955, do grande Alfred Hitchcock, estrelado por Cary Grant e a linda Grace Kelly, o Citroën Traction dos policiais franceses aparecem no filme do princípio ao fim. Sempre em perseguição ao Ladrão refinado.
No filme Indiana Jones e a Última Cruzada, de 1989, terceiro da série com o grande Sean Connery fazendo papel do pai de Jones. Ambos estão num um belo conversível que foi infelizmente destruído. Tomara que tenha sido uma réplica.
Todos os DVD’s, de gêneros diferentes, merecem ser vistos.
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Aventura
Muito famoso, os intrépidos do Tracbar já rodaram o mundo. Trata-se de um grupo de “Citroenistas” que levam seus Traction para raids na Austrália, Estados Unidos e África. 
No da Austrália foram selecionadas 35 famílias de “Tractionistas” da França, Suíça, Alemanha e Caribe para participar do TRACBAR DUNDEE 2000. Percorreram 7.000 km, atravessaram os grandes desertos de Victoria e Simpson e ainda as famosas e místicas Gunbarrel Highway » e « Birdsville Track ». O modelo mais antigo era de 1936 e o mais novo de 1954. Todos completaram a prova. A primeira edição deste tinha sido em 1998. 
Em 2002 foram em terras americanas. Foi o Rallye Tracbar Yankee 2002. Começou em 19 de julho deste ano. O grupo formado por 30 equipes, partiram de Los Angeles na Califórnia, rodando boa parte na famosíssima Route 66. Em 8 de agosto chegaram a Nova York, na costa oeste dos Estados Unidos. Neste ano, a epopéia se repetiu.
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No Brasil
No Brasil, os Citroën Traction, modelo 11 foram importados entre 1947 e 1951 sendo que quase todos eram na cor preta. Fez sucesso, mas não era o modelo importado mais vendido por causa da maioria de carros americanos que eram a preferência. Sua mão-de-obra também era muito especializada sendo que os mecânicos mais famosos eram de origem francesa. O mais vendido foi o 11 Légerè e infelizmente hoje são poucos que estão rodando ou expostos. Fez-se até uma réplica do 4 portas encurtado, só com duas, em plástico reforçado com fibra de vidro e mecânica VW a ar. Não fez muito sucesso.
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Casos da história
Foi o carro preferido da resistência francesa. Também foi muito usado pela Gestapo, gangsteres e outros bandidos de grande fama. Rápido e estável, era muito eficaz nas fugas. Na Segunda Grande Guerra Mundial foi muito apreciado pela facilidade em enfrentar terrenos acidentados e pela ótima estabilidade em curvas.
No Rio de Janeiro, em 7 de abril de 1952, o corpo do bancário Afrânio Arsênio de Lemos foi encontrado, com três tiros, dentro de um Citroën 11 Légère preto estacionado na ladeira do Sacopã, na Lagoa Rodrigo de Freitas. As suspeitas recaiam sobre o tenente da Aeronáutica Alberto Jorge Franco Bandeira que teria matado o bancário, que era o proprietário do  Citroën, por ciúmes de Marina Andrade Costa, que era uma estudante. Por falta de provas, o crime não foi esclarecido e prescreveu em dezembro de 1972. 
Por 20 anos, o "caso do Sacopã" foi lembrado em  jornais e revistas do país. E por consequência, o carro ficou muito conhecido e a marca muito famosa.
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O V8
No Salão de Paris de 1934, ao lado dos modelos convencionais, também foi apresentado um protótipo chamado “Citroën 8 Cilindros Tração Dianteira Conversível”. De cor vermelha e capota branca, seu interior era mais luxuoso e acabamento mais refinado. Por fora o capô era mais longo, os para-lamas mais envolventes, para-choques duplos, faróis embutidos na carroceria e no centro da grade um 8 bem visível. O motor V8 tinha curso de 78 x 100, 2.867 cm³ e potência estimada em 100 cavalos. Nos  testes superou os 140 km/h. Um modelo 4 portas também foi apresentado. Não passaram de protótipos e eram muito raros. Os poucos que existem hoje estão bem escondidos. Não entraram em produção por questão de custos.
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Fotos cedidas gentilmente do arquivo da Citroën Heritage
Merci spécial pour espace presse Citroën pour les belles photos ici.

Fichas técnicas
Citroën 11 BL cabriolet - 1938
  • Potência Fiscal : 11 CV
  • Carroceria : monobloco em aço
  • Suspensão : Barras de torção e amortecedores telescópicos.
  • Motor : 4 cilindros em linha , bloco e cabeçote em ferro fundido
  • Cilindrada : 1911 cm3
  • Curso : 78 mm x 100 mm
  • Potência : 50 cavalos à 3500 rpm
  • Distribuição : válvulas no cabeçote e comando lateral.
  • Alimentação : um carburador Zenith Stromberg invertido
  • Caixa de marchas  : manual de 3 marchas mais marcha a ré. Alavanca no painel.
  • Transmissão  :Nas rodas dianteiras por cardã com juntas Spicer
  • Freios  : hidráulicos a tambor nas 4 rodas
  • Direção : à cremalheira
  • Pneus : Michelin 165 x 400
  • Carroceria : cabriolet, 2 portas, 2 lugares + 2 lugares no Spider, feito em chapa de aço
 15 Six berline - 1953
  • Potência Fiscal : 16 CV
  • Carroceria : monobloco em aço
  • Suspensão : Barras de torção e amortecedores telescópicos.
  • Motor : 6 cilindros em linha , bloco e cabeçote em ferro fundido
  • Cilindrada : 2867 cm3
  • Curso : 78 mm x 100 mm
  • Potência : 76 cavalos à 3800 rpm
  • Distribuição : válvulas no cabeçote e comando lateral.
  • Alimentação : um carburador Solex de corpo duplo invertido
  • Caixa de marchas  : manual de 3 marchas mais marcha a ré. Alavanca no painel.
  • Transmissão  :Nas rodas dianteiras por cardã com juntas Spicer
  • Freios  : hidráulicos a tambor nas 4 rodas
  • Direção : à cremalheira
  • Pneus : Michelin 165 x 400
  • Carroceria : Sedã com 4 portas, 5 ou 6 lugares feito em chapa de aço. 
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Fotos realizadas em Paris, nas ruas, na grande loja Citroën na Avenida Champs-Élysées, 42, no Conservatoire Citroën, na excelente exposição Autoclásica em San Isidro, Buenos Aires, Argentina, no Museu Estrada Real em Bichinho, Tiradentes, Minas Gerais e no Forte de Copacabana no Rio de Janeiro.

retroauto.com.br
30
Abr18

UM DOS TRILHOS MAIS PERIGOSOS DO MUNDO ESTÁ EM ESPANHA

António Garrochinho


Caminito Del Rey, na Espanha, foi fechada após deterioração e acidentes. Agora, o governo espanhol espera atrair milhares de aventureiros dispostos a cruzar dois grandes desfiladeiros

O Caminito Del Rey está com cara nova e governo espanhol promete mais segurança (Foto: Getty Images)
















Por mais de uma década, um passagem entre dois desfiladeiros de Andaluzia, Espanha, causava temor e repulsa por ser descrita como "a mais perigosa do mundo". Um grande projeto de reconstrução e reestruturação, no entanto, fará com o público a conheça de outra forma. Reaberto desde o dia 28 de março, o Caminito del Rey proporciona um passeio entre pedras e montanhas, a 100 metros acima do rio Guadalhorce.

O Caminito Del Rey corta os desfiladeiros dos cânion Chorro e Gaitanejo, que se destacam em Málaga, cidade da Andaluzia. O caminho foi construído originalmente em 1905 para dar acesso a duas cachoeiras, onde trabalhariam funcionários do que seria uma hidrelétrica. Diz a história que o caminho assim ficou conhecido porque, lá em 1921, o rei Afonso XIII precisou cruzar o sinuoso caminho durante a inauguração. A tarefa continuou desafiando os transeuntes que por lá se aventuram nas décadas seguintes. 
Caminito del Rey, no início do século XX (Foto: Divulgação Caminito del Rey)
O caminho é tortuoso: a calçada foi construída manualmente, encravada nas rochas do cânion, possui apenas um metro de largura.  Ao longo do século, no entanto, o caminho foi se deteriorando - não recebeu manutenção devida - e acabou ganhando uma má fama após ser palco de dois acidentes fatais, em 1999 e 2000. Foi então que o governo demoliu a entrada e e os acessos.
A reabertura vêm após anos de reconstrução, iniciados em 2011, que consumiu um investimento do governo da ordem de 5,5 milhões de euros  segundo o El País. A rota total é de 7,7 quilômetros, mas a nova configuração traz "apenas" 2,9 quilômetros de rotas. O trecho mais famoso inclui a ponte Balconcillo de los Gaitanes, que cruza, 100 metros acima, o rio Guadalhorce. Durante a caminhada, é possível ver também um moderno trem cruzando os desfiladeiros. Sob aqueles trilhos, cruzou uma ferrovia inaugurada em 1866 e que foi fundamental para o desenvolvimento de vilas, cidades e negócios da região. 

Caminito Del Rey: Calçada foi construída encravada na montanha (Foto: Getty Images)
Turistas observam altura, em instalações recém-inauguradas (Foto: Getty Images)
É possível avistar o trem da ferrovia que corta o desfiladeiro - e cujos trilhos hoje passam um moderno trem (Foto: Getty Images)
Sinuoso caminho de Caminito Del Rey, conhecido com um dos mais perigosos do mundo (Foto: Getty Images)
30
Abr18

ESTA É A MAIOR FLOR CONHECIDA

António Garrochinho
Maior flor do mundo

Rafflesia Arnoldii é a maior flor do mundo, podendo atingir até 106 cm de diâmetro e pesar até 11 kg.
 
A maior flor do mundo é nativa e endêmica das ilhas de Sumatra e Bornéu, na Indonésia, que pode atingir até 106 cm de diâmetro e pesar até 11 kg. 


Rafflesia Arnoldii é uma planta membro do gênero Rafflesia, que produz a maior flor individual na terra, tem um odor muito forte e repugnante de carne em decomposição, apelidada de "flor-cadáver". 
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Maior flor do mundo

Apesar de existirem algumas plantas com órgãos de floração maiores, como o Arum Titan (Amorphophallus titanum) e Talipot Palma (Corypha umbraculifera), estas são um aglomerado de muitas flores, e nãi uma única como a Rafflesia. 
Maior flor do mundo

A maior flor do mundo foi reconhecida oficialmente como uma "flor rara" através de um Decreto Presidencial da Indonésia, tendo assim ações tomadas para evitar sua extinção. 
Rafflesia Arnoldii - maior flor do mundo

A maior flor do planeta, que cresce a um diâmetro de cerca de um metro e pesa até 11 kg, vive como um parasita na árvore Tetrastigma, em florestas tropicais. 
Maior flor do mundo

A Rafflesia não possui folhas, caules e nem raízes. Semelhante a fungos, os indivíduos crescem como vertentes embutidas dentro e em contato íntimo com áreas células hospedeiras. 
Rafflesia Arnoldii - maior flor do mundo

A flor gigantesca que possui uma coloração marrom-avermelhada só pode ser vista quando está pronta para reproduzir, exala um fedor de carne podre que atrai insetos, como moscas que fazem a polinização da planta. 
Maior flor do mundo

Por estar correndo risco de extinção, ambientalistas e biólogos tem desenvolvido maneiras de recriar ambientes para cultivar a maior flor do mundo. 


gigantesdomundo.blogspot.pt
30
Abr18

El Capitan - A maior pedra de granito do mundo

António Garrochinho

El Capitan - A maior pedra de granito do mundo
O monólito El Capitan é o mais alto e maior monólito de granito do mundo, com 910m e um dos principais pontos de interesse do alpinismo mundo
 
O monólito El Capitan é o mais alto e maior monólito de granito do mundo, com 910m e um dos principais pontos de interesse do alpinismo mundial.


El Capitan é uma formação rochosa (monólito) com 910 metros de altura, localizada no Parque Nacional de Yosemite, Califórnia, Estados Unidos. 
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Um monólito é uma estrutura geológica, como uma montanha, por exemplo, constituído por um única e maciça pedra ou rocha.

Esta formação rochosa vertical está localizada no lado norte do vale de Yosemite , perto de sua extremidade ocidental e é um dos favoritos para escaladores experientes.

O topo do El Capitan pode ser alcançado através de caminhadas fora do vale de Yosemite, na trilha ao lado de Yosemite Falls , em seguida, proceder a oeste. 

Para os alpinistas, o desafio é subir o rosto de granito puro, existem muitos chamadas vias de escalada , todas são difíceis. Foi escalado pela primeira vez em 1958 por Warren Harding , Feliz Wayne e George Whitmore em 47 dias.

Eles usaram escalada em estilo expedição usando cordas fixas ao longo do comprimento da rota, ligando campos estabelecidos ao longo do caminho.

Visitantes durante todo o ano pode olhar do chão do Vale a apreciar a enormidade de tudo isso, pois dá para chegar de carro, bem próximo. 

Localização por satélite


Exibir mapa ampliado

gigantesdomundo.blogspot.pt

30
Abr18

Grand Canyon - O maior desfiladeiro do mundo

António Garrochinho
Grand Canyon - O maior desfiladeiro do mundo

Considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo, o Grand Cayon é um ponto turístico visitado por milhares de turistas anualmente e é o...
 
Considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo, o Grand Cayon é um ponto turístico visitado por milhares de turistas anualmente e é o maior desfiladeiro do mundo. 


O Grand Canyon situa-se ao norte do estado do Arizona, no oeste Americano. Para chegar lá o ideal é tomar como ponto de partida a cidade de Flagstaff, e seguir rumo norte pela estrada 180 e depois pela 64. De Flagstaff até a entrada do Grand Canyon National Park são cerca de 90 minutos de carro.
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Seu vale foi moldado pelo rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km.

Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.

O Grand Canyon foi visto pela primeira vez por um Europeu em 1540, o espanhol Garcia Lopez de Cardenas. A primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. 

Paga-se uma taxa para acessar o parque, e se você pretende fazer este passeio nos meses do verão americano, prepare-se para encontrar pela frente prováveis congestionamentos, pois muita gente vai lá nesta época. Ao lado a torre de pedra conhecida como Watch Tower, situada a cerca de 20 km a este da entrada principal, e 2.260 m acima do nível do mar.

A exploração do canyon pode ser feita de várias formas. O passeio básico é percorrer as trilhas que margeiam a borda do despenhadeiro, enquanto o roteiro mais rústico é a descida até o fundo do canyon em mulas, nas excursões organizadas pela administração do parque.

O único problema é que este passeio de mulas é muito procurado e os lugares são poucos o que torna necessário fazer reservas com muita antecedência, se preferível um ano antes da data de sua visita. 

O Grand Canyon Skywalk é uma passarela de vidro e aço, inaugurada em 2007 após muitas polêmicas e sua idéia é fornecer aos visitantes a sensação de estar andando no espaço, sobre o Grand Canyon. 

A plataforma está encravada na rocha, a mais de 1000 metros de altura do fundo do canyon e de fato fornece um visual incrível, apesar de destoar completamente do cenário natural em volta.

O Grand Canyon Skywalk situa-se a oeste da Grand Canyon Village, num outro ponto do canyon conhecido como Grand Canyon West, bem distante da entrada do parque nacional. 

Localizaçãp por satélite


Exibir mapa ampliado


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30
Abr18

FESTIVAL DO PÉNIS SÍMBOLO DE FERTILIDADE NO JAPÃO

António Garrochinho

Grande no Japão: pênis gigante de madeira carregado montanha para festa de fertilidade (VIDEO)
Um festival de pênis claramente não é difícil de vender no Japão, quando multidões se reuniram nas fontes termais de Osawa, em Hanamaki, no domingo, para celebrar o festival anual Konsei Fertility.
A principal atração - um enorme pênis de madeira - foi levada pelas ruas antes de ser banhada pelas fontes termais. A divindade de madeira, conhecida como 'Konsei-sama', destina-se a abençoar os reverentes com fertilidade e nascimentos seguros.
As mulheres que desejam se casar ou engravidar (ou ambos) normalmente montam o falo de madeira uma vez que ele é colocado na água na esperança de que parte de sua boa fortuna caia sobre ele. O pênis de madeira, esculpido em uma árvore zelkova, é normalmente armazenado no próximo Santuário Konsei no alto das montanhas, mas é levado até as fontes termais durante os meses de inverno.

VÍDEO
Tanto o membro maciço, que pesa uns impressionantes 150 kg e mede 1,4 metro e os testículos cerimoniais que o acompanham, são trazidos pela encosta da montanha por um grupo de jovens à trilha sonora de tambores de taiko.
www.rt.com

FOTOGALERIA


















30
Abr18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

HÁ MUITO QUE O VIL DESEMPENHO DOS DEPUTADOS E MINISTROS DOS SUCESSIVOS GOVERNOS PS/PSD/CDS PÕEM EM CAUSA E ENVERGONHAM O PARLAMENTO.
O PARLAMENTO QUE OS PORTUGUESES HONRARAM MAS QUE HOJE É UMA CASA DE NEGÓCIOS PARA GENTE SEM ESCRÚPULOS.



SÃO ESTES OS QUE DEVERIAM NOS REPRESENTAR, OS QUE GOVERNAM, OS VERDADEIROS CULPADOS DE TODO O DESENCANTO POLÍTICO QUE ALASTRA NO NOSSO POVO.

NEM NO 25 DE ABRIL TÊM UMA PONTA DE DIGNIDADE E O CRAVO AO PEITO É SÓ UM ACESSÓRIO PARA ENGANAR OS AINDA INCAUTOS.

FOI COM UMA VERGONHOSA, UMA RANHOSA INTERVENÇÃO QUE UMA DEPUTADA DO CDS COLOU ABRIL AOS INCÊNDIOS DE PEDROGÃO E OUTROS.

FOI COM VERGONHA DISFARÇADA QUE MARCELO REBELO DE SOUSA ANDAVA COM O BRAÇO PENDIDO RODANDO O CRAVO ENTRE OS DEDOS, TENTANDO ESCONDÊ-LO PARA NÃO O JOGAR FORA.

O POVO PERGUNTA ? PORQUÊ TANTO ÓDIO AO 25 DE ABRIL, AO POVO ? O POVO QUE VOS PAGA,  QUE VOS DÁ TUDO SEM NADA RECEBER EM TROCA.

TODOS ELES OS QUE NESTAS QUATRO DÉCADAS DESGOVERNARAM PORTUGAL SÃO CULPADOS E MUITOS CRIMINOSOS PERANTE A SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA O NOSSO POVO DESEMPREGADO, SEM SAÚDE, SEM TECTO, SEM DINHEIRO PARA ALIMENTAÇÃO, RENDA DE CASA, SAÚDE, E EDUCAÇÃO.

NÃO SE ALMEJAM TEMPOS BONS PARA A NOSSA VIDA, MAS HÁ QUEM ESTEJA CONTENTE COM O ESTADO DAS COISAS E PROCURE COÇAR APENAS O SEU UMBIGO.

AS ATITUDES, AS PALAVRAS, AS REACÇÕES POLÍTICAS AQUI NAS REDES SOCIAIS SÃO UM BOM INDICADOR DO QUE AQUI AFIRMO


António Garrochinho
30
Abr18

*A verdade nunca é dita...!*

António Garrochinho




Até há quatro ou cinco dias, os comentadeiros e jornaleiros de serviço diziam e repetiam sem descanso que o agente-duplo Skripal, e a sua filha, tinha sido envenenados pelos russos com agentes nervosos Novichok.
A reaccionária inglesa T. May, fez "fitas" e mais "fitas", expulsou embaixadores, mandou vir embaixadores, chamou e "rechamou" criminoso ao governo russo, gritou, berrou e difamou tudo e todos conforme quis. Na sequência disto vários países da EU seguiram-lhe o exemplo "porque há que ser-se solidário com os amigos" e "a Rússia tinha que pagar pelo crime..."!
Foram dadas voltas e mais voltas, testes e mais testes e, nem o laboratório militar de Porton Down nem a Organização para a Proibição de Armas Químicas, conseguiram identificar o agente químico responsável pelo envenenamento.
Entretanto o caso deu uma reviravolta e o Laboratório Spiez (Suíço), de referência mundial, provou que, o veneno que quase matou os Skripal foi o BZ, que não é, nem nunca foi, fabricado na Rússia. Ou seja, todo o crime foi cometido com base no BZ, que é produzido nos EUA e no Reino Unido e que é disponibilizado para os países da OTAN (em inglês NATO).c
Perante esta "cambalhota" do caso Skripal, os comentadeiros e jornaleiros, que tanto tinham rosnado e envenenado os ouvintes, "puseram a viola no saco" e nunca mais falaram no caso. Se estes lacaios do poder instalado fossem minimamente honestos, teriam vindo a público repôr a verdade e informar sobre a nova descoberta... mas também... quem é que disse que eles são honestos?
Como diz o cantor: "Dói-me o corpo, dói-me a alma, dói-me o ego, dói-me tudo..."

Ana Sara Cruz in facebook


30
Abr18

DONO DISTO TUDO

António Garrochinho
QUALQUER DIA COM AS MULTAS DE MILHÕES APLICADAS AO RICARDO SALGADO QUE ELE APESAR DE TUDO NÃO PAGA, O "DONO DISTO TUDO" IRÁ PEDIR INDEMNIZAÇÃO E ENTÃO SERÁ O "DONO DISTO TUDO" DUAS VEZES.
AG
30
Abr18

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP - Sobre o veto do Presidente da República à "Lei da Uber"

António Garrochinho



1. O veto e a devolução à Assembleia da República por parte do Presidente da República da chamada "Lei da UBER" - recentemente aprovada por PS, PSD e CDS -, constitui, no entender do PCP (que votou contra), uma oportunidade para impedir a aprovação de legislação que, a ir por diante, abriria a porta à destruição de um sector de base nacional – o sector do táxi –, introduziria novos e mais gravosos mecanismos de exploração dos trabalhadores, retiraria ao País e às PME importantes receitas que passariam a ser canalizadas para o estrangeiro, colocaria o futuro do transporte individual de passageiros nas mãos de multinacionais.


2. O PCP reafirma que a legislação aprovada por PS, PSD e CDS, e agora vetada pelo Presidente da República, traduz a submissão destes partidos aos interesses das grandes multinacionais e a sua opção pelo abandono e fragilização das micro, pequenas e médias empresas do sector do táxi. Como o PCP na altura sublinhou, a decisão então tomada era tão mais inaceitável quanto já se conheciam, quer os impactos negativos da "legalização" da UBER noutros países, quer o pronunciamento de várias instâncias judiciais que sublinham a concorrência desleal que essa "legalização" provoca.


3. Este veto não altera, no entanto, uma realidade: há mais de 4 anos que a UBER e outras multinacionais actuam de forma ilegal no País, contando com uma vergonhosa cumplicidade das autoridades. Uma cumplicidade que começou com o anterior governo PSD/CDS mas continuou com o actual Governo do PS e que se traduz no seguinte: o sector do táxi continua a ser regulado, fiscalizado e multado; as multinacionais como a UBER, apesar de ilegais, actuam impunemente em Portugal.


4. Com a devolução do diploma à Assembleia da República, abre-se uma nova possibilidade para reapreciar esta legislação, que contará com a iniciativa e contribuição do PCP, designadamente para:
Impedir a existência de um regime paralelo e concorrencial ao do táxi, admitindo que as multinacionais possam intermediar a compra de serviços de táxi no quadro de uma lei do sector do táxi modernizada;
Impedir a existência de dois regimes com regras diferentes para um mesmo serviço e uma mesma profissão, um com preço fixo, outro com preço livre, um exigindo uma determinada formação profissional outro contentando-se com menos, um com contingentes outro sem contingentes;
Reforçar um regime laboral que imponha a existência de contratos de trabalho e adopte mecanismos que travem a sobre-exploração da força de trabalho;
Apoiar a modernização do sector do táxi.


O País não pode estar à mercê das multinacionais, sujeito a alterar as suas leis e regras, para satisfazer os seus interesses. A introdução de novas tecnologias no transporte individual de passageiros deve ser considerada a par de medidas de melhoria das condições de trabalho e da prestação do serviço. Há muito que o sector do táxi tem vindo a reivindicar medidas e apoios com vista à sua modernização. É isso que se impõe, é nessa direcção que o PCP continuará a intervir.


www.pcp.pt
30
Abr18

SEGURITAS OU PROSSEGUR - PSP é que não) - Guilherme Antunes

António Garrochinho



SECURITAS OU PROSEGUR (-PSP é que não)
Os portugueses politicamente mais esclarecidos sabem há muito que o truque da CEE, primeiro, e da UE depois, tem sido uma invasão neo-liberal/fascista (fase extremista do capitalismo) em países soberanos e independentes, realizada com a conivência de traidores das respectivas burguesias nacionais, de que se destaca, no nosso caso, o agente da Cia, Mário Soares.
Manietado, obstruído, desvalorizado, empobrecido, Portugal tem estado à mercê do pior tipo de seres humanos, externos e internos, que colonizaram o território nacional e mantêm um povo aprisionado nos seus valores mais seculares: a sua ideia de independência pugnada por cerca de 9 séculos e glorificada em 25 de Abril de 1974.
Uma mulher desmaia no aeroporto depois de ter aterrado em Lisboa. Chamado o pessoal do INEM, que se faz acompanhar da PSP, é-lhe barrada a entrada por…seguranças privadas do aeroporto, por motivo de revista obrigatória. Passaram, entretanto, 17 minutos, se fosse uma paragem cardio-vascular a mulher teria morrido.
A questão NACIONAL é saber que, HOJE, a autoridade(?) que vale mais é a segurança privada e a que vale menos é a segurança pública. É saber que os negócios de milhões impostos à sociedade portuguesa nesta área, são de tal modo sumptuosos que a PSP já dobra a cerviz perante a decisão de um pobre homem a quem deram ordens rigorosas: a polícia aqui não manda nada.
O Estado de Portugal não existe, é um mero protectorado da Alemanha (e dos EUA), em que as decisões fundamentais são tomadas em território estrangeiro e ao arrepio da felicidade dos luso-sitiados.
Importava, pois, saber-se quais são os locais do território nacional em que a PSP, a GNR, etc, ainda pode intervir sem se encontrarem na dependência do mando de empresas privadas de segurança, cujo patronato, como é público, é pertença de uma oligarquia de generais e outra tropa fandanga e de “políticos” partidários e outra escumalha generalista.
30
Abr18

ALGARVE - Ria Formosa recebe Ecofest(a) a pensar nas famílias

António Garrochinho


Pedro Bartilotti
Música, dança, devolução de animais à Natureza, observação noturna de camaleões, passeios de burro… tudo isto (e muito mais) vai acontecer no Ecofest, entre 4 e 6 de Maio, na Quinta de Marim, em Olhão, com o Parque Natural da Ria Formosa como pano de fundo.
Uma programação pensada para as famílias é a aposta do Ecofest. Pedro Bartilloti, da Associação Recreativa e Cultural do Algarve (ARCA), que organiza o evento, em parceria com o Parque Natural da Ria Formosa, explicou ao Sul Informação que «este festival acima de tudo foi pensado para famílias. Quer a parte musical, quer a parte ambiental, foram pensadas para pessoas de todas as idades. As atividades podem ser participadas por crianças de 4 ou 5 anos ou por pessoas de 80 anos».
«Sou pai e tento levar os meus filhos a determinados eventos ou festivais e, em muitos deles, não me sinto à vontade. Seja porque a música não tem a ver com eles ou porque não me sinto seguro com o público que atrai. Quisemos criar um festival em que não houvesse qualquer problema de os pais levarem os filhos, passando ali três dias a participar nas atividades. Isto é cada vez mais difícil e procurámos também dar-lhes boa programação», acrescenta Pedro Bartilotti.




Rarefolk



A vertente musical enquadra-se «mais na área da world music. procurámos um conceito abrangente e variado, com música que se adapta ao local».
Segundo Pedro Bartilotti, foram escolhidos os grupos «em função do horário e do espaço. Por exemplo, grupos de rock não iriam resultar naquele local. Vamos ter grupos que vão tocar desde jazz, a música celta, música tradicional italiana, mas com muita energia, cantautores portugueses, música de Cabo Verde… Tentámos variar ao máximo, mas sempre procurando música alegre, com boa disposição. Grupos depressivos ou grupos sem groove, tentámos evitar».
Os espanhóis Rare Folk e os italianos Anonima Nuvolari vão dar os concertos de encerramento dos dois primeiros dias. O programador explica que «não precisam de ser estrelas internacionais, aliás muitos destes grupos são pouco conhecidos, mas, em termos de produto final, são muito bons. Não são conhecidos, mas não deixam de ser tão bons ou melhores que os outros», garante.
Em termos de espaço, haverá «três locais privilegiados. Temos o parque de merendas, onde vão acontecer espetáculos de música, haverá comes e bebes, algumas atividades do Dia Aberto (no dia 5) e a Ecofeira também vai acontecer perto dessa zona. Temos também um local, ao qual demos nome de Sítio da Nora, com atividades para famílias e crianças, e onde vamos realizar um minifestival de contos e, sendo que o conceito do festival é ter dinâmica, em determinados locais emblemáticos, como o moinho de maré, que é um sítio extraordinário, tentámos arranjar uma programação que encaixasse ali. Neste caso, achámos que a harpa da Helena Madeira fazia sentido».
Ao longo do dia, «vamos também ter sempre uma parte de música eletrónica, mas com sons ambientais».
Pedro Bartilotti revela ainda ao nosso jornal que o Ecofest vai também chegar à praia, porque «vamos ter uma performance de dança contemporânea na ria, da Filipa Rodriguez, e convidámos um músico dos Anonima Nuvolari, acordeonista, que vai chegar uns dias antes para preparar o espetáculo com ela».



Moinho de maré na Quinta de Marim




Já sobre a vertente ambiental, o organizador do evento considera que as pessoas sabem que proteger o ambiente «é importante, mas muita gente não tem esse contacto. Queremos, com este festival, que pessoas se desloquem e vejam como são as coisas. Há quem nunca tenha visto um camaleão na vida! Queremos também alertar para a importância da limpeza, da necessidade de reduzir lixo e da reciclagem. Aliás, a vertente logística do Ecofest teve isso em conta, uma vez que a sinalética, ou os pufes, foram construídos com materiais reciclados».
Além disso, «vamos introduzir o Eco Copo. A intenção é que não haja copos de plástico dentro do parque».
De acordo com o organizador, são esperadas, ao longo dos três dias do evento 4 mil pessoas.
Entre os parceiros do Ecofest, encontra-se o RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, que «vai ser responsável pela Observação de Aves, pela observação noturna de camaleões [atividades que carecem de inscrição] e também pelas atividades de libertação de animais na natureza».
Também o Centro de Interpretação de Natureza do RIAS, na sua sede, no Parque Natural da Ria Formosa, pode ser visitado. De acordo com Pedro Bartilotti, eventuais donativos, «uma vez que o festival  é gratuito, serão canalizados para o RIAS».
Os passeios de burro para crianças são outra das atividades do Ecofest. Pedro Bartilotti assume que «pode fazer alguma confusão aos defensores dos animais, mas asseguramos que, neste caso, não vai haver exploração do trabalho animal. Esta é uma forma que temos de apoiar esta quinta de Paderne, que promove a atividade, e que recolhe burros maltratados, ou abandonados, que necessitam de lar. Tudo isso tem encargos e arranjámos esta forma de colaborar com a quinta»
Todos os anos, no primeiro sábado de Maio, o Parque Natural da Ria Formosa promove o seu Dia Aberto. Em 2018, esse dia será integrado no Ecofest. Neste dia, haverá passeios de barco e «outras atividades promovidas pelo Parque com os seus parceiros. O Parque Natural da Ria Formosa vai também ser responsável pela Ecofeira, que vai reunir artesãos e produtores locais».
Ainda no âmbito do Ecofest, no primeiro dia do evento, na parte de manhã, a partir das 10h00, realiza-se o “Laboratório de Turismo Científico”, na sede do Parque Natural da Ria Formosa. Esta é uma sessão de trabalho aberta a todos os interessados, cuja inscrição pode ser feita aqui.
De acordo com a organização, «o objetivo é a geração de ideias para o desenvolvimento do Turismo Científico no Algarve, onde todos poderão participar ativamente na sessão de brainstorming, que será antecedida por apresentações rápidas pelos oradores Cláudia Henriques, professora da Universidade do Algarve, Cristina Veiga-Pires, diretora do Centro Ciência Viva do Algarve, João Branco, presidente da Quercus, e o jornalista Rui Cardoso, autor do livro “Turismo Científico em Portugal – Um roteiro”».
Esta será a primeira edição do Ecofest na Ria Formosa, mas é a terceira vez que o festival se realiza. «A ideia surgiu em 2008 com primeira edição em Odeceixe, feita em parceria com Almargem e com a Câmara de Aljezur. Essa edição foi um sucesso, tivemos apoio da Região de Turismo do Algarve, mas, no ano seguinte, não conseguimos apoio e não se realizou».



Devolução de águia à natureza pelo RIAS – Foto de Arquivo




O Ecofest regressou em 2011, em Monchique, com a Câmara como principal parceiro, «mas depois, nos anos seguintes, houve o mesmo problema e, sem parceiros, não conseguimos dar continuidade», lembra Pedro Bartilotti.
Este ano,«surgiu a oportunidade a partir do programa 365 Algarve, que publicou que o Parque Natural se encontrava aberto a propostas de eventos que respeitassem a parte ambiental. A ARCA, tendo como parceiro o parque, que sempre se mostrou interessado, conseguiu que o projeto fosse aprovado. Mais tarde, juntou-se a Câmara de Olhão no apoio, que tem sido inexcedível na parte logística».
Agora, «o objetivo é dar continuidade ao Ecofest. Sabemos que 80% dos festivais, ao fim de um ou dois anos, desaparecem. Normalmente, porque são festivais que demoram muito tempo a atingir maturidade. Para o próximo ano, muita coisa será alterada. Temos uma base, mas é um terreno novo que estamos a pisar. O objetivo é que a médio/longo prazo, o festival se realize por si, que ganhe autonomia», conclui Pedro Bartilotti.


A programação completa do Ecofest pode ser consultada aqui.


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30
Abr18

ALGARVE - STº Estevão Tavira - José Francisco convida Vitorino Salomé para cantar nos ‘Serões da Primavera’

António Garrochinho



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Concerto vai realizar-se na Casa do Povo de Santo Estêvão 

















A Casa do Povo de Santo Estêvão (CPSE) vai ser palco, no próximo sábado, 5 de Maio, pelas 22 horas, do concerto de Zé Francisco com Vitorino, no âmbito do ciclo “Serões da Primavera”.
José Francisco, músico natural da freguesia de Santa Luzia, convida o cantor alentejano Vitorino Salomé a revisitar o reportório artístico de ambos.
Zé Francisco, membro do grupo Marenostrum, edita o seu primeiro disco, através do qual assume-se como cantautor e prossegue o papel de contador de histórias ligadas ao mar, à faina, à nostalgia e ao amor.
Esta edição dos “Serões da Primavera” inclui projectos de diversas geografias musicais que exploram as sonoridades e singularidades do pop, fado e jazz electrónico.
Este ciclo é composto por seis concertos, entre Março e Junho, e visa garantir a programação regular no barrocal do concelho, numa perspetiva de descentralização e educação para as artes.

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Para o programa deste ano restam ainda dos concertos 

Para o programa deste ano restam, ainda é possível assistir aos concertos de Minta & The Brook Trout (pop), a 19 de Maio e de Desidério Lázaro (jazz), a 2 de Junho.
“Serões da Primavera” integra o programa “Viva a Primavera”, promovido pela Câmara de Tavira com o apoio das associações culturais do concelho. Este conta, também, com o apoio da Junta de Freguesia da Luz e Santo Estêvão e da Direcção Regional de Cultura do Algarve.





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30
Abr18

Obra de 500 mil euros na ponte da EN125 sobre o Almargem será definitiva

António Garrochinho
A obra que será feita na ponte da EN125 sobre o rio Almargem, em Tavira, será já «definitiva», assegurou o presidente da Câmara de Tavira Jorge Botelho. Esta é uma das intervenções de emergência anunciadas pelo Governo há uma semana e aquela mais onerosa, algo que o também presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve justifica com o facto de ser uma obra de fundo.
Esta informação foi avançada aos representantes do Movimento de Cidadania dos Utentes da EN125 – Sotavento, que estiveram na última Assembleia Municipal de Tavira para questionar Jorge Botelho sobre algumas questões relacionadas com a requalificaçaõ desta estrada, entre Olhão e Vila Real de Santo António.
O movimento quis saber quais as ações que o edil tavirense tomou «em relação ao estado deplorável da EN125 no troço Olhão-VRSA e as ações que tomará no futuro», bem como qual a razão de metade do milhão de euros disponibilizado pelo Governo para estas obras serão gastos na ponte sobre o rio Almargem, deixando «apenas cerca de 250 mil euros para a repavimentação de alguns troços, numa extensão de 38 quilómetros».
Segundo Jorge Botelho, os 500 mil euros para a obra a realizar em Tavira justificam-se «pela avançada deterioração da ponte e pelo risco já elevado de possível colapso. Essa obra será já definitiva, enquanto as outras são apenas para salvaguarda da segurança rodoviária até às obras definitivas».
O presidente da Câmara de Taviara disse, ainda, «ter a informação do Governo que o objetivo é que cerca de 131 quilómetros de requalificação passem diretamente para a Infraestruturas de Portugal, que dispõem de aproximadamente de 18 milhões de euros» e que se espera que haja obras estruturantes a começar «nos primeiros meses de 2019».
Os utentes da EN125 gostaram do que ouviram, mas frisaram, numa reunião privada com Jorge Botelho, que «um dos grandes problemas das forças partidárias é a falta de uma comunicação assertiva com a população, por forma a que a mesma possa tomar conhecimento das ações tomadas pelos políticos, deixando bem claro que uma política de omissão não traz benefícios a ninguém e deixa a população à mercê de alguns boatos e muitas vezes do «diz que disse», deturpando a realidade dos factos».

regiao-sul.pt
30
Abr18

Pesca-da-sardinha-volta-a-ser-proibida-ate-20-de-maio-e-limitada-ate-31-de-julho

António Garrochinho


A pesca da sardinha está proibida entre 1 e 20 de maio, e nos feriados, e limitada entre 21 de maio e 31 de julho, segundo um diploma publicado esta segunda-feira, dia em que terminava a proibição de captura. Num despacho do secretário de Estado das pescas, José Apolinário, publicado esta segunda-feira em Diário da República e que entra terça-feira em vigor, o governante explica os motivos do executivo para prolongar a proibição de pesca de sardinha, em vigor desde 11 de janeiro, recordando os compromissos de limites de captura de Portugal e Espanha.
“Importa agora estabelecer as adequadas limitações de captura, que permitam assegurar a gestão da quota até julho, assim como, a proteção dos juvenis ajustando as quantidades de sardinha classificada como T4 pela frota de cerco, e implementando fechos em tempo real, medidas assumidas por ambos os países em sede de plano de recuperação”, lê-se no preâmbulo do despacho.
No diploma, que entra em vigor na terça-feira, o governante interdita a captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha, no período compreendido entre as 00 horas do dia 01 de maio e as 24 horas do dia 20 de maio de 2018, com qualquer arte de pesca, desde a Galiza ao Golfo de Cádis, a chamada zona 9 definida pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM).
“No período compreendido entre as 00 horas do dia 21 de maio e as 24 horas do dia 31 de julho de 2018, o limite de descargas de sardinha capturada com a arte de cerco é de 4.855 toneladas, a repartir (…) entre o grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários são membros de organizações de produtores (OP) reconhecidas para a sardinha e grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários não são membros de OP reconhecidas para a sardinha, correspondendo a cada um dos grupos, respetivamente, 4.783 toneladas e 72 toneladas”, define o diploma.
Além destas limitações, também é interdita a captura, manutenção a bordo, descarga e venda de sardinha em “todos os dias de feriado nacional” e no dia 23 de maio, sendo também proibida a transferência de sardinha para lota diferente da correspondente ao porto de descarga, bem como, uma mesma embarcação descarregar em mais de um porto durante um período de 24 horas.
O diploma também esclarece que não é permitido, em cada dia, manter a bordo ou descarregar sardinha para além dos limites definidos (por exemplo, para as embarcações com comprimento de fora a fora inferior ou igual a nove metros é de 1,250 toneladas), mas nesse limite pode ser incluído um máximo de 450 kg de sardinha calibrada como T4, independentemente da existência de outras classes de tamanho.
“No final de cada mês proceder-se-á a uma avaliação da utilização das possibilidades de pesca ponderando a eventual necessidade de ajustamento dos limites de captura ora fixados”, determina o governante no despacho.
Também a proibição de pesca até 21 maio e nos feriados, assim como as limitações de pesca nos meses seguintes podem vir ainda a ser alteradas pela Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM): “As medidas previstas (…) podem ser alteradas, por despacho do diretor-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos a publicitar no sítio da internet da DGRM, ouvida a Comissão de Acompanhamento (…) , em função das necessidades de gestão da pescaria e da evolução dos dados recolhidos”, acrescenta.
O encerramento da pesca pode ainda ser determinado por despacho do diretor-geral de Recursos Naturais, a publicitar no sítio da internet da DGRM, podendo estabelecer “um fecho em tempo real com o encerramento da pesca de cerco, numa área centrada no local das capturas, e por um período mínimo de 10 dias”.
Este fecho em tempo real, explica o Governo no diploma, pode acontecer nas seguintes circunstâncias: Deteção de uma percentagem superior a 30% de sardinha abaixo de 13 centímetros (cm) pelos observadores a bordo das embarcações de cerco ou pelos mestres das embarcações do cerco e ainda se for verificada descarga, numa mesma lota, durante 3 dias seguidos, de uma percentagem superior a 30% de sardinha abaixo de 13 cm a comunicar pela entidade que explora a lota à DGRM. Um despacho desse diretor geral deve no entanto incluir a delimitação específica da área a encerrar e respetivo mapa e as datas e horas do início e do fim da interdição.


observador.pt
30
Abr18

Javid é o novo ministro do Interior britânico

António Garrochinho


Sajid Javid é o novo ministro do Interior britânico. O político de origem paquistanesa que até agora assumia a pasta das Comunidades, Governo Local e Habitação vai substituir Amber Rudd envolvida numa polémica sobre a criação de quotas anuais de deportação de imigrantes ilegais.

A até agora ministra do Interior que se preparava para prestar declarações no Parlamento acabou por apresentar a demissão, este domingo, tal como pedia a oposição.

Na origem da polémica, um erro no tratamento dado a um grupo de migrantes chegados às Ilhas Britânicas entre 1948 e 1971, originários de antigas colónias da Coroa nas Caraíbas.

Por engano, vários residentes permanentes foram definidos como migrantes ilegais no Reino Unido, razão pela qual viram negado o acesso a serviços públicos em todo o território.

O objetivo final seria a deportação deste grupo para a região das Antilhas, ainda que antiga ministra o tenha negado perante uma comissão parlamentar de inquérito.

Rudd reconheceu, na carta de demissão que induziu a comissão parlamentar em erro.

VÍDEO


pt.euronews.com


30
Abr18

"Sem Ataques, Sem Vítimas", Disseram Participantes em Vídeo à OPCW

António Garrochinho

Havia pessoas desconhecidas para nós que estavam filmando o atendimento de emergência, eles estavam filmando o caos acontecendo lá dentro e estavam filmando as pessoas sendo molhadas com água. Os instrumentos que eles usavam para molhá-los com água foram originalmente usados ??para limpar os pisos, na verdade”...


As autoridades russas levaram quinze pessoas a Haia, da cidade de Douma, na Síria, que supostamente estavam presentes durante o suposto ataque químico de 7 de abril - incluindo Hassan Diab, de 11 anos, que foi visto em um vídeo amplamente distribuído pela organização polêmica conhecida como “White Helmets”, após o suposto incidente.

Estávamos no porão e ouvimos pessoas gritando que precisávamos ir a um hospital. Nós passamos por um túnel. No hospital, eles começaram a derramar água fria em mim” , disse Diab, que participou do vídeo que o embaixador da Rússia na Holanda disse que foi encenado.

O menino e sua família falaram com vários meios de comunicação, alegando que não houve ataque.

VÍDEO

Outros presentes durante as filmagens da “limpeza” do hospital de Diab pelos White Helmets incluem o administrador do hospital Ahmad Kashoi, que dirige a ala de emergência.

Havia pessoas desconhecidas para nós que estavam filmando o atendimento de emergência, eles estavam filmando o caos acontecendo lá dentro e estavam filmando as pessoas sendo molhadas com água. Os instrumentos que eles usavam para molhá-los com água foram originalmente usados ??para limpar os pisos, na verdade”, lembrou Ahmad Kashoi, um administrador da ala de emergência. “Isso aconteceu por cerca de uma hora, nós fornecemos ajuda para eles e os enviamos para casa. Ninguém morreu. Ninguém sofreu de exposição a produtos químicos.

Falando de Haia também estava Halil al-Jaish, um funcionário de emergência que tratou as pessoas no hospital de Douma no dia do ataque - que disse que enquanto alguns pacientes chegavam com problemas respiratórios, eles eram atribuídos à poeira pesada, presente no ar após os ataques aéreos recentes, mas que ninguém mostrou sinais de envenenamento por guerra química.

O hospital recebeu pessoas que sofriam de asfixia por fumaça e poeira no dia do suposto ataque, disse Muwaffak Nasrim, um paramédico que trabalhava no atendimento da emergência. O pânico visto nas imagens fornecidas pelos White helmets foi causado principalmente por pessoas que gritavam sobre o alegado uso de armas químicas, disse Nasrim, que testemunhou as cenas caóticas. Nenhum paciente, no entanto, apresentou sintomas de exposição a armas químicas, disse ele. - RT

O paramédico de emergência Ahmad Saur, que está no Crescente Vermelho Sírio, disse que sua ala do hospital não recebeu nenhum paciente exposto a armas químicas no dia do suposto incidente, e que todos os pacientes precisavam de cuidados médicos gerais ou de ajuda com ferimentos.

Dito isso, nenhum testemunho dessas pessoas será incluído no “registro oficial” na sua versão atual. O representante permanente da Rússia na OPAQ, Aleksandr Shulgin, disse que a OPCW já entrevistou seis supostas testemunhas de Douma levadas para Haia, e elas não serão mais entrevistadas.

As outras estavam prontas também, mas os especialistas estão seguindo suas próprias diretrizes. Eles escolheram seis pessoas, conversaram com elas e disseram que estavam 'completamente satisfeitas' com a narração e não foram mais questionadas"-Aleksandr Shulgin

Enquanto isso, o Ocidente - descontente com esse inesperado desvio à sua narrativa - chamou a conferência de imprensa russa de "façanha" - com a Grã-Bretanha e a França denunciando-a como uma "mascarada obscena".

"Esse disfarce obsceno não é uma surpresa do governo sírio, que massacrou e bombardeou seu próprio povo nos últimos sete anos", disse o embaixador da França na Holanda, Philippe Lalliot.

"A OPAQ não é um teatro", disse em comunicado o representante da Grã-Bretanha na agência, Peter Wilson. “A decisão da Rússia de abusar dela é mais uma tentativa russa de minar o trabalho da OPAQ e, em particular, o trabalho de sua missão de investigar o uso de armas químicas na Síria.”

Em outras palavras, o Ocidente tem o prazer de bombardear uma nação soberana com base em nada mais do que “evidências” não-públicas suspeitas de terem sido encenadas e fornecidas pelos White Helmets, mas quando os residentes reais de Douma aparecem para contar seu lado disso, eles são condenados como um "disfarce obsceno" e que negaram a oportunidade de apresentar seu testemunho no registro. Parece certo para o complexo industrial militar que, se nada mais, conseguiu alguns bilhões a mais em contratos de compra graças ao mais recente ataque de falsa bandeira à Síria.

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30
Abr18

O PODER DA RUA

António Garrochinho
Resultado de imagem para a manada - violadores espanhois

Foram três dias consecutivos de manifestações e para a próxima sexta-feira está convocada mais uma, em Madrid. A sentença do caso "A Manada", em que cinco jovens foram condenados pelo crime de abuso sexual e não por violação, causou um sobressalto social e político que inclusivamente originou demissões (por comentários feitos nas redes) e promessas de revisão do Código Penal espanhol.
Cada caso é único, mas não são inéditas ou isoladas as observações polémicas em sentenças judiciais. Na decisão deste processo, que vitimou uma jovem de 18 anos nas festas de San Fermín, em Pamplona, um dos juízes pediu mesmo a absolvição total do grupo, considerando que os atos sexuais foram consentidos, embora com "menor atividade e expressividade da denunciante". Por cá, também já assistimos a considerações sexistas ou minimizações da violência conjugal com base em critérios como o ciúme. E é exatamente porque os contornos deste caso o extravasam que a agitação vivida em Espanha nos dá duas lições de vulto.
Desde logo que a mudança e valorização das questões de género é imparável. As vozes mais altas continuam a ser de mulheres (de atrizes a juristas, de colunistas a ativistas), mas o tema tornou-se tão urgente, que os líderes políticos estão a agarrá-lo como bandeira. E quem o colocou na agenda, com estrondo, foram as ruas. Os gritos e cânticos da greve que parou Espanha a 8 de março ressoam ainda e voltam com refrões renovados. Sem medo de insistir, porque é para isso que temos voz.
A segunda lição é a de que a justiça está obrigada a avaliar-se a si própria, sob pena de cair envelhecida. É tempo de abandonar o tom patriarcal de muitas, demasiadas, decisões judiciais. Claro que não queremos uma justiça comandada pelas ruas nem podemos admitir que os tribunais sejam feridos na sua independência. Mas a interpretação da lei é feita por homens. Obrigados a ouvir a sociedade e a acompanharem as suas mudanças.
As leis mudam ao longo do tempo, mas é preciso que também a forma de as aplicar evolua. Na investigação e julgamento de crimes sexuais, assiste-se ainda à prevalência de preconceitos que afetam de forma inegável a aplicação da lei. Na avaliação que fazem do seu próprio trabalho, os magistrados não podem considerar-se acima da crítica. Porque a toga só confere autoridade a quem sabe usá-la em defesa da dignidade da pessoa humana. É esse o propósito da lei, antes de qualquer outro.
Inês Cardoso
SUBDIRETORA
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30
Abr18

O "Casanova" perito em recrutar mulheres para o Estado Islâmico

António Garrochinho




Em 2012, o marroquino Imad Jibar, então com 20 anos, deixou de ser um jovem comerciante de Ceuta para rumar à Síria, onde se alistou como soldado do Estado Islâmico e fez furor como recrutador de mulheres combatentes. Acabou detido em abril passado, seis anos depois.
Imad Jibar nasceu em Castillejos, Marrocos. Antes de comprar um bilhete de avião para a Síria, trabalhava como comerciante em Ceuta e, como tantos da mesma idade, jogava futebol nos tempos livres. Como poucos, foi precisamente no mundo da bola que acabou recrutado para as fileiras do Estado Islâmico, em 2012, escreve, este domingo, o jornal "El Mundo".
Dois anos depois, ajudou a promover a criação do autodenominado Estado Islâmico (EI) com um batalhão hispano-marroquino de cerca de 300 homens, chefiado pelo também marroquino Abdelaziz El Mahadali, antigo traficante de droga e peso pesado do califado. Batizaram-se como "Os Leões de Tetuão (cidade marroquina)". Eram alguns dos primeiros combatentes estrangeiros a sair de Marrocos e Espanha com destino à Síria e, desde o princípio, que estavam a ser seguidos pela polícia. A maioria já não está cá para contar a história.
Considerado pelas autoridades como uma peça-chave no cruzamento da fronteira entre a Turquia e Síria, Jibar recebia os novos membros da organização na cidade turca de Gaziantep, ajudava-os a passar a fronteira sem serem detetados e inseria-os nas cidades do país árabe onde o grupo opera.
Imad Jibar desempenhou com sucesso a missão de engrossar as fileiras do grupo extremista. Era um dos mais eficientes guerrilheiros do EI a recrutar combatentes na Internet, sobretudo mulheres. De acordo com fontes policiais, citadas pelo jornal espanhol, durante os seis anos em que lutou pelo califado, Imad Jibar conseguiu introduzir nos territórios dominados por terroristas várias centenas de pessoas, na maioria do sexo feminino. A imagem de galã que preservava - e que lhe valeu a alcunha de "Casanova" na imprensa espanhola -, as mensagens apelativas e os vídeos gravados em casas luxuosas pareciam conquistar a atenção de muitas delas.
O marroquino foi detido a 17 de abril, com 26 anos, na cidade fronteiriça de Sanliurfa, na Turquia, em consequência de uma ordem internacional de detenção. Deverá ser extraditado para a Espanha para ser julgado por integrar uma organização terrorista.



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30
Abr18

Nada pode obrigar Portugal a aceitar a posição de Estado subalterno e a alienar a sua soberania e independência nacionais

António Garrochinho


INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, SEMINÁRIO «PARA ONDE VAI A EUROPA?»
Saudando todos os presentes, permitam-me iniciar esta intervenção valorizando os contributos para a nossa reflexão colectiva que aqui nos trouxeram os vários intervenientes neste seminário coorganizado pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu e pelo Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu.
Gostaria ainda de transmitir, em nome do PCP, uma particular e fraterna saudação aos representantes do Partido do Trabalho da Bélgica, do Partido Comunista Britânico, do AKEL de Chipre, da Esquerda Unida-Esquerda Plural de Espanha, e do Sinn Fein da Irlanda. A todos expressamos o nosso mais sincero agradecimento por partilharem connosco as vossas análises, experiências e lutas, que para nós assumem uma grande importância e valor. A todos queremos reafirmar a solidariedade dos comunistas portugueses para com as lutas que protagonizam nos vossos países, em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos vossos povos, particularmente àqueles que ainda hoje lutam pela reunificação das suas pátrias, pela soberania, pela justiça e progresso social, pela paz.
Pelas intervenções proferidas, ficaram bem patentes a actualidade do tema e a pertinência da realização deste nosso seminário.
Efectivamente, a União Europeia continua imersa numa profunda crise, que não só é uma expressão da crise estrutural do capitalismo, como decorre da própria natureza do processo de integração capitalista europeu.
Perante a crise, a União Europeia não só persiste nas políticas que estão na génese da crise e da sua reprodução como as intensifica, agudizando assim os factores que estão na origem das suas insanáveis contradições – de que, como aqui foi salientado, o processo em torno da saída da Grã-Bretanha da União Europeia é particularmente elucidativo.
Fazendo jus à sua natureza de classe, a União Europeia fomenta a intensificação da exploração, o ataque a direitos sociais, a degradação e a privatização de serviços públicos, a liberalização do comércio, o desrespeito pela soberania nacional e pela democracia, promovendo uma inaudita e cada vez maior concentração e centralização do capital.
Uma política que atinge particularmente os países que foram debilitados e vulnerabilizados por décadas de integração no Mercado Único e no Euro, que se traduziram na crescente dependência, endividamento e divergência destes países que, com o aprofundamento da crise, são chamados a “pagar a dobrar”.
Privados da sua política monetária, dos instrumentos monetários soberanos que pudessem responder às suas necessidades e interesses, os países da chamada “periferia” da Zona Euro, perante o aprofundamento da crise, ficaram mais expostos à especulação dos chamados “mercados financeiros”, às avaliações das denominadas “agências de notação”, às políticas da União Europeia ditadas pelas suas grandes potências e determinadas pelo capital transnacional.
Claramente demonstrativo desta realidade são os chamados “programas de assistência financeira”, como aquele que relativamente a Portugal foi acordado pelo PS, PSD e CDS e a União Europeia, o BCE e o FMI – que a realidade demonstrou ser um autêntico Pacto de Agressão contra os trabalhadores, o povo e o País.
Aplicados pela União Europeia contra diversos países e os seus povos, estes “programas” são, por via da instrumentalização do endividamento, autênticos mecanismos de pilhagem, quer pela intensificação da exploração e do empobrecimento, quer pelo incremento do saque dos recursos públicos nacionais.
“Programas” que, sujeitando Estados a uma permanente ingerência e chantagem da União Europeia, servem os interesses das grandes potências, os interesses dos seus grandes grupos económicos e financeiros.
Acrescidos mecanismos de controlo e de condicionamento das políticas orçamentais e económicas dos países com economias mais vulneráveis e dependentes que foram institucionalizados e normalizados com o Tratado Orçamental, o “Semestre Europeu”, a “Governação Económica”, a “União Bancária” – tenhamos presente como de forma recorrente, por via das ditas “reformas estruturais”, a União Europeia procura imiscuir-se em matérias como a política salarial, a legislação laboral, os serviços públicos ou a segurança social.
Isto é, em nome da “salvação do Euro”, foi impulsionada uma ainda maior alienação de competências soberanas de Estados, com o consequente aprofundamento da sua vinculação às instituições federalistas da União Europeia, que são dirigidas pela batuta das grandes potências.
Os condicionamentos e constrangimentos impostos pelo Euro – nomeadamente em relação ao défice e à dívida pública –, articulados com outras dimensões da política da União Europeia, constituem um autêntico garrote ao desenvolvimento e um factor de aprofundamento da divergência entre países na União Europeia.
É neste quadro que medidas como a baixa taxa de juro ou a liquidez fornecida pelo BCE não só não se traduzem, no essencial, em mais investimento e dinamização do mercado interno, como tendem a gerar novas dinâmicas especulativas; que as dívidas públicas de alguns países continuam, pelas suas proporções, a constituir um significativo obstáculo ao financiamento dos Estados e ao investimento público; ou que os necessários estímulos orçamentais continuam a ser obstaculizados pelos constrangimentos e condicionalismos da União Económica e Monetária.
Perante a persistente encruzilhada da União Europeia, os seus velhos e novos arautos lançam-se de novo no frenesim da “mais Europa”, que é como quem diz, “mais União Europeia”, mais neoliberalismo, mais federalismo, mais militarismo – pilares que definem a matriz e natureza deste processo de integração capitalista.
Aí está de novo uma ainda maior liberalização do Mercado Único, a criação de “impostos europeus” e de um “FMI” da União Europeia, a institucionalização de um denominado “ministro das finanças e da economia“ plenipotenciário ou a sempre anunciada conclusão da União Bancária para, dizem, salvar a União Económica e Monetária, para salvar o Euro.
Aí está de novo uma ainda maior descaracterização do orçamento comunitário enquanto instrumento das tão apregoadas quanto falsas “convergência” e “coesão económica e social”.
Aí está de novo uma ainda maior liberalização do comércio e serviços, desde que seja salvaguardada a precedência dos interesses das grandes potências da União Europeia face a outros países, nomeadamente nos processos de privatização, aquisição ou fusão de empresas e entidades financeiras.
Aí está de novo uma ainda maior militarização da União Europeia, afirmando-a militarmente como o pilar europeu da NATO e de forma dita “complementar” a este bloco político-militar – veja-se o apoio da União Europeia à agressão imperialista dos EUA, Grã-Bretanha e França contra a Síria.
Aí está de novo uma ainda mais discriminatória, exploradora e desumana política da União Europeia para a imigração e os refugiados.
Entre outros, estes são objectivos e planos cuja concretização será sempre determinada em função da salvaguarda da União Europeia como instrumento para assegurar o domínio político e económico das grandes potências, particularmente da Alemanha, e a prevalência dos interesses dos seus grandes grupos económicos e financeiros.
Para quantos se questionam quanto a este desígnio primordial da União Europeia, aí está a comprová-lo a recente redefinição do número de deputados no Parlamento Europeu e sua redistribuição por país, concretizada na medida da salvaguarda e reforço do domínio do processo de decisão por parte das grandes potências e prejudicando países como Portugal – uma decisão contra a qual o PCP justamente lutou e rejeitou.
É esclarecedor que muitos daqueles que lançam loas à União Europeia, dissimulando a sua natureza de classe, – como quem canta “cantos de sereia” aos desprevenidos –, não só não colocam em causa o cerne das suas políticas de retrocesso social; de primazia dos interesses do capital transnacional; de assalto aos países da denominada “periferia”; de autêntico “colete-de-forças” para a soberania e independência nacional de diversos países – como, pelo contrário, avançam com propostas tendo em vista o reforço destas mesmas políticas.
Sublinhe-se, nenhuma das medidas até aqui avançadas pelas instâncias da União Europeia – incluindo o embuste do chamado “Pilar Europeu dos Direitos Sociais” – coloca em causa uma qualquer política ou orientação neoliberal, federalista ou militarista, antes visam o seu acelerado reforço e aprofundamento – nada que não tivéssemos constatado antes.
Se percorrermos os mais de trinta anos de incessante aprofundamento do processo de integração capitalista europeu – das políticas comuns ao Mercado Único; do Acto Único ao Tratado de Maastricht; do Tratado de Amesterdão ao Tratado de Nice; da derrotada “Constituição Europeia” ao Tratado de Lisboa; do Euro e do Pacto de Estabilidade ao Tratado Orçamental – podemos comprovar que cada novo salto de sentido federalista representou, na sua essência, acrescidos condicionalismos e constrangimentos à soberania e independência de diversos países e reforçados instrumentos de imposição de políticas e medidas que atentam contra direitos dos trabalhadores e dos povos.
Antes como agora, por mais dissimulado que seja, um novo salto qualitativo no aprofundamento da União Europeia e do Euro representará uma nova investida contra os direitos laborais e outros direitos sociais; representará um novo patamar no aumento da concentração e centralização da riqueza e no consequente agravamento das desigualdades sociais e das assimetrias de desenvolvimento entre os diferentes países; representará a intensificação do militarismo, da ingerência, agressão e guerra imperialista; representará um maior cerceamento da soberania nacional e a consequente condenação à dependência económica e à subalternidade política; representará o aprofundamento de políticas que abrem espaço de acção e alentam o crescimento da extrema-direita, do nacionalismo xenófobo e reaccionário, do fascismo.
O aprofundamento da União Europeia e do Euro não só não resolveu nenhuma das contradições que lhe são inerentes, como as acentuou. Desde logo a contradição entre os interesses dos trabalhadores e dos povos dos diferentes países, cujos direitos são crescentemente colocados em causa, e os interesses do capital transnacional, cuja insaciável necessidade de acumulação e centralização de capital determina o processo de integração. A contradição entre a profunda aspiração à decisão soberana e democrática por parte de um povo e um processo de integração que concentra o poder em instituições supranacionais dominadas por grandes potências, que desrespeitam e confrontam a soberania e a independência de Estados. Ou ainda a contradição entre os interesses dos países da chamada “periferia” e os interesses das grandes potências da União Europeia, e entre os diferenciados interesses de cada uma destas.
A actual situação em Portugal reflecte problemas acumulados ao longo de décadas de política de direita e de integração na União Europeia, que ameaçam seriamente a soberania e independência nacionais e que comprometem o presente e o futuro do País.
Desde a adesão ao Euro, em 1999, o País, sujeito ao duplo garrote do “défice” e da “dívida” e confrontado com a inexistência de uma política monetária, cambial e orçamental soberana, passou por um longo período de estagnação económica, que se agudizou com os sucessivos Programas de Estabilidade e o Pacto de Agressão, dito de assistência ao País, cuja imposição acarretou profundas e graves consequências económicas e sociais.
Derrotado o anterior Governo PSD/CDS e interrompida a sua política de intensificação da exploração, de empobrecimento e de destruição nacional, com a luta dos trabalhadores e do povo e a intervenção determinante do PCP, foi possível na nova fase na vida política nacional conquistar avanços na defesa, reposição e conquista de direitos. Avanços que, apesar de insuficientes e limitados, não só demonstraram ser indispensáveis para assegurar a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, como constituíram um factor decisivo para o crescimento económico e a criação de emprego.
O País continua, no entanto, profundamente marcado pelas consequências de décadas de política de direita, de integração na União Europeia e no Euro, de domínio monopolista da economia nacional – de que são exemplo os graves défices estruturais existentes no plano produtivo, energético, científico, alimentar e demográfico, mas também social que se manifestam em profundas e persistentes desigualdades.
A actual situação nacional demonstra não só que pode haver outro caminho que não o de mais exploração, liquidação de direitos e empobrecimento, como evidencia igualmente o carácter crescentemente inconciliável entre os condicionalismos impostos pelo Euro e a União Europeia e uma política que aprofunde o caminho de conquista de direitos, de aumento de salários, das reformas, pensões e apoios sociais, de progresso social, de desenvolvimento soberano.
Numa situação que possibilitaria avançar na resposta aos problemas do País, esta não se concretiza porque o PS e o seu Governo, convergindo com o PSD e o CDS, continuam comprometidos com os interesses do grande capital e a submissão às imposições do Euro e da União Europeia – aliás, como ficou patente uma vez mais na apresentação por parte do Governo PS dos chamados Programa Nacional de Reformas e Programa de Estabilidade à Comissão Europeia.
As opções políticas do Governo PS inscritas nestes documentos – nomeadamente os objectivos apontados para a redução do défice e os valores inscritos para o pagamento dos juros da dívida pública, cerca de 35 mil milhões até 2022 – não só não permitem dar a resposta necessária aos principais problemas do País, como constituem um autêntico sorvedouro dos recursos nacionais e limitam o aprofundamento do caminho de reposição de direitos e rendimentos e de avanços entretanto alcançados, ao mesmo tempo que deixam intocáveis os privilégios do grande capital.
Uma realidade que desmente os que continuam a insistir que a dívida pública portuguesa é sustentável.
O PS confunde o rigor das contas públicas, com a absolutização do critério da redução do défice imposto pelo Euro e a União Europeia.
Não queremos discutir apenas as 4 décimas de défice em que nos pretendem confinar, queremos discutir as opções que estão por detrás de todas as décimas que se revelem necessárias para dar prioridade à vida dos trabalhadores, do povo e do País, sem o espartilho de imposições externas.
Rejeitando qualquer factor de condicionamento da soberania nacional e de ingerência nas opções macro-económicas e orçamentais que só competem ao povo português e aos seus órgãos de soberania, o PCP considera que são os interesses nacionais que devem prevalecer e não a submissão à moeda única, a outras imposições da União Europeia e aos interesses do grande capital.
No quadro das regras do Euro, Portugal não está preparado, nem se poderá preparar adequadamente para enfrentar eventuais desenvolvimentos na situação internacional que não controla. Responder aos problemas do presente, preparar o País para o futuro, exige outras opções e outra política.
Para o PCP, o único caminho que abre uma perspectiva de desenvolvimento sustentado capaz de resistir a ameaças e incertezas que se venham a colocar, é a opção de avançar no caminho da reposição de direitos e rendimentos.
A opção pela valorização dos direitos e salários dos trabalhadores como condição e objectivo de desenvolvimento económico e social, pela elevação da protecção social, por melhores reformas e pensões.
A opção pela renegociação da dívida pública, nos seus prazos, juros e montantes, articulada com a perspectiva de recuperação da soberania monetária, libertando recursos para o investimento e serviços públicos.
A opção pela defesa do aparelho produtivo nacional, substituindo importações pela produção nacional, criando emprego, diminuindo a dependência e exposição externas, dinamizando o tecido económico, em particular as micro, pequenas e médias empresas.
A opção pelo reforço dos serviços públicos, do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, dos transportes públicos, dos apoios sociais, da cultura, das estruturas para o desenvolvimento científico e tecnológico, dos instrumentos para a coesão do território, a defesa da floresta e do mundo rural.
A opção pela recuperação do controlo público das empresas e sectores estratégicos para o País, colocando-os ao serviço do desenvolvimento nacional em vez de instrumento de concentração monopolista, nomeadamente com a transferência de riqueza para fora do País.
Opções que colocam a necessidade de abrir as portas a uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que rompa com as amarras e condicionamentos que impedem o desenvolvimento e o progresso do País.
Do mesmo modo, o PCP rejeita uma qualquer alienação da soberania nacional “a troco” de meios financeiros no quadro da discussão do Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia.
Defendendo a soberania e independência nacionais, plasmadas na Constituição da República, e o futuro de Portugal e do povo português, não abdicando de continuar a lutar pela dissolução da União Económica e Monetária, pela recuperação da soberania monetária e pelo fim das imposições da União Europeia – que arrastam consigo constrangimentos que hoje estrangulam o desenvolvimento económico e social do País –, o PCP bate-se pelo reforço dos meios financeiros do orçamento comunitário, a par de uma redistribuição justa e adequada pelos países em função dos seus níveis de desenvolvimento económico e social.
O PCP considera que estes meios financeiros devem contribuir para o reforço do investimento público, o apoio aos sectores produtivos, à criação de emprego, aos serviços públicos, à protecção do ambiente e ao pleno aproveitamento das potencialidades de cada país, e não para o militarismo e a guerra.
O PCP considera que a contribuição para o orçamento comunitário de cada país deve ser proporcionalmente ajustada à sua dimensão e grau de desenvolvimento, tendo por base o respectivo Rendimento Nacional Bruto.
Entre outros importantes aspectos, o PCP rejeita a criação de “impostos europeus”, a redução das verbas dos chamados fundos de coesão e de apoio à agricultura e a imposição de regras de condicionalidade macroeconómica na aplicação dos fundos comunitários.
O PCP salienta a importância de manter o princípio da unanimidade da decisão sobre o Quadro Financeiro Plurianual, enquanto instrumento do qual Portugal não deve prescindir na defesa dos interesses nacionais.
A actual fase da vida política nacional, sem prejuízo das possibilidades que abre e que não devem ser desperdiçadas, evidencia ainda mais o objectivo de ruptura com a política de direita e a necessidade de uma outra política – uma Política Patriótica e de Esquerda – que o PCP considera indispensável para libertar o País das limitações e constrangimentos que bloqueiam o seu desenvolvimento.
A luta pela concretização de uma Política Patriótica e de Esquerda, por uma democracia avançada, parte integrante da luta pelo socialismo é, na consideração do PCP, o melhor e mais efectivo contributo que o povo português e Portugal podem dar para a conquista de uma Europa que rompa com o federalismo, o neoliberalismo e o militarismo da União Europeia e afirme uma Europa de cooperação, de progresso social e de paz.
Para o PCP, nada pode obrigar Portugal a renunciar ao direito de optar pelas suas próprias estruturas socio-económicas e pelo seu próprio regime político. Nada pode obrigar Portugal a aceitar a posição de Estado subalterno no quadro da União Europeia e a alienar a sua soberania e independência nacionais. O povo português tem, e deverá sempre ter, o pleno direito de decidir do seu próprio destino e de escolher os caminhos que entender mais conformes com a sua identidade histórica e com os seus interesses e aspirações.
Gostaria de terminar não sem antes reafirmar aos nossos convidados estrangeiros a disponibilidade e determinação do PCP em continuar a contribuir para a convergência dos comunistas e de outras forças progressistas, nomeadamente no quadro do Parlamento Europeu, na luta contra a União Europeia das transnacionais e das grandes potências, e por uma Europa dos trabalhadores e dos povos.




30
Abr18

3.500 euros por deixarem menina esquecida em autocarro na Feira

António Garrochinho


Uma empresa de transportes, um motorista e um vigilante foram condenados a pagar solidariamente 3.500 euros aos pais de uma menina que, aos três anos, na Feira, ficou esquecida numa carrinha de transporte escolar durante quase quatro horas.
Num acórdão datado de 11 de abril, a que a Lusa teve hoje acesso, o Tribunal da Relação do Porto julgou improcedente o recurso apresentado pela empresa de transportes, confirmando a decisão da primeira instância.
Os pais pediam uma indemnização de 20 mil euros, mas o tribunal fixou o valor a pagar pelos réus em 1.500 euros para a menor e dois mil euros para a mãe.
Os juízes desembargadores defendem que a mãe "pode exigir da empresa transportadora responsabilidade pelo incumprimento da prestação de transporte da criança para o infantário" e consideram até que o valor da indemnização a pagar à menor poderia ser mais elevado.
"Aliás, se nos é permitido, o mais que se pode censurar na decisão recorrida é mesmo o ter fixado uma indemnização a favor da menor aquém do que no nosso critério devia ter ocorrido, situação que não nos é possível alterar por tal não ter sido objeto de recurso", lê-se no acórdão.
O caso remonta a 11 de novembro de 2014. Como era habitual, cerca das 08:40, a mãe colocou a sua filha no autocarro com destino ao Jardim de Infância de Vilares, em Canedo, Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), onde as crianças eram entregues pelo motorista e pelo vigilante que seguia no mesmo transporte.
Depois de terminado o serviço matinal de transporte das crianças, o motorista conduziu o vigilante a sua casa e depois deixou o autocarro estacionado na berma da estrada, junto a uma estação de abastecimento de combustível, onde esteve imobilizado toda a manhã.
Ao final da manhã, quando a mãe foi buscar a filha ao infantário e a funcionária perguntou-lhe o que estava ali a fazer, pois a menor não tinha ido à escola nessa manhã.
A menina só veio a ser encontrada cercas das 12:15 pela GNR, dentro da carrinha de transporte escolar, sem nenhum responsável por perto.
A GNR constatou ainda que uma das portas do autocarro estava aberta.


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30
Abr18

Taxa de desemprego de 7,6% em Fevereiro

António Garrochinho


O desemprego caiu para os mínimos desde meados de 2004: pelo terceiro mês consecutivo a taxa fica abaixo dos 8% e os desempregados já são menos de 400 mil. Desemprego jovem continua acima dos 20%.
A taxa de desemprego de Fevereiro foi de 7,6%, revelou o Insituto Nacional de Estatística (INE) esta manhã, que estima provisoriamente uma taxa de 7,4% para Março deste ano. Pela primeira vez desde Julho de 2004, o número de indivíduos desempregados baixou dos 400 mil e desde Abril desse ano que a taxa não era tão baixa.
Os dados do emprego revelam uma trajectória descendente ao longo dos últimos dois anos, mais acentuada do que no período entre 2013, quando o desemprego atingiu máximos históricos, e 2016. Mas há outra diferença significativa entre os dois períodos, já que a redução mais recente foi feita ao mesmo tempo que a população activa também subiu.
Recorde-se que os últimos dois anos coincidem com a recuperação de direitos e rendimentos, nomeadamente com a reposição de cortes salariais e a actualização do salário mínimo nacional.
No entanto, tanto a taxa de emprego como a taxa de desemprego continuam acima dos valores anteriores à introdução da moeda única, em 2002. Também a taxa de desemprego entre os jovens entre 15 e 24 anos continua bastante elevada, estimada em 21,2% em Fevereiro.

www.abrilabril.pt
30
Abr18

ENTREVISTA COM AUGUSTO SANTOS SILVA /AUDIO/VÍDEO) - EMBAIXADOR DE ANGOLA EM PORTUGAL "Quem decide a representação diplomática de um país é esse mesmo país"

António Garrochinho






Em entrevista à TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que Portugal fez o que tinha de fazer quanto ao embaixador angolano em Portugal e lembra que agora cabe a Angola decidir quando anuncia o nome. "A Angola o que é de Angola", defende Augusto Santos Silva.


extracto vídeo




OUÇA AQUI A ENTREVISTA COMPLETA EM AUDIO



www.tsf.pt

30
Abr18

Estado vai pagar menos 100 milhões de rendas à EDP

António Garrochinho

O Governo seguiu as orientações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os CMEC.

Até 2027, a EDP vai receber 154,1 milhões de euros pela parcela variável dos contratos CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual). Por ano, são 15 milhões de euros.
A EDP e a REN previam 256 milhões de euros. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) fez as contas e propôs um corte de 102 milhões. O Governo decidiu seguir as orientações do regulador.
A decisão consta num despacho assinado pelo secretário de Estado da Energia a que o Dinheiro Vivo teve acesso, que refere que as rendas a pagar à EDP podem ainda ser mais baixas.
Tudo depende de uma auditoria que vai avaliar o risco de compensação excessiva nos contratos e também o efeito do que chamam "situações inovatórias" - como é o caso das obras na Central de Sines para reduzir o impacto ambiental.
A ERSE e a Direção Geral da Energia estão a analisar o processo, depois de um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República que admitia que os contratos CMEC podem ser nulos.
Os resultados finais vão determinar se a compensação pode ou não ser mais baixa.
A EDP já tinha garantido que vai avançar para Tribunal.
Para além deste valor de 154,1 milhões de euros relativo à parcela variável dos contratos CMEC, a EDP vai ainda receber a parcela fixa total de 875 milhões de euros.

www.tsf.pt

30
Abr18

CASO HUAWEI Viagens pagas por empresas também chegaram à PSP e GNR

António Garrochinho





Inspeção-Geral da Administração Interna encontrou várias viagens financiadas por privados na GNR, PSP e outros serviços do ministério. Inquérito acabou com várias recomendações, mas não foram detetadas ligações entre viagens e ganhos em concursos públicos.



Um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) pedido pela antiga ministra Constança Urbano de Sousa encontrou 37 viagens ao estrangeiro pagas por empresas a quem trabalha na GNR, PSP, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI) entre 2012 e 2017.

A maioria das viagens foi a vários países europeus, sobretudo nas forças de segurança, mas há pelo menos oito aos Estados Unidos da América e algumas a países como Brasil, Angola e China.

Ouça o resumo do jornalista Nuno Guedes aos resultados do inquérito da IGAI.

SOM AUDIO


O inquérito a que a TSF teve acesso nasceu depois do chamado "caso Huawei", com a ministra a ordenar uma investigação depois da notícia de que o chefe de uma equipa da secretaria-geral teria viajado para os EUA com tudo pago pela Oracle, numa altura em que se multiplicavam as notícias de casos a envolver empresas como a Microsoft ou a Galp.

Empresas de tecnologia ou carros lideram viagens pagas

O documento revela que na Secretaria-Geral do MAI fizeram-se 12 viagens pagas por empresas durante cinco anos, número idêntico às contadas na GNR. Na PSP foram 9 e na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária ficaram-se pelas 4. Nuns casos viajou apenas um responsável de cada serviço; noutros casos mais.

Na Secretaria-Geral do MAI quase todas as viagens foram pagas por multinacionais tecnológicas como a Oracle, Huawei, Motorolola, HP, Fujitsu ou Microsoft, enquanto na PSP e GNR os nomes que pagam são mais variados: empresas de tecnologias, mas também de radares, armas ou empresas de automóveis.

Na PSP cinco das nove viagens foram suportadas pela SIVA que representa marcas como a Volkswagen, mas a mais longa, uma semana, foi paga pela Toyota Caetano Portugal e envolveu uma ida a São Paulo no Brasil.

Ao contrário das quatro entidades públicas anteriores, existiram três entidades do Ministério da Administração Interna que garantiram que nenhum funcionário fez qualquer viagem paga por entidades privadas durante os 5 anos alvo do inquérito: Inspeção-Geral da Administração Interna, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade Nacional de Proteção Civil.

IGAI pede mais transparência

O inquérito lido pela TSF acabou arquivado. No entanto, fez-se questão de, em nome da "transparência", como afirma o documento, propor uma série de recomendações já acatadas pelo ministério. Nomeadamente, como já foi noticiado, que o funcionário que faça uma viagem paga por uma empresa não participe em decisões de contratação pública que a envolvam.

A Inspeção-Geral da Administração Interna justifica a não abertura de qualquer processo disciplinar com o facto de todas as viagens terem sido autorizadas por superiores hierárquicos.

Além disso, as viagens são apresentadas como "iniciativas de conteúdo relevante para a formação profissional" dos funcionários, "independentemente do programa cultural ou de entretenimento" associado, pelo que não se detetou qualquer "vantagem individual" ou "indevida" mas sim uma forma de reforçar o "contributo para a causa pública".

A IGAI encontrou, contudo, alguns casos em que os funcionários que participaram nestas viagens estiveram depois em concursos públicos que envolveram as empresas que as pagaram, nomeadamente a Oracle.

Contudo, o inquérito conclui que essas entidades privadas já antes prestavam serviços ao MAI pelo que não se pode detetar uma "conexão cronológica" com a ida ao estrangeiro.

Em nome da transparência e para acabar com suspeitas, o inquérito também recomenda que cada funcionário que faça uma viagem deste tipo apresente depois um relatório que explique o que fez e a utilidade para o serviço público. O objetivo é "avaliar com maior segurança a utilidade de futuras participações em eventos privados", uma proposta já aceite pelo MAI.


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30
Abr18

As empresas podem pagar mais em salários?

António Garrochinho


O peso dos gastos com pessoal nas despesas totais das empresas foi de apenas 14% em 2016. Lutas por aumentos salariais têm-se intensificado, tanto no sector público como no privado.
O aumento dos salários é uma das reivindicações mais presentes entre os trabalhadores do País
O aumento dos salários é uma das reivindicações mais presentes entre os trabalhadores do PaísCréditos
Face à reivindicação dos trabalhadores pelo aumento dos salários, um dos argumentos recorrentes passa pela «sustentabilidade» das contas das empresas, que poderia ficar em risco com a subida dos gastos com pessoal.
No entanto, o que os dados da central de balanços do Banco de Portugal mostram é que esta rúbrica representa apenas 14% das despesas totais das empresas não financeiras portuguesas, em 2016 – 10,8% quando contabilizadas apenas as remunerações.
14%
Peso dos gastos com pessoal das empresas não financeiras (2016, Banco de Portugal)
Para além dos custos com mercadorias vendidas e matérias consumidas, também os fornecimentos e serviços externos pesam mais nas contas das empresas do que os salários – 22,5%. Nesta rúbrica, integram-se os chamados custos de contexto, ou seja, as despesas com energia, combustíveis ou telecomunicações: serviços que, em Portugal, são prestados por empresas monopolistas ou cuja actuação tem estado sob suspeita de cartelização.

E as micro, pequenas e médias empresas?

Se é verdade que os salários pesam menos nas despesas das grandes empresas, também é um facto que nas micro, pequenas e médias empresas os gastos com pessoal representam menos de um quinto do total: 16%, 17% e 14,7%, respectivamente.
Em todos os segmentos, a estrutura de custos mantém-se idêntica, com as despesas com fornecimentos e serviços externos acima do que pagam em salários.

Valorização salarial: reivindicação no centro das lutas dos trabalhadores

Nos últimos meses, grande parte das lutas laborais têm tido como uma das reivindicações aumentos salariais, seja no sector público ou no privado.
580€
O salário mínimo nacional continua abaixo dos 600 euros, por via de um acordo entre o PS e o BE
Se para a Função Pública ainda não se iniciaram as negociações prometidas pelo primeiro-ministro, nas empresas públicas as greves por aumentos salariais têm sido várias: na Casa da Moeda, na EMEF ou na Infraestruturas de Portugal.
No sector privado, as últimas semanas foram marcadas pelas greves na grande distribuição pelo aumento do salário, como na Lidl, na Sonae ou no Pingo Doce. Também na indústria esta tem sido uma reivindicação presente, como aconteceu nas recentes greves na Preh, na Sacopor, na Bimbo e que já deu frutos na Manitowoc, onde já foram garantidos aumentos de 2,5%.



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30
Abr18

A PAPOILA

António Garrochinho



nem a noite
nem o som distante
da voz cristalina das moçoilas
que me chega numa nostálgica canção
nem o sol que teima em não morrer
numa luta contra a escuridão
calam o grito heróico de Abril e Maio
que sai do vermelho das papoilas
rompendo o negrume qual faísca, raio
de sangue resistente
dum povo e duma razão
que nunca hão-de esmorecer
num coração hospedeiro
de liberdade presente


António Garrochinho
30
Abr18

MAIO

António Garrochinho


Maio maduro Maio
quem te pintou ?
foi Abril que em ti derramou
a palheta de cores estonteantes
deste Portugal de azul e ouro

vestido de vermelho e luta
da cor da terra, da labuta
da humildade da nossa gente, o tesouro
que venceu o negro
do que eras antes

António Garrochinho


30
Abr18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho




A SOCIAL DEMOCRACIA SERVE OS TRAIDORES, OS QUE DESISTIRAM DE LUTAR PELA CLASSE TRANSFORMADORA E A QUE MAIS SOFRE COM A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA.

A SOCIAL DEMOCRACIA É O VENENO A CICUTA QUE O CAPITALISMO E SEUS LACAIOS INVENTARAM PARA TRAVAR A LUTA DOS INJUSTIÇADOS E DOS ETERNAMENTE EXPLORADOS.

COM FALSAS MEDIDAS ECONOMICISTAS E REFORMISTAS A SOCIAL DEMOCRACIA VAI DANDO PEQUENAS ESMOLAS AOS TRABALHADORES MAS NUNCA SOLUCIONANDO O ESSENCIAL E O QUE É IMPORTANTE NA CLASSE QUE PRODUZ E NUNCA PASSA DA CEPA TORTA.

CUIDADO ! OLHOS BEM ABERTOS ! A VITÓRIA, O ESFORÇO DE LUTA HISTÓRICA DE ONTEM E DE HOJE SÓ SAIRÁ VENCEDOR COM O ACABAR DA EXPLORAÇÃO E A REIVINDICAÇÃO DO PODER POLÍTICO POR PARTE DAS MASSAS.

SÓ ASSIM SE CUMPRE O CAMINHO PARA A VERDADEIRA REVOLUÇÃO SOCIALISTA.

António Garrochinho

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