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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

01
Jun18

SORVETES

António Garrochinho



ANO DE 1955 EIS OS SORVETEIROS DOS "GELADOS MADEIRA" FARO, A VENDEREM O QUIBOM, O SUPERBOM E OS FAMOSOS GELADOS DE BAUNILHA E CHOCOLATE ENTRE A BOLACHINHA. A FOTO FOI TIRADA EM LOULÉ
da página de António Clareza
01
Jun18

Coiba, a ilha do diabo

António Garrochinho


Aventure-se agora por uma ilha desconhecida que fica em pleno Panamá.


Este é um lugar selvagem e quase intocado, conhecido por muitos nativos como a Ilha do Diabo.

Primeiramente, vamos nos orientar melhor:


Coiba é a maior ilha da América Central, está localizada ao largo da costa da província panamenha de Veraguas. Em 1919 foi construído um estabelecimento prisional na ilha, que em 2004 foi fechado.

A ilha foi declarada parque nacional em 1992 e é um dos poucos lugares na América Central onde se podem encontrar araracangas em abundância na selva. Cerca de 75% da ilha é floresta.

A ilha de Coiba é casa de espécies raras de animais que podem ser encontrados apenas em Coiba. As águas adjacentes à ilha fazem equipa com a vida marinha. É cercada por um dos maiores recifes de coral do mundo na costa do Pacífico americano.

Fonte Pesquisada:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coiba

VÍDEO


01
Jun18

PORTUGAL SOFRE CORTE DE 15% NO DESENVOLVIMENTO RURAL

António Garrochinho



00:44
00:44


Portugal deverá receber menos 600 milhões de euros da União Europeia para o desenvolvimento rural no período de 2021 a 2027. Já o valor dos pagamentos diretos aos agricultores deverá manter-se.
A proposta de Orçamento da Comissão para a Política Agrícola Comum foi apresentada esta sexta-feira e prevê um corte nas verbas de 15% para todos os países, neste chamado segundo pilar da PAC.
Cortes que se devem em grande parte à saída do Reino Unido da União Europeia.
A proposta prevê também um novo método de repartição do dinheiro com a Comissão a flexibilizar a forma como cada estado-membro pode usar as verbas da Política Agrícola Comum.
Uma novidade que o Comissário europeu da Agricultura, Phill Hogan, considera que vai simplicar a PAC e ajudar o setor da Agricultura a tornar-se mais resiliente.



VÍDEO


pt.euronews.com

01
Jun18

EU

António Garrochinho
E EU QUE ME CONTENTAVA COM TÃO POUCO, O ESSENCIAL, O QUE ERA DIGNO, VEJO AGORA O QUÃO INGÉNUO, SIMPLES, REVOLUCIONÁRIO, QUE SEMPRE FUI E SEREI.
ISTO FACE AOS NOVOS PENSAMENTOS À NOVA PRÁTICA DOS MUITOS QUE COMIGO OMBREIAM E QUE JÁ CONDENAM A GENEROSIDADE, O ALTRUÍSMO, SEMPRE PRONTOS A COLOCAR CÓDIGOS DE BARRAS OBEDIENTES À SOCIEDADE EGOÍSTA E CONSUMISTA QUE APARENTEMENTE CRITICAM MAS SERVEM.

AG.
01
Jun18

Conservas Júpiter regressam antes do Verão em versão “bio”

António Garrochinho


A marca de conservas Júpiter, lançada em 1947, vai voltar a ser comercializada, ainda antes do Verão, pela Conserveira do Sul. A marca é antiga, mas o produto será novo, «mais natural», uma vez que serão conservas “bio” com sarcocórnia em vez de sal.

Sara Costa na loja da Conserveira do Sul



Sara Costa, bisneta de António Jacinto Ferreira, fundador da Conserveira do Sul, explica que a marca é «anterior à Conserveira do Sul e fazia parte de outras empresas que o meu bisavô teve com filhos».
Quando o empresário fundou a Conserveira do Sul, em 1954, a Júpiter passou a ser comercializada por esta companhia.
Na visita à loja da empresa e sala de exposições, durante a FAM Trip de Olhão, Sara Costa revelou que a nova Júpiter «vai ser em azeite biológico» e terá sarcocórnia, «uma erva que cresce na nossa Ria Formosa».
Filetes de cavala, filetes de carapau, filetes de atum, barriga de atum, sardinha inteira em azeite e sardinha sem pele e sem espinhas serão as variedades desta renovada marca da Conserveira do Sul.
Já em 2015, a Conserveira do Sul tinha relançado outra marca histórica: a Good Boy, que foi inicialmente produzida em 1950 pela Ferreira Júnior & Irmãos, Lda., que António Jacinto Ferreira criou para si e para os seus filhos.

Fotos: Gonçalo Dourado|Sul Informação
www.sulinformacao.pt

01
Jun18

O DIA QUE EXISTE SÓ PARA ALGUMAS CRIANÇAS

António Garrochinho



Sim ! o jogo do gato e do rato dava-me um certo gozo,um certo prazer quando era criança. Jogar ao coito (às escondidas) à canilha roubada aos cowboys, sempre com a alegria e a imaginação o exagero dos sonhos.

Não existia o dia mundial da criança, mas já existiam os assassinos, os sanguinários, os que roubavam a terra o alimento a liberdade de qualquer criança de crescer nutrida, livre, saudável.

Hoje ao contrário do que esperávamos, o mundo ainda está pior.
Hoje que tanto se apregoam dias felizes as crianças continuam a levar com a napalm que lhes queima a carne e lhes transforma os tenros ossos em cinza, enquanto se assinam papéis para enganar o mundo.

Hoje os assassinos estão instalados nos grandes salões e são os donos do mundo.Só uma pequena parte das crianças estão protegidas da barbárie, da morte, da miséria e da fome.
As crianças deles que depois se tornarão os assassinos de outras crianças.


António Garrochinho
01
Jun18

Papa pede a igreja chilena para acabar com "cultura do abuso e do encobrimento"

António Garrochinho


"Vergonhosamente, devo dizer que não soubemos escutar e reagir a tempo", reconheceu Francisco.

O papa Francisco exortou esta quinta-feira a Igreja Católica chilena a "criar espaços onde a cultura do abuso e do encobrimento não seja o esquema dominante", numa carta divulgada pela Conferência Episcopal do Chile. 
 .






















"A cultura do abuso e do encobrimento é incompatível com a lógica do Evangelho e a salvação oferecida por Cristo é sempre uma oferta (...) Nunca é por coação ou por obrigação", diz o papa na carta enviada aos chilenos. 

"Vergonhosamente, devo dizer que não soubemos escutar e reagir a tempo" face aos escândalos de abusos sexuais dentro da igreja chilena, reconheceu o papa Francisco na missiva. Francisco, que recebe entre sexta-feira e domingo sete novas vítimas do padre pedófilo Fernando Karadima, anunciou recentemente "mudanças" a curto, médio e longo prazo para restaurar "a justiça" na Igreja chilena, depois de ter lido as conclusões de uma investigação que mandou fazer sobre os abusos sexuais cometidos pelo clero. 

O papa convocou recentemente os bispos chilenos para falarem no Vaticano sobre o silêncio da igreja chilena perante os abusos cometidos durante décadas pelo padre Karadima, um influente e emblemático sacerdote de um bairro rico de Santiago que durante décadas abusou sexual e psicologicamente de jovens. 

Na reunião os 34 sacerdotes que foram a Roma reconheceram "erros e omissões graves" em enfrentar a situação e decidiram colocar os cargos à disposição de Francisco, que decidirá nas próximas semanas.

O porta-voz do Vaticano Greg Burke disse hoje que a equipa de investigadores que expôs o caso dos abusos sexuais em larga escala e o encobrimento da Igreja Católica chilena vai voltar ao país para uma missão pastoral. 

A visita de Charles Scicluna e de Jordi Bertomeu, disse Greg Burke, não é de natureza investigativa, mas pastoral e faz parte do esforço do papa Francisco de ajudar o Chile no escândalo de abusos. O relatório de Scicluna e Bertomeu, com 2.300 páginas, detalha décadas de abusos e encobrimento da igreja chilena. 

* Puro marketing,  os maiores encobrimentos são exactamente obra dos papas. A desigualdade de género tão evidente, é mistificada pelo clero para diminuir a contestação, lembremo-nos das freiras no Vaticano que se sentem criadas.



apeidaumregalodonarizagentetrata.blogspot.com

01
Jun18

O que vai mudar na lei laboral? As 10 principais medidas do acordo

António Garrochinho


O Governo começou por defender a restrição dos contratos a prazo, mas acabou por assumir mexidas no período de experiência ou o alargamento dos contratos de muito curta duração. O banco de horas individual não acaba de repente e a nova taxa sobre a rotatividade admite excepções.
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Vieira da Silva começou por defender uma série de medidas para reduzir a duração dos contratos a prazo, mas acabou a ser elogiado pelos patrões. Conheça as principais medidas que constam do
 acordo fechado esta quarta-feira com a UGT e com as quatro associações patronais.

1. Alargar contratos de muito curta duração
O Governo quer alargar os chamados "contratos de muito curta duração", que não estão sujeitos a forma escrita, em dois sentidos: por um lado, aumentando a duração de 15 para 35 dias (num máximo de 70 dias por ano com o mesmo empregador) e por outro permitindo que outros sectores, além da agricultura e do turismo, possam recorrer a esta forma de contratação, como pedia a CCP. "Alargar de 15 para 35 dias a duração máxima dos contratos de muito curta duração, em situação de acréscimo excepcional e substancial da actividade da empresa cujo ciclo anual apresente irregularidades decorrentes do respectivo mercado ou de natureza estrutural que não seja passível de assegurar pela sua estrutura permanente". "Nomeadamente", em actividade sazonal do sector agrícola ou de turismo, "preservando a duração máxima anual de 70 dias de trabalho com o mesmo empregador".
2. Criar nova taxa mas admitir excepções
O Governo já tinha anunciado que queria criar uma taxa de até 2% a aplicar às empresas que mais recorram à contratação a termo face à média do seu sector. A ideia é que a média seja apurada no final deste ano, que o comportamento seja avaliado no próximo e que a taxa seja cobrada em 2020. Contudo, admitem-se agora excepções, que a agricultura quer aproveitar. Não serão considerados os contratos para substituição de trabalhadores ou aqueles que forem celebrados a termo por imposição legal ou "em virtude dos condicionalismos inerentes ao tipo de trabalho ou à situação do trabalhador".
3. Limitar a contratação a termo e temporária
Tal como já tinha sido anunciado, as alterações prevêem a redução da duração máxima dos contratos a termo certo de três para dois anos, a limitação das renovações (que não poderão exceder a primeira duração do contrato), o corte da duração máxima dos contratos a termo incerto (de seis para quatro anos) ou a imposição de um limite de seis renovações ao trabalho temporário. Contudo, para este último limite não contarão os contratos feitos para "substituição directa ou indirecta de trabalhador ausente ou que, por qualquer motivo, se encontre temporariamente impedido de trabalhar". Se o limite for violado, o trabalhador pode ser integrado no quadro da empresa utilizadora.
4. Restringir as justificações para a contratação a termo
Só as empresas com menos de 250 trabalhadores (em vez de 750) vão poder contratar a termo, sem mais justificação, quando lançam nova actividade ou abrem novo estabelecimento. Por outro lado, a contratação de jovens à procura de primeiro emprego ou de desempregados de longa duração (salvo quando procurem emprego há mais de dois anos) também passará a ter de ser justificada.
5. Alargar o período de experiência de jovens e desempregados
Em contrapartida, se os jovens à procura de primeiro emprego e os desempregados de longa duração forem contratados para o quadro, o período de experiência será de 180 dias (em vez de se aplicar a regra geral de 90 dias). Mas os estágios vão passar a ser descontados a todos os períodos de experiência, precisou o Governo.
6. Flexibilizar o contrato intermitente
O Governo também flexibiliza o contrato de trabalho intermitente, que permite que o período anual de trabalho tenha momentos de actividade e outros de inactividade. O acordo que ficou fechado esta quarta-feira em concertação social reduz o período mínimo de prestação de trabalho para cinco meses (em vez de seis) com um mínimo de três meses consecutivos (em vez de quatro). Além disso, caso o trabalhador exerça outra actividade o montante que recebe pode ser deduzido à compensação prevista.
7. Atrasar o fim do banco de horas individual 
Estava previsto que o banco de horas individual desaparecesse. Mas, para atenuar os efeitos de uma das medidas mais contestadas pelos empregadores, e em especial pela grande distribuição, o Governo estabeleceu que os bancos de horas que já foram introduzidos por negociação individual poderão manter-se até um ano após a entrada em vigor da nova lei, que só deverá ser aprovada mais para o final do ano.

8. Facilitar o banco de horas grupal 
Além disso, o Governo flexibiliza o banco de horas grupal, ou seja, aquele que pode ser decidido por uma maioria de trabalhadores de uma equipa, grupo ou secção, e imposto aos restantes trabalhadores, ainda que estes últimos não concordem. A ideia é poder aumentar o período normal de trabalho até duas horas diárias, com o limite de 50 horas semanais e de 150 horas por ano, caso isso seja aprovado "por voto secreto" por pelo menos 65% dos trabalhadores (em vez dos 75%). Este banco de horas pode vigorar por quatro anos.
9. Criar novos direitos na contratação colectiva

Quanto ao trabalho suplementar, os contratos colectivos só poderão estabelecer regras mais favoráveis do que a lei. O Governo mantém a caducidade, mas explica agora que o processo que a isso leva deve ser fundamentado. Um novo tribunal arbitral poderá ainda prolongar a vigência dos contratos por quatro meses. Quando as convenções caducarem, o trabalhador mantém os direitos da parentalidade e de segurança e saúde no trabalho.
10. Apoiar a conversão de contratos

O Governo promete reforçar os apoios que existem para a conversão de contratos a termo em contratos sem termo. Jovens e desempregados de longa duração terão programas especiais.


www.jornaldenegocios.pt
01
Jun18

A ABUTRE ESQUECEU-SE DE FALAR DA CONTRIBUIÇÃO QUE ELA TEM DADO PARA A RUÍNA, A POBREZA - "Serão os pobres quem mais sofrerá com uma guerra comercial"

António Garrochinho
Os pobres serão quem mais sofrerá com uma guerra comercial, disse a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, reagindo ao anúncio de Washington de suspender a isenção de taxas na importação do aço e alumínio da UE, México e Canadá.
"No final, se o comércio global foi muito prejudicado, se o nível de confiança entre os agentes económicos foi drasticamente reduzido, os que mais sofrerão serão os mais pobres", disse Christine Lagarde no primeiro dia da reunião do 'G7 Finance' em Whistler, Canadá, explicando que são os mais pobres que compram bens de consumo baratos.
Também o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), Angel Gurria, reagiu à decisão dos Estados Unidos da América (EUA) defendendo a "salvaguarda do multilateralismo".
"Estamos num momento crítico não apenas para o futuro do multilateralismo, mas também para o planeta", disse o secretário-geral no final da reunião anual da OCDE.
"Devemos salvar o multilateralismo porque este é o único caminho a seguir", advertiu.
Alemanha e França estão entre as primeiras vozes europeias que reagiram à decisão norte-americana, hoje divulgada, de suspender a isenção de taxas na importação de aço e de alumínio da União Europeia, qualificando a medida como "ilegal" e "injustificável".
A chanceler alemã, Angela Merkel, que hoje terminou uma visita de dois dias a Portugal, considerou "ilegais" as taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio decididas pela administração norte-americana liderada pelo Presidente Donald Trump, advertindo ainda para o risco de uma escalada.
Do lado de Paris, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Baptiste Lemoyne, qualificou as taxas norte-americanas como "injustificáveis e insustentáveis" e pediu a Bruxelas para responder com medidas preventivas e de "reequilíbrio".
Também o Reino Unido reagiu e declarou estar "profundamente dececionado" com a decisão norte-americana.
"O Reino Unido e outros países da União Europeia [UE] são aliados próximos dos Estados Unidos e deviam estar total e permanentemente isentos das medidas norte-americanas sobre o aço e o alumínio", disse o porta-voz do Governo britânico.
O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, manifestou-se "dececionado", referindo que a UE vai responder com "todas as ferramentas" à sua disposição.
"Apoiamos os nossos trabalhadores e a indústria europeia e vamos responder com todas as ferramentas disponíveis para defender os nossos interesses", escreveu Tajani, numa mensagem na rede social Twitter
Antes, a UE já tinha anunciado que vai denunciar perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) a decisão norte-americana de suspender a isenção dos direitos de importação de aço e alumínio, garantindo igualmente de que irá responder de forma "proporcional".
"Os Estados Unidos não nos deixam agora outra escolha que não seja a de recorrer à resolução de litígios da OMC e à imposição de tarifas adicionais sobre diversas importações dos EUA. Vamos defender os interesses da União em total cumprimento da lei comercial internacional", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O Departamento do Comércio norte-americano anunciou hoje a suspensão da isenção dos direitos de importação de aço e alumínio da UE, Canadá e México, numa decisão que dispara as tensões comerciais e provocará represálias dos parceiros.
"Decidimos não estender a exceção para a União Europeia, Canadá e México, pelo que estarão sujeitos a tarifas de 25% e 10%" na importação de aço e alumínio", respetivamente, indicou o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross.
www.dn.pt
01
Jun18

Mais da metade das crianças do mundo ameaçadas por pobreza, guerra e discriminação

António Garrochinho

Cerca de 1,2 bilhão de crianças, mais da metade das que existem no mundo, estão ameaçadas pela guerra, pela pobreza ou pela discriminação sexual, revelou a organização Save the Children em um relatório divulgado nesta quarta-feira (30).

Intitulado "As muitas faces da exclusão", o relatório classifica 175 países segundo três ameaças: trabalho infantil, exclusão da educação e casamento infantil (com o risco de gravidez precoce).

O estudo da ONG com sede no Reino Unido conclui que 1,2 bilhão de crianças correm perigo de serem atingidas por algum desses três fatores.

Oito dos 10 países com pior classificação estão no oeste ou no centro da África, enquanto os países com menor incidência desses problemas são Singapura e Eslovênia.

A Espanha é o 14º melhor país do mundo para fugir dessas ameaças, enquanto o primeiro latino-americano é o Chile (58º) e o pior é a Guatemala (152º).

"Mais da metade das crianças do mundo começa suas vidas com um lastro porque são meninas, pobres, ou crescem em zona de guerra", explicou Helle Thorning-Schmidt, diretora executiva da ONG.

"Os governos podem e devem fazer mais para dar a todas as crianças o melhor começo de vida possível", acrescentou.

"O fato de existirem países com os mesmo níveis de renda que produzem resultados tão diferentes para as crianças demonstra que as políticas, o financiamento e o compromisso político marcam a diferença".

O relatório afirma que mais de um bilhão de crianças vivem em países afetados pela pobreza e 240 milhões em países afetados por conflitos.

Mais de 575 milhões de meninas vivem em países onde a discriminação de gênero é "um tema grave".

Em 20 países, entre eles Sudão do Sul, Iêmen e Afeganistão, 153 milhões de crianças vivem ameaçadas pelos três parâmetros de risco usados pela Save the Children, sendo Níger o pior avaliado do mundo.


paginaglobal.blogspot.com
01
Jun18

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP Sobre o acordo estabelecido pelo Governo PS com as Confederações patronais e a UGT

António Garrochinho


O acordo ontem estabelecido entre o Governo PS, as Confederações patronais e a UGT sobre a legislação laboral, não responde aos interesses e direitos dos trabalhadores, mantém as normas gravosas da legislação laboral, introduz novos elementos negativos. Algumas intenções que anuncia sobre medidas que há muito deveriam ter sido adoptadas, não mudam a natureza global do acordo agora subscrito.
1. As alterações à legislação laboral com a introdução de normas gravosas para os trabalhadores e os seus direitos foram profundamente negativas, contribuindo para o agravamento da exploração, a desvalorização do trabalho, o trabalho mal pago, a desregulação dos horários de trabalho, o elevado nível de precariedade, a deterioração das condições de trabalho e a violação de direitos colectivos.
A revogação das normas gravosas do Código do Trabalho e da legislação laboral na Administração Pública impõe-se como um elemento necessário de valorização do trabalho e dos trabalhadores.
2. O acordo agora subscrito pelo Governo PS na concertação social confirma as opções de classe do PS ao serviço do grande capital.
O Governo insiste em manter a caducidade da contratação colectiva e recusa a reintrodução do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador. As ideias avançadas de arbitragem e reforço da mediação prévias à decisão sobre a caducidade não é solução, como não é solução submeter os direitos dos trabalhadores à discricionariedade das decisões de colégios arbitrais.
O Governo em vez de assegurar uma política de Estado de combate à precariedade de modo a que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo, pondo fim à praga do trabalho temporário, das falsas prestações de serviços, do abuso dos contratos a prazo, vem adiantar ideias que incidem sobre aspectos limitados que não resolvem o problema e acrescentar medidas profundamente negativas.
A ideia de introduzir um nível de rotatividade de trabalhadores, um nível de precariedade aceitável, independentemente das justificações legais que sustentam as contratações precárias, representa um elemento negativo no sentido da legalização ou da tolerância com a precariedade. O pagamento pelas empresas que ultrapassem esse nível de precariedade de uma taxa não altera o significado dessa medida que mais que combater a precariedade significa a sua aceitação.
O PCP sublinha a gravidade da posição do Governo PS que prevê que o período de experiência passe de 90 para 180 dias, para trabalhadores à procura do primeiro emprego ou em situação de desemprego de longa duração, retomando uma norma que o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional.
O alargamento do contrato de muito curta duração de 15 para 35 dias vem também facilitar a precariedade.
A atribuição de incentivos fiscais a empresas que passem trabalhadores de vínculos precários a vínculos efectivos, isto é, a atribuição de verbas para cumprir a lei, constitui no essencial um pretexto para uma nova linha de transferência de verbas do erário público para os grupos económicos e financeiros.
Aspectos como a redução do tempo de prolongamento da duração dos contratos a prazo dos actuais três anos para dois anos não contrariam o efeito negativo geral das medidas apontadas.
O Governo insiste em promover a desregulação dos horários mantendo as chamadas adaptabilidades e o banco de horas, agora numa nova versão que permite prolongar o horário mais 2 horas por dia podendo atingir as 50 horas semanais, criando crescentes dificuldades à compatibilização da vida profissional com a vida pessoal e familiar, à saúde e à vida dos trabalhadores e introduzindo mecanismos para minar a organização sindical.
O facto de o governo finalmente admitir medidas, como as referentes ao reforço e a uma maior eficácia da acção da ACT e do Ministério do Trabalho, que há muito deveriam ter sido tomadas e que é necessário que passem das palavras aos actos, não altera a apreciação negativa do PCP sobre a posição do Governo PS contra os direitos dos trabalhadores, ao serviço do agravamento da exploração.
3. O acordo agora subscrito, mantendo as alterações para pior da legislação de trabalho da responsabilidade de governos do PS, PSD e CDS, comprova a posição do actual governo minoritário do PS, que com o apoio do PSD e do CDS, tem impedido a sua alteração. Isso mesmo ficou expresso com o voto do PS, do PSD e do CDS contra a viabilização dos projectos-lei do PCP sobre a eliminação da caducidade da contratação colectiva, a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador, a eliminação da desregulação dos horários de trabalho, a fixação do limite máximo de 35 horas de horário de trabalho semanal para todos os trabalhadores, o estabelecimento dos 25 dias de férias, a reposição do valor do trabalho suplementar e em dia de descanso semanal, entre outras matérias na Assembleia da República.
4. A luta dos trabalhadores e a intervenção do PCP assegurou a defesa, reposição e conquista de direitos, é esse o caminho que é preciso prosseguir.
Impõe-se intensificar a luta pelo aumento geral dos salários, incluindo para os trabalhadores da Administração Pública, pelo Salário Mínimo Nacional de 650 euros em Janeiro de 2019, contra a desregulação dos horários pelo limite máximo de 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores, contra a precariedade assegurando que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo, por melhores condições de trabalho, pelo alargamento do direito a férias, contra os despedimentos, pela protecção no desemprego, e pela revogação das normas gravosas da legislação laboral.
O PCP reafirma a sua intervenção firme, coerente e determinada para a valorização do trabalho e dos trabalhadores e a sua confiança que a unidade, organização e luta dos trabalhadores, decisiva para a defesa dos seus direitos, acabará por impor a eliminação das normas gravosas da legislação laboral.
Nesse sentido apela aos trabalhadores e ao povo português para a sua participação na manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para dia 9 de Junho, em Lisboa.


www.pcp.pt
01
Jun18

01 de Junho de 1968: Morre a autora e pedagoga Helen Keller, precursora do ensino para cegos.

António Garrochinho


Escritora norte-americana, Helen Adams Keller nasceu a 27 de junho de 1880, em Tuscumbia, no estado do Alabama, e faleceu a 1 de junho de 1968, em Westport. O pai era capitão, casado com uma mulher vinte anos mais nova, e não só era dono do jornal da localidade, como também seu editor.

Aos dezanove meses de idade, Helen perdeu os sentidos da visão e da audição, durante a fase mais crucial da aprendizagem da fala. Crescendo sem grande acompanhamento até aos sete anos, foi enviada posteriormente para uma escola de ensino especial para invisuais, onde teve como tutora Anne Sullivan. Nessa época, eram quase inéditos os casos de aprendizagem da fala em situações conjuntas de cegueira e surdez.

No entanto, Helen Keller conseguiu aprender a falar Inglês, a ler e a dactilografar Braille, e a servir-se de linguagem gestual. Antes de prosseguir os seus estudos, foi sujeita a uma intervenção cirúrgica em que os seus olhos inúteis e deformados seriam substituídos por próteses em vidro.

Em 1894 ingressou na Escola para Surdos Wright-Humason de Nova Iorque, a qual frequentou durante dois anos, transitando depois para a Escola para Raparigas de Cambridge, onde permaneceu até 1900. Antes de conseguir o seu diploma pelo Radcliffe College em 1904, Helen Keller publicou o seu primeiro livro, uma autobiografia com o título The Story of My Life (1903), em que revelava o papel importantíssimo que os livros tiveram na sua vida. Seguiram-se Optimism, An Essay (1903), The World I Live In (1908), The Song Of The Stone Wall (1910) e Out Of The Dark (1913). A partir de 1914 pôde contratar uma secretária para a auxiliar no processo de dactilografia.

Em 1919 deu início a uma digressão pelo seu país na companhia de Anne Sullivan, dando conferências em que dava a conhecer a sua situação e o sucesso da sua aprendizagem, com a finalidade de promover o seu exemplo como acessível a outras pessoas com o seu problema.

Em 1930 tornou a publicar uma autobiografia, Midstream - My Later Life, desta vez abrangendo a sua idade adulta. Seis anos depois, faleceu a sua tutora e grande companheira, Anne Sullivan, que viria a inspirar a obra Teacher, publicada em 1955.

Durante o período que sucedeu a Segunda Guerra Mundial, Helen Keller visitou inúmeros hospitais militares, dando sobretudo esperança aos soldados com ferimentos irreversíveis nos órgãos da visão e da audição. Tentou expandir a sua luta no continente europeu, que visitou em 1946, bem como na Ásia e em África.

O seu trabalho e a sua determinação inspiraram The Miracle Worker, um filme realizado em 1962 por Arthur Penn, e o seu nome foi utilizado, em 1956, para batizar o Centro Helen Keller, uma escola que integra alunos invisuais e com deficiência visual e alunos normovisuais.

Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)

A woman with full dark hair and wearing a long dark dress, her face in partial profile, sits in a simple wooden chair. A locket hangs from a slender chain around her neck; in her hands is a magnolia, its large white flower surrounded by dark leaves.
Helen Keller,c.1920



Helen Keller e a sua professora Anne Sullivan, 1899

01
Jun18

01 de Junho de 1926 : Nasce em Los Angeles, Norma Jeane Mortensen, Marilyn Monroe

António Garrochinho






Norma Jeane  Mortenson, o nome verdadeiro de Marilyn Monroe, foi encontrada sem vida aos 36 anos na cama da sua casa em Brentwood, um bairro de elite de Los Angeles, no dia 5 de agosto de 1962.


As entidades oficiais divulgaram que a causa da morte foi uma 'overdose' por ingestão de medicamentos, mas cinco décadas depois o acontecimento continua a gerar controvérsia e inúmeras teorias de conspiração.  


Recentemente, a agência norte-americana Associated Press (AP), por ocasião do 50.º aniversário da morte da atriz e ao abrigo da lei da liberdade de informação, contactou o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, para ter acesso a todos os ficheiros relacionados com Marilyn Monroe.  


Nove meses depois, e após vários pedidos e apelos, a AP relatou que os ficheiros originais relacionados com Monroe já não estão na posse do FBI.  


A agência noticiosa avançou ainda que o Arquivo Nacional - o destino normal deste tipo de documentos -, também não está na posse dos ficheiros.  


Uma versão mais recente dos ficheiros, alvo de uma profunda revisão, está disponível no site do FBI, numa área intitulada "The Vault", onde a organização publica regularmente documentos relacionados com casos emblemáticos.  


Os primeiros ficheiros relacionados com Monroe remontam a 1955 e a maioria está focada nas viagens e nos relacionamentos da atriz, incluindo o casamento com o dramaturgo Arthur Miller, procurando sinais de uma eventual ligação a ideais comunistas.  


Os ficheiros continuam até alguns meses antes da morte da estrela norte-americana que terá mantido relações, até hoje não esclarecidas, com o então Presidente norte-americano John F.Kennedy e com seu irmão Robert.  


Na memória universal ficará para sempre o famoso "Happy Birthday Mr.President", canção que a atriz dedicou a John Kennedy a 12 de maio de 1962.  


Norma Jeane nasceu no dia 01 de junho de 1926 no Los Angeles County Hospital, tendo vivido parte da infância em orfanatos. Aos 16 anos, casou-se pela primeira vez com James Dougherty.  


Em 1945, um fotógrafo captou a imagem de uma morena deslumbrante e, em poucos meses, despertou a atenção das revistas e conseguiu um teste para cinema na 20th Century Fox. Em finais de 1946, Norma Jeane transforma-se em Marilyn Monroe e adotava a sua imagem de marca: o loiro platinado.


Depois do divórcio com James Dougherty, a atriz casou-se pela segunda vez com o então famoso ex-jogador de basebol Joe Di Maggio.


"Os Homens Preferem as Louras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) são os seus filmes mais emblemáticos.


Cinco décadas depois, a atriz continua a ter fãs em todo o mundo e os seus objetos pessoais são adquiridos por vários milhões.


Em 2011, o esvoaçante vestido branco que a atriz usou no filme "O Pecado Mora ao Lado" foi vendido por 4,6 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) em Los Angeles. Ainda no mesmo ano, um outro vestido que usou no 'western' "Rio sem Regresso" (1954) foi adquirido por 516.600 dólares (423 milhões de euros) em Macau.

 Fonte: JN
 wikipedia (imagens)





Monroecirca1953.jpg
Marilyn Monroe c.1953

Monroe is posing for photographers, wearing a white halterneck dress, which hem is blown up by air from a subway grate on which she is standing.

Registo de Nascimento
   VÍDEOS




01
Jun18

Protesto a pé ou de bicicleta exige «requalificação urgente» da EN125

António Garrochinho


Uma marcha de protesto, que exige a requalificação «urgente» na EN125, no troço entre Olhão e Vila Real de Santo António, realiza-se no próximo dia 10 de Junho, às 10h00, com partida na rotunda de Vila Nova de Cacela e chegada ao entroncamento da Retur, num total de cinco quilómetros. 
Esta ação de protesto é organizada pelo Movimento de Cidadania dos Utentes da EN125 – Sotavento.
Todos os que desejem participar «deverão fazê-lo a pé ou de bicicleta, terão abastecimento de água e fruta a meio do percurso, transporte de autocarro para o regresso e deverão vestir uma t-shirt preta – símbolo do luto em que o Sotavento vive, devido ao constante e vergonhoso desrespeito e esquecimento que temos vindo a ser alvos desde há mais de uma década por parte dos sucessivos governos», diz este movimento.
A organização espera uma «enorme adesão por parte de uma população indignada e farta de falsas promessas, que se sente esquecida e desrespeitada e que representa quase 5% do PIB nacional. O Sotavento é a porta de entrada, via terrestre, para a grande maioria do turismo que permite a sustentabilidade económica desta região e de boa parte do país», considera.

www.sulinformacao.pt
01
Jun18

“As princesas não fumam”, diz o nosso Ministério da Saúde

António Garrochinho



(Paula Cosme Pinto, in Expresso Diário, 31/05/2018)
fumar
(Mas que pirosice de campanha. Quem é que acha que as mulheres ainda querem ser princesas à espera do príncipe encantado e casar com vestido branco e ramo de flores de laranjeira? Será que levantar de madrugada, apanhar transportes públicos, marchar para um trabalho mal pago, regressar a casa estafada, fazer o jantar, tratar das crianças e dormir a correr, não fará mais mal do que o cigarro? É que é esta a vida quotidianamente repetida de muitas mulheres. Quando se fará também uma campanha a denunciar tal realidade?
Comentário da Estátua, 31/05/2018)

Deixe de Fumar. Opte por Amar Mais”. Eis o título da campanha antitabagismo dirigida às mulheres portuguesas, promovida pelo Ministério da Saúde. É impressionante como quando se quer chegar ao sexo feminino, se cai tão facilmente no cliché do apelo ao amor, às emoções, à culpa e à maternidade. A sério que não conseguimos fazer melhor do que um vídeo melodramático, que mostra uma mulher com cancro do pulmão, em fase terminal, a sentir-se culpada pelo mau exemplo que deu à filha por ter sido fumadora? Tirando o mote da mesma (porque os números de consumo de tabaco em Portugal são preocupantes), está tudo errado nesta campanha.
Vamos primeiro aos tais números para percebermos melhor porque surge este spot e curta-metragem que vão ser divulgados nas redes sociais e salas de cinema: a cada 50 minutos morre uma pessoa em Portugal por causa de doenças atribuíveis ao consumo de tabaco. O Ministério da Saúde, a Direção Geral de Saúde e demais autoridades nacionais ligadas a estas matérias têm feito um esforço claro no incentivo à redução do tabagismo, mas os indicadores continuam a não mostrar grandes efeitos práticos. Em Portugal fuma-se muito, principalmente na faixa etária entre os 25 e os 34 anos. Uma das maiores alterações passa provavelmente pelo aumento do consumo de tabaco entre as mulheres, que continua a crescer exponencialmente. Posto isto, decidiu-se fazer esta campanha, dirigida especialmente às mulheres fumadoras, com o objectivo de “chocar” admitiu ao “Público” o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo. Chocada fico eu com o resultado.
Claro que me parece desde logo necessário que estas campanhas cheguem aos consumidores em geral, uma vez que o tabagismo é problemático para a saúde das pessoas em geral, independentemente do seu género. Contudo, até consigo conceder que uma parte desta campanha tivesse um enfoque nos consumidores mais recentes e em crescimento (as mulheres), desde que percebêssemos desde logo que a questão não se resume ao facto estatístico que mostra que as mulheres fumam mais nos tempos de hoje. É importante perceber que esse consumo maior, acelerado e exponencial, se deve à emancipação feminina: as mulheres fumam cada vez mais porque sentem maior de liberdade para o fazerem, sem serem julgadas socialmente. Tal como com o consumo de álcool, por exemplo. Claro que, no que toca à saúde, isto não é positivo e medidas de sensibilização para os efeitos nefastos destes consumos têm de ser postas em prática. Mas é preciso melhorar a forma de passar a mensagem.
Ora bem, apostarmos numa campanha que, como ponto de partida, utiliza a questão da maternidade enquanto papel estrutural inerente à mulher, ainda por cima explorando os sentimentos de culpa – que não é mais do que mexer com o eterno medo e insegurança de se ser ‘má mãe’, algo que, já se sabe, aterroriza boa parte das mulheres que desejam ter filhos – é uma péssima opção. Precisamente porque está assente em estereótipos sociais associados à conduta e comportamentos considerados “próprios” do sexo feminino, servindo como catapulta para ajudar a acentuar os tais estigmas sociais que fizeram com que as mulheres não fumassem durante séculos.
Se pusermos uma micro lente de género para ver esta curta-metragem, é fácil percebermos quão tendenciosa é a construção desta narrativa. Além de nos remeter automaticamente para o eterno papel de mãe associado à figura feminina, diz-nos que uma ‘boa mãe’ não deve fumar. O castigo parece ser o cancro e a culpa do mau exemplo, uma vez que a menina do vídeo até já fuma cigarros de chocolate a imitar a mãe (quem nunca?). Escusado será dizer que o exemplo dos consumos em frente às crianças deve ser uma preocupação dos adultos em geral, e no caso dos progenitores, é igual para mães e pais. Depois há a questão do apelo aos afetos. Tanto uma coisa como a outra, custa-me muito a acreditar que entrassem como eixo central de uma campanha feita para os homens fumadores.
O próprio título – “Deixe De fumar. Opte por Amar Mais” tem mensagens subliminares: Então uma mulher que fuma ama menos, é isso? É menos devota nos seus afetos familiares? Uma mulher que fuma é má mãe (seja lá o que isso for)? No fim, a frase melodramática “uma princesa não fuma”, dada como conselho final à menina que chora nos braços da mãe moribunda, é a cereja podre no topo do bolo.
Vamos mesmo cair no cliché das princesas, até quando falamos de tabagismo no sexo feminino? Uma mulher tem de aspirar a ser uma princesa? E uma princesa é menos princesa – com tudo o que a palavra “princesa” significa abstratamente na sua construção social – porque fuma?
Percebam que não estou com isto a apelar ao consumo de tabaco. Mas até eu, que não fumo, fico com vontade de fumar um cigarro depois de ver uma campanha governamental que parece não ter tido em conta os estereótipos de género associados à mensagem final. Se queremos que as mulheres fumem menos, que seja por causa da sua saúde. Que não seja por vergonha social quanto às expectativas que nelas recaem por serem mulheres. Além de redutor, é castrador e paternalista.
Podem ver o vídeo completo clicando aqui.


estatuadesal.com
01
Jun18

O NÍVEL ZERO DA POLÍTICA

António Garrochinho



(Quanto é que terão recebido da banca, por baixo do pano,  estes sacripantas, para aprovar uma lei só para os "amigos"? Mas que grande golpada. E a Procuradora não investiga? Começa a ficar claro porque é que a direita se anda a esgadanhar toda para manter a Joana ao leme. Com ela, todos os procuradores são adjudicados ao Sócrates e à bola. O Coelho, o Portas e a Marilú ficam com reformas douradas, a gozar com a nossa cara.
Comentário da Estátua, 31/05/2018)
https://estatuadesal.com

 

Passos Coelho não só falhou a tentativa de desvalorização fiscal via TSU e reformas do IRS e IRC, como fez uma estimativa errada da situação financeira da banca. Por um lado falhou na tentativa de refinanciar o setor privado á custa dos salários, como no sistema financeiro o buraco fraudulento era tão grande que nem a escravatura dos seus funcionários o salvaria.
O governo de Passos Coelho teve de se socorrer de todas as artimanhas para transferir os rendimentos do trabalho diretamente para o bolso dos patrões, ao mesmo tempo que recorria ao dinheiro dos contribuintes, quer das receitas cobradas, quer das receitas futuras, para salvar os banqueiros que durante décadas enriqueceram com negócios fáceis, corrompendo o Estado e todas as estruturas do país.

As ajudas diretas não chegavam, os refinanciamentos do capital não travavam os prejuízos, foi preciso ir aos impostos sobre o trabalho para reduzir os impostos pagos pela banca. Nesta pilhagem conduzida por personagens como Maria Luís Albuquerque, Paulo Núncio e Paulo Portas, assessorados por conhecidos fiscalistas da praça criaram o mais absurdo e oportunista mecanismo , o famoso "Créditos por impostos diferidos".

Este regime é uma escandaleira sem vergonha, criada pelo Passos para os amigos em 2014. A lei só esteve em vigor durante 10 dias. As empresas tinham que aderir ao regime, e para isso tinham que fazer uma reunião da assembleia geral e a seguir requerer a aplicação do regime à AT. Como nada disso é simples e demora muito tempo, só puderam aderir as empresas que sabiam previamente que a lei ia sair.

E o que é que a lei permite? Que as empresas que tenham imparidades com crédito malparado possam converter esses créditos em créditos sobre o Estado. Mais ou menos assim: A empresa dirige-se ao Estado e diz-lhe: tu passas a ser meu devedor de um crédito que eu tenho sobre uma empresa qualquer, porque eu não consigo que ele me pague. E como ele não me paga, passar a ser tu também devedor. Naturalmente que onde está Estado deve estar você, eu e todos os contribuintes.

Isso elimina essas imparidades dos bancos, porque onde estava um devedor que não paga, passa a estar um devedor que paga sempre. O balanço dos bancos fica composto.

Mas pior. Numa pirueta legal incrível, a lei permite que, aplicando a taxa do IRC sobre esses créditos, o banco possa exigir que o Estado lhe pague o respetivo produto. Reparem: O banco nunca pagou nem pagará este imposto, mas a lei diz que o Estado tem que lhe devolver esse valor, a que chama reembolso do IRC. Na verdade do que se trata é de um imposto invertido. Sim, um imposto pago pelo Estado aos bancos.

O Moutinho Félix diz que esta brincadeira deve andar próxima dos 5.000 milhões de euros. Qualquer coisa como 1/3 do IVA da receita do IVA que todos pagamos anualmente. O Novo Banco parecer que já recebeu, só por esta via, 153 milhões.

Como isto é uma escandaleira de todo o tamanho, ou mais simplesmente, um roubo praticado com arma legal (uma lei, mas podia ser uma pistola), é necessário chamar-lhe um nome muito complexo para ninguém entender. Vai daí chama-se "Créditos por impostos diferidos", ninguém percebe nada e ninguém pergunta. A não ser uma das manas Mortágua, honra lhe seja feita. 

jumento.blogspot.com

01
Jun18

Bruxelas cria fundo de pensões privadas após pressão da BlackRock

António Garrochinho
240 milhões de europeus afetados. Uma empresa que faz lóbi na UE e contrata diretamente nos governos. O negócio? Reformas
Em fevereiro de 2015, num documento de 18 páginas chamado "A união dos mercados de capitais: uma perspetiva de investidor", a BlackRock (BR) - empresa americana que se tornou, depois da crise financeira, a maior gestora de fundos do mundo - fazia uma proposta muito concreta: a União Europeia devia avaliar a possibilidade de criar um fundo "de pensões pessoais transfronteiriço". Nessa altura não existia nada de semelhante na legislação europeia. Pouco mais de um ano depois, em 27 de julho de 2016, a Comissão Europeia iniciou-o.
Esta é uma decisão política importante que pode, segundo estudos da Comissão, atingir 240 milhões de cidadãos europeus (metade da população da UE). Com isso, estima a Comissão, o mercado interno dos fundos de pensões pode triplicar de valor até 2030: dos atuais 700 mil milhões de euros para 2,1 biliões. Só isto já tornaria o Plano Europeu de Pensões Pessoais (PEPP) um dos mais ambiciosos projetos da Comissão.
O que falta perceber é a origem, e o mandato político, para que uma medida tão importante tenha sido tomada. Quando Jean-Claude Juncker discursou no Parlamento Europeu como candidato a presidente da Comissão, a 15 de julho de 2014, e apresentou o seu programa, só fez uma referência a "pensionistas" e apenas para os dar como vítimas dos "especuladores" na sua visão sobre "a economia social de mercado".
Nenhuma referência foi feita à necessidade de um plano privado de pensões. Nas dez "prioridades da Comissão para 2015-2019" também não há qualquer menção à criação de um plano deste tipo.
Negócio para indústria financeira
Mas ele aí está, pronto para ser aprovado por Parlamento Europeu e Conselho. O relatório da comissão parlamentar responsável, a ECON, escrito pela deputada liberal holandesa Sophia in "t Veld, é favorável ao plano, embora proponha mais de uma centena de emendas. Mas um dos relatores-sombra da comissão parlamentar, o alemão Martin Schirdewan, do GUE (esquerda /verdes nórdicos) é muito duro na sua crítica: "No coração desta proposta não estão preocupações sobre os rendimentos dos reformados, mas apenas a possibilidade de abrir novas oportunidades de negócio para a indústria financeira."
Não faltam provas de que este foi o assunto prioritário na agenda de lóbi da BR em Bruxelas. Em 2015, quando lançou a proposta deste fundo europeu, a empresa norte-americana manteve mais encontros com membros da Comissão do que os seus concorrentes do mundo financeiro. O chairman da empresa, Robert Kapito, explicou ao Financial Times que a empresa decidiu "esforçar-se para que existam mais produtos para reformados para capitalizar o mercado. Quase dois terços dos nossos ativos estão relacionados com pensões", disse.
Larry Fink, fundador e CEO da BlackRock, falando numa cerimónia na Bolsa de Frankfurt em janeiro de 2017, considerou que seria a única possibilidade de desbloquear "o potencial económico" da UE. "Reforçar o mercado de capitais e os sistemas de pensões pode ajudar a libertar esse potencial, e fazê-lo será vital para o futuro económico da Europa." Nesse discurso, criticou aquilo a que chamou "excessiva dependência das pensões estatais" e usou o argumento demográfico para justificar a necessidade de um plano de pensões privado. "As pessoas estão a viver vidas mais longas, aumentando assim a possibilidade de terem de trabalhar muitos anos mais para pagar as suas reformas."
Poucos meses depois, a 6 de junho de 2017, o vice-presidente da Comissão Europeia, o letão Valdis Dombrovskis, comissário responsável pelo tema, usou o mesmo argumento de Fink para apresentar o atual projeto, numa Conferência Europeia de Pensões: "A Europa está a enfrentar um desafio demográfico sem precedentes. Nos próximos 50 anos, prevê-se que a proporção da população em idade de reforma face à população ativa duplique (...) O hiato das pensões vai aumentar a pressão sobre as finanças públicas."
Cortes em Portugal
Dombrovskis é, em Portugal, conhecido pelos seus reparos à forma como as finanças públicas são geridas. Entre as reprimendas do vice-presidente letão estão as pensões públicas. As últimas recomendações específicas para o país, publicadas em 2017, dizem que o tema é um "risco de sustentabilidade orçamental" que o governo deve ter em conta, apesar das reformas feitas no passado. Essas reformas traduzem uma clara orientação de Bruxelas.
Com a troika em Lisboa (governos Sócrates e Passos Coelho), o valor médio das pensões pagas a funcionários públicos diminuiu 27%. Outros cortes atingiram sobretudo os portugueses que mais podem ser beneficiados por um fundo de pensões privado como o PEPP, que funcionará como suplemento às pensões públicas, dependendo das poupanças individuais de cada um: os pensionistas de altos rendimentos. Com a troika, houve um corte de 25% nas pensões acima de 5 mil euros e 50% nas superiores a 7500.
Dombrovskis encontrou-se com a BlackRock duas vezes no ano passado, segundo revelam os arquivos oficiais consultados pelo Investigate Europe. Também em 2017, a empresa reuniu-se também com o diretor-geral Olivier Guersent e com Jan Ceyssens, da Comissão Europeia. E pelo menos uma vez esteve a discutir o PEPP com a direção-geral responsável, a FISMA. A Comissão esclarece que "a DG FISMA apenas teve uma reunião com a BlackRock em outubro de 2017. A FISMA manteve encontros semelhantes com dezenas de outros interessados no PEPP, o que é normal, dado que procuramos ouvir um conjunto alargado de interessados quando produzimos legislação. Também abrimos uma consulta pública para preparar a proposta, como é habitual, na qual a BlackRock foi uma das muitas entidades a responder."
A suspeita de que o lóbi da BlackRock tem um peso especial em Bruxelas é lançada por Guillaume Prache, diretor da Better Finance, a Federação Europeia de Investidores e Utilizadores de Serviços Financeiros. Quando o questionamos sobre o peso da empresa norte-americana nos bastidores de Bruxelas, Prache explica: "Parece que, em 2017, a BlackRock reuniu--se várias vezes com comissários europeus, enquanto nós não tivemos uma só reunião com o comissário responsável pelos serviços financeiros."
Projeto de Moedas contratou BR
Esta crítica das empresas europeias rivais da BlackRock tem uma outra razão de ser. A BlackRock foi a empresa escolhida para gerir o dinheiro do primeiro fundo privado transfronteiriço na Europa. O Resaver é diferente do PEPP porque se dirige apenas a uma classe profissional - investigadores universitários e cientistas - e baseia-se nas contribuições das entidades patronais (universidades, laboratórios, empresas). O PEPP será uma espécie de plano poupança reforma, baseado em poupanças individuais, que pela primeira vez terá regras pan-europeias, benefícios fiscais e tratamento comum.
A escolha da BlackRock para gerir os fundos do Resaver (criado pelo comissário português Carlos Moedas e financiado em quatro milhões de euros pelos fundos H2020) foi um desapontamento para os gestores de fundos europeus. "Apanhou muitos gestores financeiros de surpresa", confessa Guillaume Prache. "É de alguma forma surpreendente que a primeira experiência pública com um plano de pensões pan-europeu tenha sido concedida a uma empresa americana, quando há grandes gestores de ativos financeiros na Europa."
"É um sinal do êxito e da eficiência do seu lóbi", sublinha Prache. O Resaver agrega, entre outras, a Universidade Central de Budapeste, o Elettra Sincrotrone de Trieste, o Instituto Italiano de Tecnologia, a Fondazione Edmund Mach, a Universidade Técnica de Viena e a Associação das Universidades da Holanda.
Do governo para a BlackRock
Em Budapeste, quando assinou o contrato para gerir o dinheiro das pensões do Resaver, Tony Stenning, diretor da BlackRock, considerou que este novo esquema europeu de pensões é uma "evolução decisiva". "É o primeiro passo, embora não vá ser o último", para o crescimento do mercado de pensões na Europa. Esta última frase foi, de alguma forma, premonitória.
Sterling falava em outubro de 2015, meses antes de ser conhecido o plano para a criação do PEPP. Mas a BlackRock tinha já, nessa altura, outros meios de conhecer em pormenor a evolução das decisões europeias. Em abril de 2015 a BlackRock contratou um novo "chefe de macroestratégia", o inglês Rupert Harrison, que tinha sido, até então, o chefe de gabinete do ministro inglês das Finanças George Osborne. Ele fora, nessa altura, o principal arquiteto da "revolução das pensões", um grande projeto lançado pelo governo conservador de David Cameron. Essa "revolução" (assim mesmo designada por Osborne) teve um efeito, de acordo com o Financial Times: "É o primeiro sinal claro de que os maiores grupos de gestão de fundos financeiros estão a preparar-se para tomar a seu cargo um mercado do qual estavam, efetivamente, excluídos antes das reformas anunciadas."
Ou seja, Osborne e Harrison abriram o mercado das pensões britânicas aos gestores de fundos, como a BlackRock. Ambos trabalham agora na empresa. Harrison, como afirma o comunicado oficial da BlackRock, "dada a sua experiência na criação de leis que moldaram a recente reforma das pensões no Reino Unido, está particularmente bem colocado para ajudar a desenvolver as nossas propostas sobre pensões". Osborne juntou-se à BlackRock mais tarde, e participou, como ministro britânico, no processo de criação do PEPP (o comissário dos serviços financeiros da UE até ao brexit era o inglês Jonathan Hill).
Em julho de 2016, depois do brexit, a nova primeira-ministra conservadora Theresa May não reconduziu Osborne no governo. Em fevereiro seguinte, a BlackRock contratou o ex-ministro para "fornecer perspetivas sobre a política europeia, a reforma económica chinesa e tendências como os juros baixos e o seu impacto no planeamento de pensões".
Pensões compram no PSI 20
A contratação destes dois políticos britânicos tinha um objetivo explícito: pensões. Como Kapito afirmou, dois terços dos mais de seis biliões geridos pela BlackRock vêm de fundos de pensões. É a maior quantidade de dinheiro que uma empresa financeira gere no mundo. E o que faz a BlackRock com o dinheiro das pensões? Com esses biliões a BlackRock compra partes significativas das maiores empresas do mundo (só em Portugal, 14 cotadas no PSI 20 têm o gigante norte-americano como acionista, incluindo a EDP, o BCP, a NOS, a Jerónimo Martins e os CTT). Ou seja, o dinheiro dos pensionistas dá à empresa norte-americana um poder decisivo: saber o que fazem, como produzem, como crescem as maiores empresas da economia mundial.
Assim, a BlackRock conseguiu tornar-se um acionista decisivo em quase todos os setores da economia europeia: indústria, banca, serviços, setor agroalimentar. Se a este poder se juntar a gestão dos 2,1 biliões de euros das pensões privadas europeias, qual será o peso de uma só empresa no dia-a-dia da economia europeia? A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admite estar preocupada com este peso de uma só empresa, numa economia que depende da competição entre várias.
Vários investigadores falam da criação de um "monopólio". "A BlackRock é o reflexo do recuo do Estado social", considera Daniela Gabor, professora de Economia na Universidade West of England. Especialista em bancos e mercados financeiros, Gabor conclui que o poder "sistémico" desta empresa "cresce através de mudanças políticas estruturais". A forma como as pensões dos europeus são geridas pode ser, nesse caso, um capítulo relevante desta história.
Com Crina Boros, Elisa Simantke, Harald Schumann, Jordan Pouille, Nikolas Leontopoulos, Maria Maggiore, Wojciech Ciesla
Investigate Europe é um projeto iniciado em setembro de 2016 que junta nove jornalistas de oito países europeus. Financiado pelas fundações Hans Böckler Stiftung, Düsseldorf, Stiftung Hübner und Kennedy, Kassel, Fritt Ord, Oslo, RudolfAugstein-Stiftung, Hamburgo e Open Society Initiative for Europe, Barcelona, destina-se a trabalhar temas de interesse europeu.

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