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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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19
Jun18

A IMAGINAÇÃO DO PATRÃO

António Garrochinho


 Leis laborais imaginadas pelo patrão, é por a exploração nas mãos do vilão.

Dia 6 de julho frente à Assembleia da República

Vamos-lhes refrear os ímpetos imaginativos


 
ENCONTREM A DIFERENÇA
 



A DESPROPÓSITO

«Maquiavel tinha apregoado grande parte da teoria política absolutista. Mas esta doutrina inspirou-se sobretudo num grupo de advogados e pensadores franceses – os chamados Políticos – que foram os primeiros a preconizar, com empenho, a adoção prática do absolutismo, por parte dos soberanos. Desejando livrar o país da anarquia do século XVI, os Políticos sustentavam que a ordem é o bem supremo da sociedade. Os reis governavam por direito divino e os súditos deviam-lhe obediência cega. Na defesa dos interesses públicos, o governo achava-se livre de toda e qualquer regra moral.»
19
Jun18

MUNDIAL DE FUTEBOL - POLÓNIA 1 - SENEGAL 2

António Garrochinho




























Contra-ataque veloz de Senegal! 

Niang  rouba a bola no meio-campo, entrega para Mané na entrada da área que encontra Gueye livre pela direita. 
Ele arrisca o remate e o guarda redes polaco Cionek é traído por um defesa que acaba fazendo auto golo 

SEGUNDA PARTE







GOlo! Apagão na defesa polaca! Krychowiak recua para Bednarek, que vacila e não vê chegada de Niang em velocidade. Guarda redes sai e o senegalês dá um toque empurrando para o fundo das redes  Polônia 0 x 2 SENEGAL. 









POLÓNIA REDUZ. GROSICKI FAZ UM BOM CRUZAMENTO NUMA COBRANÇA DE FALTA E KRYCHOWIAK APARECE AO SEGUNDO POSTE SOBE MAIS ALTO QUE TODOS E FAZ GOLO






19
Jun18

Carlos Carvalhas acusa Presidente da República de demagogia

António Garrochinho







Em causa, o artigo assinado por Marcelo Rebelo de Sousa sobre a urgência de combater as desigualdades e a desertificação do Interior.

Carlos Carvalhas confessa que ficou perplexo com algumas declarações políticas a propósito de um ano sobre os incêndios de Pedrógão Grande, nomeadamente, as do Presidente da República. Para o antigo Secretário-Geral do PCP, as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa no artigo que assinou no jornal Público são "demagógicas".
Neste artigo, publicado a 16 de junho com o título "Se não formos capazes, falhámos como país" , Marcelo Rebelo de Sousa defende que a próxima legislatura é a altura para resolver as assimetrias existentes no território nacional. "Se não formos capazes perdemos uma oportunidade histórica e condenamos alguns 'portugáis' a serem muito ignorados, muito esquecidos, muito menosprezados e isso significa que falhámos como país", escreve o presidente.
Carlos Carvalhas considera que "são declarações simpáticas, a ideia é evidenciar um desejo, alimentar esperanças, mas... Não queria dizer isto, mas tenho de o dizer: são demagógicas".
No habitual comentário na TSF, o antigo Secretário-Geral do PCP defende que "não é o país que falha" - os problemas do Interior são consequência das "políticas do bloco central" tomadas ao longo dos anos. "O senhor Presidente tem de ter em atenção que o que falha, como tem falhado no passado, são as políticas de concentração de riqueza, ditas de austeridade; são as políticas do euro, que retiram competitividade à nossa economia. O partido de que foi líder o presidente, o PSD, tal como o PS, são responsáveis pelo encerramento dos serviços públicos", explica.
"O Presidente da República vai dar ordem à chinesa Three Gorges, dona da EDP, para reabrir as dezenas de postos de atendimento que encerrou no Interior? Vai dar orientação aos CTT, privados, para não encerrarem mais postos? (...) No caso de serem públicas, essa orientação podia ser dada. Podia fazê-lo, por exemplo, por intermédio de António Costa ao presidente da Caixa, para ter atenção ao Interior".
Carlos Carvalhas realça que esta "não é só uma questão de solidariedade, é também uma questão de desenvolvimento do país".
"A sugestão que deixava ao senhor Presidente da República é a seguinte: tire uma selfie com os empresários do PSI 20, que têm as suas holdings na Holanda para pagarem menos impostos, e convença-os a abandonar essas práticas e a investir no Interior do país. Uma selfie importante", defende.

SOM AUDIO

www.tsf.pt



19
Jun18

Reclamando o fim do bloqueio a Gaza, Flotilha da Liberdade chega a Cascais Abril Abril 19 DE JUNHO DE 2018

António Garrochinho


Dois barcos da Flotilha da Liberdade 2018 atracam esta terça-feira em Cascais, permanecendo ali até dia 22. Gaza é o destino da Flotilha, que reivindica o fim do bloqueio imposto por Israel ao território.
Acção de solidariedade com a Palestina à passagem da Flotilha da Liberdade 2018 pelo Reino Unido
Acção de solidariedade com a Palestina à passagem da Flotilha da Liberdade 2018 pelo Reino UnidoCréditos
Os barcos Freedom [Liberdade] e Al-Awda [O Retorno] são esperados esta tarde, pelas 17h, na Marina de Cascais, para onde está marcada uma concentração de acolhimento, segundo divulgou no seu portal o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Até à próxima sexta-feira, dia 22, realiza-se na zona de Lisboa uma série de eventos que contam com a participação de membros da Flotilha e de várias organizações portuguesas, «para exigir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina», lê-se no portal do MPPM.
Amanhã, quarta-feira, às 18h30, decorre na Associação José Afonso, em Lisboa, uma sessão pública que terá como intervenientes membros da Flotilha, membros da Plataforma de Apoio à Flotilha 2018, do MPPM e do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina.
Composta por quatro embarcações, a Flotilha da Liberdade 2018 partiu da Noruega e da Suécia, tendo atracado em portos de países como a Dinamarca, a Alemanha, a Holanda, o Reino Unido, a França e a Espanha. Depois da zona de Lisboa, segue para Cádis (Espanha) e para portos de Itália e da Grécia.
Em todos os locais tem havido acções de solidariedade com a Palestina. Ontem, em Paris, centenas de pessoas juntaram-se nas margens do rio Sena para pedir «o fim dos massacres dos palestinianos». No entanto, as autoridades francesas impediram que os barcos Palestine e Mairead – que também integram a Flotilha – atracassem, apesar de os terem «revistado intensamente», informa a PressTV.

Catástrofe humanitária em Gaza

«A Faixa de Gaza está há 12 anos submetida a um desumano bloqueio e a sucessivas agressões militares por Israel», das quais resultam uma «situação de verdadeira catástrofe humanitária», denuncia o MPPM.
«Devido ao bloqueio, só há fornecimento de electricidade quatro horas por dia, a água deixou de ser potável, os esgotos não são tratados, o nível de desemprego é o mais elevado do mundo. Segundo as Nações Unidas, no ano de 2020 a Faixa de Gaza será inabitável», acrescenta.
Em 2018, ano em que se assinala o 70.º aniversário da Nakba (catástrofe), a limpeza étnica da população palestiniana por Israel, «os habitantes de Gaza (70% dos quais são refugiados ou seus descendentes) vêm exigindo o fim do bloqueio e o direito ao regresso às suas terras na Grande Marcha do Retorno, iniciada em 30 de Março». A repressão israelita sobre os manifestantes desarmados já provocou mais de 130 mortos e de 13 mil feridos.
É neste contexto que a Flotilha da Liberdade se faz novamente ao mar – destaca o MPPM –, «para desafiar o bloqueio e exigir o fim da cumplicidade dos governos europeus com os crimes de guerra e com a violação dos direitos humanos por Israel».

www.abrilabril.pt
19
Jun18

MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA 2018 - MAIS UMA SURPRESA ! JAPÃO 2 - COLÔMBIA 1

António Garrochinho
 KAGALA FESTEJA O GOLO DO JAPÃO



 A EXPULSÃO DE SANCHEZ




















 COMEÇA MAL A SELECÇÃO DA COLÔMBIA, AOS TRÊS MINUTOS DA PRIMEIRA PARTE SANCHEZ É EXPULSO, E A SEGUIR A COLÔMBIA SOFRE UMA GRANDE PENALIDADE ONDE O JAPÃO MARCA




 O JAPÃO FAZ O GOLO DE PENALTI

A COLÔMBIA NA MARCAÇÃO DE UM LIVRE AOS 40 MINUTOS EMPATA O JOGO ATRAVÉS DE QUINTERO
A Colômbia a jogar com dez empata o jogo
 FALCÃO



 O GOLO DA COLÔMBIA. O GUARDA REDES JAPONÊS RECLAMA MAS A BOLA ATRAVESSOU A LINHA DE GOLO

 OS FESTEJOS DO GOLO COLOMBIANO
SEGUNDA PARTE




















 COM TOTAL ASCENDENTE DA EQUIPA JAPONESA SURGE O SEGUNDO GOLO DO JAPÃO


BOLA NO FUNDO DAS MALHAS DA COLÔMBIA

  E ASSIM SE CONCRETIZAVA A VITÓRIA DOS JAPONESES, UMA SURPRESA FRENTE À COLÔMBIA










19
Jun18

O "bye bye" de Marques Mendes

António Garrochinho


Marques Mendes, de cognome o irrelevante, procura dar provas de vida mimetizando Marcelo Rebelo de Sousa, num misto de sabe tudo com a coscuvilhice da vizinha do rés-do-chão.
Tal como Paulo Portas, Mendes é um apaixonado por frases ocas, como aquela que profetiza o "bye bye" do PS à maioria absoluta se o partido não encontrar novas causas. Permita-me discordar, mas o "bye bye" à maioria absoluta acontecerá muito provavelmente e tornar-se-á uma inevitabilidade se o Governo fizer o jogo da direita. Ainda há escassas semanas um estudo internacional dava conta do elevado grau de satisfação dos portugueses no que diz respeito ao seu Governo, ocupando Portugal um dos lugares cimeiros. O estudo salientava também a forma exponencial como essa satisfação cresceu.
É evidente que nem tudo são rosas e que o desinvestimento dos últimos anos em áreas essenciais como a Saúde ou a Educação não foi suficientemente debelado. Ainda assim, parece evidente que os cidadãos encontram-se particularmente satisfeitos com a actual solução política que alia PS a PCP, BE e Partido Ecologista "Os Verdes".
Consequentemente considerar que a maioria absoluta voa pela janela devido à inexistência de novas causas ou é ingenuidade ou trata-se de má-fé. O "bye bye" profetizado pela vizinha do rés-do-chão acontecerá por culpa do PS se este insistir em se voltar a deitar na mesma cama com a direita e a legislação laboral é uma verdadeira prova de fogo. Seria mais profícuo para todos que o próximo "bye bye" fosse do próprio Marques Mendes. 
19
Jun18

Já lá vem outro caminho!

António Garrochinho



A História tem-nos demonstrado inúmeras vezes que, quando a queda no abismo parece iminente, uma reviravolta vira de pantanas as piores expetativas, que poderíamos ter sobre o futuro próximo, e ele volta a afigurar-se-nos esperançoso como já admitíamos, que o não viesse a ser. Até porque víramos entretanto as vítimas acumuladas como saldo tenebroso do que contra elas se conjugara.
Foi assim com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial cujo drama levou alguns deles, ainda que distanciados dos campos de concentração, a porem fim aos seus dias por não poderem suportar uma ameaça, que se lhes tornava mais tangível cada dia que passava. Os nunca por demais citados casos de Virginia Woolf ou de Stefan Zweig, que não puderam acreditar na hipótese de o pesadelo cessar daí a poucos anos com a redução a escombros do Império, que se julgava invencível para os mil anos seguintes.
Olham-se as notícias e é difícil suportar a sucessão de situações, que causam tanta infelicidade a gente indefesa. Mormente às duas mil crianças separadas dos pais na fronteira com o México e engaioladas em centros sórdidos, que estarão a viver traumas psicológicos, que as afetarão por certo para o resto das suas vidas. Ou as atitudes de governantes europeus eivados de uma criminosa indiferença para com os milhares de desesperados, que se vêm afogar no Mediterrâneo sem sequer contarem com o tratamento milenarmente devido aos náufragos no alto mar. Ou as ameaças à paz na Colômbia pela eleição de uma marioneta do assassino, que mais mortandade causou no país, quando ele próprio foi o Presidente. Ou...
E, no entanto, se olharmos para as outras notícias, as que recebem menos atenção, mas comportam sinais de sinal diferente, concluímos ser extemporânea a rendição ao desespero. É que, a exemplo da formiga no carreiro da canção do Zeca Afonso, já lá virá outro caminho!

19
Jun18

19 de Junho de 1953: Execução de Julius e Ethel Rosenberg, nos EUA, acusados de espionagem a favor da URSS.

António Garrochinho


 

No dia 19 de Junho de 1953, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi executado na prisão de Sing Sing em Nova Iorque . Eram acusados de ter passado à URSS  informações sobre a bomba atómica.
Para compreender a execução do casal Julius e Ethel Rosenberg, em 1953, é preciso retroceder vários anos. Às 8h do dia 17 de Julho de 1950, agentes do FBI bateram à porta do apartamento da família Rosenberg em Manhattan. Julius Rosenberg, 32 anos, nem teve tempo para terminar sua higiene matinal. Foi preso ainda com espuma de barbear no rosto.
Era o desfecho de uma série de episódios, que tiveram início logo no começo da Guerra Fria. Em Agosto de 1945, a bomba atómica explodiu em Hiroshima, selando a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Em seguida, começou o conflito Ocidente-Oriente e surgiu a Cortina de Ferro. Os espiões russos e norte-americanos  esforçavam-se por descobrir os segredos militares e nucleares do adversário. A primeira bomba atómica russa explodiu quatro anos depois de Hiroshima e Nagasaki, em 28 de Agosto de 1949. Enquanto a opinião pública se mostrava perplexa diante da demonstração de poder dos russos, a CIA começou a  questionar-se como os soviéticos haviam tido acesso aos segredos nucleares. Em Fevereiro de 1950 foi preso o cientista britânico Klaus Fuchs, que havia participado do projecto nuclear americano. Ele revelou ter revelado dados importantes sobre a produção da bomba a agentes russos. Esta revelação desencadeou uma série de prisões, até se chegar ao soldado David Greenglass, irmão de Ethel Rosenberg. Greenglass confessou haver entregue a Julius Rosenberg várias ilustrações das lentes especiais, desenvolvidas para a bomba no laboratório de Los Alamos. A prisão dos Rosenberg aconteceu em plena época de histeria anticomunista nos Estados Unidos. Qualquer pessoa que alguma vez tivesse manifestado qualquer simpatia pelo regime soviético era considerada suspeita. O processo que se seguiu foi marcado por essa histeria. O caso Rosenberg teria de ser exemplar. Julius alegou inocência, mas foi incriminado por uma série de testemunhas. O juiz Irving Kaufman considerou o crime "pior que assassinato"  responsabilizou Rosenberg pelos 50 mil soldados mortos na Guerra da Coreia. Apesar de a União Soviética ter negado qualquer envolvimento com Rosenberg, ele e a esposa foram condenados à cadeira eléctrica no dia 5 de Abril de 1951. Nos dois anos seguintes, o seu advogado tentou de tudo para reverter a sentença. A opinião pública mundial protestou, o Papa Pio XII interveio, tudo em vão.
O casal foi um símbolo tanto para a esquerda como para a direita. Para uns, representou a injustiça capitalista; para outros, a ameaça comunista. No dia 19 de Junho de 1953, Ethel e Julius Rosenberg foram executados na cadeira eléctrica da prisão de Sing Sing.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)

Ethel e Julius Rosenberg após serem condenados
19
Jun18

19 de Junho de 1911: Sessão inaugural da Assembleia Nacional Constituinte. A Assembleia Constituinte estabelece a República e sanciona a abolição da Monarquia, decreta a nova Bandeira Nacional e adopta "A Portuguesa" para Hino

António Garrochinho


"Desde as oito da manhã de Segunda-feira, 19 de Junho de 1911, que a multidão começa a circular nas ruas que conduzem ao antigo mosteiro de S. Bento, destinado desde 1834 para Palácio das Cortes da monarquia liberal. O comércio fechou. Apenas raros recalcitrantes, que depressa os populares convertem, ousam abrir os estabelecimentos. As fábricas não trabalham. 

As repartições públicas não funcionam. As bandeiras vermelhas e verdes da República flutuam, numerosíssimas, ao vento. 

A antiga Avenida D. Carlos, hoje Avenida das Cortes, por onde subiam com os seus sumptuosos coches de gala os cortejos reais das sessões solenes da abertura do Parlamento, está decorada com modestos arcos de triunfo. 


Os navios de guerra que ficaram no Tejo empavezavam em arco, festivamente, com os pavilhões republicanos nos topes. As tropas começavam a desfilar através da cidade, vestindo todos os regimentos o uniforme de serviço. Os improvisados batalhões voluntários passam, ao som de cornetas e tambores. (
O povo ocupa agora o primeiro plano da cena histórica que vai representar-se. (

A multidão ocupa as imediações do velho convento cisterciense (

Uma animação impressionante agita agora os vinte mil espectadores que se comprimem na vasta área circunvizinha do Congresso. 
As músicas tocam ininterruptamente a Portuguesa, e à medida que vão chegando a S. Bento, os ministros e os caudilhos populares da República são freneticamente vitoriados pelo povo. Salvas de palmas soam, de momento a momento com estridência. Foguetes estoiram nos ares de um azul turqueza. 

O ministro da Justiça, vindo do Monte Estoril, onde está convalescendo, é saudado em todo o percurso numa crise contagiosa e delirante de entusiasmo. Pálido, emagrecido pela doença, com o pescoço abafado por uma cache-col de seda branca, o Dr. Afonso Costa agradece e sorri. É evidente que o detentor das simpatias populares da Lisboa jacobina é ele agora. () São onze horas. 

O presidente do município de Lisboa, o antigo par do reino Anselmo Braamcamp Freire, que, na reunião preparatória do Congresso os deputados nomearam para presidir à sessão legislativa das Constituintes, ocupa, sob a maquette ainda húmida do busto monumental da República, a presidência." (DIAS, Carlos Malheiro, "Ciclorama crítico de um tempo") "Onze em ponto. 
Um contínuo vai colocar na tribuna da presidência, à direita, uma bandeira nacional de seda. Entretanto vão chegando outros deputados, trocam-se afectuosas saudações em cada rosto é patente o júbilo que a todos inunda. (...) Às onze e vinte, Anselmo Braamcamp Freire, presidente da Junta Preparatória, sobe à presidência com os dois secretários, Miranda do Vale e Carlos Calisto, e agita a companhia, convocando os deputados a reunir na sala, que é invadida, de súbito. Dez minutos depois, entra o ministro da Justiça pelo braço do ministro dos Estrangeiros. (...) Na bancada ministerial acha-se todo o Governo provisório, à excepção do presidente e do ministro do Interior. 

Os ministros da Justiça, Finanças e Estrangeiros trajam casaca; os da Guerra, Marinha e Fomento vestem as suas fardas oficiais. (...) Com a máxima clareza, quase martelando as palavras, Anselmo Braamcamp Freire mal dissimula a comoção ao ler o seguinte: A Assembleia Nacional Constituinte, confirmando o acto de emancipação realizado pelo povo e pelas forças militares de terra e mar, e reunida para definir militares de terra e mar, e reunida para definir e exercer a consciente soberania, tendo em vista manter a integridade de Portugal, consolidar a paz e a confiança e o bem-estar e progresso do povo português  proclama e decreta: 

1.º  Fica para sempre abolida a monarquia e banida a dinastia de Bragança; 

2.º  A forma de governo em Portugal é a República democrática; 

3.º  São declarados beneméritos da Pátria todos aqueles que para depor a monarquia heroicamente combateram até conquistar a vitória, consagrando para todo o sempre, com piedoso reconhecimento a memória dos que morreram na mesma gloriosa empresa. (...) 

As palmas estrugem, os vivas soltam-se de todas as bocas, mas o presidente pede, com um gesto que se restabeleça o silêncio e convida a Assembleia a manifestar-se sobre o decreto: "Os senhores deputados que aprovam queiram conservar-se de pé." Ninguém se senta e Braamcamp Freire declara solenemente: "Está aprovado por unanimidade". (RÊGO, Raúl, "História da República") 

Nesta histórica sessão decreta-se sobre a bandeira (depois de vivas discussões nos meses anteriores sobre os diferentes projectos) e sobre o hino nacional (A Portuguesa, nascido, letra e música no contexto do Ultimatum de 1890).



Sessão inaugural da Assembleia Nacional Constituinte, 19 de Junho de 1911


19
Jun18

19 de Junho de 1911: Adopção da nova Bandeira Nacional

António Garrochinho


Após a instauração da República, um decreto da Assembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de 1911, aprovou uma nova a Bandeira Nacional que substituiu a anterior.
A Bandeira Nacional é dividida verticalmente em duas cores - verde escuro e vermelho - ficando o verde do lado da tralha ou do mastro. Ao centro, sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco, sobre a esfera armilar, em amarelo e avivada de negro.
O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. A divisória entre as duas cores fundamentais é feita com dois quintos do comprimento total ocupados pelo verde e os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema ocupa metade da altura, ficando equidistante das orlas superior e inferior.
Assim, no entender da Comissão responsável pela Bandeira Nacional, o branco representa «uma bela cor fraternal, em que todas as outras se fundem, cor de singeleza, de harmonia e de paz» e sob ela, «salpicada pelas quinas (...) se ferem as primeiras rijas batalhas pela lusa nacionalidade (...). Depois é a mesma cor branca que, avivada de entusiasmo e de fé pela cruz vermelha de Cristo, assinala o ciclo épico das nossas descobertas marítimas».
O vermelho «nela deve figurar como uma das cores fundamentais por ser a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita à vitória».
Para o verde - que não tinha tradição histórica em Portugal -, foi dada como explicação que na preparação da Revolta de 31 de janeiro de 1891, o verde terá surgido no «momento decisivo em que, sob a inflamada reverberação da bandeira revolucionária, o povo português fez chispar o relâmpago redentor da alvorada».
Relativamente à esfera armilar, que já fora adoptada como emblema pessoal de D. Manuel I, estando desde então sempre presente na emblemática nacional, consagra «a epopeia marítima portuguesa (...) feito culminante, essencial da nossa vida colectiva».
Por sua vez, sobre a esfera armilar entendeu a Comissão fazer assentar o escudo branco com as quinas, consagrando «o milagre humano da positiva bravura, tenacidade, diplomacia e audácia que conseguiu atar os primeiros elos da afirmação social e política da lusa nacionalidade».
Finalmente, a Comissão entendeu «dever rodear o escudo branco das quinas por uma larga faixa carmesim, com sete castelos», considerando que estes são um dos símbolos «mais enérgicos da integridade e independência nacional».
wikipédia (imagens)

Bandeira de Portugal
19
Jun18

Quatro feridos e um morto num tiroteio em Malmoe, no sul da Suécia.

António Garrochinho


A vítima mortal não aguentou os ferimentos e acabou por morrer já no hospital.
Uma testemunha contou a um diário local ter ouvido vários disparos que aparentavam ser de uma arma automática.
A polícia sueca montou um perímetro de segurança.
As causas do tiroteio ainda não são conhecidas.
A polícia afasta a hipótese de terrorismo.
Os feridos terão sido atingidos quando deixavam do cibercafé.
O suspeito terá fugido numa viatura e está a ser procurado pelas forças de segurança.
VÍDEO


19
Jun18

Inauguração do busto de José Vitoriano em Silves - Uma vida de entrega total à luta desde a juventude, como trabalhador consciente, sindicalista, empenhado militante comunista, resistente antifascista, destacado dirigente do PCP

António Garrochinho

Busto Jose Vitoriano 170618

Intervenção de Vasco Cardoso na inauguração do busto de José Vitoriano

Caros camaradas
Estimados amigos
 
Em nome do Partido Comunista Português gostaria por começar por saudar esta importante homenagem do Povo de Silves, promovida pela Câmara Municipal, àquele que foi um dos mais ilustres cidadãos que esta terra viu nascer.
 
Justa e merecida homenagem que, com o busto que hoje se inaugura, ficará para sempre presente nesta cidade, num local bem próximo da casa onde viveu e morou José Vitoriano. 
 
Permitam que dirija uma saudação especial ao Carlos, filho de José Vitoriano, a seu neto e demais familiares aqui presentes. Tal como aos eleitos da CDU e das restantes forças políticas com representação autárquica, assim como, a todos os homens e mulheres que hoje aqui se juntam naquela que é uma das mais importantes iniciativas de evocação do centenário deste destacado comunista Silvense, deste construtor do Portugal de Abril. 
 
Ao longo deste ano, o PCP tem vindo a promover em vários pontos do país, iniciativas que procuram homenagear e dar a conhecer a vida, a luta e a intervenção de José Vitoriano. Uma vida de entrega total à luta desde a juventude, como trabalhador consciente, sindicalista, empenhado militante comunista, resistente antifascista, destacado dirigente do PCP, construtor e defensor de Abril - a vida de um homem que se norteou pela causa emancipadora dos trabalhadores, pela libertação do nosso povo do fascismo e por uma sociedade mais justa liberta da exploração do homem pelo homem - o socialismo e o comunismo.
José Vitoriano faz parte daquele núcleo de militantes, homens e mulheres, que em condições muito adversas e à custa de grandes sacrifícios, prisões, torturas - teceram os elos para organizar a luta por melhores condições de vida, pela liberdade e a democracia.
 
Modesto, tolerante, generoso, atento aos que lhe estavam próximo, foi como o camarada Jerónimo de Sousa - Secretário Geral do PCP - o caracterizou na iniciativa realizada em Lisboa, evocativa do centenário do seu nascimento, "um homem de uma enorme dimensão humanista, cuja riqueza não cabe em nenhuma biografia que o pretenda definir e caracterizar".
 
José Vitoriano nasceu neste concelho no final do ano de 1917. Ano que assinalará para sempre o início de uma nova época no longo processo de transformação social dos trabalhadores e dos povos e que permanecerá como um marco ineludível na História da Humanidade. A Revolução de Outubro foi o maior acontecimento do século XX, marcando-o e influenciando-o de forma decisiva.
 
José Vitoriano que aos 13 anos se tornou operário corticeiro não só adquire cedo consciência de classe - com 14 anos participa pela primeira vez numa greve contra o Fundo de Desemprego - como se vai identificar, ao aprofundar a sua consciência política, nomeadamente através do interesse com que acompanha a Guerra de Espanha, com o projecto de transformação social que a Revolução de Outubro concretiza e pelo qual o PCP intervém, luta e age.
 
Filho de camponeses pobres, José Vitoriano teve uma infância dura, de ajuda a seus pais. Trabalhos do campo, "guardar os porquitos, carregar água para casa, arranjar lenha para a cozinha”, como o próprio deixou expresso em várias entrevistas, eram não só trabalhos pesados como o impediram de ir à escola.
 
Contudo a sua ânsia de saber cedo se revelou. Ao ter conhecimento de alguém que acabara de fazer a instrução primária e se disponibilizava para ensinar as crianças que não tinham condições de ir à escola, com o acordo dos pais, começou à noite a frequentar "essas aulas". Passados quatro meses era ele próprio professor de outras crianças e do seu próprio pai - "ensinei o meu pai a ler. O suficiente para passar a ler o jornal e aprender a fazer o nome dele” refere mais tarde com legítimo orgulho.
 
O conhecimento, a necessidade de o ampliar e partilhar tornam-se uma constante na sua vida. Entende que a cultura é um instrumento para melhor compreender, interpretar e transformar o mundo, indispensável à formação humana e à afirmação consciente da classe operária.
 
É isso que o leva à criação da Biblioteca Popular, inicialmente instalada em sua casa, mas em que a vigilância e a perseguição da polícia fascista, ira obrigar a saltar de sítio em sítio até ter sido enterrada dentro das instalações do campo do Silves Futebol Clube durante 15 anos, só voltando a ver a luz do dia com o 25 de Abril de 1974.
 
Com a sua entrada formal no Partido, no quadro da reorganização de 1940/41, José Vitoriano vai dar um importante e continuado contributo para a luta do nosso povo contra o fascismo e na defesa dos interesses e aspirações dos trabalhadores. Primeiro no Comité Local de Silves, pouco depois no Comité Provincial como responsável do trabalho sindical (clandestino) no Algarve, enquanto no plano legal, é eleito em 1945, como Presidente do Sindicato dos Corticeiros do Distrito de Faro, facto que atesta o seu prestígio e autoridade junto dos trabalhadores.
 
Participa, em 1946, no IV Congresso do PCP (II Congresso ilegal), onde é aprovada uma nova orientação em relação ao trabalho sindical - "estar onde estão as massas e com elas trabalhar e agir" - ou seja nos Sindicatos Nacionais, com base na análise de que os Sindicatos clandestinos dificultavam o contacto com os trabalhadores e impediam o desenvolvimento da luta de massas que o Congresso considerou como "tarefa essencial", a par de uma ampla política de alianças e da afirmação do Partido, apontando-se o levantamento nacional como via para o derrubamento do fascismo.
 
José Vitoriano sai deste Congresso com novas responsabilidades.
 
Irá integrar a Comissão Nacional Sindical e o Comité Nacional Corticeiro que irá dinamizar e coordenar a luta dos operários corticeiros que passaram também a dispor dum órgão de informação - "O Corticeiro" - que mobilizava os trabalhadores para a luta dando a conhecer a situação nas diferentes empresas do Sector.
 
Tal como hoje, a luta de massas teve altos e baixos, avanços e recuos, mas a justa orientação do PCP para o movimento sindical permitiu que, já no quadro da crise do regime fascista, fosse possível constituir a Intersindical, em 1970, que ira desempenhar um grande papel nos movimentos de massas e greves que antecederam a Revolução de Abril e no processo revolucionário e que, nos nossos dias, é o mais importante movimento social português.
 
A nossa luta hoje, a acção e intervenção do PCP nos tempos que correm, o trabalho nas empresas e nos locais de trabalho, junto das populações, entre a juventude e de uma enorme diversidade de sectores e camadas sociais, vai colher inspiração, no trabalho dedicado e sistemático de dinamização da organização e da luta reivindicativa em que José Vitoriano se empenhou.
 
Camaradas;
Amigos;
 
José Vitoriano que passou quase 17 anos nas cadeias fascistas, foi preso pela primeira vez em 1948 quando desenvolvia uma intensa actividade pelas responsabilidades que tinha no plano sindical e partidário. Tinha então o pseudónimo de Joel. 
 
Durante todo este tempo, José Vitoriano manteve sempre um comportamento digno frente à polícia, pelo que viria a ser violentamente espancado.
 
Nos tribunais fascistas defendeu a sua condição de comunista e a actividade do PCP, passando de réu a acusador da ditadura. Esteve preso em várias cadeias - Aljube, Caxias, Cadeia da Comarca de Setúbal e Peniche, de onde viria a ser libertado em 1966.
 
José Vitoriano encarou a prisão como a continuação da luta, não se deixou abalar, manteve as suas convicções e a sua disposição para a luta. Aproveitou o tempo de prisão para continuar a aprofundar os seus conhecimentos. Na altura da sua libertação estudava alemão.
 
Pouco depois de ter sido libertado, considerou aos microfones da Rádio Portugal Livre que "a arma mais forte que o militante tem ao cair na prisão é a sua confiança no triunfo da causa que serve. Essa luta será ainda difícil, mas podem estar certos da vitória".
 
Libertado em 1966, como resultado duma ampla campanha nacional e internacional, volta de novo à clandestinidade em 1967 - ano em que passa a integrar o Comité Central com tarefas no exterior, nomeadamente no quadro da actividade internacional do PCP. Tem então o pseudónimo de Relvas.
 
Como membro do Secretariado do Comité central de 1968 a 1972, viaja para Portugal algumas vezes, onde entra clandestinamente de forma diferenciada, fazendo a ligação com a Comissão Executiva Nacional a funcionar no interior do país.
 
De regresso a Portugal, em Janeiro de 1973, é como membro da Comissão Executiva Nacional que assume diversas tarefas, nomeadamente como responsável da Margem Sul do Tejo, membro da redacção do "Avante!", responsável pela tipografia de "O Militante", acompanhando ainda algum trabalho sindical, empenhando-se, como sempre o fez, decisivamente no trabalho que iria acelerar a chegada desse dia libertador que foi o 25 de Abril de 1974.
 
O processo revolucionário vai exigir-lhe uma diversificada intervenção no plano partidário quer pela responsabilidade de importantes Direcções Regionais - Setúbal, Alentejo e Algarve, mas também no plano institucional como deputado do PCP.
 
Uma actividade intensa em diversas fases da construção da democracia que irá contribuir para as grandes transformações e conquistas então alcançadas.
 
José Vitoriano foi deputado durante dez anos, eleito pelos círculos eleitorais de Faro e Setúbal.
 
Atento aos problemas dos trabalhadores e das populações das respectivas regiões, interveio na Assembleia da República visando a defesa dos seus direitos, tendo dado particular atenção à defesa da pesca portuguesa e aos direitos dos pescadores.
 
Interveio em momentos importantes da actividade parlamentar e sobre diversos temas de que referimos apenas a Declaração de Voto dos deputados comunistas sobre a votação final que cria a Universidade do Algarve que considerou como "factor de desenvolvimento social e cultural" da sua região de origem.
 
A sua intervenção, sempre que presidiu à Assembleia da República, na qualidade de seu Vice-Presidente foi respeitada por todas as bancadas pelo rigor e competência demonstrados, pela vontade desinteressada de servir o seu povo e o seu país.
 
Toda a sua actividade e intervenção foram sempre inseridas no colectivo partidário quer como membro do Comité Central (desde 1967) quer na Comissão Política, entre 1974 e 1988.
 
Posteriormente foi membro da Comissão Central de Controlo e Quadros e da Comissão Central de Controlo.
 
José Vitoriano deu sempre uma grande atenção aos quadros, não só ao seu trabalho e características, mas igualmente aos aspectos pessoais das suas vidas, o que se pode testemunhar pelas suas valiosas intervenções em quatro Congressos sobre a política de quadros.
 
A vida pessoal e familiar de José Vitoriano foi marcada pela opção que fez como revolucionário profissional.
 
Casado com a camarada Diamantina, também ela filha de Silves e sua companheira de sempre, durante quase seis décadas, o período de vida em comum foi bastante reduzido, referindo-nos José Vitoriano no livro que as edições "Avante!" dedicaram ao seu centenário que ao assinalarem os vinte anos de casados tinham apenas dois anos de vida em comum, concluindo "os melhores anos da nossa vida de jovens, não vivemos juntos”.
 
Faleceu a 3 de Fevereiro de 2006. "Esse homem generoso e afável deixou-nos para sempre nesse dia, mas o exemplo da sua vida perdurará como estímulo à nossa luta e à defesa da identidade do PCP" assim se referiu Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do nosso Partido, na iniciativa central que assinalou o Centenário de José Vitoriano, realizada em Lisboa, no dia 12 de Dezembro.
 
Camaradas e amigos
 
Honrar e homenagear José Vitoriano é continuar a lutar pelos ideais que ele abraçou na sua juventude. É alertar para os perigos do ascenso do fascismo, é projectar cada vez mais a necessidade da construção duma sociedade livre de todas as formas de exploração e opressão, objectivo a que José Vitoriano se entregou de forma generosa e plena, com coerência e dignidade, modéstia e firmeza perante os inimigos de classe.
 
Se o PCP é o que é hoje muito se deve a comunistas como José Vitoriano, cuja vida se confunde com a luta dos trabalhadores e do nosso povo.
 
Este Partido do qual José Vitoriano é um dos mais destacados construtores é um partido com uma história ímpar. O partido da resistência antifascista, da liberdade e da democracia, o partido da Revolução de Abril e das suas conquistas. 
 
O partido sempre presente nos momentos de resistência, transformação e avanço.
 
É o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, o partido da juventude. O partido com que os trabalhadores, a juventude, o povo sempre podem contar.
É um partido coerente. O partido da verdade, que não cede a pressões e chantagens, aprende com a vida e segue determinado na afirmação da sua identidade comunista.
É um partido com importantes valores éticos e morais. O partido cujos militantes, como José Vitoriano, deram provas sem paralelo de abnegação, recusando e combatendo favores e benefícios, dando o exemplo de dedicação ao serviço dos trabalhadores, do povo, do País, da causa da libertação dos trabalhadores e dos povos.
É o partido que alertou e preveniu, a partir das suas análises, para as consequências da política de direita, para as privatizações e a reconstituição do capitalismo monopolista e o seu domínio sobre a vida nacional. O partido que alertou para as consequências da integração e do rumo da CEE/UE, para o que significaria a adesão ao euro e todo o seu rasto de devastação económica e social, para o comprometimento da soberania nacional.
É o partido que contribuiu e contribui para construir uma vida digna e melhor. O partido cujos militantes no poder local, como aqui nas autarquias em Silves, e noutras instituições, no movimento popular e aos mais diversos níveis agiram e agem para a resolução dos problemas dos trabalhadores e das populações, para a concretização das suas aspirações.
Este Partido que José Vitoriano ajudou a ter raízes fundas no Povo Português, é o partido que promove a participação e a luta. O partido que alerta, esclarece, mobiliza e une, mostrando a força imensa da luta de massas para resistir e desgastar os ataques e retrocessos sociais e civilizacionais e para transformar a sociedade. 
É o partido que organiza, que dá a oportunidade de juntar a opinião e a reflexão individual, à discussão e à decisão colectivas e as transforma em poderosa alavanca de intervenção e transformação.
É o partido que propõe soluções para os problemas que enfrentamos, que tem sido fundamental em todos os avanços positivos registados nos últimos dois anos na vida nacional, mesmo contra a vontade do PS, sem prescindir de apontar à necessária ruptura com a política de direita e à exigência duma política patriótica e de esquerda, dum Portugal mais desenvolvido, mais justo e soberano.
É o partido portador de um projecto de futuro. O partido portador das soluções e do projecto alternativo, contra o capitalismo, pela democracia avançada e o socialismo. 
O PCP, partido que intervém com uma confiança inabalável assente na sua história, no seu projecto e na sua força, é o partido a que vale a pena pertencer. É o Partido da bandeira vermelha, com a foice e o martelo, e a estrela de 5 pontas, o Partido a quem José Vitoriano dedicou toda a sua vida, e que nos enche de orgulho e responsabilidade nas lutas do presente e do futuro.
 
Viva a luta dos trabalhadores e do Povo português
Viva o 25 de Abril
Viva o povo de Silves e do Algarve
Viva o Partido Comunista Português 



www.algarve.pcp.pt
19
Jun18

A FILOSOFIA DA BEBEDEIRA - POESIA POPULAR

António Garrochinho
 desenho de Adão Contreiras  
AS BEBEDEIRAS(QUE TAMBÉM FAZEM PARTE DA VIDA) QUE NOS ARRUÍNAM O FÍGADO, QUE NOS LIBERTAM, NOS TORNAM EXTROVERTIDOS, QUE NOS ACALMAM, FAZEM ESQUECER OU TRAZEM TUDO AO DE CIMA, PASSAM AGORA POR TEMPOS DE AUTÊNTICA PROMOÇÃO PESSOAL.

BEBE-SE MUITO. LOGO SOMOS MAIS INTELIGENTES,ACEITES NOS CÍRCULOS DE AMIGO(A)S ISTO SE VIVERMOS UM ESTADO DE GRAÇA DE DETERMINADO ELITISMO POBRE OU RICO.

BEBE-SE PARA AFIRMAÇÃO, POR ESTAR NA MODA, BEBE-SE ENQUANTO SE PODE. E CLARO QUE LÁ CHEGARÁ O DIA EM QUE TEMOS QUE ABRANDAR POIS O CANGALHO JÁ NÃO AGUENTA TANTO RALI, TANTA ALIENAÇÃO, TANTA ILUSÃO, TANTA FESTA JUSTIFICADA OU NÃO.


TODOS, OU QUASE TODOS, AFIRMAMOS QUE SABEMOS BEBER, QUE SABEMOS APANHAR UMA VALENTE BEBEDEIRA.

ORA ISTO É QUASE NA TOTALIDADE UMA GRANDE MENTIRA. O QUE ACONTECE SIMPLESMENTE É QUE O "PDI" É QUE NOS DÁ PELA CARA.

EM JOVENS TUDO ! EM VELHOS QUASE NADA.

António Garrochinho

Filosofia da bebedeira - Francisco Dias Bexiga, poeta popular de Santa Bárbara de Nexe

Da maldita bebedeira
o Domingo é que é culpado
e a pobre da segunda feira
é que a tem sempre aguentado
de manhã começa ela
com uns copos de aguardente
e ao meio dia já se sente
a fermentar a cadela
perdida toda a cautela
quando se trata da petisqueira
fica limpa a algibeira
com tantos copos pagar
e eu terei que me queixar
da maldita bebedeira
às vezes à hora morta
a filha duma magana
vai do quarto prá cabana
até perde o rumo á porta
muitas vezes por ser torta
vai dormir pró sobrado
no palheiro já tem ficado
arrisco a dar fogo á palha
e toda a semana trabalha
e o do mingo é que é culpado
pra que nunca mais eu sinta
no meu corpo a fazer mal
eu vou por em tribunal
a sexta, a quarta e a quinta
e a terça que não minta
que é testemunha verdadeira
que também sofre a canseira
e está farta de sofrer
a ver se pode defender
a pobre da segunda feira
para acabar com as manias e evitar as discussões
têm culpa todos os dias
de se empinar uns canhões
e para me livrar de acções
e ninguém seja incomodado
quem bebe demasiado
noite e dia e a toda a hora
e não deita nada fora
é que a tem sempre aguentado !

19
Jun18

GROELÂNDIA RAINHA DA PAISAGEM

António Garrochinho

A Groenlândia foi descoberta pelos povos vikings no ano 981. Eles se ocupavam da navegação e foi quando iam em direção à América que descobriram o país. Estavam sob o comando de Erik, o Vermelho. Cerca de 4 séculos depois da descoberta, os vikings deixam a Groenlândia. 
A partir de 1378 a Groenlândia passou para o domínio da Dinamarca. Mas, somente em 1953 a Groenlândia conquistou constitucionalmente a igualdade política equivalente às demais partes do reino da Dinamarca. 
O clima é polar. O Ártico é uma das regiões mais frias do planeta. Deste modo, nem mesmo no verão há calor e o solo está sempre coberto de neve (apenas cerca de 410.000 Km2 de um total de 2.166.086 km² não têm gelo). Na Groenlândia encontra-se a Tundra e a Taiga, que são tipos de vegetação típicas das altas atitudes. Ursos, alces, lobos, raposas, esquilos e renas são exemplos de animais que podem ser encontrados na fauna das taigas. 
Tem destaque como ponto turístico o fiorde de gelo de Ilulissat. Este consta como Patrimônio Mundial da Unesco.
O aeroporto de Sisimiut.
O porto de Sisimiut.
viagemturismoaventura.blogspot.com

19
Jun18

A modificação íntima mais extrema é realizada por aborígenes do sul da Melanésia

António Garrochinho


Talvez você não queira ler este artigo se for muito sensível. Isto é porque na ilha de Wogeo, Nova Guiné, as mulheres têm um poder mortal sobre os homens (ou assim suas crendices indicam): o simples toque de uma mulher pode acabar com um membro masculino. Como? Simplesmente tocando a comida do homem quando a mulher está menstruando. Talvez isso nos permita entender, por mais absurdo que seja, como esta tribo é capaz de praticar a subincisão do pênis.


A modificação íntima mais extrema é realizada por aborígenes do sula da Melanésia
Em Wogeo os homens culpam às mulheres por todos seus problemas, e vice-versa. Eles acham que elas são a fonte de todo o mal, e elas debocham dos homens e sua presumida importância.

No entanto, o problema que reconhecem poderia ser expressado como um "não pode viver com elas/eles, mas também não sem elas/eles”; as crianças precisam do alimento proporcionado pela mãe, os maridos e esposas dependem economicamente um do outro, e depois existe o desejo de ter relações sexuais.

Desta controvérsia surge parte de suas crenças. Precisam uma limpeza desta "contaminação" constante, limpeza e pureza que as mulheres conseguem ao menstruar: a menstruação purifica o outro sexo da contaminação. Sim, menstruar é fácil para as mulheres, mas para os homens é outro coisa: eles devem esfolar periodicamente parte de seus órgãos para realizar algo parecido a uma menstruação artificial. Uiuiuiui!

A técnica da menstruação masculina é a seguinte: primeiro, o homem deve pegar a garra de um caranguejo e permanecer em jejum o dia inteiro. Depois, na primeira hora da noite, deve ir a uma praia solitária, e se manter em pé na margem até que a água chegue aos joelhos. Ali deve separar as pernas e induzir uma ereção.

Ato seguido, quando estiver pronto, deve empurrar o prepúcio contra a barriga e cortar a glande até a base, mas sobretudo não deve permitir que o sangue caia sobre seus dedos ou pernas (é sangue impuro, lembra?). Após isso deve envolver o órgão em folhas específicas e voltar à aldeia. As relações sexuais são proibidas até a próxima lua nova. E quem quereria?
A modificação íntima mais extrema é realizada por aborígenes do sula da Melanésia
Durante a menstruação, a pessoa entra em estado de rekarek, uma forma de reclusão ritual. Há pequenas diferenças na forma em que os homens e as mulheres se mantêm neste transe. Em qualquer caso, tanto o homem como a mulher podem matar a outra pessoa por seu próprio contato durante a rekarek

Em realidade, o que a tribo de Wogeo pratica nos homens é um tipo de subincisão do pênis, uma forma de modificação corporal que consiste em realizar uma uretrotomia selvagem, uma onde se abre a parte inferior do órgão. Não procure saber do que se trata na Wikipédia porque você vai se arrepender. Avisado está!

A subincisão é realizada tradicionalmente em muitos lugares do mundo, especialmente na Austrália, como ritual de passagemde criança a adulto. Em uma tribo chamada Mardudjara (primeira foto que ilustra este post), os jovens devem inclusive engolir parte da pele do pênis. O ritual de maioria de idade é também realizado na África, algumas culturas polinesias e melanesias do Pacífico e inclusive em algumas culturas indígenas do Amazonas também praticam a subincisão.

Este tipo de mutilação ainda é realizada nos dias atuais, e, exceto ao da ilha de Wogeo, representa posição de status dentro da tribo. No entanto, devido ao contato cada vez próximo dessas tribos com o mundo moderno, a cada geração um número menor de adolescentes se sujeitam a cometer tal barbaridade.
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19
Jun18

PINUS, AS RETORCIDAS CRIATURAS MAIS DURADOURAS DO MUNDO

António Garrochinho
Quando o homem começou a trabalhar o bronze, uma semente de pinheiro bristlecone brotou e sobreviveu até os nossos dias. Eles viveram milênios. Dispersos em bosques sub-alpinos no oeste dos Estados Unidos e Canadá, algumas dessas árvores antigas têm mais de 5.000 anos. Elas contêm em suas fileiras os mais antigos indivíduos conhecidos de qualquer espécie na Terra. Entre elas está Matusalém (fotos 1, 2 e 3), com 4.846 anos, o ser vivo conhecido não-clone mais velho do mundo e cuja localização exata não é divulgada em favor da sua proteção contra vandalismo.

Mas por que diabos esses pinheiros são tão retorcidos? A resposta se deve na madeira do longaeva, que é tão densa e resinosa que é particularmente resistente ao ataque de insetos.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 01
Via: Chao Yen
Pela mesma razão, é quase impermeável ao ataque fúngico ou a qualquer outra irritação potencial que o ambiente possa infligir.
Seus vizinhos, espécies menos resistentes e tenazes, murcham e morrem: contudo, o bristleconeperdura muitas vezes até mesmo depois da morte.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 03
Via: campsjc
Essas árvores incríveis nem sempre tiveram esse aspecto. Quando jovens, seus galhos eram lisos e retos, como a de qualquer outro tipo de pinheiro.
No entanto, eles tinham inimigos que podem erodir até pedra: vento, chuva, sol e frio.
Todas estas forças conspiraram para destruir estes pinheiros primitivos ao longo do tempo, mas apesar de terem deixado suas marcas, todos falharam.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 06
Por isso o pinheiro bristlecone fica retorcido e deformado com a idade, como se, em uma metáfora, incorporasse tantas de nossas agonias e êxtases terrestres.
Mesmo quando a morte chega, as raízes, tão fortes e densas, podem suportar o cadáver durante séculos.
Para muitos, a morte é um processo prolongado. Quando grande parte do tecido vascular da árvore finalmente morre, ainda deixa para trás uma faixa de material vivo.
Este galhos que perduram na madeira sem vida continuam fotossintetizando e regulando a água... ainda há vida.
Ironicamente, a madeira morta pode muito bem ser a que permite que a vida continue.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 11
A incrível longevidade do bristlecone pode estar diretamente relacionada à alta proporção entre madeira morta e viva.
Acredita-se que à medida que essa proporção aumenta, inevitavelmente diminui a perda de água e também a respiração, mas aumenta o ciclo.
Assim a vida agonizante da árvore é prolongada e talvez seja, de fato, um ato de suicídio que dura séculos.
No entanto, pode haver problemas para as três espécies de pinheiros longaeva. Como tem uma taxa tão baixa de reprodução e regeneração, teme-se que a mudança climática possa impossibilitar que ele mantenha seus números.
Não apenas isso, mas uma espécie de fungo da ferrugem, originário da Ásia, chegou ao hábitat das árvores, e ninguém sabe ao certo como elas vão se portar com uma praga desconhecida até agora, para elas.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 16
Não apenas isso. O aumento das temperaturas fez com que o besouro do pinheiro nativo também conseguisse penetrar no antigo território do Pinus longaeva.
A árvore não tem qualquer imunidade natural à ferrugem ou ao besouro, mas, tendo já suportado todas as intempéries por milhares de anos, só se pode esperar que persevere por outra era.
Enquanto as mudas continuarem a brotar há, afinal, esperança. Em alguns milhares de anos estes jovens brotos estejam contando outras histórias.
Pinus longaeva: as retorcidas criaturas mais longevas do mundo 19
Via: im me
Como herdeiros da magia e do silêncio, estas árvores parecem sábios perenes que guardam a passagem do tempo em sua quietude.
Ainda que seu tempo na Terra seja muito difícil de compreender para a escala humana (é uma escala de imortalidade, pelo que podemos inferir), sua existência não pode mais que infundir em nós o assombro e o mais fundo sentimento de humildade.


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19
Jun18

AMAL reforça rede de transportes públicos e cria ligação direta de autocarro ao aeroporto

António Garrochinho


A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) vai reforçar a rede de transportes públicos rodoviários na região e criar uma ligação direta de autocarro entre o aeroporto de Faro e os principais centros turísticos, foi ontem anunciado.
A associação, que integra os 16 municípios do Algarve, pretende assegurar que todos os locais com pelo menos 40 habitantes fiquem abrangidos por transportes rodoviários públicos e que vários pontos da região tenham ligação direta ao aeroporto de Faro, com um serviço destinado a turistas, indicou a AMAL em comunicado.
“Além da proposta de transporte destinado principalmente a turistas, caso do serviço Aerobus, a nova rede de transportes rodoviários vai incluir uma redefinição das carreiras e dos horários atualmente existentes, melhorando as opções de deslocação das zonas do interior para o litoral”, assegurou a associação.
A AMAL, que gere o sistema de transportes rodoviários do Algarve desde 2016, aprovou já a abertura de um concurso público internacional que prevê concessionar a um único operador, pelo período de cinco anos, a rede de transportes públicos rodoviários da região.
O concurso internacional para a concessão do serviço público rodoviário deverá ser lançado até ao próximo mês de outubro, assegurando também “a melhoria da sustentabilidade ambiental, com autocarros mais modernos e mais eficientes em termos de consumo energético”.

folhadodomingo.pt

19
Jun18

CGTP-IN rejeita acordo celebrado pelo Governo, Confederações Patronais e a UGT

António Garrochinho


O Acordo celebrado pelo Governo, com as confederações patronais e a UGT não só não rompe com a política de baixos salários assente na precariedade como dá continuidade à política laboral de direita e aos eixos estruturantes que a suportam, nomeadamente quando perpetua a precariedade, ataca a contratação colectiva, reduz a retribuição dos trabalhadores e acentua os desequilíbrios na distribuição da riqueza. A satisfação e regozijo com que o grande patronato e os partidos de direita reagiram à celebração deste acordo confirma que estamos perante um documento que, mais uma vez, prioriza os interesses do capital à custa dos direitos dos trabalhadores, do povo e do desenvolvimento do país, quando:
A pretexto do combate à precariedade, promove-a e dinamiza-a com o alargamento para 180 dias do período experimental dos jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração, deixando-os reféns do patronato, que os pode despedir sem fundamentação e sem qualquer tipo de compensação. Por outro lado, generaliza e alarga a vigência dos contratos de muito curta duração, estimulando autênticas “praças de jorna” do século XXI, que permitiriam ao patronato contratar hoje para despedir amanhã e tratar os trabalhadores como meros objectos descartáveis, numa linha de retrocesso social e civilizacional inadmissível.
Acresce que a aplicação de uma taxa suplementar para a Segurança Social às empresas que recorrem sistematicamente à contratação de trabalhadores com vínculo precário, para além de se assemelhar à bula, só se concretizaria se porventura ultrapassasse a média sectorial que na generalidade dos casos varia entre os 30% e os 60%, ou seja, o objectivo não é reduzir mas manter o que de pior já existe, com a agravante do período de trabalho experimental de 180 dias e os contratos de muito curta duração deixarem de contar a estatística como vínculos precários.
Ao contrário da prometida dinamização da contratação colectiva, o Governo do PS optou por manter a norma da caducidade e assim estimular o patronato a prosseguir com a política de chantagem, dando-lhe ainda a oportunidade de escolher entre as diversas convenções colectivas a que tenha menos direitos para os trabalhadores e lhe traga menores encargos pondo em causa o direito de trabalho e atropelando o princípio da harmonização social no progresso.
Apesar dos trabalhadores receberem em 2018 menos 6,2 p.p. do que auferiam em 2010, o Governo do PS persiste na política de redução da retribuição dos salários ao admitir, nomeadamente, a oferta de 150 horas anuais de trabalho gratuito aos patrões, com o denominado banco de horas grupal. Um banco de horas que caso fosse aplicado à generalidade dos trabalhadores representaria 2,6 mil milhões de euros de trabalho não remunerado (786€/ano por trabalhador). Se acrescentarmos os 4,2 mil milhões de euros que hoje os patrões já poupam ao recorrer a trabalhadores com vínculo precário que auferem em média menos 30% que os assalariados com vínculo efectivo, então no total seriam 6,8 mil milhões de euros que não entrariam no vencimento dos trabalhadores, para ficarem na posse dos patrões.
Estes são, entre outros, exemplos que identificam alguns dos conteúdos mais gravosos deste acordo. Um acordo que acentua o desequilíbrio na repartição da riqueza, choca com princípios constitucionais da segurança do emprego e da igualdade, que privilegia a insegurança no emprego e a instabilidade pessoal e familiar, que persiste em dar continuidade a um modelo económico que a insuspeita OCDE caracterizou como promotor de fraca mobilidade social que condena os filhos dos pobres a manterem-se pobres por muitas gerações.
Apesar das propostas e alternativas apresentadas pela CGTP-IN para assegurar a celebração de um compromisso que rompesse com a política laboral do passado e fosse coerente com a promessa da implementação de uma política de esquerda que valorizasse o trabalho e os trabalhadores, o Governo do PS optou por escolher a companhia e o apoio das confederações patronais e de toda a direita para acordar um documento que faz perdurar o que de pior a política de direita e o memorando da troika nos trouxeram.
Perante uma ofensiva com esta dimensão contra os trabalhadores de todos os sectores de actividade, a CGTP-IN apela às mulheres e homens trabalhadores para que resistam, intensifiquem a acção e a luta reivindicativa nos locais de trabalho e na rua e rejeitem esta versão do novo pacote laboral.
Neste sentido a CGTP-IN apela a todos os trabalhadores que, independentemente de serem ou não sindicalizados, apoiem os pareceres de rejeição à proposta do Governo que serão apresentados, discutidos e aprovados em plenários nas empresas e serviços, e participem na concentração que terá lugar no dia 6 de Julho, na Assembleia da República, contra as normas gravosas da legislação do trabalho, por melhores salários e condições de trabalho e de vida, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores.
7. A CGTP-IN apela ainda aos deputados do PS que não sejam cúmplices para o ressurgimento do bloco central com a direita e com o seu voto contribuam para rejeitar esta proposta de lei contrária aos interesses dos trabalhadores, do povo e do país.
DIF/CGTP-IN
19
Jun18

ATENÇÃO SANTA BÁRBARA DE NEXE ! ISTO JÁ FOI DITO EM 2016 - O CANTO DA SEREIA DO PROF BACALHAU - Faro vai distribuir 4,3 milhões “extra” por associações, juntas, habitação e (muitas) obras

António Garrochinho

A Câmara de Faro tem à disposição 4,3 milhões de euros de saldo que transitou do ano passado e vai propor uma revisão orçamental para lhes poder dar destino. A intenção é fazer obra, principalmente na rede viária do concelho, mas também há dinheiro para as associações, para as Juntas de Freguesia, para a habitação social e para renovar o parque automóvel do município.
Os planos da Câmara de Faro para o saldo que transitou do anterior exercício foram revelados esta segunda-feira, numa conferência de imprensa. Segundo o presidente da autarquia farense Rogério Bacalhau, a proposta vai ser votada na Reunião de Câmara de hoje, dia 18 de Junho, e será, de seguida, submetida à Assembleia Municipal, ainda este mês.
Os 4,3 milhões de euros vão ser distribuídos por quatro grandes áreas, com a fatia de leão a ser reservada para obras. E a mais cara é destinada aos amigos de quatro patas. Para o projeto do Centro de Recolha Oficial, o futuro canil de Faro, está reservada uma verba de um milhão de euros.
Das restantes intervenções previstas, a larga maioria será enquadrada em nova edição do Faro Requalifica, a 4ª. No que toca à rede viária, está prevista a melhoria de «ruas e muitas praças» um pouco por todo o concelho (ver lista abaixo).
Também serão construídas «várias rotundas», entre as quais  uma no cruzamento entre a Avenida Calouste Gulbenkian e a Rua do Alportel/EN 2 e outra na Avenida 5 de Outubro, o que permitirá «tornar de sentido único a rua da escola Tomás Cabreira e reorganizar aquela zona».
Há, igualmente, verba para a construção de gavetões no Cemitério Novo de Faro (130 mil euros).  Como o Sul Informação avançou, está já em curso a construção de 176 gavetões, estando prevista a construção de mais 336, num futuro próximo.
A proposta de Revisão Orçamental também inclui uma verba de 145 mil euros para a habitação social, incluindo as casas no Montenegro para realojar os pescadores da Praia de Faro, mas também um novo loteamento na zona da Atalaia e habitação a custos controlados na Estrada Nossa Senhora da Saúde.
Para as associações, vão 757 mil euros. «Já tínhamos lançado o concurso para os apoios ao associativismo em Novembro e agora vamos distribuir as  verbas», resumiu Rogério Bacalhau.
As Juntas de Freguesia também receberão parte dos 4,3 milhões extra, ao abrigo de acordos de execução que vão celebrar com a Câmara, para fazer a manutenção de espaços verdes.
«Já tínhamos este acordo com a freguesia de Montenegro. Agora, vamos celebrar um acordo semelhante com a União de Freguesias de Faro, que vai assumir a manutenção de zonas verdes de forma faseada. Já em Setembro, ficará com uma zona e assumirá as outras a partir de Janeiro de 2020», segundo o presidente da Câmara de Faro.
A restante verba, 210 mil euros, servirá para adquirir uma viatura e equipamentos para os Bombeiros Sapadores de Faro. Este será o pontapé de saída para investimentos a fazer nos próximos anos no sentido de renovar o parque automóvel do município.
Apesar de ter maioria na Câmara, a coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT pela qual Rogério Bacalhau foi eleito não tem a maioria dos membros na Assembleia Municipal. Ainda assim, o presidente da Câmara de Faro não antecipa problemas.
«Julgo que não vai chumbar. Certamente que haverá chamadas de atenção e eventuais contributos, mas acredito que vai passar, até porque fizemos um trabalho prévio» junto dos partidos da oposição, garantiu.

Estas são as obras e medidas a tomar ainda este ano. Mas a Câmara de Faro tem muitas mais coisas na calha.
Os projetos mais avançados são o do Parque de Campismo da Praia de Faro e a construção de três salas de pré-escolar na EB1 do Bom João. A autarquia farense pretende lançar os concursos para estas duas obras «assim que a revisão orçamental seja aprovada».
Até final do corrente mandato, a Câmara espera terminar, pelo menos, duas das três fases da obra de conclusão da 3ª circular de Faro. Em breve, vai avançar a ligação do troço já existente desta estrada, no Vale da Amoreira, à Estrada da Penha, onde será construída uma rotunda. Numa segunda fase, a circular será estendida até à zona da escola primária da Lejana.
Por fim, será feita a ligação entre a Estrada da Penha e a rotunda de Olhão, junto à Pista de Atletismo, e da Lejana até à EN 125, a uma rotunda a construir nas Pontes de Marchil.
A calendarização desta última intervenção é, ainda incerta, tendo em conta que «aquela zona é complicada, por ser a EN125 e existir uma ribeira», o que obriga a estudos mais aprofundados, que vão agora começar.

Obras do Faro Requalifica 4:
– Requalificação da Estrada Mar e Guerra/Patacão – 158 mil euros
– Requalificação da Estrada dos Gorjões – 186 mil euros
– Requalificação do Museu Municipal de Faro – 40 mil euros
– Requalificação do Largo de S. Pedro – 73 mil euros
– Polidesportivo da Conceição (em obra) – 286 mil euros
– Construção de Gavetões no Cemitério Novo – 130 mil euros
– Requalificação da Praceta Dr. Clementino de Brito – 140 mil euros
– Requalificação da Rua Pinheiro e Rosa – 125 mil euros
– Rotunda da Rua do Alportel/Avenida Calouste Gulbenkian – 150 mil euros
– Rotunda na Avenida 5 de Outubro/Rua José de Matos – 200 mil euros
– Requalificação da Estrada Mar e Guerra/Faro – 230 mil euros
– Arruamentos na Quinta do Eucalipto – 320 mil euros
– Estrada Santa Bárbara de Nexe/Agostos – 240 mil euros
– Estrada Santa Bárbara de Nexe/MARF – 240 mil euros
– Reabilitação EM 1320 – 256 mil euros
– Reabilitação da Estrada do Areal Gordo – 340 mil euros
– Reabilitação do caminho Manuel Vicente – 150 mil euros


19
Jun18

Os INCENDIÁRIOS já começaram a trabalhar

António Garrochinho



(Dieter Dellinger, 18/06/2018)
odivelas
Zona da Ramada bem perto de Lisboa. Ainda não há fotos do eucaliptal a arder.
Um incêndio numa zona de eucaliptal e silvas na zona de Montemor, freguesia da Ramada e Caneças, concelho de Odivelas, está hoje a ser combatido por um meio aéreo e 77 elementos, disse à Lusa fonte da Proteção Civil (Ver notícia ABAIXO)
O presidente da Associação de Bombeiros Profissionais disse há tempos que este ano havia muito perigo de incêndio na zona de Lisboa e confirma-se a previsão do homem que deve saber do que fala, ou seja, quem está a pagar a INCENDIÁRIOS para que haja fogo nas freguesias de Ramada e Caneças.
Admito como hipótese não muito provável que haja um ou outro sapador que não quer ser deslocado para zonas distantes e daí nada melhor que encarregar alguém de fazer o trabalhinho perto da capital para permanecer a pouca distância das suas casas. Deve o referido presidente ser ouvido pelo Guerra se o homem do DCIAP for um bom profissional.
Como o Guerra só quer condenar o Sócrates, admito que por ele, pode a PÁTRIA arder,  não se deve importar. Tal como o Guerra, o Alexandre e a Joana, também tenho o direito de pensar e deduzir, no sentido da defesa da PÁTRIA, que é o meu único interesse como habitante de uma freguesia muito urbana de Lisboa.
O Expresso do Sábado passado listou 20 locais onde iria haver incêndio. O pessoal PPD do semanário se escreveu essa lista é porque sabe. Os INCENDIÁRIOS encomendados por Rui Rio devem receber ordens através da lista publicada pelo jornal, já que não têm grande lógica os locais indicados.
Curiosamente, fizeram um mapa com zonas de grande probabilidade de fogo e estão lá a zona do sapal de Castro Marim e de Vila Nova de Cacela que conheço bem e que sei que não há muita floresta e o terrenio é essencialmente constituído por rocha metamórfica xistosa, além de que o sapal está cheio de água.
Só pode arder o Pinhal que vai de Montegordo ao dique do farol de Vila Real de Santo António onde está um grande parque de campismo e onde foram este ano abertas estradas de acesso à praia que não era utilizada, a não ser por quem viesse a pé de Montegordo ou do dique onde está o farol.
Mas, nessa zona, não há abandono como fala o MRS e no verão está repleta de veraneantes e que eu saiba nunca aquilo ardeu.
O autor do artigo é o jornalista Amadeu Araújo e está nas páginas 6 e 7 da parte principal. O homem deveria ser ouvido pelo DCIAP para que a Justiça (se existisse) soubesse a razão porque salienta aquela zona do extremo sul e leste de Portugal e se é uma ordem à Associação Terrorista dos Incendiários políticos.
Temos de ripostar fogo a fogo e acusar sempre INCENDIÁRIOS desconhecidos para nós porque há quem os conheça e pague. Nem o Rio nem nenhuma autoridade nem a Comunicação Social podem ficar fora desta critica à politização que incentiva ao fogo posto. Nada arde por si próprio.
estatuadesal.com

Um incêndio está a consumir uma zona de mato no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa. O fogo está a ser combatido por 71 elementos operacionais, apoiados por 19 viaturas e um meio aéreo. 
O alerta foi dado às 09h57. As freguesias afectadas são Ramada e Caneças. 

19
Jun18

UNIDOS OU NÃO CONTRA A DIREITA E O FASCISMO !?

António Garrochinho

JÁ O AFIRMEI AQUI POR VÁRIAS VEZES.
QUALQUER QUE SE SINTA MAL E COMENTE AS MINHAS POSIÇÕES, O QUE SOU E ASSUMO,O QUE ESCREVO OU TRANSCREVO E O FAÇA COM MALDADE E SECTARISMO EXAGERADO É FAVOR MUDAR DE PÁGINA.

DEBATE E CRÍTICA CONSTRUTIVA, VERDADE HISTÓRICA TUDO BEM, MAS IGNORÂNCIA E PREPOTÊNCIA SÃO MAUS CAMINHOS PARA QUEM QUER OU PRETENDE FAZER A UNIDADE COM O POVO.

NÃO TENHO DISPOSIÇÃO PARA ATURAR QUEM ME CRITICA COM MALDADE E NA CEGUEIRA DE QUE É ÚNICO(A) A COMBATER A DIREITA, O FASCISMO MODERNO E DEPOIS ASSUME POSIÇÕES REACCIONÁRIAS E INEXPLICÁVEIS .

LUTAR PELA IDEOLOGIA, PELA BANDEIRA DO PARTIDO IMPLICA REFLEXÃO E SOBRETUDO ACÇÃO E NÃO É "CORRENDO" COM AS PESSOAS, CRITICANDO SEM PÉS NEM CABEÇA UMA OU OUTRA POSIÇÃO DIVERGENTE, QUE SE CHEGA AO QUE ALMEJAM OS REVOLUCIONÁRIOS E OS DE BOA FÉ. A REVOLUÇÃO SOCIALISTA.

ESSE PEDITÓRIO MISERÁVEL INFELIZMENTE AINDA EXISTE ! A IDEIA DE QUE O PAÍS MUDA COM O CARNEIRISMO POLÍTICO SEM ANALISAR, SEM RESPEITAR OUTRAS OPINIÕES É TUDO MENOS COMUNISTA.

TENHO DITO.


António Garrochinho
19
Jun18

Para quem está a criticar que os seus filhos estão a ser injustiçados por ainda não saberem as notas que tiveram este ano, fiquem a saber que eu professor do quadro de zona no Algarve.....

António Garrochinho






Luís Galrito in facebook

Para quem está a criticar que os seus filhos estão a ser injustiçados por ainda não saberem as notas que tiveram este ano, fiquem a saber que eu professor do quadro de zona no Algarve há anos que por cá conheço colegas meus do Porto, Mirandela, Chaves, do Minho, Douro e outros arrabaldes lá do outro lado do mundo que por sucessivos anos sacrificam os primeiros anos de vida dos seus filhos, não acompanharam o seu crescimento, porque lhes foi prometido que esse sacrifício um dia seria compensado, ou seja, um dia poderiam pedir desculpa aos seus filhos dizendo-lhes que a demora do abraço e do carinho foi para que mais tarde pudessem dar-lhes uma vida melhor. Esta indignação que os pais dos alunos hoje estão a ter pelo atraso duma nota, o que é ao pé deste carinho adiado de anos a fio que os professores tem tido com seus filhos? Eu sei do que falo pois estou no terreno, não estou na bancada a falar do que não sei, felizmente eu estou perto dos meus, tive sorte, casei com alguém que vivia na zona onde ao fim de muitos anos fiquei efetivo, conheci-a depois disto, mas sei de muitos colegas, de inúmeros casos de famílias destruídas, separadas por km que agora vêem este sacrifício de tantos anos a não dar em nada, a não ser na revolta dos filhos pela sua ausência. Querem que lutemos como? Democraticamente? Só conheço uma forma ..chama-se greve, ..Ah mas podia ser noutra altura do ano, pois podia.. já foi feita, não nos ouviram, não nos respeitaram. Um dia convido-vos a sentarem-se comigo que eu conto-vos inúmeras histórias de alunos a quem eu dei a mão, com quem já passei mais horas do dia com eles do que com os meus filhos e que os salvei de entrarem em maus caminhos, sim, malta daquela de faca e alguidar com problemas bem maiores do que esperarem um bocado pela nota do fim do período, malta que se nós professores não fizermos nada, não tendo eles mais ninguém nem mais nada a perder, ou se matam ou matam alguém. . nós professores somos mais para os filhos dos outros que para os nossos, sabem porquê? Porque inevitavelmente temos que andar km à caça de vagas, para acumular tempo de serviço para a progressão da carreira, que nos foi prometida, e que vai sendo sempre adiada e congelada! Estando longe dos nossos, fiéis na missão, adoptamos os outros como sendo os nossos. Por favor, não falem do que não sabem. Respeitem os Professores e ajudem-nos na sua luta para que seus Filhos nunca mais tenham que esperar, não por uma nota, mas sim, por uma escola melhor! Educar também é ensinar aos filhos o que é ser solidário, um dia terei orgulho se o meu filho sacrificar o seu bem estar em nome da melhoria de vida do professor que tanto se dedicou a ele ao longo do ano.

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António Garrochinho

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