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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

23
Jun18

MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA 2018 - ALEMANHA 2 - SUÉCIA 1

António Garrochinho

NUM JOGO EM QUE O RESULTADO QUASE QUE DIRIA TER SIDO INJUSTO PARA A SELEÇÃO DA SUÉCIA É CROOS QUE NUM LIVRE MUITO BEM MARCADO ACABA POR DAR A VITÓRIA PARA A ALEMANHA..

MARCO REUS AOS 48 MINUTOS E CROOS AOS 95 FAZEM OS DOIS GOLOS PARA A SELEÇÃO ALEMà 


A SUÉCIA MARCA ATRAVÉS DE OLA TOIVONEN AOS 32 MINUTOS

 A ASSINALAR A EXPULSÃO DE BOATENG  AOS 82 MINUTOS, UM JOGADOR MUITO INFLUENTE NA SELEÇÃO ALEMÃ



 EXPULSÃO DE BOATENG


 MARCOS REUS FESTEJA O GOLO









 AQUI O GOLO DE CROOS








23
Jun18

Assembleia Municipal de Olhão aprova moção da CDU pelo investimento no transporte ferroviário

António Garrochinho
Assembleia Municipal de Olhão aprova moção da CDU pelo investimento no transporte ferroviário

A Assembleia Municipal de Olhão, reunida no passado dia 21 de Junho, aprovou por unanimidade uma moção apresentada pelos eleitos da CDU sobre o transporte ferroviário na região.
 
Segundo o PCP de Olhão, a moção intitulada "Pelo direito à mobilidade,É preciso investir na linha do Algarve!", apresenta um conjunto de considerações sobre a importância da ferrovia para a região, o desinvestimento de que tem sido alvo e as graves consequências para utentes, populações, economia e para os próprios trabalhadores ferroviários.
 
Em comunicado os comunistas referem que "a degradação do serviço, fruto de décadas de politica de direita por sucessivos governos, é apresentada com vários exemplos concretos, onde se destacam as recorrentes supressões de comboios e a forma como estas têm vindo a afectar a comunidade local, em particular aqueles que diariamente utilizam este meio de transporte para se deslocar para o local de trabalho".
 
Assim a Assembleia Municipal de Olhão exige ao Governo a concretização da resolução da Assembleia da República "Pela melhoria do transporte ferroviário no Algarve", aprovada em Março por proposta do Grupo Parlamentar do PCP e que, em nove pontos apresenta as medidas necessárias para garantir a recuperação e o futuro deste serviço público de transporte na região.




https://www.algarveprimeiro.com



23
Jun18

marchas

António Garrochinho
MARCHAS EM LISBOA
MARCHAS NO ALGARVE
E O POVO A MARCHAR PARA DIAS CADA VEZ MAIS NEGROS
SERIA SIM ÚTIL E URGENTE PÔR A MARCHAR OS QUE NOS LIXAM A VIDA
EM FARO, NAS FREGUESIAS RURAIS DESPREZADAS E DOMINADAS PELA POLÍTICA DE DESPREZO E ABANDONO DO PROF BACALHAU (PSD), HÁ QUEM LHE OFEREÇA MANJERICOS.
AG
23
Jun18

MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA 2018 - COREIA DO SUL 0 - MÉXICO 2

António Garrochinho



















O México está na frente no intervalo com uma vantagem merecida, já que tem sido de longe o time mais proativo em campo, e poderia ter marcado pelo menos mais um, já que Miguel Layun e Hirving Lozano perderam chances muito boas







 CARLOS VELA MARCA DE GRANDE PENALIDADE 1 - O





SEGUNDO TEMPO




 HERNANDEZ MARCA PARA O MÉXICO 2 - 0















23
Jun18

Patrões e UGT fizeram ronda por PSD e CDS-PP para assegurar aprovação do acordo

António Garrochinho



Dirigentes das associações patronais e da UGT desdobraram-se em contactos com as cúpulas e os grupos parlamentares dos dois partidos para garantir a aprovação das alterações  à lei laboral.
Depois de trocar direitos dos trabalhadores por um acordo de concertação social, a UGT tentou proteger-se contra um chumbo no Parlamento
Depois de trocar direitos dos trabalhadores por um acordo de concertação social, a UGT tentou proteger-se contra um chumbo no Parlamento
As estruturas que assinaram com o Governo o acordo de concertação laboral que, anunciando o combate à precariedade, cria novos mecanismos de fragilização dos direitos dos trabalhadores receberam garantias de que este passa na Assembleia da República, afirmaram ao Expresso vários dirigentes patronais e o secretário-geral da UGT.
Os contactos mantidos há uma semana, antes da assinatura formal do acordo, terão descansado as preocupações do patronato e o incómodo da UGT de ver, pela segunda vez consecutiva, um acordo por si assinado que favorece o patronato a cair no Parlamento.
Se do lado dos patrões a preocupação passa por assegurar os ganhos de causa conseguidos por parte daqueles que têm sido seus fiéis representantes políticos, o PSD e o CDS-PP, do lado da UGT qualquer acordo parece ser uma autêntica prova de vida. Carlos Silva afirma ter mantido encontros com as bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP. O secretário-geral da UGT deixou mesmo avisos ao seu próprio partido, o PS, e ao seu presidente.
Em resposta à afirmação de Carlos César de que o grupo parlamentar que dirige irá propor alterações à proposta acertada pelo Governo com os patrões e a UGT, Carlos Silva classificou-o como uma figura de «segunda linha» do PS, apesar de César acumular a presidência da bancada com a do partido.


www.abrilabril.pt
23
Jun18

ALGARVE - QUARTEIRA - Aurea e Bertílio Santos provocam tsunami humano em Quarteira

António Garrochinho




Um enorme tsunami humano inundou ontem à noite (22 de junho) o Jardim Filipe Jonas, em Quarteira, por ocasião do espetáculo com dois protagonistas muito especiais: a prestigiada cantora Aurea e o talentoso jovem quarteirense Bertílio Santos.
Uma organização do Cine-Teatro Louletano que encerrou, desta forma, a sua programação “fora de portas”, descentralizando a sua dinâmica e privilegiando agora a cidade de Quarteira como local para a realização deste grandioso espetáculo de encerramento da temporada.
Um encontro em palco que resultou num reencontro feliz e cúmplice, após Bertílio ter integrado a equipa de Aurea na edição de 2016 do programa “The Voice”, uma encomenda feita, no âmbito do ciclo musical “O Longe é Aqui”, pelo Cine-Teatro aos dois intérpretes para revisitarem e reinventarem os seus repertórios muito marcados pelos universos da pop e da soul.


Aurea queria ser atriz e, em 2005, frequentou o curso de Teatro da Universidade de Évora, onde o amigo Rui Ribeiro descobriria o seu dom para a música. O seu talento já foi reconhecido na gala Globos de Ouro, em 2011, onde lhe foi atribuído um galardão na categoria de “Melhor Intérprete Individual”, no mesmo ano venceu a categoria “Best Portuguese Act” dos prémios MTV Europe Music Awards. Lançou em 2016 o álbum Restart, produzido por Cindy Blackman e Jack Davies e gravado em Las Vegas. Recentemente gravou o tema do genérico da novela “A Impostora” e integra novamente em 2016 e 2017 o júri do concurso “The Voice”.


Bertílio Santos nasceu e cresceu em Quarteira, no seio de uma família ligada aos negócios do peixe e com uma forte presença e amparo dos seus avós no seu percurso. 

O pai do cantor

O interesse pela música começou desde cedo e, aos 6 anos, já fazia parte do coro da igreja de São Pedro do Mar, cantando aos domingos na missa da manhã. Participou no programa “Factor X” em 2014 e mais recentemente, em 2016, esteve no programa “The Voice”, tendo chegado à fase das galas. Atualmente, está a trabalhar no seu primeiro projeto discográfico, compondo e laborando em estúdio, e continuando paralelamente o negócio dos seus avós.












VÍDEO
planetalgarve.com

23
Jun18

MUNDIAL DE FUTEBOL RÚSSIA 2018 - BÉLGICA 5 - TUNÍSIA 2

António Garrochinho

 A TUNÍSIA COMETEU ERROS DEFENSIVOS MAS TEM UM FUTEBOL BONITO APESAR DE SOFRER TRÊS GOLOS NESTE PRIMEIRO TEMPO













 A TUNÍSIA MARCOU POR Khazri













 A BÉLGICA TERMINA COM 3 GOLOS DE VANTAGEM ATRAVÉS DE LUKAKU (2) E E PERIGO (1) NO FIM DOS PRIMEIROS 45 MINUTOS


SEGUNDO TEMPO

FINAL: Bélgica 5-2 Tunisia



Melhor em campo: Lukaku. Podia dizer que foi Hazard ou De Bruyne, mas fico-me pelo avançado que igualou Ronaldo e mostrou mais uma vez excelência a finalizar e dou-lhe nota 10 no sentido posicional e de leitura das jogadas.

GOLOS DA BÉLGICA

EDEN HAZARD AOS 51minutos
ROMEKU LUKAKU AOS 48 minutos
MICHY BATHUAYI AOS 90 minutos

GOLOS DA TUNÍSIA

DYLAN BRONN aos 18 MINUTOS
WAHBI KHAZRI aos 93 MINUTOS



















23
Jun18

OS FAMOSOS RELÓGIOS ROLEX ! PORQUE SÃO TÃO CAROS ?

António Garrochinho
Ocorre com quase tudo o que se encontra no mercado sob a etiqueta de luxo, por que demônios é tão caro? No caso dos relógios Rolex, muitos já terão se perguntado a que se devem esses preços indecentes para a grande maioria de pessoas. Afinal de contas, é só um relógio, certo? Rolex é provavelmente a marca de relógios de luxo mais famosa do mundo. A companhia com sede na Suíça conseguiu criar ao longo do tempo um desses produtos associados com o sucesso e, principalmente, com o dinheiro, muito dinheiro. Será que isto justifica seu preço?


Por que os relógios Rolex são tão extremamente caros
Antes de prosseguir fica aqui a dica para que não deixe de assitir o último vídeo. Mas então... vejamos o seguinte vídeo onde o relojoeiro Tony Williams mostra como desmontar e remontar um dos relógios mais reconhecíveis de todos os tempos, e que continua a ser um dos maiores sonhos de consumo também, um Rolex Submariner 3135. Ali vemos provas muito claras de por que não estamos ante um produto "normal".


VÍDEO


A complexidade que acompanha à fabricação de cada unidade, com todo tipo de detalhes únicos, é um sinal distintivo. Na sequência vemos como Tony separa cuidadosamente o relógio com grande habilidade. Em seu interior: uma pequena obra de arte que compreende centenas ou inclusive milhares de peças individuais.

Mais dados. É provável que seja difícil encontrar outro produto com o mesmo nível de qualidade em cada peça. A companhia tende a produzir relógios mecânicos que, por sua própria natureza, consomem muito tempo.

De fato, os relógios mecânicos, não só Rolex, geralmente têm um preço mais alto devido à natureza do produto. No caso do Rolex tem alguns custos de desenvolvimento internos extremamente altos em design e artesanato. Não só custa muito desenvolver o desenho dos movimentos e montá-los, os materiais utilizados na construção também não são baratos.

VÍDEO
A companhia conta com vários departamentos de laboratório de alta tecnologia. Instalações equipadas onde os engenheiros passam o tempo desenvolvendo métodos de fabricação mais eficientes, junto a novas técnicas para se manter à vanguarda. Neste caso, não é muito diferente do que ocorre em outros mercados de luxo como dos automóveis.

Inclusive empregam algumas peças tão sofisticadas e sensíveis como os microscópios eletrônicos e os espectrômetros de gás. Ademais, como as peças podem ser muito pequenas, é importante que os materiais utilizados estejam à altura. De fato, contam com salas de provas de estresse de cada uma das partes individuais.
Por que os relógios Rolex são tão extremamente caros
Outro dado importante. Os movimentos mecânicos do relógio também não são baratos. Devido ao pequeno tamanho da maioria das peças, existe uma alta taxa de falhas durante a montagem e a fabricação. A maioria inclusive são polidos e terminados a mão. Ademais, há que ter em conta que são feitos na Suíça, com seus custos altíssimos de mão de obra.

A companhia também não economiza em seus materiais e tende a usar aço 904L, que está muito à frente da maioria dos equivalentes no mercado de luxo -que costumam usar aço 316L-. Por que? Supostamente isto os torna mais duráveis, duros, brilhantes... e também mais caros. Os ponteiros costumam ser de ouro branco e os biséis (anéis em volta do mostrador) tendem a ser de cerâmica. Os números são feitos platina jateada.

Para terminar, uma curiosidade. Os relógios Rolex nem sempre foram caros, ou ao menos, não tão caros. Seu preço começou a subir a partir dos anos 60 e em pouco tempo se transformaram em um dos relógios mais desejados do planeta.

No final de 2016, um veterano de guerra levou seu velho Rolex a um programa chamado Antiques Roadshow, onde peritos avaliam antiguidades. O homem comprou o relógio por 120 dólares, em 1960, quando serviu na Alemanha. Desde então ele guardou o folheto, o certificado, o selo de autenticidade, o recibo de compra e até a pulseira original quebrada. Ele acreditava que seu relógio valia no máximo uns mil dólares. Sabe por quanto foi avaliado? Você vai ter que ver o vídeo para saber e se enternecer com a contida reação de espanto do senhorzinho. O vídeo tem legendas em Inglês, então basta usar o tradutor do próprio player.

VÍDEO

www.mdig.com.br
23
Jun18

23 de Junho de 1894: Por iniciativa de Pierre de Coubertin, é fundado em Paris o Comité Olímpico Internacional

António Garrochinho


No dia 23 de Junho de 1894, na Sorbonne, no coração de Paris, delegados de nove países: Bélgica, França, Reino Unido, Grécia, Itália, Rússia, Espanha, Suécia e Estados Unidos, fundam o Comité Olímpico Internacional (COI). Nascia, neste dia, os Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Os primeiros Jogos Olímpicos, que na Antiguidade reuniam a cada quatro anos os gregos em torno de grandes competições atléticas pacíficas, tinham desaparecido catorze séculos antes, depois de mais de mil anos de existência. Porém, a sua lembrança mantinha-se bem viva na juventude ocidental, moldada pela cultura clássica.

Foi um jovem de família abastada, o barão Pierre de Coubertin, quem teve a ideia de ressuscitá-los, conferindo-lhes uma dimensão planetária. Nascido em Paris, em 1863, numa família burguesa, católica e monárquica, Coubertin estava predestinado ao ofício das armas, mas preferiu a pedagogia. Desportista, praticou o boxe, equitação, remo e esgrima.
Ele descobriu em Inglaterra a prática de desportos em conjunto com os estudos e a formação das elites, e ficou maravilhado. Logo apresenta um projecto de renovação do sistema francês de ensino : A Reforma Social. A ideia de que o desporto tinha o condão de contribuir para o florescimento da personalidade e a formação do carácter era evidente. No entanto, muitos médicos e educadores a ele se opunham em nome da saúde e da disciplina.

Numa primeira conferência na Sorbonne, Coubertin adianta a decisão de "internacionalizar o desporto" a partir de 25 de Novembro de 1892. Tinha então somente 29 anos. Promoveu o seu projecto a ferro e fogo até à criação oficial do COI. Atribuiu a si próprio a missão de recriar os jogos antigos, evitando os excessos do profissionalismo que acabou por distorcer a sua finalidade original.
O comité elegeu simbolicamente um primeiro presidente grego na pessoa de Demetriou Vikelas e decidiu organizar os primeiros jogos em Atenas. A partir de 1896, Coubertin assumiria a presidência e esteve na mesma até 1925, antes de se tornar presidente de honra do COI.
Ele conseguiu ver aceite a sua ideia de que os Jogos se desenrolassem cada vez numa cidade distinta. Após Atenas deveria vir Paris em 1900. O barão esperava que os Jogos fossem estimulados pela realização concomitante da Exposição Universal, mas as suas esperanças foram vãs.
Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna tiveram lugar em Atenas de 6 a 15 de Abril de 1896.  Reuniram 241 atletas representando 14 nações e 43 provas em 9 disciplinas. As delegações mais numerosas foram as da Grécia, França, Alemanha e Grã-Bretanha. A cerimónia de abertura teve a assistência de mais de 50 mil pessoas. Os participantes deveriam ser amadores, salvo os praticantes de esgrima, atraídos pela "beleza do desporto" e de modo algum pelo dinheiro.
Para o barão Coubertin, como para a maioria dos seus contemporâneos, era evidente também que as mulheres não teriam lugar nas competições : "Uma olimpíada feminina seria impraticável, desinteressante, anti-estética e incorrecta (...) , Os Jogos devem estar reservados aos homens, o papel das mulheres é sobretudo o de coroar os vencedores", disse. Todavia, a partir de 1900, em Paris, elas obteriam o direito de participar de algumas provas, como ténis, golf.

A interdição de profissionais estava inscrita na Carta Olímpica. Em 1913, o norte-americano Jim Thorpe viu-se obrigado a restituir as  suas medalhas de ouro do pentatlo e do decatlo conquistadas no ano precedente em Estocolmo. Só em 1981 foi votada a supressão da referência ao amadorismo na Carta Olímpica.

Aos poucos, o barão impôs a sua concepção de desporto como meio de desenvolvimento individual e instrumento de coesão social. E conseguiu, acima de qualquer expectativa. O desporto e os próprios Jogos Olímpicos viriam a ser estimulados pelos governantes ávidos de preparar a juventude para os seus deveres cívicos e militares, de tal sorte que nos Jogos de Berlim em 1936, sob o patrocínio do Führer, os valores dos jogos conviveram com o culto do super-homem tal como praticavam os nazis.

Os Jogos Olímpicos conheceriam ainda numerosas afrontas ligadas ao contexto político do momento – México, Munique, Moscovo, Los Angeles – mas conseguiram superar os obstáculos por força da esperança que persiste em todos os homens de boa vontade, que defendem a paz, a fraternidade e o fairplay.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Barão Pierre de Coubertin
Cartaz dos Jogos da I Olimpíada da Era moderna, Atenas , 1896
Os membros do Comité Olímpico Internacional
23
Jun18

Milagres de Notre Dame de Paris

António Garrochinho


Ninguém gosta de comida requentada, ainda que muitas vezes nem se dê por isso graças às maravilhas do micro-ondas. Também na arte preferimos o original, fugimos das cópias, desprezamos reproduções e ficamos de pé atrás com restauros.
Tome-se por exemplo o salvamento dos templos de Abu Simbel na barragem de Assuão. Não há dúvida de que foi uma notável obra de engenharia (ao preço de quarenta milhões de dólares) e uma meritória preservação. Mas apesar de ter mais visitas num dia que as gravuras de Foz Côa num ano, para alguns nada é agora como dantes, pois têm pena de ver aquelas figuras colossais retiradas do tempo para uma montanha artificial, expulsas da escarpa onde viveram os melhores milénios das suas vidas.
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Abu Simbel antes da construção da barragem de Assuão
É psicológico e relativo. Claro. E tanto assim é que eu próprio partilhando a opinião que acima enunciei vou apresentar um outro exemplo em que me contradigo em toda a linha.
Sempre que tenho a sorte de ir a Paris não deixo de visitar Notre Dame, imponente exemplo de arquitectura medieval religiosa, espécie de museu ao ar livre de estatuária medieval.
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Notre Dame na actualidade
Para além do chamado friso dos Reis, a meia altura, outras dezenas de estátuas se distribuem pelos três portais da fachada principal do templo. Contudo, são meras reproduções!
Como é possível? Que aconteceu aos originais?
Tudo começou por um equívoco. Um documento ainda medieval transmitiu para a posteridade a opinião de que as estátuas correspondiam a reis de França, desde os primórdios da monarquia até àquele que reinava no tempo da construção. Esse texto foi como uma sentença de morte!
Em Agosto de 1793, estava-se à beira do que justamente se convencionou chamar o Terror – já tinha de facto começado, e continuaria pelo ano seguinte com a designação de “Grande Terror” – quando um articulista do jornal “A Revolução de Paris” apelou ao zelo das autoridades municipais para defenderem a sensibilidade dos cidadãos, ferida pela vista “de todos os emblemas e atributos aviltantes da realeza” esculpidos em edifícios públicos e casas particulares. O escrito incentivava os responsáveis a promover o desaparecimento dessas imagens repulsivas, a que chamava “monumentos góticos da servidão”. Em particular referia “todos os reis de pedra que decoram a fachada da igreja metropolitana” que aconselhava fossem decapitados, a exemplo do que se fizera no princípio desse ano com Luís XVI, rei de carne e osso.
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A Catedral nos primeiros anos do século XIX totalmente despida de imagens
A municipalidade não desiludiu. Passado pouco tempo foi contratado um empreiteiro cheio de zelo revolucionário e profissional que se encarregou da tarefa. Os reis foram decapitados e os seus corpos atirados para a praça onde se estilhaçaram. As estátuas de reis e santos que se encontravam mais em baixo, nos portais, foram também previamente decapitados e destruídos à marreta.
Durante algum tempo ficou aquele monte de entulho encostado a uma das paredes do templo até que, por questões de saúde pública, foi contratado outro empreiteiro para fazer desaparecer dali o que restava das estátuas de Notre Dame, fazendo dos blocos de pedra o que entendesse. Desapareceram então sem deixar rasto e o templo ficou despido das suas nobres e venerandas figuras durante muitas dezenas de anos. De facto só em meados do século XIX, já longe estava o Terror, os nichos vazios foram preenchidos com as réplicas que podemos apreciar nos dias de hoje.
Réplicas? Como é possível fazer cópias se os originais, feitos em pedaços, tinham desaparecido?
Depois da tempestade a bonança, depois do Terror vamos aos milagres.
Quis a Providência que um monge, o erudito Bernard de Montfaucon, muitos anos antes, pelos princípios do século XVIII, se tivesse lembrado de desenhar e publicar em livro todas as estátuas permitindo assim a sua posterior reprodução.
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Página da obra de Montfaucon, “Les monuments de la monarchie française”
Mas não termina aqui a história, houve outro milagre, e este bem mais recente e documentado. Em 1977 um proprietário da rua Chaussée d’Antin mandou fazer obras no pátio interior da sua casa.
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A casa no pátio do nº 20 da rua Chaussée d’Antin, construída em 1796
Qual não foi o seu espanto quando, começando-se a escavar a terra, apareceram fragmentos de corpo e cabeças de estátuas. Por comparação com os desenhos de Montfaucon pôde concluir-se que pertenciam a Notre Dame e que ali tinham ido parar … por milagre. Com o entusiasmo alguns acreditaram que os pedaços de estátuas tinham sido cuidadosamente colocados uns ao lado dos outros e as cabeças numa posição correcta em relação aos restos de torsos e pernas. Conseguiu saber-se quem era o proprietário dessa casa na época em que o espólio lá tinha ido parar e conclui-se que o Sr. Jean Baptiste Lakanal-Dupuget, apesar de ter um irmão devotado à revolução, era ele próprio mais realista que um monarca, e teria procedido como se estivesse a dar sepultura aos reis a quem o irmão, com as suas ideias incendiárias, ajudara a dar a morte. Dizem outros que apenas se limitou a reutilizar os fragmentos da maneira que mais lhe convinha quando em 1796 construiu o edifício. Seja como for ajudou a preservar, ainda que involuntariamente, aqueles mutilados testemunhos.
Reis para WP
Duas estátuas do Friso dos Reis. Sobre os desenhos de Montfaucon assinalam-se as fracturas provocadas pela destruição. À direita de cada uma, os pedaços recuperados.
Grande parte dos fragmentos estão presentemente expostos no museu de Cluny, incluindo cerca de vinte cabeças. Nem todas foram recuperadas e os maus tratos sofridos impedem a sua identificação segura.
Cabeças dos reis de Judá
Cabeças dos Reis de Judá expostas no Museu do Cluny
É agora altura de preguntar quem eram os reis afinal?
Como vimos até à época da sua destruição pensava-se que fossem reis de França, decisivo argumento para a sua condenação à marreta. Posteriormente contudo entendeu-se que seriam reis bíblicos. O problema é que nem os reis de França possíveis nem os de Judá juntos com David, Saul e Salomão somam os mais de trinta que ornavam a frontaria da catedral parisiense. Temos assim um terceiro milagre, o da multiplicação dos reis.


jpcnortonm.wordpress.com
23
Jun18

OLHARES

António Garrochinho

OLHARES
HÁ OLHARES QUE SÓ OS MAIS EXPERIENTES NA VIDA, OS QUE RECEBERAM SENSAÇÕES DO ESTAR, SENTIR E VIVER DOS HUMILDES, DOS TRANSPARENTES, DOS PUROS, DIZIA, HÁ OLHARES QUE MESMO FUGAZES ESTÃO CARREGADOS DE ADVERSIDADE, ÓDIO, AOS QUE NÃO SE DOBRAM.

HÁ OLHARES BONS, HÁ OLHARES MAUS, OLHARES DE SACANICE, OLHARES QUE EMBORA OS SAIBAMOS EXPLICAR NÃO TÊM RAZÃO DE SER.

HÁ OLHARES COM OS QUAIS NOS CRUZAMOS E NOS INCOMODAM POR DECIFRAMOS LOGO NO MOMENTO, QUE ESTAMOS NA FRENTE DE GENTE QUE SÓ APARENTA E NÃO É.

HÁ GENTE QUE É CONSTRUÍDA DE MALÍCIA, DE FINGIMENTO, E CARREGA EM CIMA DOS COSTADOS A TRAIÇÃO CONSTANTE, APESAR DE SEREM TÃO IGUAIS AOS QUE ELES DETESTAM E JULGAM INFERIORES.

HÁ OLHARES QUE SE DESPEM, E SE DESNUDAM MOSTRANDO O INCÓMODO, O DESPREZO PELOS QUE NÃO SABEM "JOGAR" NÃO SABEM ESTAR BEM COM deus e o diabo.

HÁ OLHARES QUE NOS ESTRAGAM O DIA.
António Garrochinho

23
Jun18

NÓS TEMOS TUDO

António Garrochinho


Maria Cardoso Sissi in facebook

Nós temos tudo.
Nós não temos muito dinheiro: não vamos a restaurantes, compramos marca branca, roupa na Primark. não temos Iphones, nem plasmas, nem Bimby. nunca comemos bifes do lombo. temos um carro que às vezes não pega. nas férias vamos às praias da Caparica, Carcavelos. Vendemos o que já não precisamos para ganhar algum. tentámos emigrar para não estarmos sempre a contar tostões. nunca conseguimos poupar: nunca sobra nada. houve meses piores: em que um pacote de fraldas fazia diferença nas contas. em que adiávamos as contas da luz para o mês seguinte. mas as coisas vão correndo bem, vão andando: e às vezes compramos frango assado para o jantar. um brinquedo novo para eles. entradas no oceanário. caracóis e gelados na esplanada. o nosso frigorífico tem sempre comida. eu faço um bolo todas as semanas. vivemos bem: não sinto falta de nada.
Em Abril ele foi despedido.
Chegou a casa: abraçou-me. pediu desculpa. disse-me: fui despedido.
Disse-lhe que ia correr tudo bem, que íamos arranjar trabalho: ele, eu. eu ia servir às mesas outra vez. a Maria e o Miguel dormiam a sesta na nossa cama. Conseguíamos vê-los: um sono já leve. Vi na cara dele o medo de não ter o que lhes dar: um brinquedo novo. gelados na esplanada. uma bolacha. um medicamento. uma sopa. encostado à parede ele chorou enquanto eu lhe limpava as lágrimas.
Ele começou a trabalhar este mês.
Foram semanas difíceis: ele a adaptar-se a estar sempre em casa connosco. eu e eles a adaptar-mo-nos a estar sempre em casa com ele. às vezes mais nervosos porque os dias passavam. às vezes mais deprimidos porque os dias passavam. Às vezes com medo porque os dias não paravam de passar. é mais difícil do que se pensa: lidar com isto foi difícil.
Mas passou: ele começou a trabalhar. correu tudo bem. tivemos sorte.
Eles não sentiram falta de nada.
Estava a pensar em todas estas coisas quando vi um apelo: uma família em dificuldades. o pai desempregado, a mãe, um filho, uma menina como a Maria. pediam alimentos. pensei que podíamos ajudar. não acredito em deus: naquele momento apeteceu-me agradecer-lhe este novo trabalho. expliquei à Maria o que íamos fazer: Comprar comida para uma menina como ela. e ela ajudou-me a colocar as coisas no cesto enquanto dizia: massa para a menina. arroz para a menina. leite para a menina. cereais para a menina. disse-lhe que se ela quisesse também podia dar um brinquedo dela à menina. Quando chegámos a casa ela correu para o quarto para o escolher.
Sozinha na cozinha passei os alimentos para um saco grande: a massa, o leite, o feijão, o arroz. lembrei-me que não tinha arroz agulha na minha despensa: tinha carolino, arroz de risotto, basmati, integral. não tinha agulha. guardei um dos 4 pacotes na minha despensa.
A Maria apareceu à minha frente com a carolina na mão: queria dá-la à menina. perguntei-lhe se tinha a certeza. se não ia sentir falta dela: era a única boneca que ela tinha com cabelo. Ela pediu durante meses um bebé com cabelo. ela disse que tinha a certeza: queria dá-la à menina: meteu-a no saco.
Fui espreitar o Miguel: dormia aconchegado, enrolado nos meus lençóis que cheiravam a amaciador. estava a ficar melhor da gastroenterite: dei-lhe tudo o que ele precisava nesses dias: medicamentos para as cólicas, peito de frango cozido, papa de arroz, bananas e puré de maçã, torradas com compota. não lhe faltou nada. Beijei-o na testa: deixei-o dormir.
Fiz uma chávena de café, cortei uma fatia do bolo que fiz naquela semana e sentei-me no sofá de 4 lugares a ver um dos 74 canais que nunca vejo. quando olhei para o lado vi a Maria: estava a brincar com a carolina. perguntei-lhe se já não a queria dar. ela respondeu-me que sim, que a queria dar. estava a brincar com ela porque "às vezes vou ter saudades dela e ela vai ter saudades minhas". eu não respondi: sorri: olhei para a televisão.
À minha frente sempre: a Maria. para lá e para cá. parou: com as mãos nos meus joelhos disse-me "sabes mãe, a carolina é a única que tem cabelo, mas este bebé tem dentes, este tem chapéu, este tem uma banheira e este fala.": atrás dela alinhados no chão: 4 bonecos. ela tinha um sorriso no rosto enquanto apontava para eles. "vês?"-perguntou. vi. vi: carolino, risotto, basmati, integral.
Levantei-me envergonhada. eu não sou uma pessoa egoísta, a sério que não. mas senti-me a maior, a pior das egoístas: senti-me mal. mais pequenina do que ela, que com 3 anos já é tão grande. Disse-lhe que sim, que via. Disse-lhe que ela tinha razão. Chamei-me nomes enquanto tirei o arroz agulha da minha despensa e o coloquei no saco: a carolina já lá estava outra vez.
Às vezes digo que os meus filhos me mudam todos os dias, me ensinam coisas: grandes lições.
Uma vez uma amiga que ainda não é mãe perguntou-me: a sério? tipo o quê?
Tipo isto, "vês?".

23
Jun18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho



BASTA LER A IMPRENSA, BASTA LER E VER AS REDES SOCIAIS, BASTA ANALISARMOS AS POSIÇÕES POLÍTICAS PARA NOS APERCEBERMOS QUE REALMENTE ESTA "PAZ PODRE" MUDOU O PAÍS, TAPOU-LHE OS OLHOS, ENCETOU UMA "VALSA DAS TABLETES" ADOÇANDO A ESPERANÇA DOS PORTUGUESES, SEM QUE ALGO DE REAL E CONCRETO, GARANTA UMA VIDA MELHOR E COM DIGNIDADE PASSADOS JÁ 48 ANOS DEPOIS DO 25 DE ABRIL.

SE ALGO MUDOU NÃO FOI DE CERTEZA A VIDA DE QUEM CONTINUA VÍTIMA DAS MESMAS INJUSTIÇAS, ROUBOS E ENGANOS, QUE PELO CONTRÁRIO AINDA SE ACENTUARAM MAIS APESAR DA PROPAGANDA E DA DEMAGOGIA.

OS DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO, O TRABALHO PRECÁRIO, AS REFORMAS MÍSERES, O SALÁRIO MÍNIMO, O DIREITO A HABITAÇÃO, A ESCOLA O ENSINO MUDARAM ASSIM TANTO ?

SE ALGUÉM AVANÇOU, GANHOU, COM A PAZ PODRE DE CERTEZA, AFIRMO EU, NÃO FORAM OS TRABALHADORES.

OS GANHOS ? FORAM SIGNIFICATIVOS ?

VAMOS SER HONESTOS E TRANSPARENTES, FORAM ?
NÃO PODERIAM TER SIDO OPORTUNIDADE PARA CONSOLIDAR A UNIDADE E A LUTA DOS QUE CONTINUAM MARGINALIZADOS E EXPLORADOS ?

SE ALGO MUDOU DIGAM COM RAZÃO QUAIS FORAM OS AVANÇOS DA CLASSE TRABALHADORA.
A REPOSIÇÃO DE ALGUNS DIREITOS QUE OS "SOCIAIS DEMOCRATAS" OS "SOCIALISTAS, OS CDS(s) JÁ NOS TINHA ROUBADO ?

TAMBÉM NÃO CUSTA PREVER QUE MUITO CEDO VAMOS LEVAR A DOBRAR E VAMOS PAGAR CARO COMO SEMPRE A INÉRCIA E A ESTRATÉGIA UTILIZADA NO COMBATE AO NEO LIBERALISMO DAS POLÍTICAS DE ANTÓNIO COSTA QUE JÁ OMBREIA COM AS POLÍTICAS DO FAMIGERADO PASSOS COELHO.

CLARO QUE O MEXILHÃO É QUE SE F#&#%# !



António Garrochinho

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