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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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04
Mai18

Portugal vai ter o primeiro "motard" no MotoGP em 2019

António Garrochinho
O "motard" Miguel Oliveira vai ser o primeiro piloto português a competir na prova rainha das duas a motor.
Em declarações esta sexta-feira à Sport TV, o piloto da KTM confirmou o ingresso na Tech 3, uma equipa satélite da marca austríaca que o português já representou em 2015 no Moto3.
Na véspera, o diretor da Tech 3, Herve Poncharal, já havia dito ser "uma forte possibilidade" o ingresso de Oliveira na equipa.
"Nós somos uma 'equipa de juniores'. A KTM tornou pública a possibilidade de Miguel Oliveira dar o salto para o MotoGP com a Tech3 e com o total apoio da fábrica. Estou muito contente com o Hafizh Syahrin apesar do incidente no GP das Américas. Há muitas possibilidades. O conjunto Syahrin-Oliveira é uma das fortes, mas nada está definido", referiu Poncharal.
Em 2016, Miguel Oliveira juntou-se à Kent e ingressou na Moto2 pela Leopard Racing. No ano passado, o piloto natural de Almada voltaria ao volante de um KTM, através da Red Bull Ajo.
Este ano, Oliveira está a disputar um lugar no pódio. É atualmente quarto no mundial de Moto2, a quatro pontos do segundo classificado, o italiano Mattia Pasini, e a 14 do líder, o também italiano Francesco Bagnaia.
A quarta ronda do campeonato do mundo de Moto2 acontece este fim de semana em Jerez de la Frontera, Espanha. O primeiro dia de treinos ficou marcado pelo calor e o português fechou-o com o nono melhor tempo.
Miguel Oliveira, em declarações divulgadas pelo site oficial:
"Foi uma sexta-feira complicada e mais difícil do que esperava. Especialmente de manhã, estava muito vento e a pista tinha pouca aderência. À tarde melhorou, mas mesmo assim não encontrámos uma configuração com a qual seja fácil para mim andar bem com a moto. Existem diferentes questões a serem abordadas face às que encontrámos na pré-temporada; antes era questão de aderência e agora é mais sobre confiança com o 'front end'.
"Não melhorámos da manhã para a tarde, e por isso estou um pouco frustrado. Vamos tentar continuar a melhorar para amanhã (sábado). Já temos algumas ideias sobre o que mudar - algo que já tínhamos tentado no teste. A prioridade agora é encontrar uma configuração que nos faça andar mais rápido”.

pt.euronews.com

04
Mai18

VÁ LÁ ENTENDER ESTA PORRA ! ERA VERDE, O BURRO COMEU-A ! PS homenageia José Sócrates em “45 anos, 45 rostos”

António Garrochinho












Um dia depois de ter sido altamente criticado por altos dirigentes socialistas, José Sócrates é homenageado pelo Partido Socialista.

Sócrates foi secretário-geral do PS, primeiro-ministro de Portugal e, mais recentemente, arguido no caso Operação Marquês, acusado de 31 crimes. Um dia depois de ter sido altamente criticado pelo líder parlamentar e presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, que admitiu que as acusações de corrupção são "uma vergonha para o partido", os socialistas celebram a figura de José Sócrates. 

Esta homenagem está integrada na campanha "45 anos, 45 marcas e 45 rostos", enquadrada nas celebrações dos 45 anos do PS. O nome de José Sócrates surge no dia 42, a três dias do fim da campanha, onde já apareceram rostos como o actual presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o actual secretário-geral da ONU, António Guterres, e o vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio. Nos próximos dias seguem-se António José Seguro e o primeiro-ministro António Costa. 


Recorde-se que Carlos César e João Galamba juntaram-se às vozes críticas dentro do partido contra Sócrates. "Acho que é o sentimento de qualquer socialista, quando vê ex-dirigentes, no caso um ex-primeiro-ministro e secretário-geral do PS acusado de corrupção e branqueamento de capitais. Obviamente, envergonha qualquer socialista, sobretudo se as matérias de que é acusado vierem a confirmar-se", afirmou Galamba num programa da SIC Notícias.
Já o líder parlamentar do PS foi peremptório: "O PS sente-se, como os partidos, a confirmar-se o que é dito, envergonhado." Durante o programa da TSF Almoços Grátis, Carlos César considerou que a investigação de que é alvo o antigo ministro da Economia é "uma situação incompreensível e lamentável".

www.sabado.pt
04
Mai18

REFLEXÃO

António Garrochinho



A maioria dos políticos estão abandonando cada vez mais os valores cívicos, humanos, éticos em benefício em todos os sentidos do termo, de encher os bolsos o mais rápido possível.
Sedentos de riqueza e luxo e seguros da sua supremacia anunciam a infalibilidade das medidas governativas e mentem descaradamente aos seus seguidores (militantes) e ao povo em geral.
Parecem estar desligados da realidade deste mundo e de como vivem os cidadãos comuns, vítimas do capitalismo financeiro, dos agiotas, de gente sem escrúpulos que não se condói de quem não tem pão, casa, saúde, trabalho.
Profundamente cimentados nos tachos, em instituições, em empresas que lhes pagam benesses e lhes dão mordomias à margem da lei , não lhes basta o salário que usufruem na Assembleia da República, nos cargos governativos e ainda têm "tempo" para administrar dezenas de empresas que também elas usufruem de favores e corrompem a acção governativa.
Confrontados com a desconfiança de um povo sofredor que tudo paga e nada recebe ainda são malcriados e não perdem nenhuma oportunidade para o trair.


António Garrochinho.

04
Mai18

O 1.º de Maio, sempre “a mesma ladainha”

António Garrochinho




Continua o jornalista: “Vem todos os anos? 

Não a incomoda sempre a mesma ladainha?.” 

E a Maria do Rosário a dizer que não. 

Porque cada pergunta parva merece uma resposta inteligente, aqui está a Maria do Rosário na rua, a lutar por quem não esqueceu


1.º de Maio, manifestação da CGTP em Lisboa. Ao fundo toca a Carvalhesa e o ambiente também é festa, também é celebração, a celebração do trabalhador, pois claro, para além da luta.


 Pedro Miguel Costa, jornalista da SIC, entrevista vários manifestantes a aguardar o início da manifestação, a aguardar mais um 1.º de Maio, e até aqui tudo normal. O que não é normal é o conteúdo das perguntas. “Maria do Rosário, antiga delegada sindical”, apresenta o jornalista, e por aqui se depreende que a Maria do Rosário, não obstante estar reformada e com direito a todos as regalias de uma vida de trabalho, não se coíbe de continuar a sair à rua, não só por si, mas por todos nós.


 Continua o jornalista: “Vem todos os anos? Isto não é mais do mesmo? Não a incomoda sempre a mesma ladainha?.” E a Maria do Rosário a dizer que não, a dizer “Cada vez me dá mais força, uma vez morreu uma colega a meu lado por estar a lutar pelos nossos direitos, porque o patrão não tinha pago”, e porque cada pergunta parva merece uma resposta inteligente, aqui está a Maria do Rosário na rua, a lutar por quem não esqueceu.


No entanto, o jornalista não desarma, o seu intento é óbvio, as perguntas são pessoais, baseadas na opinião do jornalista, carecem de factos, para não falar de jornalismo, inexistente. “E acha que as lutas trazem algo de novo ao nosso país? As lutas onde participou trazem assim tanto?”, e eu estaco, finalmente despido de tanto espanto.


Espanto porque da SIC Notícias, e perdoem-me a ingenuidade, espera-se mais, ou talvez não, talvez este jornalista tenha especial prazer em acordar às 6h no Dia do Trabalhador para, precisamente, ir trabalhar, zurzindo a torto e a direito em todos quantos conquistaram as oito horas de trabalho e o direito a um feriado desde 1919.


Mas 1919 foi no tempo da Maria Cachucha, pensará o jornalista, os tempos mudaram, as mentalidades também, hoje já não há trabalhadores nem contratos, somos todos colaboradores, hoje somos precisos, amanhã não, excepção feita para o patrão e os filhos do patrão, excepção feita para os senhores feudais e viva o retrocesso aos tempos medievais, urgindo, portanto, acabar com esta malta que pensa que o emprego é para a vida, que as reformas são para a vida, sem esquecer direitos bolorentos e démodés como férias pagas, subsídio de doença, licença de maternidade e paternidade.

E talvez este jornalista seja o vivo exemplo de quem está bem na vida, trabalha a tempo inteiro, tem o tal contrato démodé ao invés de trabalhar a recibos verdes, como tantos colegas de trabalho em canais de televisão e jornais, trabalha a tempo inteiro e nem por isso em part-time, tentando assim mostrar aos outros que é possível, que em Portugal se pode subir por mérito, a pulso e com a força dos próprios braços.

Mas não é. 

E enquanto trabalhadores continuarem a morrer a lutar pelos seus direitos, e enquanto o salário mínimo for dos mais baixos da Europa, e enquanto houver um desempregado e uma família com fome, e enquanto houver sofrimento e precariedade, e enquanto houver desigualdade e injustiça, a Maria do Rosário, e todos nós, continuaremos a sair para a rua no 1.º de Maio, por quem não esquecemos, pelos jovens, pelos trabalhadores, pelos pais e pelas mães, pelos idosos, por todos, para que este jornalista possa, finalmente, usufruir do feriado que a SIC não lhe deu, juntando-se à manifestação de braço dado, avenida abaixo num dia de sol, no Dia do Trabalhador, no dia 1 de Maio.

E se, porventura, este jornalista não quiser sair à rua, não há problema, estará igualmente no seu direito, conquistado no 1.° de Maio.


Texto de João André Costa

P3.PUBLICO,PT


04
Mai18

O HOMEM QUE ILUMINOU A VIDA DAS MULHERES REVOLUCIONANDO A ARTE DO COMÉRCIO

António Garrochinho

A inspiradora e comovente história de Harry Selfridge, o ‘Duque da Oxford Street’, o homem que inventou o moderno comércio.


"A loja, que recebeu o nome de Selfridge & Co, foi inaugurada em 1909, em um dia chuvoso de março; mas, em seu interior, era quente e brilhante."
“A loja, que recebeu o nome de Selfridge & Co, foi inaugurada em 1909, em um dia chuvoso de março; mas, em seu interior, era quente e brilhante.”

A série The Paradise, da BBC, ganhou um rival de peso. Isto é, há outro drama de época que se passa em uma loja de departamento: Mr. Selfridge.
Seu tema é a vida turbulenta e pitoresca do genial empreendedor americano que fundou sua loja em 1909, e sua base é o livro Shopping, Seduction & Mr. Selfridge (Compras, Sedução e Mr. Selfridge), de Lindy Woodhead.
Neste texto, publicado originalmente no Daily Mail, Lindy Woodhead faz um breve relato da história do homem extraordinário que revolucionou a arte do comércio.

VÍDEO





Jeremy Piven e Zoe Tapper como Harry Selfridge e Ellen Love, sua amante fictícia
Jeremy Piven e Zoe Tapper como Harry Selfridge e Ellen Love, sua amante fictícia, no seriado Mr. Selfridge

Harry Selfridge era único. Com seu bigode encerado e seu senso de estilo delicado e fastidioso, ele era o símbolo da tradição ao mesmo tempo em que deu poder às mulheres ao oferecer-lhes uma experiência de compras totalmente nova. Era um marido dedicado e adorava a esposa, apesar de tê-la traído com uma sucessão de estrelas, incluindo as dançarinas Isadora Duncan e Anna Pavlova.
Um verdadeiro visionário, Harry foi maravilhosamente rico e morreu na miséria. Foi, certa vez, confundido com um indigente quando observava, na Oxford Street, a vitrine do vasto estabelecimento que havia sido sua vida.
Foi uma longa jornada desde sua infância humilde em Ripon, Wisconsin, um vilarejo remoto onde nasceu em 1858. Três anos depois de seu nascimento, seu pai, o comerciante Robert, foi lutar na Guerra Civil. Ele sobreviveu à guerra, mas nunca voltou para casa, abandonando sua esposa Lois e seus três filhos. Lois, com seu pequeno salário de professora, criou as crianças. Quando Charles e Robert morreram, ela focou todo o seu amor em Harry.
Ela ensinou ao filho a importância das boas maneiras e de cuidar da aparência. Mãe e filho viveram juntos até a morte dela, em 1924. Foi graças a Lois Selfridge que Harry entendeu, como poucos homens, as necessidades femininas.
Harry deixou o colégio aos quatorze anos para trabalhar em um banco e, quando fez dezoito anos, arrumou um emprego numa loja de departamento de Chicago, Marshall Field & Co. Quatro anos depois, estava auxiliando o gerente. Mais três anos se passaram e ele havia assumido tal posto.
A Marshall Field & Co era a loja mais prestigiosa de Chicago, mas era formal demais para Harry. Ele foi apelidado de “Harry Milha-por-Minuto” conforme continuava inovando. Os grandes avanços na tecnologia o ajudaram. Ele instalou dúzias de telefones; aumentou as luzes e até mesmo iluminou as belas vitrines durante a noite – uma inovação para as lojas de Chicago.
Graças a Harry, a Field’s ofereceu aulas de arranjo floral, deu conselhos relativos à decoração de interior, introduziu a ideia para a lista de presentes de casamento e organizou um depositário para embrulhos e casacos, onde os clientes poderiam deixar seus pertences antes de se dedicar às compras.
Ele também criou, possivelmente, o primeiro restaurante dentro de uma loja de departamento nos Estados Unidos. Aberto em 1890, o Field’s Tea Room servia um ‘almoço leve’ em mesas enfeitadas com linho e uma rosa recém colhida em um vaso de cristal. Apenas 60 pessoas comeram lá no primeiro dia. Um ano depois, porém, o belo restaurante atendia mais de 1.500 pessoas por dia.
Em 1904, ele montou uma loja rival em Chicago e a vendeu dois anos depois para lucrar rapidamente. Sua esposa, Rosalie, era filha de um investidor muito rico, e possibilitou a ele que se mudasse para Londres para planejar sua loja dos sonhos. Ela continuou nos Estados Unidos com seus quatro filhos.


Harry e a filha mais velha, Rosalie, nomeada a partir da mãe.
Harry e a filha mais velha, Rosalie, nomeada em homenagem à mãe.

Harry escolheu um local na Oxford Street e contratou Daniel Burnham, um consagrado arquiteto de Chicago, para projetar algo extraordinário. Mil e quinhentos operários labutaram durante todo o inverno para construir a imensa estrutura de aço: uma fachada neoclássica era exibida diante de uma obra magistral e moderna que possuía sete milhas de tubo de cobre pressurizado apenas em seu sistema de alarme contra incêndios.
Era uma maravilha: nove elevadores Otis; extintores de incêndio e borrifadores; piso de concreto abrangendo um acre por nível. Não possuía os oito andares que Harry desejava (havia uma lei que não permitia que nenhum edifício fosse mais alto do que a catedral de St. Paul’s) mas, além de um porão com três níveis e um terraço com um lindo jardim no teto, a Selfridge’s tinha cinco andares imensos.
A loja, que recebeu o nome de Selfridge & Co, foi inaugurada em 1909, em um dia chuvoso de março; mas, em seu interior, era quente e brilhante. Logo no primeiro dia, mais de 100 departamentos venderam tudo, desde roupas de banho até pele de zibelina, todos os produtos primorosamente organizados no ambiente espaçoso.
Harry ajudou a emancipação das mulheres, e de modo considerável. Ele deu-lhes a liberdade de comprarem sozinhas, o prazer de almoçarem com uma amiga em um refúgio confortável de uma loja e raras e sensuais delícias e comodidades, com música tocando e a leve fragrância de perfume no ar. Além de restaurantes muito elegantes, a Selfridge & Co possuía uma biblioteca, aposentos onde ler e escrever, um aposento de primeiros socorros e um local escondido com uma linda mobília e cabelereiros e manicures à disposição das clientes.
Harry gostava de dizer: “Eu auxiliei as mulheres em sua emancipação. Eu apareci quando elas queriam tornar-se independentes. Elas entravam na minha loja e realizavam alguns de seus sonhos.”
Homem ou mulher, o conforto do cliente era uma prioridade. Acreditando que as compras deveriam ser uma experiência visual e tátil – sem ninguém precisar de uma balconista para abrir o armário –, ele colocou as mercadorias em lugares onde as pessoas se sentiriam confortáveis para vê-las, tocá-las e senti-las.
O espírito da era estava a favor de Harry. Harry vendeu telefones, refrigeradores, máquinas de sorvete – e até mesmo aviões. Ele também foi o pioneiro em apresentar celebridades em sua loja e até mesmo em transformá-las em suas modelos: a campeã mundial Freda Whittaker patinou numa pista no terraço da loja, enquanto Suzanne Lenglen, campeã do Wimbledon, demonstrou sua habilidade em uma quadra de tênis também localizada no terraço. A televisão foi exibida ao público pela primeira vez na Selfridge’s em 1925, quando Logie Bard levou até a loja seu equipamento esquisito que mudaria nossas vidas nos anos que seguiram esse evento.

Mas a vida de Harry fora da loja era bem diferente. Um amigo disse: “Ele era um gênio das nove da manhã até as cinco da tarde, mas um tolo nos finais de semana.” Embora sua esposa tenha ido encontrá-lo em Londres, Harry gozava da companhia de algumas das mais renomadas beldades de sua época. Amante de celebridades, ele cortejou e conquistou a dançarina Isadora Duncan, a bailarina Anna Pavlova, a escritora Elinor Glyn, Syrie Wellcome – esposa do farmacêutico milionário Henry Wellcome – e Lady Victoria Sackville.
Desde 1912, seu grand amour – aparentemente tolerado pela paciente e dedicada Rose – foi a reluzente chanteuse Gaby Deslys. Ele a instalou em um apartamento em Londres e o encheu de tapetes, lençóis, pratarias, porcelanas e cristais vindos da Selfridge’s.
Graças ao sucesso comercial de sua loja, ele foi capaz de fazer de sua residência um verdadeiro palacete: ele alugou o luxuoso Castelo Highcliffe em Christchurch, Hampshire, como sua casa de campo e a estonteante Lansdowne House como sua casa na cidade.

Highcliffe Castle, a luxuosa casa de campo de Harry Selfridge


Apesar de seus namoricos, Harry ficou devastado quando Rose morreu, afligida pela pandemia de gripe pós-guerra. Alguns anos depois, sua mãe também faleceu. Sem essas duas mulheres em sua vida, o amor desenfreado de Harry pelo jogo e pelas mulheres saiu do controle. Em 1921, quando ganhar £500 de salário por ano já era muito bom, ele perdeu mais de £5.000 em cassinos.
Agora, ele havia se voltado para uma nova geração de cantoras e dançarinas fáceis e solícitas, incluindo as Irmãs Dolly, Jenny e Rose, um par tóxico e manipulador que também nutria uma adoração por apostas. Os três faziam visitas frequentes aos cassinos em Nice. Dizem que as garotas gastaram pelo menos £5 milhões da fortuna de Harry.
Conforme o mundo entrou na Grande Depressão, Harry se encontrava lamentavelmente despreparado para a crise, consumido e isolado por sua própria vaidade. Em 1939, 30 anos depois de ter construído a Selfridge’s, revolucionado o comércio em Londres e inaugurado o que é atualmente a mais famosa rua para se fazer compras no mundo, a Oxford Street, Harry Selfridge foi expulso de sua própria loja.
O homem que chamavam de “Duque da Oxford Street” e que residia em palacetes luxuosos que satisfariam até mesmo um verdadeiro príncipe foi reduzido à miséria e passou o resto de seus dias vivendo em um apartamento pequeno e alugado em Putney com uma de suas filhas.
Em seus últimos anos de vida, ele caminhava todos os dias até seu ponto de ônibus em Putney High Street, procurando pelo ônibus número 22. Surdo e perdendo a lucidez, ele mal falava. Ainda usando roupas curiosamente formais e antiquadas, com suas botas de couro gastas, ele se movia com dificuldade, auxiliado por uma bengala Malacca. Ao subir no ônibus, ele contaria cuidadosamente seus trocados, compraria uma passagem para o Hyde Park Corner, onde desceria e esperaria por um ônibus número 137, e diria ao condutor: “Selfridge’s, por favor.”
Aparentemente submerso em memórias de sua glória passada e não reconhecido por ninguém, Harry Selfridge observava o imponente estabelecimento ao qual dedicara sua vida, olhando o terraço com nostalgia, como se estivesse procurando por alguma coisa. Em uma dessas ocasiões, foi preso pela polícia, que suspeitava que se tratasse de um indigente.
Harry morreu enquanto dormia, no dia 8 de maio de 1947. Ele tinha 89 anos. Foi enterrado em um túmulo simples ao lado de sua esposa e de sua mãe num cemitério em Highcliffe. Sua família não pôde pagar por uma lápide.
Mas seu legado continua até hoje. Harry declarou, certa vez: “Quando eu morrer, quero que digam que eu honrei e enobreci o comércio.” E a nova série da ITV, eu suponho, fará com que nos lembremos de como ele o fez.


“Aparentemente submerso em memórias de sua glória passada e não reconhecido por ninguém, Harry Selfridge observava o imponente prédio, olhando terraço com nostalgia, como se estivesse procurando por alguma coisa específica.”



www.diariodocentrodomundo.com.br
04
Mai18

8 aviões revolucionários das Grandes Guerras

António Garrochinho


Com ou sem sucesso, estes projetos de guerra mudaram o futuro da aviação


O avião a foguetes Me 163, dos mais rápidos da Segunda Guerra
O avião a foguetes Me 163, dos mais rápidos da Segunda Guerra 

Quando se trata de aviação militar, poucas pessoas são indiferentes ao assunto, principalmente quando o enfoque é a participação do avião na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, os dois maiores conflitos bélicos da História da humanidade”, diz Tomas Prieto, autor de Aviões das Grandes Guerras, na introdução de seu livro, que traz os modelos de aviões de combate utilizados nos dois grandes confrontos mundiais.
Levando em consideração que o primeiro voo de um avião motorizado ocorrera menos de dez anos antes da Primeira Guerra, a aeronáutica evoluiu muito durante os combates. A seguir, vamos conhecer algumas dessas máquinas inovadoras e o que fez delas únicas e determinantes na sua época.

Sucesso em números


O Avro 504 foi um caça-bombardeiro que voou pela primeira vez em 1913. Comprado pela Royal Flying Corps e pelo Royal Naval Air Service antes da guerra, tornou-se o primeiro avião britânico abatido pelos alemães. Também bombardeou um Zeppelin e uma planta de geração de hidrogênio. Logo ficou obsoleto. Era impulsionado por um motor Le Rhône 9J Rotary, com 110 HP de potência. Era armado com uma metralhadora Lewis de 7,7 mm na parte superior da asa. Sua produção na guerra foi de 8 970 unidades; e ela continuou de 1913 a 1932, tornando-o o avião mais produzido da Primeira Guerra Mundial: 10 mil unidades.

Ataque vertical

O SPAD S.XIII foi um avião de caça biplano desenvolvido pela Société Pour L’Aviation et ses Dérivés (SPAD) em 1917. Equipado com um potente motor, tinha elevada velocidade e fazia mergulhos praticamente na vertical sem o risco de perder as asas, por ter manobrabilidade, projeto estrutural e construção excelentes. Equipou quase todos os esquadrões de caça franceses e também foi usado por Grã-Bretanha, Estados Unidos, Bélgica, Grécia, Rússia e Itália. Era impulsionado por um motor em V Hispano-Suiza 8Be de oito cilindros,  com 220 HP de potência. E armado com duas metralhadoras Vickers de 7,7 mm. Teve 8 472 unidades produzidas.

O primeiro grande bombardeiro

O Ilya Muromets era um projeto revolucionário que voou pela primeira vez em 1913. Destinado ao serviço comercial de transporte de carga e passageiros, tinha um espaçoso salão e banheiro. Na Primeira Guerra Mundial, foi transformado no primeiro bombardeiro de quatro motores. Inigualável no início, não havia nenhum outro capaz de rivalizar com ele, até o aparecimento do alemão Zeppelin-Staaken R.VI, em 1917. O Ilya Muromets era impulsionado por quarto motores V8 Crusader de 148 HP de potência cada. Com diversas combinações de armas em diferentes pontos da fuselagem, tinha metralhadoras e canhões sem recuo Maxim, Lewis, Madsen, Colt e Leonid Kurchevsky, de 12,7 mm, 15,3 mm, 7,62 mm, 25 mm e 35 mm. Transportava 656 kg de bombas. Foram produzidas mais de 85 unidades. 

Kamikaze e muito mais

A Mitsubishi A6M Zero foi um caça de longo alcance, operado pela Marinha Imperial Japonesa entre 1940 e 1945. Introduzido no início da Segunda Guerra Mundial, o A6M Zero foi considerado o caça mais capaz do mundo, por combinar uma excelente manobrabilidade e longo alcance. O Zero ganhou uma reputação lendária como um dogfighter, tendo alcançado a incrível taxa de destruição de 12x1. Era impulsionado por um motor radial Nakajima Sakae 12 de 950 HP. Seu armamento era composto por duas metralhadoras Escreva 97 de 7,7 mm no capô do motor, com 500 tiros por arma e dois canhões Tipo 99-1 de 20 mm nas asas, com 60 tiros por arma. Podia transportar duas bombas de 60 kg ou uma bomba fixa de 250 kg para ataques suicidas. O número de A6M Zero construídos chegou a 10 939 unidades.

O veículo do grande ás da Segunda Guerra


O Messerschmitt Bf 109 (Me 109) venceu a concorrência para a substituição de caças biplanos da Luftwaffe. Seu primeiro voo aconteceu em 1935. Em 1937 combateu na Guerra Civil Espanhola, comprovando suas qualidades. Outros países adquiriram o Me 109, entre  eles Finlândia, Croácia, Romênia, Hungria e Suíça. Depois da Segunda Guerra Mundial, também serviu na Força Aérea Israelense nas primeiras guerras contra os árabes. Foi uma das aeronaves mais produzidas na História da aviação, com 33 mil unidades. Com o Me 109, o alemão Erich Hartmann conseguiu o maior número de vitórias da guerra: 352.

Morte a foguete

O Messerschmitt Me 163 era um avião-foguete que entrou em operação em 1944 para combater bombardeiros. Concebido como interceptador sem cauda, foi equipado com um motor de foguete de combustível líquido Walter HWK 109-509A-2, que causou muitos acidentes, mas que lhe permitia chegar a 959 km/h. No abastecimento era feita uma operação especial contra acidentes. Depois, decolava em grande velocidade, atingia rapidamente altitude e mergulhava sobre os bombardeiros. Com autonomia de cerca de oito minutos, após os ataques prosseguia em voo planado e se tornava alvo fácil. Seu pesado armamento podia abater um B-17 com apenas três disparos, mas sua elevada velocidade de aproximação dificultava a operação. Vinha armado com dois canhões Rheinmetall Borsig MK 108 de 30 mm. Foram construídas 370 unidades.

Pau para toda obra


O P-38 Lightning foi um caça-bombardeiro bimotor monoposto incorporado pela USAAC em 1941. Este caça foi utilizado em diversas funções, incluindo interceptação, bombardeio de mergulho, ataque ao solo, combate noturno, reconhecimento fotográfico, caça de escolta e radar de varredura visual para bombardeiros. O P-38 teve maior sucesso combatendo no teatro de operações do Pacífico, tornando-se o principal caça de longo alcance dos Estados Unidos até o aparecimento do caça P-51D Mustang. Também teve um papel importante no teatro de operações europeu, usado como caça-bombardeiro durante a invasão da Normandia como auxiliar no avanço das tropas Aliadas. Partindo da Inglaterra, executou missões de bombardeio às instalações de radar inimigas, depósitos de abastecimento, destruindo blindados e fazendo reconhecimento fotográfico dentro do território alemão, mapeando as linhas de defesa inimigas. Uma das missões mais importantes de que o P-38 participou foi no Pacífico, ao abater o avião que transportava o maior estrategista naval do Japão, o almirante Isoruko Yamamoto, em 18 de abril de 1943. O caça era equipado com dois motores a pistão Allison V-1710 - 111/113 V-12 com 1 600 HP de potência cada um. Estava armado com um canhão Huspank M2 de 20 mm, com capacidade de 150 disparos, e quatro metralhadoras M2 Browning 12,7 mm localizados no nariz. Podia transportar inúmeros tipos de bombas e foguetes nos cabides da fuselagem e asas. Entre 1941 e 1945 foram produzidos 10 037 P-38 em diversas configurações.

O finalizador

O Boeing B-29 Superfortress era um bombardeiro estratégico de longo alcance para operar a grande altitude. Incorporado pela USAF em 1943, foi uma das maiores aeronaves a operar durante a Segunda Guerra Mundial. O B-29 foi muito avançado para a época. A cabine era pressurizada, todas as rodas do trem de pouso tinham engrenagens duplas, controle remoto eletrônico de tiro para as quatro torres de defesa da aeronave. O armamento da cauda era de controle semi remoto. A missão mais importante de que o B-29 participou durante a Segunda Guerra Mundial foram os ataques com bomba atômica sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Devido ao design altamente avançado do B-29, ao contrário de muitos outros bombardeiros da Segunda Guerra, permaneceu em serviço ativo por muito tempo após o fim da guerra, aposentando-se apenas no início dos anos 1960. O B-29 era impulsionado por quatro motores radiais Wright R-3350-23 e 23A-Duplex Cyclone turbosupercharged com 2 200 HP de potência cada um. O armamento de defesa era composto de dez metralhadoras 12,7 mm Browning M2 / ANS em torres com controle remoto e duas metralhadoras BMG do mesmo calibre na cauda. Transportava até 9 000 kg de bombas internamente. O total produzido chegou a 3 970 unidades.


aventurasnahistoria.uol.com.br

04
Mai18

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Mundo

António Garrochinho

Muralha da China

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Mundo
Ao longo dos tempos têm sido executadas diversas proezas de Engenharia Civil, que só podem ser descritas como obras de génio. Estas obras conseguiram provocar mudanças sociais e melhorar a vida das pessoas. Os responsáveis por estas conquistas são engenheiros talentosos, que passaram toda a sua vida a conceber essas criações.

As Pirâmides de Gizé no Egito

Resultantes da areia e na periferia do Cairo estão as Pirâmides de Gizé. Estas são marcos históricos que representam os últimos remanescentes das 7 Maravilhas do Mundo Antigo. A necrópole histórica é composta pela pirâmide de Khufu, a Pirâmide de Quéfren, a Pirâmide de Miquerinos, junto com a Grande Esfinge.

Grande esfinge do Egipto
Interior da pirâmide Gizé
Sem dúvida que estas pirâmides são atraentes e os arqueólogos modernos continuam intrigados com a sua construção. Enquanto alguns acreditam que as pedras foram retiradas de uma pedreira e que depois (de alguma forma) conseguiram elevar as pedras e assim fazer os trabalhos, outros acreditam que as pedras foram construídas, in situ,com recurso a um tipo de betão baseado em calcário (embora o material ainda continue em investigação).
Piramides de Gizé
Independentemente do método de construção, esta é uma obra-prima de engenharia civil, devido à escala e à mística por detrás da sua “construção imaculada”.

A Grande Muralha da China

Grande Muralha da China tem cerca de 20.000 km de comprimento, é a estrutura mais longa do mundo executada pelo homem. Este muro foi construído entre o Século V a.C. e Século VI a.C.. As características mais impressionantes desta obra é que a sua construção foi realizada em terreno muito irregular e sem o recurso à tecnologia moderna.
Muralha da China de noite

Muralha da China

A grande muralha da China





A Ferrovia Transcontinental

Quando se chega a meados do século XIX, as vantagens provenientes da tecnologia da era industrial, começam lentamente a chegar aos EUA. Estes avanços tecnológicos, combinados com o desejo de vincular o Ocidente com o Oriente, levou a esta magnífica obra de engenharia civil, que alterou o continente de forma permanente. Aqueles que construíram a ferrovia transcontinental lutaram contra um terreno difícil, uma guerra civil e contra o Velho Oeste.

Ferrovia transcontinental

Ferrovia

Ferrovia transcontinental


Traçado planimétrico





O Big Dig de Boston

Reconhecida como a maior, mais complexa, e exigente obra de vias de comunicação na história dos EUA. O Projecto Túnel / Artéria Central reduziu substancialmente o congestionamento do trânsito, o que permitiu maior mobilidade numa das principais, mais congestionadas e antigas cidades nos EUA. Além disso, melhorou o ambiente e estabeleceu as bases para uma futura prosperidade económica de Massachusetts e de toda a Nova Inglaterra.
Local das obras
Fase de construção

Obra finalizada

Esta obra de engenharia civil constituiu na transformação da Artéria Central elevada Interstate 93 (I93) por uma via de 6 pistas que atravessam a cidade de Boston. A obra consistiu na construção de uma estrada subterrânea e de duas novas pontes acima do rio Charles. O Big Dig estendeu a I90 até ao Aeroporto Internacional de Logan em Boston, incluindo a via 1A. Além disso, separou o centro de Boston do mar e criou mais de 300 hectares de terra aberta.

Planimetria do Big Dig

Barragem Hoover

Os empreiteiros que criaram a barragem Hoover tiveram que redireccionar o caudal poderoso do rio Colorado, com recurso a túneis escavados no interior das paredes do Cânion. Isso obrigou a uma adaptação das práticas de concepção conhecidas, para algo que nunca tinha sido executado antes. Estes túneis tinham 17,00 m de diâmetro e um comprimento total aproximado de 5 km.
Após o desvio do rio, foram reunidos os engenheiros necessários para construir uma estrutura que fosse suficientemente forte e alta para servir as gerações futuras, e assegurar o rio Colorado.

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Em 1935, a barragem Hoover foi concluída, tendo sido considerada a maior estrutura de betão no mundo.

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Eurotúnel

O Eurotúnel é o túnel ferroviário submarino e subterrâneo mais longo do mundo. O comprimento do túnel tem cerca de 52 km. Faz a ligação entre Coquelles na França e Folkestone na Inglaterra. Este túnel foi construído num estrato de Marga (como se pode verificar na figura).
O estrato de marga foi considerado como um material apropriado para o encapsulamento, porque é simples de escavar e resistente. O túnel é formado por três túneis distintos, ligados em conjunto, utilizando ligações de passagem cruzada. As obras no túnel começaram em 1988, e foi inaugurado em 1994. Desde então, tem sido aclamado como uma das 7 maravilhas do mundo moderno, pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis (American Society of Civil Engineers).
eurotunel-estrato-marga

Secção do Eurotúnel

Planta e secção


Por dentro




O Canal do Panamá

Antes da inauguração do Canal do Panamá, em 15 de agosto de 1914, um barco de São Francisco para Nova York precisaria de viajar em torno de Cabo Horn, o que demorava cerca de 67 dias para percorrer 19. 312 km. O Canal do Panamá ofereceu uma rota mais curta entre os oceanos, Pacífico e Atlântico, reduzindo a viagem de São Francisco para Nova Iorque em 6.437 km.
Assim como os transportes foram afectados pela Ferrovia Transcontinental, o Canal do Panamá também foi uma gigante obra de engenharia civil que influenciou enormemente o transporte entre os dois oceanos, reduzindo significativamente o tempo de viagem.
Modelo 3D

canaldopanama



canal-do-panama



As obras de engenharia civil acima indicadas, podem ser classificadas como algumas das melhores obras da história. Isto porque a maioria conseguiu aquilo que se considerava impossível. Estas obras de engenharia civil satisfizeram as exigências da vida através de uma abordagem audaciosa para resolver desafios complexos.

engiobra.com
04
Mai18

O que herdamos da Roma Antiga?

António Garrochinho




Mais de 1500 anos depois de sua queda, os avanços técnicos e políticos que constituíram o Império Romano continuam fazendo parte da civilização ocidental tal qual a conhecemos. Abaixo, seguem cinco inovações que mudaram o rumo da história:
VÍDEO





Cirurgia de Batalha
Além dos partos por cesárea (cesariana) e o grande desenvolvimento de instrumentos cirúrgicos, provavelmente os avanços mais revolucionários da medicina romana sejam em cirurgia de batalha. O Império contava com um corpo especial de médicos de guerra que desenvolveram técnicas tão inovadoras quando as cirurgias arteriais. E foram pioneiros também em desinfetar seus instrumentos médicos com água fervida – prática utilizada pela medicina moderna até o século XIX.

Sistema Jurídico
O sistema jurídico romano dominou a organização das sociedades ocidentais por séculos. Desde o conceito de “inocente até que se prove o contrário” até termos como pro bono e habeas corpus, os avanços judiciais do Império Romano trouxeram uma transformação profunda para a história da humanidade.

Calendário Juliano
Em 46 a.C., o imperador Júlio César e o astrônomo Sosígenes de Alexandria adaptaram o calendário ao ano solar, criando, assim, o Calendário Juliano. Quase idêntico ao Calendário Gregoriano, utilizado atualmente, o Juliano já dividia o ano em 12 meses.

Ruas e Estradas
No seu apogeu, o Império Romano ocupou mais de dois milhões e meio de quilômetros quadrados. Para garantir a administração de seu enorme domínio, os romanos construíram um sistema impressionante de ruas e estradas. Essa engenharia os permitiu mobilizar seus exércitos a mais de 40 km/h. Muitos desses caminhos são usados até hoje.

Aquedutos
O primeiro aqueduto romano foi desenvolvido por volta do ano 312 a.C. Essa maravilha da engenharia permitia usar a força da gravidade para transportar água aos centros urbanos. Graças a ela, os cidadãos do Império Romano puderam aproveitar grandes inovações como os banhos públicos, os sistemas de irrigação subterrâneos e as fontes ornamentais que decoravam as cidades.


Fonte: History.com
04
Mai18

Tsipras recebido com protestos em Lesbos

António Garrochinho


Na ilha de Lesbos, os protestos saíram fora do controlo quando militantes da extrema direita atacaram jornalistas com pedras e foguetes e a polícia teve de dispersar a multidão com gás lacrimogéneo.

Mais de cinco mil pessoas manifestaram-se contra a política de imigração e tributação do governo, aproveitando a presença do primeiro-ministro grego. Alexis Tsipras deslocou-se à ilha para participar no Congresso de Crescimento Regional.

O acordo assinado em 2016, entre a União Europeia e a Turquia, deixou cerca de 15 mil migrantes e refugiados nas ilhas gregas, a maioria vive sem condições em campos superlotados à espera de uma resposta para os pedidos de asilo.

VÍDEO



pt.euronews.com
04
Mai18

UM PLANO PARA ACABAR COM A SECA NA CIDADE DO CABO

António Garrochinho



A Cidade do Cabo vive uma grave crise de água depois de uma seca de três anos na região que causou que os níveis em suas represas fornecedoras de água caíssem perigosamente a mínimos históricos. Solução? Dentre as propostas e ideias, uma destaca acima do resto: arrastar icebergs desde a Antártida. A ideia surgiu de um grupo de especialistas marinhos capitaneados por Nick Sloane, um profissional de resgate que ajudou a arrastar o cruzeiro Costa Concordia para fora do Mediterrâneo.

Há um plano muito maluco para acabar com a seca na Cidade do Cabo: buscar enormes icebergs na Antártida
O plano para resolver uma das piores secas do planeta consiste em arrastar enormes icebergs desde a Antártida até a ponta de África. Quase nada. Segundo contou Sloane:

- "Queremos mostrar que se não há outra fonte para resolver a crise de água, temos outra ideia que ninguém mais pensou ainda."

Para ser mais exato, a proposta passa por envolver os icebergs em uma tela especial para evitar que se derretam, e depois conectá-los a enormes navios rebocariam o gelo pela corrente de Benguela, uma larga corrente do oceano Atlântico sul que flui para o norte ao longo da costa oeste de África austral.
Há um plano muito maluco para acabar com a seca na Cidade do Cabo: buscar enormes icebergs na Antártida
Uma vez que as montanhas de gelo chegassem a África do Sul, seriam cortadas e derretidas para transformação em água potável para os locais. O plano poderia mudar o destino da Cidade do Cabo se for realizado, ainda que dada a quantidade de dinheiro envolvida e a extrema loucura da ideia, parece pouco provável.

Se o plano do planeta ante qualquer seca é ir à Antártida buscar água, o remédio pode ser maior do que a doença. Em qualquer caso, Sloane diz que ele é capaz de proporcionar 150 milhões de litros de água todos os dias durante um ano a partir de apenas um iceberg.

Para isso o projeto precisa de 130 milhões de dólares. Sua equipe atualmente está buscando investidores públicos e privados para ajudar a financiá-lo.



www.mdig.com.br
04
Mai18

A REFINADA ASCENDENTE À BURGUESIA ENCONTROU TACHO COM O PS EM ALMADA E JÁ ESTÁ A ENTRAR NOS AGRADECIMENTOS - Transtejo: presidente da Câmara de Almada propõe entrega ao sector privado

António Garrochinho


A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, defende que a solução para ultrapassar os problemas de navegação do rio Tejo passa pela entrega aos operadores privados. 
«Tem que haver abertura» aos operadores privados, defende Inês de Medeiros
«Tem que haver abertura» aos operadores privados, defende Inês de MedeirosCréditos
Perante uma situação «inaceitável», a presidente da Câmara de Almada disse hoje que a Transtejo necessita de investimento e defendeu a abertura da navegação no Tejo a operadores privados.
A autarca de Almada, eleita pelo PS, salientou que é necessário pensar numa «economia do rio», ou seja, «abrir a navegação no Tejo a operadores privados e pensar numa economia do rio». Para Inês de Medeiros, o Tejo é «suficientemente grande para se abrir a vários tipos de actividade e a vários operadores».
«Temos sido muito solicitados por operadores privados que querem fazer carreiras e transporte fluvial e não vejo nenhuma razão para que isso não aconteça, tem que haver abertura. Mas, para isso, é preciso ver o rio como centro da Área Metropolitana de Lisboa», frisou a autarca à margem de uma feira de imobiliário que está a decorrer em Cannes (França).
Esta semana, a ligação Cacilhas (Almada)/Lisboa está a funcionar apenas com dois navios em hora de ponta, o que tem provocado a supressão de metade das carreiras em alguns períodos. 

«As coisas não mudam com ligações suprimidas»

Autarcas e utentes têm vindo a reclamar devido às supressões de carreiras e à falta de embarcações no rio Tejo para cumprirem as ligações fluviais previstas entre a Margem Sul e Lisboa.
Na tarde de ontem, as comissões de utentes do Seixal, do Barreiro e do Cais do Seixalinho, no Montijo, realizaram uma concentração, no Cais do Sodré, em Lisboa, seguida de uma marcha em direcção ao Ministério das Finanças, onde foram recebidos pelos assessores do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, a quem entregaram uma carta aberta e ubarquinho de papel. 
Num comunicado afirmam que, segundo a assessora, o problema «estevenas ausências de manutenções durante anos a fio, o que desembocou nestasituação», tendo a comitiva das comissões de utentes ripostado que «essasjustificações já os utentes recebem há um ano», e que «as coisas não mudamhavendo todos os dias ligações suprimidas».
«Neste momento, os utentes esperam respostas urgentes para uma reivindicaçãoclara e simples: o cumprimento do serviço estabelecido pela Transtejo Soflusa», lê-se no texto. 
A presidente da Transtejo afirmou recentemente, no Parlamento, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que espera ter à disposição, até ao final do mês, navios suficientes para garantir o serviço da operadora de transporte fluvial entre a margem sul do Tejo e Lisboa. Mas, como alertou ao AbrilAbril Nuno Catarino, da Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho, no Montijo, «há aqui uma situação tão ou mais grave do que esta que também tem que ser resolvida e tem a ver com o assoreamento do rio». 

www.abrilabril.pt

04
Mai18

CALÚNIAS CONTRA A VENEZUELA

António Garrochinho

CIRCULA UM VÍDEO NA NET QUE JÁ VI E QUE ALEGADAMENTE SERÃO PESSOAS INVADINDO APARTAMENTOS DERIVADO À FOME NA VENEZUELA.

MENTIRA DESCARADA !

JÁ VI O VÍDEO NA SUA ORIGEM QUE AGORA NÃO ENCONTREI E O QUE SE TRATA NA VERDADE É DE UM PROTESTO NA ATRIBUIÇÃO DOS APARTAMENTOS NUMA NOVA URBANIZAÇÃO A POLÍCIAS E REFUGIADOS EM DETRIMENTO DE ALGUNS MORADORES QUE SE JULGAVAM COM DIREITO A ESSAS HABITAÇÕES.

É ASSIM QUE O FASCISMO, O IMPERIALISMO E AS MENTES CRIMINOSAS ENGANAM MUITA GENTE POR AQUI NAS REDES SOCIAIS.


AG

04
Mai18

VOTOS E CORRUPÇÃO

António Garrochinho

NÃO É UMA PROVOCAÇÃO, NÃO É SEQUER UMA ESPERANÇA, É UMA PERGUNTA QUE VOS FAÇO.

SERÁ QUE O PS NÃO SOFRERÁ COM O ESCÂNDALO SÓCRATES E MANUEL PINHO E PELO CONTRÁRIO CHEGARÁ À MAIORIA ABSOLUTA ?

SE ASSIM FOR, A QUE CONCLUSÃO CHEGAMOS ?

A PERDEREM VOTOS OS "SOCIALISTAS" DO PS, DERIVADO AOS ESCÂNDALOS SUCESSIVOS NOMEADAMENTE O DE JOSÉ SÓCRATES E MANUEL PINHO, ESSES VOTOS IRÃO PARA QUE DIREÇÃO ?

PARA O PSD ?

SE ASSIM FOR NÃO SE COMPREENDERÁ VISTO O PSD ESTAR A PAR, OMBRO A OMBRO COM O PS NO QUE DIZ RESPEITO À RAPINAGEM E À DESTRUIÇÃO DO NOSSO PAÍS.

PARA O PCP, PARA O BE ?

SOBRE A MATURIDADE POLÍTICA DO POVO PORTUGUÊS QUE JÁ A DEVERIA TER DEPOIS DE TANTO ESCALDÃO SERIA LÓGICO PENSAR QUE EM RESPOSTA A TANTA GATUNAGEM, OS VOTOS FOSSEM REMETIDOS PARA QUEM NÃO ESTÁ ATOLADO NA CORRUPÇÃO E DEMONSTRA NA PRÁTICA SER CAPAZ DE FAZER POLÍTICA MAIS TRANSPARENTE E HONESTA NÃO ?

RESTA A ABSTENÇÃO COMO FRUTO DA DESILUSÃO PERANTE TODO ESTE TRISTE CENÁRIO.

SERÁ QUE VAI AUMENTAR ?



António Garrochinho
04
Mai18

Centro de Investigação da Universidade do Algarve estuda efeito dos microplásticos em bivalves

António Garrochinho


O Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve está a realizar vários trabalhos de investigação sobre o efeito dos microplásticos em moluscos bivalves, tendo sido publicadas, recentemente, as mais recentes conclusões na revista Frontiers in Marine Science (FMARS).
O CIMA salienta que se estima que, atualmente, existam 150 milhões de toneladas de plásticos nos oceanos, e que em 2050 poderão ascender os 850 milhões de toneladas, altura em que se prevê que haja mais plástico do que peixe no Oceano.
Aquela publicação resultou de uma colaboração com a Universidade de Antuérpia, na Bélgica, e o Man-Technology-Environment Research Centre (MTM) da Universidade de Orebo, na Suécia.
Realizada no âmbito do projeto JPI Oceans EPHEMARE, a investigação centra-se nos efeitos ecotoxicológicos de microplásticos com outros contaminantes (componentes de petróleo, componentes de bronzeadores) absorvidos em ecossistemas marinhos.
Os microplásticos são plásticos com dimensão inferior a 5 milímetros, que resultam da degradação do plástico no oceano.
No artigo agora publicado, concluiu-se que os microplásticos têm um efeito inflamatório na espécie estudada e que são também uma fonte de contaminação com outros contaminantes, como os derivados dos hidrocarbonetos para os organismos marinhos.
Num artigo publicado, em 2017, na revista «Marine Pollution Bulletin» pela equipa do CIMA, em colaboração com investigadores do Centro de Química-Física Molecular e do Instituto de Nanociências e Nanotecnologia do Instituto Superior Técnico, já se havia concluído que estes bivalves podem acumular microplásticos nos seus tecidos.
Essa acumulação dá origem a stress oxidativo, efeitos neurológicos e genéticos. Mesmo após a exposição aos microplásticos terminar, a eliminação total dos tecidos destes bivalves demora mais de uma semana, indiciando a possibilidade destes microplásticos acumulados poderem ser transferidos para níveis tróficos superiores.
Referência do artigo: “Ecotoxicological Effects of Chemical Contaminants Adsorbed to Microplastics in the Clam Scrobicularia plana”, Sarit O’Donovan , Nélia C. Mestre1 , Serena Abel, Tainá G. Fonseca1 , Camilla C. Carteny , Bettie Cormier, Steffen H. Keiter e Maria J. Bebianno. Fronteirs of Marine Science (doi: 10.3389/fmars.2018.00143).



www.sulinformacao.pt
04
Mai18

A PROPÓSITO DOS ACONTECIMENTOS POLÍTICOS EM PORTUGAL - Discurso de Marco Antônio nos funerais de Júlio César

António Garrochinho
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Discurso de Marco Antônio nos funerais de Júlio César

"Amigos, romanos, cidadãos dêm-me seus ouvidos. Vim para enterrar Cezar, não
para louvá-lo. O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja
assim com Cezar. O nobre Brutus disse a vocês que Cezar era ambicioso. E se
é verdade que era, a falta era muito grave, e Cezar pagou por ela com a
vida, aqui, pelas mãos de Brutus e dos outros. Pois Brutus é um homem
honrado, e assim são todos eles, todos homens honrados. Venho para falar no
funeral de Cezar. Ele era meu amigo, fiel e justo comigo. Mas Brutus diz que
ele era ambicioso. E Brutus é um homem honrado.
Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma que, para serem libertados,
encheram os cofres de Roma. Isto parecia uma atitude ambiciosa de Cezar?
Quando os pobres sofriam Cezar chorava. Ora a ambição torna as pessoas duras
e sem compaixão. Entretanto, Brutus diz que Cezar era ambicioso. E Brutus é
um homem honrado.
Vocês todos viram que na festa do Lupercal, eu, por três vezes, ofereci-lhe
uma coroa real, a qual ele por três vezes recusou. Isto era ambição? Mas
Brutus diz que ele era ambicioso, e Brutus, todos sabemos, é um homem
honrado.
Eu não falo aqui para discordar do que Brutus falou. Mas eu tenho que falar
daquilo que eu sei. Vocês todos já o amaram e tinham razões para amá-lo.
Qual a razão que os impede agora de homenageá-lo na morte?"
Neste momento Marco Antônio faz uma pausa no discurso, e as pessoas do povo
começam a refletir sobre o que ele disse, e a questionar se Cezar tinha
afinal merecido a morte que teve. Passado este interlúdio retorna Marco
Antônio a falar.
"Ontem, a palavra de Cezar seria capaz de enfrentar o mundo, agora, jaz aqui
morta. Ah! Se eu estivesse disposto a levar os seus corações e mentes para o
motim e a violência, eu falaria mal de Brutus e de Cassius, os quais, como
sabem, são homens honrados. Não vou falar mal deles. Prefiro falar mal do
morto. Prefiro falar mal de mim e de vocês do que destes homens honrados.
Mas, eis aqui, um pergaminho com o selo de Cezar. Eu o achei no seu armário.
É o seu testamento. Quando os pobres lerem o seu testamento (porque,
perdoem-me, eu não pretendo lê-lo), e eles se arrojarão para beijar os
ferimentos de Cezar, e molhar seus lenços no seu sagrado sangue."
O povo reclama de Marco Antônio e exige que ele o leia.
"Tenham paciência amigos, mas eu não devo lê-lo. Vocês não são de madeira ou
de ferro, e sim humanos. E, sendo humanos, ao ouvir o testamento de Cezar
vão se inflamar, ficarão furiosos. É melhor que vocês não saibam que são os
herdeiros de Cezar! Pois se souberem... o que vai acontecer? Então vocês vão
me obrigar a ler o testamento de Cezar? Então façam um círculo em volta do
corpo e deixem-me mostrar-lhes Cézar morto, aquele que escreveu este
testamento.
Cidadãos. Se vocês têm lágrimas, preparem-se para soltá-las. Vocês todos
conhecem este manto. Vejam, foi neste lugar que a faca de Cassius penetrou.
Através deste outro rasgão, Brutus, tão querido de Cezar, enfiou a sua faca,
e, quando ele arrancou a sua maldita arma do ferimento, vejam como o sangue
de Cezar escorreu.
E Brutus, como vocês sabem, era o anjo de Cezar. Oh! Deuses, como Cezar o
amava. O golpe de Brutus foi, de todos o mais brutal e o mais perverso.
Pois, quando o nobre Cezar viu que Brutus o apunhalava, a ingratidão, mais
que a força do braço traidor, parou seu coração. Oh! Que queda brutal meus
concidadãos. Então eu e vocês e todos nós também tombamos, enquanto esta
sanguinária traição florescia sobre nós.
Sim, agora vocês choram. Percebo que sentem um pouco de piedade por ele.
Boas almas. Choram ao ver o manto do nosso Cezar despedaçado. Bons amigos,
queridos amigos, não quero estimular a revolta de vocês. Aqueles que
praticaram este ato são honrados. Quais queixas e interesses particulares os
levaram a fazer o que fizeram, não sei. Mas são sábios e honrados e tenho
certeza que apresentarão a vocês as suas razões. Eu não vim para roubar seus
corações. Eu não sou um bom orador como Brutus. Sou um homem simples e
direto, que amo os meus amigos."
Seguem-se novamente comentários das pessoas, já agora lamentando o
assassinato e condenando os assassinos. Volta Marco Antônio.
"Aqui está o testamento, com o selo de Cezar. A cada cidadão ele deixou 75
dracmas. Mais, para vocês ele deixou seus bens. Seus sítios neste lado do
Tibre, com suas árvores, seu pomar, para vocês e para os herdeiros de vocês
e para sempre. Este era Cezar. Quando aparecerá outro como ele?"

"Amigos, romanos, cidadãos dêm-me seus ouvidos.
Vim para enterrar Cezar, não para louvá-lo. O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja assim com Cezar.
O nobre Brutus disse a vocês que Cezar era ambicioso. E se é verdade que era, a falta era muito grave, e Cezar pagou por ela com a vida, aqui, pelas mãos de Brutus e dos outros. Pois Brutus é um homem honrado, e assim são todos eles, todos homens honrados.
Venho para falar no funeral de Cezar. Ele era meu amigo, fiel e justo comigo. Mas Brutus diz que ele era ambicioso. E Brutus é um homem honrado. 
Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma que, para serem libertados, encheram os cofres de Roma. Isto parecia uma atitude ambiciosa de Cezar? Quando os pobres sofriam Cezar chorava. Ora a ambição torna as pessoas duras e sem compaixão. Entretanto, Brutus diz que Cezar era ambicioso. E Brutus é um homem honrado. 
Vocês todos viram que na festa do Lupercal, eu, por três vezes, ofereci-lhe uma coroa real, a qual ele por três vezes recusou. Isto era ambição? Mas Brutus diz que ele era ambicioso, e Brutus, todos sabemos, é um homem honrado. Eu não falo aqui para discordar do que Brutus falou.
Mas eu tenho que falar daquilo que eu sei. Vocês todos já o amaram e tinham razões para amá-lo. Qual a razão que os impede agora de homenageá-lo na morte?" 
Neste momento Marco Antônio faz uma pausa no discurso, e as pessoas do povo começam a refletir sobre o que ele disse, e a questionar se Cezar tinha afinal merecido a morte que teve.
Passado este interlúdio retorna Marco Antônio a falar:
"Ontem, a palavra de Cezar seria capaz de enfrentar o mundo, agora, jaz aqui morta. Ah! Se eu estivesse disposto a levar os seus corações e mentes para o motim e a violência, eu falaria mal de Brutus e de Cassius, os quais, como sabem, são homens honrados. Não vou falar mal deles.
Prefiro falar mal do morto. Prefiro falar mal de mim e de vocês do que destes homens honrados. Mas, eis aqui, um pergaminho com o selo de Cezar. Eu o achei no seu armário. É o seu testamento. Quando os pobres lerem o seu testamento (porque, perdoem-me, eu não pretendo lê-lo), e eles se arrojarão para beijar os ferimentos de Cezar, e molhar seus lenços no seu sagrado sangue." 
O povo reclama de Marco Antônio e exige que ele o leia. 
"Tenham paciência amigos, mas eu não devo lê-lo. Vocês não são de madeira ou de ferro, e sim humanos. E, sendo humanos, ao ouvir o testamento de Cezar vão se inflamar, ficarão furiosos. É melhor que vocês não saibam que são os herdeiros de Cezar! Pois se souberem... o que vai acontecer? Então vocês vão me obrigar a ler o testamento de Cezar? Então façam um círculo em volta do corpo e deixem-me mostrar-lhes Cézar morto, aquele que escreveu este testamento. 
Cidadãos. Se vocês têm lágrimas, preparem-se para soltá-las. Vocês todos conhecem este manto. Vejam, foi neste lugar que a faca de Cassius penetrou. Através deste outro rasgão, Brutus, tão querido de Cezar, enfiou a sua faca, e, quando ele arrancou a sua maldita arma do ferimento, vejam como o sangue de Cezar escorreu. 
E Brutus, como vocês sabem, era o anjo de Cezar. Oh! Deuses, como Cezar o amava. O golpe de Brutus foi, de todos o mais brutal e o mais perverso. Pois, quando o nobre Cezar viu que Brutus o apunhalava, a ingratidão, mais que a força do braço traidor, parou seu coração.
Oh! Que queda brutal meus concidadãos. Então eu e vocês e todos nós também tombamos, enquanto esta sanguinária traição florescia sobre nós. 
Sim, agora vocês choram. Percebo que sentem um pouco de piedade por ele. Boas almas.
Choram ao ver o manto do nosso Cezar despedaçado.
Bons amigos, queridos amigos, não quero estimular a revolta de vocês. Aqueles que praticaram este ato são honrados. Quais queixas e interesses particulares os levaram a fazer o que fizeram, não sei. Mas são sábios e honrados e tenho certeza que apresentarão a vocês as suas razões.
Eu não vim para roubar seus corações. Eu não sou um bom orador como Brutus. Sou um homem simples e direto, que amo os meus amigos." 
Seguem-se novamente comentários das pessoas, já agora lamentando o assassinato e condenando os assassinos.
Volta Marco Antônio:
"Aqui está o testamento, com o selo de Cezar. A cada cidadão ele deixou 75 dracmas. Mais, para vocês ele deixou seus bens. Seus sítios neste lado do Tibre, com suas árvores, seu pomar, para vocês e para os herdeiros de vocês e para sempre.
Este era Cezar. Quando aparecerá outro como ele?"



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04
Mai18

A PROPÓSITO DOS DIAS DE HOJE NA NOSSA POLÍTICA - Discurso de Marco Antônio nos funerais de Júlio César

António Garrochinho

"Amigos, romanos, cidadãos dêm-me seus ouvidos.

Vim para enterrar Cezar, não para louvá-lo. O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja assim com Cezar.

O nobre Brutus disse a vocês que Cezar era ambicioso. E se é verdade que era, a falta era muito grave, e Cezar pagou por ela com a vida, aqui, pelas mãos de Brutus e dos outros. Pois Brutus é um homem honrado, e assim são todos eles, todos homens honrados.

Venho para falar no funeral de Cezar. Ele era meu amigo, fiel e justo comigo. Mas Brutus diz que ele era ambicioso. E Brutus é um homem honrado. 

Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma que, para serem libertados, encheram os cofres de Roma. Isto parecia uma atitude ambiciosa de Cezar? 

Quando os pobres sofriam Cezar chorava. Ora a ambição torna as pessoas duras e sem compaixão. Entretanto, Brutus diz que Cezar era ambicioso. E Brutus é um homem honrado. 

Vocês todos viram que na festa do Lupercal, eu, por três vezes, ofereci-lhe uma coroa real, a qual ele por três vezes recusou. Isto era ambição? Mas Brutus diz que ele era ambicioso, e Brutus, todos sabemos, é um homem honrado. Eu não falo aqui para discordar do que Brutus falou.

Mas eu tenho que falar daquilo que eu sei. Vocês todos já o amaram e tinham razões para amá-lo. Qual a razão que os impede agora de homenageá-lo na morte?" 

Neste momento Marco Antônio faz uma pausa no discurso, e as pessoas do povo começam a refletir sobre o que ele disse, e a questionar se Cezar tinha afinal merecido a morte que teve.

Passado este interlúdio retorna Marco Antônio a falar:
"Ontem, a palavra de Cezar seria capaz de enfrentar o mundo, agora, jaz aqui morta. Ah! Se eu estivesse disposto a levar os seus corações e mentes para o motim e a violência, eu falaria mal de Brutus e de Cassius, os quais, como sabem, são homens honrados. Não vou falar mal deles.

Prefiro falar mal do morto. Prefiro falar mal de mim e de vocês do que destes homens honrados. Mas, eis aqui, um pergaminho com o selo de Cezar. 

Eu o achei no seu armário. É o seu testamento. Quando os pobres lerem o seu testamento (porque, perdoem-me, eu não pretendo lê-lo), e eles se arrojarão para beijar os ferimentos de Cezar, e molhar seus lenços no seu sagrado sangue." 

O povo reclama de Marco Antônio e exige que ele o leia. 
"Tenham paciência amigos, mas eu não devo lê-lo. Vocês não são de madeira ou de ferro, e sim humanos. E, sendo humanos, ao ouvir o testamento de Cezar vão se inflamar, ficarão furiosos. É melhor que vocês não saibam que são os herdeiros de Cezar! Pois se souberem... o que vai acontecer? Então vocês vão me obrigar a ler o testamento de Cezar? Então façam um círculo em volta do corpo e deixem-me mostrar-lhes Cézar morto, aquele que escreveu este testamento. 

Cidadãos. Se vocês têm lágrimas, preparem-se para soltá-las. Vocês todos conhecem este manto. Vejam, foi neste lugar que a faca de Cassius penetrou. Através deste outro rasgão, Brutus, tão querido de Cezar, enfiou a sua faca, e, quando ele arrancou a sua maldita arma do ferimento, vejam como o sangue de Cezar escorreu. 

E Brutus, como vocês sabem, era o anjo de Cezar. Oh! Deuses, como Cezar o amava. O golpe de Brutus foi, de todos o mais brutal e o mais perverso. Pois, quando o nobre Cezar viu que Brutus o apunhalava, a ingratidão, mais que a força do braço traidor, parou seu coração.

Oh! Que queda brutal meus concidadãos. Então eu e vocês e todos nós também tombamos, enquanto esta sanguinária traição florescia sobre nós. 

Sim, agora vocês choram. Percebo que sentem um pouco de piedade por ele. Boas almas.

Choram ao ver o manto do nosso Cezar despedaçado.
Bons amigos, queridos amigos, não quero estimular a revolta de vocês. Aqueles que praticaram este ato são honrados. Quais queixas e interesses particulares os levaram a fazer o que fizeram, não sei. Mas são sábios e honrados e tenho certeza que apresentarão a vocês as suas razões.

Eu não vim para roubar seus corações. Eu não sou um bom orador como Brutus. Sou um homem simples e direto, que amo os meus amigos." 

Seguem-se novamente comentários das pessoas, já agora lamentando o assassinato e condenando os assassinos.

Volta Marco Antônio:
"Aqui está o testamento, com o selo de Cezar. A cada cidadão ele deixou 75 dracmas. Mais, para vocês ele deixou seus bens. Seus sítios neste lado do Tibre, com suas árvores, seu pomar, para vocês e para os herdeiros de vocês e para sempre.

Este era Cezar. 

Quando aparecerá outro como ele?"


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04
Mai18

Bruxelas. Portugal vai criar muito emprego com salários baixos

António Garrochinho

Portugal vai continuar a ser uma economia relativamente barata do ponto de vista da mão-de-obra e com isso criar mais empregos e fazer descer o desemprego, embora mais devagar. Assim é porque a economia deve conseguir registar nos próximos anos uma “forte criação de emprego” em segmentos onde os salários estão abaixo da média nacional, espera a Comissão Europeia.
“A folga ainda existente no mercado de trabalho está a diminuir rapidamente e a projeção seja que os salários cresçam gradualmente ao longo do período desta previsão [até 2019] juntamente com o descongelamento das progressões nas carreiras do sector público”, começa por observar a CE.
“No entanto, é provável que o aumento do salário médio da economia como um todo seja parcialmente compensado por uma forte criação de emprego em atividades com salários abaixo da média“, diz o novo estudo das Previsões da primavera, divulgado esta quinta-feira.
Assim, o desemprego vai continuar a descer. “Após uma melhoria substancial em 2017, espera-se que os indicadores do mercado de trabalho mantenham uma evolução positiva, embora a um ritmo lento”.
“Prevê-se que o desemprego diminua de 9% [da população ativa] em 2017 para 7,7% em 2018 e 6,8% em 2019, num ambiente de crescimento adicional do emprego e de uma maior taxa de atividade”.
Bruxelas observa que o desemprego português “já está abaixo dos níveis em que estava antes da crise financeira global de 2008, mas ainda está acima do seu mínimo histórico de 5,1% em 2000”.
Portanto, há margem para melhorar, desde que haja investimento e rédea curta nos salários, é essa a ideia de fundo da Comissão, como tem sido sempre aliás.
Isto vai permitir à economia criar emprego nos próximos anos, embora a um ritmo cada vez mais fraco. Depois da expansão de 3,3% de 2017, Bruxelas estima que a economia adicione mais 2,1% de empregos este ano e outros 1,3% mais em 2019.
Neste indicador, o governo até é mais conservador, já que apontam para uma expansão de 1,9% no número de postos de trabalho em 2018, 1,1% em 2019 e 0,9% no ano seguinte.
De resto, pode dizer-se que o cenário macroeconómico avançado agora pela Comissão está praticamente em linha com o do Programa de Estabilidade.
Como já referido, o crescimento da economia é igual (2,3%); a Comissão vê o investimento a ir bem (5,7%), mas mais devagar do que diz Centeno (6,2%).
Em contrapartida, Bruxelas está mais otimista nas exportações. Diz 6,8% ao passo que as Finanças calculam 6,3%.
O consumo privado, que é o maior motor da economia (65% do PIB), evolui de forma ordeira, cerca de 2%, concordam as partes.
“Espera-se que o crescimento diminua ligeiramente, mas deve permanecer forte em 2018 e 2019, à medida que as exportações e o emprego continuam a expandir-se”, resume a CE.


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04
Mai18

OS TEMPLOS DE MIANMAR

António Garrochinho

Um dos países budistas mais devotos do mundo, Mianmar é o lar de uma incrível quantidade de templos budistas. Na região de Bagan, mais de 10.000 templos foram construídos entre os séculos IX e XIII! Curiosamente e um erro crasso cometido por grande parte da população mundial, as origens do budismo não se encontram nas culturas japonesa e nem chinesa, senão na indiana com o nascimento de Sidarta Gautama, o Buda magrelo e histórico -por assim dizer- no Nepal.

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Você vai ter que pegar seu queixo no chão ao ver estas fotos dos templos de Mianmar 01
Sidarta era uma classe de "mauricinho" que se cansou da sua condição fútil e foi viver uma vida de penitência junto aos monges brâmanes tentando, segundo dizem, encontrar a resposta para o sofrimento do mundo e só conseguiuapós passar 7 semanas sentado debaixo de uma figueira, quando enfim alcançou o nirvana e tornou-se Buddha, o Iluminado.

Já aquela imagem do Buda gordo e sorridente, associada ao budismo que todos conhecemos, pertence a um lendário monge zen da dinastia Liang (907-923), popular na China e Sudeste Asiático, chamado Bùdài. Há poucos dados históricos que confirmem a sua existência, mas um texto zen do ano 988 fala que era um tipo excêntrico que vagava com um saco nas costas e que com a passagem do tempo foi rodeado de inúmeros episódios e mitos.

Pese a que nem histórica nem filosoficamente teve nada a ver com o Sidarta, parece que, com o tempo, foi criandoentre ambos uma verdadeira confusão proveniente -entre outros fatores- da homofonia Buddha/Bùdài, o que fez do Buda gordo e sorridente a imagem por excelência do futuro Buda histórico.

O fato é que os ensinamentos de Buda são a base do budismo e o hinduísmo e tem influência em quase todas as religiões orientais. Conjuntamente com Confúcio e Lao Tse conformam a maior base filosófica e religiosa do oriente.

Assim, Mianmar, não podia ser diferente e hoje seus templos permanecem formando um dos sítios arqueológicos mais ricos da Ásia, e se tornando uma grande atração turística no processo. Em 2016, o fotógrafo russo Dimitar Karanikolovvisitou a antiga Birmânia, registrando centenas de fotos de cair o queixo por Bagan, Yangon e Mandalay.

Ele compartilhou uma série de imagens no Behance, algumas das quais você pode encontrar abaixo. Para mais, confira o trabalho de Dimitar no BehanceInstagram ou no Facebook.
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04
Mai18

PCP quer lista dos maiores devedores de bancos ajudados pelo Estado

António Garrochinho

O PCP está disposto a acordar com o Banco de Portugal formas de manter sigilo sobre os documentos
O deputado comunista Miguel Tiago apresentou hoje no parlamento o pedido para o Banco de Portugal (BdP) disponibilizar as listas de grandes devedores de todos os bancos alvo de intervenção estatal e dos decisores desses créditos em falta.
"Da parte do PCP, é importante saber quem levou dinheiro dos bancos e não pagou porque é por isso ter acontecido que se justifica que o Estado tenha entrado no capital dos bancos ou tenha emprestado ou aplicado medidas de resolução e isso tudo já custou qualquer coisa como 20 mil milhões em ajudas públicas, incluindo no banco público", afirmou.
Segundo tem sido noticiado, desde 2007, o sistema financeiro já beneficiou de injeções de mais de 17 mil milhões de euros, com as resoluções ou alienações parciais de BPN, BPP, BES e Banif, além do recente reforço de capital do banco público e dos empréstimos estatais a BPI e BCP.
Queremos saber quais foram os créditos que foram provisionados com recurso a dinheiro público e cujas dívidas foram perdoadas ou dadas como perdidas
"Queremos que o Banco de Portugal envie à Assembleia da República todos os grandes devedores de todos os bancos que tiveram nem que tenha sido só 1 euro de ajuda pública", afirmou Miguel Tiago no Fórum TSF desta quinta-feira.
?"Queremos saber quais foram os créditos que foram provisionados com recurso a dinheiro público e cujas dívidas foram perdoadas ou dadas como perdidas. Isso significa a CGD, o BES, o Banif, o BCP e o BPI. Vamos pedir créditos perdidos acima dos dois milhões de euros", especifica o deputado do PCP.
Aos microfones da TSF, Miguel Tiago fez saber que o partido está disposto para acordar com o Banco de Portugal formas de manter sigilo sobre os documentos. "Estamos disponíveis para nos deslocarmos a uma sala fechada para poder consultar documentos. O Banco de Portugal terá de encontrar a forma", considera.
O deputado do PCP considera que todos os bancos devem ser tratados de igual forma e, por isso, critica a posição do PSD que apenas pede a lista de devedores da CGD. "Se agora querem, com tanta vontade, conhecer [os devedores] da Caixa [Geral de Depósitos], vamos conhecer os [devedores] do sistema todo e, assim, tratamos os bancos todos por igual. Não fica a Caixa a perder neste sistema de concorrência", defendeu na TSF.
PSD vai pedir formalmente os 50 principais devedores da CGD
O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou na segunda-feira que o partido vai solicitar formalmente na Assembleia da República o nome dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos.
Em Castanheira de Pêra, num jantar dos Trabalhadores Social-Democratas (TSD) para assinalar o 1 de maio, o líder do PSD criticou o Governo por não aumentar os trabalhadores da função pública no valor da inflação, para que não tenham "mais um ano com perda do poder de compra".
"Os funcionários públicos podem passar mais um ano sem aumentos, mas têm o direito de saber quem são os principais devedores da CGD, que ficaram a dever milhões e milhões de euros, que dava para dar muitos aumentos à função pública", justificou Rui Rio.
Na sua intervenção, o líder social-democrata anunciou que o PSD vai pedir, "mais uma vez, e formalmente, na Assembleia da República, quem são os 50 maiores devedores da CGD". "Se agora vierem com subterfúgios do ponto de vista legal, dizendo que não o podem fazer porque a lei não o permite, então podem contar com o apoio do PSD para mudar a lei que não permite que os portugueses saibam quem é que deve tanto dinheiro ao banco público", salientou.

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04
Mai18

Beneficiários querem «garantir e defender o carácter público da ADSE»

António Garrochinho


Cinco membros do Conselho Geral da ADSE pedem a abertura de um inquérito à actuação do presidente demissionário. Privados estarão a bloquear nomeação de vogal eleito pelos beneficiários.
Créditos
Os cinco membros apoiados pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN) subscreveram um requerimento, pedindo uma reunião para discutir a demissão do presidente do conselho directivo do instituto público de protecção dos trabalhadores da Administração Pública no acesso a cuidados de saúde.
Carlos Liberato Baptista foi envolvido em eventuais irregularidades enquanto administrador da Portugal Telecom – Associação de Cuidados de Saúde (PT-ACS), entre 1995 e 2009, identificadas no âmbito de uma auditoria ao sub-sistema de saúde dos trabalhadores do grupo PT.
Os representantes dos beneficiários, da Frente Comum e do MURPI querem que a actuação do presidente demissionário na gestão da ADSE seja alvo de uma auditoria e pedem ainda uma reunião urgente do Conselho Geral e de Supervisão com o ministro da Saúde.

Saúde privada quer continuar a alimentar-se do sub-sistema

Com a saída de Liberato Baptista, o conselho directivo da ADSE fica reduzido a um elemento, a vogal Sofia Lopes Portela, já que a nomeação de Eugénio Rosa para a direcção do instituto público ainda não foi concretizada, apesar de este ter sido eleito pelos representantes dos beneficiários.
De acordo com uma informação recente do economista aos beneficiários da ADSE, por trás dos atrasos estarão pressões por parte de representantes do sector privado da Saúde. Recorde-se que a ADSE é uma das principais fontes de receita dos maiores grupos de saúde privada do País.
Apesar de a eleição já ter ocorrido há mais de dois meses e meio, a sua nomeação está a ser avaliada pela CReSAP, um organismo encarregue de validar as nomeações para os dirigentes da Administração Pública e os gestores públicos – o que não é o caso.
Segundo o comunicado de Eugénio Rosa, as poupanças previstas com a nova tabela de pagamentos da ADSE, muito contestada pelo sector privado, terão passado de 44 milhões de euros para metade, depois de sofrer alterações.


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04
Mai18

Sons, Cores e Palavras pela Paz - Faro

António Garrochinho


9 de Maio 21h - Clube Farense

O Núcleo do CPPC do Algarve leva a cabo a realização da II edição do "Sons, Cores e Palavras pela Paz", em parceria com várias Associações culturais e artistas do concelho de Faro.
Esta iniciativa cultural, está inserida na campanha “Pela assinatura por parte de Portugal do Tratado de Proibição de Armas Nucleares - Pela paz, pela segurança, pelo futuro da Humanidade!”. Actualmente e cada vez mais, é urgente a proibição destas armas de destruição massiva. Portugal deve subscrever este tratado.
Tal como na I edição a iniciativa cultural acontece no Clube Farense, parceiro do CPPC nesta iniciativa, e conta com a presença da Presidente da Direcção CPPC, Ilda Figueiredo.
Todos estão convidados, até porque ...
Pela Paz, todos não somos demais!

www.cppc.pt

04
Mai18

«NÓS TAMBÉM ESTIVEMOS LÁ… POR POUCO» POR BÁRBARA CARVALHO E LAURA ALMODOVAR

António Garrochinho





Celebrar Abril e Maio não pode ser só estética. É sempre um momento de resistência necessário. Celebrando-se aquilo que foi, reivindica-se o que já não é. Celebramos a luta antifascista e as conquistas arrecadadas. Afirmamos a urgência dos direitos que nos são retirados, que a nossa geração já não conheceu, mas que também não esqueceu. A celebração de Abril e Maio não se ancora numa evocação identitária oca e simplista, mas sim num pulsar de exigências que nos é quotidiano.

A produção cultural, no contexto actual, já é em sim um acto de resistência, sobretudo quando politicamente posicionada, sobretudo em Abril e Maio. Elas também estiveram lá é mais do que a reivindicação da memória histórica e muito mais que uma celebração. A verbalização não sai fácil, a selecta audiência e a imediatez passional da época dificulta a tarefa, mas exigem-se umas linhas sobre as que resistiram, as que lutaram e as que as transformaram – a elas e às suas histórias – em símbolos de luta. Uma peça que, por se posicionar política e ideologicamente mas sem descurar o sentido estético, tem (ou teria) a capacidade de impactar públicos vastos. Uma peça que conjugando cinema, música, literatura, fotografia e teatro mostra que as opções estéticas são também veículos de mensagens. Neste caso, numa só peça, a confluência de artes para uma construção colectiva. Uma peça de teatro político que fomenta o sentido crítico, levanta questões sem apontar, à partida, a direcção certa para o processo de reflexão de cada espectador.

Elas. Elas, as mulheres da resistência antifascista, de Abril e Maio, e do PREC. Uma produção que escapa a um cânone de arte militante assente no evento, Elas viajaram e fizeram-nos viajar entre os três momentos que, em comum, têm a resistência e a luta. A resistência e a luta delas que não foi – nem é - a mesma que a deles. Mas, mais do que dar visibilidade às narrativas da Teresa, da Júlia ou da Eugénia, por oposição à resistência e à luta do Domingos, do Vítor ou do Henrique, mostraram-nos como o processo revolucionário foi construído em conjunto, como formas de opressão desaguaram em formas de transformação de classe, de género, de sociedade e de cultura. Elas, que continuam de fora das narrativas oficiais. Elas, que não desistiram das suas reivindicações em Abril de 1974 e menos ainda em Novembro de 1975.

Com elas participamos num jogo espelhos entre ausências e presenças, num confronto entre os actores estabelecidos da nossa memória colectiva e as figuras (femininas) que passaram os últimos 40 anos a julgar que não tinham nada para contar. Trouxeram relatos que iluminam as particularidades de viver mulher durante o fascismo, sobretudo na sombra do quotidiano, da intimidade. A brutalidade de viver mulher sob a asa de um homem – primeiro o pai, depois o marido. Violações conjugais ou abortos clandestinos e solitários - porque o pão não chegava para mais um, os contraceptivos não existiam, e o maridinho tinha vontades. A tortura pela PIDE que era tudo o que foi para o Zé, o Pedro e o António, mas para a Georgete, Conceição e Aurora revestia-se ainda do machismo sistémico, com humilhação sexual, exposição de nudez e chantagem através dos filhos. Nesta peça, ao iluminar-se o que era viver mulher não se apaga que nem todas as mulheres estavam em pé de igualdade. As mulheres trabalhadoras do Couço não se confrontavam com as mesmas dificuldades da mulher que vivia na Avenida e que escondia as suas leituras proibidas. A livreira, filha de trabalhadores, que estudava na escola comercial e não tinha dinheiro para comprar um dicionário não é a Teresa que foi expulsa do liceu por distribuir propaganda. Mas até sobre isto a peça nos põe a reflectir, sobre a importância da opção de classe.

Neste jogo do ausente e presente, surgem paralelismos com a resistência espanhola, com o que foi lá e cá, numa península que aguentou as mais longas ditaduras europeias. Está ausente da peça, talvez porque só agora começa a surgir na discussão da memória colectiva, relatos do que se passava nas colónias. Relatos das Elas (e eles) que no hemisfério contrário se debatiam contra uma guerra colonial, contra a morte quase certa, contra um fascismo que as considerava menos que humanas.

Ainda há muito caminho a percorrer, mas para isso elas (nós) estão a fazer a sua parte.

Como é que as mulheres desta peça também estiveram lá? Talvez ainda estejam a tentar descobrir. O Teatro do Vestido foi uma das companhias que não recebeu financiamento da DGArtes. Sem financiamento desde Janeiro, as actrizes asseguram os compromissos contratuais já estabelecidos. Até quando é que, nestas condições, elas vão continuar a estar lá?

Como é que nós também estivemos lá? Ainda nem nós sabemos bem. A EGEAC anunciou os poucos dias que a peça estaria em cena (já começa a ser hábito uma programação que serve mais para marcar calendário do que promover uma efectiva política cultural). Condições: 20 bilhetes diários, 2 bilhetes por pessoa levantados no próprio dia a partir das 13h. Local: Cinema São Jorge. Como: Chegada a meio da manhã para marcar lugar. Resultado: 18 bilhetes reservados pela EGEAC, 2 disponíveis. Um cenário que se repetiu como tema e variações nos restantes dias. Fosse isto um momento isolado e estaria a cidade de Lisboa bem servida em matéria de política cultural. O desinvestimento é um dos sintomas da incompreensão do papel da cultura numa sociedade (ou então por compreenderem bem demais). A política de compadrio e de desrespeito pelo público é outro. A cidade de Lisboa e o país precisam de uma política cultural séria, que não se guie pelo monopólio da EGEAC e dos interesses privados que com ela se movem.

O país precisa que elas continuem lá e que ela – a cultura – esteja sempre lá.


*Autor Convidadomanifesto74.blogspot.pt






04
Mai18

Não quero ser injusto

António Garrochinho

Não quero ser injusto



Não quero ser injusto e muito menos acusado de promover um ex-ministro em pontas, que só não saltou a barreira porque Luís Amado estava a seu lado e o agarrou pelo rabo.

Que mérito lhe poderemos apontar se não o de saber mostrar-se em pontas com tamanha mestria.Porquê espetar farpas num só touro como se todos os seus iguais não passassem de chocas?
No redondel da EDP é muito mais vasto, há muitos peões de brega que prepararam a festa brava da privatização e que acabaram por ficar na empresa como bons apoderados. Há muitos mais ex-ministros nessa arena de onde nos fazem faenas e pedem olés; Luís Amado (ministro da Defesa e ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates), Eduardo Catroga (ministro das Finanças de Cavaco Silva), Celeste Cardona (ministra da Justiça de Durão Barroso e Paulo Portas), Jorge Braga de Macedo (ministro das Finanças de Cavaco Silva), Vasco Rocha Vieira (nomeado por Cavaco Silva ministro da República nos Açores e último governador de Macau), Augusto Mateus (ministro da Economia de António Guterres) e António Vitorino (ministro da Presidência e ministro da Defesa de António Guterres). Um terço dos 21 membros do Conselho Geral e de Supervisão da EDP são antigos ministros.

E os governantes, ganadeiros que devem conhecer para que lado investem os seus animais, não aparecem na fotografia?
04
Mai18

VERDADE OU MENTIRA

António Garrochinho


CLARO QUE O POVO QUER E MERECE O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL MAS UMA PARTE ESTÁ CAGANDO PARA QUEM LUTA PARA QUE ISSO SEJA UMA REALIDADE.

A VERDADE DÓI MAS É PREFERÍVEL À ILUSÃO ! 
E OS MAIS LUTADORES, MAIS ESCLARECIDOS E POLITIZADOS SABEM QUE GRANDE PARTE DOS DIREITOS CONSEGUIDOS, OS ROUBADOS E AINDA NÃO REPOSTOS, E OS QUE SE IRÃO CONSEGUIR SE DEVEM À LUTA DE MASSAS E ÀS REIVINDICAÇÕES DO PCP, A SUA DIREÇÃO E A SUA BASE MILITANTE.

SE SABEM PORQUE NÃO AGEM EM UNIDADE COM QUEM OS DEFENDE ?

NÃO RECONHECER A LUTA DE SINDICALISTAS DA CGTP A LUTA DOS QUE TÊM CONSCIÊNCIA DE CLASSE, A LUTA DOS COMUNISTAS É UMA TRAIÇÃO À SUA PRÓPRIA CLASSE E AOS QUE LUTARAM E LUTAM POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA NO NOSSO PAÍS.

É VERDADE OU MENTIRA ?


António Garrochinho
04
Mai18

A OPINIÃO DE OUTROS - Para que o ruidoso silêncio se transforme num contra-ataque eficaz contra quem dele reclamou

António Garrochinho



(Jorge Rocha, in Ventos Semeados, 03/05/2018)
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Ontem, logo após o almoço, recebi a mensagem de um amigo, que muito prezo, a pedir-me a opinião sobre quanto se estava a passar com o Partido Socialista e quanto às vantagens ou desvantagens de ouvir-lhe alguém pronunciar-se, quando as suspeições sobre Manuel Pinho tendem a lançar uma sombra ainda mais obscura sobre um governo que teve tanto de bom a elogiar, desde a aposta na Ciência ou nas energias renováveis, até a simplificação administrativa ou a à requalificação dos portugueses através dos programas das Novas Oportunidades (e isto só para elencar quatro argumentos justificativos do seu nunca por demais fundamentado elogio). Logo, de seguida, enquanto trabalhava para uma Associação para a qual cá em casa nos voluntariámos, uma das suas sócias, conhecida pelo seu posicionamento comunista, veio interpelar-nos exatamente no mesmo sentido: não se justificaria uma reação do Partido Socialista, cujo silêncio começava a ser tido como demasiado ruidoso?
Não sabia então que Carlos César por um lado, João Galamba por outro e, mais à noite, Augusto Santos Silva, tratavam de responder efetivamente a essa necessidade. Embora eu ainda tivesse dúvidas sobre a bondade de se sair do princípio, desde muito cedo definido por António Costa, quanto a deixar à Justiça e à Política o que lhes cabe respetivamente sem terem de coincidir na oportunidade de se expressarem. Não esqueço uma das lições fundamentais demonstradas pelo Mestre Kurosawa no seu «Kagemusha» em que, perante uma conjuntura ameaçadora, vale a pena manter as posições em vez de optar pelo contra-ataque militar.
Passado um dia sobre todo este sururu sintetizo algumas conclusões, que há a retirar do sucedido:
  1. ninguém me convence que o caso Manuel Pinho aparece nesta altura como mero acaso. Em vésperas do Congresso do Partido Socialista na Batalha, e depois de comprovadamente não terem conseguido que eventos semelhantes nos partidos das direitas os tenham beneficiado o que quer que fosse nas sondagens, os whisperblowers responsáveis pela denúncia do caso, procurarão evitar que se trate de uma enorme consagração do que se conseguiu concretizar nestes dois anos e meio e no quanto se adivinha possível no futuro imediato e a médio prazo para que os portugueses usufruam de melhores condições de vida e sintam justificadas razões para sentirem confiança no quanto possam vir a alcançar.
  2. tendo em conta que as direitas gostam bastante de pôr os governos socialistas em lume brando, procurando corroer-lhes os alicerces, ganhou novo alento a tentativa de deslegitimar alguns ministros por terem pertencido ao governo de José Sócrates, como se eventualmente fossem cúmplices, ou pelo menos coniventes, com os presumíveis crimes, que ainda estão longe de se revelarem comprovados onde o devem ser: nos tribunais. Viu-se isso mesmo no «Sem Moderação» do Canal Q, quando, no programa da noite passada, o ppd José Eduardo Martins quis fazer passar a ideia de não se compreender porque Vieira da Silva ou Augusto Santos Silva continuam a ser ministros do atual governo por se lhes assacar responsabilidades políticas, que só o proponente via. Imaginemos que, por hipótese académica, ambos os ministros se demitiam, logo as direitas exigiriam o afastamento dos que tinham sido nessa altura deputados, para, no fim dessa lógica, exigirem o próprio afastamento de António Costa.
É claro que tal exagero não tem razão de ser – e Daniel Oliveira, até mesmo mais do que João Galamba – tratou de lhe denunciar o absurdo, mas a estratégia está desenhada.
  1. Outro dos ardis revelados pelas direitas nesta matéria tem a ver com o próprio Manuel Pinho, que nunca será demais lembrar que não era, nunca foi, nem nunca será militante socialista. Mas para os que tentam cavalgar à conta do caso, a questão que se põe é esta: porque terá Sócrates convidado tal BESman para integrar o seu governo. ´
É claro que a resposta é fácil e não há por certo ninguém que, desonestamente, a formula, que a não saiba: quando um Partido dá sinais de poder vir a ser governo existem iniciativas abertas a independentes onde se conjugam duas vontades distintas, mas episodicamente conciliáveis: os dirigentes políticos quererão aproveitar a tal abertura à sociedade civil para demonstrarem ao eleitorado, que os seus apoios não se cingem aos seus próprios militantes e simpatizantes, e os «cabeças-de-cartaz», que se fazem aparecidos, ora visam cumprir deveres de cidadania (quando são bem intencionados, e quero crer que assim sucede com a maioria!), ora satisfazer narcisismos íntimos, ora cumprir objetivos lobistas.
Quando Manuel Pinho começou a aparecer em conferências e outros eventos semelhantes do PS antes das eleições de 2005, confesso ter ficado surpreendido por o ter, até aí, associado ao CDS ou ao PSD. Mas como Freitas do Amaral também viria a integrar o governo, enquadrei-o na mesma lógica. Do que dele se sabia – a ligação ao Grupo Espírito Santo – nada justificava apreensões: não tinham os governos das direitas também ministros oriundos dessa que era entidade bancária de reputação ainda intocável no nosso universo político?
Não me espanta, pois, que José Sócrates o sentisse como mais-valia num elenco governativo, sem sequer suspeitar que pudesse ter outra agenda senão a de bem governar. E a verdade é que nada se prova até agora, que Pinho tenha agido no governo para beneficiar a empresa A ou B, pois até a suspeita EDP beneficiou dos seus escandalosos subsídios antes desse governo tomar posse, devendo-se à coligação PSD/CDS  a razão e ser dos indecorosos lucros de que tem usufruído.
  1. Para concluir por ora com este assunto pode-se para já considerar que, nas últimas décadas – e se formos analisar detalhadamente a nossa História recente veremos essa realidade no próprio fascismo com a CUF de Alfredo da Silva! – o poder político tem andado a reboque dos interesses dos nossos capitalistas, cuja ganância e incompetência não têm conhecido limites. Seja por exercerem pressão insidiosa e permanente sobre quem governa (como sucede atualmente com a imprensa globalmente desfavorável ao atual governo!), seja porque a isso se presta intencionalmente, (como sucedeu com Passos Coelho, Cavaco Silva ou Durão Barroso!), os governos têm beneficiado quem quer ser dono disto tudo contra os que trabalham e pagam impostos.
Que esta seja a altura para pôr os empresários e acionistas no seu devido lugar é o que se exige ao Partido Socialista, que bem pode deixar-se de falinhas mansas e questionar porque, havendo uma atenção tão exclusiva em si, não se verificou igual preocupação com os sobreiros e os submarinos do Jacinto Leite Capelo Rego, com as Tecnoformas e os negócios de Dias Loureiro ou Miguel Relvas ou, sobretudo,  com todo esse polvo imundo que se chamou BPN.


 estatuadesal.com
04
Mai18

A minha curiosa carreira de futebolista

António Garrochinho

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Bruno Vieira Amaral
Crónica publicada na GQ - Julho/Agosto 2017


Agora que os jogadores de futebol que têm a minha idade são apenas a reserva moral dos seus clubes ou há muito se dedicaram ao futebol de praia e à restauração, resolvi fazer um balanço da minha carreira enquanto futebolista. Foi uma carreira modestíssima. Os palcos onde exibi o meu escasso talento foram recreios de escola, campos improvisados em baldios, o pedaço de relva em frente ao meu prédio, o Arregaça e qualquer um desses lugares dos subúrbios onde se pudesse fazer um rectângulo de jogo e inventar balizas com recurso a pedras, árvores ou postes.
Fui guarda-redes e, por brincadeira, chamavam-me Manuel Xadrez, numa homenagem ao príncipe das balizas que era Vítor Damas. Mais tarde, quando os confrontos entre Mozer e Fernando Couto eram o ponto alto dos clássicos, joguei a central, varrendo todo o meu raio de ação com entradas que, em relva, já seriam temerárias, mas que, no alcatrão, tinham algo de suicida. Até que, numa fase tardia desta minha carreira esquecida, me fixei como ponta-de-lança. Aí especializei-me na arte da estocada final, com frequência desvalorizada porque o avançado “só tem de encostar a bola para o fundo das redes.” Como se isso fosse fácil.
Antes de escapelizar glórias da minha vida enquanto artilheiro, devo reconhecer que, a ter tido algum futuro no futebol, é bem provável que o meu destino tivesse sido a baliza. Durante não mais de duas épocas, no final da década de 70, o meu pai tinha defendido com algum engenho a baliza dos juniores do Barreirense. Ainda hoje, quando encontro alguém desses tempos, é normal falarem-me dessas proezas menores como se eu próprio as tivesse testemunhado. O certo é que eu tinha jeito para a baliza, como comprovam as comemorações dos meus colegas do 8º ano numa tarde em que, graças às minhas defesas impossíveis, jogámos várias horas ao roda-bota-fora sem sairmos.
Mas há nos festejos à volta de um guarda-redes, como quando defende um penálti, por exemplo, ou faz uma defesa extraordinária no último minuto, algo que está mais próximo da agonia do que da alegria. Se há alegria, esta é uma alegria pesada e, diria, quase triste, cheia de feridas e contusões, que sobe à garganta em urros pré-históricos de resistentes cavernosos. A excelência de uma defesa é e será sempre a excelência de um obstáculo e a alegria que poderá proporcionar será sempre a alegria defeituosa de se ter evitado a alegria maior do adversário.
Isto para dizer que nenhuma defesa que fiz nestes jogos de muda aos 2 e acaba aos 4, se compara àquele golo duvidoso que, na minha memória, foi o primeiro que marquei na escola primária. Tinha aulas à tarde e, antes disso, ocupávamos o tempo a jogar à bola, quando alguém levava uma. Os postes eram paralelepípedos e o golo foi marcado à boca da baliza, bastou-me encostar. No entanto, parece que a bola passou muito perto da pedra e não houve consenso quanto à validade do golo. Já havia em nós algo destes aborrecidos comentadores de segunda-feira, que drenam do futebol toda a vitalidade com as suas discussões taciturnas sobre faltas e foras-de-jogo.
Mas da alegria pura, espontânea e universal daquele golo, nunca duvidei. Quando me redescobri como ponta-de-lança das manhãs de sábado no nosso Arregaça, divertia-me a estudar todas as declinações da felicidade do golo e a experimentar os diferentes graus do êxtase consoante o golo surgia depois de uma finta, na sequência de um cruzamento de um colega, após uma jogada de contra-ataque, numa bomba chutada de longe, num raro cabeceamento. Há uns meses, na Índia, em Cochim, fiquei a ver um grupo de miúdos da escola a jogarem num descampado enorme. Jogavam com uma bola de ténis e levantavam grandes nuvens de poeira vermelha quando a disputavam. Depois, do meio da confusão, emergiu o portador da bola, que correu imparável para a baliza e, logo a seguir, deu-se a explosão, aquele momento que Fernando Gomes comparava a um orgasmo mas que é na verdade muito mais do que esse espasmo animal, é uma flutuação do espírito, um acordo momentâneo entre todas as coisas, um segundo em que todos os obstáculos são removidos e a alegria não parece apenas um prémio fortuito, mas o fim último da existência.
Não posso saber que alegrias esqueci, mas sei bem que esta alegria do primeiro golo é tão real como naquele dia e, por isso, não os posso considerar, ao golo e à alegria, como menores. E talvez haja nesse momento longínquo o brinde de uma lição: às vezes não é preciso inventar, basta ter a audácia infantil de encostar para o fundo das redes.

circodalama.blogs.sapo.pt
04
Mai18

O PSD está mesmo preocupado com a Caixa?

António Garrochinho

A direcção mudou, mas a estratégia de destruição do banco público mantém-se de pedra e cal no PSD. Só isso explica a insistência de Rui Rio em saber quem mais deve à Caixa. Para fazer o quê, não diz.
Os ex-presidentes dos principais bancos portugueses – Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI), Faria de Oliveira (CGD) e Carlos Santos Ferreira (BCP) – à saída de uma reunião na sede do PSD, em Lisboa. 13 de Outubro 2010
Os ex-presidentes dos principais bancos portugueses – Ricardo Salgado (BES), Fernando Ulrich (BPI), Faria de Oliveira (CGD) e Carlos Santos Ferreira (BCP) – à saída de uma reunião na sede do PSD, em Lisboa. 13 de Outubro 2010Créditos
A vontade súbita do PSD em conhecer a lista dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é só mais um episódio num longo caminho de destruição da banca pública nacional.
Depois da fúria privatizadora, iniciada pelo PSD de Cavaco Silva, com a benção do PS e do CDS-PP, as baterias passaram a apontar à única instituição que restou na esfera pública e, actualmente, a única que ainda é nacional: a CGD.
A acção das sucessivas equipas de gestão desde, pelo menos, o final dos anos 80 é, sem dúvida, onde reside uma das principais causas dos problemas do banco público, que custaram, só no ano passado, quase 4 mil milhões de euros de dinheiros públicos.
Por isso, tão ou mais importante do que os nomes dos maiores devedores, importa olhar para o nome dos gestores do banco público, nomeados por governo do PS, do PSD e do CDS-PP, à vez. Foi essa análise que fizémos em Novembro de 2016, mostrando como os três partidos colonizaram as cadeiras do conselho de administração da Caixa.
Mas a porta giratória não se cingiu aos governos e aos partidos que levaram o País aos braços da troika. Também o actual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o anterior presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares, por lá passaram. Tal como Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé, que saíram da Caixa para a presidência de bancos privados.
Convenientemente, o PSD esquece que a maior fatia dos dinheiros públicos que foram enterrados na banca ao longo dos últimos anos, foram-no em bancos privados: do Santander Totta ao Novo Banco, do BPI ao BCP, não há um grande banco português que não tenha recebido ajudas do Estado português, directa ou indirectamente. Porque razão só se pede a lista dos devedores da CGD e não dos bancos cujas gestões reuinosas consumiram recursos públicos e hoje dão lucros a privados?
A vontade de destruir a Caixa para facilitar uma privatização no primeiro momento em que tal se afigure possível parece continuar a ditar as prioridades do PSD na matéria, como aconteceu com a recusa da anterior administração em entregar as suas declarações de rendimentos ou quando o anterior governo privatizou o sector segurador do banco público.
Hoje, Rui Rio diz que os funcionários públicos até podem não ser aumentados, desde que se conheçam os nomes de quem deixou calotes na Caixa. A ânsia de puxar o PS para as velhas políticas do bloco central, formal ou informal, pode motivar essas declarações, mas os trabalhadores sabem o que esperar do PSD.


www.abrilabril.pt
04
Mai18

DUAS CARAS

António Garrochinho


JÁ QUE AQUI CHEGUEI, VENCENDO OBSTÁCULOS, BARREIRAS, E NUNCA DESISTINDO DA MINHA IDEOLOGIA VOU TER QUE CORTAR COM A NOVA MARÉ DE HIPÓCRITAS, OS ALDRABÕES, OS QUE AFIRMAM SER UMA COISA E SÃO OUTRA.

SEMPRE OPTEI POR NÃO DAR ABÉBIAS A ESTE TIPO DE GENTE MAS ELES VÃO SURGINDO DE TODOS OS SECTORES E DE ONDE MENOS SE ESPERA.

QUE DIVIDENDOS RETIRO EU EM ME RELACIONAR COM GENTE AMBÍGUA E QUE ME ENGANA ?

QUE TENHO EU QUE TEMER AO COLOCAR DE PARTE OPORTUNISTAS E GENTE QUE SE JULGA MAIS "ESPERTA" MAIS CAPAZ, MAS QUE NÃO PASSAM DE MALABARISTAS SEMPRE COÇANDO-SE PARA DENTRO ENQUANTO COLOCAM AQUELE AR DE INOCENTES E BONZINHOS ?


SÓ TENHO A GANHAR FAZENDO RAPIDAMENTE AQUELA ESCOLHA, AQUELE CRIVO NECESSÁRIO DE NÃO ME RELACIONAR COM GENTE DE DUAS CARAS.

António Garrochinho
04
Mai18

A MERDA APESAR DE PERFUMADA ESTÁ A VIR AO DE CIMA

António Garrochinho

ENGROSSA A CADA DIA A LISTA DE DEPUTADOS QUE RECEBEM SUBSÍDIOS ESCANDALOSOS E QUE DECLARARAM MORAR ONDE NEM SEQUER LÁ APARECEM OU PUSERAM OS PÉS.

E É ESTA A RODA VIVA ONDE OS QUE DEVERIAM DAR O EXEMPLO SÃO SIMPLESMENTE VULGARES ALDRABÕES RECEBENDO MILHARES DE EUROS EXTORQUIDOS AO ERÁRIO PÚBLICO ENQUANTO O DESEMPREGO ALASTRA, OS SALÁRIOS SÃO MISERÁVEIS E O AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL NA BOCA DE MARCELO É PÔR A CARROÇA À FRENTE DOS BOIS.

A GATUNICE É ESCANDALOSA E O DINHEIRO QUE SEMPRE ESCASSA PARA O ESSENCIAL VAI PARA OS BOLSOS DE GENTE QUE DEVERIA IMEDIATAMENTE SER PENALIZADA E AFASTADA DE CARGOS PÚBLICOS DOA A QUEM DOER.


António Garrochinho
04
Mai18

SÓCRATES ENTREGOU O CARTÃO DO PS - A AGONIA DO PS COMEÇOU ! QUANTOS SÓCRATES EXISTIRÃO DENTRO DO PARTIDO QUE SEMPRE ENGANOU OS PORTUGUESES E TAL COMO O PSD É UM ANTRO DE CORRUPÇÃO ?

António Garrochinho


José Sócrates escreveu uma carta ao PS e decidiu entregar o cartão de militante, deixando o partido depois de vários dirigentes socialistas — incluindo António Costa — terem assumido publicamente desconforto com o caso judicial que o envolve.
Num artigo de opinião publicado na edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias, o ex-primeiro-ministro escreve que “é chegado o momento de pôr fim a este embaraço mútuo”, para justificar a sua decisão. Sócrates refere-se às várias declarações das últimas horas feitas por alguns socialistas ligados à atual direção do partido como “uma espécie de condenação sem julgamento”.
O atual secretário-geral do partido, António Costa, foi esta quinta-feira confrontado com os dois casos judiciais que envolvem antigos governantes do partido (o ex-primeiro-ministro Sócrates e o antigo ministro da Economia Manuel Pinho) e disse que “se essas ilegalidades se vierem a confirmar, serão certamente uma desonra para a nossa democracia”. Antes de Costa, também o presidente do PS, Carlos César, tinha admitido que o partido sentia “vergonha” com estes casos de justiça, mas perante a situação de Sócrates dizia mesmo que “a vergonha até é maior porque era primeiro-ministro”.
Além disso, também João Galamba, porta-voz do partido, veio dizer que a situação dos ex-governantes “certamente envergonha qualquer socialista”. Nas últimas horas, foram vários os altos dirigentes do partido a assumirem posições públicas perante os casos de Sócrates e Pinho diferentes das que tinham sido tomadas até hoje.
José Sócrates entrou para o PS em 1981, foi líder da federação socialista de Castelo Branco três anos depois e chegou a deputado pelo partido em 1987, era líder Vítor Constâncio. Mas foi na liderança de António Guterres que Sócrates ganhou relevo no partido, integrando pela primeira vez um Governo quando era Guterres o primeiro-ministro. Foi em 1995 que foi secretário de Estado do Ambiente, passando depois para ministro Adjunto do primeiro-ministro. No segundo Governo de António Guterres (1999-2002), o socialista chegou a ser ministro do Ambiente e, mesmo na recta final deste Executivo, ainda foi ministro do Equipamento.
Anos depois, em 2004, candidatou-se à liderança socialista, derrotando Manuel Alegre e João Soares. Dois meses depois de assumir a liderança do partido, o Governo de Santana Lopes é demitido e o Presidente Jorge Sampaio convoca novas legislativas. Sócrates candidata-se e vence com a primeira e única maioria absoluta da história do PS. Sai do Governo em 2011, na sequência do chumbo de medidas adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento e com o país à beira de um pedido de resgate financeiro.
Em novembro de 2014 é detido no âmbito da Operação Marquês, uma investigação judicial ao ex-primeiro-ministro por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Na sequência do inquérito, José Sócrates foi acusado de 31 crimes em outubro passado, mas só agora — depois de surgir mais um caso a envolver outro membro do seu primeiro Governo — o PS disse mais sobre o assunto do que remeter para a justiça um tema que dizia ser da justiça.

observador.pt
04
Mai18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

Diziam e eu vi também isso que a vida nas aldeias era apesar do fascismo, do regedor, do padre. dos arrogantes e dos bufos, mais saudável e mais unitário. Claro que havia gente ruim mas não na percentagem com que agora me deparo.
O altruísmo de oferecer, a inter ajuda era uma realidade, agora é muito diferente o que significa para mim um recuo civilizacional.

NÃO BASTA SER PELA "DEMOCRACIA" PELO FRATERNO, PELA SOLIDARIEDADE, É PRECISO PRATICÁ-LO.

Acontece que deparo com cada arrogante à direita e à esquerda que me dá vómitos e na minha aldeia sinto-me quase um desconhecido rodeado de gente que foge do essencial e que me leva a pensar que só têm dentro da cabeça determinadas modernidades, os seus próprios interesses, e uma visão da sociedade totalmente surreal e superflua.

Lamento sinceramente que assim seja e não me surpreende que muita gente já esteja enquadrada no esquema dos robôs já que valores e sensações colectivas de carinho, amor, vivência sadia em comunidade não existem.



António Garrochinho

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