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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Mai18

O CAMINHO DO PENSAMENTO

António Garrochinho

QUALQUER DIA PARA EXPERIMENTAR A SENSAÇÃO DIGO QUE SOU O MAIOR. VOU SER CALMINHO, OBEDIENTE, CAUTELOSO,PENSANTE E VOU COMPRAR UM "TERÇO" PARA CONTAR OS DIAS QUE FALTAM PARA CHEGAR AO "HORIZONTE ALMEJADO"

NÃO ! NÃO VOU CORRER ESSE RISCO POIS POSSO CONVENCER-ME DE QUE REALMENTE ANDEI TODOS ESTES ANOS ESTUPIDAMENTE ENGANADO, FAZENDO TUDO ERRADO CONVENCIDO DE QUE ERA ESTE O CAMINHO QUE VIVI, QUE VIVO, O CAMINHO QUE ME ENSINARAM E NO QUAL ACREDITEI.

ACHO QUE ESTOU FEBRIL ! NÃO! NÃO VOU FAZER NADA, NÃO VOU EXPERIMENTAR NADA !

VOU CONTINUAR COMO ATÉ AQUI A LUTAR, LUTAR SEMPRE ! E A FAZER O TRAJECTO CLÁSSICO/HISTÓRICO DA CARAVANA MESMO QUE ALGUNS CÃES SE ESGANICEM A LATIR.
VOU ADOPTAR ALGUMAS ESTRATÉGIAS INOVADORAS PARA NÃO REPETIR OS MESMOS ERROS.
É JUSTO !?
   



António Garrochinho
02
Mai18

AS RENDAS DE BRUGES

António Garrochinho


Quando você pensa na Bélgica, é provável que você se lembre sobre a qualidade do chocolate belga, a cerveja, a clássica arquitetura europeia e, é claro, os famosos waffles


No entanto, existe outro produto que faz a Bélgica única, em particular a linda cidade de Bruges. No século 16, Bruges adotou uma tradição de tecelagem de rendas em muitas formas e padrões, contribuindo para o sucesso da indústria têxtil no país.

A história atrás da renda

Bruges - Uma História Têxtil Muito Poderosa
Afetuosamente referida como a "Veneza do Norte", Bruges é a capital da Federação da Flandres - uma das dez províncias que compõem a Bélgica. A cidade tem muitos canais de água que foram construídos para combater as inundações pelo Mar do Norte nos tempos medievais. Bruges está localizada à beira-mar, dando-lhe uma vantagem estratégica como um porto central do comércio de têxteis provenientes da Inglaterra e outros países.
O comércio de produtos têxteis provou ser muito rentável e no século 13, e Bruges tornou-se o epicentro do comércio têxtil da Europa. As grandes quantidades de vários tecidos significava que Bruges desenvolveu uma rica indústria da moda, que abriu o caminho para o desenvolvimento de sua singular e única indústria de rendas.
A história atrás da renda

A história atrás da renda

Rendas de Bruges 
O grande interesse dos moradores flamengos de Bruges em obter um impressionante vestuário e de qualidade levou ao desenvolvimento de mais de 1.500 tipos de rendas, tecidos com prata, ouro e seda. Alguns afirmam que o método de tecelagem única de Flandres, usando pequenos teares, não foi desenvolvido na região e de fato teve origem na Roma antiga. Desde aqueles tempos, as províncias da Bélgica desenvolveram muitas técnicas para tecer rendas, e o país acabou ficando popularmente conhecido como "A casa da renda".
Hoje em dia, existem duas principais técnicas de tecelagem de rendas que são praticadas na Bélgica - o método de bobina, também conhecido como o "Método de Bruxelas" (uma vez que é vendido principalmente em Bruxelas), e o método de Bruges, que usa um tear. Os moradores de Bruges são especialistas na produção dessas rendas que, por serem tão delicadas, não são feitas para produção em massa, devido ao longo e árduo processo de tecelagem.
A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

Tradicional Tecelagem de Rendas
Ao longo de toda a linda cidade de Bruges, você pode encontrar pequenas lojas que vendem artigos elaborados em renda. Esses comércios são geralmente gerenciados por mulheres de idades entre 50 a 90 anos, que continuam a tecer rendas pelo método de bobina tradicional. Estas artesãs preservam a tradição de séculos e produzem itens de rendas com qualidade de vários tecidos, cores e padrões. Toda a indústria da Bélgica de tecelagem de rendas é composta por cerca de mil artesãos e artesãs que produzem tudo manualmente, sem quaisquer máquinas motorizadas ou outros auxiliares tecnológicos. O país não tem sequer uma única fábrica de rendas porque honra a antiga tradição de tecelagem e deseja mantê-la viva.
A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

Como é Feita a Tecelagem da Renda?
Muitas vezes, a base para a tecelagem da renda é um pedaço de papel com uma versão impressa do desenho que o tecelão deseja criar. Neste método de tecelagem, o artesão usa 22 agulhas (chamados de "bobinas"), dois dos quais são chamados de "condutores". Quanto mais complicado o desenho que você deseja fazer, são necessárias mais bobinas. Algumas peças são tão detalhadas que requerem o uso de mais de 200 bobinas.
Veja no vídeo: A Arte da Tecelagem de Rendas Com Bobinas!






Aqui estão alguns exemplos da arte fantástica de Bruges na tecelagem de rendas
A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda

A história atrás da renda


Fonte: Aline W.
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02
Mai18

A Pintura de Arsen Kurbanov

António Garrochinho

Kurbanov é um pintor russo que tem como diferencial combinar as técnicas dos antigos mestres da pintura com um estilo moderno e pessoal. Suas obras contêm muitas referências bíblicas e históricas, muitas vezes em uma bela atmosfera de mistério. Ele tem uma paixão especial por retratos, e temos a impressão de que sempre há uma história interessante por trás da pessoa retratada na pintura. Aqui estão algumas das melhores obras primas deste talentoso artista.


CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR
 

 
pinturas de arsen kurbanov br

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02
Mai18

Retalhos das minhas escritas. Quando a Ramona era um terror..

António Garrochinho


Retalhos das minhas escritas.
Quando a Ramona era um terror...

Sou filho de gente humilde,meu pai era sapateiro de profissão e minha mãe vendedora ambulante. Vendia fruta na zona do Saldanha e das avenidas novas. E foi assim que,eu a partir dos nove anos de idade (1953) e até começar a aprender o ofício de Montador de elevadores com 13 anos de idade,acompanhei a minha mãe nas férias da escola,calcorreando ruas de Lisboa a vender fruta. 
Para Tal, era obrigatória uma licença de venda ambulante. Mas, há sempre um mas,tal licença era uma aberração da lei,visto que na prática não permitia a dita venda. Pois, não nos era permitido fazer paragens para pesar, empacotar a fruta e receber o dinheiro da venda. 

Era certo que, se fossemos apanhados pela policia de giro,nessa situação,éramos castigados no mínimo com uma multa de oitenta escudos e cinquenta centavos. 

Também existia a Ramona (tipo carro celular da policia) verdadeiro terror dos vendedores ambulantes e que servia para nos levar detidos, assim como a fruta que nos era confiscada,até à esquadra de policia mais próxima. Ora, foi assim que, um dia, estando nós no passeio da rua das Picoas e a atender uma cliente, que fomos surpreendidos pela chegada da Ramona, e lá fomos ,eu e a minha mãe, de charola a caminho da esquadra do Campo Grande. 
Entretanto eu não parava de chorar e barafustar contra tal violência e a minha pobre mãe,tentava desesperada tentava acalmar-me até que (talvez por um rebate de consciência dos policias) a Ramona fez uma brusca paragem já perto da Esquadra , e um dos policias,abriu as portas e gritou para a minha mãe: " Vá lá desapareça com o miúdo que já não o podemos ouvir mais! ". 

E foi assim que acabou este episódio da minha vida e que muito me marcou. Enfim,era assim que acontecia,neste tempo sujo e triste de que um dia, nos falou Jorge de Sena.


Texto de Arlindo De Jesus Costa , publicado a 26 de Outubro de 2017 no Odivelas Noticias.

02
Mai18

'Amar Guitarra' no Cantaloupe Café, em Olhão

António Garrochinho


REGIONAIS
Cantaloupe Café, nos Mercados de Olhão, vai apresentar no próximo dia 6 de maio, domingo às 18h30, um espectáculo com: Amar Guitarra.
São "Três guitarras a dialogar em palco".
João Cuña  Guitarra       Guitarra Portuguesa
Pedro (Pierre) Mendes   Guitarra
Luís Fialho                      Guitarra



maisalgarve.pt

02
Mai18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho


PARA MIM ESTA ESTRATÉGIA É ERRADA

PORQUE É QUE HÁ GENTE QUE NÃO SE CALA, EM VEZ DE QUERER METER OS DEDOS PELOS OLHOS DENTRO DO POVO ?

MESMO QUANDO O POVO ESTÁ DE OLHOS ABERTOS (MUITOS), EMBORA (MUITOS TAMBÉM) INERTES, CONFUSOS, PERANTE ESTE CONTEXTO POLÍTICO ONDE SE NOTA A DESCARACTERIZAÇÃO DAS DATAS HISTÓRICAS IMPORTANTES E A DESIDEOLOGIZAÇÃO VOLUNTÁRIA OU INVOLUNTÁRIA, CERTAS FRASES E EXCLAMAÇÕES NÃO AJUDAM NA LUTA.

SIMPLESMENTE COMPLICAM E PÕEM AS PESSOAS A DUVIDAR DA HONESTIDADE DE QUEM AS DIZ.

É A DIREITA FASCISTA QUEM MAIS BENEFICIA DO QUE É DITO FORA DA REALIDADE E NÃO É PRECISO LEMBRAR AQUI QUE SÓ A VERDADE É REVOLUCIONÁRIA.


António Garrochinho

02
Mai18

O CDS E O 1º DE MAIO - DUAS IMAGENS DOIS COMENTÁRIOS

António Garrochinho
O CDS E O 1º DE MAIO
(Duas imagens… dois comentários. É necessário "clicar" nas fotografias, para poder ver as legendas da televisão que explicam os meus comentários)
· Imagem 1: O CDS não comemora o 1º de Maio. “Assinala”. Mesmo assim, a xôra dona Cristas não esteve disponível para assinalar.
· Imagem 2: Sobre a capacidade, ou a incapacidade de a Economia portuguesa suportar o aumento do Salário Mínimo… se este militante (*) do CDS se acalmar um pouco com a cena da comida e "fechar a boca", pode não resolver a situação no seu todo… mas ajudará bastante.
.
(*) As minhas desculpas ao vasto militante do CDS, por ter decidido usá-lo como símbolo da voracidade do capitalismo selvagem.
02
Mai18

UM ANÚNCIO CLASSIFICADO NUM JORNAL

António Garrochinho



Um determinado anúncio nos classificados de um dos jornais mais populares do país chamou bastante atenção:

"Solteira procura companheiro do sexo masculino. Não importa a raça.
Todos dizem que sou muito linda e eu adoro fazer joguinhos...
Adoro longas caminhadas na mata, passear de carro, caçar, acampar e pescar, passar noites aconchegantes de inverno junto à fogueira.
Jantares pontuais me farão comer na sua mão.

Me faça carinho da maneira certa e veja o que acontece...
Eu te receberei na porta sempre que chegar do trabalho, da maneira como eu vim ao mundo.
Beije-me e serei eternamente sua. Ligue para o número abaixo e peça para falar com Úrsula."
Mais de 15 mil homens entraram em contacto e o serviço era.... Serviço de Adoção Local de Animais, a respeito de uma cadelinha da raça Labrador de oito meses de idade.


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02
Mai18

20 Sucessos da Música Romântica Italiana

António Garrochinho



Os italianos são românticos por natureza. De toda a Europa, nenhuma cultura é tão latina e intensa como a deles, que se orgulham de suas óperas e também de grandes artistas que invadem as rádios com lindas canções românticas cantada no belo idioma italiano. Aqui você vai apreciar 20 grandes sucessos românticos que incluem grandes artitas como Eros Ramazzotti, Laura Pausini, Mina e Luciano Pavarotti, dentre muitos outros. 

CLIQUE EM CADA TÍTULO OU QUADRADO PAR O(A) LEVAR AO VÍDEO RESPECTIVO

Domenico Modugno

Andrea Bocelli

Tiziano Ferro

Claudio Villa

Adriano Celentano

Eros Ramazzotti

Emilio Pericoli

Laura Pausini

Marcella Bella

Vasco Rossi

Vinicio Capossela

Gigliola Cinquenti

Lucio Battisti

Peppino di Capri

Ornella Vanoni

Luciano Pavarotti

Giorgia Fumanti

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02
Mai18

Música Clássica: 16 Lindas composições para relaxar

António Garrochinho


A música clássica tem um poder impressionante em nosso bem-estar como nenhum outro estilo musical. E com tanto estresse e correria que temos nos dias de hoje, nada melhor do que usufruir de uma bela colecção com as sonatas, sinfonias e concertos com grande poder de cura e relaxamento. Selecionamos clássicos de grandes compositores como Mahler, Tchaikovsky e Beethoven, em uma selecção apurada e milimetricamente perfeita para te proporcionar um relaxamento imediato através da arte. Aprecie.
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Clique aqui em cada quadrado ou título para o(a) levar ao vídeo


02
Mai18

Artefatos impressionantes já descobertos!

António Garrochinho


Se você é fã de arquitetura, arte ou mesmo história antiga, prepare-se para se surpreender! 

Abaixo, você encontrará alguns dos mais belos artefatos antigos já descobertos, o que pode lançar um pouco de luz sobre o diversificado património histórico e cultural do mundo.

1. Relógio planetário parisiense (1770 d.C.)
artefatos raros

2. Escadaria que leva ao telhado do Templo da Deusa Egípcia Hator (c. 300 a.C.)
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3. Uma pequena estátua do norte da Índia encontrada no túmulo de um viking sueco (c. 600 d.C.)
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4. Armadura de hussardo de um guerreiro polonês (c. 1600 d.C.)
artefatos raros

 
5. Estátua da Rainha Cleópatra III, encontrada na cidade submersa de Thonis-Heracleion
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6. Pontas de flechas cerimoniais da região da Boêmia feitas de cobre e liga de aço (c. 1437-1439 d.C.)

7. Busto e representação artística do imperador romano, Caracala

8. Um mosaico egípcio representando um cão desobediente (c. 200-100 a.C.)

9. Pistola de três câmaras de Napoleão Bonaparte (c. 1800 d.C.)

10. Um antigo dado egípcio de 20 lados (c. 200 a.C.)

11. Um machado Viking, antes e depois da restauração (c. 900-1000 d.C.)

12. Um sapato romano recuperado de um poço em Salzburgo (c. 0 d.C.)

13. Um avião de caça americano P-38 que ressurgiu no País de Gales depois de permanecer enterrado por 65 anos

14. O mais antigo relógio mecânico já encontrado, que pertenceu a Philip Melanchthon (1530 d.C.)

15. Capacete coríntio recuperado do túmulo do guerreiro Denda (500-490 a.C.)

16. "O Castelo Solitário", encontrado no nordeste da Arábia Saudita (c. 50 d.C.)
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02
Mai18

Incríveis Obras de Miguel Ângelo Que Todos Deveriam Conhecer - As dez melhores obras do "renascimento"

António Garrochinho
Mais de 450 anos após sua morte, Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni continua sendo um dos artistas mais famosos do mundo. Ele é, sem dúvida, uma das figuras mais influentes da arte ocidental. Abaixo, vamos dar uma olhada em alguns de seus trabalhos mais importantes que todos deveriam conhecer.
 
1. O teto da Capela Sistina
Michelangelo

Quando falamos em Michelangelo, um trabalho que instantaneamente vem à mente é o seu deslumbrante afresco pintado no teto da Capela Sistina, na Cidade do Vaticano. Encomendado pelo Papa Júlio II e criado entre 1508 e 1512, este trabalho, que descreve nove histórias do Livro de Gênesis, é considerado uma das maiores obras do Alto Renascimento.
Aparentemente, Michelangelo relutou em empreender este projeto porque ele acreditava ser melhor escultor do que pintor, mas ele obviamente estava sendo muito modesto, pois este trabalho continua a encantar com cerca de 5 milhões de pessoas que visitam a Capela Sistina todos os anos para ver essa magnífica obra-prima.
2. David
Michelangelo

A escultura David é possivelmente a mais famosa do mundo. Foi esculpida ao longo de três anos, começando quando o artista tinha apenas 26 anos de idade. Ao contrário de muitas representações anteriores do herói bíblico que retratam David triunfante após sua intensa batalha com Golias, a escultura de Michelangelo mostra-o em uma posição tensa e alerta antes de sua luta lendária.
Originalmente posicionado na Piazza della Signoria, em Florença, em 1504, a escultura de 4 metros foi transferida para a Galleria dell'Accademia em 1873, onde permanece até hoje.
3. Baco
Michelangelo
A primeira escultura em grande escala de Michelangelo, Baco, é, ao lado de Pietà, uma das poucas que sobreviveram desde seus primeiros dias em Roma. É também um dos poucos trabalhos que ele fez com foco nos pagãos, em vez de assuntos cristãos.
A estátua que retrata o deus romano do vinho em estado de embriaguez, foi originalmente encomendada pelo cardeal Raffaele Riario, mas ele a rejeitou. No entanto, no início do século 16, a obra encontrou um lar no jardim do palácio romano do banqueiro Jacopo Galli.
Desde 1871, Baco reside no Museo Nazionale del Bargello, em Florença, e é exibido ao lado de outras obras do mestre, incluindo seu busto Brutus e sua escultura inacabada, David-Apollo.
4. Madona de Bruges
Michelangelo
Esta foi a única escultura de Michelangelo que saiu da Itália durante sua vida; foi doada para sua atual residência, Onze-Lieve-Vrouwekerk (Igreja de Nossa Senhora), em Bruges, em 1514, depois que os Mouscrons - uma família de comerciantes de tecidos belgas - compraram a obra em algum momento do início do século XVI.
Em duas ocasiões, a escultura foi removida da igreja, primeiro durante as Guerras Revolucionárias Francesas, posteriormente devolvida em 1815, e logo depois saqueada novamente por soldados nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
5. O Tormento de Santo Antônio
Michelangelo
O Museu de Arte Kimbell, no Texas, tem a honra de possuir o Tormento de Santo Antônio - a primeira pintura conhecida de Michelangelo - que teria sido pintada quando o artista tinha apenas 12 ou 13 anos de idade.
Criado sob a tutela de seu velho amigo Francesco Granacci, este quadro foi citado por artistas e escritores do século XVI - Giorgio Vasari e Ascanio Condivi - primeiros biógrafos de Michelangelo - como uma obra realizada que embelezou criativamente a gravura original de Schongauer, e alcançou amplo reconhecimento
6. Tondo Doni
Michelangelo

Esta é a única pintura de painel sobrevivente feita por Michelangelo. Foi feita para o rico banqueiro florentino Agnolo Doni, que provavelmente comemoraria seu casamento com sua esposa Maddalena, filha da proeminente família nobre da Toscana, a Strozzia.
Ainda em sua moldura original - uma bela peça de madeira ornamentada e projetada também por Michelangelo - a obra reside na Galleria degli Uffizi desde 1635, e é a única pintura de Michelangelo que pode ser encontrada em Florença, na Itália.
7. Moisés
Michelangelo

Localizado na deslumbrante Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma, Moisés foi originalmente encomendada em 1505, pelo Papa Júlio II, como parte de seu monumento funerário, mas não foi concluída até depois de sua morte.
Esculpida em mármore, esta escultura é notável pela inclusão de um par de chifres na cabeça de Moisés – o que acredita-se ser o resultado de uma interpretação literal da Vulgata, uma tradução latina da Bíblia - e foi feita para ser acompanhada por outras obras, incluindo o Escravo Morrendo e Escravo Rebelde, alojados no Louvre, em Paris.
8. A crucificação de São Pedro
Michelangelo

Este foi o afresco final que Michelangelo pintou durante sua vida. Ele reside na Cappella Paolina do Palácio do Vaticano e foi originalmente encomendado pelo Papa Paulo III, em 1541.
Em contraste com muitas outras representações do santo da era renascentista, o trabalho de Michelangelo se concentra em um assunto muito mais sombrio - sua morte.
Um projeto de restauração iniciado em 2004, de cerca de 12 milhões de reais, durou cinco anos e revela um aspecto muito interessante do afresco: os pesquisadores agora acreditam que uma figura vestida de turbante azul no canto superior esquerdo da pintura é, na verdade, o próprio artista. Se correta essa teoria, essa pintura seria o único autorretrato de Michelangelo de que se tem notícia.

As 10 Maiores Obras-Primas do Renascimento

O Renascimento foi um importante movimento cultural que surgiu aproximadamente no século 14 e seguiu até o século 17. Este período teve alguns dos maiores artistas da história da humanidade, incluindo Leonardo Da Vinci e Michelangelo Buonarroti. Abaixo estão dez das pinturas mais famosas deste movimento extremamente significativo do desenvolvimento artístico, histórico, cultural e até científico.
10. O Nascimento de Vênus, de Sandro Boticelli - Ano: 1484–1486
as 10 obras mais importantes do Renascimento

Esta linda obra descreve o mito clássico de Vênus, a deusa do amor, saindo do mar. Nesta pintura, ela surge nascida de uma concha como uma mulher já madura chegando à praia. Estudiosos de arte deram muitas interpretações à pintura, e uma das mais proeminentes é que Botticelli representou a ideia neoplatônica do amor divino na forma nua de Vênus. Até hoje, esta é uma das obras mais preciosas do Renascimento.

9. A Assunção da Virgem, de Ticiano - Ano: 1518
as 10 obras mais importantes do Renascimento

Situada no altar-mor na Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari, foi a primeira obra de Ticiano em Veneza, que o consolidou como o principal pintor da cidade. A pintura mostra a "assunção da virgem", que é comemorada todos os anos no dia 15 de agosto, e comemora o nascimento de Maria para o céu antes de seu corpo decair. Na pintura, a virgem Maria está sendo elevada aos céus por um grupo de querubins, enquanto está de pé sobre uma nuvem. Esta é a maior obra-prima de Ticiano.
8. Madona Sistina, de Rafael - Ano: 1512
as 10 obras mais importantes do Renascimento

Esta obra mostra a Madonna segurando Jesus ainda bebê, flanqueada por Santa Bárbara e São Sisto. Além disso, há dois querubins abaixo dela, que são talvez os querubins mais famosos retratados em qualquer obra de arte. A Madona Sistina é considerada uma das melhores pinturas já criadas em toda a história da arte, e é especialmente popular na Alemanha, onde foi saudada como "suprema entre todas as pinturas do mundo".

7. Primavera, de Sandro Botticelli - Ano: 1482
as 10 obras mais importantes do Renascimento

Esta bela obra retrata a estação da primavera, e muitas vezes é referida como ‘Alegoria da Primavera’. Há muitas interpretações sobre a pintura, mas é geralmente dita que, em algum nível, é “uma elaborada alegoria mitológica da crescente fertilidade em todo o mundo”. Esta é uma das pinturas que tem o maior número de estudos a respeito, e uma das mais controversas também. O uso das cores escolhidas por Botticelli e as múltiplas interpretações do seu trabalho tornaram a obra extremamente popular e é citada frequentemente como um exemplo principal da benevolência da arte do renascimento.

6. O Juízo Final, de Michelangelo – Ano: 1541
as 10 obras mais importantes do Renascimento

Esta obra tem uma enorme influência na arte ocidental. Está na parede do altar da Capela Sistina do Vaticano, mostra a Segunda vinda de Cristo, e o julgamento final e eterno de Deus sobre toda a humanidade. Jesus está bem no centro da obra, cercado por diversos santos. Um pouco abaixo, a obra mostra a ressurreição dos mortos, e mais abaixo, a descida dos malditos ao inferno.
5. O Beijo de Judas, de Giotto di Bondone - Ano: 1306

Muitos críticos de arte consideram Giotto como o primeiro grande gênio da pintura, e alguns até alegam que ninguém conseguiu superá-lo. Esta também é uma das obras-primas da arte ocidental mais famosas do Renascimento, mostrando o momento da traição de Judas, quando ele mostra Jesus aos soldados e o cumprimenta com um beijo. Giotto capta magistralmente o drama e a tensão da prisão de Cristo, bem como o contraste das expressões de Judas e Jesus ao se olharem cara a cara.
4. Escola de Atenas, de Rafael - Ano: 1511

A obra-prima de Rafael é um dos quatro afrescos feitos pelo artista que estão no Palácio Apostólico do Vaticano. Abrange quatro linhas do conhecimento: poesia, filosofia, teologia e leis, e a Escola de Atenas representa o campo da filosofia. Críticos de arte sugeriram que cada grande filósofo grego está na pintura, mas, embora seja possível identificar Platão e Aristóteles, outros não foram identificados. Esta obra é considerada “a encarnação perfeita do espírito clássico da Alta Renascença”.

3. A Última Ceia, de Leonardo da Vinci - Ano: 1498

Nesta famosa pintura, da Vinci retrata magistralmente a perplexidade e a confusão que ocorre entre os discípulos de Jesus, quando ele anuncia a todos que, um dia, um deles iria traí-lo. O conhecimento detalhado de Da Vinci sobre luz, anatomia, botânica e geologia, além de seu interesse em como os seres humanos registram emoção em expressões e gestos, e sua sutil graduação nos tons, tornam esta pintura uma das obras mais reverenciadas de todos os tempos.

2. A Criação de Adão, de Michelangelo Buonarroti - Ano: 1512

O trabalho feito por Michelangelo no teto da Capela Sistina é outro marco do Renascimento, e A Criação de Adão é o afresco mais famoso, cuja popularidade só fica em segundo lugar após a Mona Lisa. Ao lado d’A Última Ceia, é uma das pinturas mais replicadas da história. A famosa imagem em que Adão toca a mão de Deus virou um ícone na humanidade, e foi imitada e até parodiada muitas vezes.
1. Mona Lisa, de Leonardo da Vinci - Ano: 1517

A Mona Lisa é a obra mais conhecida e visitada em todo o mundo. Já foi estudada por milhares de críticos e acadêmicos, e é a imagem artística mais parodiada de todos os tempos. Sua fama está no sorriso misterioso da personagem. Para da Vinci, a obra foi um trabalho nunca finalizado, pois ele queria atingir a perfeição máxima nela. Está no livro de recordes do Guinness como a obra de arte que tem o seguro mais caro do mundo. Em 1962, valia 100 milhões de dólares (cerca de 300 milhões de reais), e hoje está estimada em 759 milhões (mais de 2,3 bilhões de reais).

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02
Mai18

Estratégias usadas pelos governos para controlar o que você vai fazer

António Garrochinho

`Para vivermos em sociedade precisamos nos adaptar à uma série de regras e leis que regem a forma com que a população irá viver, para que tudo aconteça com a maior harmonia possível.
No entanto, mesmo que nós não percebemos, existem várias técnicas utilizadas pelo governo de cidades e estados para que eles possam controlar algumas coisas que nós iremos fazer nas ruas das cidades.
Abaixo, separamos algumas destas coisas, confira:
1. Existem câmeras vigiando o que você está fazendo o dia inteiro.
2. Bancos com formatos despadronizados fazem com que você não consiga ficar muito tempo sentado.
3. Coberturas como esta nos postes fazem com que as pessoas não consigam colocar adesivos nos mesmos.
4. Latas de lixo como a de baixo possuem esse formato para que você não possa colocar mais lixo do que sua quantidade, nem objetos muito grandes.
5. Essas espécies de pirâmides são colocadas para que você não tente passar por baixo das pontes ou viadutos e evitar que moradores de rua se aglomerem.
6. Carros de polícia ficam estacionados vazios em alguns locais apenas para transferir um ar de segurança.
7. Essas “presilhas” de ferro são colocadas para que pessoas não andem de skate ou patins no local.
8. Alguns “bancos” na cidade estão vinco apenas com encosto para você descansar, para que não durma na rua.
9. E outros estão vindo sem encosto para que você não durma na praça.
Tudo isso parece ser muito simples, mas são estratégias previamente pensadas para que você não faça nada que não seja permitido pelo governo do local.


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02
Mai18

02 de Maio de 1519: Morre Leonardo da Vinci, muito mais do que um pintor

António Garrochinho


Leonardo da Vinci, grande pintor da Renascença,  morreu no dia 2 de Maio de 1519, aos 67 anos. Teve uma enorme influência sobre a história da arte. O seu estilo e as suas contribuições no que à iconografia diz respeito, marcaram uma viragem na pintura devido à sua técnica do sfumato – técnica em que sucessivas camadas de cor são misturadas de forma a passar ao olho humano a sensação de profundidade, forma e volume. 

Génio de múltiplos talentos – desenho, pintura, escultura, arquitectura e urbanismo – o autor de A Última Ceia e Mona Lisa, pressentiu igualmente diversas invenções, como o avião, o para quedas ou o submarino, e interessou-se pela concepção de máquinas de guerra, a botânica, a geologia, a anatomia e a hidráulica. 

Filho ilegítimo de um notário e de uma jovem camponesa, Leonardo veio à luz no dia em 15 de Abril de 1452 em Vinci, uma pequena cidade a 30 km de Florença. Aprende com o mestre Verrocchio, a partir de 1470, o desenho, a pintura, a matemática, a perspectiva, a escultura, a arquitectura. 

Em 1472, torna-se membro da corporação dos pintores de Florença. Pinta o seu primeiro quadro, A Madona com Cravo em 1476, último ano que passa no atelier de Verrocchio. 

Inicia a sua carreira a solo pintando retratos e cenas religiosas a pedido de nobres e mosteiros da região. Pinta, em 1481, A Adoração dos Magos para Lourenço de Médicis, o Magnífico. Da Vinci busca então um mecenas para fazer face aos seus gastos. Soube que o Duque de Milão, Ludovico Sforza, desejava erigir uma estátua equestre em homenagem ao seu pai. Parte para lá em 1482 e dedica-se à criação dessa obra durante 16 anos. Construiu um modelo, mas, por falta de bronze, não pôde concretizá-la. 

Já designado “Mestre das Artes” pelo duque, pinta A Última Ceia sobre a parede do refeitório do convento Santa Maria das Graças. O Retrato de Cecília Gallerani, a amante do duque, A Dama com  Arminho e A Virgem aos Rochedos, são as obras do final do seu período milanês. A queda de Sforza leva Da Vinci a deixar Milão. Viaja para Veneza e depois para Mântua, onde pinta o perfil da Duquesa Isabel d’Este. É nessa época que realiza a sua obra mais célebre: o retrato de Mona Lisa ou A Gioconda. 

Em 1503, é-lhe confiada, ao lado do seu rival Michelangelo, a decoração da sala do Conselho do Palazzo Vecchio de Florença. Leonardo deveria tratar do tema da Batalha de Anghiari, vitória dos florentinos sobre os milaneses. No entanto, abandona o fresco em 1506, viaja para Milão e fica ao serviço do rei de França. 

Da Vinci muda-se para Roma em 1513 antes de partir para a França três anos mais tarde. Francisco I instala o grande mestre no castelo de Cloux, perto de Amboise e  nomeia-o"primeiro pintor, engenheiro e arquitecto do rei". Após a sua morte, é enterrado na capela Santo Humberto, na muralha do Castelo de Amboise. Artista em permanente ebulição, deixou numerosas obras inacabadas. Sobre a pintura, costumava dizer: “O bom pintor tem essencialmente duas coisas a representar: a personagem e o seu estado de alma”. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Ficheiro:IngresDeathOfDaVinci.jpg

A Morte de Leonardo Da Vinci - Jean -Auguste Dominique Ingres
Ficheiro:Leonardo self.jpg
Provável autorretrato de Leonardo da Vinci, cerca de 1512 a 1515
Arquivo:. Leonardo da Vinci (1452-1519) - A Última Ceia (1495-1498) Jpg
A Última Ceia - Leonardo Da Vinci
02
Mai18

Continua a afirmar Pereira

António Garrochinho



Pacheco Pereira 
tentou vir em defesa da disputa política em torno do chamado centro. Na realidade, o tal centro continua bem à direita, como tem a obrigação de saber, até pelas posições concretas do PSD sobre políticas públicas concretas. O cheque-saúde à paisana é só um exemplo. No final da crónica acaba por reconhecer que a sua linha não é sustentável por uma boa razão:

“Se nas próximas eleições o confronto se fizer ao centro, pode haver vantagem para os portugueses. Há apenas um óbice e esse demasiado importante: o centro pode significar o abafamento da questão europeia, debaixo de um consenso ambíguo que há muito existe sobre o seguidismo do PS e do PSD em relação a uma União Europeia que é hoje uma entidade pouco democrática e desrespeitadora da soberania das nações. Esta circunstância pode matar tudo, ao impor a Portugal um modelo de estagnação que a prazo gerará radicalização social, com o risco de populismo. Nessa altura, voltamos à grande simplificação e ao reducionismo político, e o centro nunca se implantará como lugar da democracia.”

O desrespeito da UE pela soberania, condição necessária da democracia, não é de hoje. Vem pelo menos desde Maastricht. Hoje é só brutalmente claro. Temo bem que, em nome do respeito pela UE desrespeitadora e do combate ao espectro de um certo tipo de populismo bem necessário, haja a tentação, por parte do tal centro, de introduzir ainda mais entorses eleitorais à representação proporcional da vontade popular democrática. Tal como a pós-verdade, também a pós-democracia tem origens no centro europeu. No fundo, Pereira acaba por confirmar que o eurocepticismo, em nome da soberania democrática, é hoje em Portugal uma das melhores formas de drenar o pântano intelectual e político do meio.

02
Mai18

Se não foi assim poderia ter sido (3): uma questão de segredo de Justiça

António Garrochinho


O som do telemóvel sobressaltou-o. Estava a fruir momento tão aprazível, apenas atento às deambulações da cadela, que trouxera para breve passeio no bosque junto à casa.
Era o assessor a dizer-lhe que no jornal do dia seguinte a Liliana ia publicar um artigo sobre o relatório da auditoria interna à Proteção Civil, e queriam um comentário.
Relatório? Que relatório? Os gajos dos jornais já não tinham tido o acesso a todos os documentos relacionados com o incêndio?
Não. Faltava aquele, que a antecessora mandara elaborar e agora chegado, como de costume sabe-se lá por que clandestinas mãos, às redações dos jornais.
E o que tinha ele de novo?
Nada, informou o outro. As conclusões eram exatamente as mesmas: poucos meios para uma tão rápida progressão do fogo, o espanto de quem comandava e depois a confusão do salve-se quem puder com uns quantos a ficarem para trás engrossando o rol das vítimas desse dia.
Então se tudo quanto lá consta já se sabe, porque é que eles voltam à carga?
É claro que sabia bem demais a resposta: embora sobrassem sinais de enfado progressivo da opinião coletiva com o abuso intensivo do caso, ele serviria sempre de paliativo para chefes de redação sem assuntos para ilustrar a capa do jornal do dia seguinte.
É que há um problema com o relatório, informou o assessor. Estão lá detalhados os comportamentos dos comandantes nesse dia, mesmo que a peça pareça dar importância a terem-se perdido na confusão os rascunhos dos esquemas feitos hora a hora para a intervenção.
A contragosto o ministro saiu do registo de dia de férias para o de pleno exercício no cargo e compreendeu o que estava em causa. O problema era existirem processos judiciais em curso contra os comandantes, passíveis de se verem acusados de homicídio, mesmo que por possível negligência. E o relatório estaria obrigatoriamente subordinado ao segredo de justiça.
Fundamentalista no respeito pela legalidade o ministro deu a resposta que o assessor sabia de antemão ir ouvir: diga-lhes que não temos nada a comentar!
Na manhã seguinte, ao passar pelo quiosque para comprar um maço de tabaco, o tio Jacinto olhou para o título do jornal e viu escarrapachada a acusação do governo sonegar esse tal relatório à apreciação pública. Resmungando, disse para o Zeca dos Caracóis: «É o  que eu digo: estes gajos não sabem o que inventar mais! Ainda se se dedicassem mais a denunciarem quem foram os incendiários!»

02
Mai18

canga

António Garrochinho
ÁS VEZES DE BARRIGA CHEIA, POLÍTICAMENTE CORRECTOS, PROFERIMOS FRASES, REFLEXÕES QUE LOGO SÃO DIVULGADAS E BEM ACEITES.

PORÉM QUANDO NOS REVOLTAMOS E POMOS CÁ FORA O GRITO QUE APONTA DEFEITOS AOS NOSSOS LÍDERES (QUE OS TÊM E NÃO SÃO POUCOS) HÁ LOGO QUEM SE APRESSE A ACONSELHAR-NOS CALMA E NOS ACUSE DE PRECIPITADOS, ESQUERDISTAS, DE FAZER O JOGO DOS QUE QUEREMOS APEAR E COMBATEMOS AGUERRIDAMENTE SEM TRÉGUAS.

É A CANGA ! MEUS AMIGOS, A CANGA DIVERSA !

António Garrochinho
02
Mai18

Matar e agiotar

António Garrochinho


Na guerra matar não é crime!
Emprestar dinheiro e cobrar juros, aos bancos é permitido!
Se eu o fizer, correndo o risco de nunca o reaver já é crime! Sou agiota! porque empresto o fruto do meu trabalho! ...
Pois! os bancos podem agiotar à vontade!
Emprestam o "nosso" dinheiro!
pagam a nós 1% por exemplo e cobram aos outros o que lhes apetece!
E ainda tem mais!...
Se os bancos emprestam e perdem o dinheiro, eu e vocês ainda vamos ter que o repor!
kkkkk...
Esses sim, um negócio da China!
Matar e agiotar, dois conceitos tão estranhos! ...
PS: eu não empresto dinheiro! kkkkk mas pago o dinheiro que eles emprestam aos amiguinhos! kkkk

02
Mai18

QUANDO...

António Garrochinho
QUANDO MANUEL PINHO RECEBIA GORJETAS DE MILHARES DE EUROS MENSAIS DO "GES" APESAR DE RECEBER O VENCIMENTO COMO MINISTRO, O PS, OS DEPUTADOS, OS HOMENS DA POLÍTICA DESCONHECIAM ?
02
Mai18

Edifício de habitação para arrendamento no centro de Faro é primeiro contrato IFRRU 2020 no Algarve

António Garrochinho


O primeiro contrato de financiamento do IFRRU 2020 no Algarve foi já assinado, com o banco Santander Totta, e destina-se à reabilitação integral de um edifício destinado à habitação, para arrendamento, no centro de Faro, com um investimento total de 669 mil euros.
Quatro candidaturas, com um investimento que se eleva a 13 milhões de euros, foram já apresentadas ao IFRRU 2020 na região algarvia, sendo uma delas a que acabou de se efetivar neste primeiro contrato de financiamento.
Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, de acordo com dados do INE, na região existem 17.531 edifícios muito degradados ou que carecem de reparações grandes ou médias.
O contrato de Faro é o sétimo contrato IFRRU 2020 assinado em todo o país desde a abertura das candidaturas, há cinco meses.
Até final de Março, foram formalizadas 62 candidaturas, no valor total de 203 milhões de euros de investimento, assinados sete contratos de financiamento (3 no Funchal, 1 em Lisboa, 1 no Porto, 1 em Elvas e agora este em Faro), estando em pipeline 389 intenções de investimento, no valor total de mais de mil milhões de euros de investimento.
O IFRRU 2020 conta com financiamento de fundos da União Europeia, nomeadamente através do PO CRESC Algarve2020 no âmbito do Portugal 2020, e ainda de empréstimos contraídos, para este efeito, pelo Estado junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), juntamente com as verbas disponibilizadas por bancos selecionados, que alavancam os fundos públicos.
O IFRRU 2020, Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas, é um instrumento de política pública que reúne diversas fontes de financiamento, nomeadamente, fundos públicos (Fundos Europeus do Portugal 2020, BEI – Banco Europeu do Investimento e CEB – Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa) e fundos privados disponibilizados pelos bancos selecionados para a concessão destes empréstimos (Santander Totta, BPI e Millennium BCP).
O IFRRU 2020 é o maior programa de incentivo à reabilitação urbana lançado em Portugal, com uma capacidade de financiamento de 1400 milhões de euros, gerando potencialmente um investimento de cerca de 2.000 milhões de euros.
Disponibiliza empréstimos em condições mais favoráveis face às existentes no mercado, para reabilitação integral de edifícios, destinados a habitação ou a outras atividades, incluindo as soluções integradas de eficiência energética mais adequadas no âmbito dessa reabilitação.
Num único pedido de financiamento, que pode ser feito em qualquer balcão da rede comercial dos bancos selecionados – Santander Totta, BPI e Millennium BCP, integrando o investimento na reabilitação urbana e na eficiência energética do imóvel a reabilitar, os apoios financeiros IFRRU 2020 são concedidos através de produtos financeiros de dois tipos (não acumuláveis), empréstimos e garantias.
Contacte a Estrutura de Gestão do IFRRU 2020, através do email ifrru@ifrru.ihru.pt
E os Municípios de Albufeira, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila Real de Santo António.


www.sulinformacao.pt
02
Mai18

QUE ASSIM SEJA ! LUTAR E REIVINDICAR O PODER POLÍTICO PARA QUEM O MERECE - "Temos de fazer de Maio um mês de luta intensa"

António Garrochinho
20180501 171444

"Temos de intensificar a acção e a luta em todos os locais de trabalho e fazer de Maio um mês de luta intensa. Uma luta para a qual estamos todos convocados e que irá convergir numa Grande Manifestação Nacional, em Lisboa, no dia 9 de Junho, do Marquês de Pombal para os Restauradores, para expressar as reivindicações dos trabalhadores e do povo, exigindo a ruptura com a política de direita e a implementação de uma política de esquerda e soberana, que abra as portas a melhores condições de vida e de trabalho, que valorize o trabalho e os trabalhadores, a um Portugal com futuro!" - foi com este apelo que o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, concluiu a sua intervenção, hoje, nas comemorações do 1º de Maio, em Lisboa - "o maior 1º de Maio dos últimos anos", como também disse.

INTERVENÇÃO DO SECRETÁRIO-GERAL DA CGTP-IN, ARMÉNIO CARLOS, NO 1º DE MAIO

RESOLUÇÃO DO 1º MAIO DE 2018 - LUTAR POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO; VALORIZAR OS TRABALHADORES


www.cgtp.pt

02
Mai18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

ESTOU REALMENTE EXPECTANTE E EMBORA O MEU PENSAMENTO (NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE A RAÍZ AO PENSAMENTO) ESTEJA SEMPRE COM OS QUE AINDA HOJE VIVEM TODOS OS DIAS NA INCERTEZA DE UM FUTURO MELHOR PARA ELES PRÓPRIOS, FAMÍLIA, FILHOS, ESPERAM SENTADOS QUE ALGUÉM LHES RESOLVA OS PROBLEMAS ATRAVÉS DE UM ACORDO, DE UMA LEI, E SEM NADA FAZER PELA VIDA DELES PRÓPRIOS E DOS QUE SÃO EXPLORADOS, ACREDITAM QUE A DIREITA, A SOCIAL DEMOCRACIA, OS XUXAS TRAVESTIDOS VÃO DAR DE BANDEJA, REPOR DIREITOS ELEMENTARES, APESAR DE NOS SEUS DISCURSOS, DE REPENTE ATACADOS DE "HUMANISMO, SERIEDADE", SE MOSTREM ARREPENDIDOS DOS CRIMES QUE COMETERAM ATÉ HOJE QUEIRAM E TENHAM REALMENTE VONTADE DE COLOCAR ESTE PAÍS NO RUMO QUE PROMETERAM E PROMETEM.



António Garrochinho
02
Mai18

O negócio dos corninhos...

António Garrochinho




O negócio dos corninhos...

Achei muita piada a um texto de opinião de um jornalista, que escreveu: "Afinal, os corninhos de Manuel Pinho eram para todos nós".
Quem deve estar a rebolar-se de riso, é o ex-deputado do PCP, a quem Manuel Pinho dirigiu o insultuoso e obsceno gesto, numa sessão da Assembleia da República.
Mas, a pergunta que se impõe é esta: Quem é o próximo ex-ministro que nos andou a pôr os cornos?

Alexandre de Castro


alpendredalua.blogspot.pt
02
Mai18

1º de Maio e “Os Indiferentes”

António Garrochinho


A 27 de abril de 1937, numa prisão de Roma morre António Gramsci. Como homenagem publico um dos seus textos mais conhecidos e que se matem e manterá sempre atual.

Os Indiferentes

ANTONIO GRAMSCI

11 de Fevereiro de 1917

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam frequentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há factos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os factos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenómeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às consequências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum género.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

02
Mai18

OPINIÃO DE UM PROVEDOR DE JUSTIÇA - EU SEI

António Garrochinho


Eu sei

(José de Faria Costa 
Eu sei. Sim, eu sei. E porque sei, não quero que o meu silêncio ecoe no infinito presente da minha vida para que não possa ser apodado, no futuro passado, de cúmplice.
Eu sei que muitas vezes não é fácil vir a terreiro defender aquilo que deve ser defendido como se defendêssemos as “muralhas da cidade”. Mas há um tempo para tudo e não precisamos de recorrer ao Eclesiastes para justificar a bondade do que se acaba de dizer.
Eu sei que o tempo mediático talvez já tenha passado para aquilo que brevemente irei escrever. E talvez, por isso mesmo, o queira agora dizer, porque as coisas só ganham sentido quando a poeira frenética da mediação informativa, levada pelo vento do tempo instantâneo, pula para um outro acontecimento, uma outra notícia, verdadeira ou falsa, pouco importa, para um outro dado da comunicação social (escrita, televisiva ou radiofónica).
Eu sei que a liberdade de expressão e os direitos a informar e a ser informado são esteios indestrutíveis de uma qualquer comunidade verdadeiramente democrática e que, por isso, qualquer forma de censura ou limitação desproporcionada, em meu juízo, são intoleráveis.
Eu sei que há um ruído insuportável à roda de vários casos, chamados mediáticos, que uma solerte comunicação social considera serem protagonizados por “famosos, ricos e poderosos” e que se alimenta, de modo preciso, da qualificação que, justamente, faz desencadear as pulsões mais primárias dos membros de uma qualquer comunidade de homens e mulheres historicamente situados. Este é, em definitivo, um dado histórico indesmentível e que a mais séria psicossociologia do estudo das massas não deixa de confirmar.
Eu sei que muitos vão dizer, como já antes o disseram, que só desta forma se pode combater o crime, sobretudo a criminalidade altamente organizada e muito particularmente a sofisticada criminalidade económico-financeira e, para mais, continuarão a dizer que o esmagamento das garantias mais elementares dos cidadãos, mesmo que inocentes, nada tem de especial: é o preço a pagar para honrarmos a deusa “transparência”, acompanhada da sua irmã “eficiência”. E alguns, mais afoitos no seu radicalismo, até dirão que pensar o contrário mais não é do que a redundância de “luxos” que alguma intelligentsia liberal e talvez decadente gosta de defender. Tudo tem de ser transparente. Na vida individual. Na vida colectiva. Tudo pode e deve ser devassado. Sem limites. A intimidade pessoal, a vida privada individual, familiar ou social nada valem quando se quer perseguir os criminosos, quaisquer criminosos, mesmo que só putativos criminosos, esquecendo-se ou postergando-se, sem rebuço, a presunção de inocência até ao trânsito em julgado.
Eu sei que as coisas que têm acontecido nos últimos meses, para não dizer anos – e que se espelham na divulgação de factos sujeitos ao segredo de justiça ou, não o estando, na sua publicitação que é, do mesmo passo, criminalmente punível -, se tornaram, de forma patológica, endémicas no tecido jurídico-social português. Endemia ou pandemia que aparentemente preocupa toda a gente mas que, efectivamente, faz que “toda a gente” nada faça.
Eu sei que tocar ou mexer neste ponto é tocar ou mexer na estrutura político-normativa do próprio Estado, o que nos faz imediatamente duvidar de qualquer movimento de reforma em tempos que são dominados, ferreamente, pela ideologia e pela nomenclatura do pensamento económico-financeiro e que, ao menor suspiro de manifestação de vontade de mudança, de supetão nos é atirado o perverso, estúpido e diletante brocardo: “It”s the economy, stupid.” Mas o problema é que este ar malsão que respiramos não vem só da economia. Vem de muito mais fundo. Vem de não se perceber que a administração da justiça em nome do povo – não a justa aplicação do direito ao caso concreto por um juiz e não por representante do Ministério Público – é sempre e definitivamente um problema político. Uma questão que se insere no grande mundo das políticas públicas de quem legisla e de quem governa.
Neste sentido, dizer-se “à política o que é da política e à justiça o que é da justiça” é não só apoucar e definhar a máxima religiosa que lhe serve de parâmetro mas também, e talvez por sobre tudo, não querer assumir as obrigações políticas que órgãos, democraticamente eleitos, devem com orgulho, porque mandatados pelo voto, levar a cabo.
Eu sei que uma leitura apressada ou de má-fé dirá que o que vai aqui pressuposto é a tutela doutrinal de uma “justiça para ricos” e de uma “justiça para pobres”. Em boa-fé direi que uma tal interpretação está nos antípodas do que sempre defendi, escrevendo e ensinando, há quase meio século. Por imperativo ético e democrático a lei é igual para todos e a todos por igual tem de ser aplicada, com rigor e imparcialidade. E direi mais: a corrupção é um mal, também ele endémico, que tem de ser combatido por todos os meios, incluindo o direito penal, na sua expressão mais firme e rigorosa. Por isso, infelizmente, Portugal vive duas endemias em que uma alimenta a outra, em um indissociável processo simbólico de reciprocidade.
Eu sei que a última metade do século passado foi a afirmação e tutela, em jeito que se queria universal, dos direitos humanos, em todas as suas dimensões e, por sobre tudo, de modo muito particular, quando lidávamos com as “cousas” dos direitos penal e processual penal. Porém, os primeiros anos desta centúria parecem levantar ventos securitários. E se, desde a Ilustração, se dizia que “mais vale ter à solta um culpado do que punir um inocente”, parece que, hoje, o mais importante é punir a eito e se se não puder fazê-lo em tribunal que aconteça, então, na praça pública. Oh! Santa Idade Média, regozija-te, os teus lados mais negros estão perdoados. Para quê o “processo justo”? Para quê a presunção de inocência até trânsito em julgado? Para quê a proibição da inversão do ónus da prova em processo penal? Para quê o princípio da legalidade da norma incriminadora? Para quê mostrar a insanidade da delação premiada? Para quê salientar dogmaticamente o irrazoável do querer criminalizar o chamado “enriquecimento ilícito”?
Eu sei. Eu sei que o que escrevi pouco vale para mudar o que quer que seja, porque sei que uma crónica de jornal não tem sequer a vida de um ai e, outrossim, menos sequer a força política de um gesto de criança. Todavia, sei que é preciso: não navegar mas dizer.

Professor universitário e antigo Provedor de Justiça


estatuadesal.com
02
Mai18

Nada acontece por acaso….

António Garrochinho

Um engano premonitório


Neste último fim de semana teve lugar em território germânico um encontro de reigby Alemanha-Rússia, cujo resultado mais insólito foi o da troca do hino da Federação Russa pelo da União Soviética, mas o mais estranho deste singular acontecimento foi ver os jovens jogadores russos a cantarem com grande empenho e alguns com matreiros sorrisos um hino que já não seria oficial quando nasceram, o que nos leva a deduzir que a URSS passados todos estes anos ainda está viva mesmo entre os jovens.


Vejam:

Hino da URSS
A união indestrutível das repúblicas livres
Reunidas para sempre pela Grande Rússia
Que vive, fruto da vontade dos povos,
Unida, a potente União Soviética!
Gloriosa sejas nossa Pátria livre,
Sob a efesa da amizade dos povos!
O partido de Lenine, força do povo,
Conduz-nos ao triunfo do comunismo
Através das tempestades renasce o sol e a liberdade,
E o grande Lenine ilumina o nosso caminho,
Na causa da justiça ele ergueu o povo,
E inspirou-nos no trabalho e na luta!
Gloriosa sejas livre Pátria,
Na defesa da amizade dos povos!
O partido de Lenine, força do povo,
Conduz-nos ao triunfo do comunismo,
Na vitória dos ideais imortais do comunismo,
Nós vemos o futuro do nosso país
E à bandeira vermelha da nossa gloriosa pátria
Nós seremos sempre infalivelmente fieis

E ao tremular do Estandarte Vermelho,
Estaremos nós para sempre fiéis!
Gloriosa sejas nossa Pátria livre,
Na defesa da amizade dos povos!
O partido de Lenine, força do povo
Conduz-nos ao triunfo do comunismo.


abrildenovomagazine.wordpress.com

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