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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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08
Mai18

ARTUR RAMOS. (homenagem fúnebre de Artur Portela, teatralizando um suposta fala do morto)

António Garrochinho


Guilherme Antunes in facebook

ARTUR RAMOS.
(homenagem fúnebre de Artur Portela, teatralizando um suposta fala do morto)
«Você fala.
Depois do Rebello.
Dois, três minutos.
Não me ultrapasse os três minutos, homem!
Escusa de levar fato preto.
A Helena estará na primeira fila, entre a Sofia e a Cláudia.
Quero que todos os outros estejam calados.
Flores ao fundo. Não me afoguem tudo com flores!
A Lourdes que não chore.
O Pedro que não resmungue.
O Charters que não diga que o São João é um teatro, mas no Porto.
Todos os sítios são, se quisermos, teatros.
E todos os teatros são espantos.
Eu estarei onde tenho de estar, em cima de uma plataforma.
Não exagere nos elogios.
Diga que fui um militante.
Desde logo, embora não só, um militante da cultura.
Diga que eu fiz televisão: a que havia a fazer e no negativo daquilo para que a queriam.
Diga que eu fiz teatro.
Diga que eu fiz cinema.
Diga que, dantes, os animais censuravam. Hoje, os animais não censuram. Embora continuem a exagerar!
Diga que eu dirigi gente.
Diga que eu fui um arquitecto de gente.
Diga que eu fiz isso por causa da gente.
Para libertar a gente.
É para isso que o teatro serve.
A RTP foi outra história...
P quer dizer Portuguesa!
Ou quererá dizer Portugueses?
Os textos, caramba, os textos! O Miller, o Manel da Fonseca, o Brecht!...o Beckett!
Diga que nada desculpa ninguém e que ninguém desculpa nada.
É também esse o sentido do Pinter.
Mas diga também que o amor é uma grande exigência.
E que a ternura pode ser a mais libertadora das indisciplinas!
Diga que eu brinquei com os meus netos.
Levei-os aos teatros que podem ser todos – diga-o aí ao Charters - e tudo e em todo o lado!
Os leões dos Jardins Zoológicos, quando os ponho a ensaiar para os meus netos - entram da direita para a esquerda.
E os palhaços dos circos riem quando eu disser.
Os ursos não, os ursos não! Já disse que os ursos não entram agora, caramba!...
Se vir os meus netos mais pequenos, faça-lhes uma festa por mim na cabeça.
Peça-lhes desculpa pela sua mão não ser a do Avô.
Diga-lhes que a voz que ouvirem dentro deles e que lhes parece a voz do avô são eles que me levam vivo dentro deles.
Eu agora aqui, pelos vistos, vou ter muito trabalho.
Aqui, como eu já sabia, ninguém tem asas nas costas, e ninguém sabe o seu papel!
Ai, uma última coisa, uma última coisa!... VOTEM BEM!...! Eu sei do que falo, eu nasci em 26!»
08
Mai18

ENTREVISTA COMPLETA COM FRANCISCO GEORGE - Cruz Vermelha vai ter cinco mil voluntários a ajudar na prevenção dos fogos

António Garrochinho

ENTREVISTA TSF
Cruz Vermelha vai ter cinco mil voluntários a ajudar na prevenção dos fogos

O presidente da Cruz Vermelha revelou na TSF que as equipas de voluntários vão andar pelas zonas de maior risco.


Os cinco mil voluntários da Cruz Vermelha portuguesa vão ajudar na prevenção dos incêndios este verão. No Dia Internacional da Cruz Vermelha, Francisco George, o presidente da instituição em Portugal, revelou na Manhã TSF que a ação no terreno quer ajudar os bombeiros e a Proteção Civil.

"Vamos circular pelas zonas de maior risco antes do fogo, isto é, vamos tentar identificar o início dos processos de ignição dos incêndios para dar o alerta para outras instituições de Proteção Civil avançarem imediatamente, nomeadamente os bombeiros", explica.

A Cruz Vermelha Portuguesa conta atualmente com 10 mil voluntários e tem sede operacional em Coimbra.

Na Manhã TSF, Francisco George falou também sobre a ação da Cruz Vermelha em todo o mundo, da missão de "diminuir o sofrimento humano com independência e neutralidade", da importância do voluntariado, do Passado e dos desafios que se colocam para o Futuro.

No Dia Internacional da Cruz Vermelha, o presidente da instituição em Portugal, Francisco George, foi convidado de Fernando Alves na Manhã TSF.
Francisco George deixou ainda um apelo ao contributo dos portugueses para a Cruz Vermelha sem qualquer custo. O Estado permite que 0,5% do valor liquidado do IRS seja destinado a uma instituição, sem qualquer despesa extra para o contribuinte. Basta preencher o quadro 11 da folha rosto da declaração de IRS com o número de contribuinte da Cruz Vermelha - 500 745 749.

Para conhecer outras formas de ajudar a instituição, basta ligar o 212 222 222.
ENTREVISTA COMPLETA
SOM AUDIO



www.tsf.pt
08
Mai18

PENSÕES Quanto vai receber quando se reformar?

António Garrochinho



A Segurança Social Direta vai ter a partir desta quarta-feira um simulador online que permite calcular o valor da pensão.



O utilizador do site da Segurança Social precisa apenas colocar as suas credenciais para aceder à página e a partir daí entra no mundo das estimativas que chegam ao ponto de indicar o dia em que o trabalhador pode ir para a reforma.

O site apresenta duas opções de simulação: Uma "automática" e outra "à medida".

A simulação é realizada com as regras em vigor à data do cálculo e com os dados existentes no sistema informático da Segurança Social; por isso, são excluídos à partida, na simulação "automática", os descontos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) dos Funcionários do Estado e o tempo do Serviço Militar Obrigatório (SMO),também não está na opção "automática" do simulador das pensões de reforma.

Estas ausências de dados podem ser ultrapassadas quando se opta pelo cálculo "à medida", mas para isso é preciso estar munido das datas de "incorporação" e da "passagem à disponibilidade".

O sistema está padronizado para uma inflação de 0,5% e uma valorização do vencimentos de 0.5% ao ano.

É preciso ter em atenção que os valores apresentados são brutos, pelo que é necessário calcular à parte os descontos para o IRS.

Tanto na opção "automática" como "à medida" o beneficiário pode escolher a data em que se quer reformar para perceber se sofre alguma bonificação ou penalização.



Por exemplo, no caso de um trabalhador a descontar desde 1979 e tendo cerca de 16 mil euros de salários em 2017 iria ser penalizado em 165 euros por mês se escolhesse ir para a reforma aos 65 anos de idade e 40 anos de carreira contributiva; se em vez disso o trabalhador optar por ficar a trabalhar até ao 67 anos de idade fica a saber que tem uma bonificação de 105 euros na estimativa do cálculo da reforma.

O repórter José Milheiro explica como funciona o simulador de pensões da Segurança Social
Este simulador é apresentado esta terça-feira ao primeiro-ministro nas cerimónias do Dia Nacional da Segurança Social e o ministro Vieira da Silva ja fez um vídeo a explicar como funciona o simulador.

SOM AUDIO



VÍDEO


www.tsf.pt
08
Mai18

Rui Moreira chamou «extrema-esquerda» ao BE e à CDU... e disse que foi a Lusa

António Garrochinho


O presidente da Câmara do Porto atribuiu à Lusa a caracterização da CDU e do BE como «extrema-esquerda», no portal de notícias da autarquia. Saiu-se mal e acabou a pedir desculpa.
Depois da agência de notícias, Rui Moreira responsabilizou os serviços da Câmara
Depois da agência de notícias, Rui Moreira responsabilizou os serviços da CâmaraCréditos
Rui Moreira imputou à Lusa a utilização do termo «extrema-esquerda» para classificar o BE e a CDU, num texto publicado no portal de notícias da autarquia, tendo posteriormente reconhecido o erro e pedido desculpa.
Durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite até cerca das 0h30, e depois de o deputado socialista Serafim Ferreira Nunes ter considerado «inaceitável» a utilização do termo «extrema-esquerda» para aludir ao BE e à CDU, Rui Moreira justificou-se com a Lusa, dizendo que o texto era da autoria da agência de notícias.
O edil explicou aos deputados que a notícia era da Lusa, logo a expressão «extrema-esquerda» era da agência, algo que, posteriormente, veio a negar, pedindo desculpa pelo erro.
«Tanto critica a Lusa, mas depois usa os seus serviços», disse o deputado da CDU Rui Sá.
Na resposta, o presidente da Câmara referiu: «Nunca critiquei a Lusa. Os serviços[da Câmarainadequadamente fizeram esta referência (extrema-esquerda'), pelo que peço desculpa».
Antes deste momento, a Lusa tentou intervir na sessão para repor a verdade, dado em parte alguma do seu texto usar o termo 'extrema-esquerda', mas tal foi-lhe negado, porque uma intervenção pressupunha uma inscrição prévia, tal como ditam os regulamentos.
Com o título «Maior investimento da década nas contas à moda do Porto ontem aprovadas», a notícia publicada no portal Porto, datada de 24 de Abril, refere: «Com 31 votos a favor, oito contra e sete abstenções, o Relatório e Contas de 2017 passou ontem na Assembleia Municipal sem problemas. Rui Moreira reivindicou as melhores contas deste milénio e o maior investimento da década. Com saldo para executar as grandes obras como o Bolhão, o Terminal Intermodal e a nova ponte, os independentes aplaudiram o Executivo, o PS votou a favor, enquanto o PSD anunciava a abstenção e os dois partidos da extrema-esquerda votavam contra».
No final do texto é referido «artigo redigido com recurso à Agência Lusa».


www.abrilabril.pt
08
Mai18

ADELINO PEREIRA DA SILVA (n. 1939) - UM HERÓI DO PCP!

António Garrochinho


ADELINO PEREIRA DA SILVA (n. 1939) - UM HERÓI DO PCP!



Resistente anti-fascista, e comunista, homem de grande coragem, sempre se destacou pelo seu carácter e pelos valores que o acompanham desde jovem.
Operário metalúrgico, entra para o Partido Comunista Português em 1956, e para a clandestinidade como funcionário deste Partido, em 1959. Após a sua funcionalização passou a colaborador do Secretariado do Comité Central.
Em 1962 fez parte do Comité Local de Lisboa, sendo responsável pelas organizações das zonas Oriental e Ocidental.
Foi preso em Janeiro de 1963 e acusado de ser membro e funcionário do PCP, quando ocorreu o desmantelamento do referido comité, por denúncia de um traidor. (1) Adelino foi então espancado e torturado pela PIDE, na Rua António Maria Cardoso, mas recusou-se a falar e a entregar camaradas e a organização. Esteve encarcerado na cadeia do Aljube mais de um ano. Apenas esteve no Forte de Caxias cerca de um mês, para ser assistido no Hospital S. João de Deus, na sequência dos interrogatórios da PIDE.
(Submetido a violentos espancamentos e à tortura do sono durante 15 dias, sangrava constantemente pela boca). Depois voltou para os chamados curros do Aljube.
Julgado em Tribunal Plenário foi condenado a 4 anos de prisão e às famigeradas "medidas de segurança" (de 6 meses a 3 anos, prorrogáveis), que tiveram início em 1967. Foram 7 longos anos de prisão, no Aljube, em Caxias e em Peniche, até à sua libertação em 1969.
Adelino Pereira da Silva nasceu em Alvalade (Santiago de Cacém), em Fevereiro de 1939, filho de António João da Silva e Corália Maria Pereira.
Casa-se com Alice Capela em 6 de Abril de 1966 – tinha ele 27 anos e ela 25 – e nem sequer se viram no dia do casamento. No registo do casamento figura como “residente em cadeia do Forte de Peniche”. Adelino Pereira da Silva conhecera Alice quando ela tinha apenas 18 anos e (segundo conta) o casamento teve a influência de António Dias Lourenço. (2)
Só depois de se casarem (oficialmente) puderam começar a corresponder-se. As cartas, entre a cadeia de Caxias, onde ela se encontrava presa e o Forte de Peniche, onde ele estava a cumprir pena, eram, então, quase exclusivamente sobre o filho, Alfredo, que foi andando de casa em casa, acolhido por familiares e amigos. Alice foi libertada primeiro, depois o Adelino. Só se reencontraram os três quando o filho tinha já 10 anos. Mas apenas depois do 25 de Abril puderam ter uma vida normal.
Viveram uma história de amor nessa casa em que trabalhavam clandestinamente para o PCP, e, quando desconfiaram que estavam prestes a ser descobertos, saíram precipitadamente. Levaram as roupas e os papéis importantes, mas, já na casa nova, APS deu conta que lhe faltavam documentos. Alice implorou-lhe que não voltasse atrás. "Até fechou a porta à chave, e dizia "não vás, que eu tenho um pressentimento"", conta APS. "Quando lá cheguei, já lá estava a PIDE."
No filme "48" de Susana Sousa Dias, durante a entrevista de Adelino Pereira da Silva, além das suas fotografias de cadastro aparecem também as fotografias de cadastro da mulher, da sua mãe e do seu pai. [Os pais da Alice Capela também estiveram presos na mesma altura, assim como o filho, com 3 anos].
Após o 25 de Abril, Adelino Pereira da Silva realiza tarefas ligadas aos organismos executivos do Comité Central. Integrou o Executivo da Festa do «Avante!» durante cerca de 30 anos. Foi eleito para o CC do PCP no VIII Congresso, realizado em 1976, tendo sido sucessivamente reeleito até ao XVIII Congresso em 2008 (saindo do CC a seu pedido, por razões de saúde). Esteve 32 anos naquele órgão de Direcção do Partido.

(1) O traidor que denunciou Adelino e outros membros do PCP estava ligado ao sector estudantil, (Pedro Manuel). A PIDE tê-lo-á enviado para uma das colónias.

(2) Dias Lourenço tinha-lhe pedido que montasse uma casa clandestina, e explicou-lhe que vinha morar com ele uma mulher. Disse-lhe: "Vocês vão montar uma casa, não é para serem companheiros, mas se vocês se entenderem, como são jovens...". Quando chegou à rua combinada, Adelino Pereira da Silva viu-a ao longe com Dias Lourenço. E ela, ao vê-lo, pensou “que não podia ser aquele rapaz, não devia ser, seria demasiada sorte” - achou-o bonito.

Helena Pato

08
Mai18

Fotogaleria: Desfile académico levou estudantes em festa às ruas de Faro

António Garrochinho



Festa, festa e mais festa. O tradicional desfile académico dos estudantes da Universidade do Algarve realizou-se esta segunda-feira à tarde, 7 de Maio, em Faro, e foi o pontapé de saída para o que aí vem hoje na Semana Académica.

No desfile não faltaram os carros dos cursos, muitos deles decorados de forma sui generis, assim como os gritos de guerra de cada curso.

Pelo palco do “País das Maravilhas” Hybrid Theory , um grupo de tributo aos Linkin Park, e a banda portuguesa Tara Perdida.

FOTOGALERIA












































www.sulinformacao.pt
08
Mai18

Arte de Gustav Klimt contada em video mapping em Paris

António Garrochinho


VÍDEO


O beijo mais famoso do mundo poderá ser visto projetado nas paredes e no chão de uma antiga fundação em Paris.
O novo "Atelier des Lumières" oferece uma exposição que

permite aos visitantes mergulharem no mundo do artista austríaco, Gustav Klimt, e aproveitarem os mais pequenos detalhes das suas obras

Michael Couzigou, diretor da galeria de arte, explica: "Nestas projeções mostramos a evolução do trabalho de Gustav Klimt. Vemos o início, em Viena, onde ele é um jovem pintor de Art Decó até ao movimento da Secessão, quando Klimt quer emancipar-se do academismo artístico e criar o seu próprio movimento, e continuamos até ao Simbolismo, em direção à Art Nouveau. É assim que seguimos a evolução da obra de Gustav Klimt".







#Idéedesortie Connaissez-vous l'Atelier des Lumières ? Cette ancienne fonderie parisienne transformée en Centre d'Art numérique a ouvert ses portes le 13 avril, et consacre une exposition immersive à Gustav #Klimt @AtelierLumieres >> https://bit.ly/2Hxi539 
A projeção, a maior instalação digital deste tipo no mundo, poderá ser visitada até ao dia 11 de novembro, na capital francesa.

VÍDEO


08
Mai18

Habitantes de Mossul pedem ajuda aos futuros líderes do Iraque

António Garrochinho


 Habitantes de Mossul pedem ajuda aos futuros líderes do Iraque

É com uma cidade em ruínas que os habitantes da martirizada Mossul, no norte do Iraque, se preparam para as eleições legislativas do próximo sábado.

Aqui falta tudo. A luta pela sobrevivência é uma constante e a eleição significa a esperança para alguns, como Mohammed Abdul Haq:

"Precisamos de água e eletricidade. Temos recebido a visita de entidades oficiais. Eles sabem o que nós necessitamos. Têm visto que as casas foram todas destruídas. O meu irmão morreu como muitas outras pessoas por causa da guerra e por causa do Daesh. Não temos senhas de racionamento e precisamos que as autoridades nos ajudem. Recebemos mantimentos apenas para um mês. Para os próximos três meses não temos nada".

Mas, uma vez mais, nem todos acreditam que o processo eleitoral vai decorrer sem problemas e que o resultado será fiável. A candidata pela Aliança Nacional Iraquiana, Sumaiya Ghanam, levanta dúvidas: "Hoje estamos a ver que os votos vão ser conseguidos a troco de dinheiro. Eles têm muito dinheiro e estão prontos a gastar milhões de dólares nesta eleição. Todo o dinheiro que tem sido gasto foi roubado aos meus filhos que aqui estão e eles vão continuar a roubar cada vez mais".

Estas são as primeiras eleições legislativas desde que foi anunciada oficialmente a vitória sobre os combatentes do Estado Islâmico (EI). A forma como vão decorrer e as consequências do resultado do voto no futuro do país mantém a comunidade internacional de olhos postos no Iraque.
VÍDEO
pt.euronews.com
08
Mai18

Não há crianças no Yemen.

António Garrochinho

A santa hipocrisia ocidental e dos seus grandes meios de informação


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Iêmen - Massacres e assassinatos desencadeiam uma nova fase da guerra


Em meados de abril, mais de 20 soldados sudaneses foram mortos em uma emboscada no norte do Iêmen. O Sudão, que enviou até 10.000 soldados para o Iêmen, atraídos pelo ouro saudita, está reconsiderando seu compromisso. Os estados do Golfo prometeram os investimentos do Sudão e o levantamento das sanções dos EUA em troca de carne para canhão. Mas nada aconteceu.   
A guerra no Iêmen da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e os poderes que os apoiam, visa instalar um governo em sua bota. O povo iemenita se opõe a isso. Ele resiste às forças esmagadoras de seus vizinhos ricos. Em particular, os Zaidi do norte do Iêmen que odeiam prosélitos de seus vizinhos wahhabi. Seu movimento Houthi é a ponta de lança da luta. Iemenitas costumam considerá-los como "macacos com laptops". Para derrotar a resistência, a Arábia Saudita lançou uma campanha genocida de bombardeio acompanhada de um bloqueio que deixa a população faminta.

Na semana em que os mercenários sudaneses foram mortos, ataques aéreos de jatos sauditas massacraram dezenas de civis iemenitas:  
Um ataque aéreo saudita fechou um casamento no norte do Iêmen, matando pelo menos 20 pessoas, incluindo a noiva, disseram autoridades de saúde pública na segunda-feira, e imagens de bombardeios mortais na mídia social. Este é o terceiro bombardeio que atinge civis iemenitas desde o fim de semana . No domingo à noite, um ataque aéreo atingiu outra casa de Hajja, matando uma família de cinco pessoas, segundo al-Nadhri. No sábado, pelo menos 20 civis foram mortos quando aviões de combate da coalizão bombardearam um ônibus no oeste do Iêmen, perto da cidade de Taiz, onde os combates vêm ocorrendo há três anos. 


Após o bombardeio do casamento, um menino de 3 a 5 anos se agarrou ao pai morto durante toda a noite (vídeo), recusando-se a deixá-lo. Outro vídeo feito na manhã seguinte mostra o menino ainda agarrado ao pai e os terríveis efeitos do massacre saudita. A Cebola exagera apenas um pouco ao escrever que o próprio príncipe palhaço saudita veio para levar a criança para terminar o trabalho. Os relatórios usuais de agências de notícias no Iêmen, como o que acabei de citar, ainda refletem a mesma estimativa da ONU de que mais de 10 mil pessoas morreram durante a guerra. Mas este número da ONU tem pelo menos dois anos     
 nunca mudou, e apenas esconde o massacre em curso:
VÍDEO




Elizabeth Kendall @Dr_E_Kendall - 20:28 UTC - 11 de abril de 2018 a guerra #O Iêmen: Por que as estatísticas citadas como as Nações Unidas 10 000 mortes parece nunca aumentar? @YemenData indica que houve 16.847 coalizão ataques aéreos liderados por #Saudiens de 3/2015 a 3/2018 (com 423 em março) & @MSF recebeu mais de 97.000 pacientes de emergência nas três primeiros meses de 2017. 
Pelo menos 70.000 pessoas  foram mortas apenas por bombardeio. Este número não inclui as 100.000 pessoas que provavelmente estão morrendo de fome ou doenças que poderiam facilmente ter sido evitadas. Perguntados sobre os números reais, os funcionários da ONU se recusam a dar uma resposta confiável . As greves da coalizão saudita contra civis não são resultado do acaso. Os sauditas visam a infraestrutura, todo o transporte de alimentos e pessoas, instalações de saúde e qualquer reunião considerada suspeita. Outros ataques são assassinatos direcionados. Um vídeo recente 

 tomada por um drone pertencente aos Emirados Árabes Unidos, na sequência de um carro, perto do porto de Hodeidah, no noroeste do Iêmen, que é então atingido por um míssil. O vídeo é seguido por outro, que vem de uma tela de uma sala de operações. Vemos pessoas vindo em socorro dos ocupantes do carro após o primeiro ataque. Um segundo míssil mata todos eles. As pessoas na sala de operações expressam em voz alta sua alegria. 
Este greves alvo "em duas frentes" matou um grande homem , que vai estender a guerra: 

Saleh al-Samad, o presidente do Conselho Político Supremo Houthi, foi morto nos ataques aéreos, que deram um golpe fatal em um já trabalhoso processo de paz no Iêmen. Samad foi considerado uma pessoa bastante conciliatória dentro da rebelião Houthi e procurou chegar a um acordo negociado da guerra civil no Iêmen. Ele estava programado para encontrar Martin Griffiths, o enviado especial da ONU para o Iêmen, em 28 de abril.
Os Emirados Árabes Unidos subornaram um sobrinho do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh para ajudar a matar os aliados de seu tio morto. Eu suspeito que os serviços de inteligência dos EUA, que têm como alvo os telefones celulares e similares, ou até mesmo tropas dos EUA, estejam fortemente envolvidos:
Tareq Saleh e seus homens fugiram para os Emirados Árabes Unidos, trazendo consigo um conhecimento profundo do funcionamento interno dos houthis. 
... 
a morte de Samad não foi um incidente isolado. Várias figuras proeminentes da Houthi, todas com laços estreitos com o ex-presidente Saleh, foram mortas recentemente. Mansour al-Saidi, comandante das forças navais houthis; Salah al-Sharqai, seu vice; Nasser al-Qaubari, o grande general das forças de mísseis houthis; e Fares Manea, um notório traficante de armas e ex-governador de Saada, foram todos mortos por ataques aéreos na semana passada.
Matar líderes de movimentos de resistência não é uma estratégia eficaz. Os líderes assassinados são geralmente substituídos por extremistas mais astutos ou brutais que estão menos preocupados em causar danos colaterais:
O sucessor do Samad, Mahdi al-Mashat, que foi nomeado segunda-feira é um cara duro, que tem estreitas ligações com o Hezbollah no Líbano. 
Ali al-Bukhaiti, um ex-oficial Houthi agora baseado em Amã, na Jordânia, diz que o puritanismo está crescendo dentro do movimento. "Mashat é exatamente o oposto de seu antecessor: ele não toma luvas, ele ameaça e não compromete", diz ele. "Ele não constrói relacionamentos, ele os destrói. "
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na capital do Iêmen Sanaaa para a cerimônia fúnebre de Saleh al-Samad. Jatos sauditas sobrevoaram a multidão e jogaram bombas nas proximidades. A multidão não ficou impressionada. Ninguém escapou, pelo contrário, todo mundo se levantou (eles estavam sentados no chão) e começou a cantar  slogans Houthi. Eles estão prontos para lutar e estão longe de serem derrotados. Os Emirados Árabes Unidos têm seus próprios objetivos no Iêmen. É pelo dinheiro que eles estão lá. Os Emirados Árabes Unidos ocupam a ilha iemenita de Sakrota,  a "  Jóia da Arábia ", protegida pela UNESCO, e roubam seus recursos naturais.    

Aden, no sul do Iêmen, também é ocupado pelos Emirados Árabes Unidos. Emirados Árabes Unidos Porto de Dubai, agora DP World , quer controlar o porto de Aden. Mas as mães de Aden estão famintas para manter seus filhos vivos. Não há estado, não há segurança e os médicos, professores e varredores de rua não são pagos pelo seu trabalho. Há comida disponível nos mercados, mas as pessoas não podem pagar mais. Professor Isa Blumi, da Universidade de Estocolmo, diz   
  (rádio) que a guerra no Iêmen não é uma guerra civil, nem mesmo uma guerra travada por potências locais, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. É uma guerra imperial liderada por grandes potências com uma história colonial profunda. 
Nem os Emirados Árabes Unidos nem a Arábia Saudita puderam fazer nada no Iêmen sem a ajuda e apoio da Grã-Bretanha (pdf) e dos Estados Unidos:  

Milhares de funcionários britânicos e no Reino Unido não empresas britânicas que trabalham na Arábia Saudita para formar, instalar, manter e ajudar a operar aeronaves fornecidas pelo Reino Unido e outros equipamentos militares, incluindo caças-bombardeiros Tornado Os caças IDS e Typhoon representam pouco menos de 50% dos caças a serviço da Royal Saudi Air Force (FARS). 
... 
O Reino Unido está empenhada em fornecer os militares britânicos FARS e civis para manter e armar o avião fornecido pelo Reino Unido usado por FARS em conflitos armados. ... 

Autoridades britânicas entrevistadas para este artigo, e pelo menos um dos acordos de governo para governo que regem o fornecimento de sistemas de armas britânicos às FARS, sugerem que o Ministério da Defesa britânico tem conhecimento detalhado dos papéis e atividades do Reino Unido. O pessoal britânico, tanto civil como militar, privado e governamental, na Arábia Saudita, bem como o uso de aeronaves fornecidas pelo Reino Unido e suas munições.
O Escritório de Especialistas da IHS Janes informou recentemente que os Estados Unidos estão buscando empresas privadas para resgatar seus soldados no Iêmen:    
Os militares dos EUA estão buscando empresas privadas capazes de transportar membros de forças especiais que operam dentro e ao redor do Iêmen, bem como feridos e doentes.
Por que os Estados Unidos precisariam disso? E por que em lugares tão estranhos  ? (E por que o Comando de Operações Especiais dos EUA terceirizaria uma tarefa militar tão especializada, perigosa e importante?) Até agora, os Estados Unidos juraram que muito poucos de seus soldados estão processando a al-Qaeda sul do Iêmen. Essas operações devem ser operações de raio com apoio aéreo direto dos Estados Unidos. Os Estados Unidos estão minimizando sua inteligência e apoio aéreo aos bombardeios sauditas de hospitais e casamentos. Na verdade, nenhum avião da Arábia Saudita voaria sem o apoio direto dos Estados Unidos e do Reino Unido. Agora aprendemos que os soldados americanos também são 
 diretamente envolvido  na luta de campo:

No final do ano passado, uma equipe de uma dúzia de Boinas Verdes chegou à fronteira da Arábia Saudita com o Iêmen, em uma escalada perpétua de guerras secretas nos EUA. 
Além de praticamente qualquer debate público, os comandos do exército ajudam a localizar e destruir os esconderijos de mísseis balísticos e os locais de lançamento que os rebeldes Houthi no Iêmen usam para atacar Riad e outras cidades sauditas. ... Ao longo da fronteira porosa, os americanos usam aviões de vigilância para coletar sinais eletrônicos e localizar armas Houthy e seus locais de lançamento. ... 



Eles também trabalham em estreita colaboração com os analistas de inteligência dos Estados Unidos em Najran, uma cidade no sul da Arábia Saudita que foi atacado várias vezes por foguetes, para localizar sites de mísseis Houthi no Iêmen.
A mídia dos EUA parece apoiar a guerra dos EUA contra o Iêmen. Em uma recente entrevista à CNN, o senador Rand Paul pediu que houvesse pelo menos um debate sobre a guerra no Congresso dos EUA. O anfitrião da CNN, Wolf Blitzer, rejeitou sua proposta (vídeo) dizendo que era uma "questão moral". Ele acrescentou que havia "muitos empregos em jogo" e que vender menos bombas para a Arábia Saudita poderia causar "uma perda significativa de emprego e renda". Ele não viu porque todos esses aspectos eram "secundários" para Paulo. Deixo a um iemenita que responda:  

Haykal Bafana @ BaFana3 - 19:51 UTC - 14 de abril de 2018 A quem possa interessar : O que seus cérebros de idiotas não conseguem imprimir? Seus desgraçados nojentos são apenas uma longa orgia de autodestruição desastrosa desde o começo até agora. Termine com este pornô humilhante. E fique fora do Iêmen, banda de catadores. Prostitutas de deficientes mentais. 
Os sudaneses parecem entender. Outros ainda não aprenderam a lição. Após os recentes assassinatos de seus líderes, os houthis prometeram atacar líderes sauditas e dos emirados. Isso trará a guerra para uma nova fase. Se a guerra continuar por muito tempo, o povo iemenita também estará interessado nas potências imperiais por trás desses líderes. Lua do Alabama 

Tradução: Dominique Muselet 

 https://foicebook.blogspot.pt
08
Mai18

Louvor do Revolucionário

António Garrochinho


poema

Louvor do Revolucionário

Quando a opressão aumenta
Muitos se desencorajam
Mas a coragem dele cresce.
Ele organiza a luta
Pelo tostão do salário, pela água do chá
E pelo poder no Estado.
Pergunta à propriedade:
Donde vens tu?
Pergunta às opiniões:
A quem aproveitais?
Onde quer que todos calem
Ali falará ele
E onde reina a opressão e se fala do Destino
Ele nomeará os nomes.
Onde se senta à mesa
Senta-se a insatisfação à mesa
A comida estraga-se
E reconhece-se que o quarto é acanhado.
Pra onde quer que o expulsem, para lá
Vai a revolta, e donde é escorraçado
Fica ainda lá o desassossego.
Bertold Brecht,
Tradução de Paulo Quintela

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt

08
Mai18

Cortejo da Queima das Fitas deixou "16 toneladas de resíduos sólidos" nas ruas de Coimbra

António Garrochinho


O cortejo da Queima das Fitas de Coimbra,  em que participaram, na tarde de domingo, 106 carros alegóricos, deixou  nas ruas da cidade por onde desfilou e artérias circundantes, "16 toneladas  de resíduos sólidos", segundo fonte da autarquia. 

PAULO NOVAIS
Daquelas 16 toneladas, "6,5 toneladas eram garrafas de plástico e latas  de bebidas", revelou hoje,durante a sessão quinzenal da câmara de Coimbra,  o vereador do CDS Luís Providência, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, que  detém maioria no executivo. 
Luís Providência, responsável pelo pelouro do Ambiente, sublinhou o  facto do vasilhame em vidro recolhido,imediatamente a seguir ao desfile,  ao final da tarde de domingo, corresponder apenas a meia tonelada de resíduos.
A "reduzida quantidade de vidro" recolhido pelos serviços de higiene  e limpeza da autarquia resulta,em boa medida, com certeza, das campanhas de sensibilização que têm sido desenvolvidas junto dos estudantes e distribuidores  de bebidas, no sentido de evitarem o uso de recipientes de vidro, acredita  o vereador. 
Durante a mesma reunião, na tarde de hoje, a vice-presidente da câmara,  Maria José Azevedo Santos,lamentou os "excessos" cometidos, durante a Queima  das Fitas, pelos estudantes dos diferentes estabelecimentos de ensino superior  da cidade e muitos forasteiros. 
Reflexo desses "excessos" é, designadamente, a"vandalização de 15 stands" dos já 70 instalados no Parque Verde do Mondego, para a realização da feira  do livro da cidade, que abre no próximo fim de semana, disse a autarca social democrata. 
Sublinhando que não se quer imiscuir nas questões da Academia de Coimbra,  Maria José Azevedo Santos, propôs que a câmara promova, para o ano, reuniões, designadamente, com os organizadores da Queima das Fitas para os sensibilizar  no sentido de "que sejam regulados os excessos". 
"Quero os estudantes irreverentes", mas "não posso aceitar que vandalizem  o património", como sucedeu também, por exemplo, com a ponte pedonal sobre  o Mondego, disse a autarca, reagindo a advertências dos vereadores eleitos  pelo PS. 
"O pior que nos pode acontecer é tentarmos ser paternalistas em relação  à Academia ou tentarmos impor-lhe regras", alertou o socialista Carlos Cidade,  considerando que a Queima das Fitas, que é"a maior festa de Coimbra,tem  muitos mais aspetos positivos que negativos".


 sicnoticias.sapo.pt
08
Mai18

Portugal entre os países com mais abandono de idosos

António Garrochinho



O último estudo da Organização Internacional do Trabalho datado de 2015 diz que Portugal está entre os países da Europa que mais abandona os idosos.
Também Organização Mundial de Saúde coloca Portugal entre os cinco piores países da Europa a tratar os idosos.

França e Eslováquia são outros dois países onde falha o apoio a maiores de 65 anos.

Todos os anos dezenas de idosos são abandonados nos hospitais portugueses.


A grande maioria fica internada sem critério clínico à espera de uma reposta, ocupando camas que são necessárias e com custos para os contribuintes. 

Em alguns casos os idosos são literalmente largados à porta dos hospitais. 

Esquecidos, abandonados ou apenas sozinhos - são os chamados casos sociais. Em boa verdade, são pessoas que acabam por ficar internadas em hospitais sem razões clínicas.

A pior época é sem dúvida a do Natal e a de férias - altura em que muitos idosos são deixados ao abandono à porta dos hospitais, ou inscritos com moradas e números de telefone falsos.

VÍDEO
www.rtp.pt
08
Mai18

08 de Maio de 1782: Morre Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal

António Garrochinho


Sebastião José de Carvalho e Melo, ministro de D. José I, obteve a confiança total do monarca e governou o país despoticamente, eliminando toda e qualquer resistência. Dos factos mais notáveis da sua carreira destacam-se: a reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1 de Novembro de 1755; a cruel repressão do atentado contra D. José I; a perseguição feita à Companhia de Jesus, que culminou com a sua expulsão e o confisco dos seus bens; a supressão das diferenças entre cristão-novos e cristãos-velhos; a reorganização da instrução pública; a reforma da Universidade de Coimbra; a reorganização do exército, que foi confiada ao conde de Lippe; as medidas a favor da agricultura, da indústria e do comércio; a criação das companhias do Grão-Pará, Maranhão e Paraíba e a dos Vinhos do Alto-Douro; a criação da Aula do Comércio; a fundação da Imprensa Régia e do Colégio dos Nobres; a criação do erário, etc. Encarregou o célebre escultor Machado de Castro de criar a estátua equestre do soberano. Após a morte de D. José I a 24 de Fevereiro de 1777, D. Maria I subiu ao trono e o marquês de Pombal pôde perceber que triunfavam os seus inimigos. Oito dias depois, a 4 de Março, D. Maria demitiu o ministro do seu pai, ordenando-lhe que se recolhesse à sua casa de Pombal. Em seguida abriram-se as portas dos cárceres aos numerosos presos que a política severa do marquês ali encerrara. A aclamação da nova soberana realizou-se em 13 de Maio do mesmo ano de 1777. Começaram então as perseguições contra os parentes e os amigos do marquês; arrancou-se o seu medalhão do monumento do Terreiro do Paço, e promoveu-se um processo, indo a Pombal dois desembargadores sujeitar a um interrogatório o velho estadista.  Condenado ao desterro da Corte, terminou amargurado os seus dias na vila de Pombal onde faleceu em no dia 8 de Maio de 1782. Em 1856, os seus restos mortais foram transladados para Lisboa, tendo sido depositados na Igreja da Memória.


 Marquês de Pombal. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. 
 wikipedia (imagens)
File:Retrato do Marquês de Pombal.jpg
Retrato do Marquês de Pombal
File:Retrato do Marques de Pombal.jpg



VÍDEO



08
Mai18

08 de Maio de 1794: Morre, na guilhotina, o cientista Antoine Lavoisier, fundador da Química moderna

António Garrochinho


Considerado o fundador da ciência química moderna, Antoine Laurent de Lavoisier nasceu a 26 de Agosto de 1743, em Paris, e faleceu na mesma cidade, a 8 de Maio de 1794, após ter sido condenado à morte na guilhotina. Em 1768, apenas quatro anos depois de ter concluído os estudos, entrou para a Academia das Ciências. Veio a lançar os alicerces da Química como ciência sujeita a regras e princípios racionais, como acontecia já com outras disciplinas, por exemplo a Física. Apoiado no trabalho experimental, definiu a matéria pela propriedade de ter um peso determinado, noção que desenvolveu paralelamente a um aperfeiçoamento da balança. Além disso, descobriu a composição da água e enunciou a lei da conservação da massa nas reacções,essencial na História da Química, definindo o conceito de elemento como a substância que não pode ser decomposta pela ação de processos químicos. Na obra Traité Élémentaire de Chimie (1789), propôs uma nomenclatura química sistemática e racional.

Ao mesmo tempo que se dedicava aos seus estudos científicos, Lavoisier empenhava-se na intervenção política,que era, naquele momento (a Revolução Francesa), um campo de acção particularmente atraente. Foi suplente de deputado nos Estados Gerais de 1789, tendo sido depois nomeado, sucessivamente, membro da comissão incumbida de estabelecer o novo sistema de pesos e medidas, e secretário do Tesouro. O clima político e social da França era conturbado. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale (sistema criado para a cobrança de impostos)  não eram  bem visto pela população e  trouxe-lhe a fama de corrupto. Caiu em desgraça na Revolução Francesa, iniciada em 1789. Lavoisier foi preso e acusado de desvio de dinheiro público. Julgado culpado, foi guilhotinado, aos 50 anos de idade.

Antoine Laurent de Lavoisier. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

Antoine Lavoisier
Arquivo: Antoine Lavoisier color.jpg

Antoine Lavoisier e a sua esposa - Jacques-Louis David
Arquivo: Retrato de Antoine-Laurent Lavoisier e sua wife.jpg

File:Lavoisier humanexp.jpg
Experiência de Lavoisier sobre a respiração humana

08
Mai18

08 de Maio de 1945: A Segunda Guerra Mundial termina oficialmente na Europa.

António Garrochinho


A Segunda Guerra Mundial termina oficialmente na Europa no dia 8 de Maio de 1945, às 23h01, no dia seguinte à capitulação da Alemanha nazi, assinada na véspera em Reims (nordeste da França).


O resultado final da guerra começou a desenhar-se em Estalinegrado em Fevereiro de 1943 quando o Exército Vermelho quebrou a espinha dorsal da Wehrmacht, dando início a uma gigantesca contra-ofensiva. E o quadro consolidou-se quando as tropas anglo-americanas desembarcaram na Normandia em Junho de 1944, abrindo uma poderosa frente ocidental.


Quando as tropas soviéticas já se encontravam em Berlim, Hitler, isolado no seu bunker, suicidou-se a 30 de Abril. Coube ao seu sucessor, o almirante Doenitz, determinar a cessação dos combates contra os soviéticos e os anglo-americanos.


Karl Doenitz envia o general Alfred Jodl, chefe do Estado Maior da Wehrmacht, a Reims, França, ao quartel-general das forças aliadas do general Dwight Eisenhower, a SHAEF (Supreme Headquarters Allied Expeditionary Force), instalado, desde Fevereiro de 1945, no grande edifício de tijolos vermelhos da Escola Profissional de Reims. O estabelecimento tem na actualidade  o nome de Liceu Roosevelt e a sala de capitulação transformou-se num museu público.



O general Alfred Jodl assina em 7 de Maio de 1945, às 02h41 da madrugada, a capitulação incondicional da Alemanha. Alguns meses mais tarde, ele seria denunciado ao Tribunal de Nuremberga e condenado à morte por ter dado ordens contrárias ao direito internacional, ou seja, mandado executar reféns e prisioneiros de guerra. Seria enforcado em 16 de Outubro de 1946.


Do lado dos vencedores, a acta de capitulação foi assinada pelo general Walter Bedell-Smith, chefe do Estado-Maior do general Eisenhower e pelo general soviético Ivan Susloparov. O general francês François Sevez, adjunto do general Juin e chefe do Estado Maior da França Livre foi convidado a assinar no final da cerimónia na qualidade de simples testemunha.

Na ausência de um oficial general alemão de hierarquia igual à sua, o general Eisenhower preferiu aguardar no seu posto de comando. Porém, coube a ele o anúncio radiofónico da vitória, às 03h39 da madrugada, na sala da assinatura. A cessação dos combates foi fixada para o dia seguinte, 8 de Maio, às 23h01, tempo suficiente para que as ordens necessárias pudessem ser comunicadas a todas as unidades. No entanto, centenas de tropas alemãs resistiriam além dessa data, nomeadamente na praça-forte de Saint-Nazaire.


Para Estaline, contudo, não era suficiente que a capitulação tivesse sido assinada em Reims, na zona ocupada pelas forças anglo-americanas. Era necessário também que fosse ratificada em Berlim, no coração do III Reich, acessoriamente na zona de ocupação soviética.


Esta formalidade teve lugar em 8 de Maio de 1945, às 15h00, no quartel general das forças soviéticas do marechal Zhukov, no bairro de Karlshorst.


As três Forças Armadas alemãs foram representadas pelo general-brigadeiro Hans Juergen Stumpff, comandante-em-chefe da Luftwaffe, o marechal Wilhelm Keitel, chefe do Estado-Maior da Wehrmacht e o almirante Hans Georg Von Friedeburg, da Kriegsmarine.


Após este acto de capitulação os chefes de Estado e de governo aliados puderam anunciar, praticamente ao mesmo tempo, em emissões radiofónicas a cessação oficial das hostilidades na Europa. Nos Estados Unidos, o anúncio da vitória coube ao presidente Harry Truman, visto que o  seu predecessor Roosevelt falecera havia menos de um mês em 12 de Abril de 1945.


A guerra não terminava com a capitulação da Alemanha nazi. O Japão do imperador Hiroito, aliado de Hitler no Eixo, dava sequência a um desesperado combate contra as tropas norte-americanas no sudeste do Pacífico. Duas explosões atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 8 de Agosto de 1945, levaram o Império do Sol Nascente à capitulação.


E foi somente com esta capitulação do Japão em 2 de Setembro de 1945, quatro meses depois daquela da Alemanha, que a Segunda Guerra Mundial teve verdadeiramente fim.


Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Instrumento de rendição alemã assinado em Reims em 7 de Maio de 1945

Primeira página do The Montreal Daily Star anunciando a rendição alemã

08
Mai18

CGTP-IN solidária com a luta dos médicos

António Garrochinho


luta medico










A CGTP-IN saúda a Greve dos Médicos que se realiza nos dias 8, 9 e 10 de Maio e expressa a sua solidariedade a todos os profissionais em luta pela melhoria das suas condições de trabalho, a valorização das carreiras médicas e a elevação da qualidade da prestação de cuidados de saúde à população.
Esta greve só tem lugar por manifesta falta de vontade política do Governo em responder, atempadamente, a um conjunto de problemas que afectam os médicos e os utentes do Serviço Nacional de Saúde.
A continuada degradação de alguns serviços públicos de saúde justifica e exige que o Governo abandone a obsessão pela redução excessiva do défice, responsável por muitos dos problemas existentes neste sector, e tome as medidas necessárias para dar mais atenção às propostas dos médicos e às necessidades e anseios dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Mais do que falar na importância do SNS é preciso implementar medidas que respeitem, valorizem e estimulem os médicos a permanecer no Serviço Público de Saúde e assegurar políticas que defendam e reforcem a capacidade deste serviço, indissociável do bem-estar e longevidade da população portuguesa.
O Serviço Nacional de Saúde precisa de mais médicos para que todos os utentes tenham direito a médico de família, e que estes profissionais tenham o tempo necessário de atendimento aos utentes, com a atenção que merecem, nas consultas nos hospitais e centros de saúde.
A CGTP-IN reafirma a sua solidariedade às organizações representativas dos médicos, nomeadamente a FNAM, e exorta os trabalhadores e o povo português a apoiar esta luta, que também é nossa, pela defesa e melhoria do Serviço Nacional de Saúde.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 07.05.2018
08
Mai18

44% não conseguiam pagar uma semana de férias fora de casa

António Garrochinho


Este é um dos indicadores utilizados pelo Instituto Nacional de Estatística para calcular a taxa de privação material que, em 2017, atingiu 18%. As mulheres idosas continuam a ser as mais atingidas.
Em 2015, data dos primeiros dados disponibilizados, a percentagem de portugueses que não conseguiam fazer uma semana de férias fora de casa por razões económicas era de 51,3%. A redução nos últimos dois anos foi de sete pontos percentuais.
Já a percentagem dos que não conseguem manter as suas habitações adequadamente aquecidas sofreu um redução mais ligeira. De 23,8% em 2015 passou para 20,4% em 2017.
Para além destes indicadores revelados hoje pelo INE, destaca-se ainda que 36,9% não tinham capacidade para fazer face a uma despesa imediata sem recorrer a um empréstimo. Em 2017, 3% dos portugueses não conseguiam garantir uma refeição de carne ou peixe, pelo menos, a cada dois dias.
A taxa de privação material, de acordo com os cálculos do INE, situou-se em 18% em 2017, menos 1,5 pontos percentuais do que no ano anterior e menos 7,7 pontos percentuais que em 2014.
As mulheres com mais de 65 anos continuam a ser quem mais sofre de privação material. Os idosos, de ambos os sexos, foram a única parte da população cuja taxa de privação material subiu no último ano, em comparação com 2016.


www.abrilabril.pt
08
Mai18

É PRECISO O FACEBOOK ?

António Garrochinho



Ag. Lopes

Não, não é preciso para nada. A manipulação da opinião pública em curso pela generalidade da comunicação social portuguesa, em torno dos acontecimentos no Reino Unido e na Síria, demonstra que o Facebook é desnecessário.
Sem qualquer pejo ou sentido de ética profissional, sem qualquer esforço para confrontarem as fontes noticiosas, sem qualquer atenção ao que algumas (muito) poucas vozes insuspeitas vão afirmando, repetem todas as atoardas e «fake news» que o imperialismo e o terrorismo Daesh ou israelita semeiam.  
Uma pérola.
Na Revista do Expresso de 24MAR18, Paulo Anunciação (em Londres, logo apto a reproduzir toda a campanha da 1ª Ministra May) assinou «O Veneno que veio do frio» com generalidades que copiou dos jornais ingleses. Mas o trabalho de investigação (não se garante que não seja também uma cópia) é o texto/caixa, em fundo verde, sob o título: «Fazer frente a Putin faz mal à saúde». E sob esse título, descobre 16 cadáveres! «Nas duas últimas décadas, 16 pessoas com ligações mais ou menos estreitas à Rússia, tiveram mortes no Reino Unido que levantaram suspeitas». Faz a nomeação dessas personagens com uma síntese biográfica e a avaliação «policial» da morte. Vê-se que leu muita literatura policial e de espionagem, o que não admira residindo na terra de Sherlock, Christie e Carré! Segundo Paulo, as 16 personagens fizeram frente a Putin, que lhes mandou arrefecer o céu-da-boca. Mesmo se a relação com Putin era por via dos amigos dos sócios dos amigos de Putin. Mas o admirável é que a polícia britânica não corrobora nenhuma das suspeitas de Paulo. E o Anunciação não tira uma ou duas conclusões que se impunham: ou estamos perante uma das polícias mais incompetentes do mundo e/ou está comprada pelo Putin!
Não há espaço para outras amostras. Como a da jornalista do Público (09ABR18): «O regime sírio nunca admitiu atacar a sua população com armas químicas, mas já o fez várias vezes no passado, como confirmam as Nações Unidas, em diferentes relatórios, e a União Europeia», mostrando saber mais que o general James Mattis, secretário norte-americano da Defesa que, a 02FEV18, declarou à Reuters: «(mas) não tenho provas». O que depois confirmou à Newsweek (1). Ou do locutor da SIC (09ABR18), declarando a condenação pela «comunidade internacional» dos ataques do Governo sírio em Douma, tão curto é o seu mundo.
«Desconhecem» que esta nova provocação contra o Estado Sírio era há semanas conhecida, na sua articulação com o golpe de Teresa May do espião russo, que por acaso era espião inglês (1). Acontecimento que teve pelo menos uma utilidade: os media portugueses descobriram outra vez que Corbyn, líder dos Trabalhistas, estava vivo!
Grandes tragédias das últimas décadas foram perpetradas após grosseiras provocações. O incêndio do Reichstag pelos nazis de Hitler, que precedeu o seu assalto ao poder. O ataque no Golfo de Tonkin e a criminosa guerra contra o Vietnam. E, bem próxima de nós, está a exibição das «armas de destruição massiva» para justificar a destruição do Iraque e o que se lhe seguiu!
Mas não queremos aprender nada!
  1. Artigo «O lado oculto das matanças de Ghuta», de José Goulão, AbrilAbril, 12MAR18     
    foicebook.blogspot.pt 
08
Mai18

A OPINIÃO DE OUTROS - Amigos, amigos da onça, ratos de porão e outras ratas…

António Garrochinho


Quase me tinha imposto não escrever nada acerca do caso de José Sócrates por achar que é, pelo voyeurismo, um enxovalho á sã convivência numa civilização que se quer apresentar como razoável, mas eis que surge um gatilho que se mostra impossível de não ser acionado… chama-se tal “trigger” Fernanda Câncio.
O mediatismo do caso Sócrates é uma indecência à luz do direito e uma condenação na praça publica. A praça publica sabemos até, que crucificou Jesus Cristo, por isso bem sabemos da sua histeria e vontade de sangue. Portanto quanto a isso não há muito a dizer, todos os que têm dois palmos de testa sabem que é assim, como sabem também quão errada foi a crucificação de Jesus Cristo, segundo a Bíblia, para os que nele ainda hoje acreditam.
Desde já faço uma declaração de interesses, eu esquerdista convicto, acho que só houve um primeiro ministro pior que Sócrates, que foi Passos Coelho, não pelo que fizeram como primeiro-ministro, por estranho que pareça… mas pelas ideias que subjazem à sua filosofia politica, muito mas muito à direita para o meu gosto.
Como tal este texto não é uma defesa de Sócrates, acerca do qual não sei se é culpado ou inocente do que o acusam, nem isso me interessa para já, porque apenas depois de saber o que quem o acusa é capaz de provar ou não, terei opinião sobre tal assunto.
Sei é de fonte segura, que o que eu sei sobre Sócrates não daria para acusá-lo e ainda menos para julgá-lo. Não sei se tal desconhecimento advém de eu ser muito burro quando me comparo com quem sabe tudo sobre ele, apesar de com os mesmos meios que eu, ou se por ser apenas prudente e  mais avisado que os absolutamente sabedores.
Escalpelizemos, pois, as palavras que escolhemos para título…
Amigos:
Segundo o dicionário é, de entre muitas coisas outras, mais especificas, aquele que inspira simpatia, amizade ou confiança ou aquele que ajuda e favorece.
Diz-nos a nossa cultura judaico-cristã que amigo é aquele que ajuda sem querer nada em troca, diz mesmo que quem ajuda com o fito no recebimento de ganho futuro não é amigo e é um grande interesseiro. Isto para dizer que tendo uma pessoa possibilidades e outra pessoa necessidades não vejo, nem vê o catecismo católico que inspira tanta gente, essa abnegada ajuda sem querer nada em troca de uma pessoa a outra com maus olhos, menos ainda se são amigos de longa data e relações muito próximas.
Errado até perverso e éticamente condenável é todos julgarem que não há amigos que ajudam sem querer nada em troca e que a busca do beneficio próprio é única constante nas relações.
Mas se assim é, para que se fala de ética ou moral? Eu já tive, perante a dificuldade, a ajuda financeira de muitos amigos, acredito que quem me ajudou não esperava nada em troca que não a devolução, sendo-me ela possível, dos montantes que me emprestaram… a alguns ainda não devolvi e eles mantém-se meus amigos e eu mantenho-me com a vontade ética de devolver os valores e de ser seu amigo.
Sobre a medida das necessidades, que é outra faceta da critica a Sócrates,  direi que cada um terá a sua, para uns será o suficiente para comida e para outros o suficiente para usar fatos Armani e viver e estudar em Paris… não quero ter superioridades morais miserabilistas e achar que ajuda digna é só a que tira da miséria ou da fome.
Deixo uma frase de Séneca para enquadrar o que eu digo, imaginando que todos os pobres merecerão ajuda:
“Pobre não é aquele que tem pouco é aquele que precisa muito”.


Amigos da onça:
Sobre estes amigos, reza também o dicionário que são aqueles que parecem amigos, mas não são,  querendo, ainda assim, aproveitar-se do que a aparente amizade, que propalam aos sete ventos, pode aportar de ganhos para si. Mas quando essa relação os pode beliscar, aos olhos de outros, querem apagar todo o envolvimento anterior e até acusar de falhas morais e éticas os que antes bajulavam como amigos, dizendo-se agora enganados.
Este grupinho de indigentes da moral e da ética são, digo eu, uns MERDAS. Não sei se Sócrates terá lidado com alguns destes ou não, mas parece-me que sim.

Ratos de porão:
Como não encontro uma definição nos dicionários para este nome, socorro-me do que ouço do povo quando diz que os ratos são os primeiros a abandonar o barco quando este se afunda.
Estão neste caso, em relação a José Sócrates, muitos dos que foram seus correlegionários e até ajudantes de campo (ministros) que nunca saíram em sua defesa, mesmo quando aquilo a que foi sujeito o justificava largamente, já que era também a defesa do estado de direito que estariam a promover.
Sim, eu acho e achará todo o cidadão não movido por ódios a Sócrates, que o comportamento aberrante do MP, do Juiz Carlos Alexandre e de muitos comentadores nos meios de comunicação social, teriam justificado um manifestar de opinião, sobre os procedimentos processuais, por parte do partido socialista, de que Sócrates era destacado militante, mesmo por parte dos membros do governo com responsabilidades nas áreas da justiça envolvidas (ministro da administração interna, ministro das finanças, ministra da justiça e primeiro ministro) e não o costumeiro refugiar na frase batida de “ à politica o que é da politica e à justiça o que é da justiça”.
Sim, tem de ser a política a balizar, é-o quando legisla, os limites/comportamentos dos aplicadores/promotores da justiça. Ficar calado perante a indignidade é ajudar o mais forte quando este se constitui como Juíz e Carrasco e atira um presumível inocente para as garras e dentes do povo.
O que defendo não é que viessem dizer que ele não é culpado, não é dessa defesa que eu falo, embora até a compreenda em amigos e familiares, porque essa inocência ou culpa cabe aos Tribunais apurar e só conta quando das sentenças já não houver mais possibilidade de recurso.
Sei que a inocência até transito em julgado é também uma frase batida, mas nenhum estado de direito pode, em nenhuma altura, afastar-se deste preceito fundador do direito que subjaz à nossa civilização/justiça.
Então como ratos do porão classifico todos os que de forma mais clara ou mais velada foram abandonando José Sócrates à sua sorte numa luta tão desigual como aquela a que qualquer cidadão é sujeito quando tem de enfrentar a máquina judicial do estado, quase sem limite de meios para acusar, quando comparada com um qualquer cidadão no que toca a defender-se. Falamos de meios humanos, financeiros e prazos, o que configura um claro inclinar do campo em benefício do acusador.
Como não me tenho por covarde digo nomes, nestes de quem falo incluo António Costa, Carlos César, Santos Silva, João Galamba e a guerrilheira Ana Gomes com as suas lutas de guerrilha umas vezes justas outras completamente alucinadas e sem nexo. Depois há mais uns coios  d`indigentes que gravitam pelo partido, dentro e fora dele, mas que não contam para o totobola.
Outras ratas:
Chegamos por fim às outras ratas, perdoe-se-me a brejeirice, sim é com o significado popular que uso o termo rata porque ele define um sexo e no caso o do tal gatilho que despoletou esta minha vontade de escrever este texto, a Fernanda Câncio .
Tudo porque a Fernanda Câncio, pessoa de quem costumo ler as opiniões e até maioritariamente concordar, além de ser mulher é também das que perante o eventual naufrágio do barco de Sócrates se mostra agora disposta a abandonar, como os ratos, esse mesmo barco.
Esse abandonar do barco podia apenas fazer dela uma simples rata de porão, não tivesse ela sido beneficiária liquida dos gastos de José Sócrates, coisa indesmentível quando sabemos, por ela, que nunca pagou nenhuma das suas férias, das que fizeram em conjunto, que nunca se preocupou, nessa altura, com a ética que agora parece exigir ao antigo namorado ou amante, ou lá o que teriam sido, ao não questionar a origem de tais fundos ou até mesmo do beneficio em si… pois este beneficio resulta de uma ligação emocional que não será muito diferente da amizade.
Sim, o dicionário, numa das definições de amigo, daquelas mais especificas, encontra nos namorados, amantes e amásios sinónimos .
Uma pessoa tão adepta da igualdade de direitos entre géneros, até feminista e articulista virtual nesse grupo de senhoras feministas que se chama Maria Capaz, como se acomoda sem questionar a tal boa vida?
Sim, essa boa vida que ela agora questiona em Sócrates por uma parte dessa vida ter sido feita em cima de empréstimo ou doações do amigo Carlos Santos Silva, quando a boa vida dela, Fernanda, era também doada por José Sócrates.
Não se me consta que ambos alguma vez tivessem tido contas conjuntas e mesmo que as tivessem tido então seria igualzinha a Sócrates, no que é éticamente reprovável, ao aceitar de Sócrates o que este aceitava do amigo, para tais ajudas ao bem-estar de ambos.
Entendo, com tolerância, que alguém que é intelectualmente e psicologicamente menos resistente do que José Sócrates, quando visada, perante a novela indecente que nos foi colocada diante pelas miseráveis televisões e seus miseráveis jornalistas, não tenha a capacidade de resistir ao esforço e queira por todos os meios desculpar-se por ter sido beneficiária líquida do que ora critica. É típico dos fracos emocionalmente e nos de ética questionável.
Usando um calão de aldeia recomendado na minha juventude, nas discussões entre vizinhas desavindas é o chama-lhe PUTA antes que ela te chame a TI.
A Sócrates deixo um conselho: escolha mais amigos e menos amigos da onça, selecione melhor os ratos que leva para o barco e sobretudo escolha bem as ratas da vida.

www.dinisjesus.pt
08
Mai18

O (im)previsível Marcelo

António Garrochinho


 
Marcelo Rebelo de Sousa apareceu, (naquele) sábado, dizem que de surpresa, no Congresso do PSD e animou e levantou o Coliseu de Lisboa com um discurso que ele próprio considerou emotivo e que a imprensa jura que falou da história do partido.  Por mim, mais diria que, com hábil mestria, descreveu o processo camaleónico de como o seu partido tem vindo a impor o rumo ao País. 

Revendo o discurso de há quatro anos, ele dá todo o sentido à posição declarada há poucas horas, "Se não houver Orçamento aprovado, aí coloca-se um problema muito complicado, que seria o reinício do processo orçamental, e provavelmente aí teria de se pensar duas vezes sobre se faz sentido não antecipar as eleições" 
Ele, não é parvo. E já lançou os dados.


 conversavinagrada.blogspot.pt
08
Mai18

Corrupção, ideologia e ética

António Garrochinho


(Carlos Esperança, 08/05/2018)
corruptos
A corrupção é suscetível de atravessar todo o espetro partidário, mas a sua incidência é mais marcada em partidos que ocupam o poder, dependendo a perceção da liberdade de informação, que só os regimes pluripartidários consentem, enquanto a ética assume um carácter mais pessoal, havendo, em qualquer partido, pessoas impolutas e venais.
As necessidades de financiamento partidário e a proximidade dos grupos económicos, com porta giratória entre os governos e as empresas, promovem a corrupção, enquanto a perceção depende da comunicação social e, sobretudo, dos interesses que ela defende.
O poder judicial devia ser o garante da investigação imparcial e do julgamento isento de todos os crimes, sem prejuízo do julgamento político que cabe à AR e aos cidadãos, mas a promiscuidade que parece haver entre alguns agentes e a comunicação social tem sido motivo de preocupação com a eventual politização da Justiça.
O que não se pode aceitar é a colossal campanha de intoxicação desta direita, que deseja decidir quem deve governar. Pode a pressão mediática amedrontar o próprio PS, este a quem a direita não perdoa o apoio do BE, PCP e PEV, pode o ‘bullying’ atemorizar os próprios dirigentes, pode a direita enredada nos maiores escândalos do regime esconder os seus com o ruído, o que a esquerda não pode é pactuar com a campanha dos adversários que chamam a si os piores trânsfugas e os maiores oportunistas, desde António Barreto, a Zita Seabra de calças que não foi a cursos de cristandade do Opus Dei, até aos antigos militantes do MRPP que cumpriram o papel provocatório e hoje, como então, estão ao seu serviço.
Basta ver os rostos dos grandes corruptores, que aqui deixo, e saber quem são, ou eram, os seus amigos. É preciso topete para a D. Cristas exigir desculpas por quem ainda não foi julgado, numa atitude que se compreende em quem ignora como tem sido financiado o seu partido e o mal que fez em assinar a resolução do BES na mais pura ignorância e a pedido de uma colega de Governo.
Esta direita prenhe de virtude, que julga que a esquerda necessita de nascer duas vezes para ser mais séria de que ela, é incapaz de autocrítica.
Quando um cidadão admitiu que ganhou de um banco aldrabão um lucro de 132%, com ações não cotadas em Bolsa, se as pagou, e ocupou os mais altos cargos da República; quando o gestor de uma empresa falida que recebeu mais de 6 milhões de euros que, por comprovada burla, a UE viria a exigir a devolução, e ignorava que era preciso pagar à Segurança Social, se tornou PM; quando um gestor de uma empresa de sondagens falida fraudulentamente admitiu, com candura, que não tinha recibos porque eram estudantes os assalariados, e chegou a vice-primeiro-ministro; quando o banqueiro do PSD chegou a líder do BPN e o do regime, dono do BES, ajudou a preparar em sua casa a primeira candidatura vitoriosa de Cavaco a PR, reunindo aos dois casais o do ex-PM cúmplice da invasão do Iraque e o do PR seguinte, há coincidências a mais num país a menos.
E há, como se vê, descaramento em excesso.

estatuadesal.com
08
Mai18

António Paixão demite-se do Comando Nacional da Proteção Civil

António Garrochinho

O comandante António Paixão demite-se do Comando Nacional da Proteção Civil, apenas cinco meses depois de tomar posse.
Segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI), o coronel António Francisco Carvalho da Paixão "pediu a exoneração do cargo por motivos pessoais". Contudo, o JN apurou que António Paixão não terá sentido apoio por parte do Governo nalgumas orientações estratégicas.
O coronel José Manuel Duarte da Costa foi designado pelo secretário de Estado da Proteção Civil para exercer as funções de comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), substituindo no cargo o coronel António Paixão.
"O secretário de estado da Proteção Civil, José Artur Neves, designou o Coronel Tirocinado José Manuel Duarte da Costa para exercer as funções de Comandante Operacional Nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, sob proposta do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Tenente-General Carlos Mourato Nunes", refere o documento.
"O diálogo com o coronel Paixão era extremamente difícil"
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses assegura, ao JN, que "o diálogo com o coronel Paixão era extremamente difícil" e aplaude a escolha do coronel José Manuel Duarte da Costa para o substituir. Apesar da proximidade do verão, Jaime Marta Soares considera que "os benefícios que a mudança traz superam as dificuldades".
Marta Soares afirma que António Paixão "não tinha as qualidades necessárias" para o cargo e que "terá percebido a tempo que não tinha o perfil adequado".
O dirigente da Liga confirma ainda que na sexta-feira passada se realizou uma reunião em que o então comandante nacional apresentou propostas que não agradaram ao representante das associações de bombeiros, mas considera que esse não foi o motivo da demissão.
A RTP3 avançou que Paixão saiu em rota de colisão com as estratégia do Governo.
José Duarte da Costa, Chefe do Estado Maior do Comando das Forças Terrestres
O MAI salienta que José Duarte da Costa, Chefe do Estado Maior do Comando das Forças Terrestres, é responsável pelas áreas de planeamento e execução da atividade operacional da componente terrestre das Forças Armadas.
"Neste âmbito, é responsável pela implementação de soluções organizacionais respeitantes ao emprego dos recursos humanos, materiais e financeiros em missões militares, sejam elas ligadas à capacidade de combate ou à capacidade de continuadamente executar missões de apoio militar de emergência e de apoio ao desenvolvimento e bem-estar das populações, no suporte e aconselhamento do processo de decisão dos Chefes Militares", frisa o documento.
"Neste aspeto salienta-se o planeamento das ações de emprego dos meios e capacidades do Exército no combate aos incêndios em apoio à ANPC", acrescenta.
António Paixão esteve cinco meses no cargo
António Paixão pediu a exageração do cargo para o qual entrou em funções no início de dezembro de 2017, há cerca de cinco meses, tendo na mesma altura sido nomeada para cargo de segundo comandante Patrícia Gaspar, que era adjunta de operações nacional da Proteção Civil.
António Francisco Carvalho da Paixão, oficial de carreira da Guarda Nacional Republicana, comandou o Batalhão de Operações Especiais, integrou os contingentes da GNR destacados para Timor-Leste e foi o primeiro comandante do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, tendo sido ainda oficial de segurança da Assembleia República e atualmente estava à frente do Comando Territorial de Lisboa daquela força de segurança.
A 14 de setembro de 2017, Rui Esteves pediu a demissão de comandante operacional nacional da ANPC, com o tenente-coronel Albino Tavares a assumir o cargo interinamente, até à entrada em funções de António Paixão.
O tenente-general Mourato Nunes, antigo comandante-geral da GNR, tomou posse como presidente da ANPC em 09 de novembro do ano passado.
Todo este processo de alterações na estrtura da ANPC ocorreu na sequência dos dois trágicos incêndios de 2017, os maiores registado em Portugal e que provocaram mais de 115 mortos e centenas de feridos, bem como avultados danos materiais.


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