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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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29
Jun18

PASTELARIA SUIÇA NEM TUDO O QUE RELUZ É OIRO

António Garrochinho





Alfredo Lourenço Pinto in facebook

Estávamos em Junho de 1973, quando fugi para a França de "assalto" fiz a viagem de comboio de Lisboa a Paris, so foi interrompida entre a Guarda e Vilar Formoso, por causa da PIDE, eles também iam no comboio para fazerem as suas vítimas.
Para não me prenderem desci do comboio na estação da Guarda, depois foi de taxi até Vilar Formoso e passei a fronteira a pé, seguindo o trajeto indicado pelo sr. do taxi e desta forma fugi à PIDE.

Lá fiz a viagem até Paris. Trabalhei em França na construção civil com platrier, desde Junho a Dezembro de 1973, tendo regressado a Portugal antes do natal.
Nos primeiros dias de Janeiro de 1974 regressei a Lisboa e em Fevereiro foi trabalhar para a PASTELARIA SUIÇA.
Quando lá foi pedir trabalho, pensei que pela dimensão, pelo movimento e pelos 200 trabalhadores que ali laboravam, que pagariam bons salarios.




A desilusão foi grande, ofereceram-me 1.500$00, sendo as gratificações deixadas pelos clientes para os patrões.
Sócios da empresa eram uns seis ou sete sendo o sócio maioritário o Pereira Ganhão.
No primeiro dia de trabalho o pequeno almoço foi um galão e as cabeças dos pães de forma com margarina por ser nais barata que a manteiga, queijo ou o fiambre.
O horário de trabalho era 48 horas semanais e um dia de folga.


25 DE ABRIL
Passados cerca de dois meses de estar a trabalhar na Pastelaria Suíça, dá-se o 25 de Abril, desde logo o abracei, sem compeeender ainda muitas coisas, sabia que era explorado e vi de imediato uma grande esperança na revolução.
Um dos sócios das Pasteria era o "Pinto", ia ser o presidente do Sindicato da Hotelaria do Sul. Ia tomar posse, presisamente no dia da revolução é óbvio que a tomada de posse ja não aconteceu, os trabalhadores ocuparam o Sindicato e tomaram-no nas suas mãos.
As primeiras reivindicações dos trabalhadores da Pastelaria Suíça foram:
- Termos direito a comer ao pequeno almoço 2 sandes de queijo ou de fiambre e um galão ou um refrigerante;
- Que as gratificações passariam a ser dos trabalhadores, controladas por nós e distribuidas por todos os trabalhadores,



Tal como aconteceu nas outras empresas nós também começamos a organizarmo-nos, elegendo delegados sindicais e a Comissão de Trabalhadores.
Os primeiros delegados eleitos foram 5 encarregados, os braços direitos dos patrões, aquilo revoltou-me e foi ao sindicato falar com alguém, falei com o Américo Nunes, expos-lhe o problema e ele disse-me para promover um abaixo-assinado para distituirmos os delegados afectos aos patrões. Assim o fizemos falei com o Silva camarada e amigo da luta, lá recolhemos às assinaturas e houve nova a eleição de novos delegados.

Logo a seguir ao 25 de Abril eu e o Silva militavamos no Sindicato na seção de Conflitos de Trabalho.
Foi aprendendo e ajudando outros trabalhadores de outras empresas a organizarem-se, a formarem cooperativas e a entrarem em autogestão, nas empresas abandonadas pelos patrões. 

Dado o meu espírito revolucionário o Américo Nunes convidou-me para fazer parte da Direção do Sindicato da Hotelaria do Sul, convite que aceitei com muita honra, por ir representar os trabalhadores do setor.
No contacto com outros sindicalistas e funcionários sindicais, alguns comunistas, fui contactado por uma camarada, Ana Caldeano, para me inscrever como militante do PCP, assim o fiz em boa hora.



Na primeira reunião no partido os camaradas explicaram-me a importância de haver uma célula do partido na Pastelaria Suíça. Comecei a fazer contactos e passados alguns dias JÁ reuniamos no partido 14 camaradas, para analisarmos todos os problemas da revolução, do sector da hotelaria e da Pastelaria Suíça.


Muitos dos trabalhadores em pela revolução eram muito recuados, os mais conscientes e os delegados sindicais queriamos avançar com algumas reivindicações, mas demoravam algum tempo até ganharmos os trabalhadores.
Quando saiu o primeiro salário mínimo nacional ( Primeiro Ministro VASCO GONÇALVES ) de 3.300$00., 90% do trabalhadores foram abrangidos.





Quando o Sindicato negociou o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho os patrões da Pastelaria Suíça não o queriam aplicar, nem os salários, nem os horários, subsidio de férias, subsidio de natal etc etc.
O Sindicato organizou uma manifestação dentro da Pastelaria Suíça.
Eu estava a trabalhar nesse dia e quando os manifestantes começaram a gritar as palavras de ordem e levantei o braço direito e de punho cerrado, gritei o que eles gritavam.
Eram os nossos direitos que estavam ali em causa e estávamos ali a receber a solidariedade da classe eu também tinha que lutar.
Um dos sócios da Pastelaria chamava-se " Chagas" tinha a missão nos CCT(s) de abrir ar cartas suspeitas e depois entrega-las à PIDE. 
Um certo dia quando ia trabalhar a Pastelaria Suíça estava cercada pelo COPCON, para prender o agente da PIDE. 
Quando vi aquele aparato e me explicaram o que se estava a passar, comecei a gritar prendam esse gajo, prendam esse gajo.

Muitas mais coisas aconteceram, o tempo foi passando e estávamos em 1979, grande onda repressiva começou contra os dirigentes, delegados sindicais e membros das Comissões de Trabalhadores, eu nessa altura estava no Sindicato a tempo inteiro. Soube que na Pastelaria Suíça tinham despedido os delegados sindicais. Falei com o Américo Nunes presidente do Sindicato e regressei à Pastelaria Suíça para ver se impedia os despedimentos.
Os trabalhadores não se disponibilizaram para serem solidários com os delegados sindicais.
A luta por vezes tem destas coisas, mas os delegados tinham razão, fomos para o tribunal, porque eu também foi despedido.

A Pastelaria Suíça a mim teve que me pagar 300 contos, à Benilde Modesto tiveram que lhe pagar 500 contos, ( via na manifestação da CGTP-IN passados 39 anos, fiquei muito contente)

Quando me despediram estive uma semana à porta da Pastelaria Suíça com um megafone a mão a protestar e recolhi 5000 assinaturas de solidariedade.

Fazendo hoje o balanço da luta SÓ  posso considera-la muito positiva, estas lutas contribuíram para as conquistas de Abril.

Aqui fica o meu testemunho, porque digam o que disserem da Pastelaria Suíça, nem tudo o que reluz é ouro.
A LUTA CONTINUA !
VIVA O 25 DE ABRIL
29/06/2018
29
Jun18

A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA O "PARA LAMENTO"

António Garrochinho

APROVA-SE MUITO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, APROVA-SE MAIS PARA O MAL DO QUE PARA O BEM.

AS NOTÍCIAS DÃO-NOS CONTA DE MUITAS RESOLUÇÕES APROVADAS, MAS OS RESULTADOS DE TAIS APROVAÇÕES NÃO SÃO POSTAS EM PRÁTICA.

SÃO REBUÇADOS ONDE O PAPEL É MUITO BONITO MAS O CONTEÚDO É UMA MISTURA DE MEL E DE FÉL.

O MEL SÃO AS PALAVRAS, E O FEL A AUSÊNCIA DE LEIS E POLÍTICAS CONCRETAS E SIM MUITAS AS QUE SÓ NOS ILUDEM.


António Garrochinho
29
Jun18

A VELHICE, AS TRADIÇÕES

António Garrochinho


SE NÃO SE RESPEITAM OS IDOSOS, A "PESTE GRISALHA" NA BOCA DE UM JUMENTO DO PSD, COMO SE PODEM RESPEITAR AS TRADIÇÕES?

A SUA CULTURA, A SUA SABEDORIA, A SUA FORMA DE VIVER E A SINGELA BELEZA DA SUA BONDADE TRADUZIDA NAS GENTES SIMPLES DAS ALDEIAS ONDE TODOS SE INTER AJUDAVAM E TORNAVAM O SEU HABITAT LINDO DE SE VER.

AS BIBLIOTECAS VIVAS, OS QUE CONHECERAM A HISTÓRIA DOS DIAS E DOS ANOS, HOJE SÃO TRATADOS COMO LIXO E MESMO OS QUE PODEM PAGAR ACABAM REMETIDOS NUM CANTO QUALQUER SEM QUE LHES PRESTEM O MÍNIMO DE ATENÇÃO.

SÃO ESTES HOMENS E MULHERES QUE NOS CRIARAM SOFRERAM PRIVAÇÕES E QUE NOS FORAM ENSINANDO A IMPORTÂNCIA DO MAL E DO BEM QUE HOJE SÃO MEROS OBJECTOS DESCARTÁVEIS.

OS QUE NASCERAM COM TODAS AS LIBERDADES ADQUIRIDAS TAMBÉM NÃO AS SABEM RESPEITAR E ESTÃO A PAGAR POR ISSO. CEDO, MUITO CEDO, ACABAM NA PRATELEIRA, E A SUA PASSAGEM PELA VIDA FOI INSIGNIFICANTE SEM QUE LEVANTASSEM UM DEDO PARA REPARAR INJUSTIÇAS, INVERTER O CURSO DESTE MUNDO CÃO E EGOÍSTA.


António Garrochinho
29
Jun18

MAIS UM TACHO

António Garrochinho


ANTÓNIO VITORINO UM DOS MAIORES TAXISTAS XUXAS DE QUE HÁ MEMÓRIA, O TAL QUE É ADMINISTRADOR DE DEZENAS DE EMPRESAS, ACABA DE SER NOMEADO SECRETÁRIO GERAL DA "OIM" ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DAS MIGRAÇÕES SEMPRE DOMINADA PELOS AMERICANOS.
MAIS UM TACHO PARA A VILANAGEM !
OS "PORTUGUESES" ESTÃO A AFIRMAR-SE NO MUNDO ONDE O QUE CONTA É LAMBER O CU AO CAPITALISMO E O RESTO É CONVERSA.
AG

29
Jun18

JOGA SNOOKER COM UMA VASSOURA DE UMA MANEIRA INACREDITÁVEL

António Garrochinho



Florian Kohler, mais conhecido como Venom na cena de espetáculos, não é um jogador de bilhar comum. Na verdade ele é um performista que faz coisas que qualquer um duvida em cima de uma mesa de bilhar. O jovem, em geral, faz aberturas de grandes torneios e se apresenta em casas de show badaladas de todo o mundo com seus truques. Neste vídeo para a Caters, ele realiza algumas incríveis manobras usando o cabo de uma vassoura comum em sua casa em Las Vegas. Inacreditável!
www.mdig.com.br
VÍDEO

29
Jun18

ESTA CASA EXISTE E PODE SER ADQUIRIDA POR ALGUNS MILHÕES DE EUROS

António Garrochinho
famoso ditado popular "Quem vê cara não vê coração" parece encontrar correspondência no aspecto desta casa. Olhando por fora, você diria que parece uma bela casa -talvez de campo-, confortável e típica de uma família de classe média. Mas ao abrir aquela porta emoldurada... as coisas tomam um novo rumo para o infinito e o além. Escondida na base de uma montanha em Ashland, no estado americano do Oregon, está o Rancho Shining Hand, uma residência caprichosa tão cheia de detalhes que parece sacada das páginas de um livro clássico de romance e fantasia.

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Por fora parece uma casa como qualquer outra e ela pode ser sua por apenas 29 milhões de reais 01
A edificação foi completamente personalizada por artistas locais, sob a direção do designer e artista Ed Bemis, e incorpora características ecos-amigáveis. Por exemplo, a temperatura é controlada com o uso de energia geotérmica e a piscina conta com aquecimento solar, além de outros tecnologias que lançam mão do meio em busca de facilidades.

Peças intrincadas feitas à mão são a base do que torna esta casa única. Ed passou 1 ano e meio apenas esculpindo a porta da frente em mogno. A propriedade de 825 metros quadrados se estende por 706 acres, espaço suficiente para criar um dragão. O único probleminha (sempre tem um) é que se você quiser se combinar com o solar, segundo a imobiliária Zillow, deverá desembolsar 7.600.000 dólares, 
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Fonte: inHabitat
www.mdig.com.br

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Jun18

SABEMOS QUE QUASE TUDO NA VIDA É POLÍTICA.

António Garrochinho

A POLÍTICA É A NOSSA ORGANIZAÇÃO SOCIAL E NÃO SE PODE VIVER COM RESPEITO PELOS DIREITOS E LIBERDADES SE NÃO EXISTIREM OS PARTIDOS, OS CIDADÃOS QUE NAS SUAS ORGANIZAÇÕES CUMPRAM E FAÇAM CUMPRIR O QUE É SALUTAR PARA O POVO.

ORA BEM ! MESMO SABENDO ISTO, NÃO TEMOS FORÇOSAMENTE QUE EM TODOS OS DEBATES, TODAS AS TEMÁTICAS COLOCAR (MUITAS VEZES DESPROPOSITADAMENTE) O NOSSO POSICIONAMENTO IDEOLÓGICO NÃO ACEITANDO, DESPREZANDO, OUTRAS FORMAS DE EXPRESSÃO SEM FAZER RECURSO A COMPARAÇÕES E SIGLAS PARTIDÁRIAS.

EXISTEM VÁRIAS FORMAS DE ENTENDER E DISCUTIR AS TEMÁTICAS DE MANEIRA CIVILIZADA E CONSTRUTIVA SEM O SOCORRER ABUSIVO QUE MUITOS UTILIZAM MISTURANDO ALHOS COM BUGALHOS.

HÁ ESPAÇO PARA TUDO E PARA TODOS OS QUE DE MANEIRA HIGIÉNICA, HUMANA , E COM OUTROS PONTOS DE VISTA, SE POSSAM DEBRUÇAR SOBRE OS ACONTECIMENTOS E QUE MUITOS DELES NÃO SÃO FORÇOSAMENTE POLÍTICOS.


António Garrochinho
29
Jun18

Segurança Social. PS vota ao lado da direita e irrita PCP

António Garrochinho


O PCP avisou: com o voto dos socialistas, ficaria a saber “os dois lados em que se divide o hemiciclo”. Comunistas esperavam aprovação do PS numa questão que faz (mas de forma vaga) parte dos acordos assinados em 2015


“Ficaremos a saber no momento da votação quais são os dois lados em que se divide este hemiciclo”. O aviso foi disparado da bancada do PCP no Parlamento e atingiu diretamente a bancada do lado, aquela onde se sentam os deputados do PS. Teve resposta instantes depois: os socialistas decidiram mesmo chumbar o projeto comunista sobre as fontes de financiamento da Segurança Social, provocando mal-estar nos seus parceiros – e até risos do lado da direita.
O aviso final, que foi feito pelo líder parlamentar comunista, João Oliveira, foi a frase que encerrou o debate. A discussão centrava-se no projeto da autoria do PCP que visa “diversificar” as fontes de financiamento da Segurança Social, mais concretamente cobrando uma taxa de 10,5% sobre os lucros das empresas, que se aplica de duas formas: caso a empresa já entregue o equivalente em contribuições com base nos salários dos funcionários, não é obrigada a pagar; caso não chegue a tanto, terá de pagar a diferença para chegar aos tais 10,5%. Havia um ponto que aumentava a tensão entre PCP e PS: é que a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social constava dos acordos assinados pelos dois partidos no início da legislatura, ainda que sem forma definida.
A proposta, no entanto, não saiu do papel – e foi o PS que decidiu o seu destino. O debate de duas horas passou sem que os socialistas esclarecessem o seu sentido de voto, o que pareceu irritar progressivamente os parceiros da esquerda. Embora os socialistas dissessem “acompanhar as preocupações” de BE e PCP e defendessem o “sistema público” da Segurança Social, não adiantavam qual seria a posição final na hora de votar. Já perto da hora do final da discussão, o deputado socialista Ricardo Bexiga admitia que seria preferível ter acesso a “estudos” sobre o impacto de uma medida como esta. O deputado socialista José Rui Cruz chegou a admitir a “bondade” da proposta, mas sublinhou a preocupação com a “sustentabilidade” do sistema. “Não será importante fazer o balanço antes de agravar a carga fiscal mesmo que sobre o lucro das empresas?”, questionou.

Direita contra "sangria das empresas"

O argumento aproxima-se aos que foram usados pela direita durante todo o debate. O social-democrata Adão Silva acusou o PCP de fazer uma proposta “sem conversa prévia, muito do tipo: ‘toma lá e cala!”. E prosseguiu: “Um verdadeiro ovo de Colombo! Como é que ninguém, antes, se tinha lembrado de uma ideia tão luminosa?”. “Sem conversar com os empresários”, sem passar pela concertação social ou “negociar nada em troca”, seria “uma rematada insensatez” aprovar esta “sangria das empresas”, rematou. “Como foi apresentado, este projeto de lei, nada mais é do que complexo de esquerda sobre o vil capital das empresas”, completou a social-democrata Mercês Borges.
No CDS, também se criticou aquilo a que Cecília Meireles chamou “um problema de realidade”: “Chamam lhe financiamento mas a única coisa que estão a fazer e aumentar a tributação sobre os lucros”, acusou.
No final, só o BE esteve ao lado do PCP (e PEV), não só na votação mas também no apoio que deu ao parceiro de solução parlamentar. Antes da votação, Isabel Pires resumia assim o discurso socialista: “Houve posições de acordo à esquerda, houve clivagens com a direita - e bem - , mas ficamos sem perceber a posição do PS. Será que essas clivagens só vão servir para o discurso e não para a votação?”. A resposta veio, como previam os comunistas, com o momento da votação, em que PS se juntou a PSD e CDS para chumbar a proposta.


expresso.sapo.pt

29
Jun18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

CONVENCER, MANIPULAR, INCUTIR NOS EXPLORADOS QUE A SOCIEDADE PODERÁ SER JUSTA E IGUAL,SEM A LUTA DE CLASSES É MERA RETÓRICA E LÁBIA ELEITORALISTA.

HÁ QUE OBEDECER, ESPERAR, TER PACIÊNCIA, VIVER DE ESMOLAS E MANTER O REBANHO DENTRO DA CERCA, DO CURRAL SEMPRE NA ESPERANÇA DE QUE UM DIA PODERÃO PASTAR À VONTADE.

A VERDADE , A VERDADE VERDADEIRA, É QUE OS QUE ESTÃO BEM INSTALADOS TÊM TERROR ÀS MASSAS E FAZEM JOGOS SUJOS DE ALIANÇA COM A BURGUESIA E O CAPITALISMO.

O QUE LHES VAI NA MENTE É SAFAREM-SE ! E CLARO ! OS QUE VIEREM DEPOIS QUE SE FO#%#" !

A LUTA NÃO TEM SERVIDO OS QUE SOFRERAM E AINDA SOFREM, MAS SIM UMA DIMINUTA PARTE DE CHARLATÕES QUE DECORARAM OS DISCURSOS E DETURPARAM A HISTÓRIA PARA QUE OS QUE TRABALHAM VIVAM EM ALIENAÇÃO,


AG
29
Jun18

PAULO NEVES TERÁ SOLUÇÃO PARA OS PESCADORES DA PRAIA DE FARO

António Garrochinho

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Não foi por acaso a escolha da estalagem Aeromar, na Praia de Faro, para a tomada de posse dos eleitos da Comissão Política Concelhia do PS, na sexta-feira, 22 de junho. Depois de eleito, Paulo Neves, tomou a palavra para anunciar a novidade.
«O PS Faro entregará ao governo uma solução para a localização das quase 50 casas que ainda são necessárias fazer aqui, junto à Praia de Faro, para os pescadores que ainda têm atividade piscatória, poderem continuar a viver e a trabalhar no sítio onde sempre estiveram. Dado que a Câmara é incapaz ou de construir casas, ou de comprar terrenos que não sejam a um preço brutal. O PS vai indicar uma solução local para que o governo aprecie a sua viabilidade. É o nosso primeiro compromisso», sublinhou. «Temos uma ideia estudada e vamos, em termos institucionais, apresentá-la», disse.
Paulo Neves não poupou críticas ao executivo de Rogério Bacalhau, que anunciou, há três semanas, a construção de habitação social no Montenegro, para as famílias de pescadores reformados ou já sem atividade.
«É um ato anormal. É a primeira vez que, na área da habitação social, em Faro, ouvimos falar que uma Câmara pagou e gastou todo o dinheiro do erário público que lhe foi dado a fundo perdido, num terreno a preço de mercado. Ainda por cima sem sobrar nada para construir casa alguma», disse, criticando o executivo por remeter o realojamento dos restantes pescadores no ativo, para parte incerta no espaço e no tempo.
O novo presidente da concelhia do PS atacou também o êxodo de pessoas e serviços da cidade devido à falta de atenção da autarquia e à carga fiscal. «Os serviços públicos de saúde, de proteção, segurança e emergência, da área social e comércio, ou já saíram de Faro, ou estão para sair. O que peço é responsabilidade, porque quando soarem as campainhas, será tarde demais. Depois vão dizer que a culpa é do governo. Não é. A culpa é da Câmara Municipal que está a permitir a externalização de todas as infraestruturas. Está a permitir o abandono do centro da cidade. Na prática, está a permitir que outros fiquem com os serviços que eram da capital da região, sem se interessar, nem lhes facultar alternativas para localização em melhores condições», sublinhou.
«A questão da capitalidade até não é o que mais me preocupa. O que me preocupa no meio desta música de fundo que temos a todo o momento em Faro, é que não nos podemos esquecer do essencial, que é a qualidade de vidas das pessoas e das suas famílias. Não podemos passar a ser o dormitório dos municípios vizinhos. Qualquer dia acordamos ao som desta música e já estamos a levar o nosso carro para o emprego noutro lado qualquer, que antes era em Faro», ironizou.
«Faro tem quase o dobro dos impostos municipais de Olhão, São Brás de Alportel e Loulé. O dobro do IMI. O dobro do IRS. Continua teimosamente a fixá-los no máximo. A muito breve prazo, vamos perceber em termos de comparabilidade de poder de compra e dos movimentos pendulares, quem é que ganhou e perdeu população», alertou, sublinhado que até Olhão já deu casas, ou apoiou o arrendamento a famílias
Paulo Neves arrasou ainda o facto da autarquia «nem se ter interessado» em acompanhar o aumento do capital social do Mercado Abastecedor, (MARF), em Estoi, numa altura em que está a ser cobiçado por grandes empresas internacionais que ali se querem instalar.
«O governo cobriu integramente o aumento total do capital social, sendo que a Câmara ficará com pouco mais que os restantes quatro por cento, quando até aqui tinha quase metade. E nem se compromete em viabilizar nem a ampliação necessária desejada, nem a construção para facilitação à ligação do eixo rodoviário próximo».
Por fim, Paulo Neves espera que depois de 9 julho, o governo possa adjudicar a obra da construção da nova ponte da Praia de Faro, comparticipando 80 por cento do custo, «porque a autarquia não foi a tempo de conseguir fundos comunitários».
Agora, para a equipa da concelhia do PS Faro, as prioridades no horizonte são a habitação social, os transportes e a frente ribeirinha, disse ainda, enfatizando que o governo já propôs a contratualização com a autarquia para a gestão dos espaços públicos e frente de mar da cidade para a fruição desportiva pela população e aproveitamento turístico.

Onde está o crematório de Faro?



Luís Graça, deputado, presidente da Assembleia Municipal de Faro e presidente da Federação do PS Algarve também aproveitou a tomada de posse da concelhia, na sexta-feira, dia 22 de junho, para criticar o executivo PSD de Rogério Bacalhau. «Esta semana li nos jornais, um conjunto de muitas iniciativas para Faro, programadas para 2021. E lembrei-me de um projeto que deixámos pronto em 2009. Evitava que as famílias de Faro não conseguissem hoje sepultar os seus entes queridos quando morrem, e que ficam semanas, para conseguir cumprir um ritual de despedida», frisou. «Em 2009, quando o PS deixou a Câmara, ficou pronto para ser lançado, de forma a concluir o projeto, socialista diga-se, do cemitério novo, com a construção de um crematório. Passaram quase 10 anos e aquilo que hoje sabemos é que este projeto nunca foi conseguido levar a efeito pela Câmara do PSD/CDS. Esses 10 anos levaram a que Loulé e Albufeira tenham hoje condições para instalar no Algarve um crematório que não ficará em Faro, com os problemas que isso criou às famílias farenses».

Reabilitação do Jardim da Alameda demora mais do que o Aeroporto do Montijo

«Ouvimos esta semana o ministro Pedro Marques dizer que espera ter, até 2021, o Aeroporto do Montijo a funcionar como alternativa à Portela. Como é possível em Faro levar-se até 2021 para se fazer um projeto para o Jardim da Alameda, e o Estado levar o mesmo tempo para fazer a infraestrutura de um aeroporto? Há aqui qualquer coisa que está mal contada», criticou Luís Graça, deputado, presidente da Assembleia Municipal de Faro e presidente da Federação do PS Algarve. «Não nos preocupemos muito com estes projetos muito coloridos, muito floridos porque aquilo que o tempo e a experiência nos dizem é que a maioria não chega a parte alguma, até mesmo quando já estão feitos», ironizou.

Algarve tem que dizer ao governo o que quer para 2030

Numa altura em que o governo acaba de lançar a discussão «Portugal 2030», para definir um conjunto de investimentos estratégicos para o país, Luís Graça, deputado, presidente da Assembleia Municipal de Faro e presidente da Federação do PS Algarve, pede uma atitude «proativa» à região. «O país não tem mais dinheiro do que tinha, e o Algarve não vai ter mais dinheiro, do ponto de vista dos fundos comunitários, do que tinha. É por isso que esta discussão é tão, tão importante. Que investimentos estratégicos queremos para o Algarve entre 2020 e 2030», disse durante a tomada de posse da concelhia do PS de Faro, na sexta-feira, dia 22 de junho,
Assim, até outubro, o PS vai lançar esta discussão em todos os concelhos, «desafiando os socialistas e as outras pessoas a se juntarem a nós nesta discussão para definirmos as bandeiras do Algarve para os próximos 10 anos. Julgo que, sendo o dinheiro pouco, os investimentos que fizermos devem ter o mais largo apoio social e temos de nos concentrar naquilo que pode modificar económica e socialmente o Algarve. Se nós fizermos este trabalho, poderá ser considerado no plano de grandes investimentos estratégicos do país até 2030. Se não o fizermos, bem nos podemos queixar nos próximos 10 anos que aquilo que queríamos não está lá, porque não vai estar mesmo», avisou Luís Graça.
«É preciso que tenhamos esta capacidade proativa. Entrou no Parlamento, pela mão dos deputados do PS, o governo tem que definir-se em relação à construção do novo hospital central do Algarve. Este equipamento é absolutamente fundamental para a qualificação das respostas de saúde na região, e para atrairmos mais médicos e mais enfermeiros. Para termos um grande centro de diferenciação médica. Aquilo que dissemos no congresso da federação do PS é que o governo tinha que definir um calendário, também neste período que vamos entrar. Está na hora do governo dizer se vai ou não e qual é calendário para o Hospital Central do Algarve. E está na hora dos socialistas pensarem aquilo que querem para a região de novo investimento estratégico até 2030».


barlavento.pt
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Jun18

PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho


O mundo descambou na vigarice, os ministros, os fazedores de opinião, os que se meteram na política por ser rentável na selva do mundo.

Há ainda os que da raia miúda, os que vivem miseravelmente mas sonham com grandeza, se benzem e aliciam os incautos que lhes dão ouvidos para que se sigam as doutrinas da desgraça.

Os executantes e mandantes, ao contrário do que se consideram e se diz por parte do Zé Povinho quase em
louvor, não passam de gente que pouco sabem da vida.

São meramente oportunistas que de bandeja têm na mão um país que herdou a ignorância salazarista e de uma geração rotulada de qualificada que não sabe o número que calça, mas que estranhamente "sabe" tanto mas reage obedecendo e é submissa desde que tenha um popó, um telemóvel de ultima geração e viva numa ilusão de que é alguém que merece respeito por parte dos tubarões, dos ricos, do patronado .

É fácil ver a demagogia, a mentira, a falsidade de intenções, a prática de políticas pouco ou nada transparentes por parte de quem muitas vezes se afirma ao lado dos explorados.

Quem contesta, o que é difícil nos dias de hoje, quem não alinha com a "ordem estabelecida" da grande, da media, e da pequena burguesia que ocupa os lugares que proporcionam ter o luxo e para outros o essencial,é automaticamente declarado marginal, excluído e rotulado de louco ou traidor.

O rebanho sempre ávido de má língua, une-se para "cascar" em cima dos que se revoltam, e formam grupos e grupinhos, como pulgas amestradas, e vai vegetando batendo as punhetas políticas, que são a cereja em cima do bolo, para os políticos demagogos e os judas que traem tudo e todos.
É agulha em palheiro encontrar alguém honesto nos orgãos institucionais, nos lugares que ainda têm alguma influência de decisão.

O circo tem os palhaços pobres que servem para endrominar e fingir que ainda têm poder, que são ouvidos, atendidos nas reivindicações e direitos, mas são os palhaços ricos que ditam as estratégias e cobram os bilhetes do espectáculo.

A FORÇA DE MUITOS, A MAIORIA EXPLORADA, É UTILIZADA PARA SERVIR APENAS O INTERESSE DE UMA MINORIA HÁBIL E CHARLATONA.

António Garrochinho

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