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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Jul18

NEYMAR ou NEYTERRA

António Garrochinho



VÍDEO



NÃO SOU EU QUE O DIGO, SÃO MUITOS JOGADORES POR TODO O MUNDO QUE FAZEM ESTA AFIRMAÇÃO
UMA SÁTIRA AO JOGADOR BRASILEIRO NEYMAR QUE NA OPINIÃO DE MUITOS JOGADORES É ARDILOSO E INVENTA MUITAS FALTAS.
HÁ QUEM DIGA QUE O NOME DELE DEVERIA SER NEYTERRA EM LUGAR DE NEYMAR JÁ QUE O DITO ANDA SEMPRE CAÍDO NO RELVADO

02
Jul18

Os cartéis andam por aí…

António Garrochinho

A cartelização traduz-se em milionários prejuízos para o Estado e para os consumidores privados. A coima pode ir aos 10% do volume de negócios mas raramente é aplicada, devido ao Programa de Clemência



A Autoridade da Concorrência lançou em 18 de Outubro de 2016 o projeto de avaliação concorrencial da legislação em vigor no sector dos transportes e das profissões liberais, em parceria com a OCDE.


Para a generalidade dos portugueses, a palavra cartel aparece nestes últimos anos associada aos cartéis da droga em zonas da América Latina. É certo que os cartéis de droga actuam, não só mas também para limitar a concorrência no narcotráfico e garantir o domínio dos mercados da droga.
Mas os cartéis são uma actividade muito antiga em diferentes sectores da actividade económica, em empresas, serviços, meios turísticos, em sectores como os das telecomunicações e multimédia, bem como nos seguros e banca. Começaram na Idade Média com as guildas e cresceram durante a Revolução Industrial na segunda metade do século XIX, isto é, com a progressão e consolidação do capitalismo.
Quando falamos em cartéistrusts e holdings estamos a falar de realidades semelhantes introduzidas com os monopólios em capitalismo, que efectuam uma união de interesses próprios contra os consumidores a fim de aumentar os seus lucros e evitarem a concorrência.
Assumindo várias formas, essa actividade está frequentemente relacionada com os preços de venda, nomeadamente com o aumento de preços de bens semelhantes, com restrições de vendas ou de capacidades de produção, com a partilha de mercados ou de consumidores, ou com o conluio noutras condições comerciais para a venda de produtos ou serviços. Na prática, as empresas que formam um cartel funcionam como um monopólio que esmaga a concorrência. Também prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processos produtivos surjam no mercado.

Os cartéis e a concorrência em Portugal

Apesar de não haver em Portugal explicitamente uma lei anti-cartéis, ao contrário do que acontece na maioria dos países da UE, estas práticas violam o n.º 1 do artigo 9.º da Lei n.º 19/2012, de 8 de Maio (Lei da Concorrência). Apesar da expressão «cartel« não constar da Lei da Concorrência, ela refere-se à atitude que «corresponde a um acordo entre empresas com atividades concorrentes com vista a restringir a concorrência e obter assim um controlo mais eficaz do respetivo mercado». É à Autoridade da Concorrência (AdC) que compete acompanhar estas situações.
Segundo estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os cartéis geram um sobre preço estimado entre 10 e 20% comparado ao preço em mercado competitivo e causam, todos os anos, prejuízos de centenas de milhares de milhões de euros aos consumidores. A presidente da Autoridade da Concorrência estimava, no ano passado, que a luta contra os «cartéis» podia reduzir entre 10% a 25% da despesa na contratação pública, isto é, entre 1800 a 4500 milhões de euros por ano.
Este conluio entre concorrentes é punível com uma coima até 10% do volume de negócios das empresas infractoras. Os administradores e directores das empresas podem também ser pessoalmente responsabilizados e condenados ao pagamento de uma coima até 10% da sua remuneração anual. Em casos de cartel na contratação pública, as empresas podem ainda ser proibidas de participar em procedimentos de contratação pública durante um período máximo de 2 anos.
Programa de Clemência da AdC, criado em 2006, confere dispensa total ou redução da coima às empresas envolvidas em cartéis – bem como aos respetivos administradores e diretores – desde que revelem à AdC um cartel em que tenham participado e que colaborem com a AdC na investigação. A primeira empresa a denunciar o cartel em que tenha participado beneficia de dispensa total da coima e as empresas seguintes podem beneficiar de uma redução da coima até 50%. Os documentos apresentados são tratados como confidenciais. É, como se verifica, um recurso do sistema judicial semelhante à «delação premiada».
Desde a entrada em vigor do Programa de Clemência, cerca de 45% dos processos de cartel tiveram origem em pedidos de clemência, aumentando o número de casos investigados e com algum tipo de resolução. Mas, em nome da transparência, importaria ficar claro o que determina algumas empresas a se socorrerem deste programa, para além da redução de coimas, e se há ou não outros objectivos que as levem a fazer isso. O desfazer de um cartel também pode facilitar a entrada no mercado de empresas estrangeiras com outra dimensão que facilite o esmagamento de empresas nacionais e a sua incorporação nos activos dessas outras empresas recém-chegadas.
Desde que foi criada, em 2003, e até acerca de um ano, a AdC atinha investigado 190 casos de práticas restritivas da concorrência, de que resultaram 35 decisões condenatórias, com coimas que superaram os 48 milhões de euros, pela participação em mais de uma dezena de cartéis, tendo também sancionado administradores e directores das empresas envolvidas. Já no que respeita especificamente a concentrações, até essa data, a Autoridade adoptou 840 decisões, seis das quais de proibição de operações de concentração, e 36 de não oposição ao assumir, por parte das empresas, de certos compromissos.

Cartelização: um fenómeno transversal aos diversos sectores económicos nacionais

São muito diversificados os sectores objecto de uma investigação que dê origem a processos que resultem em condenações ou arquivamentos, alguns destes acompanhados por compromissos e outras indicações que vinculam os processados.
A Portugal Telecom (PT), quando existia, era um cartel no sector das telecomunicações. Mais recentemente, a Autoridade da Concorrência (AdC) declarou extinto o processo de compra da Media Capital pela Altice e, apesar de não se tratar da constituição de um cartel como outros, a abrangência das empresas que ficariam controladas pela Altice levaria à deformação da concorrência e à elevação substancial dos custos aos consumidores (que a AdC estimou, em certos cenários, como podendo atingir os 100 milhões de euros por ano).
«A presidente da Autoridade da Concorrência estimava, no ano passado, que a luta contra os "cartéis" podia reduzir entre 10% a 25% da despesa na contratação pública, isto é, entre 1800 a 4500 milhões de euros por ano»
Um caso recente foi o de fornecimento de aeronaves para o combate a fogos florestais que, segundo o governo, atrasou a aquisição dos aparelhos considerados necessários para enfrentar uma situação como a de 2017, tendo outros meios sido adquiridos, eventualmente por valores ainda superiores, para garantir os meios aéreos considerados necessários para o combate neste ano.
No ano passado, por indícios de cartel, foram feitas buscas em nove empresas do sector da manutenção ferroviária.
Em 2016, a Antalis, empresa de comercialização de consumíveis de material de escritório, foi suspeita e condenada por acção concertada na fixação de preços e repartição de mercado, ficando sob investigação outras quatro empresas similares. Nesse ano, também a Associação Portuguesa de Escolas de Condução foi condenada por essas práticas. Ainda no mesmo ano, foram arquivados processos contra várias empresas de animação turística.
Em 2015 foram feitas investigações em empresas de serviços portuários dos quatro maiores portos portugueses mas o respectivo processo foi arquivado.
Em 2015 também foi arquivado processo contra? a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) e empresas suas associadas, mas mediante compromissos e outras condições.
Nesse ano foram também arquivados processos contra uma ordem profissional (mais duas em anos seguintes), contra a SIVASEATFCA e Ford Lusitana, onde se investigou a «existência de uma restrição constante de um contrato de extensão de garantia, a qual impedia os consumidores de realizarem operações de manutenção ou reparação (não abrangidas pela garantia) em oficinas independentes, sob pena de perderem o direito à garantia do fabricante». Os primeiros três processos foram arquivados, no primeiro caso condicionalmente, e o quarto acabou numa condenação por declarações falsas.
Antes, entre outras, tinham sido condenadas a Petróleos de Portugal, a GALP e algumas grandes empresas de papelaria(2011), a Sport TV de Portugal (2010), a Associação Nacional de Farmácias e a Farminveste (2009), a Roche Farmacêutica,várias escolas de condução e a Royal Canin de Portugal (todas em 2008).
O leitor interessado em conhecer todas estas situações pode visitar o sítio da Autoridade da Concorrência.

O sector financeiro da economia, uma praia para os cartéis

Desde o ano passado decorre a investigação da Autoridade da Concorrência a uma possível cartelização no sector dos seguros, resultante de uma denúncia da Tranquilidade feita em 2017. Foi a própria Tranquilidade que, confrontada internamente com a cartelização de seguros de trabalho, entregou à AdC os indícios dessa actividade, solicitando, ao mesmo tempo, a adesão ao Programa de Clemência o qual, como já vimos, .constitui uma delação premiada e permite à seguradora ficar livre de qualquer penalização.
Idêntica investigação está em busca no sector da banca, no que respeita à cartelização nos spreads e comissões a aplicar aos clientes, tendo neste caso sido delatores o Barclays e o Montepio Geral (MG), que também requereram a adesão ao Programa de Clemência. A AdC prometeu há um ano medidas que ainda estarão dependentes do segredo de justiça, que se mantém. Mas a notificação dos 15 bancos alegadamente prevaricadores já vem de 2015, depois de a investigação ter sido desencadeada em 2013 por denúncia e de isso se ter traduzido em buscas em 12 instituições financeiras: nos maiores grupos, como a CGD, o BCP, o BES, o BPI e o Santander Totta; nos considerados de média dimensão, como o Crédito Agrícola (CA), o Banif, e o MG; e nos de menor dimensão – Barclays, Banco Popular, Banco BIC e BBVA Portugal.
Na notificação referida a AdC confirmara que em causa estava a «suspeita de prática concertada, na forma de intercâmbio de informações comerciais sensíveis, de carácter duradouro, no que respeita à oferta de produtos de crédito na banca de retalho, designadamente crédito à habitação, crédito ao consumo e crédito a empresas».
A Adc chegou a admitir a conclusão deste caso em 2016, mas esse desfecho transitou agora, segundo a mesma, para este ano. Aguardamos com interesse, a soma deste caso aos muitos que fazem da banca portuguesa um caso de polícia e de desconsideração e prejuízo pela população que a procura. São empresas importantes, com capacidade de «manobra» que outras, mais pequenas, não têm.
A cartelização tem associado um conjunto de outras práticas ilegais de diferentes empresas que dela beneficiam e, também aqui, quem mais recursos tem até mais longe consegue resistir no «negócio». Esse, porém, será tema a abordar noutra ocasião.

www.abrilabril.pt
02
Jul18

CARTOON

António Garrochinho


PARQUE PARA A FROTA DE 16 CARROS DE MADONNA EM LISBOA - MEDINA O GARÇON PARA TODO O SERVIÇO DESDE QUE SEJA GENTE DA ALTA.

02
Jul18

A BELEZA NÃO TEM OS MESMOS PADRÕES EM TODO O MUNDO

António Garrochinho

Dizer que nossas concepções de beleza são as prevalecentes, é algo completamente errado. Todos os habitantes deste mundo cresceram em diferentes contextos, com costumes e rituais distantes um do outro. E esta é a beleza do nosso planeta, nas diferenças que existem entre as culturas.
Aqui deixamos uma lista com 10 rituais e costumes que nós, podemos até considerar estranhos, mas inseridos em seu contexto original tem um valor acrescentado que os torna muito importante. Veja as imagens abaixo!
1. Na África Ocidental, a escarificação é um ritual de iniciação para homens e um símbolo de beleza para as mulheres.
2. Na China, a pele branca é um bem precioso para mulheres e homens. Eles ainda usam máscaras e cobrem o corpo inteiro para não apanhar  sol.
3. Na Coréia do Sul, a tendência da beleza são os rostos em forma de coração. Existem aqueles que operaram para alcançá-lo.
4. A tribo Fulani acredita em grandesTESTAS como sinônimo de beleza. Praticamente todos os homens usam isso.
5. No Irão, eles têm ódio pelos narizes aquilinos árabes, por isso são operados para torná-los suaves. Há até pessoas que usam remendos no nariz para fingir que foram operadas.
6. Os japoneses consideram que os dentes tortos são uma atratividade física. Dentistas não devem ter muito trabalho lá!
7. Na Mauritânia, as mulheres devem se concentrar em ganhar peso, com base em uma dieta de leite de camelo e outras gorduras. Por quê? Porque o excesso de peso representa beleza e riqueza.
8. A tribo Mursi tem a tradição de colocar uma espécie de placa nos lábios, e vão aumentando. No caso das mulheres, quanto maior a placa, maior o status social da menina.
9. Mulheres da tribo Padaung de Mianmar têm o hábito de instalar anéis de aço no pescoço para alongá-los. Isso as deixam mais bonitas.
10. No Tajiquistão, eles acreditam que sobrancelhas unidas são símbolos de beleza e para eles é absolutamente normal, assim como no Ocidente seria pintar as unhas ou se maquiar.



zipnoticias.net
02
Jul18

SER MAIS ALEGRE

António Garrochinho


PENSO QUE SOU O SUFICIENTE DIVERSIFICADO NAS PUBLICAÇÕES QUE FAÇO NO BLOG E NO FACEBOOK.

ABORDO O QUE ACHO COM RELEVO SOCIAL E CULTURAL E DESPREZO, IGNORO, O SENSACIONALISMO SALVO PARA O DESPIR DO OPORTUNISMO E DO OCO COM QUE NOS PRESENTEIA DIARIAMENTE.

RECEBI UM PEDIDO DE UMA AMIGA PARA QUE FOSSE MAIS ALEGRE E QUE PUBLICASSE COISAS PARA RIR O QUE AGRADEÇO. 
TAMBÉM EU PRECISO DE ME ALEGRAR E DE ASSOBIAR PARA O LADO FINGINDO QUE ESTOU NO "PARADISE" DA LIFE, E QUE TUDO NESTE PAÍS CORRE DE FEIÇÃO.
E ENTÃO VÁ GARGALHADA E FOGUETE OU TALVEZ NÃO PARA NÃO CAUSAR PARA AÍ ALGUM FOGO E NÃO TER O MARTA SOARES À PERNA.

A PARTIR DE AGORA SÓ VOU PUBLICAR FESTAS E FESTAROLAS E PROCURAR POR AÍ UM OU DOIS MÚSICOS DESEMPREGADOS PARA ANIMAREM AS PUBLICAÇÕES ACOMPANHADAS DE SANFONA E CASTANHOLAS.

VOU DEIXAR DE SER PESSIMISTA E TER ESTE MAU FEITIO DE CASCAR NOS COITADINHOS QUE NOS GOVERNAM POIS OS RAPAZES NÃO MERECEM TAL TRATO.

QUEM SABE SEJA RECOMPENSADO POR ISSO.


António Garrochinho
02
Jul18

Manifestantes vão às ruas nos Estados Unidos contra separação de famílias imigrantes na fronteira

António Garrochinho
Cerca de 750 marchas estavam programadas por todo o território norte-americano; em Washington, protesto reuniu mais de 30 mil pessoas


Milhares de norte-americanos e imigrantes foram às ruas neste sábado (30/06), em várias cidades dos Estados Unidos, para protestar contra a política de Donald Trump de "tolerância zero" que separou mais de 2.000 crianças de seus familiares na fronteira com México.
Em Washington, o protesto reuniu mais de 30 mil pessoas. Ela foi uma das cerca de 750 marchas programadas por todo o território norte-americano.
Os protestos de hoje pressionam Trump a resolver a situação e colocar as crianças perto dos pais. Os manifestantes lançaram também uma campanha nas redes socais com a hashtag #familiesbelongtogether.
Entre 5 de maio e 9 de junho, ao menos 2,3 mil crianças foram separadas de seus pais, imigrantes ilegais detidos quando tentavam cruzar a fronteira dos EUA. Os menores de idade foram colocados em abrigos, com gaiolas de ferro e sem atendimento especializado.
O governo Trump alegou que a medida de "tolerância zero" serve para desencorajar imigrantes de tentarem entrar nos EUA sem documentação com seus filhos e para reduzir o número de "coiotes" que se aproveitam de crianças para imigrar.
Porém, a política de Trump foi duramente criticada dentro dos EUA e fora, levando o republicano a assinar uma ordem que impede novas separações. Ele prometeu manter as famílias unidas, nos mesmos centros de detenção.



Nova York foi palco de marcha contra separação de famílias imigrantes

operamundi.uol.com.br

02
Jul18

Buscas às grutas na Tailândia recebem apoio internacional - Passaram 9 dias e ainda não há sinal dos 12 rapazes e o treinador da equipa de futebol

António Garrochinho
Passaram 9 dias e ainda não há sinal dos 12 rapazes e o treinador da equipa de futebol juvenil que desapareceram num complexo de grutas, no norte da Tailândia.
Equipas de resgate da China, da Austrália e mergulhadores norte-americanos das forças especiais SEALS juntaram-se ao salvamento,
Mas a falta de luz, as fortes chuvas dos últimos dias e as inundações dos estreitos passadiços de acesso às grutas continuam a ser um obstáculo ao resgate
Em contra-relógio, a equipa internacional conta já com cerca de 1300 pessoas a tentar encontrar o paradeiro da equipa de futebol.
Com as condições meteorológicas a melhorar, já foi possível avançar para o interior da gruta. Os socorristas acreditam estar agora a dois ou três quilómetros da localização dos rapazes.
Entre os desaparecidos estão 12 jovens, entre os 11 e os 16 anos, e o treinador de 25. que visitavam as grutas após um treino de futebol. Terão ficado lá presos depois de o nível das águas subir.
As buscas começaram logo depois de terem sido encontradas pegadas e bicicletas abandonadas.




VÍDEO


pt.euronews.com
02
Jul18

a ratazana

António Garrochinho



A RATAZANA FEDORENTA ATRAVÉS DO "JORNALIXO" INVADIU-NOS A CASA E RECOMENDA QUE FAÇAMOS FILHOS.

O MISERÁVEL FASCISTA VEM AGORA CRITICAR O EXCESSO DE ESTRADAS DE GIMNODESPORTIVOS E CAMPOS DE FUTEBOL, OU SEJA O QUE A CORJA A QUE PERTENCE, E ELE PRÓPRIO, FEZ ENQUANTO (DES)GOVERNOU


AG

02
Jul18

INTERIOR ?

António Garrochinho




FALAM MUITO DO "INTERIOR" DE PORTUGAL MESMO QUE QUASE SE POSSA DIZER QUE NUM PAÍS TÃO PEQUENO EM LARGURA E COMPRIMENTO, A DESIGNAÇÃO DE INTERIOR É ALGO EXAGERADO.

MAS O QUE NA REALIDADE É VERDADE É QUE OS MEXEM NOS CORDELINHOS, APENAS CUIDAM DO INTERIOR DOS SEUS BOLSOS, DA SUA CONTA BANCÁRIA E DA BARRIGUINHA AVANTAJADA A CADA DIA QUE PASSA.

O "INTERIOR" PASSOU A ESTAR NO VOCABULÁRIO DOS POLÍTICOS PARA SOAR BEM, DAR A IDEIA DE QUE SE PREOCUPAM COM AS GENTES QUE VIVEM À MARGEM DAS BENESSES DO LITORAL ONDE TUDO É DOURADO UM REGALO PARA A VISTA.

NA CARTEIRA DOS PORTUGUESES, NO INTERIOR, SÓ HÁ CÊNTIMOS E PAPÉIS COM DÍVIDAS PARA PAGAR IMPOSTOS, LUZ, ÁGUA, RENDA DA CASA.

JÁ HÁ MILHÕES QUE NEM CARTEIRA TÊM.


António Garrochinho
02
Jul18

Os deputados têm mais direitos do que os restantes cidadãos?

António Garrochinho

A ausência de fiscalização das moradas dos deputados é um tratado sobre a falta de transparência do Parlamento. Pior: é a prova de como não existe um escrutínio que respeite os contribuintes.

Luís Rosa | Observador | opinião

“Não incumbe aos serviços da Assembleia da República averiguar (fiscalizar) qual é, na realidade, o local de residência efetiva (habitual) do deputado, sendo a ele que incumbe declarar, para os efeitos em causa, qual é, em cada momento, essa residência.”

Lemos e não acreditamos. Os serviços da Assembleia da República não têm de verificar as moradas do senhores deputados para o pagamento dos subsídios de deslocação depois de inúmeros e espantosos casos (ver aquiaqui, e aqui) de deputados que têm casa em Lisboa mas que recebem ajudas de custo por darem uma morada do seu círculo eleitoral situado fora da Área Metropolitana de Lisboa?

Foi o que a senhora auditora jurídica da Assembleia da República, Maria Isabel Fernandes Costa, defendeu num parecer que mereceu a concordância de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República. Numa atitude pouco ecologista, a senhora auditora gasta 22 páginas de papel num parecer em boa parte ilegível (como é habitual nos juristas portugueses) sobre o conceito de residência. Sim, leu bem, caro leitor. Saber como se define a residência habitual ou secundária de um deputado merece 22 páginas.

É certo que na pág. 8 há uma definição bastante simples e razoável. Imagine de quem? Do Fisco, claro, que gasta sete linhas a dizer o óbvio: “para as pessoas singulares”, a morada que conta “é o local de residência habitual; para as pessoas coletivas, o local da sede ou direção efetiva ou, na falta destas, do seu estabelecimento estável em Portugal” logo, daí decorre que, “sendo o domicílio fiscal, em regra e por imposição legal, o local de residência habitual do sujeito passivo e estando este obrigado a respeitar essa identidade, haverá, por princípio, coincidência entre domicílio voluntário geral e o domicílio fiscal”. Simples, não?

Para a senhora auditora, isso não chega. “O domicílio fiscal, sendo um domicílio especial, apenas releva no âmbito das relações jurídico-tributárias”, sendo por isso “inócuo” para o nosso Parlamento.

Daí aquela frase seca acima citada, que, após muita dissertação sobre o que é a “residência habitual”, as “residências habituais alternativas”, a “residência transitória ou ocasional”, aparece na pág. 21. Na prática, significa isso que “incumbe ao deputado indicar qual dessas residências deve ser considerada”, sendo que “não tem qualquer relevância o facto de o deputado ter casa em Lisboa, a menos que o deputado tenha aí a sua residência habitual”.

Acima de tudo, este parecer e a ausência de fiscalização que o mesmo defende é um autêntico tratado sobre a falta de transparência que reina no Parlamento. Pior: é a prova de como os dinheiros públicos que financiam o pagamento dos abonos e ajudas de custo dos deputados continuam sem um escrutínio que respeite os contribuintes que são obrigados a entregar uma parte do seu rendimento ao Estado.

Imagine-se que os cidadãos exigiam os mesmos direitos junto do Fisco ou da Segurança Social? Que uma bonificação ou isenção fiscal também podia depender apenas da palavra do contribuintes? Que uma baixa por doença não necessitava de um atestado médico à priori? Que qualquer prestação social atribuída pela Segurança Social não necessitaria de qualquer tipo de fundamentação, verificação ou fiscalização? Impensável, não é? Aparentemente, essas regras básicas da vida real de qualquer contribuinte ou beneficiário da Segurança Social não se aplicam aos senhores deputados.

O mesmo Estado que, através do seu segundo representante máximo (o presidente da Assembleia da República), considera que não deve verificar a morada dos senhores deputados, é o mesmo Estado que faz tudo o que está ao seu alcance para esmifrar (é a palavra cada vez mais certa) fiscalmente o cidadão de classe média do setor privado. Cobrando impostos, taxas, multas, coimas e tudo o que tiver à mão para angariar receita que pague o monstro que dá pelo nome de despesa pública — a qual ninguém está interessado em reduzir. Provocando um ambiente de medo de qualquer ação da administração fiscal e contributiva. E, mais importante do que isso, invertendo o ónus da prova no que à Justiça Tributária diz respeito para que o cidadão de classe média não tenha outra alternativa senão pagar, pagar, pagar e pagar tudo o que o Estado exige. Mesmo para reclamar judicialmente seja o que for, não tem outra solução senão pagar — no caso, uma caução do valor que pretende impugnar. É assim que se consegue bater recordes de ano para ano sobre o peso da carga fiscal na economia — já vai em 37% do PIB –, apesar dos desmentidos de António Costa.

Esta é uma realidade que não abrange os senhores deputados não conhecem. Até porque, como o Observador noticiou em abril a propósito dos recibos de vencimento divulgados pelo deputado Ascenso Simões (PS), cerca de 47% do rendimento bruto daquele deputado de Vila Real (com casa em Lisboa) corresponde a ajudas de custo e a três subsídios de deslocação estão isentos de impostos. O ato público do deputado socialista custou-lhe críticas dos pares mas fez mais pela transparência do Parlamento do que muitas outras anunciadas com pompa e circunstância.

Porque estes dois pesos e duas medidas são, de facto, uma das maiores causas da quebra da confiança entre representados e representantes e, em última instância, são um dos maiores convites possíveis a um crescimento ainda mais sustentável da abstenção e ao aparecimento de partidos populistas com real poder eleitoral.

Viver na periferia da Europa não significa imunidade ao fenómeno populista. Significa apenas que, como tudo o resto, chegará tarde e a más horas. Mas chegará.

paginaglobal.blogspot.com

02
Jul18

NA QUARTEIRA A P#4# DA VOSSA TIA SEUS IGNORANTES !

António Garrochinho


AO LONGO DOS ANOS AINDA NÃO SE APERCEBERAM QUE SE DIZ : EM QUARTEIRA E NÃO NA QUARTEIRA ?
SEI QUE PODE-SE DIZER DAS DUAS MANEIRAS MAS VOCÊS PREFEREM O ROCÓCÓ BURGUÊS SINÓNIMO DE PRÓSPEROS E GENTE ILUSTRE.
GOSTAM DE FALAR À FINA OS JORNALISTAS DO "SOL" E DE VIR CORAR OS ENTREFOLHOS NO ALGARVE, MAS QUEREM FALAR DE PREFERÊNCIA COM A EXPRESSÃO DOS BURGUESES QUE ACHAM QUE "NA QUARTEIRA" O SOM É MAIS SNOB, MAIS REQUINTADO.


BARDAMERDA PARA OS FIGURANTES ENVERNIZADOS AUTÊNTICOS QUÉQUES QUE COMO "JORNALISTAS" NEM O PORTUGUÊS DOMINAM.


António Garrochinho
02
Jul18

MAIS VALE UM TRABALHO MAL PAGO DO QUE ESTAR DESEMPREGADO DIZIA UM FASCISTA CAPITALISTA HÁ BEM POUCO TEMPO ! - PAGAM SALÁRIOS DE MISÉRIA QUANDO PAGAM, ABUSAM DO TRABALHO PRECÁRIO E DEPOIS DÃO ENTREVISTAS AOS JORNAIS QUE APROVEITAM PARA LANÇAR O VENE

António Garrochinho


O verão ainda agora começou, mas os turistas já estão a chegar à Comporta. E se o movimento destes dias está longe da agitação que invade a pacata aldeia alentejana em agosto – quando é mais procurada pelos visitantes que anseiam por uns dias de férias bem passados –, a chegada dos primeiros veraneantes já destapou um problema que não é novo para quem aqui trabalha.
“Há muita escassez de mão-de-obra, especialmente nesta altura”, diz ao i Cristina Branco, 43 anos. É coordenadora da área educativa e cultural da Fundação Herdade da Comporta e responsável pelo espaço Casa da Cultura, na Rua do Secador, que reúne várias lojas pop-up. Conhece bem, por isso, a dinâmica do problema. “A estratégia na Casa da Cultura e em vários negócios locais passa por contratar universitários da zona. Mas isso não é solução, porque aqui a comunidade é pequena e a população também”, explica. Empregar estrangeiros é outro plano posto em prática, mas neste caso outro desafio se levanta. É que “não há alojamento. Existe, sim, alojamento de férias, a vários níveis de preços. E como não abundam casas, claro que quem arrenda prefere arrendar por um preço mais vantajoso a um turista em vez de o fazer a um valor mais acessível para uma pessoa que vem trabalhar”.

Ao fundo da rua, no Largo de São João, há no Colmo Bar um caso gritante da dificuldade que contratar locais representa. “Este ano tivemos de contratar uma rapariga alemã”, conta ao i Felipe Bandarra, 44 anos. Casado com Cristina, os dois lisboetas decidiram rumar a sul há seis anos para mudar de vida. Abriram o bar – que está fechado durante o inverno – e é Felipe quem o gere. “Precisávamos de um bartender e não conseguimos arranjar. 
Aqui, indiscutivelmente, a maior dificuldade de qualquer empresário é a mão-de-obra. É que as pessoas no Alentejo, com o devido respeito, estão paradas no 25 de Abril.”
Para Felipe, a base da conjuntura económica que ali se vive está nos apoios estatais. “O subsídio de desemprego e o rendimento social de inserção são uma questão muito séria do nosso país, e aqui vê-se bem isso e é absolutamente assustador. É uma âncora. As pessoas preferem os subsídios a trabalhar, e isso trava a economia”, lamenta o empresário. “Neste momento, a minha perspetiva do Alentejo é que não tem futuro, pelas pessoas que aqui habitam e pela mentalidade de trabalho”, considera.
Quando estava à procura de uma pessoa para a função, enviou anúncios para a “Escola de Hotelaria de Setúbal, que não respondeu a três emails e cinco telefonemas”, a “Escola de Hotelaria de Lisboa, que respondeu” e ainda a “de Portalegre, que não deu qualquer resposta”. E se a maioria dos empresários com quem o i falou optaram por não revelar as condições que oferecem, Felipe prefere a transparência. “Por oito horas de trabalho pago 850 euros, mais prémios no final do ano. Isto é dramático”, lamenta. E os jovens da terra? “A minha leitura é esta: por muito que a universidade abra horizontes, eles chegam a casa e ouvem aquilo que ouvem já há 40 anos. Tem de haver aqui uma reforma cultural e mental gigante para que a região tenha progresso”, defende. Para Felipe, as câmaras municipais deviam ter um papel mais interventivo na criação de possibilidades de as pessoas poderem aqui residir para trabalhar.
No restaurante O Central, a poucos passos do largo, o discurso é idêntico. “É muito difícil, não há pessoas para trabalhar”, diz ao i Clara Santos, 38 anos, que saiu de Viseu há 11 para se estabelecer na Comporta. “Não conseguimos empregar ninguém daqui. Os jovens não sabem o que é a realidade. Não querem trabalhar porque há muito facilitismo em termos dos apoios sociais”, defende. Costuma recorrer ao centro de emprego, mas nunca obtém resposta. O restaurante está aberto entre março e outubro e, este ano, dez pessoas que integraram a equipa acabaram por ir embora. Agora, a sala tem apenas um empregado e dar conta do recado quando a casa enche torna-se complicado. “Deixamos ir embora clientes porque não conseguimos segurá-los”, confessa Clara, que pede uma solução para fixar pessoas na região.
O problema é generalizado e sentido em diferentes áreas de atividade. De partida para a aldeia do Carvalhal impõe-se uma paragem na bomba de gasolina à saída da Comporta para abastecer; na montra, um papel confirma a tendência: “Precisa-se colaborador/a.” Lá dentro, a funcionária diz que, “de fora, ninguém fica para trabalhar por causa do alojamento. O ordenado vai todo para o quarto ou a casa. E aqui ninguém quer”.
Esse é o cenário que se encontra também nas localidades das redondezas. Já no Carvalhal, um papel na porta do minimercado Carvalhal expressa a mesma necessidade. E o proprietário do negócio, que está na família desde o tempo do pai, não esconde a revolta na voz. “Aqui não há ninguém para trabalhar. As pessoas daqui não querem, apoiam--se é nos subsídios”, denuncia. Na Avenida 18 de Dezembro, onde se situa o estabelecimento, está em construção um novo hotel. Um dos responsáveis da obra queixa-se do mesmo. “Falta mão-de-obra aqui. Têm de vir trabalhadores de obras de Lisboa e do Porto. Para nós é desvantajoso porque temos de arrendar casas e é muito difícil. E, além disso, alguns estão ainda num hotel”, descreve. A mesma solução é adotada por outros empreendimentos da zona também em construção.
Mais a sul, a mesma tendência? Não é só na costa alentejana que os proprietários dos negócios se queixam da dificuldade de encontrar mão-de-obra. Mais a sul, na cidade de Faro, vive-se a mesma situação, em especial nas atividades de restauração e hotelaria. Isso é, pelo menos, o panorama que a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, descreve ao i.
“Todo o Algarve está a sofrer com isso, tal como outras zonas do país, em particular as que têm um pico grande de sazonalidade. No início do ano, a AHRESP fez uma reflexão sobre esse e outros problemas do setor e desde aí temo-nos reunido e trabalhado com empresários e o próprio governo para encontrar soluções”, avança ao i a responsável.
Entre as propostas da AHRESP em cima da mesa está a formação de curta duração para as pessoas desempregadas poderem entrar no setor. “Essa medida podia ser aplicada de forma imediata. Enquanto houver pessoas nos centros de desemprego é preciso convertê-las para o setor, porque aí é que há emprego”, defende Ana Jacinto. Dessa forma, acredita a secretária-geral da AHRESP, é possível combater o aproveitamento dos apoios estatais por parte de pessoas que, na prática, têm capacidade para trabalhar. Ana Jacinto defende que passar ao lado “dos bons números” do setor é um erro. Até porque, recorde-se, 53 mil dos 141,5 mil novos postos de trabalho criados entre o terceiro trimestre de 2016 e igual período de 2017 inserem-se na hotelaria e restauração. Só em 2016 já se tinham criado 40 mil empregos nos dois setores. E nos próximos três meses, segundo um estudo realizado pelo “ManpowerGroup Employment Outlook Survey”, serão precisos mais 40 mil trabalhadores nos setores. “É preciso aproveitar”, remata.
No Restaurante Clube Naval, mesmo em cima da marina de Faro, a falta de mão-de-obra é familiar ao gerente Carlos Cruz. “É desesperante”, diz. “A falta de mão-de-obra é enorme. Por um lado, os algarvios não querem, e, por outro, muitos dos estrangeiros que nos chegam estão ilegais. E depois não podem ficar. O Estado diz que quer legalizar, mas não quer!”, reclama.
Numa das ruas da Baixa, a criadora do conceito de comida saudável The Woods recorreu à repetida técnica do papel na montra, a par de anúncios nas redes sociais e no centro de emprego. Questionada sobre o mesmo quebra-cabeças, Jéssica Teixeira, 37 anos, responde com um suspiro e abana a cabeça. “É sempre muito difícil. As pessoas de cá aparecem, mas dias depois deixam de vir e o problema com os estrangeiros é que muitos estão ilegais”, explica.
Pedro Bentes, do conhecido Columbus Cocktail & Wine Bar, confessa ao i que contratar mais pessoal já foi um obstáculo muito mais difícil de ultrapassar. Mas parte do problema, defende, “é que as pessoas querem salários melhores, mas nós não conseguimos pagar por causa da economia”.
Na mesma zona, na atividade hoteleira há perceções díspares da questão. No Hotel Faro & Beach Club, por exemplo, o gerente explica que “uma vez que se trata de postos de trabalho que exigem formação académica”, é fácil encontrar pessoal. Pelo contrário, vários hostels da cidade admitem debater-se com o problema.

ionline.sapo.pt
02
Jul18

Sindicatos lançam referendo aos professores: exigem ou não a recuperação de todo o tempo de serviço congelado?

António Garrochinho

Mário Nogueira fez, nesta segunda-feira, o balanço do primeiro dia de greve dos professores

Os sindicatos dos professores anunciaram, na quinta-feira, que vão fazer um referendo a 100 mil docentes seus associados quanto à recuperação integral do tempo de serviço, por via de correio eletrónico


Entre esta sexta-feira e domingo, os cerca de 100 mil professores nacionais que foram afetados pelo congelamento das carreiras e que agora aguardam, com mais ou menos paciência, pelas negociações entre o Governo e os sindicatos, vão receber uma pergunta por correio eletrónico: “Concorda com a posição dos sindicatos de exigência de recuperação total do tempo de serviço congelado porque o que está em negociação é apenas o prazo e o modo?”
Os sindicatos dos professores anunciaram ontem que vão fazer um referendo a 100 mil docentes seus associados quanto à recuperação integral do tempo de serviço, conta o “Correio da Manhã”.
Esta medida foi revelada por Mário Nogueira, porta-voz das 10 organizações sindicais. Os resultados deverão ser conhecidos na quinta-feira da próxima semana.
Segundo o matutino, as respostas dos professores poderão ser enviadas até terça, às 19 horas. Já os professores que “não possuam email ou não tenham tido possibilidade de responder online, poderão fazê-lo nos dias 2 e 3 de julho, na sua escola”, respondendo ao inquérito em papel. Da mesma forma, também os professores não sindicalizados poderão responder nas escolas nos dias 2 e 3.


expresso.sapo.pt
02
Jul18

Há 54 presidentes de associações juvenis que têm mais de 60 anos

António Garrochinho


Juventude

Governo quer que estas organizações sejam presididas por jovens até aos 30 anos, mas perto de metade não cumpre este requisito. Financiamento público é feito com base no histórico e maiores fatias vão sempre para as mesmas organizações.
Luz, escuridão

Chamam-se associações juvenis e, por lei, têm que ter 75% de sócios com menos de 30 anos. Mas quando se olha para as lideranças, o cenário é bastante mais envelhecido. Há 54 presidentes destas organizações que têm mais de 60 anos. O Governo quer mudar o panorama com uma nova lei, o que terá implicações na forma como se dividem os mais de 3 milhões de euros anuais de apoios do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) a estas entidades.
De acordo com os dados do Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ), onde estão incluídas as associações com estas características, há 54 presidentes que têm mais de 60 anos. O mais velho tem 86, de acordo com o RNAJ. É o líder do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. O PÚBLICO contactou por várias vezes o número de telefone disponível no site da associação, que nunca foi atendido. 
Além disso, quase um terço dos líderes das associações (28,4%) tem mais de 41 anos. Se contabilizarmos ainda os líderes entre 31 e 40 anos chegamos à conclusão que quase metade (49,3%) dos presidentes das associações juvenis está acima da idade em que a lei considera que um cidadão é jovem.
PÚBLICO -

Outra conclusão que se retira do RNAJ: a escassa renovação das direcções das associações juvenis. Mais de metade destes organismos teve apenas um presidente desde que o seu registo passou a ser obrigatório, em 2007. Em média, cada uma das associações teve menos de dois presidentes (1,9) nos últimos 12 anos. As lideranças são também claramente masculinas: só 31% dos presidentes são mulheres.
O Governo tem uma proposta de lei para obrigar as associações juvenis a terem um presidente com 30 anos ou menos (ver texto ao lado). O presidente da Federação Nacional de Associações Juvenis (FNAJ), Tiago Rego, 29 anos, “concorda que as associações devem ser preferencialmente dirigidas por jovens”. Mas isso só é possível “nas condições ideais”, diz.
Há zonas do país que têm “especificidades” que fazem com que isto não seja possível, defende: “As condições do litoral e do interior são diferentes, por exemplo.” Todavia, o que realmente afasta a FNAJ da proposta do Governo é o que consideram ser uma “ingerência” do poder político na democracia interna das associações. As associações juvenis têm que ter 75% de associados jovens e são estes que têm votado em pessoas mais velhas para presidir aos destinos das suas instituições, considera Tiago Rego.
Em sentido contrário, a proposta de lei é classificada como “um grande passo em frente” pelo presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), Hugo Carvalho, 27 anos. Entusiasta da solução apresentada pelo do Governo, o dirigente entende que é preciso “renovar o associativismo jovem”.
“Não tenho nada contra quem é mais velho, mas não podemos ter os mais velhos a receber milhares de euros e os mais novos a receber algumas centenas”, diz Hugo Carvalho.
“A nova lei vai trazer mais jovens para as associações”, concorda Raquel Neto, vogal da associação Juvemedia, de Lisboa. “Para chegarmos aos jovens temos que ter pessoas mais jovens, com novas ideias e mais próximas das suas preocupações”, acrescenta.
O presidente da Juvemedia tem 51 anos, mas a situação é “transitória”, garante Raquel Neto. A associação, que desenvolve programas de formação em gestão de projectos e promoção da ética no desporto junto de alunos do secundário, por exemplo, foi sempre liderada por jovens. No anterior mandato, passou por um período de crise, com um conjunto de dívidas que obrigaram a vender o edifício sede que tinha no centro de Lisboa. David Lopes, um dos fundadores, voltou à associação para a “tirar do buraco”, ilustra a vogal da direcção. Este ano há novas eleições às quais só devem concorrer associados com menos de 30 anos.
Se a lei for aprovada nos termos em que o Governo a propôs, Nuno Chaves, 42 anos, é um dos presidentes com o lugar em risco. O líder da ProAtlântico, sediada em Lisboa, olha para a questão com pragmatismo: “As regras existem e as organizações têm que se adaptar.” Com a nova lei, é isso que fará. A única coisa que pede ao Governo é que crie um período transitório para que as associações que recebem estes apoios do Estado não fiquem sem essas verbas de um momento para o outro.
A ProAtlântico recebe este ano quase 48 mil euros do IPDJ ao abrigo do Programa de Apoio Juvenil. “Não é a nossa maior fonte de financiamento, mas é uma grande ajuda”, expõe Chaves. A associação é a instituição nacional que mais jovens integra no programa de voluntariado europeu e tem conseguido a aprovação de várias candidaturas ao programa Erasmus +. Tem quatro funcionários permanentes para gerir os vários projectos em que está envolvida.
O estatuto de associação juvenil é atribuído a instituições com carácter muito diverso, desde coros, como o Choral Phydelis, ligado ao Conservatório de Música de Torres Novas — cujo presidente tem 69 anos — ou a Associação Desportiva, Cultural e Social da Aldeia de S. Sebastião, em Castelo Bom, distrito da Guarda, que tem Centro de Dia e Residência para Idosos. O seu presidente tem 66 anos, segundo o RNAJ. Nenhum destes responsáveis se mostrou disponível para falar com o PÚBLICO ao longo do dia de sexta-feira, apesar dos vários contactos.
Os dados em que se baseia este trabalho foram disponibilizados pelo presidente do CNJ que é, por inerência, presidente da Comissão de Acompanhamento do RNAJ. Os números mostram ainda que, se o total de dirigentes acima dos 30 é elevado, o mesmo não acontece com o de associados. Os 75% obrigatórios por lei são cumpridos: em média, 14% dos associados têm mais de 30 anos.

Maiores apoios para as mesmas associações

No final do ano passado, havia 1385 associações no RNAJ. Destas, cerca de 1000 têm recebido apoios regulares do Estado nos últimos anos, ao abrigo do estatuto de associação jovem.
Os apoios financeiros do IPDJ dividem-se em três programas. Existe o Programa de Apoio Juvenil, destinado às associações juvenis, para o qual, este ano, foram destinados 3,1 milhões de euros, e o Programa de Apoio Estudantil, vocacionado para as associações académicas e de estudantes, que recebeu um pouco menos de 2,5 milhões. Ambas as linhas de financiamento dividem-se em duas. Por um lado, os apoios anuais, destinados a apoiar os planos de actividades das associações e que consomem a maioria dos recursos. Por outro, os apoios pontuais, para actividades específicas e cujas candidaturas podem ser apresentadas durante todo o ano. O IPDJ prevê ainda um programa de apoio infraestrutural, que se divide em duas medidas: uma destinada a infra-estruturas e outra para apoio à aquisição de equipamentos.
PÚBLICO -

Os critérios de atribuição têm em consideração a dimensão das associações e também o seu histórico, uma medida introduzida na lei em 2006 e que faz com que a lista das associações que mais dinheiro tem recebido do IPDJ ao longo da última década não tenha sofrido praticamente nenhuma alteração.
Entre 2007 e 2018, são sempre as mesmas quatro associações que mais apoios recebem do Programa de Apoio Juvenil. Entre elas está a Associação para a Promoção Cultural da Criança (APCC), uma IPSS sediada em Lisboa, que gere campos de férias e até uma unidade hoteleira, no Mosteiro de Vairão, em Vila do Conde (recebe 56 mil euros neste ano) e as duas associações nacionais de escuteiros, o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a Associação de Escoteiros de Portugal (AEP), que recebem 276 mil euros e 100 mil euros, respectivamente.
PÚBLICO -
Aumentar
No topo da lista está também a FNAJ, que para 2018 tem inscritos mais de 128 mil euros. Além do apoio directo à FNAJ, o IPDJ financia ainda todas as 12 federações regionais de associações juvenis. Os apoios às federações totalizam 166 mil euros.
CNE, FNAJ, AEP e APCC arrecadam 18% de todos os apoios atribuídos a associações juvenis em 2018. A sua fatia dos apoios já foi mais elevada: em 2012, recebiam 27%.
Além das quatro associações, há nomes que são uma constante nas listas das instituições mais apoiadas, como a Associação de Jovens Agricultores de Portugal, a Associação de Guias de Portugal (também ligada ao movimento escutista), bem como a Juvemedia e a ProAtlântico.
No Programa de Apoio Estudantil, a situação é semelhante. As associações académicas de Coimbra, Aveiro e Minho recebem 15% dos 2,5 milhões de euros do programa. Ao longo da última década têm sido sempre as mais financiadas.

www.publico.pt

02
Jul18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho




PARECE QUE NÃO SE PASSA NADA DE RELEVANTE NA POLÍTICA PORTUGUESA E NO PULSAR POPULAR, OU SEJA NAQUILO QUE O POVO DESEJA E QUER, OU NAQUILO QUE O POVO DEVERIA SABER, DESCONHECE, MAS ESTÁ ACONTECENDO.

PARECE ESTAR TUDO BEM NESTE PORTUGAL "ABENÇOADO" PELA PAZ PODRE E SEUS CÚMPLICES.

A PROVA ESTÁ NOS JORNAIS QUE SÓ NOTICIAM MORTES, FUTEBOL, MARCHAS, FESTAS, EVENTOS COM NOMES INGLESES E OUTRAS MERDAS SEM INTERESSE ALGUM.

À EXCEPÇÃO DOS PASQUINS QUE CONTINUAM NA VERBORREIA SAUDOSISTA E AGORA DERAM GRANDE RELEVO À CAVACAL FIGURA, TUDO O QUE SE LÊ E VÊ É UMA BOSTA DE MERDA ADEQUADA AOS TEMPOS DESTA GOVERNAÇÃO E DA AUSÊNCIA DE CONTESTAÇÃO REAL E TRANSPARENTE OU MELHOR, EFICAZ.

NO UNIVERSO BLOGUER, ANTES RICO EM CONTESTAÇÃO, EM TEMÁTICAS QUE ABORDAVAM A NOSSA VIDA SOCIAL E POLÍTICA, PARECE AGORA TAMBÉM, QUE À LAIA DE IMITAÇÃO DO "JORNALIXO", O QUE SE PUBLICA É A PIMBALHICE E O VAZIO DESESPERANTE, QUE DÁ A ILUSÃO ESTARMOS A VIVER OS MELHORES TEMPOS DE QUE O PAÍS TEM MEMÓRIA..

NÃO SOU ESTÚPIDO E CEGO AO PONTO DE ACREDITAR QUE ISTO ACONTECE SÓ PORQUE TUDO ESTÁ NOS "TRINQUES" NO PORTUGAL À BEIRA MAL PLANTADO E TENHO A "DESCONFIANÇA CERTA" QUE MUITA GENTE ANDA A COMER TRANQUILO E ESPERANDO QUE ESTES TEMPOS SE MANTENHAM.

DESDE QUE AS "FILHÓZES" SIRVAM TODOS, OS DA COISA PÚBLICA E OS VIVEM À RODA DELA, NADA MELHOR DO QUE NÃO AGITAR O PÂNTANO PARA QUE NÃO CHEIRE.

António Garrochinho
02
Jul18

Um homem de coragem

António Garrochinho



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<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="font-family: Trebuchet, &quot;Trebuchet MS&quot;, Arial, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 1.4em; margin: 0.25em 0px 0px; padding: 0px 0px 4px;"><br /></h3><div class="post-header" style="font-family: Trebuchet, &quot;Trebuchet MS&quot;, Arial, sans-serif;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-4651944014883434121" itemprop="description articleBody" style="font-family: Trebuchet, &quot;Trebuchet MS&quot;, Arial, sans-serif; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0.75em;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span><div class="MsoNormal" hnp_n5ddeqm="" hnp_n5ddeqmtyle="text-align: justify;" https:="" shttps:="" youtu.be=""><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">A coragem é a bitola com que se afere a dimensão do Homem e a heroicidade é sua resultante. Razão mais que suficiente para enaltecer os que pondo em risco a própria sobrevivência impõem as suas ideias e seus ideais, enfrentando tudo e todos.</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">Vem isto a propósito do programa “governo sombra” emitido pela TVI e ilustrado com três protagonistas, um <i>entertainer </i>humorista apresentado como sendo de esquerda, outro com as nalgas políticas assentes entre duas cadeiras e o terceiro que estoicamente se assume de direita. Este último é o meu herói.</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><b><span style="font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"></span></b><a href="https://1.bp.blogspot.com/-rAEXJ1KIQmo/WzkkKE9LZZI/AAAAAAAAd2A/t5TGjyRWa50M1NDa7gnJrL91geBjLHtvACLcBGAs/s1600/aa3ba120cf29778fd1e1a62.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;" rel="noopener"><img border="0" data-original-height="138" data-original-width="480" height="184" src="" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding: 4px;" width="640" data-src="https://1.bp.blogspot.com/-rAEXJ1KIQmo/WzkkKE9LZZI/AAAAAAAAd2A/t5TGjyRWa50M1NDa7gnJrL91geBjLHtvACLcBGAs/s640/aa3ba120cf29778fd1e1a62.jpg" class="lazyload-item" /></a></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">Chama-se Tavares, (Tavares Rico?) e frente às câmaras, desafiando os patrões e o sistema em vigor, com a verticalidade dos Cabrais, declarou-se adepto do capitalismo. Fiquei varado, não queria acreditar que alguém com filhos a sustentar, se pudesse afirmar perante a União Europeia, a senhora Merkel, a Santa Casa da Misericórdia, Centeno e outros mais, que era adepto do capitalismo, <i>il faut le faire</i>!… Diria Emmanuel Macron.</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">Não se afirmou como neoliberal, vai ser despedido. O que será daquela família, pobres crianças. O senhor Tavares já mudou de visual, rapou o cabelo e a barba, provavelmente vai passar à clandestinidade.</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">Se não aparecer no programa de sexta-feira vou convocar uma manifestação frente à estação em Queluz de Baixo.</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="background-color: white; font-family: &quot;times new roman&quot;, serif; line-height: 24.5333px;"><span style="font-size: x-large;">Estejam atentos… a todos os Tavares dos <i>media</i>, e são muitos.</span></span></b></div><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-fkzk1tllpiw/Wzke-QgA2aI/AAAAAAAAd1s/vRytZerugTY8ei_T8yfQsryj8B4OuF3eACLcBGAs/s1600/Capitalism.jpg" imageanchor="1" style="background-color: white; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;" rel="noopener"><span style="color: black; font-size: x-large;"><img border="0" data-original-height="713" data-original-width="600" height="640" src="" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding: 4px;" width="538" data-src="https://1.bp.blogspot.com/-fkzk1tllpiw/Wzke-QgA2aI/AAAAAAAAd1s/vRytZerugTY8ei_T8yfQsryj8B4OuF3eACLcBGAs/s640/Capitalism.jpg" class="lazyload-item" /></span></a></div><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="clear: both;"></div></div><div class="post-footer" style="font-family: &quot;Trebuchet MS&quot;, Trebuchet, Arial, Verdana, sans-serif; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; letter-spacing: 0.1em; line-height: 1.4em; margin: 0.75em 0px; text-transform: uppercase;"><div class="post-footer-line post-footer-line-1"><span class="post-author vcard" style="background-color: white;"><span style="font-size: xx-small;">PUBLICADA POR </span><span class="fn" itemprop="author" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/Person"><a class="g-profile" href="https://www.blogger.com/profile/00005873821627208176" rel="noopener author" style="text-decoration-line: none;" title="author profile"><span itemprop="name"><span style="font-size: xx-small;">CID SIMOES</span></span></a></span></span></div><div class="post-footer-line post-footer-line-1"><span style="font-size: xx-small;"><span class="post-author vcard" style="background-color: white;"><span class="fn" itemprop="author" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/Person"><span style="text-decoration-line: none;"><a class="g-profile" href="https://www.blogger.com/profile/00005873821627208176" rel="noopener author" style="text-decoration-line: none;" title="author profile"> </a></span></span></span><span style="color: #757575; font-family: Roboto, &quot;Segoe UI&quot;, Tahoma, sans-serif; letter-spacing: normal; text-transform: none;">aspalavrassaoarmas.blogspot.com</span></span></div></div></div>
02
Jul18

Clientes de gás natural continuam a pagar taxa que foi eliminada há ano e meio

António Garrochinho

A DECO questiona o Governo sobre a Taxa de Ocupação do Subsolo que continua a ser cobrada depois de ter sido eliminada em 2017.

Passou um ano e meio e a Associação de Defesa do Consumidor (DECO) volta a exigir explicações. Um ano e meio depois de ter sido eliminada, a Taxa de Ocupação do Subsolo ainda está a ser cobrada aos clientes de gás natural quando já devia estar a ser suportada pelas empresas que operam as redes de gás.

Os custos com esta taxa eram suportados pelos consumidores de gás natural de cada município e a cobrança era feita através das faturas do fornecimento do gás natural. A Lei do Orçamento do Estado de 2017 (que entrou em vigor a 1 de janeiro desse ano), determinou que a taxa passaria a ser paga pelas empresas operadoras de infraestruturas e não podia ser refletida na fatura dos consumidores.

Um ano e meio depois, a medida ainda não foi aplicada. Carolina Gouveia, jurista da DECO, pede ao governo que faça rapidamente as necessárias alterações à lei.

"Essas alterações têm de ser feitas com a maior brevidade. A decisão principal já foi tomada e, tendo em conta o diploma de execução orçamental que indicava alguns passos que teriam de ser seguidos, estamos na fase final já há bastante tempo", explica.

Carolina Gouveia defende a importância de esclarecer os consumidores sobre o que é preciso ser feito e porque é que ainda não foi feito. "Essa ausência de esclarecimento é o que choca mais".

A DECO lembra que os consumidores estão a ser prejudicados e por isso vai exigir a devolução dos valores pagos no último ano e meio.

"Esta taxa varia muito de município para município e tem uma parte variável e outra fixa, por isso, depende do consumo e pode ter valores que pesem quase 40% na fatura dos consumidores e noutros locais podem ser valores muito inferiores. O que nós entendemos é que desde 1 de janeiro de 2017 esta taxa não devia estar a ser paga pelos consumidores e que os valores que os consumidores têm pago desde essa data têm de ser devolvidos aos consumidores", lembrando que é uma medida "impactante no orçamento das famílias".

A TSF já pediu esclarecimentos à secretaria de Estado da Energia.

Rui Silva | TSF


02
Jul18

O Ministro, Salazar e o poeta

António Garrochinho

Resultado de imagem para salazar e o poeta

José Frota*         


1.

Quando Salazar foi empossado pela primeira vez como chefe do  Governo não nomeou qualquer responsável para a Agricultura. A lavoura ficou englobada numa pasta conjunta com o comércio e a indústria chefiada pelo engenheiro Sebastião Garcia Ramires. No âmbito da  mesma  foi criada uma sub-secretaria de Estado  para tratar  dos problemas do mundo rural que veio a ser entregue ao eborense Leovigildo Queimado Franco de Sousa. A fórmula encontrada não surtiu, porém, os efeitos desejados e encontrou mesmo fortes reparos por banda dos lavradores alentejanos. O ditador decidiu então autonomizar o respectivo sector  a nível governativo transformando –o  em Ministério a 24 de Julho de 1933 e promovendo Leovigildo Franco de Sousa ao novo cargo.

À partida pareciam reunidas as condições para a pacificação  da contestação nas terras transtaganas.  Leovigildo pertencia ao grupo dos abastados terratenentes da região. Era filho de José Inocêncio de Sousa, grande proprietário oriundo da concelho de Redondo que ainda novo viera para Évora. Herdeiro de pingues rendimentos, fez-se accionista das principais instituições regionais de crédito. Alma generosa notabilizou-se como protector da  Casa Pia de Évora de que veio a ser,  primeiro, professor e depois director. Como era usual entre os opulentos do tempo, veio a consorciar-se com Maria Ana Braamcamp de Matos Fernandes, da famosa e riquíssima família que era dona de quase metade das propriedades agrícolas do distrito.

Ideologicamente Leovigildo era seguríssimo pois o pai que,  era monárquico e apoiara a ditadura sidonista assim como a eclosão do golpe do 28 de Maio chegando em ambos os períodos à vice-presidência da Câmara Municipal de Évora, o educara na fidelidade aos princípios mais caros de um poder autoritário e musculado sem concessões à vontade ou opinião populares. Depois de ter frequentado o Liceu Nacional de Évora, o jovem rumara a Lisboa para se licenciar como engenheiro agrónomo pelo Instituto Superior de Agronomia.

Pensava ficar por mais tempo na capital quando a morte do progenitor , aos 60 anos, lhe trocou as voltas, fazendo-o regressar a Évora para tomar contar dos negócios da família. Ao tomar conhecimento do seu desejo de regressar a Lisboa, Oliveira Salazar ofereceu-lhe um lugar no Governo que de sub-secretário se converteu depois em Ministro, conforme acima se assinalou. Leovogildo, todavia, estava longe de alinhar com as teses da maioria dos seus pares que vendo as suas produções cerealíferas a declinar, exigiam o apoio e a contribuição governamental (concessão de crédito rural) para a compra de adubos químicos e outros fertilizantes similares que reclamavam por sua vez a substituição de novos equipamentos adequados às novas práticas.

O Ministro não alinhava pela introdução de novos métodos na exploração e revitalização das terras e continuava a advogar a manutenção do método tradicional, mesmo ancestral,.efectuado  a partir dos excrementos animais (boi, cavalo, principalmente), vulgarmente conhecido como estrume, censurando os lavradores por estes desdenharem dos processos naturais, descurarem a limpeza das terras, aplicarem de forma deficiente o afolhamento trienal e não terem cuidado com a selecção das sementes.

2.

A contestação ao Ministro foi-se avolumando gradualmente até rebentar  de forma insólita numa festa de Carnaval de 1934, realizada no distinto e selecto Círculo Eborense. Numa sala repleta de convidados, entre os quais o próprio Leovigildo Franco de Sousa, o poeta João Vasconcelos e Sá, interpretando as queixas dos lavradores, apresentou  ao melhor estilo pícaro  vicentino e de forma bem jocosa (é Carnaval, ninguém leva a mal como se costumava dizer), a seguinte exposição, dirigida ao «Excelentíssimo  Senhor Ministro da Agricultura:

                                    «Porque julgamos digna de registo
                                     a nossa exposição, sr. Ministro
                                     erguemos até vós humildemente
                                     em toada uníssona e plangente
                                     em que evitámos o menor deslize
                                     e em que damos conta da nossa crise.

                                     Senhor, em vão esta província inteira
                                     desmoita, lavra, atalha a sementeira,
                                     suando até à fralda da camisa.
                                     mas falta-nos a matéria orgânica precisa
                                     a terra que é delgada e sempre fraca
                                     a matéria em questão é caca.

                                     Precisámos de merda, senhor Soisa,
                                     Nunca precisámos de outra coisa.

                                     Se os membros desse ilustre Ministério.
                                     querem tomar o nosso caso bem a sério.
                                     se é nobre o sentimento que os anima,
                                     mandem cagar-nos toda  gente em cima
                                     dos maninhos torrões de cada herdade
                                     e mijem-nos em cima também, por caridade....

                                     O senhor Oliveira Salazar quando
                                     venha até nós, solícito, calado,
                                     busque um terreno  que estiver lavrado,
                                     deite as calças abaixo, com sossego,
                                     ajeite o cu bem apertado ao rego
                                     e, como Presidente do Conselho,
                                     queira exprimir-se até ficar vermelho...

                                     A Nação confiou-lhe os seus destinos....
                                     então comprima, aperte os intestinos,
                                     e ai, se lhe escapar um traque, não se importe
                                     quem sabe se o cheirá-lo não lhe dará sorte....

                                      Quantos porão as suas esperanças
                                      num traque do Ministro faz Finanças
                                      e também quem vive, aflito e sem recursos
                                      já não distingue os truques dos discursos...

                                     Nem precisa falar, tenha a certeza,
                                     que a nossa maior fonte de riqueza,
                                     desde as grandes herdades às courelas,
                                     provém da merda que juntarmos nelas.

                                     Precisamos de merda, senhor Soisa.
                                     nunca precisámos de outra coisa,
                                     adubos de potassa ,cal e azote,
                                     tragam-nos merda pura dos bispote
                                      e de todos os penicos portugueses
                                    durante pelo menos uns seis meses.

                                    Sobre o montado, sobre a terra campa,
                                    eles nos despejem trampa
                                    Ah, terras  alentejanas ,terras nuas,
                                    desespero de arados e charruas.
                                    quem as compra ou arrenda oo quem as herda,
                                    sente a paixão nostálgica da merda...

                                    Precisamos de muita merda, sr. Soisa,
                                    nunca precisámos de outra coisa
                                    ah, merda boa, merda fina e da boa,
                                    das inúteis retrtes de Lisboa...

                                    Como é triste saber que todos vós,
                                    andais cagando sem pensar em nós,
                                    se querem fomentar a agricultura
                                    mandem gente com muita soltura

                                    Nós daremos o trigo em larga escala,
                                    pois até nos faz conta a merda rala...
                                    ah, venham todas as merdas à vontade
                                    não faremos questão de qualidade,
                                    formas normais ou formas esquisitas.

                                    E desde o cagalhão às caganitas,
                                    desde a pequena poia à grande bosta,
                                    tudo o que vier a gente gosta,
                                    precisamos de merda, Sr.Soisa,
                                    e nunca precisámos de outra coisa.

Quando terminou já toda a assistência ria, há muito,  rebolada de gozo. Uma prolongada salva de palma seguida de um molho de felicitações envolveu o poeta. O ministro que estoicamente ouviu até ao fim,  esgueirou-se então escarlate de vergonha, raiva  e humilhação e abandonou a sala e a festa. Entretanto o episódio chegou ao conhecimento de Salazar que até lhe terá achado alguma graça e decidiu que era inevitável a substituição  de Leovigildo Franco de Sousa. Não o fez porém de imediato . Deixou passar alguns meses e a 23 de Outubro exonerou-o do cargo. No ano seguinte, em 1935 nomeou-o porém como membro do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos onde se manteve até 1962.

3.

Perguntar-se-á, com toda a razão quem era o poeta João Vasconcelos e Sá e de que privilégios dispunha, para ousar afrontar desta forma directa e corrosiva e vexar, ainda que em lugar privado, o ministro e o próprio Oliveira Salazar sem que aliás tivesse vindo a ser chamado à responsabilidade e punido em conformidade Isto num tempo em que o Estado Novo perseguia sem dó nem piedade, os adversários do regime autoritário instituído, assim como os seus dirigentes, representantes ou mandatários?
Ora bem, João António de Vasconcelos e Sá não era de berço alentejano. Sendo filho de pais abastados, nascera no Funchal a 9-7-1880 e viera muito cedo para o Continente para ser educado no Colégio Militar, estando destinado à carreira militar .Desde miúdo que revelara um invulgar talento musical a que juntava assinalável veia poética de cariz popular. Fez-se  então compositor musical do género ligeiro, começando a ser procurado para criar quadros revisteiros pois agudeza crítica e espírito de humor eram predicados de que igualmente era possuidor.

Ao início do novo século, apenas com 20 anos. ganhou notoriedade nacional ao compor a célebre canção, ainda hoje bem conhecida, “ Margarida vai à fonte” que obteve extraordinária popularidade em todo o país. Era então um jovem alegre, bem disposto e de uma simplicidade desconcertante cujo comportamento estava longe do estilo austero e comedido de um futuro oficial do Exército que se veio a tornar em 1908.
Tudo vai mudar na vida de João Vasconcelos e Sá com a implantação da República, que não aceita de forma alguma. Alinhará nas duas primeiras tentativas contra-revolucionárias monárquicas lideradas pelo General Paiva Couceiro que serão repelidas sendo enviado como punição para Estremoz donde transitará para Évora. É aqui que vem a conhecer em 1912 Maria Clara de Mattos Fernandes, prima direita da mulher de Leovigildo e com a qual virá a casar em 1918, já em plano consulado sidonista. Entretanto aderira ao Integralismo Lusitano e colaborava assiduamente na imprensa monárquica, assinando pequenas crónicas mordazes sob o pseudónimo de Dom Tancredo 
Durante esse período conheceu e estreitou relações com os grandes monárqucos alentejanos como António Sardinha, Alberto Monsaraz, Pequito Rebelo Com eles esteve após o assassinato de Sidónio Pais e no período confuso que se seguiu, quando os monárquicos tentaram impedir o regresso dos republicanos ao poder criando a chamada “Monarquia do Norte”, movimento novamente liderado por Paiva Couceiro. No meio da instabilidade geral e no meio da confusão e divisão que reinava entre os republicanos, a insurreição conseguiu subsistir durante mais de um mês. Mas nunca  conseguiu implantar-se no Sul, onde o apoio à Monarquia tinha fraca expressão.

Apesar disso em Lisboa ainda o tentaram. Um grupo de setenta civis e militares subiram ao Forte de Monsanto e hastearam a bandeira da Monarquia encetando contactos com o norte. Perante isto os republicanos conseguiram encontraram uma base mínima de entendimento e decidiram tomar de novo as rédeas do poder. Uma força do Exército bem armada atacou Monsanto e retomou o forte. Os monárquicos, que o eram em escasso número ,foram praticamente dizimados. Pequito Rebelo e Alberto Monsaraz, gravemente feridos , preferiram a capitulação à fuga.
Entre os revoltosos encontrava-se o inevitável João Vasconcelos e Sá, já com a patente de major de Cavalaria, que foi feito prisioneiro. Como outros militares envolvidos na insurreição seria expulso do exército e deportado para a Ilha da Madeira. Por lá permanecerá até ao golpe do 28 de Maio de 1926 na sequência do qual será readmitido no exército e pouco depois reformado.
Liberto das obrigações castrenses regressa em força à actividade teatral revisteira somando êxitos nos teatros da capital, nomeadamente no Avenida e no Trindade. E em Évora assinará juntamente com o capitão Raul Cordeiro Ramos a sensacional revista “As Palhas e as Moínhas” que conhecerá um estrondoso sucesso no Teatro Garcia de Resende” onde esteve em cartaz durante meses consecutivos e foi depois apresentada noutras terras alentejanas e chegou até Lisboa onde de novo alcançou rotundo sucesso.

4.

Porque fora apresentada em privado, abrangia pessoas de uma mesma e poderosa  família afecta ao regime e as queixas eram de alguma pertinência foi decidido esquecer o conteúdo da jocosa diatribe com o assentimento um pouco forçado do próprio ministro. Vasconcelos e Sá fez o possível por recolher as diversas cópias que distribuíra, outras que lhe haviam sido solicitado e das quais se haviam feito muitas outras, algumas das quais, poucas, tinham ido parar às mãos da oposição republicana. Esta porém não lhe conferiu suma importância por considerar que se tratava de um mero arrufo de terratenentes no interior do regime e a resolução dos problemas da agricultura passava por outros caminhos, perdendo assim a oportunidade de explorar em seu favor.

Tentou-se por todas as maneiras fazer desaparecer da memória das pessoas este episódio que ensombrou a história da direita eborense e teve repercussões sérias entre muitos outros lavradores que concordando com o conteúdo discordaram frontalmente da “boçalidade e da ordinarice “ da linguagem utilizada. Inclusive entre a família Mattos Fernandes o ambiente não mais foi o mesmo. Como se costuma dizer houve quem tivesse perdoado mas não esquecido. Por fim o rolar das décadas e a morte dos que o haviam vivido (Vasconcelos e Sá morreu em 1944) ou presenciado, fê-lo  desaparecer praticamente da memória citadina. 
Curiosamente, alguém, quiçá temeroso de que o incidente não viesse a ter registo histórico nos anais da cidade, fê-lo ressuscitar, por volta de 2007, através do envio de algumas cópias, a algumas pessoas que escreviam sobre a história recente da cidade e se interessavam por todos os assuntos que a ela diziam. Eu, que nunca tinha ouvido falar do episódio, fui um dos  brindados, de forma anónima, com o envio de uma dessas cópias, a seco, sem que procedesse   ao seu enquadramento
E a partir daí procurei indagar da veracidade e da consistência do mesmo. Mas não foi fácil. Reminiscências esparsas  foi o melhor que encontrei. Mas consegui vir a saber que o fadista António Pinto Basto era neto de Vasconcelos e Sá e gosta muito de evocar tal descendência incluindo no seu repertório fados-cantigas da sua autoria como “Margarida vai à fonte”  ou “Explicador” («Terras de grandes barrigas/onde só há gente gorda/ às sopas chamam-lhe açordas, à açorda chamam-lhe migas/...) .
E em sessões mais intimistas e familiares o fadista não se exime a cantar, normalmente  de cor e a pedido, a pilhéria do seu avó para gozo e risada geral. Ele mesmo o confessou nestes últimos tempos no mural dos Antigos Alunos do Liceu Nacional de Évora. Por outro lado tive conhecimento que o prof, Galopim de Carvalho no final de 2007 tinha enviado igualmente para o programa humorístico da RTP-2 “ Sempre em Pé” uma cópia da diatribe que foi declamada pelo actor Víctor de Sá . A proverbial escassa audiência  do segundo canal reduziu-lhe o impacto. Foram muito raras as pessoas que a escutaram. Aqui fica porém o seu registo para conhecimento daqueles que se interessam por Évora  e pela sua história durante o século passado.

*Jornalista e eborógrafo.(indivíduo que escreve sobre Évora)

Fontes impressas e bibliografia

Fontes impressas

- Cópia dactilografada do original do poema transcrito .
-Relação dos 500 militares implicados na insurreição do Forte de Monsanto e posteriormente julgados em Tribunal Militar existente na Biblioteca Nacional /Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
- Revista do 1º. Centenário do Liceu Nacional de Évora, 1941.

Bibliografia

BAIÔA; Manuel, “Elites Políticas em Évora- Da I República à Ditadura Militar (1925-1926), Lisboa, Edições Cosmos, 2000.
FRANCO DE SOUSA, Leovigildo, “Subsídios para o Estudo da Cultura do Trigo no Distrito de Évora- Relatório Final de Curso, 1924, Biblioteca Digital do Alentejo.
MARQUES, A.H. de Oliveira Marques, “A Primeira República- alguns aspectos estruturais”,Livros Horizonte, 1975.
MONTE. Gil do, “ Dicionário Histórico e Biográfico de Artistas Amadores e Técnicos Eborenses”, II Volume, Évora, Gráfica Eborense, 1973.
MONTE, Gil do, “ Dicionário Histórico e Biográfico de Artistas Amadores e Técnicos Radicados em Évora, II Volume, Évora, Gráfica Eborense, 1976.
QUINTAS, José Manuel Quintas, “Filhos de Ramires”- As  origens do Integralismo Lusitano”,Lisboa, Editorial Nona Ática, 2004.
QUINTAS, “José Manuel Quintas”, “Os combates pela bandeira azul”. Revista “História”,nº. 10, II Série 1999.
ROSAS, Fernando “Lisboa Revolucionária”, Lisboa, Editora Tinta da China. 2010.
SAMEIRO, António Pedro, “Subsídios para uma História Genealógica de algumas famílias do Alentejo”, Boletim “A Cidade de Évora”, Évora, Gráfica Eborense. 1970
www.cincotons.com
02
Jul18

A PLEBE MEDIEVAL AINDA EXISTE

António Garrochinho



Muita coisa mudou no mundo ao longo da sua história e embora haja quem se interrogue e tenha dúvidas de que a luta, o sofrimento, a morte de homens e mulheres não serviu para nada já que o mundo se encontra cada vez mais cão para a maioria dos que trabalham, é bom que os que assim pensam reflectissem: E SE NÃO HOUVESSE, SE NÃO EXISTIR QUEM LUTE E FAÇA FRENTE AOS BANDIDOS, AOS GATUNOS, AOS PORCOS DOMINANTES. COMO SERÁ O MUNDO ?

É com a inércia existente, com o alhear escandaloso dos que têm força física e intelectual e não a utilizam, que o mundo vai mudar ?

A não ser que haja por aí os novos Franciscos, Lúcias e Jacintas à espera de milagres mas que também não resolveram nada a não ser encher os cofres da padralhada e da burguesia fascista. A de ontem e a de hoje.

Há gente que não cresce a não ser na cegueira e na ignorância como vivem, e querem fazer viver os outros.


António Garrochinho
02
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho




TODOS TÊM MEDO DO POVO E ENTÃO A CADA MINUTO FABRICAM AS MANOBRAS DE DIVERSÃO PARA O DESCONCENTRAR.

A DIGNIDADE, QUANDO EXISTE, É FACILMENTE RECONHECIDA POR QUEM TEM DOIS PALMOS DE TESTA EMBORA A CORJA POLÍTICA DOMINANTE FAÇA TUDO PARA QUE O NEVOEIRO PERSISTA E DOMINE O HORIZONTE NA VIDA DOS CIDADÃOS.

O POVO, FODIDO, A CADA SEGUNDO, VIVE NUM CONSTANTE SOBRESSALTO E PELEJA TODOS OS DIAS COM COISAS INSIGNIFICANTES, UNS POR ESTAREM VELHOS E GASTOS, OUTROS PORQUE JÁ DE LIBERDADES ILUSÓRIAS ADQUIRIDAS, SÃO UNS COMPLETOS EGOÍSTAS E OPORTUNISTAS.

NÃO LUTAM, NÃO SE ESFORÇAM. NÃO QUEREM SABER DE NADA A NÃO SER POMPANEAR-SE COM ESTRANGEIRISMOS E REBENTANDO O DINHEIRO DA FAMÍLIA QUE PASSOU PELO PÃO QUE O "DIABO AMASSOU".

POUCOS SÃO OS QUE LUTAM PELA VIDA E MESMO OS QUE ASSIM PROCEDEM SÃO VÍTIMAS DAS "BOCAS" E DO EXÉRCITO IGNORANTE QUE TÊM COMO "AMIGOS" E QUE NO FUNDO INVEJAM SÓ AS QUESTÕES MATERIAIS.

A VIDA ESTÁ RECHEADA DE VALORES NUCLEARES AUSENTES, E A "INTELIGÊNCIA" A LÁBIA, O EXIBICIONISMO, SÓ SERVE PARA ESCARNECER, ENGANAR O PARCEIRO

TAL PROCEDIMENTO DÁ ASO A QUE OS CAPITALISTAS, OS FASCISTAS, AINDA POR CIMA, CHAMEM MALANDROS AOS QUE NÃO TÊM EMPREGO, TRABALHO E USA OS DESMIOLADOS QUE PREFEREM PASSAR NOITADAS ALIENANTES EXIBINDO AS "MARCAS" E EXPONDO AS IDEIAS FEITAS DO FARINÁCEO DAS BATATAS.

A ESTRATÉGIA É HÁBIL E VENENOSA POR PARTE DE QUEM SEGUE O LEMA "PRIMEIRO EU E O RESTO QUE SE FODA".

ASSIM NO CONTEXTO POLÍTICO ACTUAL CÁ NO NOSSO BURGO, A MAIORIA VIVE MISERAVELMENTE MAS COLOCANDO A MÁSCARA DE QUE "ASSIM É QUE É" E NÃO PERDE NENHUMA OPORTUNIDADE DE DENEGRIR, GOZAR, COM QUEM APRENDEU COM A LUTA E COM A HISTÓRIA E LHES DEU A OPORTUNIDADE DE ANDAREM A CAGAR POSTAS DE PESCADA APESAR DE SEREM AS MAIS TRISTES MARIONETAS SEM DIGNIDADE OU CORAGEM PARA MUDAR O QUE ESTÁ MAL.

A MAIORIA ESQUECEU DE QUEM FAZ AS CASAS, DE QUEM ARMA A COFRAGEM DO FERRO E DA MADEIRA, DE QUEM DERRETE O COIRO ANOS E ANOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

A MAIORIA ESQUECEU OS OFÍCIOS AS PROFISSÕES E NASCEM JULGANDO QUE A GALINHA PÕE OVOS ATRAVÉS DALGUM HARDWARE TECNOLÓGICO.

OS TRABALHADORES SÃO BICHOS MALCRIADOS E ANALFABETOS, E MUITOS DOS QUE SE ESCARRAPACHAM NAS CADEIRAS DE ALMOFADA, COM AR CONDICIONADO SÓ SABEM O QUE É O SOL QUANDO VÃO À PRAIA PARA GANHAR O BRONZEADO E DEPOIS O EXIBIREM EM BARES DE FOLIA E NEONS.

QUEREM TODOS "EMPREGOS" FÁCEIS E RENTÁVEIS, EMPREGOS ENVERNIZADOS E DE PREFERÊNCIA OS QUE NÃO SE IDENTIFIQUEM COM OS SUJOS DE CIMENTO, DE ÓLEO, DO CHEIRO A SUOR, OS QUE SÃO OCUPADOS PELA CANALHA RELES, OS QUE SÃO RUDES, OS QUE SEMEIAM, OS QUE ARRISCAM A VIDA PENDURADOS EM BAILÉUS, OS QUE NÃO SÃO PESSOAS COM QUEM É IMPOSSÍVEL CONVIVER NESTE MUNDO DE MERDA QUE É SÓ DE ALGUNS.

OS MORTOS VIVOS APANEILERADOS SÃO OS "PONTAS DE LANÇA" DOS QUE MANTENDO ESTE ESTADO DE COISAS MANTÊM A SUA VIDA DE LUXOS E PRIVILÉGIOS Á CUSTA DOS CAGÕES POBRES E MISERÁVEIS MAS QUE SÃO O REBANHO DA IGNORÂNCIA


António Garrochinho


02
Jul18

SÓ PORQUE SIM ! A CABECINHA DAS PESSOAS QUER "HERÓIS" SEJAM DO TOMATE OU DA ALFACE, NESTE CASO QUEM DEITOU CARTAS FOI UM FUTEBOLISTA - SALAH TEVE MAIS VOTOS NAS ELEIÇÕES DO EGITO QUE O CANDIDATO DERROTADO

António Garrochinho


Nome do artilheiro do Liverpool apareceu em mais de 700 mil dos votos nulos
Salah teve mais votos nas eleições do Egito que o candidato derrotado
O insólito aconteceu nas recentes eleições do Egito. Abdel Fattah Al-Sisi, o atual presidente, venceu com 92% dos votos as presidenciais  que tiveram uma a taxa de participação de apenas 42%. 

Segundo o jornal 'The Economist', mais de um milhão de votos foram nulos e entre eles mais de 700 mil tinham o nome de Mohamed Salah, o avançado egípcio do Liverpool...

Ou seja, Salah (com 5 por cento) teve mais votos do que o candidato derrotado, Moussa Mustafa Moussa, que contou com apenas 3 por cento das escolhas dos eleitores..




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