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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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10
Jun18

BILDERBERG | Os filhos da pauta reuniram-se durante três dias em Turim

António Garrochinho




Terminou hoje (10.6) a reunião da organização secreta Bilderberg, realizada em Turim em ambiente recatado e superprotegido. Desde dia 7 que a organização dos endinheirados e afortunados donos do mundo – os tais 1% da população mundial - à mistura com uns quantos lacaios estiveram reunidos. O que ali se fala e o que realmente acontece é secreto – o que de modo algum pode ter significado positivo para a população mundial.

Pegando na publicação em português do Brasil “Oriente Mídia” e na expressão ali usada “pauta”, estamos em crer ser correto considerar que os filhos da pauta se reuniram para decidir os destinos das políticas do mundo, das suas cobranças coercivas e tão lucrativas  da exploração dos países e dos povos constantes na “pauta” secreta. São assim os filhos da pauta. (PG)


Gato escondido com o rabo de fora

7/6/2018, Coletivo de Tradutores Vila Vudu (distribuído por e-mail)

Valha o que valer, aí vai a parte da ‘pauta’ que o Clube de Bilderberg, que se reúne a partir de hoje, esse ano em Turim, Itália, deseja que você acredite que ele está(ria) discutindo. [A notícia da reunião vem de Pepe Escobar, pelo Facebook. Comentários, em itálicos, são do Gato Filósofo, GF].

[COMENTÁRIO GF] Sinceridade? Essa pauta parece pauta da editoria de internacional d’O Estado de S.Paulo ou da ‘sociologia’ da USP-UDN, sô! Quem mais, além da editoria de internacional d’OESP e da ‘sociologia’ da USP-UDN (além de CIA e MI6 em Bilderberg, claro!), ainda temeria o “populismo” declarado uma das faces mais tenebrosas do povo demoníaco em ação?!

 The 66th Bilderberg Meeting
a realizar-se nos dias 7-10/6/2018 em Turim, Itália.

“A 66ª Reunião de Bilderberg deve acontecer entre os dias 7-10/6/2018 em Turim, Itália. Até o momento, 131 participantes, de 23 países, já confirmaram presença. Como sempre, um grupo diversificado (sic) de líderes políticos e especialistas da indústria, finança, academia e mídia foram convidados. A lista dos participantes está disponível em www.bilderbergmeetings.org.”

[COMENTÁRIO GF]: Na tal lista vê-se que Kissinger e o general Petraeus já confirmaram que lá estarão. Kissinger representa seu próprio escritório de advocacia, claro, e lá estará de pleno direito (vai sempre). Petraeus, já perdoado e reabilitado[1] é hoje empregado do KKR Global Institute, o mesmo fundo de investimentos que “em 2012, ao anunciar a contratação de Henrique Meirelles como conselheiro sênior” apontou o hoje diz-que-candidato a presidente do Brasil como “parceiro tremendamente valioso para a empresa. Um executivo do fundo, Alex Navab, disse que o KKR confiava nos “conselhos e percepções de Meirelles no mundo da governança, finanças e investimentos”(Valor, 10/8/2017).

Assim sendo, o general Petraeus, em 2018, é o mais parecido com o que se pode ver como representante dos interesses da CIA e do governo golpista do Brasil, presente oficialmente em Turim, para o encontro Bilderberg-2018.

A ‘pauta’ que Bilderberg, que se reúne a partir de hoje (7) em Turim, Itália, deseja que você acredite que lá esta(ria) em discussão em 2018 “inclui” (significa que há mais, portanto, no campo do sabido não dito) os seguintes tópicos:

Populismo na Europa
O desafio da desigualdade
O futuro do trabalho
Inteligência artificial
EUA antes das eleições de meio de mandato
Livre comércio
Liderança dos EUA no mundo
Rússia
Computação quântica (for dummies)
Arábia Saudita e Irã
Mundo da “pós-verdade”
Eventos em andamento.

[COMENTÁRIO GF] Dado que essa é apenas uma pauta “incluída” em pauta maior não noticiada, claro que há mais pauta. Mas não se fala da continuação a qual, se não é Rússia e Irã e Arábia Saudita, já ‘pautados’ na parte divulgável, será necessariamente China e talvez até, por que não, Brasil e Índia.

A China, que não é nem EUA nem Europa (quer dizer, nem CIA nem MI6), esteve presente em lugar de honra em Bilderberg 2017. Sumiu em 2018. O Brasil não é nem EUA nem Europa, mas está sob golpe da CIA desde 2016 e está na lista de compra de supermercado de todos os reunidos em Bilderberg 2018. E a Índia também é problema não dito. Ganhou de presente dos EUA um “Comando do Pacífico Asiático”, mas, com comando de presente e tudo, a Índia continua sem dar bola para sanções dos EUA, e mantém-se parceira comercial ativíssima de Irã e Venezuela, atropelando sanções.

Todos os presentes à reunião de Bilderberg 2018 têm interesses investidos no golpe em curso no Brasil. TODOS.

Israel não aparece como ‘tema’, nem como ‘eventos em andamento’, porque, como se sabe, Israel, potência ocupante de terra palestina, não é tema nem evento: para CIA e MI6, organizadores de Bilderberg, Israel é projeto].

“Fundada em 1954, a Bilderberg Meeting é uma conferência anual que visa a promover o diálogo entre Europa e América do Norte. Todos os anos, entre 120 e 140 líderes políticos e especialistas em indústria, finança, academia e a mídia (sic) são convidados a participar da conferência. Cerca de 2/3 dos participantes vêm da Europa; aproximadamente ¼ são políticos ou membros de governos, e os demais vêm de outros campos.

A conferência é um fórum para discussão informal sobre grandes questões que o mundo enfrenta (sic). As reuniões acontecem sob a “Regra de Chatham House”, pela qual os participantes são livres para usar informação que recebam, mas comprometem-se a não revelar nem a identidade nem a afiliação de quem fale, nem de qualquer outro participante.

Graças à natureza privada (Hellloou!) da reunião, os participantes não são limitados pelas convenções dos respectivos cargos (públicos? Privados? Como assim?!), nem por posições assumidas previamente. Assim, todos podem ouvir, refletir e coletar insights. Não há resultado esperado, não há tempo delimitado para qualquer intervenção e não se emitem relatórios por escrito. Além disso, não há propostas de resoluções, nem votações, nem se estabelecem normas internas [ing. policy statements]” [da página internet do ‘grupo’, aqui traduzida].

[COMENTÁRIO GF] As condições são as de sempre, quando os reunidos não temem que haja povo ouvindo pelos cantos. É conferência de quem ainda insiste em fazer-crer que não teria de dar NENHUMA satisfação ao mundo real. PORÉÉÉM, reúne-se secretamente para discutir a parte do mundo real que, até junho de 2018, continue a resistir contra as decisões de Bilderberg de junho de 2017.

A parte divulgada da pauta de Bilderberg 2017 foi a seguinte:

Governo Trump: relatório de andamento
Relações Transatlânticas: opções e cenários
A Aliança de Defesa Transatlântica [conhecida como “OTAN”]: “bullets, bytes and bucks” [dito “item de agenda que recebeu o título mais ridículo da história de Bilderberg“. Naquele momento, a OTAN começava a lutar para aumentar a própria dotação em termos de “balas, bytese grana”, alegadamente para enfrentar a Rússia, mas, naquele momento, também para enfrentar o primeiro presidente Donald Trump.[2] Uma sessão de debates com o mesmo título “o mais ridículo (…)” foi presidida por Jens Stoltenberg, desde 2014 secretário-geral da OTAN.
Rumos da União Europeia
É possível tornar mais lenta a globalização?
Empregos, renda e expectativas não realizadas
Guerra contra a informação (sic) [ing. The war on information]
Por que cresce o populismo?
Rússia na ordem internacional
Oriente Próximo
Proliferação Nuclear

China [“A China será discutida numa reunião da qual participarão o embaixador da China nos EUA, o secretário de comércio dos EUA, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, dois senadores dos EUA, o governador da Virginia, dois ex-diretores da CIA– e quase incontáveis investidores-monstro norte-americanos, incluindo diretores de empresas de serviços financeiros Carlyle Group e KKR. [É a mesma KKR que, em 2012 contratara Meirelles como ‘conselheiro” e em 2018, exibirá em Bilderberg o general Petraeus na diretoria.] Ah, e o patrão de Google” (The Guardian, 1/6/2017).]
Eventos em andamento.

[COMENTÁRIO GF]: De interessante a anotar, para analisar depois, que:
(i) o “populismo” passou de 8º lugar, em 2017, e do estado de pergunta, para 1º lugar, circunscrito à Europa, mas afirmado, sem perguntas retóricas, logo no ano seguinte;
(ii) todas as entradas de pauta em 2018 tornaram-se ‘vagas’: por exemplo, de “Rússia na ordem internacional”, em 2017, para “Rússia”, assim, no ar, em 2018. Da China de corpo presente, em 2017,[3] para “faz-de-conta que a China não existe”, em 2018.
Nem é preciso comentar dois itens da agenda de 2018, que, em 2017, é núncaras que teriam status de item de pauta de Bilderberg:
(iii) a tal “Computação quântica”, WTF; e
(iv) o mundo da rementira, que Bilderberg tenta tolamente (re)pautar como “mundo da pós-verdade”.

Interessante anotar também que:

(v) em 2017, o Oriente era dito Próximo; em 2018, o item de pauta se chama “Arábia Saudita e Irã”. Quando, em Bilderberg, desde 1954, Arábia Saudita e Irã foram um só item de pauta?!

EM TEMPO: Até o fechamento dessa edição, o mundo real não confirmara presença oficial em Bilderberg 2018. Lá não aparecerão oficialmente nem a moeda nem o correspondente lastro-ouro nem chineses nem russos. Lá só aparecerá oficialmente o EUA-dólar, cuja substituição por yuan, rials, rublos et allii, estranhamente, não está pautada para Bilderberg 2018, nem como perguntinha retórica nem, que fosse, como alguma vaga ideia. Bilderberg 2018 já é gato escondido cô rabo de fora. Segue a luta.






10
Jun18

HISTÓRIAS DO WOLKSWAGEN, O VOLKY, O CAROCHA, O BEETLE, O VOCHO, O BESOURO, O FUSCA

António Garrochinho

O milionésimo Volky e outras fotos históricas

O Fusca da Volkswagen atingiu um milhão de unidades. 

Muito poucos pensaram que o besouro de roda barulhenta teria uma vida tão longa. 

Fabricado em 1955, marcou o primeiro milhão de unidades produzidas. 

Sua produção não iria parar até 48 anos e mais de 20 milhões de unidades depois. Fotos: Arquivos Volkswagen

Foi previsto que seria um fracasso nos Estados Unidos, mas chegou a vender mais de 21 milhões de unidades em todo o mundo. Na segunda-feira contei a história do primeiro Volkswagen que chegou nos Estados Unidos e hoje mostro várias fotos de sua história: antes e depois. Claro, existem milhares de fotos sobre a história do Beetle e estas são apenas algumas, mas de qualquer forma, espero que você goste delas.

Um dos primeiros protótipos (1932)

Ferdinand Porsche (à esquerda) mostra Adolph Hitler uma versão em escala do Volkswagen (o carro do povo).

1938: um cartaz de propaganda do regime nazista. Para este tempo foi chamado KdF Wagen para o lema da juventude nazista Kraft durch Freude .

A foto que mostrei na segunda-feira : a chegada nos Estados Unidos do primeiro Volkswagen.

Apenas dois Volkys chegaram aos Estados Unidos no primeiro carregamento de 1948, mas rapidamente começaram a se espalhar por todo o país. Aqui vemos um em Chicago nos anos cinquenta.

1955: Por ocasião da produção do milionésimo Fusca (acima na foto principal do artigo), a Volkswagen fez essa enorme formação de carros em sua fábrica em Wolfburg, na Alemanha. Tenho certeza de que você nunca viu uma foto com tantas "janelas ovais" juntas.

Eine Million " (um milhão em alemão). Outra formação que a Volkswagen fez em 1955 em sua fábrica em Wolfsburg, por ocasião da produção do 1.000.000º Beetle. A logística para ambas as formações terá sido um pesadelo.

A linha de produção durante os anos cinquenta.

Corrida simbólico organizado pela Volkswagen em Wolfsburg por ocasião do dia (17 de Fevereiro 1972) que o Beetle quebrou o recorde do lendário Ford Modelo T para se tornar o carro mais vendido no mundo. O registro do Modelo T foi de 15.007.033 unidades. Naquele dia não foi o número Volky 15007034 e continuou em produção há 31 anos. O recorde atual é o Toyota Corolla com mais de 40 milhões de exemplares produzidos, mas o Modelo T e Volky têm a distinção de alcançar suas marcas com uma única geração.


Wolfsburg, Alemanha: a evolução do Fusca de 1938 a 1976.

1981: A conta chegou a 20 milhões na fábrica em Puebla, no México. No México, o Volky é chamado de "Vocho". No Brasil, onde também foi produzido, eles dizem "Fusca".

O fim. O último de todos os Volkys deixa a linha de montagem da última fábrica que o produziu no mundo (Puebla, México). A conta terminou em 21.529.464 unidades. Isso foi em 30 de julho de 2003. O último de todos os besouros foi apelidado de "O Rei" e reside no Museu Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha .



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10
Jun18

Fósseis Vivos: Quem São, as Espécies e as Fotos

António Garrochinho
Fóssil Vivo: Caranguejo-ferradura
O que são fósseis vivos? 
Qual a diferença entre estes e outros animais?
Fóssil vivo é uma expressão informal, uma designação atribuída a animais conhecidos através do registo fóssil de há vários milhões de anos e que, portanto, sobreviveram aos eventos de extinção em massa ocorridos na pré-história.
Estes animais chamados fósseis vivos, são animais muito semelhantes aos seus ancestrais. No entanto, convém salientar que apesar das poucas ou nenhumas diferenças visíveis, a nível molecular as coisas são diferentes e um fóssil vivo, é tão evoluído geneticamente como qualquer outro animal.
A dificuldade na compreensão desta diferença, entre o que se vê (anatómico) e o que “não se vê” (molecular), é o principal factor que leva os defensores das teorias criacionistas, a usar as espécimes de animais fósseis vivos como uma “prova” contra a teoria da evolução. Segundo os criacionistas, o facto de animais existentes há milhões de anos continuarem vivos e inalterados hoje em dia, é uma negação da evolução.
Contudo e como se pode ver num exemplo concreto em baixo – a tuatara – todos os animais evoluem e até bastante rápido, mesmo que não “não pareça”.
Entre os fósseis vivos, encontramos criaturas bizarras, excêntricas ou simplesmente únicas, com um aspecto muitas vezes primitivo (como o tubarão-cobra) ou até alienígena (como os caranguejos-ferradura).
Em principio, a sobrevivência tão duradoura destes animais poderia significar um grande sucesso biológico dos mesmos, no entanto, muitos dos animais fósseis vivos, chegaram até nós porque os seus habitats foram sujeitos a poucas alterações ao longo dos milhões de anos, bem como a competição com outras espécies não os levou à extinção. No mesmo sentido, são também alguns dos animais mais vulneráveis e ameaçados pela acção humana.
Independentemente da sua sobrevivência e da “saga” percorrida durante tantos milhões de anos, os fósseis vivos são, sobretudo, a visão mais realista que podemos ter de como era o mundo há muito, muito tempo atrás.
Fóssil Vivo: Tuatara

Factos e curiosidades sobre fósseis vivos

  • Poucas ou nenhumas alterações anatómicas desde os tempos primitivos;
  • Baixa diversidade genética;
  • Muitas vezes descobertos depois de já serem conhecidos no registo fóssil e considerados extintos*;
  • O fóssil vivo mais conhecido em todo o mundo é o celacanto, cujos fósseis datam de há 400 milhões de anos atrás;
  • Existem outros fósseis vivos que não são animais, tais como bactérias e plantas (a Ginkgo biloba já existe há 50 milhões de anos).

20 Animais Fósseis Vivos

Nesta lista, apresentamos os 20 fósseis vivos que estão “entre nós” há mais tempo, como os celacantos, os nautilus, os crocodilos, os esturjões ou os caranguejos-ferradura. Para teres uma noção mais precisa do que representa cada número em milhões de anos para cada animal apresentado, fica uma ideia base: os dinossauros apareceram há cerca de 230 milhões de anos, desapareceram há 65 milhões de anos e o primeiro Homo sapiens apareceu há “apenas” 0,2 milhões de anos.

1. Mixinas

Fóssil Vivo: Peixe-Bruxa
As mixinas, também conhecidas como peixes-bruxa ou enguias-de-casulo (classe Agnatha ou Myxini) são os únicos animais vivos de crânio sem coluna vertebral, o que leva alguns taxonomistas a hesitar em classificá-las como animais vertebrados. Têm um aspecto e características tão primitivas quanto os seus ancestrais, gravados no registo fóssil desde há 550 milhões de anos. As mixinas possuem glândulas segregadoras de muco em toda a pele, que usam para se defenderem e escapar de predadores, e são consideradas uma ligação evolutiva crucial entre animais vertebrados e invertebrados.

2. Nautilus

Fóssil Vivo: Nautilus
Quem não conhece os nautilus? Com as suas conchas únicas, que serviram de inspiração a muitos artistas ao longo dos últimos séculos e que representam um dos melhores exemplos naturais de uma espiral logarítmica, estes cefalópodes – parentes das lulas, dos polvos e dos chocos – já “vagueiam” pelos oceanos desde há 500 milhões de anos atrás, tendo “convivido” com inúmeros animais pré-históricos como as trilobites ou os dinossauros. Actualmente, os nautilus podem ser encontrados nas águas do Indo-Pacífico. As 6 espécies de nautilus sobreviventes, de um total de mais de 2.500 espécies identificadas, são praticamente idênticas aos nautilus das águas de há meio bilião de anos atrás. Recentemente descobriu-se que os nautilus têm capacidade de memória longa, apesar de nunca terem evoluído as estrututas cerebrais necessárias para o efeito. Como? Boa pergunta.

3. Língulas

Fóssil Vivo: Língula
As língulas estão entre os animais mais “conservadores” do planeta: existem há mais de 500 milhões de anos e as alterações na sua aparência desde essa altura (período Cambriano, muito antes do primeiro dinossauro pisar a Terra), são mínimas. As conchas apresentam a forma de uma língua (classe Lingulata, a palavra latina para “língua”) e possuem um longo pedículo com o qual se movimentam no solo arenoso.

4. Caranguejo-ferradura

Fóssil vivo: caranguejo-ferradura
O caranguejo-ferradura, ou límulo (Limulus polyphemus), além de ser um fóssil vivo – está no registo fóssil do período Ordoviciano, há cerca de 450 milhões de anos – é um animal fascinante em muitos aspectos. A sua aparência meio alienígena e meio pré-histórica, esconde um sangue azul, literalmente azul, considerado muito valioso na medicina humana para o combate a infecções bacterianas, uma extracção onde não são sacrificados, sendo devolvidos à água sem problemas. Estes caranguejos são também capazes de regenerar membros perdidos, como uma estrela do mar. Apesar do nome, estão mais próximos das aranhas e dos escorpiões do que dos caranguejos. Na verdade, é o animal vivo mais próximo das trilobites que podemos observar. Tive oportunidade de fotografar um exemplar destes animais na visita ao Sea Life.

5. Celacanto

Fóssil vivo: celacanto
O celacanto (Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis) é provavelmente o fóssil vivo mais conhecido em todo o mundo. Durante bastante tempo pensou-se que estes peixes, com origem há cerca de 400 milhões de anos, tinha sido extinto juntamente com os dinossauros no final do período Cretácico, há 65 milhões de anos. Até que em 1938 foi descoberto, junto com outros peixes, apanhados por um pescador local na África do Sul. Desde então, já foram observados celacantos no Quénia, Tanzânia, Moçambique e Madagáscar. Curiosamente, os animais mais próximos taxonómicamente do celacanto, são os tetrápodes (vertebrados de quatro patas) e os peixes pulmonados, que podes conhecer já aqui em baixo. Os celacantos conseguem viver mais de 100 anos.

6. Peixe-pulmonado-australiano

Fóssil vivo: Peixe-pulmonado-australiano
O peixe-pulmonado-australiano (Neoceratodus forsteri) é nativo dos rios de Queensland, na Austrália. É o único membro sobrevivente da família Ceratodontidae, uma família ancestral da subclasse Sarcopterygii, que surgiu no planeta há mais de 380 milhões de anos. Apesar do animal ter evoluído desde então, as diferenças entre os peixes-pulmonados de há 100 milhões de anos e este agora, são mínimas. É um dos animais vertebrados mais antigos do mundo.

7. Vermes aveludados

Fóssil vivo: Vermes aveludados
Os vermes aveludados (filo Onychophora, espécie Euperipatoides kanangrensis na imagem) habitam os trópicos, as zonas temperadas do hemisfério sul e não gostam de luz – por isso são mais activos durante a noite. Existem fósseis do que parecem ser vermes aveludados desde o período Cambriano há mais de 500 milhões de anos, que eram contudo animais marinhos. A transição para terra poderá ter acontecido entre os 490 e os 420 milhões de anos atrás. O baixo “potencial” de fossilização destes animais leva à sua escassez no registo fóssil, no entanto existem evidências mais claras no período Cretácico e, principalmente, nos depósitos do Eoceno datados de há 40 milhões de anos. E cá continuam.

8. Baratas

Fóssil vivo: Baratas
As baratas são insectos popularmente conhecidos – não popularmente amados digamos assim – que já se encontram no registo fóssil datado de há cerca de 400 milhões de anos, no período Siluriano. Desde então, as mudanças são realmente poucas. A barata na foto está preservada em âmbar e viveu há 40 – 50 milhões de anos atrás.

9. Esturjão

Fóssil vivo: Esturjão
Outro animal também popularmente conhecido, o esturjão, é encontrado no registo fóssil datado de há 200 – 230 milhões de anos. Tal como é “normal” nos chamados fósseis vivos, o esturjão também pouco ou nada mudou desde o seu aparecimento – juntamente com o aparecimento dos primeiros dinossauros – até ás nossas águas actuais.

10. Crocodilos

Fóssil vivo: Crocodilos
Provenientes também de há cerca de 230 milhões de anos, juntamente com os esturjões e os dinossauros, os crocodilos são também os animais com aparência mais… dinossauresca. Por esse motivo, muitas vezes os crocodilos não são apelidados de fósseis vivos mas sim de dinossauros vivos, um nome que lhes assenta bem. Os crocodilos actuais evoluíram há cerca de 84 milhões de anos, no período Cretácico, tendo sobrevivido à extinção que aniquilou os dinossauros, à semelhança das tartarugas e outros animais. Apesar da aparência, são os parentes vivos mais próximos das aves, representando uma ligação entre répteis e aves que divergiu há muitos milhões de anos. A aparência dos crocodilos praticamente não se alterou desde o tempo dos dinossauros, embora tenha havido evolução notória no esqueleto que os torna, hoje, mais fortes e mais ágeis do que no passado remoto.

11. Tartarugas

Fóssil vivo: Tartarugas
As tartarugas que tão bem conhecemos, inclusive como animais de estimação nas nossas casas, fazem parte de um dos grupos de répteis mais antigos do planeta. As primeiras tartarugas, chamadas proto-tartarugas, viveram há cerca de 220 milhões de anos, no período Triássico. Estas proto-tartarugas tinham a carapaça incompleta, como se nunca tivessem passado do estado embrionário, e tinham dentes. À medida que foram evoluindo, as carapaças tornaram-se mais completas, e as espécies datadas de há cerca de 160 milhões de anos, no período Jurássico, já eram muito semelhantes às tartarugas que conhecemos hoje em dia.

12. Triops

Fóssil vivo: Triops
Semelhantes a caranguejos-ferradura, mas em miniatura, os triops (Triops longicaudatus) são bem conhecidos dos aquariofilistas que apreciam ter um autêntico fóssil vivo nos seus aquários. Originários no período Triássico, há cerca de 220-230 milhões de anos, os triops respiram pelas patas e pertencem à família dos caranguejos e dos camarões. O nome triops refere-se aos três olhos que possuem. Os triops actuais são praticamente iguais aos que habitaram as águas do nosso planeta há 70 milhões de anos, ainda no tempo dos dinossauros.

13. Tuatara

Fóssil vivo: Tuatara
Um dos fósseis vivos mais conhecidos em todo o mundo, as tuataras, animais “genuinamente” pré-históricos, tiveram origem no nosso planeta há cerca de 200 milhões de anos, tendo sobrevivido até hoje apenas duas espécies, a Sphenodon guntheri e a Sphenodon punctatus. Embora as tuataras se assemelhem a lagartos, pertencem a uma família com características absolutamente únicas entre os répteis. Apesar de consideradas fósseis vivos, pelas muito poucas diferenças anatómicas com os fósseis do período Triássico, estudos moleculares recentes demonstraram que estes animais não estão parados na evolução: pelo contrário, a evolução molecular das tuataras é mais rápida do que a de qualquer outro animal até hoje analisado (ver “Fastest Evolving Creature is Living Dinosaur” e “Tuatara evolving faster than any other species“). As tuataras têm uma dentição bastante única: duas fileiras de dentes na mandíbula superior e uma só fileira na mandíbula inferior.

14. Tubarões-de-Port-Jackson

Fóssil vivo: Tubarões-de-Port-Jackson
Os tubarões-de-Port-Jackson (Heterodontus portusjacksoni) são uma das nove espécies vivas da ordem dos Heterodontiformes, animais que estão presentes no registo fóssil do período Jurássico, datados de há cerca de 175 milhões de anos (embora se suspeite que tenham surgido mais cedo), surgindo assim antes de qualquer grupo de tubarões modernos. Em termos de aspecto, os tubarões-de-Port-Jackson continuam semelhantes aos primeiros Heterodontiformes, sendo assim considerados fósseis vivos.

15. Ornitorrinco

Fóssil vivo: Ornitorrinco
Apesar de não ter um aspecto típico primitivo, os ornitorrincos (Ornithorhynchus anatinus) também não se parecem com mais nenhum outro animal e os estudos revelam aquilo que à primeira vista se nota: são estranhos. Muito. Os ornitorrincos são mamíferos que põem ovos e possuem veneno, além de terem o conhecido bico de pato, de segregarem o leite através de poros na pele e de terem 10 cromossomas sexuais – ao contrário da maioria dos mamíferos que possuem 2, o X e o Y. Como se não bastasse de peculiaridades, conseguem detectar as próximas presas através de electro-receptores. A singularidade dos ornitorrincos já levou mesmo os cientistas a classificarem-nos erradamente como répteis. A presença dos ornitorrincos na pré-história ficou comprovada pela existência de um fóssil com cerca de 110 milhões de anos, pertencente a um Sterophodon, parente do ornitorrinco de aspecto muito similar e que viveu no período Cretácico. A origem mais ancestral parece remontar, contudo, a cerca de 167 milhões de anos, no período Jurássico.

16. Lula-vampira-do-inferno

Fóssil vivo: Lula-vampira-do-inferno
Com o aterrorizante nome de lula-vampira-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis), este animal vive nas águas profundas dos Oceanos Atlântico e Pacífico, sendo o único cefalópode conhecido capaz de viver a 1 quilómetro de profundidade. É também uma relíquia sem paralelo no mundo animal. Assim como o caranguejo-ferradura não é um caranguejo e o musaranho-elefante não é um musaranho (nem um elefante…), a lula-vampira também não é uma lula, mas sim a descendente de um grupo de cefalópodes já extintos. Um fóssil dos meados do período Jurássico, com cerca de 165 milhões de anos, provou que as lulas-vampiras já existiam claramente nessa altura. A única diferença entre a lula-vampira do tempo dos dinossauros (Vampyronassa rhodanica) e a actual, é nas diferentes dimensões dos braços e do manto.

17. Aruanãs

Fóssil vivo: Aruanã
Os aruanãs, também conhecidos como peixes-língua-de-osso (na foto a espécie Osteoglossum bicirrhosum), são peixes de água doce que podem ser mantidos em aquários, embora necessitem de grandes dimensões e condições muito especiais, não recomendados portanto a aquariofilistas amadores. Os aruanãs representam uma visão da pré-história: os seus ancestrais datam de há 200 milhões de anos, embora os aruanãs actuais sejam descendentes dos inícios do período Cretácico, há cerca de 140 milhões de anos, tendo mudado muito pouco desde essa altura.

18. Tubarão-cobra

Fóssil vivo: tubarão-cobra
Há relativamente pouco tempo falamos aqui no Mundo dos Animais do tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus) na fotogaleria de tubarões. Não obstante o seu aspecto claramente primitivo e “desenquadrado”, o tubarão-cobra vem de uma linhagem que terá surgido há mais de 90 milhões de anos, provavelmente mesmo há 150 milhões de anos. Habita águas profundas, como 1.500 metros de profundidade, e tem um corpo parecido com as enguias. O espécime capturado nas águas superficiais do Japão e logo transportado para um parque aquático, morreu poucas horas depois, por doença – provavelmente a mesma doença que o levaria a subir das profundezas à superfície. A observação foi contudo valiosa, dado tratar-se de um animal tão raro e primitivo.

19. Rã de Archey

Fóssil vivo: Rã de Archey
A rã de Archey (Leiopelma archeyi) é um anfíbio criticamente ameaçado de extinção, perto de acabar uma “saga” que já dura há mais de 150 milhões de anos: é praticamente indistinguível dos fósseis do Jurássico, sendo uma das rãs mais primitivas existentes. Caso não consiga sobreviver à extinção, a rã de Archey corre o risco de deixar de ser um fóssil vivo e passar a ser, simplesmente, um fóssil. Esperemos que não.

20. Formiga Martialis heureka

Fóssil vivo: Martialis heureka
Martialis heureka é um dos últimos fósseis vivos descobertos. Esta formiga é cega, habita os túneis subterrâneos da floresta Amazónia e descende directamente das primeiras linhagens de formigas, que evoluíram no subsolo e começaram a ascender à superfície há cerca de 125 milhões de anos, no período Cretácico. A Martialis heurekaapresenta várias características primitivas como a cegueira e as mandíbulas em forma de forceps, tendo esta mesma espécie aparecido há cerca de 50 milhões de anos. Como habita nos túneis subterrâneos, o ambiente estável e escondido protege esta formiga da competição com as formigas modernas, um dos factos que contribuiu para a sua sobrevivência desde a pré-história até hoje.

Os mais recentes (e improváveis) fósseis vivos

Fóssil vivo: Panda-vermelhoSabias que os coalas, pandas-vermelhos e musaranhos-elefantes também são considerados fósseis vivos?
Os primeiros ancestrais dos pandas (quer dos pandas-vermelhos como dos pandas-gigantes) habitaram o planeta no início do período Terciário, há cerca de 65 milhões de anos atrás, logo após a extinção que eliminou os dinossauros. O panda-vermelho propriamente dito, está no registo fóssil desde há 5-7 milhões de anos. Já sobre os coalas, os registos fósseis ascendem a 20 milhões de anos, quando os seus ancestrais evoluíram no sentido de habitarem as florestas tropicais, ao contrário dos eucaliptos que hoje lhes servem de casa.
Os musaranhos-elefantes actuais (que apesar do nome, não são parentes nem dos musaranhos, nem dos elefantes, nem de “coisa nenhuma” pois a sua classificação ainda é muito debatida) são praticamente idênticos aos seus ancestrais que floresceram no continente africano há cerca de 30 milhões de anos atrás. Tal como estes ancestrais, são animais insectívoros. Mais antigas são as aranhas-de-alçapão (família Ctenizidae), cuja existência já remonta há 85 milhões de anos.
Outro animal bem conhecido é o dragão-de-komodo, um lagarto da Indonésia que partilha com os crocodilos um aspecto dinossauresco. Podendo atingir 3 metros de comprimento e 70 quilos de peso, este género de lagartos (Varanus) surgiram na Ásia há cerca de 40 milhões de anos, tendo depois migrado para a Austrália. A colisão entre a Austrália e o Sudoeste Asiático, ocorrida há uns 15 milhões de anos, permitiu que os dragões-de-komodo se deslocassem para aquele que é, hoje, o arquipélago indonésio. Os dragões-de-komodo actuais diferenciaram-se dos ancestrais há cerca de 4 milhões de anos.
Há 23 milhões de anos, apareceram os primeiros aardvarks (Orycteropus afer), um mamífero noctívago africano, parente dos elefantes, que tende a aparecer em primeiro lugar em todas as listas alfabéticas de animais (porque será?). No caso do aardvark, não só a aparência mais também os seus cromossomas têm-se mantidos idênticos ao longo de milhões de anos. Antes deles, há 46 milhões de anos, divergiram dos marsupiais australianos os monitos-del-monte (Dromiciops gliroides), pequenos marsupiais da América do Sul e únicos membros vivos da sua ordem. Mede apenas 13 centímetros e pesa cerca de 30 gramas.
Para último mas nada menos interessante, os okapis (Okapia johnstoni). É uma das duas espécies remanescentes da família Giraffidae – sendo que a outra espécie, é a própria girafa. Os okapis foram considerados animais extintos por se conhecerem apenas através do registo fóssil. Depois, foram considerados animais críptidos, pois apenas existiam relatos da sua existência entre os habitantes locais da República Democrática do Congo. Por fim, este fóssil vivo foi encontrado… vivo. Os okapis têm um pescoço muito mais curto que as girafas actuais e são animais por norma solitários. Tiveram origem há cerca de 15 milhões de anos e estão, de momento, em perigo de extinção. São o exemplo vivo mais próximo das girafas primitivas do nosso mundo.
* Existe uma pequena diferença entre animais fósseis vivos e o fenómeno paleontólogo chamado taxon lazarus. Este último representa as espécies animais e/ou vegetais que, consideradas extintas, reapareceram. O nome refere-se a Lázaro, um personagem bíblico que, depois de morto, foi ressuscitado. Dado que a grande maioria dos animais que reaparecem têm um estado de conservação criticamente ameaçado, é comum dizer-se que se tratam de extinções adiadas e não de “ressurreições”, sendo que os animais acabam muitas vezes por extinguir-se. De vez.

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10
Jun18

OS CINCO IRMÃOS QUE MORRERAM JUNTOS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

António Garrochinho




Os cinco irmãos Sullivan eram marinheiros na Segunda Guerra Mundial que, servindo juntos no  vaso de guerra USS. Juneau DD-537
  , todos foram mortos em ação em seu afundamento por volta de 13 de novembro de 1942. 
O USS Juneau afundou depois de ser atingido por um torpedo japonês perto das Ilhas Salomão do Pacífico Sul.
 Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan
Os cinco irmãos, os filhos de Thomas (1883–1965) e Alleta Sullivan (1895–1972) de Waterloo, Iowa, eram  George Thomas Sullivan , 27 (nascido em 14 de dezembro de 1914), Mate Segunda Classe de Artilheiro (George havia sido anteriormente foi dispensado em maio de 1941 como Mate Third Class de Gunner.). Francis "Frank" Henry Sullivan , 26 (nascido em 18 de fevereiro de 1916), Coxswain (Frank havia sido liberado em maio de 1941 como Marinheiro de Primeira Classe). Joseph "Joe" Eugene Sullivan , 24 (nascido em 28 de agosto de 1918), marinheiro de segunda classe. Madison “Matt” Abel Sullivan , 23 (nascido em 8 de novembro de 1919), Seaman Second Class e  Albert “Al” Leo Sullivan , 20 (nascido em 8 de julho de 1922), Seaman Second Class.
 Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan
A família Sullivan de Waterloo de Iowa,era uma família do início dos anos 1900. Thomas Sullivan, um americano de primeira geração, era um condutor de trem enquanto sua esposa, Alleta, era dona de casa. Como uma grande família católica irlandesa, eles 
tiveram seis filhos:
Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan
 Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan 
Cinco meninos e uma filha, George nascido em 14 de dezembro de 1914, Francis nascido em 18 de fevereiro de 1916, Genevive nascido em 19 de fevereiro de 1917, Joseph nascido em 28 de agosto de 1918, Madison nascido em 8 de novembro de 1919 e Albert nascido em 8 de julho de 1922. 

Os cinco garotos eram inseparáveis, chamados de “The Fighting Sullivans”, e de acordo com a porta-voz da família, Kelly Sullivan-Loughren, um nome que se adequava a esses garotos é que eram espirituosos. 
Quando as notícias de Pearl Harbor foram anunciadas via rádio, os irmãos, como muitos de seus compatriotas, sentiram uma sensação de nacionalismo e correram para defender seu país. 

George e Francis haviam completado anteriormente quatro anos na Marinha e em lembrança de seu amigo Bill Ball, que morreu no USS Arizona, todos os cinco irmãos se alistaram em 3 de janeiro de 1942, seguindo o lema de sua família, “We Stick Together”. 

Enquanto a Marinha desencorajava a prática de irmãos servindo no mesmo comando, os Sullivans insistiram. 

George escreveu em uma carta ao Departamento da Marinha: "Nós sempre lutamos um pelo outro, e agora queremos continuar lutando lado a lado". A Marinha concordou.

Deixando para trás sua família e amigos em Waterloo, incluindo Albert dizendo adeus a sua esposa e bebê, James, os irmãos: Mate Segunda Classe de George-Gunner, Francis-Coxswain, Joseph-Seaman Segunda Classe, Madison-Seaman Segunda Classe, e Albert- Seaman Second Class, foram atribuídos ao USS Juneau. Nas cartas que os filhos recebiam de sua mãe, Alleta, ela sempre terminava aconselhando: "Mantenha o queixo levantado".





Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan







No outono de 1942,  ouviram de um vizinho que recebeu uma carta de seu filho declarando: “Não é uma pena os meninos Sullivan? Ouvi dizer que o navio deles foi afundado ”, deixou a família Sullivan ansiosa. Quando três homens em uniformes navais saíram do sedã preto em 11 de janeiro de 1943, na casa dos Sullivan, na rua 98 Adams, em Waterloo, Iowa, a pergunta era qual deles TERÁ SIDO MORTO.

A NOTÍCIA FOI  TERRÍVEL “O Departamento da Marinha lamenta profundamente informar que seus filhos: Albert, Francis, George, Joseph e Madison Sullivan estão desaparecidos em ação no Pacífico Sul.” 
Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan  
A magnitude da perda dos cinco irmãos Sullivan de Waterloo, Iowa, conquistou a simpatia do país. Seguindo seu próprio conselho para “manter o queixo erguido”, os pais, Alleta e Thomas, iniciaram uma DIGRESSÃO  falando em fábricas de guerra, promovendo o esforço de guerra         

Alleta Sullivan, à esquerda, mãe dos cinco irmãos Sullivan que perderam suas vidas no naufrágio do cruzador USS Juneau, trabalha ao lado da atriz Marlene Dietrich enquanto eles servem militares na USO Hollywood Canteen, Califórnia, em 9 de fevereiro de 1944.

A viúva de Albert Sullivan, o único irmão casado, Katherine Mary. Afbeeldingsresultaat voor irmãos sullivan   Katheriine com seu filho, James Thomas “Jim”, então com 22 meses de idade.
O legado da Sullivan Brothers continua no filme de 1944, “The Fighting Sullivans”, como o nome de dois destróieres da Marinha, Existe também uma escola do  no Japão, um museu em Waterloo , Iowa, e incontáveis ??edifícios e memoriais. O sacrifício dos Irmãos Sullivan nos lembra a todos para apoiar nosso país, honrar nossos veteranos, aprender com nosso passado e sempre "manter nossos queixos". Todos os cinco receberam uma pedra tumular memorável.
        
ww2gravestone.com
10
Jun18

UMA GUERRA POR CAUSA DO FUTEBOL FEZ 2100 MORTOS - Fotos históricas: A guerra de 100 horas entre Honduras e El Salvador

António Garrochinho

A Guerra do Futebol (em espanhol: La guerra del fútbol) ou a Guerra das 100 horas (em espanhol: Guerra de las Cien Horas) foi um conflito armado entre El Salvador e Honduras que durou quatro dias (de 14 a 18 de julho de 1969).


Os dois países, que na época já demonstravam uma relação política instável, tiveram seus níveis de hostilidade aumentados drasticamente em junho de 1969, após uma série de três partidas de futebol entre as seleções das duas nações, que disputavam uma vaga para a Copa do Mundo de 1970. Durante as partidas (em especial a segunda, realizada em San Salvador), jogadores, torcedores e imigrantes nos dois países foram expulsos, perseguidos e assassinados, levando os dois países a romperem relações diplomáticas no fim do mesmo mês.


As partidas foram:



Honduras 1–0 El Salvador 8 de junho de 1969 Tegucigalpa

El Salvador 3–0 Honduras 15 de junho de 1969 San Salvador

El Salvador 3–2 Honduras 27 de junho de 1969 Cidade do México

Os combates armados entre as forças militares nacionais iniciaram-se na manhã de 14 de julho, terminando sem vencedores apenas quatro dias depois, na noite do dia 18 de julho. A guerra foi solucionada após a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA), que negociou o cessar-fogo. Apesar disso, mais de uma década se passou até que um tratado de paz definitivo fosse assinado.


Foram 2100 as baixas dessa guerra, na sua maioria civis. As forças armadas envolvidas na guerra foram: por El Salvador 20000 homens do exército e 1000 da força aérea, enquanto pelo lado hondurenho havia 12000 homens do exército e 1200 da força aérea.


As tensões políticas entre El Salvador e Honduras terminou em um conflito armado que durou quatro dias e foi chamado de "Guerra dos 100 horas" ou "Guerra do Futebol", no qual ambos os países usaram aviões de combate obsoletos para a época. Cerca de 14.000 salvadorenhos residentes em terras hondurenhas foram torturados e expulsos. Após o avanço dos militares salvadorenhos, os dois lados aceitaram um cessar-fogo.


Guerra de 100 horas
Salvadorenhos que vivem em Honduras refugiados na sede da Cruz Vermelha de San Miguel após serem expulsos durante o conflito entre os dois países. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Grupo de salvadorenhos expulsos de Olancho, Honduras. Foto publicada no El Diario de Hoy em 24 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Membros da Cruz Vermelha em San Miguel atendem salvadorenhos expulsos de Honduras. Foto publicada no El Diario de Hoy em 25 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Um voluntário da Cruz Vermelha recebe salvadorenhos que chegam de Honduras durante a Guerra das 100 Horas. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Salvadorenho expulso com seus dois filhos hondurenhos. Eles tinham que caminhar dia e noite pelas montanhas de Yoro, Honduras para chegar a El Salvador. Foto publicada no El Diario de Hoy em 26 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Várias famílias salvadorenhas cruzam a fronteira El Poy de Honduras. Foto publicada no El Diario de Hoy em 26 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Os salvadorenhos Juan Mercedes Romero e Juana Orellana chegam a El Salvador depois que sua casa foi incendiada em Honduras. Foto publicada no El Diario de Hoy em 27 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Seleção de El Salvador que derrotou Honduras por 3-2 no estádio Azteca, no México, no terceiro jogo eliminatório da Copa do Mundo. Foto publicada no El Diario de Hoy em 30 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Salvador Mariona levanta uma bola durante a homenagem aos selecionados que deixaram Honduras fora da Copa do Mundo, durante uma partida no México. Foto publicada no El Diario de Hoy em 30 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Foto de 12 de julho de 1969 dos pilotos da Força Aérea Hondurenha pouco antes do início da Guerra das 100 Horas. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Foto de 12 de julho de 1969 dos soldados hondurenhos do Comando Norte antes de participar da Guerra das 100 Horas. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Foto de 12 de julho de 1969, dos pilotos da Força Aérea Hondurenha pouco antes do início da guerra de 100 horas com El Salvador. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Imagem de 15 de julho de 1969 de soldados hondurenhos segurando parte dos restos de um avião da Força Aérea salvadorenha abatido durante a Guerra das 100 Horas. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Foto de 16 de julho de 1969 mostrando os soldados hondurenhos da Frente Sul durante a Guerra das 100 Horas entre Honduras e El Salvador. Foto / AFP
HONDURAS-EL SALVADOR-GUERRA DE 100 HORAS
Foto de 15 de julho de 1969 dos ataques da Força Aérea Hondurenha no Porto de Cutuco e Acajutla. Foto / AFP
Guerra de 100 horas
Caça hondurenha capturada em La Palma, Citalá e Chalatenango. Foto publicada no El Diario de Hoy em 16 de julho de 1969.
Guerra de 100 horas
Casas em San Ignacio, Chalatenango, destruídas após um bombardeio pelas Forças Armadas de Honduras. Foto publicada no El Diario de Hoy em 16 de junho de 1969.
Guerra de 100 horas
Roberto Ávila Moreira mostra uma ambulância da Cruz Vermelha que foi atacada por tiros de um avião da Força Aérea hondurenha em El Poy, Chalatenango. Foto publicada em 16 de julho de 1969
Guerra de 100 horas
Capa do El Diario de Hoy na quinta-feira, 17 de julho de 1969. A foto da capa mostra as tropas salvadorenhas em frente ao quartel militar do exército hondurenho em Nueva Ocotepeque, onde a bandeira de El Salvador voa.
Guerra de 100 horas
Soldados salvadorenhos guardam as colinas ao redor de Nueva Ocotepeque, Honduras. Foto publicada em 17 de julho de 1969 no El Diario de Hoy.
Guerra de 100 horas
Membros do exército salvadorenho capturaram o soldado hondurenho Eugenio Hernández (centro), pertencente ao Primeiro Batalhão de Infantaria, e confiscaram um rifle T-57. Foto publicada no El Diario de Hoy em 17 de julho de 1969.
Guerra de 100 horas
Um soldado salvadorenho guarda a fachada da prefeitura de Nueva Ocotepeque. Todos os prédios públicos foram ocupados pelas Forças Armadas de El Salvador. Foto publicada no El Diario de Hoy em 17 de julho de 1969.
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A missão da OEA Dr. Guillermo Sevilla Sacasa, à esquerda, Chefe da Missão da OEA, durante a reunião com o Presidente Sánchez e com o Ministro das Relações Exteriores, Guerrero. Honduras pediu um cessar-fogo. El Salvador condicionou a resposta. Foto publicada no El Diario de Hoy em 17 de julho de 1969.
Guerra de 100 horas
soldados salvadorenhos ler El Diario de Hoy, descansar por um tempo nos pátios do quartel Nueva Ocotepeque. Foto publicada no El Diario de Hoy em 18 de julho de 1969.
Guerra de 100 horas
O capelão que acompanhou as tropas salvadorenhas que conquistaram Nueva Ocotepeque, Pbro. José Amado Molina (à esquerda) faz uma oração pelos que caíram em ação. Foto publicada no El Diario de Hoy em 18 de julho de 1969.
Guerra de 100 horas
Líderes militares salvadorenhos em Nueva Ocotepeque. Foto publicada no El Diario de Hoy em 19 de julho de 1969.
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Soldados salvadorenhos guardam uma estrada de acesso a Nueva Ocotepeque (cidade ao fundo). Apesar da recusa do presidente de retirar as tropas salvadorenhas, devido à pressão internacional, foi dado um cessar-fogo. Tropas salvadorenhas se retiraram do território hondurenho no início de agosto. Foto publicada no Diario de Hoy em 19 de julho de 1969.


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10
Jun18

GAYS, TRAVESTIS, IDENTIDADES DE GÉNERO - Os cartões de identificação do início do século XX que mantinham as pessoas trans seguras contra o assédio

António Garrochinho

Os cartões de identificação do início do século XX que mantinham as pessas trans seguras contra o assédio

Os dias radicais da República de Weimar, pouco antes do surgimento do nazismo.

Este "certificado de travestis" diz: "O trabalhador Käthe T., nascido em Berlim em 1910, residente em 8 Muthesiushof, Britz, é conhecido localmente por usar roupas masculinas."
Este "certificado de travestis" diz: "O trabalhador Käthe T., nascido em Berlim em 1910, residente em 8 Muthesiushof, Britz, é conhecido localmente por usar roupas masculinas." 
Katharina T., moradora de Berlim no início do século XX, tinha voz profunda e aparência masculina e preferia usar roupas masculinas em casa e em público. Em 1908 não há registro de qual pronome Katharina preferisse - foram visitar o reformador sexual e o "sexólogo" Magnus Hirschfeld, para solicitar uma documentação oficial que lhes permitisse usar roupas masculinas em público: um "passe de travesti".
Talvez dezenas desses passes tenham sido concedidos pela polícia alemã entre 1909 e 1933, ano em que Adolf Hitler se tornou chanceler. O termo "travestismo" da época englobava pessoas de todas as identidades de gênero, desde aquelas que ocasionalmente vestiam roupas masculinas ou femininas nos fins de semana, até aquelas que hoje poderiam se identificar como transexuais, um termo que não era de uso comum na época. Indivíduos que se vestiam de forma cruzada eram vulneráveis ??a decisões arbitrárias da polícia, geralmente de acordo com o quão bem eles “passavam”. Embora não fosse ilegal fazer cross-dress, a prática frequentemente levava a acusações de ser um “incômodo público”. "O que poderia significar uma prisão de seis semanas ou uma multa de 150 marcos - e a polícia" muitas vezes desejava exercer seus amplos poderes regulatórios ", escreve a historiadora Kate Caplan em"A administração da identidade de gênero na Alemanha nazista ”, um artigo de 2011 no History Workshop Journal .
Berlim, 1909
Berlim, 1909. 

Hirschfeld examinou Katharina, interrogou-os sobre a sua vida e história sexual, e depois escreveu um relatório à polícia que apoiava o pedido. Nele, ele argumentou que a preferência de Katharina por roupas masculinas correspondia ao seu eu interior. Se não pudessem usá-los, seu bem-estar e até a sobrevivência ficariam comprometidos. Com o tempo, eles receberam um passe, embora por "razões legais formais" desconhecidas, um outro pedido para adotar um nome masculino não foi concedido. Isso, escreve Katie Sutton , especialista em história alemã e estudos de gênero na Universidade Nacional da Austrália, em Estudos Alemães, é o primeiro exemplo conhecido de alguém que procura tal passe. Em 1912, provavelmente como resultado da pressão de Hirschfeld sobre a polícia, o passe se tornou uma permissão específica no que se tornaria a República de Weimar. * (Que eles permaneceram escritos à mão sugere que poucos foram emitidos.)
Hirschfeld foi um dos poucos médicos da cidade que ajudou pessoas com identidades sexuais minoritárias. Enquanto isso, outras pessoas ficaram cada vez mais conscientes dos problemas que enfrentavam. Um relatório de jornal alemão de 1906, citado em Gay Beach de Robert Beachy : berço de uma identidade moderna, conta a história de uma pessoa que foi designada como mulher ao nascimento **, mas só apareceu “insuspeita” se fosse permitido usar roupas masculinas. O jornal censura autoridades municipais: “Há homens com rostos de mulheres e mulheres com rostos de homens. Se necessário, os policiais precisam ser educados pelo Dr. Hirschfeld. Tal desconfiança, como neste caso, não deve ser baseada na ignorância. ”Isso era típico de um certo segmento da sociedade de Weimar, diz Beachy. "Você pode ver que havia, pelo menos em alguns lugares, uma tolerância liberal que era claramente visível."
Sexólogo Magnus Hirschfeld em 1928.
Sexóloga Magnus Hirschfeld em 1928. 

Hirschfeld era robusto e bigodudo, um judeu pacifista e antiimperialista . Ele também era provavelmente gay, com dois amantes mais jovens - Tao Li Shiu e Karl Giese -, embora ele geralmente escrevesse sobre "homossexuais" em uma remoção. Quando ele viu Katharina, ele escrevia sobre identidades sexuais complexas por mais de uma década. Depois de se qualificar como médico, Hirschfeld começou a trabalhar especificamente sobre identidades sexuais de minorias e publicou uma seleção de livros sobre gênero e sexualidade, incluindo, em 1910, The travestis . Em 1919, ele começou o Instituto de Pesquisa Sexual, uma fundação sem fins lucrativos que oferecia serviços de aconselhamento matrimonial ao tratamento de ISTs a tentativas iniciais de terapia hormonal. Apoiado por benfeitores ricos e anônimos, o Instituto tratou tanto os ricos quanto os pobres e buscou o "avanço da pesquisa científica em todos os aspectos da vida sexual e da educação sexual".

Ao medicalizar - indiscutivelmente patologizando - as identidades sexuais das pessoas, Hirschfeld acreditava que ele seria mais capaz de defender que a identidade sexual é tão inata quanto a cor dos olhos. Talvez mais radicalmente, ele fez uma distinção clara entre identidade de gênero e orientação sexual, diz Beachy, e teve uma tendência ativista que levou a cabo seu trabalho com esses passes de travestis. "Ele achava que era realmente injusto que eles não pudessem sair em público da maneira que eles se sentiam mais confortáveis", diz Beachy.
Hirschfeld descreveu outro de seus pacientes, nascido masculino ou intersexual, como exibindo "androginia, travestismo e homossexualidade. ... Ele está vestindo roupas de luto [à esquerda] porque sua mãe morreu; uma indicação de quão sério ele leva seu travestismo "
Hirschfeld descreveu outro de seus pacientes, nascido masculino ou intersexual, como exibindo “androginia, travestismo e homossexualidade. … Ele está vestindo roupas de luto [à esquerda] porque sua mãe morreu; uma indicação de quão sério ele leva seu travestismo. ” 

Hirschfeld alegou ter conhecido dez mil homens e mulheres gays e travestis, somente em Berlim. "Ele era considerado alguém que conhecia todo mundo", diz Beachy - ao mesmo tempo familiarizado com a chamada "subcultura", como homem gay, e respeitável aos olhos de seus pacientes e do público em geral. “As pessoas vinham até ele, às vezes mandavam seus filhos para ele ... Qualquer um que pensasse estar nessa categoria gostaria de ir falar com um especialista, especialmente se eles fossem de classe média ou elite, e tivessem recursos Muitas vezes, Hirschfeld era esse especialista.
Berthe, depois Berthold, o passe de viagem de Buttgereit não menciona o travestismo.  Mas "BB não é proibido de usar roupas masculinas" foi escrito na parte de trás.
Berthe, depois Berthold, o passe de viagem de Buttgereit não menciona o travestismo. Mas "BB não é proibido de usar roupas masculinas" foi escrito na parte de trás. 



Em 1912, um jovem de 21 anos chamado Berthe Buttgereit visitou Hirschfeld como parte de um pedido de passagem de travestis. Buttgereit recebeu uma mulher ao nascer **, cresceu em Berlim e frequentou uma escola mista onde, escreve o acadêmico alemão Edwin In het Panhuis , foi descrito como "enérgico e decidido quando criança, e se comportou como um menino". com pouco interesse nos jogos das meninas. Depois de receber o passe, Buttgereit pôde viver publicamente como homem. Em 1918, ele também recebeu um “passaporte de travestis”, permitindo viajar para Colônia, onde, segundo Het Panhuis, “presumivelmente ele queria construir uma nova vida”.
Sete anos depois, Buttgereit apresentou um pedido para se tornar oficialmente conhecido como Berthold em vez de Berthe. O relatório enfatizou que Buttgereit “não se sentiu nem agiu como uma mulher”. O pedido foi concedido. Mais tarde na vida, ele tentou, sem sucesso, se casar com a mulher que ele tinha vivido por oito anos. Ele observou seu longo relacionamento no relatório de apoio como uma indicação de "constância e harmonia", o que se prestaria bem a um casamento feliz. Mas o prefeito, depois de ver a certidão de nascimento de Buttgereit, negou o pedido.
Buttgereit mais tarde tentou mudar sua certidão de nascimento, mas não se sabe se ele foi bem sucedido. O que sabemos, no entanto, é que ele permaneceu em Colônia pelo resto de sua vida. Ele morreu por volta de 1984 e, aparentemente, escapou do escrutínio dos nazistas. Isso, escreve In het Panhuis, é “notável”, como ele teria sido conhecido pela polícia e talvez até mesmo em um registro particular como um “travesti”.
Anna P., um dos pacientes apresentados nos livros de Hirschfeld.
Anna P., um dos pacientes apresentados nos livros de Hirschfeld.

Hoje, Buttgereit quase certamente seria descrito como transgênero em vez de travesti. Ao longo da década de 1920, Hirschfeld aproximou-se da ideia e usou a expressão “travestismo total” para descrevê-la. Em seu livro de 1926 Sex Education , Hirschfeld publicou fotos anônimas de Buttgereit na seção intitulada "Total Travestitism". "Isso é mais ou menos o equivalente à identidade transgênero da maneira como pensamos nisso hoje", diz Beachy. As pessoas que procuraram a transição médica tiveram acesso, por Hirschfeld, a terapias hormonais experimentais e até cirurgias precoces de redesignação sexual.
Os historiadores não sabem quanta proteção contra o assédio, pela polícia ou pelo público, “passes de travestis” acabaram por dar aos seus donos, diz Beachy. “Quantas pessoas realmente as receberam, qual teria sido exatamente sua influência - é realmente difícil dizer.” Mas, nas duas décadas após a primeira emissão, o clima cultural mudou, e ficou mais fácil e fácil para as travestis, ou transgêneros, para vestir qualquer roupa que gostassem.
Travestis e transexuais profissionais do sexo no popular bar gay de Berlim, Marienkasino, na década de 1920.
Travestis e transexuais profissionais do sexo no popular bar gay de Berlim, Marienkasino, na década de 1920. 


O ativismo queer, liderado por Hirschfeld e muitos de seus colegas, amigos e conhecidos, estava tendo um impacto. O Instituto “defendeu o princípio de que a ciência, em vez da moralidade religiosa, deve ditar como o Estado e a sociedade respondem à sexualidade”, escreve Laurie Marhoefer, em Sex and the Weimar RepublicEm 1929, muitas formas de trabalho sexual feminino haviam sido legalizadas. Havia dezenas de publicações sobre gays, lésbicas e travestis . E a Alemanha chegou muito perto de revogar uma lei proibindo o sexo entre dois homens. Havia uma seleção de bares de travestis em Berlim, incluindo o famoso Eldorado, que atraía multidões - hetero e esquisito.
O Eldorado, um popular bar de travestis de Berlim, em 1932.
O Eldorado, um popular bar de travestis de Berlim, em 1932. 


Mas no início da década de 1930, a ascensão do nazismo acabou com tudo. Em maio de 1933, estudantes e soldados armados invadiram o Instituto e confiscaram sua biblioteca. Menos de uma semana depois, em um livro público queimando no centro da cidade, eles destruíram dezenas de milhares de fotografias e trabalhos acadêmicos insubstituíveis sobre a sexualidade humana. Hirschfeld, que dava aulas no sul da França na época, assistiu em um noticiário enquanto o trabalho de sua vida pegava fogo. Ele nunca voltou para a Alemanha.
No final do ano, o Eldorado e outros bares e clubes gays estavam fechados, revistas e jornais queer foram forçados a desistir, e a polícia recebeu ordens para fornecer à Gestapo listas de todos os homens envolvidos em atividades homossexuais. Entre 1933 e 1945, cerca de 100.000 alemães dessas listas foram presos. O lesbianismo, no entanto, não foi criminalizado - o status inferior das mulheres significava que não era geralmente considerado uma ameaça social ou política. É difícil saber como os nazistas responderam especificamente a “travestis”, como Buttgereit, que não eram obviamente gays.
Um membro do paramilitar Nazi Sturmabteilung joga livros confiscados em uma fogueira durante a queima de livros "não-alemães" em Berlim, em 1933.
Um membro do paramilitar Nazi Sturmabteilung joga livros confiscados em uma fogueira durante a queima pública de livros "não-alemães" em Berlim em 1933. 


Em 1941, um caso caiu sobre a mesa do Ministério do Interior alemão, sobre uma pessoa conhecida como Alex S., nascida Jenny S. em 1898. Alex S. tinha vivido como homem desde 1920 e estava se candidatando para alterar sua certidão de nascimento. adequadamente. Talvez surpreendentemente, mesmo que o Ministério não tenha permitido a mudança, ela também não revogou sua mudança de nome de 1920 ou disse que ele teria que voltar a viver como mulher. De fato, escreve Caplan , eles “sentiram que seria uma 'injustificável dificuldade' e 'provavelmente completamente impossível' para ele ter que começar a viver como mulher novamente.” Os passes podem ter sido obsoletos até então, mas é impossível dizer se o impacto deles também foi.
* Correção: Esta história foi atualizada para refletir que a República de Weimar ainda não estava em vigor em 1912.
** Correção: Esta história foi alterada para substituir a frase “biologicamente feminina” por “mulher designada ao nascer”.
*** Correção: Esta história foi alterada para remover a frase "e sexo biológico".


10
Jun18

Evento reúne 2.505 mulheres tomando banho de mar nuas na Irlanda

António Garrochinho




Tentativa de bater recorde mundial serviu também para arrecadar dinheiro 

para crianças com câncer


 Um grupo de 2.505 mulheres tentou neste sábado bater o recorde mundial  de "maior número de 
pessoas nadando nuas" na praia de Magueramore, próximo a Wicklow, na Irlanda.

O evento também serviu para arrecadar dinheiro para a Aoibheann's Pink Tie, uma entidade que cuida de crianças com câncer.
O recorde precisa ser reconhecido pelo Livro Guinness de Recordes. 
Veja fotos:
g1.globo.com
10
Jun18

Um referendo que ninguém fala

António Garrochinho



Um referendo que não se fala . Sintomaticamente....
Amanhã na Suíça Referendo . 100000 mil assinaturas pediram um referendo para acabar com a criação de moeda pelos bancos comerciais !!!  travar a maquina de fazer dívida... A moeda é um bem público...

La magie monétaire va-t-elle frapper en Suisse ?

Le rôle à venir des banques centrales, sujet de réflexions académiques hétérodoxes de longue date, n’est plus destiné à un public versé en la matière. Dimanche prochain, les Suisses vont voter à l’occasion d’un référendum portant sur un texte intitulé « Initiative Monnaie Pleine ». S’il en était décidé ainsi, celui-ci accroitrait singulièrement les missions de la banque centrale suisse.
Les auteurs de la pétition, qui ont récolté plus que les 100.000 signatures requises pour obtenir que la question soit soumise à référendum, s’engagent sur le terrain de la création monétaire avec des positions doctrinales communément admises mais fort discutables . Quoi qu’il en soit, leur objectif est d’interdire cette création aux banques commerciales pour la réserver aux seules banques centrales, dans le but de contenir le crédit ainsi que les bulles financières. Remarquons que l’on n’est pas loin de la proposition de supprimer les banques commerciales et d’instituer l’ouverture systématique de comptes aux banques centrales à tout un chacun. Sans aller jusque-là, l’initiative représenterait un changement radical du fonctionnement financier si elle était adoptée.
.
S’interroger sur le volume du crédit se justifie pleinement. La machine à fabriquer de la dette fonctionne à plein rendement. Cela découle d’une mauvaise allocation des capitaux qui privilégient le rendement financier et négligent l’économie. (...)Blog Deco Francois L.

—–foicebook.blogspot.com

10
Jun18

PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho


SE DIZEMOS QUE O POVO É FASCISTA, OU MELHOR, UMA GRANDE PARTE DO POVO É FASCISTA, LOGO APARECEM ANJOS E ARCANJOS FAZENDO CORREÇÕES, DESCULPANDO AS ATITUDES OU A AUSÊNCIA DELAS E QUEM O DIZ FICA MAL NA CHAPA.

A TEMÁTICA DO FASCISMO, A SUA ANÁLISE, DÁ PANO PARA MANGAS, MAS O QUE É REAL É QUE QUANDO ACUSAMOS ALGUÉM DE FASCISTA HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE NOS DIZ PARA NÃO EXAGERARMOS, PARA NOS INSTRUIRMOS, ESTUDARMOS, E NÃO ROTULARMOS GRATUITAMENTE OS NOSSOS INIMIGOS COM TAL PALAVRA.


ELA INCOMODA, É FORTE ! NINGUÉM QUER SER FASCISTA DE NOME.
A PRÁTICA, AS POLÍTICAS PODEM SER TUDO MAS O NOME É FORTE, É TERRÍVEL.

FASCISTAS SÃO OS QUE IMPÕEM POLÍTICAS DE DESIGUALDADE E NUNCA QUEM VOTA NELAS DIZEM MUITOS.

OS QUE SÃO ENGANADOS SÃO UNS TRISTES, UNS SEM VONTADE, UNS IGNORANTES, UNS FAMINTOS, UNS DESMIOLADOS QUE NEM SEQUER SABEM DEFENDER O SEU PÃO, A SUA INSTRUÇÃO, CULTURA, A SAÚDE, A CASA.

HÁ QUE DESCULPAR O POVO, EDUCÁ-LO COM TOLERÂNCIA, PARA QUE HAJAM ALTERNATIVAS, MILAGRES, SOLUÇÕES E ALQUIMIAS, E ASSIM MANTER ACESA A CHAMA DA ESPERANÇA.
MANTER O REBANHO DEPENDENTE DO PASTOR MESMO QUE O PASTOR NEGOCEIE E COMETA FALHAS DE ESTRATÉGIA ONDE NUNCA SE RETRATA.

REBUÇADOS, GULOSEIMAS, NA RETÓRICA DO ELEITORALISMO NUNCA PARAM DE NOS SURPREENDER E O PÂNICO, É DIZER A VERDADE !
A VERDADE ACORDA, DESPERTA, E ISSO NÃO É BOM.

ATRIBUÍMOS AO ANALFABETISMO IMPOSTO POR SALAZAR E CAETANO UMA GRANDE PARTE DO DESASTRE, ATRIBUÍMOS AOS GOLPES REACCIONÁRIOS , O 11 DE MARÇO, O 28 DE SETEMBRO, O 25 DE NOVEMBRO MAS CONTINUAMOS (MUITOS) A BAJULAR OS PROTAGONISTAS, OS MORTOS E OS VIVOS DESSES GOLPES.

POR OUTRO LADO "QUEIMAMOS" GRATUITAMENTE FIGURAS DA NOSSA PRAÇA QUE NUNCA SE RENDERAM A TAIS POLÍTICAS DE DIREITA E MESMO COMETENDO ERROS NUNCA SE VERGARAM AO FASCISMO, O ANTIGO E O DE HOJE.
INVENTAMOS POR DESCONHECIMENTO REAL, POR CONVENIÊNCIA, HISTÓRIAS E HISTORIETAS DOS QUE NÃO SE VERGARAM.

SE HÁ INJUSTIÇAS QUANDO DIZEMOS QUE O POVO É FASCISTA, SÓ HÁ UMA COISA A FAZER.
PARA QUE NÃO O SEJA, TEM QUE O PROVAR.


António Garrochinho
10
Jun18

POESIA DOS ESCRAVOS EM LAMA

António Garrochinho





POESIA DOS ESCRAVOS EM LAMA

ai ! se eu pudesse vergar a mola
ou mesmo voltar aos tempos de escola
eu, o que seria hoje ?
não sei ! talvez pior, melhor, do que sou
pois no tempo que passa, que passou
dos sapatos já nem tenho a sola
ai ! se eu pudesse domesticar o coiro
por qualquer feitiço, amor, ou agoiro
que seria hoje de mim
talvez enterrado em vala comum
sem nome, sem valor algum
ou quem sabe jogador da bola
traficante de marfim
ai ! se eu pudesse parar, avançar, o tempo
mudá-lo a qualquer momento
ser vampiro, lobisomem
talvez ainda não saciado
quisesse ainda ter roubado
o pão que outros não comem
ai ! seu eu pudesse
se o mundo fosse justo, quisesse
quem mandava era eu
queimava todas as divindades
inventava novas "verdades"
tal como o "livro" se escreveu
agora, no fim do meu sonho
muitas vezes me envergonho
de me terem parido, posto aqui
pois não encontro verdade
e mesmo amante da liberdade
só traição, grilhões, eu vivi

António Garrochinho

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António Garrochinho

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