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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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23
Mai18

As irmãs galegas Ourenses, as 'Schindler' que salvaram 500 judeus do Holocausto

António Garrochinho

Pode ler  aqui O TEXTO EM ESPANHOL OU SE PREFERIR ABAIXO  EM PORTUGUÊS TRADUÇÃO DO MOTOR GOOGLE

Lola, Amparo e Julia Touza ainda estão esperando para serem nomeadas 'Justa entre as Nações' e estrelar um filme na tela grande



José Ramón Estévez, historiador e residente de Ribadavia (Ourense), na porta da casa das irmãs Touza.
José Ramón Estévez, historiador e residente de Ribadavia (Ourense), na porta da casa das irmãs Touza. 


O relógio da estação ferroviária de Ribadavia, em Ourense, marca dez minutos para seis. Ele está desempregado há 50 anos e é o mesmo que Lola, Julia e Amparo Touza observavam todos os dias quando iam trabalhar no quiosque do terminal. Era o ano de 1941 e eles administravam, além do cassino da cidade, esse pequeno estande de madeira onde vendiam biscoitos de gengibre, licor de café, licor de ervas ou sanduíches. À primeira vista, oferecer esses produtos era sua principal tarefa na estação, mas os três mantinham um segredo que muito poucos na cidade conheciam e que até muitos anos após sua morte nunca viu a luz.
Entre os muitos passageiros que viajavam na linha Hendaya-Vigo, ainda em circulação, havia muitos judeus fugindo dos campos de concentração nazistas. Eles cruzaram a fronteira francesa em direção à Espanha e com o objetivo de chegar a Portugal para ir aos Estados Unidos ou à América Latina. Segundo o historiador José Ramon Estevez e escritor Vicente Piñeiro, os especialistas nesta história, as três irmãs foram capazes de ajudar cerca de 500 judeus através de uma rede clandestina que conectado diretamente com o cônsul Português Aristides de Sousa, que também ocupou a mesma posição em Vigo. "Acreditamos que eles receberam telegramas pelo número de vistos concedidos aos judeus que fugiam do Holocausto. Quando eles receberam o aviso, eles sabiam se havia alguém no trem que estava na estrada que precisava deles ou não. Os passageiros só tinha de dizer "mãe" que era o apelido de Lola. Em seguida, as três irmãs levaram-nos para a  estação quiosque Ribadavia para aproveitar a critério da noite, levá-los para casa, onde  se esconderam até que fosse seguro cruzar a fronteira e chegar a Portugal, caminhando ou dirigindo ", diz Piñeiro.

Lola Touza, segunda da esquerda, em 1923.
Lola Touza, segunda da esquerda, em 1923.

A rede das irmãs Touza, liderada por Lola, teve outros protagonistas que nunca revelaram o segredo. Eles incluíam dois taxistas da cidade, Xosé Rocha e Javier Míguez; um cooper chamado Ricardo Pérez, que atuou como intérprete; o pai do historiador Estévez, Francisco, ainda vivo; e seu avô Ramón. 

Lola se aproximou do meu avô na estação enquanto carregava um carro de tijolos e disse que ele havia escondido um homem que veio da Europa e queria que ele o levasse até a fronteira com Portugal, que fica a 12 quilômetros de Ribadavia. Meu avô acompanhou-o durante a noite, junto com meu pai, do outro lado do rio, passando como pescadores. Este senhor, em gratidão, deu-lhes uma moeda que mais tarde, muitos anos depois, demos aos netos de Lola ", diz Estévez.
As vicissitudes que passaram Julia e suas irmãs eram conhecidas por muito poucos vizinhos da cidade. De fato, no momento, muitos ainda duvidam do trabalho dessas três irmãs, apesar do fato de que existem documentos e testemunhas que a credenciam. O segredo não foi revelado até 2005, quando o escritor Antonio Patiño escreveu sua história, que jurou a Lola não contar até que os três tivessem morrido. "Como resultado dessa publicação, eu estava desvendando o encadeamento de enigmas que minha avó e minhas tias haviam escondido por tanto tempo. Eu vi muitas coisas quando criança e que, a partir daquele momento, de repente começaram a se encaixar ", diz o arquiteto Julio Touza, neto de Lola.

Julio Touza, neto de Lola.
Julio Touza, neto de Lola. 

Touza resume a façanha de sua avó e suas tias como uma história de silêncios. "Eles ajudaram essas pessoas de maneira desinteressada e nunca tornaram isso público. Nem meu pai contou isso. Eles eram solidários por natureza e não apenas com judeus fugitivos, mas também com prisioneiros da Guerra Civil, que recebiam comida através das grades da prisão ", diz ele. O arquiteto lembra sua avó como uma mulher forte, com determinação e à frente de seu tempo. "Como eu aprendi mais tarde, os três colocaram suas vidas em risco em várias ocasiões, não era comum a Gestapo visitar a cidade mas de vez em quando vinham perguntar pela" mãe ". A presença dos nazistas era habitual na Galiza, porque eles vieram em busca de tungstênio, um mineral necessário para reforçar canhões e tanques de tanques,

Apenas uma placa em sua homenagem

Em 7 de setembro de 2008, a Câmara Municipal de Ribadavia aprovou a colocação de uma placa em homenagem aos Touzas. "Para as três irmãs Lola, Amparo e Julia Touza, Freedom Fighters", você pode ler em sua casa em Ribadavia. No mesmo ano, o Centro Peres for Peace plantou uma árvore em Jerusalém com o nome de Lola Touza, que relembra seu trabalho. Desde então, a família também espera receber o título de Justas entre as Nações, o mais alto reconhecimento oficial concedido pelo Estado de Israel. "Para receber este título, três requisitos devem ser cumpridos: que eles salvaram um judeu, que arriscaram a vida e que ele foi realizado de maneira desinteressada, todos se encontram", explica Touza.
Por seu turno, o Centro Sefarad-Israel, na Espanha, confirma que esta investigação está sendo realizada, mas não dá uma data exata para a resolução do processo que eles descrevem como "lenta e complicada". Por essa razão, em 13 de abril, eles lançaram uma campanha para coletar assinaturas que suportam o arquivo de honra municipal . O Yad Vashem, uma instituição criada para homenagear as vítimas e os heróis do Holocausto, não especificou este tempo para a nomeação.
Recentemente foi publicado que este ano um filme musical baseado na vida do Touza será lançado. O neto de Lola não vê o musical possível. Basta lembrar que Emilio Ruiz Barrachina, que foi mencionado como diretor do filme, "escreveu um livro sobre as três irmãs, intitulado Freedom Station ". Este jornal tentou, sem sucesso, falar com ele. "O que eu posso dizer é que eu tive várias reuniões com um espanhol que faz parte da equipe de Steven Spielberg para fazer um filme que conta sua história e eu não rejeitei a idéia. transformá-lo em um pequeno hotel e centro de atividades dirigido pelos moradores da cidade ", confessa Touza. 
Enquanto isso, esperando pelo filme, o reconhecimento ou a homenagem da casa, a história de Lola, Julia e Amparo permanecerá em silêncio. "Talvez seja o que eles gostariam", conclui o neto.



elpais.com



23
Mai18

O último discurso de Júlio, não sei se antes se depois da partida

António Garrochinho


De certo modo parto, de certo modo fico. 
Parto, porque é essa a lei da morte. Fico, porque determinei ser essa a lei que imprimi para a minha vida. Podem-me continuar a ver em qualquer nesga de espaço, em espaço público, em espaço privado, em espaço lúdico, em espaço partilhado, em espaço do Estado onde também consto, até com a ironia devida. Podem-me ver enquanto lerem. Foram centenas de livros os que ilustrei com meus meus traços, postos em capas, postos nas suas páginas. Pedras? Quando olharem para elas, se não tiverem lá um meu risco, verão lá o um meu sorriso. De toda essa minha obra, peço-lhes que a dignifiquem toda, mas sobretudo a primeira. Não sinto que tenha envelhecido, mas não se pode ser jovem a vida toda. Ah, e não esqueçam a poesia, pois não há Homem, sem poema!
Não procurem este texto em algum lado, ele foi por mim inventado. Ou talvez não. Talvez ele tenha dito tudo, de forma dispersa. Neste caso, ter-me-ei limitado a juntar as palavras...

VÍDEO

conversavinagrada.blogspot.pt
23
Mai18

Câmara de Marvão e junta de freguesia alvo de buscas

António Garrochinho

O Ministério Publico anunciou que foram efetuadas buscas e apreendidos elementos de prova na Câmara de Marvão, numa junta de freguesia, em residências particulares e em sociedades daquele concelho do distrito de Portalegre.
Numa nota publicada na Internet, o MP explica que está em causa a eventual prática dos crimes de desvio de subsídio e de peculato, praticados por titular de cargo político, estando o inquérito a ser dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.
"De acordo com a denúncia apresentada e os elementos de prova já recolhidos, os factos, que terão ocorrido entre 2012 e 2016, decorrem da suspeita de existência de eventuais irregularidades no âmbito de um programa envolvendo fundos públicos do PRODER", lê-se no documento.
O Ministério Público acrescenta que "não existem" arguidos constituídos e que tanto nas diligências como no inquérito são coadjuvados pela Polícia Judiciária (PJ).
Contactado pela agência Lusa, o presidente do município de Marvão, Luís Vitorino (PSD) diz-se "tranquilo", acreditando que o caso "provavelmente" vai ser arquivado, uma vez que "não há provas de nada, não houve corrupção".
O autarca, que na altura dos factos desempenhava o cargo de vice-presidente do município de Marvão, recordou que este caso, que envolve também a Junta de Freguesia de São Salvador da Aramenha, está relacionado com um projeto sobre "defesa da floresta contra incêndios", financiado por fundos comunitários.
"O projeto, no total, envolvia qualquer coisa como 70 mil euros. Na altura, foi todo executado fisicamente no terreno, depois houve problemas processuais nos pedidos de pagamento ao programa, houve despesas que não foram validadas, entre outras coisas que não foram validadas na altura", explicou.
Luís Vitorino relatou ainda que as buscas na Câmara de Marvão ocorreram na terça-feira, "nos serviços informáticos" e nos "serviços de obra", nomeadamente na área dos processos de contratação pública, não tendo sido efetuados interrogatórios a funcionários.

www.jn.pt
23
Mai18

Trabalhadores da Efacec em greve contra despedimento colectivo

António Garrochinho


Os trabalhadores da Efacec, de Matosinhos, cumprem esta quarta-feira uma greve parcial de duas horas por turno, contra o despedimento colectivo em curso e em defesa dos postos de trabalho.
Mais de uma centena de trabalhadores estiveram concentrados durante a manhã junto às instalações de Leça do Balio
Mais de uma centena de trabalhadores estiveram concentrados durante a manhã junto às instalações de Leça do BalioCréditos/
Convocada pela Comissão de Trabalhadores, após plenário, a greve de hoje tem como objectivo contestar o recente despedimento colectivo, anunciado a 10 de Maio, e que vai ser discutido quinta-feira no Ministério do Trabalho.
Além das paralisações, de duas horas por turno, entre as 9h às 11h e das 17h às 19h, decorrem concentrações de protesto junto à entrada das instalações. O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, esteve presente pela manhã.

Justificada
 com a «falta de trabalho» e «redução de encomendas», o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias TransformadorasEnergia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-INafirma que tal não é verdadeapontando os «7,5 milhões de euros de lucro em 2017, um crescimento de 75% face ao último ano».Entre os 21 funcionários abrangidos pelo despedimento encontram-se cinco elementos das comissões de trabalhadores. A decisão surge depois de vários protestos e até de uma greve em Março, contra os despedimentos encapotados e as chamadas «listas», com nomes de trabalhadores escolhidos para «rescindir contrato» num clima de medo e represálias.
De acordo com Miguel Ângelo, dirigente do SITE Norte, apesar de ainda não ter dados definitivos, a adesão à greve está a ser «muito boa, em linha com os números da anterior, com mais de uma centena de trabalhadores presentes cá fora durante o turno da manhã».
«Este despedimento colectivo é injusto, vergonhoso e imoral e pode e deve ser travado. A actual administração tem vindo a enganar os trabalhadores, com a complacência do Governo, usando a figura de empresa em reestruturação», afirmou.

Presidente da Efacec mentiu a deputados

No passado dia 18 de Abril, o presidente da Efacec desmentiu que a empresa esteja a despedir trabalhadores e assegurou não haver qualquer processo selectivo de afastamento dos colaboradores mais reivindicativos.
Ângelo Ramalho – que falava na Comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social – garantiu que a Efacec «cumpre escrupulosamente a lei» e que «não está a despedir, mas a recrutar», lembrando que vai contratar 700 funcionários até 2020.

www.abrilabril.pt
23
Mai18

REFELEXÕES

António Garrochinho



QUALQUER DIA TUDO O QUE NOS ENSINARAM NÃO FARÁ SENTIDO PORQUE A PRÁTICA TODA ELA É MENTIROSA.

QUEM USUFRUI, USUFRUI SEMPRE, COM AS TRANSFORMAÇÕES DA HUMANIDADE QUASE SEMPRE FORAM, SALVO RARAS EXCEPÇÕES. OS QUE NOS TRAÍRAM DEPOIS.

SEI QUE NÃO HÁ OUTRO CAMINHO QUE NÃO A LUTA MAS SÓ SAIREMOS VITORIOSOS QUANDO FOREM TODOS A LUTAR E NÃO SÓ ALGUNS.

SOMOS A CARNE PARA DESPEDAÇAR, AS MÃOS PARA DESBRAVAR NOVOS HORIZONTES, A FORÇA FÍSICA PARA ABRIR NOVAS PERSPECTIVAS NO MUNDO MAS LOGO A SEGUIR SE ALGO CONSEGUIMOS, SOMOS AS VÍTIMAS DA LUTA QUE TRAVAMOS.

PAGAMOS CARO O PREÇO DA INSUBORDINAÇÃO, O PREÇO DA NOSSA RAZÃO E A SEDE DE JUSTIÇA, MAS LOGO SOMOS PRISIONEIROS DO SISTEMA QUE LIBERTAMOS.

SE FORMOS MUITOS TEREMOS FORÇA PARA IMPOR A NOSSA VONTADE, SE ESTIVERMOS DIVIDIDOS SOMOS PRESA FÁCIL DO HOMEM PREDADOR QUE ENLOUQUECE COM O PODER E LOGO PISA OS SEUS IRMÃOS.

DESILUDAM-SE OS QUE ALGUMA VEZ PENSARAM, PENSAM, QUE A BURGUESIA, O CAPITALISMO, ENTREGARÁ DE MÃO BEIJADA O PODER, OS SEUS LUXOS E PRIVILÉGIOS.

O QUE HÁ A FAZER É A REVOLUÇÃO SÉRIA E TOTAL, A LUTA DE MASSAS SEM TRÉGUAS NÃO DANDO QUALQUER OPORTUNIDADE AOS QUE SABEMOS JÁ DE HÁ SÉCULOS SEREM OS NOSSOS CARRASCOS SE VIVOS E ACTIVOS.
António Garrochinho
23
Mai18

DA TERRA PARA O MAR - A EVOLUÇÃO DAS BALEIAS

António Garrochinho
Conheça um pouco da trajetória desses majestosos animais que atravessaram as eras da Terra, entre mar e terra.

 https://bio-orbis.blogspot.com/2017/05/da-costa-para-o-mar-evolucao-das-baleias.html

VAMOS DESCOBRIR...

OS GIGANTES DOS OCEANOS

maior animal já encontrado é a incrível baleia-azul. Ela vive calmamente se alimentando a base filtraçãopelos oceanos. O aparato de filtragem é a barbatana, uma especialização de queratina (não esmalte), parecida com uma escova, derivada do epitélio oral que ocupa o local em que se esperaria que houvesse dentes na maxila superior. “Osso de baleia” é um nome enganoso para a barbatana. O termo não é apropriado porque não existe qualquer osso na barbatana. Devido ao fato da barbatana ser franjada, atua como um filtro segurando alimento presente na corrente da água que passa através dela.
A majestosa baleia-azul (Balaenoptera musculus). 

A preferência alimentar depende pouco das espécies, mas a maioria das baleias misticetas (baleias verdadeiras) filtra pequenos peixes ou crustáceos parecidos com camarões chamados Krill, os quais vivem em grupos densos. O alimento recolhido na barbatana é lambido pela língua e engolido.

Barbatanas. 

As baleias-azuis e baleias-jubartes representam um subgrupo de baleias de barbatana chamadas rorquais. Asbaleias-francas são o outro subgrupo. Em ambos os grupos, os dentes estão ausentes, as barbatanas estão presentes e o crânio é longo e arqueado para sustentar o equipamento de filtragem.

COMO ELAS SE ALIMENTAM?

Para se alimentar, as baleias-francas separam as suas maxilas ligeiramente e nadam através de cardumes dekrill. A corrente de água entra pela boca e passa pela parede lateral suspensa da barbatana. Aqui, o krill se enrosca na barbatana franjada e é lambido e engolido. A baleia-azul se alimenta de maneira diferente. Conforme se aproxima de uma cardume de peixes ou krill, abre bem a boca para nadar e engolir as presas concentradas e também a água. Sulcos pregueados ao longo do seu pescoço e barriga permitem que a garganta se infle como uma bolsa e se encha com essa enorme massa de água. Cerca de 70 toneladas de água são mantidas temporariamente na garganta expandida. A baleia, então, contrai a bolsa dilatada, forçando a água através da barbatana onde o alimento é filtrado, coletado pela língua e engolido.

Os pequenos Krills

Observou-se que as baleias-jubartes liberam bolhas de ar enquanto estão circundando um cardume de presasnadando acima delas. Conforme as bolhas de ar sobem, elas formam uma “nuvem de bolhas” que pode encurralar ou conduzir o cardume até a superfície à frente da baleia. A nuvem de bolhas pode também imobilizar ou confundir os cardumes de presas, fazendo com que se agrupem, ou pode disfarçar a baleia conforme se move para cima com a sua boca aberta pelo centro da nuvem de bolhas. Algumas baleias-jubartes começam a se alimentar na superfície batendo a sua cauda contra a água conforme mergulham. Assim que os lobós da cauda estão para reentrar na água, deixando uma efervescência de bolhas na superfície. Imagina-se que isso assuste as presas e as estimule a se agrupar bem juntas em um cardume. A baleia, então, libera uma nuvem de bolhas conforme mergulha, a qual é seguida por um bote para alimentação através da nuvem de bolhas para pegar a presa na sua boca.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae). 

NO REGISTRO FÓSSIL

Os fósseis de baleia mais antigos vêm do Oligoceno e apresentam semelhanças inconfundíveis com osmamíferos terrestres ancestrais. Dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares distintos estão presentes. A partir dessas primeiras baleias, duas linhagens recentes principais logo surgiram. Uma é a das baleias combarbatanas, formalmente chamadas de misticetas. A outra linhagem principal de baleias é a das baleias comdentes ou odontocetas, incluindo os cachalotes, as orcas e outras baleias com dentes.

Baleias do Mundo

Nas baleias com barbatanas e com dentes, o crânio é encaixado como em um telescópio. Alguns ossos são comprimidos entre si e até se sobrepõem e ainda assim um longo focinho persiste. Nas odontocetas, o prolongamento para trás dos ossos faciais cria o focinho. Nas misticetas, os ossos occipitais são empurrados para frente.

Evolução, do mais antigo ao derivado. 

Embora adquirido de forma diferente, o resultado é o mesmo – o posicionamento das narinas para uma posição mais central e dorsal. Quando uma baleia vai para a superfície para respirar, a posição das narinas permite a ventilação fácil dos pulmões e a entrada de ar fresco sem que a baleia tenha que tirar a sua cabeça inteira para ora da água.


www.bioorbis.org
23
Mai18

BELIZE - O Belize é um pequeno Estado soberano pertencente à comunidade das Caraíbas.

António Garrochinho





Conheça melhor esse fabuloso destino, que tem como o seu maior tesouro o verde e o azul.

Primeiramente, vamos nos orientar melhor:


O Belize é um pequeno país situado na costa nordeste da América Central. É limitado a norte pelo México, a leste pelo golfo de Honduras, banhado pelo mar das Caraíbas e ainda faz fronteira a sul e a oeste com a Guatemala.

Sua parte continental é de 290 km de norte a sul e 110 km de leste a oeste. Tem o inglês como seu idioma oficial, apesar de o crioulo belizenho e do castelhano serem comumente falados por aqui.

Este é o país com a mais baixa densidade da América Central, tendo uma população de pouco mais de 333.000 habitantes.b A abundância de espécies de fauna e flora e a sua diversidade de ecossistemas fazem do Belize um dos locais-chave do Corredor Biológico Mesoamericano.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Belize

Este é um país muito diverso e possui forte foco no turismo. Observe agora algumas lindas imagens de alguns lugares pelo Belize:










 

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Vid01: Great Blue Hole e Placencia


Vid02: Caye Caulker e San Pedro

 

Vid03: Como visitar as melhores ruínas maias e cavernas do país

tudorocha.blogspot.pt
23
Mai18

A BORBOLETA

António Garrochinho















Borboleta

A borboleta é considerada o símbolo da transformação. Entre outros, simboliza felicidade, beleza, inconstância, efemeridade da natureza e da renovação.
Borboleta

Metamorfose das Borboletas

A metamorfose das borboletas é simbolizada como: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser. A borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição ou pode representar a saída do túmulo.
Os estágios desse inseto (lagartacrisálida e borboleta) significam respectivamente vidamorte ressurreição, ou seja, a metamorfose cristã.

As Cores das Borboletas

Borboleta azul

Borboleta
Faz referência à metamorfose, portanto, da transformação que os seres humanos passam ao longo da vida, não só física (crescimento), como sociais (mudança de trabalho, casamento, nascimento de um filho, entre outros). A borboleta azul é por muitos considerada a borboleta da sorte.

Borboletas Coloridas

Borboleta
As borboletas coloridas são mensageiras de alegrias e felicidade.

Borboletas Pretas

Borboleta
São mensageiras da morte e têm, ainda, o significado da alma de uma criança que morreu ser ter recebido o Batismo ou simboliza uma bruxa reencarnada.

Borboleta Amarela

Borboleta
Simboliza uma nova vida, numa analogia às flores da primavera, cuja cor predominante é o amarelo.

Borboleta Branca

Borboleta
Por usa vez, a borboleta branca simboliza a serenidade, a calma, a paz.

A Borboleta e o Espiritismo

Uma vez que a borboleta é referência de renovação, para os espíritas, ela simboliza a reencarnação. A reencarnação é o regresso da alma para outro corpo, uma nova vida.
A borboleta é a alma que sai de uma pessoa que morre e se liberta (a saída do casulo). Ela vai para outra pessoa numa oportunidade de refazer a sua história de vida com mais experiência. Trata-se de um processo de desenvolvimento ou progressão da alma.

Outras Simbologias da Borboleta

A borboleta é o símbolo do renascimento para a psicanálise moderna, que é representada com asas de borboleta.
Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saía do corpo com forma de borboleta.
No Japão, a borboleta é o símbolo da gueixa e representa a figura feminina (mulher), visto que está associada à ligeireza, gentileza e graciosidade.
A felicidade matrimonial é simbolizada por duas borboletas (masculino e feminino) e, muitas vezes, sua figura é utilizada nos casamentos.
Ainda são vistas como espíritos viajantes, e quando aparecem anunciam uma visita ou a morte de uma pessoa próxima.

No mundo sino-vietnamita a borboleta exprime a longevidade ou está associada ao crisântemo. O crisântemo simboliza o outono, ou seja, a renovação, uma vez que no outono ocorre a queda das folhas.
Para os astecas e os maias, a borboleta simbolizava o deus do fogo Xiutecutli (conhecido também por Huehueteotl). Esse deus levava como emblema um peitoral chamado "borboleta de obsidiana", o qual simbolizava a alma ou o sopro vital que escapa da boca de quem está morrendo.
A borboleta no meio das flores representa a alma do guerreiro morto no campo de batalha.
Os Balubas e os Luluas do Kasai, do Zaire central, também associam a borboleta com a alma. Para eles, o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte.
A infância está associada a uma pequena lagarta. Na maturidade, a uma grande lagarta e, à medida que vai envelhecendo, se transforma em uma crisálida. O casulo é o túmulo de onde sai a sua alma, cuja forma é uma borboleta.
Além disso, o seu túmulo seria associado ao casulo, de onde a alma sairá sob a forma de uma borboleta. Por fim, os iranianos e alguns povos turcos da Ásia central acreditam que os defuntos podem aparecer de noite na forma de borboleta.
Na mitologia irlandesa, a borboleta simboliza a alma liberta de seu invólucro carnal, da mesma maneira que na simbologia cristã.
O conto Corte de Etain narra a a história do Deus Miter que se casa pela segunda vez com a deusa Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, a transforma em uma poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma em uma linda borboleta.
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23
Mai18

O MUSEU DOS DEDAIS

António Garrochinho


23
Mai18

VÍDEOS - LEOPARDOS FAMINTOS A PESCAR

António Garrochinho


BBC Earth publicou recentemente imagens incríveis de uma família de leopardos em Botswana, ao lado de vizinhos menos amigáveis: leões, cães selvagens e hienas. A competição por comida é difícil e, se quiserem sobreviver, precisam aprender uma nova habilidade: precisam aprender a pescar. Nos dois vídeos, que ilustram esta entrada do blog, narrados por David Attenborough, uma mãe leopardo e seus dois filhotes são observados enquanto arriscam o que parece ser uma refeição em potencial. A música de fundo foi uma excelente escolha para este vídeo.

VÍDEO


Triste a vida desses bagres africanos, primeiro passam por uma lenta evaporação da água, e logo começam a respirar água com lama... depois só lama. Ainda assim são capazes de sobreviver no barro raso por longos períodos de tempo, e quando o poço seca de vez podem se arrastar em solo seco para buscar novas fontes de água. O grande predador vira a presa mais frágil.

No segundo vídeo, podemos ver os leopardos exercendo sua nova aprendizagem enquanto caçam bagres à noite.

VÍDEO


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23
Mai18

HITLER NÃO FUGIU ! MORREU MESMO NO BUNKER EM 1945

António Garrochinho
Hitler morreu em um bunker em Berlim, com 56 anos, na Segunda Guerra Mundial para a maior parte da população, no entanto, para um pequeno reduto ele viveu até os 86 em Nossa Senhora do Livramento, no Mato Grosso, ou então na Argentina ou ainda em uma base oculta na Antártida, ou inclusive, a melhor de todas, no lado oculto da Lua, para que nunca pudesse ser identificado. O primeiro estudo desde a guerra volta a desmentir todas estas teorias descabeladas.

Não, Hitler não fugiu para o Pantanal: o primeiro estudo de seus restos confirma que morreu no bunker em 1945
Ao que parece, o trabalho não foi tarefa fácil. Nos últimos 73 anos, o suposto cadáver de Hitler foi queimado, enterrado em segredo, desenterrado pelos soviéticos, escondido pela KGB e finalmente destruído. Não só isso, enquanto, a pessoa de Hitler apareceu nas fantasias de todo tipo de conspirações que fazem questão de que seu corpo é falso.

Este foi o ponto de partida de uma equipe de patologistas franceses, que convenceram o governo russo para inspecionar os dois últimos restos conhecidos de Hitler: um pedaço da bala disparada em seu crânio e um conjunto de dentes.

VÍDEO

Os restos dos dentes foram recolhidos por um grupo de soldados soviéticos que descobriram a fortaleza onde Hitler e seu pequeno séquito de fiéis passaram seus últimos dias. Foi ali onde os soldados das SS colocaram fogo em seus restos e os de sua amante, Eva Braun. Portanto, era a primeira vez que pesquisadores de fora de Rússia tinham acesso aos dentes, em poder do serviço da inteligência da Rússia, o FSB.

Contam os pesquisadores que Hitler tinha dentes notoriamente em péssimo estado e quando morreu só lhe restavam alguns poucos. Segundo concluem em seu trabalho:
A dentição coincide com as descrições dadas pelo dentista de Hitler e não revelaram rastros de carne, o que é coerente com o fato de que o Führer era vegetariano. Os dentes foram facilmente identificáveis devido as próteses e pontes notáveis e incomuns descritas pelo dentista pessoal de Hitler, Hugo Blaschke e seu assistente, Kathe Heusermann. Portanto, eram autênticos, não há nenhuma dúvida, e nosso estudo demonstra que Hitler morreu em 1945.

Desta forma, podemos deter todas as teorias da conspiração sobre Hitler. Não fugiu à Argentina em um submarino, não casou com uma negra em Mato Grosso, nem está em uma base oculta na Antártida ou do lado oculto da Lua.
De fato, e deixando de lado os OVNIs e bases lunares, o que sim é verdade é que várias figuras importantes dos nazistas escaparam depois da guerra, e muitos deles encontraram refúgio na América do Sul, onde alguns países os acolheram (ou toleraram).
Fonte: WP.



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23
Mai18

OS CHIMPANZÉS TÊM PARTEIRAS

António Garrochinho

Um grupo de cientistas da Universidade de Pisa, na Itália, confirmaram que os bonobos, também chamados chimpanzés pigmeus, desfrutam de um tipo de assistência médica durante o parto, quando outras fêmeas do grupo rodeiam à parturiente e a protegem em seu momento mais vulnerável. Elisa Demuru, a principal pesquisadora do estudo, acredita que querem mostrar à futura mãe que estão ali para apoiá-la e protegê-la. Ela observou bonobos parindo em cativeiro em numerosas ocasiões e viram como outras fêmeas ficam perto da mãe, matando a moscas e inclusive tentando segurar o bebê quando sai.

Estudos anteriores tinham assinalado que a assistência médica durante o parto era exclusiva dos humanos, mas o estudo do comportamento dos bonobos desafia esta ideia. Diferente de outros chimpanzés, os bonobos não se afastam no momento do parto. Segundo a pesquisadora, as fêmeas de bonobos geralmente não estão relacionadas entre si. No entanto, os vínculos que formam entre elas lhes permitem dominar os machos com os quais se relacionam.

VÍDEO
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23
Mai18

ESPECIAL - Sanja Matsuri, o festival em que a máfia japonesa exibe seu poder

António Garrochinho
No festival Sanja Matsuri, dedicado aos fundadores do templo budista Senso-ji, que é celebrado a cada terceiro fim de semana de maio em o bairro de Asakusa, em Tóquio, muitos japoneses mostram seus corpos cobertos de tatuagens integrais. Ainda que estão associados com o crime organizado conhecido como yakuza, também fazem parte do culto budista. Para mostrar ao mundo, ambos grupos e outros entusiastas aproveitam um dos eventos anuais mais movimentados do Japão.

Na capital japonesa não é segredo para ninguém que a organização do Sanja Matsuri (literalmente, "o festival dos três santuários") corre a cargo da Yakuza, a temida máfia local.
Sanja Matsuri, o festival em que a máfia japonesa exibe seu poder 01
Durante o resto do ano, os membros do crime organizado tentam passar relativamente desapercebidos.
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Resulta difícil identificá-los, disseminados como estão em todos os âmbitos onde praticamente agem na sombra.
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De fato eles somem praticamente qualquer atividade da sociedade e da economia japonesas.
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Durante esta sorte de procissão, os espectadores não param de cantar e dançar música tradicional.
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Nos três dias participam mais de dois milhões de pessoas, entre locais e turistas
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E também consomem muitíssimo álcool.
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O Sanja Matsuri é uma festa vibrante em todos os sentidos.
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Tanto pela quantidade de gente quanto pela atmosfera carregada de energia experimentada.
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Também pelo ruído ensurdecedor dos taiko (tambores japoneses), flautas, assovios e gritos das pessoas alentando os extenuados portadores dos "mikoshi", andores pequenos mais muito pesados.
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A festa é celebrada em honra das três pessoas que são consideradas fundadores do templo Senso-ji.
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A lenda conta que uma manhã de março do ano 628 dois irmãos pescadores, Hinokuma Hamanari e Hinokuma Takenari, encontraram em suas redes uma estátua da deusa Kannon.
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Hajino Nakatomo, um homem rico, explicou-lhes de quem era a estátua e introduziu os irmãos no budismo.
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Os três homens consagraram a relíquia do Bodhisattva Kannon em um pequeno templo que é hoje em dia o mais antigo de Tóquio.
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Durante o Sanja Matsuri, os Yakuza mostram todo seu poder pelas ruas do bairro de Asakusa.
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Centenas de membros dos clãs mafiosos despojam-se de seus trajes tradicionais e usam apenas o "fundoshi" (aquela "fralda" própria dos lutadores de sumo).
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Exibem orgulhosos suas coloridas tatuagens, que são umas das peculiaridades mais características dos Yakuza.
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As tattoos revelam, entre outras coisas, a faixa de cada um de seus membros na organização, o clã ao que se pertence ou o lema do mesmo.
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Os novatos começam com tatuagens pequenas e, à medida que escalam no clã, vão cobrindo seu corpo de dragões e referências à genealogia samurai.
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Tanto a polícia quanto os locais são conscientes que o crime organizado manda durante o Sanja Matsuri.
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A explicação deste "respeito" se deve ao fato de que, em muitos lugares do Japão, a Yakuza não só infunde temor, senão que também impõe a lei e a ordem.
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Não em vão, depois de alguns dos grandes desastres que sofreram o país, como o tsunami de 2011, os diferentes clãs se mobilizaram anonimamente em tarefas de ajuda às populações afetadas.
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Eles enviaram centenas de caminhões carregados de alimentos, água, mantas e acessórios sanitários às regiões afetadas. Em algum caso, sua atuações foram mais eficazes que as do próprio Governo Japonês.


VÍDEO



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23
Mai18

A História Russa do Dia-V (ou a História da Segunda Guerra Mundial poucas vezes Ouvida no Ocidente) - Michael Jabara Carley

António Garrochinho



Professor de História contemporânea na Universidade de Montreal, Michael Jabara Carley conta aqui o papel da União Soviética contra o nazismo. Depois ele analisa a maneira como esta história tem sido propositadamente deformada pelos Anglo-Saxónicos e é deturpadamente ensinada no mundo Ocidental.







A cada 9 de Maio, a Federação Russa celebra o seu mais importante feriado nacional, o Dia da Vitória, "den´pobedy". Nesse dia, em 1945, o Marechal Georgy Konstantinovich Zhukov, Comandante da 1ª Frente Bielorrussa, que atacara Berlim, recebeu a rendição Alemã incondicional. A Grande Guerra Patriótica durara 1418 dias de inimaginável violência, brutalidade e destruição. Desde Stalingrado, do norte do Cáucaso e da periferia noroeste de Moscovo até às fronteiras ocidentais da União Soviética, a Sebastopol no sul, Leningrado e as fronteira com a Finlândia, no norte, o país fora devastado. Uns estimados 17 milhões de civis, homens, mulheres e crianças haviam morrido, embora ninguém jamais saiba os números exactos. Aldeias e cidades foram destruídas; as famílias foram dizimadas sem restar ninguém para lembrá-las ou chorar a sua morte.
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A maioria dos cidadãos Soviéticos perdeu membros da família durante a guerra. Ninguém escapou sem ser afectado. 
Dez milhões, ou mais, de soldados Soviéticos morreram na luta para expulsar o monstruoso invasor Nazista e finalmente ocupar Berlim, no fim de Abril de 1945. Os mortos do Exército Vermelho ficaram sem enterro em milhares de lugares ao longo das rotas para o ocidente ou em valas comuns anónimas, não tendo havido tempo para identificação adequada e enterro. A maioria dos cidadãos Soviéticos perdeu membros da família durante a guerra. Ninguém escapou sem ser afectado.
A Grande Guerra Patriótica começou às 3h30 do dia 22 de Junho de 1941, quando a Wehrmacht Nazista invadiu a União Soviética, ao longo de uma frente estendendo-se do Báltico ao Mar Negro com 3,2 milhões de soldados Alemães, organizados em 150 divisões, apoiadas por 3.350 tanques, 7.184 peças de artilharia, 600.000 camiões (caminhões-br), 2.000 aviões de guerra. Forças Finlandesas, Italianas, Romenas, Húngaras, Espanholas, Eslovacas, entre outras, acabaram por se juntar ao ataque. O Alto-comando Alemão calculou que a Operação Barbarossa levaria apenas 4 a 6 semanas para acabar com a União Soviética. No Ocidente, as Inteligências militares dos EUA e da Inglaterra estavam de acordo. Além disso, que força tinha conseguido bater a Wehrmacht? A Alemanha Nazista era o colosso invencível. A Polónia havia sido esmagada em poucos dias. A tentativa Anglo-Francesa de defender a Noruega fora um fiasco. Quando a Wehrmacht atacou a ocidente, a Bélgica apressou-se a desistir da luta. A França colapsou em poucas semanas. O Exército Britânico foi expulso de Dunquerque, nu, sem armas ou camiões. Na Primavera de 1941, a Jugoslávia e a Grécia desapareceram em questão de semanas, com pouco custo para os invasores Alemães.
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As perdas do Exército Vermelho eram inimagináveis, dois milhões de soldados perdidos nos primeiros três meses e meio de guerra. 
Onde quer que a Wehrmacht avançasse na Europa, era um passeio ... até aquele dia em que os soldados Alemães atravessaram as fronteiras Soviéticas. O Exército Vermelho foi apanhado (pego-br) de surpresa, a meio de medidas de mobilização, porque o ditador Soviético Joseph Stalin não acreditou nos relatórios da sua própria Inteligência avisando para o perigo, ou não quis provocar a Alemanha Hitleriana. O resultado foi uma catástrofe. Mas, ao contrário da Polónia e ao contrário da França, a URSS não desistiu da luta após as esperadas 4 a 6 semanas. As perdas do Exército Vermelho foram inimagináveis, dois milhões de soldados perdidos nos primeiros três meses e meio da guerra. As províncias Bálticas foram perdidas. Smolensk caiu e depois Kiev, na pior derrota da guerra. Leningrado foi cercada. Um velho perguntou a alguns soldados: «De onde se estão vocês retirando?» Havia calamidades por toda parte, numerosas demais para serem mencionadas. Mas, em lugares como a fortaleza de Brest e em centenas de anónimos campos e bosques, entroncamentos, aldeias e cidades, as unidades do Exército Vermelho lutaram muitas vezes até ao último soldado. Lutaram até quebrar cercos para voltar às suas próprias linhas ou desaparecer nas florestas e pântanos da Bielorrússia e no noroeste da Ucrânia para organizar as primeiras unidades de "partisans" afim de atacar a retaguarda Alemã. No final de 1941, três milhões de soldados Soviéticos tinham sido perdidos (o maior número sendo de prisioneiros de guerra que morreram em mãos Alemãs); 177 divisões foram aniquiladas da ordem de batalha Soviética. Ainda assim, o Exército Vermelho combateu, forçando mesmo os alemães a recuar em Yelnya, sudeste de Smolensk, no fim de Agosto. A Wehrmacht sentiu a mordidela (mordida-br) do combalido mas não derrotado Exército Vermelho. As forças Alemãs sofriam 7.000 baixas num dia, uma nova experiência para elas.
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Em lugares como a fortaleza de Brest, as unidades do Exército Vermelho lutaram muitas vezes até o último soldado. 
À medida que a Wehrmacht avançava, "Einsatzgruppen", esquadrões da morte das SS, seguiam o trilho, matando judeus, ciganos, comunistas, prisioneiros de guerra soviéticos ou qualquer um que se metesse à frente do seu caminho. Colaboradores Nazistas Baltas e Ucranianos ajudaram nos assassínios em massa. Mulheres e crianças Soviéticas foram despidas e forçadas a fazer fila, esperando por execução. Quando o inverno chegou, soldados alemães enregelados atiraram em aldeões ou obrigaram-nos a sair das suas casas, vestidos com farrapos como mendigos, roubando-lhes o lar, roupas de inverno e comida.
No Ocidente, aqueles que previam um rápido colapso Soviético, os habituais Sovietófobos ocidentais, fizeram figura de estúpidos e tiveram que engolir as suas previsões. A opinião pública percebeu que a Alemanha Hitleriana havia entrado num vespeiro, e não numa outra campanha tipo França. Enquanto o homem da rua Britânico vibrava com a Resistência soviética, o governo Britânico pouco fazia para ajudar. Alguns ministros do Governo estavam até relutantes em chamar aliada à União Soviética. Churchill recusou deixar a BBC tocar o hino nacional Soviético, a "Internacional", nas noites de Domingo, junto com os de outros aliados.
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A opinião pública Ocidental percebeu que a Alemanha Hitleriana tinha entrado num vespeiro, e não numa outra campanha tipo França. 
O Exército Vermelho ainda recuou, mas continuando a lutar desesperadamente. Esta não foi uma guerra comum, antes um combate de uma violência sem paralelo contra um invasor assassino pelo lar, família, país, pela própria vida. Em Novembro, o Exército Vermelho lançou um panfleto sobre as linhas Alemãs, citando Carl von Clausewitz, o teórico militar Prussiano: «É impossível aguentar ou conquistar a Rússia». Isso foi uma real bravata atendendo às circunstâncias, mas também verdadeiro. Finalmente, na frente de Moscovo, em Dezembro de 1941, o Exército Vermelho, sob o comando de Jukov, empurrou as exaustas forças da Wehrmacht para trás, para sul, até trezentos quilómetros. A imagem de invencibilidade Nazista foi desfeita em pedaços. A "Barbarossa" era demasiado ambiciosa, a "blitzkrieg" falhara e a Wehrmacht sofreu a sua primeira derrota estratégica. Em Londres, Churchill concordou, a contragosto, deixar a BBC tocar o hino nacional Soviético.
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A imagem da invencibilidade nazista foi feita em pedaços. 
Em 1942, o Exército Vermelho continuou a sofrer derrotas e pesadas perdas, enquanto lutava quase sozinho. Contudo, em Novembro desse ano, em Estalingrado, no Volga, o Exército Vermelho lançou uma contra-ofensiva, que levou a uma notável vitória e à retirada da Wehrmacht de volta às suas linhas de partida da Primavera de 1942 ... excepto para o Sexto Exército Alemão; apanhado no bolsão de Estalinegrado. Aí, 22 divisões Alemãs, algumas das melhores de Hitler, foram destruídas. Estalinegrado foi o Verdun da Segunda Guerra Mundial. «É o inferno», disse um soldado. «Não ... isto é dez vezes pior que o inferno», corrigiu alguém. No fim dos combates do inverno de 1943, as perdas do Eixo eram assombrosas : 100 divisões Alemãs, Italianas, Romenas e Húngaras foram destruídas ou incapacitadas. O Presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, estimou que a maré da batalha virara : a Alemanha Hitleriana estava condenada.
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Mulheres-soldado durante a batalha de Estalinegrado.
Decorria Fevereiro de 1943. Nesse mês não havia uma única divisão Britânica, Americana ou Canadiana lutando na Europa contra a Wehrmacht. Nem uma. Ainda passaram dezasseis meses até ao desembarque na Normandia. Os Britânicos e Norte-americanos estavam, então, combatendo duas ou três divisões Alemãs no Norte de África, um acontecimento secundário em comparação com a frente Soviética. A opinião pública Ocidental sabia quem estava a carregar o fardo da guerra contra a Wehrmacht. Em 1942, 80% das divisões do Eixo estavam cometidas contra o Exército Vermelho. No início de 1943, havia 207 divisões Alemãs na Frente Leste. Os Alemães tentaram um último sopro, uma última ofensiva contra a bolsa de Kursk, em Julho de 1943. Essa operação falhou. O Exército Vermelho lançou então uma contra-ofensiva através da Ucrânia, a qual levou à libertação de Kiev em Novembro. Mais a Norte, Smolensk tinha sido libertada no mês anterior.
O espírito do povo Soviético e do seu Exército Vermelho era formidável. O correspondente de guerra Vasilii Semenovich Grossman capturou a sua essência nos seus diários pessoais. «Noite, Tempestade de Neve», escreveu ele no início de 1942, «Veículos, Artilharia. Movem-se em silêncio. Súbitamente, ouve-se uma voz rouca. "Ei, qual é a estrada para Berlim?" Rebenta uma trovoada de risos».
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A opinião pública Ocidental sabia quem estava a carregar o fardo da guerra contra a Wehrmacht 
Houve soldados que nem sempre foram corajosos. Às vezes fugiram. «Um comissário de batalhão armado com dois revólveres começou a gritar: "Para onde estão vocês a fugir seus filhos da p..., para onde? Para a frente, pela nossa Pátria, por Jesus Cristo, filhos da p...! Por Estaline, fdp...!"...» Eles voltaram para as suas posições. Esses tipos tiveram sorte; o Comissário podia ter atirado sobre todos eles. Por vezes fê-lo. Um soldado ofereceu-se para executar um desertor. «Sentiste alguma pena dele?», perguntou Grossman. «Como pode alguém falar de pena», replicou o soldado. Em Estalinegrado, sete Usbeques foram considerados culpados de ferimentos auto-infligidos. Foram todos fuzilados. Grossman leu uma carta encontrada no bolso de um soldado Soviético morto. «Eu sinto muito a sua falta. Por favor, venha visitar-nos ... Eu estou a escrever isto, e as lágrimas estão a cair. Papá (papai-br), por favor venha para casa visitar-nos.
As mulheres lutaram ao lado dos homens como snaipers, artilheiros, tanquistas, pilotos, enfermeiras, "partisans". Elas também mantiveram a frente interna a andar. «As aldeias tornaram-se o reino das mulheres», escreveu Grossman, «Elas conduzem (dirigem-br) tratores, guardam armazéns e estábulos… As mulheres carregam sobre os ombros o grande fardo do trabalho. Elas impõem-se … mandam pão, aviões, armas e munições para a frente». Quando a guerra estava a ser travada no Volga, elas não censuraram os seus homens por terem cedido tanto terreno. «As mulheres olham e não dizem nada», escreveu Grossman, «… nem uma palavra azeda». Mas nas aldeias próximas à frente, por vezes elas falavam.
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Era apenas uma questão de tempo até à destruição da Alemanha Nazista 
No entretanto, os aliados Ocidentais atacaram a Itália. Estaline havia há muito exigido uma segunda frente em França, à qual Churchill resistiu. Ele queria atacar o "ventre mole" do Eixo, não para ajudar o Exército Vermelho, mas para impedir o seu avanço para os Balcãs. A ideia era avançar rapidamente para norte até a bota Italiana, depois carrilar para leste rumo aos Balcãs afim de manter o Exército Vermelho afastado. O caminho para Berlim, contudo, era norte-nordeste. O plano de Churchill foi um fracasso; os Aliados Ocidentais só chegaram a Roma em Junho de 1944. Havia, aproximadamente, 20 divisões Alemãs em Itália lutando contra forças Aliadas superiores. No Leste, ainda havia mais de duzentas divisões do Eixo, ou seja, dez vezes mais que as da Itália. Em 6 de Junho de 1944, quando a Operação Overlord começou na Normandia, o Exército Vermelho estava nas fronteiras da Polónia e da Romênia. Uma quinzena depois dos desembarques na Normandia, o Exército Vermelho lançou a Operação Bagration, uma enorme ofensiva que incendiou o centro da frente oriental Alemã e levou a um avanço de 500 quilómetros para oeste, enquanto os Aliados Ocidentais permaneciam retidos na Península de Cotentin na Normandia. O Exército Vermelho tornara-se um imparável rolo compressor. Era apenas uma questão de tempo até à destruição da Alemanha Nazista. Quando a guerra terminou, em Maio de 1945, o Exército Vermelho fora responsável por 80% das perdas da Wehrmacht, e essa percentagem (porcentagem-br) seria ainda muito maior antes da invasão da Normandia. «Aqueles que nunca experimentaram toda a agrura do Verão de 1941», escreveu Vasily Grossman, «nunca serão capazes de apreciar plenamente a alegria da nossa vitória». Houve muitos hinos de guerra cantados pelas tropas e pelo povo para manter o moral elevado. "Sviashchennaia voina", «Guerra Sagrada» era um dos mais populares. Os Russos ainda se poem em sentido quando o ouvem.
Os historiadores discutem muitas vezes sobre o momento em que ocorreu a viragem decisiva da batalha no teatro Europeu. Alguns propõem 22 de Junho de 1941, o dia em que a Wehrmacht cruzou as fronteiras Soviéticas. Outros apontam para as batalhas de Moscovo, Estalinegrado ou Kursk. Durante a guerra, a opinião pública Ocidental pareceu mais apoiante do Exército Vermelho do que alguns líderes Ocidentais, Winston Churchill, por exemplo. Roosevelt muito melhor, um líder político mais pragmático, que reconheceu facilmente o preponderante papel Soviético na guerra contra a Alemanha Nazista. O Exército Vermelho, disse ele a um general céptico em 1942, estava a matar mais soldados alemães e a destruir mais tanques alemães do que todos os outros Aliados em conjunto. Roosevelt sabia que a União Soviética era o eixo da grande coligação (coalizão-br) contra a Alemanha Nazista. Eu chamo FDR o padrinho da «grande aliança». No entanto, nas sombras espreitavam os habituais inimigos da União Soviética, que estavam apenas esperando o momento certo antes de emergirem novamente. Quanto maior a certeza da vitória sobre a Alemanha Nazista, mais palavrosos e estridentes se tornaram os pessimistas da grande aliança.
Os Norte-americanos podem sentir-se melindrados quanto à memória do Exército Vermelho desempenhando o papel condutor na destruição da Wehrmacht. «E quanto ao "Lend-Lease"», dizem eles, «sem os nossos suprimentos, a União Soviética não poderia ter batido os Alemães”. De facto, a maioria dos suprimentos do Lend-Lease só chegou à URSS depois de Estalinegrado. Os soldados do Exército Vermelho chamavam ironicamente às latas de comida "Lend-Lease" a «segunda frente», uma vez que a real chegava atrasada. Em 1942, a indústria Soviética estava já ultrapassando a Alemanha Nazista nas principais categorias de armamento. Era o T-34 um tanque Americano ou Soviético? Um Estaline diplomata sempre se lembrou de agradecer ao governo dos EUA pelos jipes e camiões Studebaker. Eles aumentaram a mobilidade do Exército Vermelho. Você contribuiram com o alumínio, nós contribuímos com o sangue ... rios de sangue, foi a famosa resposta dos Russos.
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O homem da rua na Europa e nos Estados Unidos sabia muito bem quem tinha carregado o fardo contra a Wehrmacht. 
Ainda mal a guerra terminara, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos começaram a pensar acerca de uma outra guerra, desta vez contra a União Soviética. Em Maio de 1945, o Alto-comando Britânico apresentou a Operação «Impensável», um plano altamente secreto para uma ofensiva, reforçada por prisioneiros de guerra Alemães, contra o Exército Vermelho. Que bastardos, que ingratos. Em Setembro de 1945, os Norte-Americanos contemplaram o uso de 204 bombas atómicas para destruir a União Soviética. O padrinho, o Presidente Roosevelt, tinha morrido em Abril e, em algumas semanas, os Sovietófobos Americanos estavam já revertendo a sua política. A grande aliança foi apenas uma trégua na Guerra Fria, a qual começara após a tomada de poder Bolchevique, em Novembro de 1917, e foi retomada em 1945.
Naquele ano, os governos dos EUA e do Reino Unido ainda tiveram que enfrentar a opinião pública. O homem da rua na Europa e nos Estados Unidos sabia muito bem quem tinha carregado o fardo contra a Wehrmacht. Não se podia retomar a velha política de ódio contra a União Soviética à toa sem sujar a memória do papel do Exército Vermelho na vitória comum sobre a Alemanha Hitleriana. Assim, as memórias do Pacto de não-agressão Nazista-Soviético, de Agosto de 1939, foram tiradas do armário, embora as memórias da prévia oposição Anglo-Francesa às propostas Soviéticas de segurança colectiva contra a Alemanha Nazista e especialmente a traição à Tchecoslováquia fossem omitidas da nova narrativa Ocidental. Como ladrões da noite, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos assaltaram a verdadeira narrrativa da destruição da Alemanha Nazista.
Já em Dezembro de 1939, os Britânicos planeavam (planejavam-br) publicar um livro branco culpando Moscovo pelo fracasso das negociações da aliança Anglo-Franco-Soviética durante a Primavera e Verão anteriores. Os Franceses objectaram porque era mais provável que o livro branco persuadisse a opinião pública de que o lado Soviético havia sido sério quanto à resistência à Alemanha Nazista, enquanto os britânicos e os franceses não haviam. O livro branco foi metido na gaveta. Em 1948, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma coleção de documentos atribuindo a culpa pela Segunda Guerra Mundial a Hitler e a Estaline. Moscovo ripostou com a sua própria publicação demonstrando as afinidades Ocidentais com o Nazismo. A luta continuou no Ocidente para lembrar a União Soviética do Pacto de não-agressão e apagar o papel preponderante do Exército Vermelho no esmagamento da Wehrmacht.
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No final da guerra, memórias do Pacto de não-agressão Nazi-Soviético, de Agosto de 1939, foram tiradas do armário. 
Quantos de vós não viram algum filme de Hollywood em que os desembarques na Normandia são o grande ponto de viragem da guerra? «E se os desembarques tivessem falhado», ouve-se muitas vezes ? «Oh ... grande coisa», é a resposta apropriada. A guerra teria durado mais e o Exército Vermelho teria plantado as suas bandeiras nas praias da Normandia vindo do leste. Depois há os filmes sobre a campanha Aliada de bombardeamentos contra a Alemanha, como o factor «decisivo» para ganhar a guerra. Nos filmes de Hollywood acerca da Segunda Guerra Mundial o Exército Vermelho é invisível. É como se os Norte-americanos (e os Britânicos) estivessem reivindicando louros que não ganharam.
Eu gosto de perguntar aos alunos do meu curso universitário sobre a Segunda Guerra Mundial, quem já ouviu falar da operação Overlord? Todos levantam a mão. Então pergunto quem ouviu falar da Operação Bagration? Quase ninguém levanta a mão. Ironicamente pergunto quem «ganhou» a guerra contra a Alemanha Nazista e a resposta é «América», claro. Apenas uns poucos alunos —normalmente aqueles que tiveram outros cursos comigo— responderão a União Soviética.
A verdade é um trabalho árduo num mundo Ocidental onde as «fake news» ("notícias forjadas") são a norma. A OSCE e o Parlamento Europeu atiram a culpa da Segunda Guerra Mundial para a União Soviética, leia-se Rússia e o Presidente Vladimir Putin, como a mensagem subliminar. Hitler é quase esquecido nesta cacofonia de acusações sem provas. Por trás da falsa narrativa histórica estão os estados Bálticos, a Polónia e a Ucrânia, cuspindo ódio contra a Rússia. Os Baltas e a Ucrânia recordam agora os colaboracionistas Nazis como heróis nacionais e celebram os seus feitos. Na Polónia, para algumas pessoas, isso é difícil de engolir; eles lembram os colaboracionistas Nazis Ucranianos que assassinaram dezenas de milhar de Polacos (poloneses-br) em Volhynia. Infelizmente, tais memórias não impediram hooligans Polacos de vandalizar monumentos aos mortos de guerra do Exército Vermelho ou de profanar cemitérios de guerra Soviéticos. Os «nacionalistas» Polacos não conseguem suportar a memória do Exército Vermelho libertando a Polónia do invasor Nazista.
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Os veteranos, menos a cada ano que passa, saem à rua vestindo uniformes que muitas vezes não lhes caiem muito bem ou jaquetas surradas cobertas com medalhas e ordens de guerra. 
Na Rússia, contudo, a propaganda mentirosa do Ocidente não surte efeito. A União Soviética produziu os seus próprios filmes, e a Federação Russa também, acerca da Segunda Guerra Mundial, mais recentemente sobre a defesa da fortaleza de Brest e de Sebastopol, e a batalha de Estalinegrado. Todos os anos, a 9 de Maio, os Russos lembram os milhões de soldados que lutaram e morreram, e os milhões de civis que sofreram e morreram às mãos do invasor Nazista. Os veteranos, menos a cada ano que passa, saem à rua vestindo uniformes que muitas vezes não lhes caiem bem ou jaquetas surradas cobertas com medalhas e ordens de guerra. «Tratem-nos com tacto e respeito», escreveu Zhukov nas suas memórias: «É um pequeno preço depois do que fizeram por vós em 1941-1945». Como se consegue, perguntei-me a mim próprio observando-os no Dia da Vitória há alguns anos atrás, como se aguenta, vivendo constantemente com a morte e tanta tristeza e sofrimento?
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Uma marcha do Regimento Imortal em Moscovo 
Agora, em cada ano no Dia da Vitória, o «regimento imortal», o "bessmertnyi polk", marcha; Russos em cidades e vilas por todo o país e no exterior, marcham juntos carregando grandes fotografias de membros da família, homens e mulheres, que lutaram na guerra. «Nós recordamos», eles querem dizer : «e nunca nos esqueceremos de vocês».


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23
Mai18

MORREU JÚLIO POMAR

António Garrochinho
Júlio Artur da Silva Pomar[

(Lisboa10 de janeiro de 1926 - Lisboa, 22 de maio de 2018) foi um artista plástico/pintor português. Pertenceu à 3ª geração de pintores modernistas portugueses, sendo autor de uma obra multifacetada, centrada na pintura, desenho, cerâmica e gravura, com importantes desenvolvimentos nos domínios da tridimensão (esculturaassemblage) ou da escrita. 

Os primeiros anos da sua carreira estão ligados à resistência contra o regime do Estado Novo e à afirmação do movimento neorrealista em Portugal, marcando a especificidade deste no contexto europeu. 

Teve uma ação artística e cívica intensa ao longo das décadas de 1940 e 1950 e é consensualmente considerado o mais destacado dos cultores do neorrealismo nacional.
Começa a distanciar-se do ativismo político e do idioma figurativo inicial na segunda metade da década de 1950 e, em 1963, radica-se em Paris. 

Sem nunca abandonar o pendor figurativo, liberta-se do compromisso neorrealista, enveredando pela "exploração de práticas pictóricas diversas que o centrarão na pintura enquanto tal, interrogando as suas formas, composições e processos, pintando das mais variadas maneiras na exploração ou na recusa das possibilidades que o seu tempo lhe abriu".
Ao longo das últimas quatro décadas tem abordado uma grande variedade de universos temáticos, da reflexão autorreferencial ao erotismo, do retrato às alusões literárias e matéria mitológica. 

E do ponto de vista formal encontramos idêntica riqueza de meios e soluções. "A obra de Júlio Pomar constrói sucessivas cadeias de relações formais e semânticas entre os diferentes materiais, processos e técnicas".
Grandes exposições realizadas nas últimas décadas (Fundação Calouste GulbenkianMuseu de Arte Contemporânea de SerralvesSintra Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo; museus de São PauloRio de JaneiroBrasília; etc.) consagraram a sua obra, que se destaca como uma das mais significativas expressões da criação artística portuguesa contemporânea.
Morreu no dia 22 de maio de 2018, no Hospital da Luz, em Lisboa.
23
Mai18

ABRAM OS OLHOS !

António Garrochinho


Malta, tenho visto pessoal a partilhar um apelo a uma concentração contra o aumento dos combustíveis na "ponte salazar". Se o facto de alguém se referir assim à Ponte 25 de Abril não vos deixa em alerta, eu ajudo:
O grupo de origem é um grupo de apoio a um juiz em que TODOS os administradores são dirigentes do PNR. Como é que eu sei? Porque é fácil de ver.

Portanto, protestem. Organizem-se. Lutem. Lembrem-se que em 2002, quando foi liberalizado o mercado dos combustíveis, o PCP avisou que isso iria encarecer o combustível. Na altura chamaram-nos velhos dos Restelo. Está aí o resultado.

Agora, por favor, metam a mão na consciência e não se tornem um número para o populismo de extrema-direita. Não se vendam ao fascismo em troca da promessa de gasolina barata.
23
Mai18

NÃO VER TELEVISÃO

António Garrochinho



Dizia-me há dias um amigo que há anos que não via televisão. Estranhei. Tratava-se de uma pessoa altamente responsável, antigo quadro político de âmbito nacional, com inúmeras e permanentes provas, ao longo dos tempos, de interesse e participação na vida da comunidade. Percebi que acima de tudo se tratava de uma sustentável aversão ao quotidiano informativo que a televisão reproduz. E concluo que ele tinha toda a razão. Eu próprio sinto o mesmo.
Ele fartara-se (é o termo certo!) das manobras de manipulação daquela cambada de cartilheiros ao serviço do império, ao serviço do dinheiro, ao serviço do poder de facto. Ele, habituado ao confronto de ideias, á dialéctica da opinião baseada na razão, ao respeito pela pluralidade, fartara-se enojado do discurso previsível, do maniqueísmo, da falsidade informativa de tantos avençados. Sim, que quem domina modernamente nas televisões, quem instrumentaliza a informação, os conteúdos, as agendas, é gente que só subiu na carreira mostrando uma certa fidelidade, beijando mãos enluvadas, silenciando realidades incómodas. O jornalismo deixou de ser ético, escola, compromisso com a verdade e passou a ser detergente para amaciar consciências. A máquina desinformadora é global, sem cedências fáceis á qualidade.
São paradoxalmente amigos do Trump, apesar de o considerarem idiota. São amigos de Israel, apesar de saberem ser um Estado terrorista. São amigos das petro-monarquias árabes, apesar de as considerarem medievais e reaccionárias. São amigos dos populistas neofascistas, apesar de os considerarem anacrónicos.
Nas suas bocas há sempre um visco, um ódio profundo contra os resistentes, os não-alinhados, os independentes, os defensores de alternativas. Não citarei alguns dos seus nomes, por serem o que são. E produzirem o que produzem: lixo informativo, nauseabundo, contaminado. Quer seja sobre o Brasil, a Venezuela, Angola, ou a Coreia do Norte. Quer seja sobre a guerra, a corrupção, a violência desportiva ou os offshores. Quer seja sobre a soberania alimentar, a poluição ambiental, a politica fiscal ou de crédito. Na televisão eles nunca deixarão de produzir o que sabem fazer melhor: propaganda.
CR



cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt
23
Mai18

23 de Maio de 1905: Inauguração do Museu dos Coches

António Garrochinho


Criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleães e Bragança, mulher do rei D. Carlos I, o Museu dos Coches Reaes, como então se chamava, foi inaugurado no dia 23 de Maio de 1905.


D. Amélia, senhora de grande cultura, toma consciência do valor patrimonial das viaturas de gala da Casa Real e com o apoio de Monsenhor Joaquim Boto, Cónego da Patriarcal de Lisboa e do Conselho do Rei e do seu Estribeiro-Mor, Tenente Coronel de Cavalaria Alfredo Albuquerque, propõe-se reuni-lo, salvaguardá-lo e apresentá-lo ao público à semelhança do que acontecera, pela primeira vez em Paris em 1900, na Exposição Universal.


O local escolhido para a sua instalação foi o Picadeiro Real de Belém que deixara de ser utilizado e onde, há época, já se encontravam armazenadas algumas das principais viaturas da corte e para onde a rainha fez convergir os antigos carros nobres da Casa Real Portuguesa e respectivos acessórios, património que se encontrava disperso pelos vários depósitos e cocheiras dos palácios reais.


Da primitiva colecção faziam parte 29 viaturas, fardamentos de gala, arreios de tiro e acessórios de cavalaria utilizados pela Família Real.


Após a implantação da Republica, em 1910, o Museu passa a designar-se por Museu Nacional dos Coches e o seu espólio foi enriquecido com outros veículos da Coroa, do Patriarcado de Lisboa e de algumas casas nobres.


Hoje o Museu reune uma colecção que é considerada única no mundo devido à variedade artística das magníficas viaturas de aparato dos séculos XVII, XVIII e XIX e ao número de exemplares que integra.


De entre os veículos expostos destacam-se coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, liteiras, cadeirinhas e carrinhos de criança formando um interessante conjunto que permite ao visitante compreender a evolução técnica e artística dos meios de transporte utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel.


Completam a colecção um núcleo de arreios de tiro, arreios de cavalaria, selas, fardamentos de gala, de armaria e acessórios de cortejo setecentistas de que se destaca um conjunto de trombetas da Charamela Real bem como uma galeria de retratos a óleo dos monarcas da Dinastia de Bragança.

wikipedia (imagens)

 
23
Mai18

23 de Maio de 1934: Morrem Bonnie Parker e Clyde Barrow, numa emboscada da polícia em Bienville Parrish, Louisiana

António Garrochinho


No dia 23 de Maio de 1934, dois famosos criminosos norte-americanos, procurados em todos os EUA, foram mortos num tiroteio com a polícia em Louisiana.


Clyde Chestnut Barrow, ou, como preferia apresentar-se, Clyde Champion Barrow, nasceu em Teleco, no Texas, em 1909, e começou a carreira criminosa roubando um peru, aos 16 anos. Logo seguiram-se os furtos em lojas, residências e o roubo de um carro.




Bonnie Parker nasceu em 1910. Aos 18 anos, já tinha um casamento fracassado (casara-se aos 16). Na escola, havia sido premiada várias vezes por escrever poesias e peças de teatro. Os dois conheceram-se em 1928, provavelmente na casa de uma amiga comum.




Depois de se conhecerem, Clyde foi preso e condenado a dois anos de reclusão. Ela contrabandeou um revólver para dentro da cela, ajudando-o a fugir. Poucas semanas depois, no entanto, ele voltou a ser preso e, desta vez, condenado a 14 anos de cadeia.



O casal, que entrou para a história como "Bonnie & Clyde", ficou famoso na época da depressão económica por assaltar bancos e postos de gasolina. Ficaram conhecidos não só pela carreira criminosa e talento para fugir da polícia, como também pelo romance entre os dois, que fascinou o mundo.


Bonnie saiu da prisão em 1932, depois de dois anos de reclusão. Foi a partir daí que surgiu o casal Bonnye & Clyde. A denominada Bloody Barrow Gang fazia tremer o comércio: sinónimo de brutalidade impiedosa, mas também vista como um sinal de revolta contra a miséria, em tempos de crise. Em 1932 houve o primeiro assassinato. O grupo estava em fuga permanente, roubando cada vez mais carros e estando cada vez mais fortemente armados. Seguiram-se 14 assassinatos e várias fugas espetaculares dos cercos da polícia. Todo o país acompanhava os passos do bando.


No começo do ano de 1934, Bonnie e Clyde libertaram três companheiros do gangue da prisão. O director desse estabelecimento prisional, Frank Hamer, preparou uma armadilha mortal contra a dupla.


Ele contactou o pai de um dos rapazes do gangue e acertou a possibilidade de redução da pena, se este colaborasse na prisão do duo. O golpe deu certo. Acreditando tratar-se de uma avaria no carro do cúmplice, Bonnie e Clyde pararam para socorrê-lo, e foram atacados por seis franco atiradores. A salva de tiros acabou com as suas vidas, mas iniciou uma lenda.



 Fontes: Opera Mundi
 wikipedia (imagens)
Bonnie Elizabeth Parker
Bonnieclyde f.jpg
Bonnie Parker and Clyde Barrow


VÍDEO


 
23
Mai18

Finalmente, alguém se preocupa de verdade!..

António Garrochinho
23
Mai18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO
NÃO BASTA FALAR EM NOME DO POVO, TEM QUE SE
AGIR !
PODEM ESPECULAR À VONTADE E AVISO AQUI QUE JÁ HOUVERAM ALGUNS "AMIGOS" QUE SE AZEDARAM COMIGO POR EU ABORDAR INSISTENTEMENTE
O ASSUNTO.
PROBLEMAS DELES ! O SEU ENTENDIMENTO DA ESTRATÉGIA UTILIZADA, JÁ QUE O PROBLEMA MAIOR É DOS QUE NÃO PASSAM DA CEPA TORTA E CONSTANTEMENTE SÃO ENGANADOS, A MAIORIA DOS PORTUGUESES.
CADA VEZ MAIS ESTA PAZ PODRE AUMENTA O SUFOCO, A TORTURA SILENCIOSA SOBRE OS QUE TRABALHAM.
NÃO SENDO PROFETA AFIRMO QUE QUANDO CHEGAR A ALTURA DE ROMPER COM ESTE SERVILISMO POLÍTICO À GOVERNAÇÃO ACTUAL, ESTARÃO MAIS UMA VEZ OS TRABALHADORES A PERDER E NÃO SEI SE NUM FUTURO PRÓXIMO A MANTEREM-SE ESTAS POLÍTICAS, SERÁ POSSÍVEL ALIMENTAR QUALQUER ESPERANÇA NAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS MAIS DESFAVORECIDOS .
HÁ INÚMEROS PERIGOS QUE ESPREITAM OS TRABALHADORES, HÁ MUITA COISA ESCONDIDA NOS TEMPOS QUE CORREM.
A CONTINUAR ASSIM, O ALERTA ! PODE JÁ NÃO SERVIR DE NADA.
António Garrochinho

23
Mai18

Rouhani: acabou-se o tempo em que os EUA «decidiam pelo mundo»

António Garrochinho


 


O presidente iraniano refutou as exigências e pressões feitas ao seu país pelo secretário de Estado norte-americano e disse que acabou o tempo em que os EUA «decidiam pelo mundo».
Uma mulher passa junto a um mural numa parede da antiga embaixada dos EUA em Teerão
Uma mulher passa junto a um mural numa parede da antiga embaixada dos EUA em TeerãoCréditos
Hassan Rouhani, presidente iraniano, disse esta segunda-feira que os Estados Unidos da América não podem tomar decisões pelo Irão e por outros «países independentes», apesar de, nalguns casos, «conseguirem avanços na sua agenda por via das pressões».
«Quem são vocês para tomarem decisões pelo Irão e pelo mundo? Hoje, o mundo não aceita que a América decida por todos [...]. Esse tempo acabou», disse o presidente iraniano, citado pela PressTV e a RT.
Afirmando que a actual administração dos EUA retrocedeu à «era de George W. Bush», em 2003, Rouhani rejeitou o verdadeiro ultimato que Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, ontem fez ao seu país, exigindo ao Irão que proceda a profundas alterações na sua política interna e externa, sob ameaça de sanções e estrangulamento da economia.
Falando esta segunda-feira na Heritage Foundation, em Washington, D.C., Pompeo disse que os EUA irão aumentar a pressão financeira sobre o Irão, impondo-lhe as «sanções mais fortes de sempre», caso Teerão se recuse a aceitar as exigências feitas ao nível da sua política interna e externa.
Pompeo enumerou 12 «exigências básicas» e disse aos iranianos que não duvidassem da «seriedade» da ameaça. Na lista dirigida a Teerão, contam-se não só a exigência de pôr fim, a título definitivo, a qualquer programa relacionado com actividade nuclear, mas também a de alterar a política externa regional.
Entre outras coisas, Mike Pompeo disse que o Irão tem de parar com o desenvolvimento de mísseis, «libertar todos os cidadãos norte-americanos», sair da Síria e deixar de apoiar grupos que os EUA consideram «terroristas», nomeadamente o Hezbollah.

EUA fora do acordo nuclear com o Irão

O discurso de Pompeo segue-se ao anúncio, realizado pelo presidente dos EUA a 8 de Maio, de que Washington saía do acordo nuclear, oficialmente conhecido como Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que foi subscrito em 2015 pelo Irão e pelo Grupo 5+1 (os cinco membros com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China – e a Alemanha).
Nos termos do acordo, o Irão pode desenvolver o seu projecto nuclear com fins pacíficos e enriquecer urânio até 3,67%, sendo o excedente enviado para a Rússia.
Em pelo menos dez ocasiões, especialistas da Organização Internacional de Energia Atómica confirmaram que Teerão respeita o que está estipulado no acordo. No entanto, Donald Trump considerou que subscrever o JCPOA foi «o pior que os EUA podiam ter feito» e, logo no início de Maio, assinou um memorando que repôs «de imediato» as «sanções económicas nucleares» que haviam sido retiradas após o acordo.

Diplomacia iraniana sublinha erro de Trump

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, afirmou no Twitter que os EUA estão a repetir «as mesmas opções erradas» e que irão colher «os mesmos maus prémios».
Também nas redes sociais, o embaixador iraniano no Reino Unido, Hamid Baeidinejad, classificou a política do presidente norte-americano como «delirante», sobretudo no que respeita à pretensão de «reduzir a zero o programa nuclear» do Irão.
O reconhecimento do direito do Irão a enriquecer urânio é uma das principais conquistas do JCPOA e a razão pela qual as negociações tiveram êxito, destacou. «O acordo baseia-se no direito do Irão a manter o seu programa pacífico nuclear e não é possível rever o tratado sem esse elemento», disse, citado pela Prensa Latina.

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