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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

18
Jul18

VÍDEO - UM SISTEMA DE SUSPENSÃO REVOLUCIONÁRIO PARA TODO O TIPO DE TERRENO

António Garrochinho


melhor deste vídeo dos veículos GXV-T da agência DARPA é sem dúvida este veículo equipado com o sistema METS: Multi-mode Extreme Travel Suspension. Trata-se de um sistema desenvolvido para que o veículo possa se deslocar por terrenos muito acidentados, com pedras, buracos tremendos ou ladeiras empinadas. O objetivo é manter a cabine do veículo na horizontal e que os ocupantes viajem cômodos. As rodas são de 20 polegadas e a suspensão tem entre 4 a 6 polegadas.

O mais interessante é que conta com um sistema extensível de suspensão de quase dois metros (110 cm para acima e 80 para baixo) que é independente para cada roda. O resto do vídeo mostra outras tecnologias, como a das rodas que mudam de forma que já comentamos por aqui no mês passado, outra de uma espécie de visão aumentada -que combina câmeras e lidar- que permite que os ocupantes viajem em uma espécie de carro-jaula a prova de balas e hostilidades.

VÍDEO
170="" allowfullscreen="" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/HrQrJ57J9eE?start=" style="box-sizing: border-box; height: 441px; left: 0px; position: absolute; top: 0px; width: 784px;">



18
Jul18

PS USA «VELHO TRUQUE MANHOSO» E COM PSD E CDS REJEITA PROPOSTA DO PCP PARA ABOLIR PORTAGENS NA A22

António Garrochinho


Também a proposta do PCP para a rápida conclusão das obras de requalificação da EN 125 foi chumbada.

Hoje, dia 18 de julho, na Assembleia da República, PS, PSD e CDS rejeitaram o Projeto de Resolução n.º 1348/XIII/3.ª, do Partido Comunista Português, que recomendava ao governo que desenvolva as diligências necessárias à reversão para o Estado dos contratos das parcerias público-privadas da Via do Infante e da EN 125.
O PS e PSD votaram contra (dois deputados do PSD eleitos pelo Algarve e um deputado do PS abstiveram-se, quatro deputados do PS eleitos pelo Algarve votaram a favor), enquanto o CDS se absteve. PCP, BE, PEV e PAN votaram a favor.
«Mais uma vez, PS, PSD e CDS convergiram para garantir a continuação das ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias no Algarve e das portagens na Via do Infante. Desta forma, mostram claramente que colocam os interesses dos grupos económicos que detêm as concessões da Via do Infante e da EN125 acima dos interesses do Algarve e dos algarvios. Para preservar os avultados lucros destes grupos económicos, PS, PSD e CDS não hesitam em continuar a sacrificar as populações e as Pequenas e Médias Empresas regionais», lê-se na nota enviada à imprensa pelo grupo parlamentar do PCP.
«Para disfarçar estas suas opções, o PS utiliza o velho truque manhoso de colocar os seus quatro deputados eleitos pelo Algarve a votar a favor da proposta do PCP de abolição de portagens na Via do Infante e os restantes a votar contra, garantindo o chumbo dessa proposta, mas permitindo, ao mesmo tempo, que os deputados eleitos pelo Algarve se possam vangloriar na região de que são contra as portagens. Quando se vota a abolição de portagens noutras regiões do país, os deputados do PS dessas regiões votam a favor e todos os outros, incluindo os do Algarve, votam contra, garantindo o chumbo. Foi isto exatamente que se passou hoje quando os deputados do PS eleitos pelo Algarve votaram a favor da abolição das portagens na Via do Infante (A22), quando uns escassos minutos antes tinham votado contra a abolição das portagens na A23 (Beira Interior)».
Quanto ao PSD e ao CDS, «a sua posição sobre as portagens na Via do Infante é caraterizada pela mais profunda demagogia e o mais descarado oportunismo. Em 2010, na oposição, o PSD insurgiu-se contra a introdução de portagens na Via do Infante, considerando-a uma ignomínia contra o Algarve e apelando aos seus militantes e simpatizantes para aderirem à manifestação de revolta que certamente as forças vivas da sociedade algarvia não deixarão de convocar, pois tal medida era inaceitável sob todos os aspetos: político, económico e moral. Com isenções, descontos e exceções ou sem elas. O CDS, na campanha eleitoral das eleições legislativas de junho de 2011, elegeu a não cobrança de portagens na Via do Infante como um dos seus cinco compromissos com a região algarvia», recorda o PCP.
Após as eleições legislativas de 2011, PSD e CDS, já no governo, «tornaram-se fervorosos adeptos das portagens. Introduziram-nas na Via do Infante e rejeitaram todas as propostas do PCP para as eliminar nos anos seguintes».
A partir de finais de 2015, novamente na oposição, «PSD e CDS passaram a mostrar-se muito preocupados com as portagens na Via do Infante e o seu impacto negativo na mobilidade das populações e na economia regional. Falsa preocupação, como se torna claro, quando, na hora da verdade, confrontados na Assembleia da República com uma proposta do PCP para abolição dessas portagens, os deputados do PSD e do CDS, incluindo aqueles eleitos pelo Algarve, votam contra ou se abstêm».
Assim, entendem os parlamentares do PCP que «se ainda há portagens na Via do Infante, isso deve-se às opções de PS, PSD e CDS. Foi um Governo PS que decidiu, em 2010, introduzir portagens em todas as concessões SCUT de norte a sul do País. Foi um Governo PSD/CDS que, em dezembro de 2011, concretizou essa medida na Via do Infante. É um Governo PS que, agora, insiste em manter as portagens, apesar de ter prometido em campanha eleitoral que as iria reduzir em 50 por cento. O PCP, hoje como no passado, defende a total abolição de portagens na Via do Infante, em toda a extensão e para todos os veículos, e continuará a lutar para atingir este objetivo».
Também a proposta do PCP para a rápida conclusão das obras de requalificação da EN 125 foi chumbada. «No Algarve, PS, PSD e CDS exigem a rápida conclusão dessas obras; em Lisboa, na Assembleia da República, votam contra (PS e PSD) ou abstêm-se (CDS). O PCP continuará a lutar, ao lado das populações, pela conclusão destas obras, há muito prometidas, mas sempre adiadas por sucessivos governos do PS e do PSD/CDS»
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barlavento.pt

18
Jul18

Números errados

António Garrochinho

O presidente do PSD defendeu que o Serviço Nacional de Saúde está mal e que, por isso, algo terá de mudar.

Disse ele sobre o SNS:

"O Estado está a cumprir a Constituição? Está a oferecer o acesso a todos de forma tendencialmente gratuito ou o Estado ele próprio não está a cumprir a Constituição?". "Se fizermos um diagnóstico do Serviço Nacional de Saúde, seguramente que temos dificuldade em achar que a Constituição está a ser efetivamente cumprida".

E qual era a prova disso? Diz Rui Rio:

"a melhor prova desse incumprimento é o facto de 2,7 milhões de portugueses terem seguros de saúde." 

Ora, estes valores não são correctos. De acordo com a Associação Portuguesa de Seguradores, que representa as companhias seguradoras, existiam em Março de 2018 apenas 686.172 apólices de seguros de saúde, das quais 631.313 individuais. O que havia era 54.859 apólices de grupo, ou seja, feitas por empresas, que abrangem 1,43 milhões de pessoas. As apólices individuais cobrem 909.986 pessoas.

Mas o exemplo é mau: Se as apolíces individuais são uma minoria da população (não chega a 10%), as apólices de grupo têm vindo a subir, sim, porque são promovidas pelo Estado desde o início de 2015, com benefícios fiscais, aprovados pela então maioria de direita (ver mais aqui). Este, sim, é um bom exemplo do tipo de solução que Rui Rio defende para o SNS.

Não um reforço das verbas para o SNS público, não uma maior capacidade de contratação de pessoal, não uma maior atracção dos seus profissionais emigrados, não uma mais eficaz articulação dos seus serviços, não uma lógica que poderá ter sido perdida. Rui Rio defende algo que o Estado possa fazer pelo sector privado, de forma a que lhes absorva as funções na Saúde, bem como receitas fiscais que as tornem sustentáveis. Mas um sector privado financiado pelo Estado, sem risco.

"Abrir o Serviço Nacional de Saúde" e "sem complexos ideológicos". "O debate não é se é público ou privado, é se cumpre a Constituição da República". Ou de outra forma: “Não quero saber se é público ou privado, é como for mais barato”. 

"Abrir o SNS" - supõe-se ao sector privado - é uma contradição nos seus termos. Não se pode "abrir" o SNS, senão com mais parcerias público-privadas . Aliás, a mesma ideia defendida pela responsável pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo, na pessoa da ex-ministra socialista da Saúde Maria de Belém Roseira, que foi consultora da Espírito Santo Saúde, sendo desde 2015 membro do conselho consultivo da Luz Saúde. Aliás, uma estranha escolha por parte do governo socialista.

Mas ter como critério para a escolha do operador aquele que for mais barato, para lá de ser o pior critério para um SNS em dificuldade, arrisca-se muito a que pelo caminho se afecte a saúde dos cidadãos e que, como nas obras públicas, haja sempre "trabalhos a mais" no final. E resta saber se as PPP são assim mais baratas. Mas isso fica para depois.

Não nos esqueçamos, entretanto, que estamos a um pouco mais de um ano das eleições legislativas. 



 ladroesdebicicletas.blogspot.com
18
Jul18

O serventuariozinho

António Garrochinho


por Amato, em 18.07.18
Confesso que nunca consegui incorporar no meu entendimento o alcance das comissões parlamentares de inquérito. É verdade que, através delas, é sempre possível ficar a perceber melhor os assuntos em discussão e, mais importante, elas mostram-nos o posicionamento das diversas forças políticas perante os problemas. Mas isto é pouco, parece-me, resulta redundante, porque quem precisa de assistir a uma comissão de inquérito para saber com que linhas se cose a vida política portuguesa, dentro e fora do parlamento, vive com certeza demasiadamente alheado da mesma e, muito provavelmente, não vai despender a sua preciosa atenção também a acompanhar mais uma comissão de inquérito.

Mas antes de mais nada, o parlamento é um órgão político de elevada importância no desenho da nossa sociedade, demasiado relevante para se prestar a estes papéis de enxovalho e desrespeito por quem se julga mais poderoso que os demais neste retângulo encaixado ao pé do Atlântico. Porque é disto mesmo que se trata. Enquanto português, sinto-me envergonhado. Ontem, foi a vez de Manuel Pinho, enterrado até aos cabelos em relações impróprias, promíscuas, sujas, enquanto governante, com a banca e a alta burguesia do país, vir ao parlamento, a uma comissão de inquérito, cuspir graçolas e desrespeitar deputados. O que acontecerá a Manuel Pinho? Nada. O parlamento português, órgão legislativo da República, é achincalhado e ridicularizado dentro das suas paredes por um serventuariozinho da burguesia e o que acontece? Nada.

Isto é dramaticamente revelador.

Vejam bem: o que a maioria de nós considera ser a sociedade correta, democrática e moderna. Vejam até onde as nossas escolhas democráticas nos trouxeram: este capitalismo sórdido, este poder político submisso à classe burguesa e ao serviço dos seus interesses. Vejam: esta burguesia que tão pouco tem o decoro em ir ao parlamento, a casa da República e da democracia, e inibir-se de zombar dos representantes políticos do país. Vejam bem ao que nós chegámos!

Retiro o que disse: estas comissões parlamentares de inquérito são excelentes!

Imagem retirada de https://cdn3.sabado.pt/images/2009-12/img_797x448$2009_12_086226.jpg
18
Jul18

O IRAQUE QUE O FASCISMO/IMPERIALISMO DEIXOU - MORTES E PROTESTOS NO IRAQUE

António Garrochinho
VÍDEO



Continuam os protestos no sul do Iraque contra as más condições de vida, o desemprego e a corrupção. Seis meses após o anúncio da vitória contra o grupo Estado Islâmico, o descontentamento popular contra a classe dirigente veio à tona, numa altura em que os políticos lutam para formar Governo, na sequência das eleições de maio. 

Na terça-feira, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, apelou aos contestatários para cooperarem, após uma semana de protestos, mas garantiu que tinha pedido às forças de segurança para respeitarem o direito de manifestação.Mas oito pessoas já morreram nos protestos, atingidas por balas de atiradores não identificados. 

A AFP diz que as forças da ordem dispararam para o ar balas reais.As manifestações começaram depois de vários dias com cortes de luz e escassez de água.
18
Jul18

“ NÃO VOS INQUIETEIS, A REALIDADE É QUE SE ENGANA “

António Garrochinho




(Rodrigo Sousa Castro, 18/07/2018)

“ NÃO VOS INQUIETEIS, A REALIDADE É QUE SE ENGANA “ – Dos impenitentes maoístas aos filhotes das madrassas lusitanas.
Não é preciso ser-se dotado de grande perspicácia, para entender que a demografia esmagadora , a dinâmica económica e tecnológica exuberante e o capital abundante da China, se juntos ao imenso território, às praticamente inesgotáveis matérias-primas energéticas e de metais raros e á capacidade nuclear avassaladora da Rússia, criarão uma super potência continental do leste europeu ao mar do Japão que não terá rival no mundo, mesmo que só sobre a forma de aliança.
A pergunta que se põe é:
– Que mal tem o facto de ter sido Trump e a sua administração a fazer esta avaliação e dela tirarem consequências ?
Então não é verdade que a tentativa de em tempos abortar esta possibilidade, foi feita pelos neoconscapitalistas do partido democrático que , se não fosse Putin teriam subjugado a Federação Russa, como fizeram com a Ucrânia e outros pequenos ex- satélites soviéticos, hoje abocanhados pelas multinacionais americanas ?
É que, mais uma vez na História, a grande nação Russa resistiu ao seu desmembramento e conquista e aparece hoje como o fiel da balança da politica internacional.
Que os impenitentes maoístas os filhotes das madrassas lusitanas , como um tal Germano Almeida ( RTP, onde mais podia ser ? ) que parafraseando MC Cain disse ser este encontro Trump-Putin o dia mais negro dos USA, sigam a sua saga ideológica da russo-fobia sem sentido ainda se compreende, mas que toda uma Europa esteja entregue a bizarros políticos que perdem o pé a cada dor ciática é verdadeiramente preocupante.




estatuadesal.com

18
Jul18

REENCARNAÇÃO

António Garrochinho



A DIREITA, A EXTREMA DIREITA, O NEOLIBERALISMO, SÃO O FASCISMO EM QUALQUER PARTE DO MUNDO, E O CAPITALISMO NA SUA METAMORFOSE DE CAMUFLAGEM ENCARNA EM TODAS AS VERTENTES, DESDE O NAZISMO DE HITLER, MUSSOLLINI, FRANCO, AOS DIAS DE HOJE, COM O FASCISMO DISFARÇADO DE DEMOCRACIA, EM TODOS OS LUGARES DE DECISÃO E IMPORTANTES NA VIDA DA HUMANIDADE.

18
Jul18

ATENÇÃO ! BURLA !

António Garrochinho


Vania Moreira in facebook

 
Olá pessoal.
Pois bem... hoje foi comigo!!!
Recebi esta carta de uma suposta dívida minha! Achei tudo muito estranho, e por coincidência ou não... fico a saber que a mãe de uma amiga também recebeu uma carta destas! Dirigi-me ao posto da GNR e então fico a saber que é burla! Pois várias pessoas já receberam uma cartinha igual a esta.
Venho assim avisar-vos para não pagarem nada, nem contactarem para o número que vem na carta, pois uma vez que eles recebam um telefonema vosso,apanham o vosso número e já não vos largam mais.

18
Jul18

VÍDEO - UM COMBOIO DE CARGA COM TRÊS QUILÓMETROS DE COMPRIMENTO

António Garrochinho



Mais comprido que esperança de pobre, este trem de carga tem uma composição que mede absurdos 3 quilômetros. Faz parte da rede Mauritânia Railway que desde 1963 percorre os mais de 700 quilômetros que separam a mina de ferro de Zouérat e o porto de Nouadhibou, na costa da República Islâmica da Mauritânia. Ao todo o comboio transporta 22.000 toneladas de mineral de ferro, o suficiente para construir uma torre Eiffel, em cada trajeto, arrastado por três locomotivas de 3.300 CV.

A composição ferroviária é formada por mais ou menos 200 vagões carregados com 80 toneladas cada um. Com semelhante massa e com seus três quilômetros de comprimento é um dos mais longos e pesados do mundo.

VÍDEO
De qualquer forma, deixam muito a desejar à maior formação ferroviária do mundo, conhecida como Pilbara, que geralmente utiliza 320 vagões por viagem, também, transportando minério de ferro entre Newman e o porto de Headland no oeste da Austrália. Só para que se tenha uma ideia, em 2001 a Pilbara bateu o recorde utilizando 682 vagões, com disparatados 7.353 km de comprimento que carregava 82.262 toneladas de ferro.

VÍDEO


https://www.mdig.com.br/
18
Jul18

Nem o PSD acompanhou a proposta inconstitucional do CDS-PP

António Garrochinho



O CDS-PP acabou por ser o único a votar a favor da sua proposta para descer o imposto sobre os combustíveis. A inconstitucionalidade do diploma motivou o chumbo dos restantes partidos.

O projecto de lei do CDS-PP para obrigar à redução do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) foi ontem chumbada em comissão, com os votos contra do PS, BE e PCP, a abstenção do PSD e o voto a favor solitário dos autores da proposta.
Em causa estava a eliminação da subida que o Governo aprovou em 2016 para fazer face à baixa do preço do petróleo. A mexida no imposto foi feita com a promessa de que, quando o preço do petróleo subisse, o ISP seria reduzido de forma proporcional – o objectivo era manter a receita fiscal em nível idêntico.

No entanto, o projecto de lei do CDS-PP esbarrava na chamada norma travão, que proíbe à Assembleia da República fazer alterações que impliquem com a receita fiscal, como era o caso. O diploma tinha sido aprovado na generalidade com os votos a favor do CDS-PP e do PSD, e a abstenção do BE, do PCP e do PEV que, aliás, avisaram desse mesmo problema de constitucionalidade. 

A própria presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, reconheceu que a redução nos termos propostos pelo seu partido só podia acontecer no próximo ano.


Nessa mesma altura foram aprovados projectos de resolução do PSD e do PCP recomendando ao Governo, que é quem pode efectivamente descer o imposto imediatamente, o cumprimento da promessa que fez: descer o ISP, tendo em conta que o preço dos combustíveis está em níveis excepcionalmente elevados.




www.abrilabril.pt

18
Jul18

SELECIONADOR DA CROÁCIA DEMOLIDOR: «POLÍTICOS NÃO SÃO BEM-VINDOS AO NOSSO BALNEÁRIO»

António Garrochinho



Zlakto Dalic diz que o país é "governado por pessoas más", que levaram o povo "ao inferno da miséria, ao desespero e à pobreza"
O selecionador da Croácia, Zlatko Dalic, deixou um post demolidor no Facebook, em que critica os políticos que usam os feitos da seleção do país (finalista no Mundial) para se promover. O treinador lamenta que muitas crianças continuem a passar fome, que a Croácia seja um dos países mais pobres da União Europeia e por isso, além de garantir que os políticos não são bem-vindos ao balneário da equipa, informa que o dinheiro ganho pelos jogadores na Rússia (cerca de 23 milhões de euros) será depositado num fundo especial para as crianças da Croácia. 

"Escrevo estas linhas por causa da difícil situação da Croácia. A Croácia é o país mais pobre da União Europeia, governado por pessoas más, por por membros de uma organização que já foi declarada criminosa. O povo foi conduzido ao abismo, à miséria, milhões de pessoas abandonaram a sua pátria nos últimos 20 anos.

Hoje na Croácia os nossos reformados não conseguem fazer face às suas necessidades mais básicas, os jovens não conseguem pagar a educação, os cuidados de saúde estão em colapso, o sistema judicial protege o grande capital e é corrupto.
Por isso, peço aos políticos e a todos os representantes das autoridades que levaram o nosso povo ao inferno da miséria, ao desespero e à pobreza, que se afastem da equipa de futebol da Croácia. Não são bem-vindos ao nosso balneário, não queremos fotos com vocês nem apertar a vossa mão. Foram vocês que fizeram da Croácia o país mais pobre da Europa. A Croácia tem mais de mil quilómetros de costa e temos crianças que nunca viram o mar! Temos crianças que vão para a cama com fome porque os seus pais, que estão desempregados, não têm como dar-lhes de comer.

As pessoas que fizeram isto ao nosso país não são bem-vindas. Por favor, respeitem a nossa decisão, não vistam camisolas de futebol nem usem o nosso êxito para a vossa promoção. Só desvalorizam o nosso trabalho e não queremos que o povo da Croácia nos ligue a vocês. 



18
Jul18

Quando faltam incêndios, existe o caso de Tancos sempre à mão

António Garrochinho



A falta de incêndios, que encham telejornais em época de defeso da política e dos futebóis, e deem o ensejo a selfies e abraços a quem neles se especializou, leva as direitas a andarem num virote quanto ao que possam agarrar para iludirem o seu estado moribundo. Por isso pegam na história do roubo de Tancos, querendo fazer crer que cabe ao ministro da Defesa dar respostas satisfatórias sobre o sucedido.
É claro que sabem de sobra, que o caso está sob investigação do Ministério Público e que será este a encontrar os autores do delito, mas prosseguem numa mistificação suficientemente contraditória para igualmente pouparem das responsabilidades o Comandante Supremo das Forças Armadas, que assume nesta história o papel daqueles emproados titulares de cargos, ufanos em se esticarem todos quando se trata de auferirem as correspondentes honras do cargo, mas se furtam de mansinho, quando devem responder pelos comprometidos fracassos da sua tutelada instituição.
18
Jul18

É FÁCIL

António Garrochinho

É FÁCIL SABER QUEM OPINA AO SABOR DA MARÉ INDEPENDENTEMENTE DE QUE NAS OPINIÕES QUE EXPLANA TENHA OU NÃO TENHA RAZÃO.
COMO JÁ O DISSE E NÃO ME CANSAREI DE REPETIR, EU SOU MAIS DADO À FRONTALIDADE E QUANDO ERRO DOU A MÃO À PALMATÓRIA.
ASSIM PODEM CONTAR COMIGO.
AG

18
Jul18

"Estado atribui carros topo de gama a 23 ex-gestores do BPN"...

António Garrochinho

"A empresa pública Parvalorem atribuiu a um grupo de altos quadros da empresa, ex-responsáveis do antigo BPN, 23 “viaturas familiares” topo de gama, a quem paga ainda o combustível até 300 euros por mês, bem como seguros e parques de estacionamento. 

As conclusões constam da auditoria da Inspecção Geral das Finanças à Parvalorem, que identifica práticas salariais em linha com as que estavam em vigor no BPN, antes da nacionalização.
E da leitura dessa tabela tiram-se conclusões: 67 trabalhadores levam para casa menos de 1500 euros e 64 recebem entre 1500 euros e três mil euros. 

Os restantes 44 ex-bancários têm salários acima dos três mil euros: 29 auferem entre três mil e cinco mil euros; 13 entre cinco mil e 10 mil euros. E há dois casos que se destacam a superar os 10 mil euros. Trata-se do ex-administrador do BPN Armando Pinto, que na Parvalorem dirige os serviços jurídicos, e do ex-director de informática de Oliveira Costa, Carlos Venda, que Francisco Nogueira Leite manteve no cargo, ambos com vencimentos a rondar os 12.600 euros.  Estado dá bónus de meio milhão a antiga equipa de Oliveira Costa no BPN De Outubro de 2008, quando o BPN colapsou alvo de uma mega burla (que gerou um prejuízo de sete mil milhões para o Estado), até hoje, muita coisa mudou. Mas a IGF constatou que“a totalidade dos trabalhadores” da Parvalorem “já tinha o respectivo enquadramento contratual no BPN”

E (o que não é para todos) que os direitos e as garantias foram preservados."

Via Público  

Em tempo.
Já que andam de cu tremido, que tal subsidiar-lhes água de colónia para a lavagem do dito cujo?..
Navegado por Antonio Agostinho







BPN

Estado atribui carros topo de gama a 23 ex-gestores do BPN

Dezenas de altos quadros da empresa que herdou a gestão das dívidas do BPN têm ao seu dispor carros topo de gama, com várias regalias associadas.

A empresa pública Parvalorem atribuiu a um grupo de altos quadros da empresa, ex-responsáveis do antigo BPN, 23 “viaturas familiares” topo de gama, a quem paga ainda o combustível até 300 euros por mês, bem como seguros e parques de estacionamento. 

As conclusões constam da auditoria da Inspecção Geral das Finanças à Parvalorem, que identifica práticas salariais em linha com as que estavam em vigor no BPN, antes da nacionalização.
No seu relatório sobre a Parvalorem, fechado a 19 de Março de 2018, a IGF releva “quanto ao package [pacote] salarial praticado” pela empresa estatal, “a atribuição de viaturas a dirigentes e alguns outros trabalhadores, resultantes do Acordo de Trabalho celebrado com o BPN antes da nacionalização, e que se consubstancia na utilização para uso próprio sem qualquer restrição de 23 viaturas familiares” de topo de gama - “viaturas premium da marca Mercedes, BMW, Audi e VW”. Oveículo público presidido por Francisco Nogueira Leite assume ainda o “pagamento”  de “combustível”, com um “limite de consumo mensal até 300 euros, bem como “de parques de estacionamento”, Via Verde, manutenção, seguros, entre outras coisas, que no entender da IGF configuram “um complemento remuneratório”.
Os benefícios adicionais são concedidos a um grupo restrito de quadros de topo da empresa estatal. A 31 de Dezembro de 2015, dos 175 ex-bancários que não passaram para o EuroBIC, no contexto da compra da BPN, 21 exerciam cargos de direcção ou de chefia na Parvalorem (que ainda mantêm) - e cujo quadro de pessoal é neste preciso momento de 161 trabalhadores. A IGF constata aliás que “uma significativa percentagem” dos trabalhadores aufere “remunerações elevadas, quer quando comparadas com o sector das Administrações Públicas quer com o Privado”.   
A autoridade sublinha mesmo, e “a título indicativo”, que existem situações que superam os 6700 euros que o Presidente da República aufere mensalmente (conforme noticiou o PÚBLICO esta segunda-feira) e que constam da tabela das remunerações brutas da Parvalorem.
E da leitura dessa tabela tiram-se conclusões: 67 trabalhadores levam para casa menos de 1500 euros e 64 recebem entre 1500 euros e três mil euros.  Os restantes 44 ex-bancários têm salários acima dos três mil euros: 29 auferem entre três mil e cinco mil euros; 13 entre cinco mil e 10 mil euros. E há dois casos que se destacam a superar os 10 mil euros. Trata-se do ex-administrador do BPN Armando Pinto, que na Parvalorem dirige os serviços jurídicos, e do ex-director de informática de Oliveira Costa, Carlos Venda, que Francisco Nogueira Leite manteve no cargo, ambos com vencimentos a rondar os 12.600 euros.






De Outubro de 2008, quando o BPN colapsou alvo de uma mega burla (que gerou um prejuízo de sete mil milhões para o Estado), até hoje, muita coisa mudou. Mas a IGF constatou que “a totalidade dos trabalhadores” da Parvalorem “já tinha o respectivo enquadramento contratual  no BPN”. E que os direitos e as garantias foram preservados.   

Apesar dos gastos da Parvalorem com pessoal ascenderem a mais de 8,3 milhões de euros, a autoridade verificou “que a generalidade do trabalho core [estratégico] da empresa está suportado em outsourcing ou em regime de prestação de serviços”. E que dali resultaram encargos superiores a 10 milhões de euros.

“A contabilidade da Parvalorem é assegurada pela EPIMETHEUS”, “as obrigações fiscais são objecto de tratamento pela Fiscalnet”, a área de informática foi entregue à “WabbiT” e o “apoio à gestão e reporte das obrigações legais” ficou a cargo da Gesbanha, Gestão e Contabilidade, de Francisco Banha. 

Este retrato feito pela IGF resulta de uma auditoria que identifica um quadro de falta de controlo e de cumprimento das regras de transparência na gestão de uma empresa pública. Além disso, foram diagnosticados vários desequilíbrios nas contas, que se têm traduzido em decisões de recuperações de crédito do ex-BPN que a autoridade considera de racionalidade discutível. E que já resultaram em perdões de dívidas de 159 milhões e em prejuízos anuais superiores a 100 milhões de euros.Para fazer a gestão e a cobrança de créditos em situação de mora ou em incumprimento foi aberto concurso público que seleccionou duas empresas: a Finangest (cujo contrato terminou em Abril de 2017) e a Intrum Justitia Portugal. A ajuda nos planos de negócio, levou Francisco Nogueira Leite a contratar a KPMG e a Roland Berger. Entre 2012 e 2015, a Parvalorem pagou a estas empresas 4,1 milhões de euros. O “patrocínio judicial” foi delegado em várias sociedades de advogados que receberam mais de seis milhões de euros.



18
Jul18

Vamos pagar 4 mil milhões por ano à NATO?

António Garrochinho

Pedro Tadeu


Quando saiu da reunião da NATO, dominada pela exigência do presidente dos Estados Unidos da América aos outros países membros de chegarem a um valor de despesa com a defesa de 2% do PIB, (e, a médio prazo, de fazerem subir esse valor para 4%), o primeiro-ministro português explicou que o seu governo entregara uma proposta para satisfazer essa pretensão, dependente da obtenção de fundos comunitários e presumindo o investimento dessas quantias em áreas benéficas para a economia nacional.

Nem esses tais fundos estão garantidos, como o próprio António Costa admitiu, nem, digo eu, a política de aquisição de armamentos de Portugal é hoje em dia autónoma e verdadeiramente soberana, pois tem de se subordinar a opções estratégicas da NATO.

Sim, terá lógica reforçar meios para proteger os recursos marítimos portugueses mas, até por força da impetuosidade atual da gerência norte-americana, basta uma qualquer guinada política de Donald Trump para esse objetivo deixar de estar acertado com quem manda, obediente ao poder de Washington, na NATO. Nessa circunstância será duvidoso que tal ilusão portuguesa possa ser uma realidade.

Talvez o comando da NATO ache hoje em dia ser boa ideia os portugueses comprarem mais aviões KC390 mas se, no futuro, passar a dar parecer negativo a essa aquisição, duvido que uma compra dessas se realize.

Temos um pais que paga 7 ou 8 mil milhões de euros anuais em juros por dever ao estrangeiro 178 mil milhões, que soma um total de dívida pública acima de 250 mil milhões, (mais de 125% do PIB); que está, por compromissos externos, obrigado a limitar a nove mil milhões de euros a despesa com o Serviço Nacional de Saúde e a sete mil milhões o custo da educação pública.

Temos um país nesta situação, sem uma solução de rotura com tal statusquo. Isto deveria suscitar uma discussão séria sobre se vale a pena passar o custo militar dos atuais mil e 800 milhões de euros para 4 mil milhões, aparentemente só para calar a boca ao senhor Donald Trump.

Mas não, não vejo textos, nem opiniões nem reparos críticos, pelo contrário. Até o líder da oposição, Rui Rio, foi lesto em dar a mão ao governo nesta questão, concordando muito rapidamente em aumentar a contribuição do país para a NATO... mas ninguém quer mesmo discutir isto? Está tudo de acordo com este aumento de despesa?!

Acho mesmo muito estranha a leveza com que se admite a possibilidade de aumentar, permanentemente, a despesa militar portuguesa em 700, 800, mil milhões, dois mil milhões de euros por ano, até chegar a um total de 4 mil milhões (e não fechar a porta à duplicação desse valor) quando as paixões se inflamam em cegueira fanática no debate sobre aumentos, muito inferiores, nas despesas com a saúde, o ensino ou a segurança social... E nem quero falar do dinheiro dos contribuintes que se perdeu e se perde com bancos falidos.

Só penso nos coitados dos professores, dos médicos e dos enfermeiros que aturam insultos sempre que levantam a cabeça a pedir coisas tão básicas como condições de trabalho decentes, carreiras normalizadas ou contratação de pessoal para responder de forma eficiente ao serviço...

E também penso nos militares que, hoje em dia, nem gente suficiente têm para fazer rondas capazes de guardar, por exemplo, o paiol de Tancos e lêem estas notícias, que parecem falar de um país de ficção!

Acontece, porém, que a NATO é liderada por uma potência, os Estados Unidos da América, que, por sua vez, é liderada por um homem que vê inimigos na União Europeia, na Rússia e na China; um homem que abriu uma guerra comercial para mudar o jogo da globalização e que força alterações no equilíbrio geoestratégico capazes de perdurarem muito para além dos seus previsíveis oito anos de mandato.

E, apesar dos países europeus da NATO estarem todos incomodados com Trump, de gastarem, já hoje, mais em defesa do que a Rússia e tanto quanto a China, aceitam a exigência despesista dos Estados Unidos e recusam dizer, claramente, "não". Porquê?!

Face a esta realidade, gostava de perguntar o seguinte a todos os que acham que a NATO é uma coisa muito cá da casa e que a União Europeia foi o melhor que nos aconteceu na vida: com Donald Trump ao comando, a NATO serve para quê? É para nos defendermos da China? Da Rússia? Dos imigrantes do Mediterrâneo? Do terrorismo moribundo?... ou da União Europeia?!

Vamos mesmo dar a esta confusa NATO do senhor Trump, todos os anos, 4 mil milhões de euros?... Para quê, meu Deus, para quê?!

www.dn.pt


18
Jul18

ESQUERDA PLURAL

António Garrochinho

COM UM "PS" SEMPRE NO DIVÃ DA DIREITA AINDA HÁ QUEM FALE DE "ESQUERDA PLURAL"

O BOMBO DA FESTA PERANTE A REALIDADE POLÍTICA DE HOJE É SEMPRE O POVO! QUE NA MAIOR PARTE DAS VEZES, JÁ NEM SEQUER TENTA ENTENDER, TAL A CONFUSÃO, O QUE ESTA GENTE INSTALADA NO PODER QUER PARA PORTUGAL E OS PORTUGUESES.


António Garrochinho
18
Jul18

O PASQUIM DE EXTREMA DIREITA NAZI " PÚBLICO" NUM ARTIGO DA FAMIGERADA SÃO JOSÉ ALMEIDA DÁ VOZ A UM DOS MAIORES LOBISOMENS DO FASCISMO MODERNO - UMA CAUSA DA MINHA VIDA António Barreto sobre a reforma agrária: “1975 é o meu grande desapontamento h

António Garrochinho



“A minha causa no Alentejo era a defesa da liberdade e da democracia no país”, garante António Barreto sobre as razões que o levaram a enfrentar o modelo colectivista do PCP na reforma agrária. Defensor, à época, da distribuição de terras, assume que já então teve dúvidas sobre se havia “condições sociais e culturais” para o fazer.





Pêlo Facial, Fotografia
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é UMA "REFERÊNCIA"  na sociologia em Portugal, um ancião de 75 anos que até já foi olhado como possível candidato a Presidente da República — hipótese que matou no ovo, antes que fermentasse —, mas ainda hoje, mais de quatro décadas passadas, continua a ter o seu nome associado à alteração legislativa que preparou, a “Lei Barreto”, com a qual pretendia reorientar a reforma agrária introduzida em Portugal pelo PCP, logo após o 25 de Abril.

O PCP “tinha tomado conta de 15% do país”, lembra Barreto, sublinhando que “o que houve em Portugal foi tirar as terras aos proprietários e dá-las aos comunistas, que, em vez de distribuírem, ainda concentraram mais a propriedade constituindo unidades colectivas de produção (UCP) que juntavam várias herdades, num modelo do tipo dos kolkhozes soviéticos”.“Dentro do meu percurso de juventude de esquerda, a reforma agrária era uma questão prioritária”, confessa ao PÚBLICO António Barreto, que entre 1963 e 1970 foi militante do PCP. “Para mim, reforma agrária era a expropriação pelo Estado das terras e a sua distribuição por quem as trabalha, os camponeses, os seareiros”, explica. E reconhece: “1975 é o meu grande desapontamento histórico.”


Afirma mesmo que o modelo seguido pelo PCP para a ocupação das terras “não respeitou a lei” de 1974. E aponta o modelo directamente seguido. “Esteve cá, a seguir ao 25 de Abril, um ex-ministro da Agricultura de Salvador Allende, no Chile, Jacques Chounchol, que deixou um documento em que dizia como se fazia a reforma agrária. Era o modelo que o PCP seguiu. E que transpôs para cinco documentos, os quais eram o guia para a reforma agrária”, frisa.
Pela liberdade e democracia
As suas convicções profundas sobre reforma agrária colidiam assim com a realidade do que se passou em Portugal. Por isso, impôs a Mário Soares condições para aceitar ser ministro da Agricultura (ver páginas seguintes). Mas garante: “O que me moveu na minha acção como ministro foi estar a lutar pela democracia, a minha causa no Alentejo era a defesa da liberdade e da democracia no país.” Daí que, perante os que manifestavam dúvidas, dizendo que “o Alentejo era comunista, eles tinham 45% dos votos na Zona de Intervenção da Reforma Agrária (ZIRA) e 55% em Beja e Évora”, Barreto respondia: “O que me interessa é o meu país e a liberdade e a democracia em Portugal.”
Logo quando tentou alterar o caminho da reforma agrária, assume hoje, teve dúvidas sobre se conseguiria atingir os seus objectivos. “Pensei muitas vezes: ‘Estou a devolver terras, quando a minha ideia há dois anos era fazer uma reforma agrária’”, afirma. E admite: “Não nego que já na altura me perguntava: ‘Será que há gente para fazer a distribuição de terras ou já é tarde?’” E sublinha: “Então já duvidava que houvesse pequenos agricultores, rendeiros e seareiros com fome de terra, suspeitei que não havia condições sociais e culturais para voltar atrás. Perguntei-me se ainda era possível, se o ter havido a revolução não era impeditivo de se distribuírem terras.”
O interesse pela agricultura não lhe advinha só do ideário político de esquerda da época, mas também da sua experiência profissional. Licenciado em Economia Social, pela Universidade de Genebra, em 1967, ficou como assistente naquela instituição, onde em 1984 se doutorou em Sociologia com uma tese precisamente sobre “Reforma agrária em Portugal”, de que resultou a obra Anatomia de Uma Revolução — A Reforma Agrária em Portugal 1974-1976.

Com essa “experiência de gabinete sobre agricultura de seis a sete anos”, regressa a Portugal após o 25 de Abril, convencido de que “tinha de trabalhar na agricultura e na reforma agrária”. Será, aliás, até 1982 investigador responsável no Gabinete de Estudos Rurais da Universidade Católica Portuguesa.
Em simultâneo, entre 1968 e 1974, é assistente do director-geral do Instituto de Pesquisas das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD). “Nesses anos trabalhei primeiro num projecto sobre cooperativas de crédito e desenvolvimento agrário na América Latina e, depois, num estudo sobre revolução verde, ou seja, a introdução de novas variedades híbridas — não era transgénicos — para potenciar a produção de cereais, um projecto que ajudou a combater a fome na Índia e na China. A minha função era viajar pela América Latina e África e garantir que os métodos de comparação eram idênticos.”
Adere ao PS ainda em 1974 e as circunstâncias político-partidárias levam-no a deputado eleito à Assembleia Constituinte e, depois, ao lugar de secretário de Estado do Comércio Externo no VI Governo provisório chefiado por Pinheiro de Azevedo. “Quando vou para secretário de Estado do Comércio Externo, é uma solução saída da Assembleia”, admite. No I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, após a vitória do PS nas primeiras eleições legislativas, sobe a ministro do Comércio e Turismo (23/07/1976 a 25/03/1977) que acumulara temporariamente com a pasta da Agricultura e Pescas (05/11/1976 a 23/01/1978).
Cartelização acelerada
Durante mais de um ano procurou mudar a situação. Repôs a autoridade do Estado na ZIRA, libertou terras indevidamente ocupadas, mudou a lei (22/07/1977) e distribuiu ainda “15 propriedades”, uma medida em que foi seguido por Sá Carneiro, líder do PSD, nos poucos meses que foi primeiro-ministro da Aliança Democrática, antes de morrer, que “distribuiu pouco mais de 20”. E reconhece que “depois ninguém aplicou a lei, Sá Carneiro tentou, mas os governos da AD a seguir não. [Com a AD a Agricultura] teve três ministros — Álvaro Barreto, Basílio Horta e Cardoso e Cunha  — e [mudou-se] três vezes a lei e, cada vez mais, no sentido de uma agricultura com base na propriedade privada.”
Hoje, olha para trás e recusa-se a considerar que a reforma agrária, apesar do seu modelo e dos excessos que combateu, não é responsável pela crise e quase morte da agricultura portuguesa após a adesão à Comunidade Económica Europeia.
“O tipo de agricultura de sequeiro e em extensão que se fazia em Portugal estava condenado. O Alentejo não tinha condições para cultura de cereais. Tem para montado e para regadio com o Alqueva. A crise agrícola no Alentejo vinha dos anos 60, perdurou 30 anos. Hoje estamos num período de rejuvenescimento da agricultura em Portugal com um modelo completamente diferente”, argumenta Barreto. Entende que a reforma agrária baseada em UCP e dirigida pelo PCP apenas reproduziu o modelo de agricultura adoptado pelo Estado Novo, esse, sim, o responsável pelo erro de modelo agrícola.

Mas há uma herança que atribui à reforma agrária: a da aceleração da cartelização do aparelho de Estado, ou seja, a colocação de militantes partidários no aparelho de Estado e na administração pública. “A cartelização acontece em todo o país, mas no Alentejo é mais rápido. Em Janeiro de 1975, com a criação dos centros regionais da Reforma Agrária, que tinha sede em Lisboa, mas existia nos distritos e nos concelhos, os lugares são preenchidos com funcionários políticos do PCP. Criam um ministério paralelo. Mas o sistema foi extensível à Segurança Social, ao Crédito Agrícola de Emergência, aos bancos, então nacionalizados. A esmagadora maioria eram militantes que eram transferidos dentro do Estado ou entravam na função pública. Foi uma organização minuciosamente montada.”“A produção de cereais era fomentada e subsidiada pelo Estado salazarista. Os preços no Estado Novo para o vinho e os cereais eram tabelados pelo Estado e a política usada penalizava os mais pobres, mas quem produzia mais ficava mais rico, porque tinha mais lucro com o preço tabelado”, sublinha. E conclui: “Aquele modelo morreria de qualquer maneira, mesmo sem reforma agrária.”

www.publico.pt
18
Jul18

SANTA BÁRBARA DE NEXE

António Garrochinho



19º Festival Nacional de Folclore em Santa Barbara de Nexe


A Secção de Folclore da Associação Nexense, organiza no próximo dia 28 de julho, o 19º Festival Nacional de Folclore, cujo evento tem lugar no Largo do Rossio, em Santa Barbara de Nexe.

A partir das 21 horas, vão desfilar e atuar, o Rancho Rosas do Tourigo (Tondela), o Rancho "A Nossa Terra" (Águeda), o Rancho Infantil Juvenil de Foros de Salvaterra de Magos, o Rancho Flor do Alto Alentejo (Évora) e o Rancho da Associação C. R. D. Nexense.

O evento tem o apoio da Câmara Municipal de Faro e Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe.

região.sul.pt


18
Jul18

O Establishment USA por trás da Cimeira de Helsínquia

António Garrochinho



“Temos de discutir sobre tudo, do comércio aos assuntos militares, aos mísseis, à energia nuclear, à China”: assim fez a sua estreia, o Presidente Trump, em 16 de Julho, na Cimeira de Helsínquia. “Chegou a hora de falar detalhadamente sobre as nossas relações bilaterais e sobre os pontos nevrálgicos internacionais”, salientou Putin. Mas para decidir quais serão, no futuro, as relações entre os Estados Unidos e a Rússia, não são só os dois presidentes.
Não é coincidência que, assim que o Presidente dos Estados Unidos estava prestes a reunir-se com o Presidente da Rússia, o Procurador especial, Robert Mueller III, incriminava 12 russos sob a acusação de manipularem as eleições presidenciais nos EUA, penetrando nas redes de computadores do Partido Democrata para prejudicar a candidata Hillary Clinton. Os doze, acusados de serem agentes do serviço secreto GRU, são oficialmente denominados “Os Conspiradores” e indiciados por “conspiração contra os Estados Unidos”.
Na mesma altura, Daniel Coats, Director da National Intelligence e principal Conselheiro do Presidente sobre esta matéria, acusou a Rússia de querer “minar os nossos valores básicos e a nossa democracia”. Lançava, assim, o alarme sobre a “ameaça dos ataques cibernéticos alcançarem um ponto crítico” semelhante ao que precedeu o 11 de Setembro, da parte não só da Rússia, “o agente estrangeiro mais agressivo”, mas também da China e do Irão.
Ao mesmo tempo, em Londres, os “investigadores” britânicos comunicavam que o serviço secreto russo GRU, que sabotou as eleições presidenciais nos Estados Unidos, é o mesmo que em Inglaterra envenenou um antigo agente russo, Sergei Skripal, e a sua filha, inexplicavelmente sobreviventes a um gás extremamente letal. O objectivo político destas “investigações” é claro: sustentar que o chefe dos “Conspiradores” é o Presidente russo, VladimirPutin, com quem o Presidente Trump se sentou à mesa das negociações, apesar da vasta oposição bipartidária nos USA.
Após a incriminação dos “Conspiradores”, os Democratas pediram a Trump para cancelar o encontro com Putin. Mesmo que não tenham conseguido, permanece forte a pressão deles sobre as negociações. O que Putin tenta obter de Trump é simples, mas, ao mesmo tempo, complexo: aliviar a tensão entre os dois países. Para isso, ele propôs a Trump, que aceitou, uma investigação conjunta sobre a “conspiração”.
Não se sabe como se desenvolverão as negociações sobre as questões cruciais: o estatuto da Crimeia, a condição da Síria, as armas nucleares e outras. Nem se sabe o que Trump vai perguntar. No entanto, é certo que toda concessão pode ser usada para acusá-lo de conivência com o inimigo. Opõem-se a um afrouxamento da tensão com a Rússia, não só os Democratas (que, com uma inversão dos papéis formais, desempenham o papel dos “falcões”), mas também muitos Republicanos, incluindo representantes destacados da própria Administração Trump. É o ’Establishment’ não só nos USA, mas também na Europa, cujos poderes e lucros estão ligados às tensões e às guerras.
Não serão as palavras, mas os factos a demonstrar se a atmosfera descontraída da Cimeira de Helsínquia se tornará realidade.
Acima de tudo, com uma não escalada da NATO na Europa, isto é, com a retirada das forças nucleares USA/NATO enviadas contra a Rússia e o bloqueio da expansão da NATO para Leste.
➢ Mesmo que, sobre estas questões, fosse alcançado um acordo entre Putin e Trump, seria este último capaz de o concretizar?
➢ Ou, na realidade, essas mesmas questões serão decididas pelos poderosos círculos do complexo militar-industrial?
Uma coisa é certa: não podemos, em Itália e na Europa, permanecer meros espectadores de negociações das quais depende o nosso futuro.
18
Jul18

Steve Biko

António Garrochinho



Biko foi assassinado 12 de Setembro de 1977, Bantu Steve Biko morreu em consequência de bárbaras torturas da polícia sul africana, do regime de apartheid. Biko era um jovem activista negro - morreu com 30 anos - lutador contra o apartheid, dirigente estudantil e fundador do Movimento Consciência Negra.

Biko, que dizia que "a arma mais poderosa nas mãos do opressor é a mente do oprimido", foi um defensor dos negros e da sua independência, face aos liberais brancos, na luta contra o apartheid na África do Sul.

A morte de Biko foi largamente denunciada no mundo, ampliando e elevando o combate ao regime do apartheid na África do Sul.
Bantu Steve Biko nasceu na cidade de King William em 18 de Dezembro de 1946. Estudou medicina na Universidade de Natal e tornou-se um activista estudantil. 

Em 1968, com outros companheiros de luta fundou a SASO ( South African Students' Organisation - Organização dos Estudantes Sul Africanos) rompendo com a NUSAS (National Union of South African Students - União Nacional dos Estudantes Sul Africanos), defendendo uma intervenção mais radical e criticando o predomínio e orientação dos liberais brancos na NUSAS. Biko, que foi o primeiro presidente da SASO, pretendia com esta organização desenvolver a participação dos negros, elevar o seu orgulho e actuar independentemente dos brancos. Para a SASO escreveu diversos documentos com o pseudónimo de Frank Talk.
Biko foi um dos fundadores do Movimento Consciência Negra, defendendo que o principal na luta contra o apartheid era a luta dos negros, a sua organização e mobilização, combatendo a dependência dos negros em relação aos liberais brancos.
Em 1972 fundou a Convenção do Povo Negro (Black People's Convention) e foi eleito seu presidente honorário. Também em 72 foi expulso da Universidade e passou a trabalhar em programas para a comunidade negra (Black Community Programs - BCP), participando na construção de clínicas, creches e no apoio aos trabalhadores negros.
Em Março de 1973 foi "banido" e proibido de sair da cidade de King William. "Banido" significava que não podia comunicar com mais de uma pessoa de cada vez, desde que não fosse da sua família, e não podia publicar nada, tal como os seus escritos anteriores não podiam ser divulgados ou citados. Apesar disso, dirigiu uma secção do BCP na sua cidade, mas posteriormente foi também proibido de ter quaisquer ligações com os programas da comunidade negra.
Não obstante a repressão de que era vítima, Biko criou em 1975 um fundo de apoio aos presos políticos e às suas famílias. As organizações que criou e apoiou, nomeadamente as organizações estudantis, tiveram um papel decisivo nos levantamentos do Soweto, em 1976.
Biko foi perseguido e preso por diversas vezes. Em 18 de Agosto de 1977 foi preso juntamente com o seu companheiro Peter Cyril Jones, acusados de desobedecerem às leis do apartheid. Biko foi barbaramente agredido e torturado numa prisão em Port Elizabeth o que lhe provocou uma hemorragia cerebral. A 11 de Setembro foi transportado para a prisão central de Pretória, onde morreu a 12 de Setembro.
O governo do apartheid primeiro afirmou que ele tinha morrido devido a uma greve de fome, posteriormente perante a gravidade visível das lesões na cabeça, afirmaram que se tentou suicidar, batendo com a cabeça. A Comissão de Verdade e Reconciliação criada após o fim do apartheid, não perdoou aos seus assassinos. Mas, em Outubro de 2003, o Ministério Público da África do Sul anunciou que os cinco polícias acusados do crime não seriam processados por falta de provas, alegando que faltavam testemunhas que provassem a acusação e considerando ainda que a possibilidade de acusação pelo crime de lesões corporais já tinha caducado.
A morte de Biko foi largamente noticiada internacionalmente pelo grande prestígio que granjeara, o seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas, estando inclusivamente presentes diversos embaixadores estrangeiros.
O assassinato de Biko tornou-se um símbolo da brutalidade do regime do apartheid. A sua vida, luta e morte tornaram-se amplamente conhecidos pelo trabalho desenvolvido por Donald Woods, um seu amigo jornalista branco, que fotografou o seu cadáver com os ferimentos e um ano depois publicou um livro, "Biko", descrevendo a sua vida e morte.
Em 1980, Peter Gabriel editou um álbum que incluía a canção "Biko", que se tornou um hino mundial contra o apartheid e que foi posteriormente cantada por outros artistas, como por exemplo Joan Baez.
Em 1987, Richard Attenborough realizou o filme Cry Freedom (Grito de Liberdade) sobre a vida de Biko e no qual a música de Peter Gabriel foi incluída na banda sonora,

Actualmente existe na África do Sul a Fundação Steve Biko (sbf.org.za/) que é presidida pelo seu filho Nkosinati Biko
.
18
Jul18

A CPLP... Porque não faz parte de um Plano B?

António Garrochinho




Na ilha cabo-verdiana do Sal  decorre hoje e amanhã a XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, evento que marca a passagem da presidência do Brasil para Cabo Verde, que assumirá os destinos da organização nos próximos dois anos.

Em entrevista à agência Lusa, antecipando a realização da cimeira, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, mostrou-se convicto de que a CPLP será “uma grande organização no futuro”, e deu exemplo de iniciativas futuras:
”Vamos levar algumas iniciativas para as Nações Unidas para um cada vez maior reconhecimento da língua portuguesa no quadro das organizações internacionais. Há várias organizações internacionais em que a língua portuguesa tem um caminho a fazer para se afirmar como língua de cultura e conhecimento e uma língua que federa povos, países, hábitos”
Um dia me perguntei porque a CPLP não faz parte de um Plano  B, e mais de uma vezo fiz.

Vamos à luta? 
Comecemos pela língua, que é linda
Linda e única
Única? Sim! Que outra possibilitaria um texto-poema assim?:
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas,
paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar
panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder
progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para
Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas,
porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir
permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo,
portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois

pretendia pintá-los.

Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos,
preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam
precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas
picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas
perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes
potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos,
procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria
percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro
Paulo precaver-se.

Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir
pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando
profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente
para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir
para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando
principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai
Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu
prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para
prosseguir praticando pinturas.


Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo
permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio
puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar
pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou
perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu
Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei
procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois
pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando
pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo
para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte
precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo,
pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois
pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo
próximo, pedreiro profissional perfeito.


Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para
Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo
pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois
precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo
preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois
precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo. Pereceu
pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar…

Para parar preciso pensar.

Pensei.

Portanto, pronto pararei!
 



 conversavinagrada.blogspot.com
18
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho


PARA MIM NÃO É DIFÍCIL FALAR DESTAS "COISAS"
OBVIAMENTE QUE RESPEITO O PASSADO DE LUTA DE TODOS OS ANTI FASCISTAS, OS PORTUGUESES E OS QUE NÃO O SÃO.

TAMBÉM E PRECISAMENTE PORQUE ESTOU VIVO, OUÇO, VEJO, TODA UMA "APRESENTAÇÃO" DE VALORES QUE SE SOBREPÕEM AOS QUE (NA MINHA OPINIÃO) SÃO OS MAIORES, NÃO DEIXO DE FAZER AQUI UMA PEQUENA REFLEXÃO MESMO COM O "RISCO" DE SER MAL ENTENDIDO PELOS PURISTAS DA DEMAGOGIA E PELOS QUE "PALRAM" MUITO MAS SÃO COMO GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA.

ENTÃO, AÍ VAI !

NELSON MANDELA, XANANA GUSMÃO, RAMOS HORTA, LULA DA SILVA, DILMA, ETC, ETC, E OUTRAS FIGURAS HISTÓRICAS, UNS VIVOS, OUTROS JÁ DESAPARECIDOS, NÃO ME "ENCHEM AS MEDIDAS" NO QUE DIZ RESPEITO AO QUE VALORIZO E É TRANSPARENTE NA CORAGEM E NA DIGNIDADE DE HOMENS E MULHERES, QUE HOJE SÃO APRESENTADOS PELA MEDIA BURGUESA COMO HERÓIS E EXEMPLOS DESTA "RODA VIVA" QUE É O MUNDO, ONDE OS PUROS SÃO "ESQUECIDOS" DANDO LUGAR AOS QUE CEDERAM E COLABORARAM COM O CAPITALISMO E O IMPERIALISMO.

FALAR DISTO NÃO IMPLICA DESRESPEITAR, O PASSADO E MESMO O PRESENTE DE FIGURAS QUE TIVERAM (MAS JÁ NÃO TÊM) INFLUÊNCIA, VONTADE DE ACABAR COMA AS INJUSTIÇAS E OS CRIMES DA BURGUESIA CAPITALISTA.

TODOS SABEMOS QUE NÃO É FÁCIL LUTAR CONTRA O FASCISMO, TODOS SABEMOS QUE SEMPRE HOUVE OS QUE AFROUXARAM E MESMO QUE ISSO TENHA ACONTECIDO PODEMOS SEMPRE RESERVAR UMA CERTA ADMIRAÇÃO PELA CORAGEM QUE TIVERAM DE SE LEVANTAREM CONTRA AS INJUSTIÇAS E A AUSÊNCIA DE LIBERDADE.

ORA ISSO NÃO IMPEDE QUE OS POSSAMOS CRITICAR, NÃO POSSAMOS FAZER A LEITURA CORRECTA DA HISTÓRIA E COMO TAL TECER HOJE UM JUÍZO DA SUA CONDUTA E DA SUA LUTA.

PELAS PRISÕES DO FASCISMO SALAZARISTA/CAETANISTA PASSARAM MUITOS DOS NOSSOS CAMARADAS E HOJE SABEMOS QUEM SE MANTEVE FIRME E INABALÁVEL SEM NUNCA SE APROVEITAR OU FRAQUEJAR NOS SEUS IDEAIS.

EU, PREFIRO OS ÍNTEGROS, OS QUE NUNCA TRAÍRAM, E COMO HOMEM LIVRE ASSIM ESCREVO.


António Garrochinho
18
Jul18

A estratégia

António Garrochinho


A ESTRATÉGIA DO VELHACO QUE TRATA OU PENSA TRATAR OS PORTUGUESES COMO PARVINHOS.

Rui Rio: O líder do PSD diz que até nem vê necessidade de mudar as leis do trabalho, mas se há um acordo assinado em concertação social, o PSD respeita esse acordo.

É ASSIM QUE ELE, E MUITOS OUTROS "JOGAM" COM AS MEDIDAS POLÍTICAS QUE VÃO APROVANDO PARA INFERNIZAR A VIDA DOS PORTUGUESES.

ESTA ESTRATÉGIA ALDRABONA DE FAZER CRER E PARECER QUE O PATRONATO, O CAPITAL, E OS SEUS LACAIOS ALGUMA VEZ ESTIVERAM INTERESSADOS NOS QUE TRABALHAM A NÃO SER CHUPAR-LHES O TUTANO DEMONSTRA BEM COMO NOS DIAS DE HOJE TUDO PARECE O QUE NÃO É.



António Garrochinho

18
Jul18

O PRIMEIRO CARTEIRO DO CANADÁ ERA PORTUGUÊS

António Garrochinho


Uma das maiores nações do mundo em área total, o Canadá preserva uma história prodigamente ligada à emigração portuguesa que se manifesta na atualidade na presença neste país, que ocupa grande parte da América do Norte, de mais de meio milhão de luso-canadianos, sobretudo concentrados em Ontário, Quebeque e Colúmbia Britânica.
Ainda que a emigração portuguesa para o Canadá só tenha alcançado expressão a partir do início da segunda metade do séc. XX, a presença de portugueses neste território que se estende desde o oceano Atlântico, a leste, até ao Oceano Pacífico, a oeste, e é limitado a norte pelo Oceano Ártico, e a sul e a noroeste possui fronteira terrestre com os EUA, remonta ao início do séc. XVI.
Essa presença antiga de portugueses no Canadá encontra-se paradigmaticamente condensada na figura de Pedro da Silva, personagem histórica lusa que chegou entre 1672 e 1673 à Nova França, onde hoje se localiza a província do Quebeque, tendo depois sido responsável pelas primeiras expedições de correio do país.
A história do português Pedro da Silva encontra-se profusamente apreendida pela comunidade luso-canadiana. Como comprova por exemplo, o documentário histórico de homenagem ao primeiro carteiro do Canadá, realizado pelo produtor e realizador Bill Moniz, a biografia histórica assinada pelo investigador lusodescendente Carlos Taveira, ou a iniciativa dos Serviços Postais canadianos que lhe dedicaram no princípio do séc. XX um selo.
Os vários olhares sobre Pedro da Silva, que nasceu em Lisboa em 1647 e faleceu a 2 de agosto de 1717, registam que nos primórdios do séc. XVIII, o carteiro de origem lusa assegurava a entrega de cartas e pacotes postais entre Montreal e o Quebeque, naquela foi a primeira expedição de correio no Canadá. Existem, inclusivamente, registos que Pedro da Silva efetuou o transporte de correio e mercadorias pelo rio São Lourenço durante a guerra entre a França e os iroqueses, um grupo nativo que apoiava o império inglês, contexto que terá contribuído nesse período para o que o rei francês Luís XIV o tenha nomeado como “Mensageiro Real” na Nova França.
Conhecido como “Le Portugais”, Pedro da Silva é um dos mais insígnes antepassados da comunidade portuguesa no Canadá, uma comunidade que se destaca hodiernamente pela sua relevante integração, empreendedorismo e papel económico e sociopolítico.
bomdia.eu


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Pedro da Silva, o primeiro carteiro oficial do Canadá era português e foi também o primeiro cidadão luso a chegar ao Quebeque. 

Por volta de 1705, Silva assegurava a tarefa inédita de entregar cartas e pacotes postais entre Montreal e Quebec City, quase sempre a pé, outras vezes de carroça puxada por dois cavalos ou bois, disse Bianca Gendreau, curadora do Canadian Museum of Civilization.
Gendreau acrescentou ainda que “ os Serviços Postais do Canadá lançaram em 2003 um selo em homenagem a Pedro da Silva, mas infelizmente sem a sua efígie, já que até hoje nenhuma imagem sua é conhecida e também não sabemos muito sobre a sua vida. 


Temos apenas alguns conhecimentos neblosos e outros mais concretos, tais como a certeza que era pago 20 soldos por cada serviço (mais ou menos uma libra inglesa) pelo intendente de Nouvelle France, região que compreendia o actual Quebeque e outras províncias do actual Canadá.

Pedro da Silva, o carteiro da nova França, nasceu em 1647 na antiga freguesia de S-Julião, em Lisboa. Na Colónia da Nova França, onde chegou antes de 1673 era conhecido como “ Le Portugais”, e aí trabalhou vários anos como carteiro. Mais tarde mudou-se para Sault-au-Malelot, na baixa de Quebec City, tendo negociado no despacho postal de vários produtos. 

Sabe-se que no extremo quente verão canadiano, ele viajava de barco, enquanto nos rigorosos Invernos canuki “ enfrentava com bravura as temperaturas frias para entregar o correio num carro puxado por cavalos ou bois.” 

Documentação datada de Julho de 1693 comprova que da Silva foi pago 20 soldos, (o que representava mais ou menos uma libra inglesa) para levar um pacote de cartas de Montreal á cidade de Quebeque. “Está provado pelos arquivos da Canadian Post que, em 1705 Pedro da Silva recebeu uma carta de comissão, assinada pelo Intendente da Nova França, Jacques Raudot, incumbindo-o da função de “ primeiro correio” da Nova França, tendo ainda sido contratado para levar mensagens do Governador do Canadá, entre as cidades de Quebeque e Montreal.”
18
Jul18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

HÁ OS QUE SE CANSAM E NÃO DEIXAM DE SER O QUE SEMPRE FORAM.

OS QUE NÃO TÊM ESTÔMAGO PARA TUDO E EMBORA DESILUDIDOS COM O QUE OS RODEIA NÃO CEDEM UM MILÍMETRO NAS SUAS CONVICÇÕES E NA SUA INTERVENÇÃO NA SOCIEDADE, MUITO MENOS NA SUA DIGNIDADE.

HÁ OS QUE JÁ NASCERAM CANSADOS MENOS NA LÍNGUA E É DESSES QUE A HISTÓRIA JÁ TEM MOSTRADO DE QUE TÊMPERA SÃO FEITOS E DA SUA ACÇÃO PERNICIOSA PARA COM OS SEUS CAMARADAS E COMPANHEIROS DE LUTA. ESSES OS TRAIDORES !

TUDO DECORAM E NO ESSENCIAL TUDO RENEGAM A NÃO SER A SUA BARRIGA E O SEU BEM ESTAR, E POR HÁBEIS QUE SEJAM NÃO SE CONSEGUEM ESCONDER NA SUA COVARDIA E OPORTUNISMO, QUE SEMPRE SE TRADUZ ESTAR NO LADO QUE DOMINA E NÃO NO LADO QUE SERVE O POVO A QUE DIZEM PERTENCER MAS NÃO HESITAM EM SACANEAR, CONFORME OS DIVIDENDOS QUE DAÍ SUBTRAEM.

UNS MAIS SUAVES, OUTROS MAIS AGRESTES, A SUA PASSAGEM PELA VIDA NÃO É DE UNIDADE MAS SIM DE OPORTUNISMO SUJO E MISERÁVEL.

A HISTÓRIA, COMO JÁ MOSTROU E MOSTRARÁ NÃO SE VAI CONDOER DESTES TRAFULHAS SEM VONTADE PRÓPRIA QUE VIVEM SEMPRE AO SABOR DA MARÉ E NÃO PASSAM DE "CONAS DE VELHA" * A DEAMBULAR PELO PLANETA.

* conas de velha (TERMO ALGARVIO): organismo marinho semelhante a uma vagina ressequida que se encontra por vezes no areal das praias cuja imagem acompanha o texto.


António Garrochinho

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