Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

09
Mai18

Morte de Marielle Franco foi planeada por um político e o chefe de uma milícia, diz testemunha

António Garrochinho


Uma testemunha ouvida pela polícia brasileira acusa o vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano e o ex-polícia militar Orlando Oliveira de Araújo de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, acusação refutada pelo político.
De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, a motivação do crime, segundo o depoimento da testemunha, foi a realização de acções comunitárias por parte Marielle Franco em áreas sob influência de uma milícia na zona oeste da cidade.
A vereadora foi morta com quatro tiros na cabeça na noite de 14 de Março. No ataque, o motorista Anderson Gomes também morreu e uma assessora da vereadora ficou ferida sem gravidade.
De acordo com O Globo, a testemunha disse que foi forçada a trabalhar para Orlando Oliveira de Araújo e deu pormenores de como a execução da vereadora foi planeada.
As conversas entre o ex-polícia militar e Siciliano teriam começado em Junho do ano passado.
Marielle Franco foi assessora do deputado estadual Marcelo Freixo durante a Comissão Parlamentar de Inquérito às Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O jornal diz que a testemunha deu três depoimentos à Divisão de Homicídios, dando informações sobre datas, horários e reuniões entre Siciliano e o ex-polícia, que actualmente está preso numa penitenciária na zona oeste do Rio de Janeiro.
A testemunha também forneceu os nomes de quatro homens escolhidos para o assassínio, agora investigados pela polícia.
Ainda segundo O Globo, a testemunha contou que, um mês antes do atentado contra Marielle Franco, Orlando Oliveira de Araújo deu a ordem para a execução do crime a partir da sua cela.
O depoimento também cita que o ex-polícia é "dono" da favela Vila Sapê, em Curicica, também na zona oeste do Rio de Janeiro, que trava uma guerra com os traficantes da Cidade de Deus.
Segundo a testemunha, a vereadora passou a apoiar os moradores da Cidade de Deus e "comprou uma briga" com o ex-polícia e o vereador Siciliano, que tem uma parte do seu reduto eleitoral na região.
"Expresso aqui meu total repúdio a acusação de que eu queria a morte de Marielle Franco. É totalmente falsa. Não conheço Orlando da Curicica e acho uma covardia tentarem incriminar-me dessa forma”.
“Marielle, além de colega de trabalho, era minha amiga. Tínhamos projetos de lei juntos. Essa acusação causa um sentimento de revolta por não ter qualquer fundamento. Eu, assim como muitos, esperava que este caso fosse elucidado o mais rápido possível. Agora, desejo ainda mais celeridade", disse o vereador o comunicado.


www.publico.pt
09
Mai18

VÍDEO - O FIM DO SONHO AMERICANO - NOAM CHOMSKY - Em uma série de entrevistas abrangendo quatro anos, o crítico social Noam Chomsky discute como a concentração de riqueza e poder entre uma pequena elite polarizou a sociedade americana e provocou o d

António Garrochinho

09
Mai18

A TORTURA MEDIEVAL

António Garrochinho

TORTURA MEDIEVAL: BERÇO OU CADEIRA DE JUDAS


tortura medieval
O Berço ou Cadeira de Judas era um dispositivo em formato piramidal feito de madeira sobre o qual ficava exposta a vítima, que era amarrada, suspensa e progressivamente baixada até que o ânus, a vagina ou testículos entrasse em contato com a ponta do instrumento. A intensidade da dor infligida pelo sistema de tortura poderia ser alterada de várias maneiras: A vítima poderia ser balançada sobre a pirâmide, repetidamente deixada cair sobre o dispositivo, poderia ter azeite espalhado sobre a pirâmide para proporcionar um deslizamento no contato com a pele ou ainda poderiam ser utilizados pesos de latão presos nas pernas do(a) infeliz que viesse a ser submetido(a) a este horror.
Era comum deixar a vítima suspensa sobre o aparato torturante durante uma noite inteira para prolongar o sofrimento até que as seções com movimentos e contatos fossem reiniciadas no dia seguinte – a agonia poderia se estender por vários dias. O aparelho geralmente não era submetido a limpeza e as vítimas não morriam necessariamente em decorrência de ferimentos sofridos, mas podiam contrair infecções motivadas pelo tempo prolongado de contato com dispositivo. Sempre que a vítima desmaiava de dor, o torturador a erguia até que voltasse a despertar e novamente para que fosse retomado o processo. Além da dor agonizante, a humilhação era outro fator de “utilidade” do aparelho, além do justificável desespero que significava a mera ameaça de uso do equipamento.
O Berço de Judas foi utilizado pela Inquisição em vários países diferentes e possuía nomes variáveis em cada lugar. Na Itália, ele era conhecido como “Culla di Giuda”, na Alemanha “Judaswiege”, e na França “La Veille”, mas foi na Espanha que seu uso foi mais praticado.

TORTURA MEDIEVAL – O “PÔNEI”


Cavalo de Madeira, Pônei ou Burro Espanhol
Cavalo de Madeira, Pônei ou Burro Espanhol
Variação de dispositivos de tortura que já eram utilizados no Império Romano e que, por meio de “melhorias”, passou a ser empregado com maior intensidade durante a Idade Média, chegando a ser utilizado por colonizadores nas Américas e tendo uso registrado até na Guerra Civil Americana. Sua estrutura básica era formada por um segmento de tronco serrado de maneira que sua extensão tomasse forma triangular e era utilizado principalmente para torturar mulheres, que ficavam sentadas sobre o aparelho e usualmente recebiam pesos nos tornozelos para propiciar desconforto ainda maior.

TORTURA MEDIEVAL – A CADEIRA DE FERRO


576824_338046206321000_1269390437_n
Eram variados os modelos de cadeiras de espinhos, que cobriam as costas, braços, nádegas, pernas e os pés. O número de espinhos metálicos variava entre 500 a 1.500.
Em algumas versões do instrumento de tortura havia buracos em baixo da cadeira onde o torturador colocado carvão em brasa para causar queimaduras graves. Em outras versões pesos eram colocados nas coxas ou pés da vítima para forçar a penetração dos espinhos. Também existiam modelos com no encosto de cabeça. Determinadas variações possuíam verdadeiros espetos que penetravam em órgãos vitais ou causavam sangramentos mortais.
Utilizar a cadeira de ferro era uma prática comum para extrair uma confissão, inclusive forçando-se uma vítima assistir outra sendo torturada com esse instrumento.

TORTURA MEDIEVAL: PERA DA ANGÚSTIA


574653_340938109365143_1153467179_n
Esta tormentosa e sofisticada peça de tortura também era conhecida como “Pera da Confissão”, “Pera do Papa” (nomes atribuídos em função do fato de ter sido dispositivo utilizado durante a Inquisição) ou ainda poderia ser identificada como “Pera Bucal”, “Pera Vaginal”, “Pera Anal” ou simplesmente como “A Pera”.
Tratava-se de um instrumento em forma de pera composto por quatro faces que eram lentamente separadas umas das outras a partir da engenhosa articulação acionada por um parafuso giratório disposto na parte superior da geringonça. O artefato foi utilizado durante a Idade Média como instrumento de tortura empregado preferencialmente contra mulheres que realizaram abortos, contra os mentirosos, os blasfemos e muitos homossexuais. O aparelho costumava ser inserido em um dos orifícios da vítima: a vagina para as mulheres, o ânus para aqueles considerados homossexuais masculinos e a boca no caso dos mentirosos e blasfemos.
A pera provocava insuportáveis dores e lesões ao se expandir no interior das vítimas, mas geralmente não era letal e costumava ser empregada em seções que envolviam usos de outros instrumentos. Há casos nos quais o dispositivo foi empregado como uma espécie de mordaça mecânica (há quem acredite até que este foi o objetivo inicial de sua invenção).

09
Mai18

BICICLETAS DE GUERRA

António Garrochinho


Hoje os espaços para as bicicletas são reivindicados em grandes cidades, que necessitam garantir ciclovias e ciclofaixas para a circulação de pessoas em suas “bikes” como uma sustentável e saudável opção de transporte. Muitos brasileiros já utilizam as bicicletas no deslocamento diário para o trabalho também como opção ao precário e caro serviço de transporte coletivo ou como forma de evitar o caos do trânsito automotivo. Também é crescente o volume de ciclistas que aderiram ao uso das bicicletas como forma de garantir um exercício físico divertido e produtivo através de passeios coletivos noturnos e nos fins de semana. Muitos nem imaginam o uso das bicicletas (além de triciclos e quadriciclos) para finalidades militares, mas elas também tiveram utilidade em campos de batalha (apesar de imaginarmos que isso pareça estranho hoje em dia). Aqui estão alguns modelos curiosos e interessantes.
29
Soldados finlandeses na Força de Paz da ONU no Chipre (1964)
28
Bicicleta suíça para artilharia pesada
27
Membros de tropa colonial do Congo Belga (1943)
26
Bicicleta dobrável britânica utilizada por paraquedistas durante a II Guerra Mundial
25
Pilotos da Força Aérea dos EUA utilizando bicicletas para agilizar o deslocamento pela pista até a chegada em suas aeronaves de grande porte (1942)
24
Bicicleta dobrável para paraquedista
23
Bicicleta dobrável projetada para uso por paraquedistas (1941)
22
Modelo de bicicleta Truppenfahrrad (Alemanha – Segunda Guerra Mundial)
21
Modelo de bicicleta Truppenfahrrad (Alemanha – Segunda Guerra Mundial)
20
Modelo de bicicleta Truppenfahrrad (Alemanha – Segunda Guerra Mundial)
19
Modelo de bicicleta Truppenfahrrad (Alemanha – Segunda Guerra Mundial)
18
Modelo de bicicleta Truppenfahrrad (Alemanha – Segunda Guerra Mundial)
17
Patrulha do exército da Finlândia em 1939
16
Membros de tropa ciclística alemã em desfile durante o 50º aniversário de Adolf Hitler (20 de abril de 1939)
15
Soldados húngaros em 1939
14
Modelos de bicicletas de combate no jornal The Illustrated War News (1917)
13
Combatentes alemães em 1915
12
Premier Nº 11, modelo de 1915
11
Modelo de bicicleta Pope utilizada na I Guerra Mundial
10
Modelo de bicicleta Pope utilizada na I Guerra Mundial
09
Soldados do batalhão de rifles da Itália durante a I Guerra Mundial (1915)
08
Infantaria ciclística alemã durante a I Guerra Mundial (1914)
07
Fuzileiros ciclistas (1910)
06
Quadriciclo com metralhadora de 7.62mm produzida por F. R. Simms (1899)
04
Triciclos armados (1896)
03
Membros da Army Bicycle Corps (EUA, 1896)
02
Bicicleta Pope (1892)
01
Bicicleta Premier (1888)


historiablog.org
09
Mai18

ESPANTOSO - FOTOS DO TRÂNSITO NUM DIA NORMAL EM TAIWAN

António Garrochinho


Um autêntico rio interminável de scooters e motos. A imagem quase parece uma montagem produto de fotochop, mas não é.Trata-se tão só de um dia normal de trânsito em Taipei, a capital de Taiwan. O país asiático tem um problema sobre rodas, e seu governo começou a tomar medidas para resolvê-lo. Taiwan tem 23,5 milhões de habitantes e quase 16 milhões de ciclomotores. Segundo dados do próprio Ministério de Transportes, no país há aproximadamente 7 scooters em média para cada 10 habitantes. Uma barbaridade!

A relação dispara em áreas urbanas mais povoadas, onde o número destes veículos é simplesmente avassalador.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 01
O recorde pertence a Kaohsiung, uma cidade de quase três milhões de habitantes em que a proporção de ciclomotores é de 830 para cada 1.000 habitantes.

VÍDEO

É precisamente na zona metropolitana de Kaohsiung onde normalmente se gravam estes fascinantes vídeos que afloram na Internet a cada certo tempo.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 03
Fotografias e vídeo mostram um rio de motociclistas apressados para seus trabalhos em horário de pico.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 04
Algumas ruas do centro de Taipei também mostram esse aspecto.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 05
As motos estão tão integradas na vida cotidiana do país que há quem coma ou inclusive medite sobre eles.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 06
O que para os habitantes do país é a vida corrente, para seu governo é um autêntico problema.

VÍDEO
Coisas boas todos os dias. Siga o MDig
Link do YouTube
15 milhões de motos são uma fonte de poluição atmosférica enorme, e os taiwaneses não parecem muito conscientizados com o transporte público, de modo que o executivo está incentivando a compra de scooters elétricos.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 08
O mais recente é o estabelecimento de mais de 20.000 estacionamentos exclusivos para scooters elétricos onde poderão estacionar de forma gratuita por dois anos.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 09
O rio de scooters seguirá, mas ao menos será um rio limpo.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 10

homem do pau.
Fotos do trânsito de um dia normal em Taiwan vão fazer você reconsiderar a palavra «congestionamento» 10
Curiosamente, na linha do tempo 1:03 do primeiro vídeo aparece um homem com um pau na mão (no bom sentido). Quem é esse homem e, mais importante, por que empunha um pau. Como curiosos que somos aqui na Redação do MDig, começamos a avaliar as possibilidades:
  • É a antena do rádio.
  • É um para-raios portátil.
  • É um cosplay de Darth Vader.
  • É uma espada laser apagada.
  • É um guarda-chuva, mas caiu a parte de cima e o motoqueiro não se deu conta.
  • É um pau de cego.
  • É um pau de selfie e o motoqueiro perdeu a câmera.

www.mdig.com.br
09
Mai18

Não tem vergonha.

António Garrochinho



 

Hoje a comentadora da antena 1 Helena Garrido brindou-nos , mais uma vez , com uma profunda e rigorosa análise . Para ela os problemas no Serviço Nacional de Saúde devem.se à falta de meios e de investimento . Ora segundo a dita economista isso deve.se ao facto de o governo ter feito uma reposição de rendimentos muito rápida acrescido do facto de ter abolido a sobretaxa.
Ao que consta Centeno riu a bom rir , Passos e Maria Luís aplaudiram , Rui Rio nem por isso pois  ainda recentemente disse que não havia dinheiro por o governo o ter metido na Caixa Geral de Depósitos e na Banca e Schauble ainda  não se pronunciou por não ter  a tradução oficial do complexo pensamento de H Garrido .
Quem fala assim com esta superficialidade e ligeireza  dos rendimentos dos outros devia mostrar ao público a sua declaração de impostos. Ponto final


foicebook.blogspot.pt

09
Mai18

Margarida Tengarrinha ganhou um voo de parapente no seu 90º aniversário

António Garrochinho

«Não quero morrer sem fazer parapente», tinha dito Margarida Tengarrinha à reportagem do Público, num artigo dedicado aos seus 90 anos bem vividos, que ontem se comemoraram. E no jantar (mais ou menos) surpresa que lhe promoveram esta segunda-feira, uma amiga ofereceu-lhe…um batismo de voo em parapente.
O original presente foi-lhe oferecido por Lurdes Pacheco, funcionária do Museu de Portimão, que tem trabalhado com Margarida Tengarrinha, por exemplo quando esta é voluntária na oficina de restauro e conservação da estrutura museológica algarvia.
«O meu sobrinho tem um centro de parapente e, quando eu li no jornal que a Margarida queria experimentar, pensei logo: é isto que vou oferecer!». E portanto, um dia destes, lá andará Margarida Tengarrinha pelos ares, a conhecer o seu Algarve a voo de pássaro.
O jantar de ontem, na Praia da Rocha, foi promovido por duas das suas amigas – Gisela Lima e Manuela Barra –, e contou com 80 pessoas, entre as quais as duas filhas de Margarida, Teresa Dias Coelho e Guida, que também estiveram na organização da festa.
Mas havia ainda amigas de infância e outras (e outros) mais recentes, membros do Partido Comunista, bem como autarcas, muitos membros dos Amigos do Museu de Portimão, do ICIA e da Universidade Sénior desta cidade, onde a aniversariante dá aulas de História de Arte. E até uma jornalista.
É que Margarida Tengarrinha, apesar dos seus 90 anos, não pára – foi resistente antifascista, antiga deputada e dirigente do PCP, é pintora, escritora, professora na Universidade Sénior de Portimão, sócia destacada do Grupo dos Amigos do Museu de Portimão, voluntária neste espaço museológico, lançou há pouco tempo mais um livro («Memórias de uma Falsificadora»)…e agora vai experimentar as emoções do parapente.
Muito feliz com a festa (mais ou menos) surpresa que lhe prepararam, Margarida recebeu também, como prendas, ramos de flores – com destaque para os cravos e para o ramo da espiga -, assim como teve direito a um bolo decorado com um cravo vermelho. «Não estou aqui a fazer um comício, mas quero dizer-vos que estou muito, muito feliz por estar aqui rodeada de tantos amigos», disse a homenageada, quando lhe cantaram os parabéns.
FOTOGALERIA











































Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

www.sulinformacao.pt

09
Mai18

Salicórnia substitui cada vez mais o sal nos lares e restaurantes portugueses

António Garrochinho




A salicórnia, planta halófita comestível que cresce espontaneamente em zonas de sapal, como a Ria Formosa, é cada vez mais usada como uma alternativa ao sal e não só exclusivamente pelos ‘chefs’ da alta cozinha.
Se antes era preciso ir a um restaurante ‘gourmet’ para saborear a planta, usada em saladas, mas também em pratos de peixe, marisco ou carne, desde o ano passado que já é possível encontrar salicórnia nas prateleiras de alguns supermercados do país.
Mais recentemente, desde o início deste ano, existem também saladas prontas a consumir já com salicórnia, dispensando a adição de sal, através de uma parceria entre um grupo dedicado aos produtos de quarta gama e uma empresa que produz aquela e outras plantas da Ria Formosa em estufas, junto a Faro.
“Na nossa salicórnia, por cada 100 gramas, existem dois gramas de sal, portanto, apenas 2%, e o nível de sódio é de 0,75 gramas”, explicou à Lusa Miguel Salazar, gerente da Ria Fresh e que começou a desenvolver projetos com plantas halófitas no Algarve em 2011.
Segundo o engenheiro agrónomo, os benefícios da salicórnia relativamente ao sal não se esgotam na capacidade de salgar os alimentos com menos sódio já que a planta “não é unicamente sal”, tendo outros minerais benéficos para a saúde como o cálcio, o potássio e o magnésio.
“Existem uma série de estudos que indicam que a salicórnia e outras plantas dos sapais têm também compostos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e até antidiabéticas”, indicou.
Nascido em Espanha, mas a viver em Portugal há 17 anos, o engenheiro agrónomo sublinha que a composição da salicórnia proporciona não só um sabor salgado, como realça o sabor dos alimentos, fazendo com que perdure mais no palato.
Segundo Miguel Salazar, trata-se do sabor “umami”, palavra de origem japonesa, que em português significa delicioso ou saboroso, e que dá nome ao quinto sabor, para além do doce, amargo, ácido e salgado.
Para ser usada na confeção de pratos quentes e por se tratar de um vegetal muito hidratado, o ideal é adicionar a salicórnia à preparação já na parte final da cozedura, embora a planta não oxide, explicou.




Pedro Girão, diretor comercial da empresa, estima que, no total das nove plantas produzidas e comercializadas pela Ria Fresh, a produção deste ano se situe entre as 15 e as 17 toneladas.
No próximo ano esperam alcançar as 25 toneladas, estando já em curso a exportação para Espanha e Bélgica, com possibilidade de a operação vir a estender-se também à Inglaterra e Alemanha.
A salicórnia da Ria Fresh está atualmente à venda em superfícies comerciais do Porto, Coimbra, Lisboa e Algarve, onde, por enquanto, existe apenas um ponto de venda.
A empresa também já comercializa sal vegetal, que consiste em salicórnia desidratada, embora o produto ainda esteja em desenvolvimento, concluiu.

folhadodomingo.pt

09
Mai18

MÉRTOLA - FESTIVAL "MUR" CONHEÇA O PROGRAMA

António Garrochinho



Item image







O espaço entre MURalhas, habitualmente designado por “Vila Velha” ou “Centro Histórico é o palco escolhido para o Festival MUR.
Este evento cultural propõe-se intervir no espaço público através de atividades, criadores e artistas por forma a dinamizá-lo, a promovê-lo e devolvê-lo aos residentes, turistas e visitantes.
A música, o vídeo, a dança, a pintura, o teatro são alguns dos ingredientes que o mesmo se propõe disponibilizar ao público.
O Centro Histórico de Mértola é um local com elevado potencial do ponto de vista cénico e por isso, igualmente, interessantíssimo como espaço de acolhimento para atividades culturais e artísticas sejam elas qual forem.
VÍDEO

09
Mai18

Évora: PS, PSD e CDS votaram contra Moção da CDU sobre a chamada “Transferência de Competências”

António Garrochinho

Dando corpo aos acordos firmados entre o Governo PS (António Costa) e PSD (Rui Rio), no passado dia 30 de Abril, na reunião da AM de Évora, perante a proposta da CDU de uma Moção sobre "Transferência de Competências", o bloco central chumbou a respetiva Moção com 17 votos contra PS (13 votos), PSD (3 votos) e "Afirmar Évora" (CDS/PPMPT) (1 voto), tendo a Moção recebido 16 votos a favor (14 CDU, 1 BE, e 1 Movimento Machede Independente).


PS, PSD e CDS votaram contra Moção da CDU sobre a chamada “Transferência de Competências”. 
Dando corpo aos acordos firmados entre o Governo PS (António Costa) e PSD (Rui Rio), no passado dia 30 de Abril, na reunião da AM de Évora, perante a proposta da CDU de uma Moção sobre “Transferência de Competências”, o bloco central chumbou a respetiva Moção com 17 votos contra PS (13 votos), PSD (3 votos) e “Afirmar Évora” (CDS/PPMPT) (1 voto), tendo a Moção recebido 16 votos a favor (14 CDU, 1 BE, e 1 Movimento Machede Independente).

Moção proposta pela CDU
Moção
Sobre
Transferência de Competências


Sob a capa da «municipalização» dos serviços públicos e com recurso ao abastardamento da ideia de descentralização, o governo preparou um extenso pacote (23 projectos de diploma setoriais), de transferências de competências da Administração Central para as autarquias locais – definir a natureza, o âmbito e os níveis de atendimento de cada um dos serviços a que essas transferências respeitam, planear os equipamentos e infraestruturas necessárias e, nalguns casos até, determinar os recursos humanos especializados necessários são áreas em que as competências se mantêm centralizadas.

O processo de transferência de competências em curso, longe de satisfazer os objectivos constitucionalmente consagrados para a descentralização, configura, em geral, a mera desconcentração de competências para a execução de atos materiais com autonomia administrativa e financeira.

Aliás, a inexistência de autarquias de nível intermédio – as regiões administrativas –, que não são substituíveis por soluções intermunicipais, constitui um obstáculo a uma efectiva descentralização que é urgente resolver.

Escondida sob o canto da sereia do alargamento de poderes e competências das autarquias, a mesma afirmação permanece, em todas as situações: do processo não pode resultar aumento da despesa pública.

O que significa que a transferência de competências não vai ser acompanhada dos meios humanos, recursos financeiros e do património adequado ao desempenho das funções transferidas: longe de visar uma melhor e mais eficaz resposta aos direitos, aspirações e necessidades das populações, consistirá, como a prática tem demonstrado, num processo de redução do investimento público e alijamento do ónus de insatisfação e incumprimento para o poder local.

A solução a encontrar deverá passar por uma verdadeira descentralização de competências, em que o Poder Local democrático se assuma como titular de atribuições e competências próprias, com os inerentes poderes de direcção e conformação que faça sentido à luz do princípio da subsidiariedade e complementaridade como forma de melhor responder aos direitos e anseios das populações e que não ponha em causa a universalidade das funções sociais do Estado.

Novas competências para as autarquias exigem o preenchimento de condições (financeiras, de autonomia e de organização) para o seu pleno exercício, reclamam a reposição de condições para responder às responsabilidades que já hoje detêm, exigem a devolução às autarquias das competências em relação às águas que lhe foram retiradas com a criação dos sistemas multimunicipais. Exigem ainda a reposição das freguesias.

A experiência de décadas em que, mais que transferência de competências, se transferiram encargos, obriga à avaliação rigorosa dos meios necessários ao exercício das competências consideradas, a definição do ponto de partida para a fixação do volume de recursos necessário e a verificação de garantias futuras quanto ao regime financeiro.

Face aos projectos de diplomas do governo (num total de 23 e cerca de 50 versões dos mesmos), que visam transferir competências para as autarquias locais, a Assembleia Municipal de Évora, reunida a 30 de Abril de 2018 delibera:


  1. Reclamar uma descentralização efetiva, condição essencial para o desenvolvimento local e regional, que assegure o reforço da coesão nacional e de solidariedade inter-regional e promova a eficiência e eficácia da gestão pública, garantindo e aprofundando os direitos das populações.

  1. Reiterar a exigência de criação das regiões administrativas enquanto factor indispensável a um processo coerente de delimitação de responsabilidades entre os vários níveis de administração, a uma reforma democrática de administração e à defesa da autonomia dos municípios e das freguesias.

  1. Rejeitar a transferência de competências que, subordinando a satisfação de legítimos direitos e justas expectativas das populações às contingências e desigualdades inerentes aos diversos graus e características do desenvolvimento local, prejudique a universalidade dos direitos sociais constitucionalmente protegidos.

  1. Expressar as maiores reservas quanto a transferências de competências de mera execução (física e financeira) mantendo o poder de decisão, em última instância, no Governo e na Administração Central e generalizando formas de tutela efetiva com a corrosão e progressiva destruição da autonomia do Poder Local

  1. Rejeitar qualquer nova transferência de atribuições e competências sem a garantia comprovada da dotação das autarquias com os meios indispensáveis (nomeadamente, financeiros, técnicos e humanos), ao seu pleno exercício, presente e futuro.

Évora, 30 de abril de 2018

Os eleitos da CDU proponentes,


cduevora.wordpress.com

09
Mai18

FEIRA DO BAIRRO ESTÁ DE REGRESSO A OLHÃO

António Garrochinho
A iniciativa visa trazer a "cidade para o bairro" (Foto D.R.)

Pelo segundo ano consecutivo a Associação Movimento Juvenil de Olhão, MOJU, e o “Projecto Mais Sucesso E6G” dinamizam na cidade de Olhão a Feira do Bairro com iniciativas positivas, que promovem o bem-estar comunitário e a convivência entre os jovens.
Este evento único traz a “Cidade ao Bairro” com o objectivo de quebrar as barreiras invisíveis da exclusão social em bairros com factores de risco.
Este é o segundo ano consecutivo que a MOJU apresenta esta feira (Foto D.R.)

A II Feira do Bairro realiza-se já no próximo sábado, dia 12 de Maio entre as 15 e as 19 horas com entrada gratuita. Os olhanenses vão poder contar com muita animação, comida, jogos e concursos no espaço ajardinado entre os blocos de prédios do Bairro Rua Manuel de Oliveira. Este bairro social da cidade de Olhão tem intervenção sistemática há vários anos pela MOJU, através do “Projecto Mais Sucesso”.


www.postal.pt
09
Mai18

IMAGENS/VÍDEOS VITÓRIA SOBRE A ALEMANHA NAZI, URSS E COMO CADA PAÍS TEM CELEBRADO O DIA DA VITÓRIA AO LONGO DOS ANOS

António Garrochinho

VÍDEOS


















Rússia: Preparativos para o ensaio da parada do ‘Dia da Vitória’ 09 de maio de 2017


Novos equipamentos militares para defesa aérea do Ártico que serão apresentados na parada militar do Dia da Vitória – 09 / maio / 2017.

VÍDEO
 
Sistema de defesa aérea Tor-M2DT em um veículo DT-30PM
Sistema de defesa aérea Tor-M2DT em um veículo DT-30PM
Sistema de defesa aérea Pantsir-SA em um veículo DT-30PM
Sistema de defesa aérea Pantsir-SA em um veículo DT-30PM
Sistema de defesa aérea Pantsir-SA em um veículo DT-30PM


www.planobrazil.com

FOTOGALERIA 2016























veja.abril.com.br

FOTOGALERIA 2015












































www.sabado.pt

09
Mai18

SAIBA QUAIS SÃO AS TRADIÇÕES MAIS RELEVANTES NA RÚSSIA NO "DIA DA VITÓRIA" QUE HOJE SE COMEMORA

António Garrochinho



O dia de 9 de maio é uma data conhecida e festejada quase por todo o planeta pela dimensão da alegria que seguiu à libertação do mundo do jugo nazista. Porém, na Rússia este feriado tem um significado especial. A Sputnik explica como os russos guardam a herança da coragem e do sacrifício dos seus avós e bisavós e festejam o Dia da Vitória.
Quaisquer que sejam as diferenças na visão do mundo entre as pessoas de idades diferentes, na Rússia a Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados) é algo que une as gerações e todas as classes sociais.
Quase todos os russos têm entre os familiares alguém que combateu nas frentes da 2ª Guerra Mundial, foi morto ou regressou a casa como herói.
Infelizmente, passados 72 anos do grande Dia da Vitória, há cada vez menos veteranos que viram os horrores da maior carnificina do século XX com seus próprios olhos e conseguiram voltar à Pátria. Porém, esta memória ainda existe e é perservada em todos os russos, até nos mais novos.
Importa destacar que o número de vítimas na URSS, tomando em conta a população civil e as chamadas "fossas" demográficas, somou 40-41 milhões de pessoas, segundo as últimas pesquisas. É mais que em qualquer outro país e dá uma ideia de quão colossal foi a dimensão da tragédia do povo soviético na época.
Grande Vitória impregna toda a cultura
Ao longo de várias décadas, tem sido criado um conjunto de obras que, para todos os russos, das crianças aos adultos, simboliza o terror da guerra e a coragem dos militares soviéticos que, com a ajuda dos aliados, fizeram com que o mundo fosse libertado da horrorosa praga do nazismo.
Primeiramente, são as canções militares, que raramente deixam o russo indiferente. Entre elas estão as melodias que se compunham na própria época da guerra para elevar o moral de combate dos militares e civis, bem como as composições que surgiram após a tomada de Berlim e o fim do maior conflito militar no século passado.
Tradicionalmente, estas canções patrióticas marcam a Parada da Vitória anual, sendo interpretadas pela orquestra militar conjunta na Praça Vermelha.
Uma das canções mais emblemáticas do dia 9 de maio se chama precisamente "Dia da Vitória", é frequentemente interpretada pelos mais conhecidos cantores russos durante os concertos festivos e, claro, soa na Praça Vermelha no dia da parada.

VÍDEO
A canção foi composta em 1975 pelo compositor David Tukhmanov e pelo poeta Vladimir Kharitonov nas vésperas do 30º aniversário da Vitória. Na composição, há várias estrofes simbólicas, inclusive aquela que diz "O Dia da Vitória é uma festa com olhos cheios de lágrimas", que retrata o sentimento nacional de gratidão e dor aos heróis da guerra.
Outra marcha, batizada como "Guerra Sagrada", por sua vez, traz em si o espírito de bravura, de unidade e sacrifício, foi composta em 1941, com o início de guerra, e lança à nação um apelo: "Levanta-te, enorme nação, levanta-te para o combate mortal com a força tenebrosa fascista, com o jugo detestável".

VÍDEO
Uma das canções mais líricas e comoventes compostas na época da guerra reflete a dor da separação dos soldados das suas famílias e se chama "Noite Escura".
A letra fala da carta que um soldado soviético envia do campo de batalha para sua namorada e diz: "Nesta noite escura, sei que você, minha querida, não dorme, mas se senta junto ao berço e seca lágrimas escondidas".

VÍDEO
Outra canção que liga o amor e a guerra é a famosa "Katyusha" que, apesar de ter um tom bastante alegre, fala sobre uma moça que está separada de seu namorado e espera que ele volte das "terras distantes".

VÍDEO
Além disso, para as famílias russas já virou uma tradição assistir aos filmes militares nas vésperas de 9 de maio, tanto mais que todos os canais principais tradicionalmente transmitem as obras clássicas sobre Grande Guerra pela Pátria, produzidas tanto na URSS como na Rússia atual. Estes filmes retratam as façanhas do povo soviético, levantado contra o monstro do fascismo alemão, a dimensão da ajuda mútua e unidade nacional na época e a escala da tragédia que abalou todas as famílias soviéticas sem exceção.
Símbolos e cerimoniais da Vitória
Um dos símbolos mais comuns do Dia da Vitória na Rússia é a chamada Fitinha de São Jorge, ou seja, um pedaço de tecido com faixas negras e cor de laranja com as quais as pessoas costumam enfeitar os casacos, mochilas ou automóveis. Não é um símbolo heráldico, mas apenas um objeto simbólico, embora seja parecido com o bicolor da Fita de São Jorge que acompanha a Ordem, a Cruz e a Medalha de São Jorge.

?Em 2005, por iniciativa da Sputnik e um conjunto de organizações estudantis, foi lançada uma iniciativa que se mantem até hoje e consiste na distribuição maciça destas fitinhas nas ruas das cidades russas para que todas as pessoas possam se sentir ligadas à celebração nacional e prestem homenagem aos veteranos.
Há 3 anos, surgiu outra tradição, o Regimento Imortal, que logo conquistou não só os russos, mas também os cidadãos dos outros países, mesmo os mais distantes. A ação consiste de uma marcha popular, durante a qual todos os participantes portam placas com fotos e nomes dos seus familiares que participaram da Grande Guerra pela Pátria.

Na Rússia e em vários outros países participantes da guerra, há um fenômeno cultural que poucos conhecem — a Chama Eterna, ou seja, uma chama (inserida geralmente em um monumento) que nunca se apaga em homenagem às vítimas da guerra. Em quase todas as cidades russas, tradicionalmente perto das ruas centrais, há um complexo memorial com esta chama, aonde as pessoas trazem flores, quase sempre cravos, durante o ano todo.


09
Mai18

Geringonça, "um acidente da História"

António Garrochinho
VÍDEO



 



Para entender o sentido da expressão - a geringonça, um acidente da História -, e perceber o que significa "governar ao centro", veja este vídeo.

Se as esquerdas tinham alguma expectativa de reedição do acordo político que sustentou a presente legislatura, a moção de António Costa ao próximo congresso do PS diz-nos que tais expectativas eram infundadas. E só podia ser assim porque a natureza do PS, a sua matriz ideológica e os interesses que aí predominam, fazem dele um partido centrista, social-liberal, fiel a qualquer preço ao federalismo do "projecto europeu".

Agora, há que preparar o futuro, uma alternativa ao ordoliberalismo alemão embutido nos Tratados, de que o socialismo da Terceira Via tem sido um instrumento muito útil para a direita. Da capacidade de construirmos essa alternativa depende em muito um futuro decente para o nosso país e para a Europa.




ladroesdebicicletas.blogspot.pt
09
Mai18

CONSTITUIÇÃO ! MAIS REVISÕES

António Garrochinho



A GALINHA CRISTAS VOLTOU À "TSF" E MAIS UMA VEZ ESTÁ EM TRABALHO DE PARTO NAS VÍSCERAS.

AGORA É MAIS UMA REVISÃO CONSTITUCIONAL EM MATÉRIA DE JUSTIÇA.

AINDA NÃO ESTÃO SATISFEITOS ESTE(A)S P#&?% e C###&# COM O QUE RESTA DA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA E COM UMA JUSTIÇA QUE SÓ OS FAVORECE E ENRIQUECE.

O QUE LHES SERVIRIA ERA A INQUISIÇÃO E OS MÉTODOS DO TIO ADOLFO E QUEIMAREM DE VEZ OS LIVROS, E JÁ AGORA AS PESSOAS.

AG
09
Mai18

09 de Maio de 1605: É Publicada a 1ª parte de D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes

António Garrochinho


É a maior criação de Cervantes. Surgiu no fim de mais de um século de notável inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que, na altura, se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. A história é apresentada sob a forma de novela realista.A primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. Essa sensação é sentida mais intensamente quando confrontada com a primeira parte. Se anteriormente, a ironia era, sobretudo,uma expressão amarga da impossibilidade de dar realidade a um ideal, com a segunda parte nasce muito mais da confrontação das formas da imaginação com as da realidade.

A primeira parte de D. Quixote é tipicamente barroca. Cervantes dá a sua própria definição da obra: "ordendesordenada (...) de manera que el arte, imitando à la Naturaleza, parece que allí la vence". O processo adotado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de picaresco, de burlesco e de emoção. O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social. D. Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irónica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. O fiel escudeiro de D. Quixote é definido por Cervantes como "homem de bem mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real aquilo que D. Quixote é para o mundo ideal.

As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do cavalo de D. Quixote, Rocinante, depressa conquistaram a imaginação popular. No entanto, os contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. Passou a ser vista como uma prosa épica de escárnio, em que "o ar sério e grave" da ironia do autor começou a ser bastante apreciado. O herói grotesco de um dos livros mais cómicos tornou-se no trágico herói da tristeza. Contudo, apesar de alguma distorção, a novela de Cervantes começou então a revelar a sua profundidade.

Na história da novela moderna, o papel de D. Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em Defoe, em Fielding, em Smollet e Sterne e, também, em personagens criadas por alguns romancistas clássicos do século XIX, como é o caso de Walter Scott, de Charles Dickens, de Gustave Flaubert, de Pérez Galdós, de Melville e de Fedor Dostoievski. O mesmo acontece no caso de alguns autores pós-realistas do século XX, como James Joyce e Jorge Luis Borges. D. Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores noutros campos artísticos. Desde o século XVII que se têm realizado peças de teatro, óperas,composições musicais e bailados baseados no D. Quixote. No século XX, o cinema, a televisão e os cartoons inspiraram-se igualmente nesta obra. D. Quixote inspirou ainda artistas como Hogarth, Francisco Goya, Daumier e Pablo Picasso.Várias interpretações foram dadas à obra. No século XVII, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com D. Quixote e Sancho Pança a encarnarem respetivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só em Espanha e em Portugal, como também por parte de grandes românticos do centro da Europa.

D. Quixote. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Titelblatt der Erstausgabe von-Don Quijote.jpg
1ª Edição de D. Quixote de la Mancha

Ficheiro:Don Quijote and Sancho Panza.jpg
D. Quixote e Sancho Pança- Ilustração de Gustave Doré


Miguel de Cervantes - por Juan de Jáuregui
09
Mai18

09 de Maio: Dia da Europa

António Garrochinho
  •         
  • Todos os anos, no Dia da Europa, comemorado a 9 de maio, festeja-se a paz e a unidade do continente europeu. Esta data assinala o aniversário da histórica «Declaração Schuman». Num discurso proferido em Paris, em 1950, Robert Schuman, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa, que tornaria impensável a eclosão de uma guerra entre países europeus.

    A sua visão passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço. Menos de um ano mais tarde, era assinado um tratado que criava uma entidade com essas funções. Considera-se que a União Europeia atual teve início com a proposta de Schuman.

    As instituições da UE comemoram o Dia da Europa
    Para comemorar o Dia da Europa, as instituições europeias abrem as portas ao público em maio, em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo. As representações da UE na Europa e as delegações da UE no resto do mundo organizam diversas atividades e eventos para todas as idades.

    A Declaração Schuman 



    A Declaração Schuman foi proferida pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Robert Schuman, a 9 de maio de 1950. Nela se propunha a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) com vista a instituir um mercado comum do carvão e do aço entre os países fundadores. 

    A CECA (membros fundadores: França, República Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo) foi a primeira de uma série de instituições europeias supranacionais que deram origem à atual União Europeia.

    Contexto histórico
    Em 1950, cinco anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, as nações europeias continuavam a braços com a devastação causada pelo conflito.

    Os governos europeus, determinados a evitar que se repetisse uma guerra tão terrível, chegaram à conclusão de que a colocação em comum da produção de carvão e de aço iria tornar a guerra entre a França e Alemanha, países historicamente rivais, «não só impensável mas materialmente impossível» (Declaração Schuman).

    Pensou-se, e com razão, que a fusão dos interesses económicos contribuiria para melhorar o nível de vida e constituiria o primeiro passo para uma Europa mais unida. A adesão à CECA foi, assim, aberta a outros países.

    Citações
    «A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criativos que estejam à altura dos perigos que a ameaçam.»

    «A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Far-se-á através de realizações concretas que criarão, antes de mais, uma solidariedade de facto.»

    «A colocação em comum da produção de carvão e de aço (...) mudará o destino das regiões durante muito tempo condenadas ao fabrico de armas de guerra, das quais foram as principais vítimas.»      

Ficheiro:Flag of Europe.svg



VÍDEO


Hino da União Europeia
09
Mai18

TUDO EM RUÍNAS E MORTE PARA O DOMÍNIO DO MUNDO ! DEPOIS DO AFEGANISTÃO, IRAQUE, LÍBIA, SÍRIA, OS NAZIS SIONISTAS E OS YANKEES ASSASSINOS VOLTAM A PROVOCAR O IRÃO - Síria acusa Israel de bombardear base militar

António Garrochinho

VÍDEO





O alvo terão sido baterias de defesa anti-aérea - uma informação da televisão estatal que mostrou imagens do que disse ser um ataque perto de Al Kiswah, uma cidade conhecida por ter várias bases militares, incluindo uma estrutura iraniana.

Não há para já resposta oficial de Israel, mas o governo de Telavive subiu o nível de alerta, reabriu os abrigos e mobilizou reservistas logo após o discurso do presidente norte-americano Donald Trump, declarando o fim do acordo nuclear com o Irão.

Uma decisão que o governo israelita aplaude, não escondendo receios de um agravamento das tensões no médio oriente

VÍDEO





Israel fully supports @realDonaldTrump’s bold decision today to reject the disastrous nuclear deal with the terrorist regime in Tehran. The deal didn’t push war further away; it actually brought it closer. The deal didn’t reduce Iran’s aggression; it dramatically increased it.


 pt.euronews.com
09
Mai18

JORNALIXO

António Garrochinho
O MELHOR (AINDA) É OUVIR EM DIRECTO OS PROFETAS NA RÁDIO OU NA TELEVISÃO POIS NO "JORNALIXO" COMENTADO, ESCRITO, NUNCA ESTÁ O QUE O FULANO OU FULANA DISSE MAS SIM O QUE OS "JORNALEIROS" DIZEM A MANDO DA VOZ DO DONO.



AG
09
Mai18

Caderneta de cromos (63) - Mestre Vital Moreira

António Garrochinho





Apesar de sempre ter considerado Vital Moreira um homem  abjecto, oportunista e com um apego imenso ao tacho, nunca lhe reservei um lugar nesta caderneta, porque sempre o vi como um polvinho talhado para comer à mesa do OE por  si e por interpostas pessoas.
Vital Moreira não tem coluna vertebral. Saltita e partido em partido  e muda de opinião em função das conveniências. É uma figurinha oportunista e rasteira, uma Zita Seabra de bigode, que entra para esta caderneta de cromos pela porta pequena e sem direito a mais do que uma nota de rodapé. E já agora uma legenda: canalha!
Obviamente que não é pelo que está escrito nesta imagem que entra para a caderneta de cromos, mas sim porque me provoca urticária  ver um ex comunista, que vive como um nababo, a elogiar os tempos de austeridade.


  cronicasdorochedo.blogspot.pt
09
Mai18

BOLA DE PING PONG

António Garrochinho


E TRISTE O CENÁRIO POLÍTICO VENDO E OUVINDO OS PARTIDOS A DIZEREM: EU É QUE FIZ, EU É QUE DISSE, NÓS FIZEMOS, VOCÊS NUNCA FIZERAM.

EM PRIMEIRO LUGAR OUVIR SIM, O POVO !
NA LUTA, NAS ELEIÇÕES, NA DEFESA DOS DIREITOS, O POVO É QUE TEM QUE MOSTRAR, O POVO É QUE TEM QUE AFIRMAR QUE SÓ ELE É QUE CONSEGUE LEVANTAR ESTE PAÍS ENQUANTO OUTROS O DESPEDAÇAM,O VENDEM A RETALHOS E O REMETEM PARA O CU DO MUNDO.


António Garrochinho
09
Mai18

Fernanda Câncio e a tragédia de Sócrates

António Garrochinho


É certo que Sócrates congrega ódios e paixões pelo que não me custa a imaginar que uma mulher como Fernanda Câncio, toda ela igualmente temperamental, depois da rotura amorosa, possa ter passado da paixão ao ódio. Mas, lembrava-a eu, nessa altura, há sempre mais vida para além da morte de um relacionamento e que o melhor é seguir com a bola para a frente. Ressentimentos e desejos de vingança nunca foram bons conselheiros.
Ver abaixo
estatuadesal.com
Fernanda Câncio e a tragédia de Sócrates:
ou quando uma mulher usa a sua condição de jornalista para ajustar contas com o ex-namorado


Faz dois anos escrevi aqui sobre os escritos de Fernanda Câncio sobre Sócrates. Dizia, então, que sentia alguma (genuína) pena dela e aconselhava-a a seguir em frente, não ficando enredada nas memórias e nas justificações face ao que sabia ou deixava de saber sobre o ex-namorado.

É certo que Sócrates congrega ódios e paixões pelo que não me custa a imaginar que uma mulher como Fernanda Câncio, toda ela igualmente temperamental, depois da rotura amorosa, possa ter passado da paixão ao ódio. Mas, lembrava-a eu, nessa altura, há sempre mais vida para além da morte de um relacionamento e que o melhor é seguir com a bola para a frente. Ressentimentos e desejos de vingança nunca foram bons conselheiros.

Ainda há dias voltei a ouvir a divulgação pública de telefonemas seus para Sócrates e imagino como se sente ridícula e arrependida daquelas conversas. Todas as brincadeiras, meiguices ou malandrices são permitidas na intimidade de uma conversa a dois mas, quando expostas fora de contexto, facilmente podem ser apenas patéticas. Eu sentir-me-ia humilhada se fossem minhas aquelas palavras.

Mais: tendo namorado com aquele homem poderoso, carismático e de raciocínio ágil, imagino como se sentiu ela ao descobrir que, afinal, pouco sabia daquele homem. Mais ainda: como mulher, imagine-se a perplexidade ao saber como Sócrates não apenas já estava de namorada nova como também ajudava financeiramente outras mulheres. Facilmente uma mulher que se sente enganada se sente furiosa e com vontade de se vingar. Imagine-se, então, uma mulher como Fernanda -- do que lhe tenho visto, facilmente se transformará numa irascível gata em telhado de zinco quente  pelo que dela tudo se poderá esperar.

Imagino-me, eu, no seu lugar. Imagine-se se, ao ligar a televisão, ouvia a minha voz dengosa falando com ele, querendo convencê-lo a comprar uma casa caríssima, ou ouvia alguém a relembrar as minhas férias com ele, referindo que frequentávamos belíssimos restaurantes, e eu, tonta ingénua, na altura, convencida de que ele nadava em dinheiro. Imagino quão ridícula e parva me sentiria agora, ouvindo isso. Eu a querer uma casa cara e ele a chamar-me à razão, eu, ivozinha infantilóide, a dizer 'buraco és tu...'. Ah, quanta raiva. Como teria podido ser tão burra, tão inconsciente a ponto de não ter percebido nada....? Como? E a ouvir a cumplicidade dele para com a mãe dos filhos.... Ah, quantos ciúmes.

Imagino a mágoa, a incredulidade, a vontade de lhe atirar à cara mil impropérios. 
Então, afinal, não eras rico? Então vivias às custas de um amigo...? Mas onde, à superfície da terra, alguém nos dias de hoje vive às costas de alguém...? Filho da mãe que não confiaste em mim, que não me contaste nada! Um pelintra sem ter onde cair morto e, veja-se bem, armado em bom,  a dispensar pagamentos, como se tudo aquilo fosse dinheiro da mãe ou de empréstimos. Falso, falso! E, se foste falso a esse ponto, quem garante que não foste corrupto e que tudo em ti não é um logro? Alguma vez me amaste? Alguma vez me falaste verdade? Como foste capaz? Como deixaste que eu me expusesse, defendendo-te, quando não passas de um vulgar mentiroso? Odeio-te, odeio-te, odeio-te agora e na hora da tua morte. Safado, sacana, filho da mãe! E eu que gostei tanto de ti... Como pudeste fazer-me isto, Zé...?
E Fernanda, sentindo pena de si própria, as lágrimas escorrendo-lhe no rosto, sentindo a raiva a crescer-lhe dos dentes, varada de ódio e ciúme, não podendo deitar as unhas de fora e arranhá-lo de alto a baixo, atira-se ao computador e, com a força das suas palavras, mentalmente chamando-lhe bandido, aldrabão, sacana da pior espécie, e jurando a pés juntos que nunca mais na vida lhe dirige a palavra e que, se se cruzar com ele, virará a cara e fingirá que não o conhece, vai escrevendo:
(...) Urdiu uma teia de enganos. Mentiu, mentiu e tornou a mentir.
Mentiu ao país, ao seu partido, aos correligionários, aos camaradas, aos amigos. E mentiu tanto e tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele como o defendesse, em privado e em público, como alguém que consideravam perseguido e alvo de campanhas de notícias falsas, boatos e assassinato de caráter (que, de resto, para ajudar a mentira a ser segura e atingir profundidade, existiram mesmo). (...)
Chocante, porém não surpreendente. De alguém com uma tal ausência de noção do bem e do mal, que instrumentalizou os melhores sentimentos dos seus próximos e dos seus camaradas e fez da mentira forma de vida não se pode esperar vergonha. Novidade e surpresa seria pedir desculpa; reconhecer o mal que fez. Mas a tragédia dele, que fez nossa, é que é de todo incapaz de se ver.
Fernanda é, ao escrever estas palavras, não uma isenta jornalista, mas uma mulher ferida. Uma mulher que usa o púlpito do Diário de Notícias para ferir José Sócrates tanto quanto ele a feriu a ela. 

E eu, no fundo, tenho pena dela e dele. Estão unidos pela mesma tragédia.


________________________________________________________________
VÍDEO


Cecilia Bartoli interpreta "Sposa son disprezzata" de Vivaldi



umjeitomanso.blogspot.pt
09
Mai18

Acordo alcançado na Infraestruturas de Portugal

António Garrochinho



As duas greves marcadas para o fim desta semana foram desconvocadas face ao acordo entre sindicatos e administração, que prevê aumentos salariais para os trabalhadores.
Comboios parados na estação de Santa Apolónia
Comboios parados na estação de Santa ApolóniaCréditos
A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) marcada para esta quinta e sexta-feira foi desconvocada, depois de os sindicatos e a administração terem chegado a um acordo para aumentos salariais.«Foi alcançado um acordo e a greve vai ser desconvocada», afirmou Paulo Milheiro, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN), em declarações à Lusa.
O acordo alcançado prevê aumentos de 23 euros para os trabalhadores com um vencimento inferior a 1300 euros, de 16 euros para aqueles com salários entre os 1300 e 2000 euros, e de dez euros para quem esteja acima dos 2000 euros mensais.
Após duas greves nacionais e enfrentando um impasse nas negociações, os trabalhadores tinham decidido avançar com uma greve parcial no primeiro dia, de uma hora por turno, seguida de outra de âmbito nacional de 24 horas.

www.abrilabril.pt

09
Mai18

Houve quem o denunciasse...

António Garrochinho


Na declaração política que o PCP levou hoje à tribuna da Assembleia da República, Agostinho Lopes confrontou PS, PSD e CDS com as desastrosas políticas energéticas dos sucessivos governos, colocando como conclusão a necessidade imperiosa de recuperação pelo Estado do comando estratégico das principais empresas de energia Ver aqui.https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.youtube.com/watch?time_continue%3D139%26v%3DhB6ulrfFkY8&source=gmail&ust=1525890084422000&usg=AFQjCNEZeX9zE7PfwGbvBdxH89j_FCtqIQ



foicebook.blogspot.pt

09
Mai18

COMO SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA: DICAS DE AUTO-AJUDA

António Garrochinho


(José Gabriel, 08/05/2018)
Discurso seletivo
Imagem obtida no Blog 77 Colinas
Vossemecê tem 35 anos? Então pode ser presidente da República. Esteja à vontade para se candidatar, mas não tome as coisas de ânimo leve. Também não precisa de procurar um personal coaching. Algumas dicas simples bastam. Ora vamos lá, da mais básica à mais retorcida:
1 – Repita teses, proclamações e propostas consensuais – aliás, deve usar e abusar do termo “consensual” e derivados – do tipo “urge garantir o crescimento do país”; “promover uma justiça mais rápida e para todos”; “melhorar a eficiência do Serviço Nacional de Saúde”; “promover o emprego – e a habitação, direitos e tudo o mais – e combater as desigualdades”. Está a ver o género. Claro que não faltará quem queira esmiuçar o que se esconde por trás destas frases, mas o presidente não se ocupa de minudências.
2 – Não poupe nos afectos, sobretudo se isso lhe trouxer vantagem – o que nem sempre é o caso, por isso, há conjunturas em que é melhor ficar na toquinha de Belém. Pratique imoderadamente a consigna “vamos ver o povo, ai que lindo que ele é”. Neste capítulo pode incluir-se o aproveitamento do sucesso e mérito alheios, cujos protagonistas – artistas, atletas, cientistas, filantropos e, de um modo geral, todos os que sejam geralmente reconhecidos como populares ou popularizáveis – devem ser condecorados, abraçados, beijados, apaparicados. É preciso não esquecer uma possível recandidatura, em que algumas destas figuras poderão ser muito úteis, designadamente numa decorativa e ilustre comissão de honra. É importante, neste domínio, não ser demasiado esquisito. Pode ter de ranger os dentes e arriscar um ataque de icterícia perante um compatriota que ganhou o Nobel, mas tem de fazer cara alegre e figurar na foto de conjunto, sob pena de ficar irremediavelmente estigmatizado como um idiota iletrado – atenção: isto já aconteceu.
3 – Desempenhe o papel de homem sem sono e frenético multitarefas, mesmo que isso seja, como geralmente é, uma patranha. Esta cena deve ser apoiada por numerosos assessores, aos quais não deve faltar o ar cansado de quem mergulha com zelo nos problemas do país. Custa caro? Custa. A casa da presidência portuguesa é uma das mais dispendiosas do mundo, só ultrapassada, na Europa, pela casa real inglesa. Mas é – todos o sublinharão – para o bem da Nação.
4 – A sua relação fundamental é com o governo, seja qual for a distância política a que dele está. Lembre-se (mas nunca o diga em voz alta): é o seu interesse que está em causa, não o país, o povo, o partido. Isto é cinismo? Claro que é. Mas está interessado em fazer dois mandatos ou não? Claro que está. Por isso:
4.1 – Recorra, sempre que possível, à técnica que designaríamos como “se correr bem o mérito é meu, se correr mal a culpa é do governo; eu avisei”. Este efeito obtém-se fazendo sucessivas advertências ao governo sobre as excelências a que deve chegar. Se as coisas correrem bem, aproprie-se sem vergonha da ideia, mesmo que ela seja velha como a noite, e do mérito, mesmo que nada tenha a ver com ele. Se correrem mal, demarque-se – “eu expliquei, dirá, mas o governo não foi capaz”. Note que, fazendo variar em grau este recurso, ele serve para os casos de o governo ser do(s) seu(s) partido ou do(s) opostos. Neste processo não deixará de exceder as suas competências; não se preocupe, a maioria dos eleitores nunca leu a Constituição.
4.2 – A técnica descrita anteriormente pode revestir o modo “vitimização com ameaça de martírio”, podendo assumir as variantes “o menino quer, buuáááá´” (“o governo tem de fazer como eu quero, senão fico contrariado”) ou “se não me derem o brinquedo, não como a papa” (“se não for como eu quero, não me recandidato”). Esta última forma é um pouco mais arriscada, porque o pagode pode encolher os ombros e marimbar-se na coisa, o que é perigoso. É chantagem, sim, mas pode não valer muito como ameaça, mesmo que a sua popularidade esteja no céu. Outras modalidades de comportamento passivo-agressivo podem ser usadas com muito proveito.
4.3 – Finalmente, a bomba! Já outros a usaram – com assinalado cinismo, diga-se, e com pouca consideração pelas populações. Note que não tem de usá-la – pode ficar chamuscado. Mas tem de saber manejá-la como ameaça. Exemplo: “se não aprovarem o Orçamento, convocarei eleições antecipadas” – note que não se diz “dissolvo a Assembleia da República”, o que, por ser a verdade, seria mais dramático e agressivo. Sendo um presidente “fofo”, só fala em eleições de modo um tanto impressionista, até porque sabe que o(s) seu(s) partidos não estão prontos.
(Nota final: estas regras servem uma candidatura à presidência de um país como Portugal. Países há que podem, por razões – há razões? – mui desvairadas, eleger qualquer imbecil tresloucado.)


estatuadesal.com
09
Mai18

«À Justiça o que é da Justiça, à política o que é da política»

António Garrochinho



Em Fevereiro de 2010, o então ministro da Justiça, Alberto Martins recusou comentar a publicação de novas escutas relativas ao processo Face Oculta disse, em declarações aos jornalistas «À Justiça o que é da Justiça, à política o que é da política». O lema, como enunciado da separação dos poderes, manteve-se intacto até aos dias de hoje. Há poucos dias António Costa repetiu-o a propósito da posição do PS face à saída de José Sócrates, 
"fico surpreendido, porque não há qualquer tipo de mudança da posição da direcção do PS sobre aquilo que escrupulosamente temos dito desde o início: Separação entre aquilo que é da justiça e aquilo que é da política".

Em oito anos, o PS manteve a coerência mas limitou-se ao enunciado do principio e deixou resvalar os acontecimentos e as situações a um ponto que até envergonham (dizem) os seus dirigentes. PS esqueceu a dimensão moral e ética de quem exerce poderes e esqueceu também o que caracteriza o regime capitalista. Já não recomendo que adote, nos estatutos do partido, um artigo que determine que "No desempenho dos cargos para que foram eleitos, os membros do Partido não devem ser beneficiados nem prejudicados financeiramente por tal facto", mas que pelo menos leia Lukács e Marx
«A filosofia burguesa isola a ética do conjunto da práxis humana, o
que provoca, por exemplo, uma falsa oposição entre moralidade e legalidade (...) ou, se reconhece suas vinculações, insere-a num niilismo relativista, limitando a ética à interioridade da decisão individual abstrata e criando um aparente dilema entre a ética interior e exterior (do sentimento e da obediência)»
Lukács, in "Ontologia do Ser Social.

«Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites.»
Karl Marx, in "Salário, Preço e Lucro"

 conversavinagrada.blogspot.pt
09
Mai18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho


Salazar gostava de analfabetos para os poder dominar, depois Caetano fez o que tinha que fazer que foi continuar a obra fascista com a reforma da licença do isqueiro ou a mudança do nome da PIDE para DGS e a liberalização da emigração já que eram mais os que fugiam a salto do que aqueles que emigravam legalmente.

Veio o 25 de Abril e toda a gente ganhou com a mudança, quando digo toda a gente refiro-me aos militares, aos patrões que embora vociferando contra as nacionalizações receberam indemnizações que lhes proporcionaram até hoje benesses e fortunas colossais que nunca teriam conseguido com as suas empresas obsoletas.
Falo dos comerciantes, os médios, os pequenos, os do comércio tradicional de cidade, vila ou aldeia que vendiam açucar avulso, pão aos quartos, e de repente começaram a ter lucros e a alinhar na conspiração montada pelos saudosistas do 24 de Abril .
Falo dos funcionários públicos remetidos ao desprezo salazarista/caetanista e que num abrir e fechar de olhos viram a sua vida avançar um pouco no sentido dos seus salários e carreiras.
A maioria da nossa gente batia no peito dizendo-se fiel ao movimento dos capitães e raro era aquele que não se afirmava a favor do socialismo.

Sá Carneiro erguia o punho qual comunista, qual sofredor das agruras da ditadura.

Mário Soares vendia a banha da cobra e começava a desenhar a fórmula do socialismo na gaveta para assim somar mais uma traição aos cegos portugueses que nada sabiam de política e ainda viviam com medo da injeção atrás da orelha e dos comedores de meninos não conheciam ainda, o Carlos Cruz, O Bibi, e outras figuras de monta hoje instalados no poder.

O clero nazi roubava, rouba, os pobres criticando o rico e o camelo pelo cu da agulha numa verborreia manhosa e reaccionária que ainda convence muita gente.

Acabada a guerra colonial mas não o racismo, esse ódio inexplicável aos nossos semelhantes começaram em Portugal a notar-se as abismais diferenças de pensamento entre os militares que tinham derrubado a ditadura,

Spínola com a "maioria silenciosa" os golpes de 11 de Março, 28 de Setembro, 25 de Novembro, o "grupo dos nove", o desmoronar do "conselho da revolução", a votação em partidos políticos que nada tinham a ver com a mudança política em portugal tomaram forma, moldando a cabeça dos portugueses com as ladainhas do anticomunismo e em nome da liberdade chegaram ao poder toda uma vara de gatunos, vigaristas e oportunistas que nos oferecem o Portugal de hoje.

A formação política, deu lugar ao eleitoralismo, a caça ao voto, nas escolas, o ensino da nossa história tinha aparentemente mudado. retiram-se os quadros do almirante Thomaz, do Salazar, mas o que se ensinava, era , é, muito pouco sobre a liberdade, a justiça, a igualde de direitos e oportunidades.
O poder central nunca mais deixou de estar nas mãos de gente que apregoava uma coisa e fazia outra e os pequenos poderes foram-se encostando também eles às políticas do "faz de contas".

Temos hoje a gerir a nossa vida uma cambada de gatunos, irresponsáveis, vende pátrias, servidores do capitalismo mundial e gente que nem sequer sabe honrar os antepassados, as famílias que resistiram à miséria e à escuridão da longa noite fascista.
Temos governos formados por partidos obedientes a políticas capitalistas/imperialistas com gente que nem sequer votou a Constituição (longe vão os tempos em que se proibiu o partido fascista PDC), temos uma Assembleia da República que mais parece uma Bolsa de negócios mafiosos e que é a escada para os grandes negócios de empresas, banqueiros e multinacionais que as grandes firmas de advogados sabem colocar no topo para acentuar a exploração e escravidão do povo português.

A "justiça" como sempre foi e continua a ser, serve para deixar impunes toa a gama de corruptos e malfeitores e também ela lambe os dedos dos favores que faz aos agiotas, aos crápulas que exercem a canga sobre os que trabalham ao mesmo tempo que fogem ao fisco, inventam falências e escondem os lucros em offshores pelo mundo fora.

O que conta é o umbigo, é o consumismo, a doentia maneira de viver do novo riquismo, a alienação que leva os lacaios a traírem os seus companheiros de classe na ilusão de que se pode levantar um país desprezando e humilhando os que trabalham e tudo constroem.

António Garrochinho

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •