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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

22
Jul18

ÁFRICA DO SUL - Onze taxistas mortos a tiro quando regressavam de um funeral

António Garrochinho


Caso aconteceu em Kwa-Zulu Natal, na África do SulOnze taxistas foram mortos a tiro na madrugada deste domingo quando regressavam de um funeral de um colega em Kwa-Zulu Natal, perto de Joanesburgo, na África do Sul.

Segundo um porta-voz da polícia local, os taxistas, que eram membros da associação de táxis Gauteng, estavam num autocarro quando vários homens armados começaram a disparar.
"Houve um tiroteio por volta das 18 horas. Registaram-se onze mortes e quatro taxistas ficaram gravemente feridos, sendo que estão hospitalizados", disse o porta-voz do Kwa-Zulu Natal, Jay Naicker. 
"Ainda estamos a investigar quem são os criminosos. Andar de táxi é comum na África do Sul e a violência também é comum entre grupos rivais", explicou. 

www.cmjornal.pt

22
Jul18

Caso Maddie. TVI condenada a pagar 20 mil euros a Robert Murat

António Garrochinho

O britânico que a TVI chegou a apontar como principal suspeito no desaparecimento de Maddie, em 2007, e que foi chamado de "pedófilo" vai ser indemnizado em 20 mil euros.


A TVI foi condenada a pagar 20 mil euros a Robert Murat, o britânico que foi identificado por aquela estação de televisão como “pedófilo” em várias peças televisivas, incluindo em emissão em direto, no caso do desaparecimento da pequena Maddie, em maio de 2007. Num acórdão datado de junho, o Supremo Tribunal de Justiça obriga a TVI ao pagamento de 20 mil euros ao britânico que, na sequência do desaparecimento da criança, chegou a ser considerado suspeito e foi até constituído arguido, escreve a revista Sábado.

As indemnizações arbitradas, a liquidar pela BB, SA, no valor de € 16.000,00, e a liquidar pelo réu CC, no valor de € 4.000,00, revelam-se, no contexto, equitativamente fixadas e proporcionadas para ressarcir o autor dos danos não patrimoniais provados, lê-se no acórdão de junho.
O britânico que foi publicamente acusado de frequentar sites pedófilos vai receber 16 mil euros da TVI e outros 4 mil euros do jornalista que o chamou de pedófilo na televisão. No acórdão lê-se que, na sequência destas acusações, Robert Murat “era apontado e incomodado sempre que saía à rua”, “recebeu ameaças dirigidas a si e aos seus familiares”, “passou a evitar sair à rua, a disfarçar-se quando o fazia e mudou de casa” e “procurou ajuda psiquiátrica”. O acórdão refere ainda que Robert Murat ficou sem trabalho e ficou, consequentemente, economicamente dependente da mãe, algo que não acontecia desde os 16 anos. À data, o britânico tinha 35 anos.
O tribunal considerou que Robert Murat foi identificado pela TVI como “pedófilo” e que “a divulgação, em emissão televisiva, de que o autor frequentava ‘sites’ pedófilos e a designação do mesmo como ‘britânico pedófilo’ é, objetivamente, ofensiva do bom nome”.


observador.pt
22
Jul18

“Brasil, um País fundado no ventre de Mulheres Nativas e Africanas”

António Garrochinho


Ilustração: Kenny Joseph

“Ele era da “principal nobreza de Viana do Castelo” (Portugal); ela, filha de um cacique tupinambá…”
Diogo Álvares Corrêa foi um um explorador português que sobreviveu a um naufrágio, na costa do litoral baiano, por volta do ano de 1510.
Já habitante entre os nativos, passou a ser chamado de “Caramuru”. Foi, muito provavelmente, o primeiro homem europeu a constituir um casal extra-étnico em terras brasileiras.
O Brasil foi “descoberto” no ano de 1500 (outra balela eurocêntrica, pois os núcleos populacionais aqui encontrados pelos colonizadores já habitavam o território brasileiro havia pelo menos 9.000 [[[nove mil!!!]]] anos).
A vinda de mulheres europeias de forma sistemática só se consolidou a partir do ano de 1550, à época em que Tomé de Sousa foi nomeado o primeiro governador do Brasil. Ainda assim, eram em número muito baixo e educadas, as moçoilas de Portugal, educadas sob as premissas e o rigor dos tabus dogmáticos do catolicismo.
Nos primeiros anos da exploração europeia sobre o Novo Continente, o deslocamento entre a costa oeste Africana e a costa leste do Brasil durava de 35 a 40 dias e as tripulações eram compostas exclusivamente por homens.
Ao desembarcaram em terras novas, os navegantes estavam ensandecidos pela abstenção sexual e, diante da visualização da nudez natural de meninas, moças e mulheres indígenas, é possível especular sobre os horrores passados pelo contingente feminino habitante dos novos territórios encontrados.
As primeiras embarcações dos navios tumbeiros trazidos da África começaram a chegar ao longo da costa brasileira por volta de 1526.
Isso significa considerar que as meninas, moças e mulheres Africanas eram estupradas e violentadas rotativamente (ou seja por mais de um membro de uma mesma tripulação) por mais de um mês em alto mar. E (se sobrevivessem ao infortúnio), passavam a ser violadas também em terras firmes, após serem vendidas como mercadorias, nos leilões escravagistas da época.
Seguramente este cenário deve ter se mantido razoavelmente no mesmo padrão por pelo menos uns 200 anos da História do Brasil, ou seja, mesmo APÓS o estabelecimento consolidado das mulheres eurocêntricas em território nacional.
O que dá robustez à interpretação de que o Brasil, enquanto Estado, País, Pátria e Estado, foi concebido sob a instituição do estupro, do sexo violento, da miscigenação coercitiva (…), da mistura étnica mais abusiva do que consentida.
E que, pela perspectiva do olhar masculino europeu, lançou as bases dos estereótipos e fetiches sexo-pejorativos e sexo-infames associados às mulheres nativas e de descendência africana em terras tropicais.
As mazelas deste início questionável da civilização brasileira podem ser sentidas nas investidas do “turismo sexual” europeu, que ainda assola a costa brasileira de norte a sul do país, em pleno século 21.
No tocante às mulheres negras, entendo que nós homens (principalmente os homens pretos) precisamos nos fazer alinhados à luta delas, naquilo em que elas entenderem ser o nosso melhor tipo de apoio, para que construamos uma comunidade forte, representativa, coesa, unida e vitoriosa, a partir da blindagem da dignidade e do valor intrínseco de cada uma das nossas meninas, moças, mulheres e anciãs do nosso eixo étnico.
Manos, mãos à obra.
Já passou da hora!

Durval Arantes


mundonegro.inf.br
22
Jul18

IMAGENS RARAS DE MARTIN LUTHER KING ASSASSINADO HÁ 50 ANOS - FOTOGALERIA

António Garrochinho
Martin Luther King foi enterrado em Atlanta, Georgia, no dia 8 de abril de 1968, cinco dias depois do seu assassinato em Memphis. Muitos dos que estiveram presentes nos dois velórios de Dr. King eram ativistas, políticos, artistas e outras pessoas que estiveram ao lado dele em incontáveis marchas durante anos.
Porém a  grande maioria, aproximadamente 10 mil pessoas, que caminharão ao lado do caixão do líder negro, eram pessoas normais, homens, mulheres, crianças , que estiveram presentes para prestar um homenagem final ao homem que deu sua vida, encerrada aos 39 anos, a árdua tarefa de lutar contra a injustiça e o racismo em uma época que brancos  e negros não dividiam autocarro ou banheiro.
O Getty Images, respeitado banco de imagens, usou da data de 4 de Abril de 2018,  50 anos do assassinato do ativista, para divulgar algumas fotos raras, de Martin Luther King, do convívio com sua família até o dia do seu funeral. Ele nos deixou num passado não tão distante.

FOTOGALERIA



mundonegro.inf.br

22
Jul18

AVISO

António Garrochinho
FACE A COMENTÁRIOS DE AMIGOS EM QUE CONFIO ELIMINEI UMA NOTÍCIA DO "EXPRESSO" POIS NÃO CORRESPONDIA À VERDADE.
JÁ NÃO TEMOS EM QUEM CONFIAR ! O JORNALIXO É UMA PRAGA !
OS PASQUINS CONHECIDOS MENTEM-NOS DESCARADAMENTE E DETERMINADA IMPRENSA QUE AINDA NOS INCUTIA ALGUMA FIDELIDADE ESTÁ NO MESMO CAMINHO.
POSTO ISTO PEÇO DESCULPA PELA MINHA PARTE POIS TAMBÉM FORAM ELIMINADOS OS COMENTÁRIOS.
A CULPA DE TODA ESTA TRAPALHADA ESTÁ IDENTIFICADA, O JORNAL "EXPRESSO"
AG
22
Jul18

O Gozão Carlos Costa anda a fazer troça de nós

António Garrochinho


(Dieter Dellinger, 22/07/2018)

(Bem podes rezar para que o Altíssimo te perdoe os crimes de traição à Pátria que tens cometido. Todos sabíamos que tinhas que pagar ao Passos e aos pafiosos a sinecura dourada em que te colocaram. E tens cumprido, sim. A tua gestão do programa de compras de dívida pública que o BDP tem realizado, essa sim, merecia uma Comissão de Inquérito da Assembleia da República, e um julgamento por crimes de lesa-Pátria. 
Comentário da Estátua de Sal, 22/07/2018)

De acordo com o programa de compra de dívida pública do Banco Central Europeu, o Banco de Portugal adquiriu mais dívida pública de entidades supranacionais (estrangeiras), como são o Banco Europeu de Investimento ou o Mecanismo Europeu de Estabilidade, do que dívida pública portuguesa durante o ano de 2017, diz o banco dirigido pelo Gozão Carlos Costa. Foi para ajudar essas entidades a financiarem os restantes países da União Europeia, nomeadamente a Alemanha, França, Bélgica, Holanda, etc. Coitados, precisam mais que nós???
Isto, apesar de as regras do programa de Quantitative Easing permitirem compras maiores de dívida pública portuguesa, estas estarão a ser reduzidas devido a critérios impostos por Carlos Costa que, como é habitual em muitos portugueses, não gosta do que é da PÁTRIA.
Segundo o Relatório da implementação da Política Monetária publicado esta quinta-feira pela instituição liderada por Carlos Costa, mesmo tendo em conta as compras que foram efetivadas pelo BCE, o valor de dívida pública portuguesa adquirida ao abrigo deste programa ficou muito aquém do valor que foi investido em dívida de entidades supranacionais, que pelas suas características já se financiam com juros baixos no mercado.
Assim, Costa comprou 10,1 mil milhões de euros de dívidas supranacionais e apenas 4,8 mil milhões de dívida da PÁTRIA dos portugueses, mas não tanto do Gozão Carlos Costa.
O BCE comprou 1,7 mil milhões de dívida portuguesa. Ao todo poderiam ter sido adquiridos títulos de dívida nacional no valor de 16,6 mil milhões de euros, mas o Gozão Carlos Costa não quis.
Os títulos de dívida portuguesa vencem juros mais elevados que os dos bancos supranacionais, pelo que o BP teria mais lucros que deveriam ser entregues ao Estado português, o seu único acionista.
Nós, os contribuintes, estamos a ser gozados por muita gente, não só do BP como da chamada Justiça, do exército, etc.
Nota: O termo Gozão é tirado do semanário Expresso que o aplica a pessoas ligadas ao PS. Temos de equilibrar as coisas, há Gozões de todos os lados e, principalmente, da direita e no Expresso gozões de má fé são quase todos os seus escribas.

estatuadesal.com

22
Jul18

Foi no dia 22 de Julho de 2014 - fez hoje três anos mas eu torno a publicar. Porque convém lembrar, aqui fica: CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, organização internacional formada por países lusófonos.

António Garrochinho

Ana Sara Cruz in facebook

Foi no dia 22 de Julho de 2014 - fez hoje três anos mas eu torno a publicar.
Porque convém lembrar, aqui fica:
CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, organização internacional formada por países lusófonos.
Principal condição para ser membro da CPLP - Ter como Língua oficial o Português.
MAIS UM PAÍS VAI ENTRAR PARA A CPLP MAS... NÃO FALA PORTUGUÊS
A 23 de julho, a Guiné Equatorial, um pequeno país corrupto e torturador, mas rico em petróleo, onde nunca se falou nem falará português, pois a sua língua é o Espanhol (Castelhano), vai entrar para a CPLP.
Mas o que é isto?
Teodore Obiang, presidente da Guiné Equatorial é, hoje, um dos dez chefes de Estado mais ricos do planeta - e o ditador há mais tempo no poder. Em 2011, ele tinha, só nos EUA, mais de 700 milhões de dólares em contas pessoais. O seu filho favorito, nomeado Vice-Presidente por decreto presidencial, fazia planos para comprar um iate por uns meros 360 milhões, o dobro do orçamento do país para a Educação.
Com a descoberta de petróleo, em 1996, a cleptocrática oligarquia familiar torna-se numa das dinastias mais ricas do mundo. O país começa a ser conhecido como o "Kuwait de África" e as grandes petrolíferas mundiais - ExxonMobil, Total, Repsol - instalam-se lá.
Em nome do petróleo e do dinheiro gerado por ele, tudo é permitido e todas as vigarices podem ser feitos. As hipócritas "democracias" ocidentais, que tanto falam dos direitos humanos nos países que não lhes prestam vassalagem, recebem de braços abertos e com vénias a Guiné Equatorial, uma ditadura sanguinária, onde o povo morre de fome e todos os dias são presas e torturados opositores ao regime.
Um país onde ninguém fala, nem falará o Português, vai entrar para a CPLP, APENAS porque os grandes magnatas ocidentais do petróleo, tem lá interesses financeiros.
A pena de morte está suspensa (por enquanto) - condição exigida para que a Guiné Equatorial pudesse entrar na CPLP, mas as cadeias estão cheias e os opositores políticos continuam a ser presos e torturados e nenhum mecanismo impede as execuções extrajudiciais.
O dinheiro, esse, continua a jorrar e a comunicação social não fala sobre isto!
22
Jul18

ESTA NOTÍCIA SURPREENDEU-ME ! - Nicarágua | Mujica aconselha Ortega a ir embora

António Garrochinho

Mensagem de Pepe Mujica ao presidente de Nicarágua: "há momentos na vida para dizer 'vou embora'"

Ex-presidente e senador uruguaio manifestou que a situação do país centro-americano e produz tristeza. "Me sinto mal, porque conheço gente tão velha quanto eu, porque recordo nomes e companheiros que perderam a vida na Nicarágua lutando por um sonho", afirmou.

O ex-presidente do Uruguai e atual senador José “Pepe” Mujica manifestou sua forte preocupação pela situação de violência que se vive na Nicarágua e enviou uma mensagem direta ao presidente desse país, Daniel Ortega.

Mujica participou, na última terça-feira (17/7), de uma sessão do Senado uruguaio onde se aprovou uma declaração que condena os atos de violência e repressão aos manifestantes e de violação dos direitos humanos na Nicarágua por parte do governo de Ortega.

“Me sinto mal, porque conheço gente tão velha como eu, porque recordo nomes e companheiros que perderam a vida na Nicarágua lutando por um sonho”, afirmou Mujica durante a jornada.

“Sento que algo que se foi, como em um sonho, se desviou, caiu na autocracia, e entendo que aqueles que antes foram revolucionários perderam o sentido de que há momentos na vida para dizer `vou embora´”, agregou.

A moção aprovada pelo Senado do Uruguai insta o governo de Ortega a estabelecer um diálogo para terminar com a violência, além de pedir eleições livres e transparentes, sem medo e intimidações.

Os protestos contra Daniel Ortega e sua esposa, Rosario Murillo, já produziram mais de 350 vítimas fatais, segundo a Associação Nicaraguense Pró Direitos Humanos (ANDPH).


*Do periódico El Desconcierto, do Chile | em Carta Maior | Foto Reprodução

22
Jul18

Política e ética

António Garrochinho




«Nesta última semana tivemos, em Portugal e no plano internacional, comportamentos de alguns políticos que causam indignação e deixam, ao cidadão comum, acrescidas desconfianças para o futuro. Trump foi, uma vez mais, a expressão limite da amoralidade, da utilização descarada da mentira, da negação de valores e princípios éticos que se exigem no exercício da política. E não faltam por aí atores políticos com total desprezo pela verdade e dispostos a mobilizar os cidadãos contra a democracia e pela negação da política. Na Assembleia da República (AR) assistimos a um comportamento desses: Manuel Pinho achincalhou os deputados e gozou com os portugueses, talvez por acreditar que os buracos nas leis, o espaço para manobras processuais e o arrastamento dos processos judiciais, e a sobreposição do poder económico ao poder político lhe permitirão passar impune. A sua arrogância e sobranceria foram chocantes.

Entretanto, também esta semana, vimos partir um político exemplar - João Semedo - um Homem de enorme humanismo e compromisso com as gerações futuras, que dedicou a vida à causa pública buscando como contrapartida a construção de vida mais feliz para o conjunto dos seres humanos - sempre a partir da defesa dos que mais precisam - e por consequência para ele. Era esse o alimento da alegria que nos mostrava nas horas boas e más dos combates políticos, sociais ou culturais em que se envolveu, a partir de uma militância empenhada primeiro no PCP e depois no BE.

Este contraste desafia-nos a uma reflexão séria sobre o que se passa com o exercício de responsabilidades públicas, com a política e a ética, identificando e denunciando as suas subversões. Imaginemos, por exemplo, uma associação cuja missão é a ajuda a terceiros em situação de necessidade e que nela, oportunisticamente, alguém se oferece para ocupar um cargo de responsabilidade, não para cumprir a missão da associação, mas para retirar do cargo vantagens pessoais de algum tipo. Quando a tramoia é descoberta, o prestígio da associação sofre um duro golpe, da mesma forma que a honorabilidade de todos os que trabalham para essa associação, mesmo a dos mais honestos e dedicados. E basta a existência de um ou outro caso destes para a reputação de todas as associações serem postas em causa. A partir daí, o desconforto de ser confundido com práticas detestáveis não afastará malandros dispostos a obterem vantagens por qualquer forma, mas levará muitas pessoas generosas e honestas a pensar duas vezes antes de se disponibilizarem para assumir responsabilidades.

Nesta sociedade tão dominada pela economia e pela finança, lembremos o palavrão que os economistas usam - "seleção adversa" - para designar situações em que o mau produto expulsa do mercado o bom produto. É claro que falar de política é mais amplo e exigente do que tratar estas questões, mas na verdade a política é para aqui chamada.

O que designa a expressão "classe política" nestes dias? Um grupo sob suspeita a que se associam normalmente epítetos do tipo "o que tu queres sei eu" e "eles são todos iguais" - uma associação de malfeitores. Quem quer ser da "classe política"?

As coisas estão tão mal que há um certo espanto quando se descobre, geralmente demasiado tarde, que há mulheres e homens honrados que dedicam ou dedicaram uma vida inteira à política por convicção e por generosidade. Aí surge uma espécie de ritual coletivo de penitência pública feito de elogios adiados, alguns genuínos, outros hipócritas.

Se queremos evitar que os partidos e outras instituições sejam desacreditados, que as cadeiras do Governo ou da AR não passem a estar em pleno ocupadas por malandros - mesmo que malandros finos, de gravata e muito "bons modos" - são precisos mais do que elogios requentados. É preciso sermos severos contra a conversa do "é tudo farinha do mesmo saco" que polui as caixas de comentários da Internet. É necessário não transigir com o "ele rouba mas faz" que já produziu, mesmo entre nós, candidatos vencedores. É preciso combater os julgamentos na praça pública feitos pelo jornalismo de cordel. É indispensável construir projetos políticos alternativos de rigor e de compromisso efetivo com as pessoas.»


entreasbrumasdamemoria.blogspot.com
22
Jul18

22 de Julho de 1798: Napoleão Bonaparte conquista o Cairo

António Garrochinho


"Os infiéis que vieram para vos combater têm unhas do comprimento de um pé, bocas enormes e olhos assombradores. São selvagens possuídos pelo demónio e vão unidos por correntes para os campos de batalha." Com esta descrição, o general mameluco Ibrahim tentava usar meios psicológicos para preparar os seus soldados para a defesa do Cairo.


Os inimigos eram os franceses, que acabavam de chegar à margem ocidental do rio Nilo. Eram 40 mil soldados que, apenas 19 dias antes, tinham desembarcado em Alexandria e tomado a cidade portuária sem sofrer perdas dignas de menção.


Era um exército formidável, que partira da França para conquistar o Egipto. Vinha com 400 navios, entre eles 13 de combate, 42 fragatas e 130 de transporte, sob o comando de um general famoso: Napoleão Bonaparte.


O Directório - poder executivo na época em Paris - havia planeado a conquista da Inglaterra. Vendo que a marinha francesa não tinha qualquer hipótese de derrotar a esquadra inglesa, Napoleão Bonaparte rejeitou o plano. Em vez disso, executou um projecto que mantinha na gaveta há muito tempo: bloquear as rotas comerciais britânicas em direcção à Ásia, através da ocupação do Egipto e do Oriente Médio.

Em apenas dois meses e meio, Napoleão conseguiu recrutar uma força armada que, em vez de "exército inglês", foi chamado de "exército egípcio" e zarpou de Toulon.

Depois de ocupar Alexandria, Napoleão enviou um apelo aos egípcios. "Ó, xeques, imames e oficiais da cidade: digam à vossa nação que os franceses são amigos dos muçulmanos. Prova disso é que eles, em Roma, destruíram o Vaticano, que sempre conclamou os cristãos à luta contra o Islão.


Eles também expulsaram os cavaleiros de Malta, que diziam combater os muçulmanos em missão divina. Os franceses sempre foram amigos do sultão otomano e inimigos dos seus inimigos. Os mamelucos negavam-se a obedecer ao sultão e só o faziam para satisfazer sua ganância. Abençoados sejam os egípcios que concordam connosco."


Napoleão queria aparecer como o libertador do país, que pertencia ao Império Otomano, mas, na realidade, era dominado pelos mamelucos. Descendentes de escravos militares eslavos e caucasianos, os mamelucos enfrentavam divisões internas, mas dispunham de uma poderosa cavalaria.


Também o general francês tinha grande respeito pelos cavaleiros mamelucos, mas percebeu logo que eles ainda usavam estratégias medievais. Assim, deixava-os atacar primeiro, para dizimá-los à curta distância com os mosquetes da sua infantaria.


Quando os mamelucos finalmente bateram em retirada, deixaram para trás milhares de mortos e feridos. Como prémio pela vitória, os franceses, esgotados pela marcha para o Cairo, saquearam as suas vítimas. A França tivera um saldo de apenas 29 mortos e 260 feridos.


Em 22 de Julho de 1798, o Cairo capitulou. Dois dias depois, Napoleão entrou na cidade. Assim como acontecera em Alexandria, ele estava decepcionado. Mas, num primeiro momento, a invasão francesa revitalizou o interesse artístico e académico pelo Egipto. A ideia de devolver o país ao Império Turco-Otomano (com capital em Constantinopla) foi logo abandonada. Ao contrário: no seu avanço rumo à Palestina, os franceses logo entrariam em conflito com os turcos.


A suposta amizade franco-egípcia, proclamada por Napoleão, não durou muito. Os primeiros sinais de resistência da população do Cairo foram reprimidos sem piedade. Em Outubro, quando um confidente de Napoleão foi assassinado por uma multidão revoltada, o general ordenou a destruição da mesquita e universidade de Al Azhar (então com mais de 800 anos) – até hoje, um dos principais centros de pesquisas do islamismo.


Os franceses tiveram ainda outra surpresa desagradável: poucos dias depois da conquista do Cairo, o almirante inglês Horatio Nelson destruiu a frota napoleónica próximo de Alexandria, liquidando 1.700 franceses. E a marcha napoleónica para a Palestina terminou em Akko, novamente com pesadas perdas no lado francês.


Por essa altura, Napoleão já havia retornado à França para assumir o poder. O general Kléber sucedeu-lhe como comandante no Egipto, para onde as tropas francesas foram obrigadas a recuar, sob pressão dos turcos e dos ingleses. Kléber foi assassinado por um fanático muçulmano, num acto de vingança pela destruição de Al Azhar.


Napoleão havia prometido aos seus soldados que eles voltariam ricos do Egipto. De entre os soldados, mais de um terço foram mortos no Médio Oriente; os demais voltaram derrotados para casa. O sonho do general, de destruir o Império Turco-Otomano, também não se tornara realidade.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)

Napoleão no Egipto - Jean-Léon Gérôme
Principais movimentos e batalhas na conquista do Egipto (1798) pelo exército francês

O General Jean-Baptiste Kléber substituiu Napoleão Bonaparte no comando do Exército do Oriente
Napoleão no Egipto - Jean-Léon Gérôme
22
Jul18

22 de Julho de 1946: A revista Time publica a reportagem sobre Salazar e o Estado Novo com o título "Até que ponto o melhor de Portugal é mau"

António Garrochinho


No dia 22 de Julho de 1946, a edição semanal da revista TIME dedicou a sua primeira página a António de Oliveira Salazar. Em manchete, o artigo referia: "Portugal Salazar's: Dean of Dictators – How Bad is the Best?"("Até que ponto o melhor de Portugal é mau").  O número de Julho é retirado do mercado nacional e, por seis anos, é proibida a venda da "Time" em Portugal. 


Na capa da revista à esquerda de uma imagem de Salazar, a revista colocou uma maçã aparentemente viçosa, mas repleta de bichos no interior. 

Era a metáfora escolhida para ilustrar a mais antiga ditadura da Europa. 

O trabalho resultara da recolha de informação por parte do editor Percy Knauth e de um correspondente em Lisboa, o italiano Piero Saporiti, radicado na capital portuguesa desde 1944. 

No texto, referia-se que, com praticamente “duas décadas de ditadura, Portugal era uma terra melancólica de pessoas empobrecidas, confusas e assustadas”.


O presidente do conselho não tolerou o teor do texto. 

A 27 de Agosto de 1946, um despacho PIDE, ratificado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, deu ordem imediata a um dos autores da peça (Saporiti), para abandonar o país até 3 de Setembro. Enquanto Saporiti lutava contra a extradição, foi-lhe dito pela PIDE que poderia evitá-la, caso se demitisse da TIME. O italiano recusou.


A venda da revista foi proibida em território nacional, todos os exemplares ainda por vender foram apreendidos e a PIDE recebeu ordens para confiscar as revistas que viessem a ser encontradas em domicílios privados. Saporiti conseguiu adiar a expulsão por mais um mês, tendo abandonado Lisboa de barco no dia 3 de Outubro, com destino  a Paris.

22
Jul18

SEMPRE COM O AZEDO A "PONTINHA" MAL DISFARÇADA DO ANTICOMUNISMO ! QUE GOVERNO QUER A EURONEWS ? UM IGUAL AO DO FULGÊNCIO BATISTA ? - NOVO PRESIDENTE MAS COM O MESMO GOVERNO

António Garrochinho




Miguel Díaz-Canel, o mais recente chefe de estado de Cuba, nomeou o conselho com o qual irá trabalhar nos próximos anos. A maior parte dos ministros que vinha do governo de Raúl Castro foi mantida, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa e o da Administração Interna.
Na cerimónia, Miguel Díaz-Canel fez uma homenagem ao parlamento e desejou a mesma dedicação para os anos que se aproximam.
Díaz-Canel foi nomeado presidente de Cuba em abril. Na altura disse que iria manter parte do governo de Raúl Castro e assim o fez. A grande mudança foi na pasta da Economia e na futura nomeação de um primeiro-ministro que terá a função de liderar o conselho que foi este sábado nomeado.


VÍDEO

pt.euronews.com
22
Jul18

POEMA DA MULHER

António Garrochinho


Mais si la force est synonyme de courage moral, alors la femme est infiniment supérieure à l'homme. GANDHI
(Tous les hommes sont frères) ...


Poema da Mulher


Era noite enluarada
Desciam brancos os montes
Quando nessa madrugada
Desenhando os horizontes
Um pedra ali postada
Pelo tempo da memória
Ia pela voz das fontes
Dar início à nossa história.
II
Dormia esse sono impuro
Que tanto pensar agita
Quando iluminando o escuro
Uma luz branca me fita.
Era sudário de sonhos
Como lençol de luar
Temeroso nevoeiro
Nas rendas do alto mar.
Gélida alvura na noite
Envolve prende o meu ser
Ou êxtase ou sorvedoiro
Rasga o silêncio do ver.
Névoas montes nevoeiro
Treva em flor água sombria
véus de mouras lírios brandos
Noivas de apenas um dia
Estavam cantando o seu pranto
Ali rente à penedia.
Que vozes de tal requebro
Esclareciam meu sentir
Que essa alvura tomou forma
Nas mães da história a sair.
Foram sentando pelos montes
Como flores de amendoeira
Tinham o timbre nocturno
Perfume de laranjeira.
De suas frontes pendiam
Atavios de tal esplendor
Que quem tais astros urdia
Era mago ou era a dor.
Vinham do fundo dos tempos
Atravessado a idade
No rosto sulco de vento
Da perdida mocidade
E no matutino olhar
Um fio d’água de saudade
Além me sentei também
Herdeira de seu dizer
Presente eu mais uma mãe
Pra melhor as perceber.
Ali naquela pedra toda musgo
Uma esguia mulher a trança alta
Trazia no sorriso a anoitecer
A fala que de súbito a exalta:
É dia de colheitas, noite embora
Ao longe de milénios semeámos
Ninguém se enternece pelos escombros
Dos sonhos que velámos.
É dia de falar de mão estendida
Essa mão que nunca ninguém viu
E que trazia nela a flor da vida
É dia de largar no vendaval
A história de milénios que calámos
Nossa dádiva bela e natural
Dos filhos que na terra semeámos
O sol acompanhava nossas vidas
Num hino universal à chuva
E das sementes conseguidas
Fizemos pão fizemos uva.
Mas nossa sementeira era de vida
Arámos o chão com nossas mãos
Mas de cada broto em nova vida
Nem sempre vimos irmãos
Como filhas da horda guerrilheiras
Tudo demos de nós sem o medir
E fomos Catarinas e ceifeiras
E parimos Mandelas e Ghandis.
Enquanto nosso sangue se espargia
No ódio à traição do nosso ventre
Cada criança que nascia
Nascia no direito a ser diferente.
Mas tudo foi pretexto para guerra
Um pedaço de rio que o chão nos dá
Por um metro de terra
O sangue que era amor se esvairá
Sempre por mais avareza e ambição
O humano olhar perde a essência
E derramando o sangue dum irmão
O que ontem foi menino é inclemência.
A mãe não distingue seu menino
Nesse ser déspota e cruel
Outrora ria como passarinho
A voz clara e doce como mel.
A voz infante que dizia Mãe
Hoje não sabe face a uma mulher
Aquele vulto é também para alguém
A pura fonte que lhe deu o ser.
Mata lacera violenta sem razão
Ante o olhar de horror de criancinhas
Em cada olhar que morre perde-se um irmão
E nasce mais fereza e mais chacina
As mães correm o monte em alvoroço
Mulheres da cor do sol que tempo deu
Esgatanhando os ares lembram o moço
Que viram partir vivo e que morreu.
Mas é chegado o dia da colheita:
Colher o pensamento e a Unidade
Eia mulher! Em Pé!
Por cada afronta feita
Que cada mãe saiba ser
Solidária! Mulher!
Marília Gonçalves
22
Jul18

MOITA FLORES

António Garrochinho


MOITA FLORES

UM DOS MAIS TÓXICOS FASCISTAS E DEMAGÔGOS DOS ÚLTIMOS TEMPOS.

UM TRAFULHA QUE FALA PELO DINHEIRO E NÃO PELA TRANSPARÊNCIA E HONESTIDADE, DOS VALORES, QUE NÃO TEM MAS APREGOA PARA ENGANAR QUEM O ESCUTA..

JÁ FOI DE TUDO, É UM COLECCIONADOR DE TACHOS, JÁ FOI POLÍCIA, JÁ FOI VENDEDOR DE BANHA DA COBRA NAS TELEVISÕES, JÁ FOI AUTARCA.

DISSE UM DIA QUE OS MAIORES ALDRABÕES, GATUNOS E VIGARISTAS QUE CONHECE SE ENCONTRAM NA POLÍTICA.
CLARO QUE SE ESQUECEU DELE.

ANDA AGORA NO ANTRO NAZI DO JORNALIXO, O "CORREIO DA MANHA".

AG
22
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho



Há toneladas de ignorantes neste país E EU POSSO SER UM DELES, mas... não sou "tapado" em tudo, e não é por despeito, desculpa, que digo que cada vez suporto menos essa gente que sendo ignorante sabe que o é, mas fica quietinho já que tem o estômago aforralhado com as sopinhas que deus, o patrão, o partido 
lhe "deu" !

Depois é só ser a "voz do dono", ou seja, repetir o que lhe dizem e foder tudo o que existe à sua volta, ao mesmo tempo que vomita a demagogia,a frase feita, os exemplos, a história que absorveu mas que não pratica.

Há gente que sabe que é ignorante mas nada faz para preencher, para colmatar, essa escuridão, esse buraco de análise da vida, E MAIS PERIGOSO AINDA, milita, vangloria-se, faz da merda o ouro, e continua porcamente nessa maneira de tratar os outros com o mais profundo desprezo fazendo ouvidos moucos à razão.

Já ensinou a HISTÓRIA que os escravos, alguns, os oprimidos que não se cultivam, e só se enraivecem, viram os algozes e copiam as práticas do que condenavam e falsamente condenam.

Veja-se o exemplo de Israel, os judeus e o nazismo, veja-se o exemplo de muitos líderes em quem o povo confiou e que passados uns anos aplicam a mais feroz e sanguinária repressão sobre o seu próprio povo.

O poder, o dinheiro, está na origem de todos estes atropelos e crimes, os homens sabem isso e são poucos os que combatem esse flagelo.
O mundo, os crápulas que o dominam, têm muitas armas para exercerem o seu mando, têm as polícias, os exércitos, os guardas costas, os bufos, traidores, a imprensa a televisão os jornais.

TÊM ISTO TUDO MAS NÃO TÊM NADA ! não têm os que são justos, os incorruptíveis, os humildes mas revolucionários, os que sentem, amam, a sua gente, a sua família, os seus amigos e companheiros de luta.

A RAZÃO DO HUMANO, A RAZÃO DE SER RACIONAL, A RAZÃO DE QUESTIONAR, DE COMBATER O QUE NÃO PRESTA, PARA QUE TODOS, REPITO, TODOS, POSSAM USUFRUIR DA VIDA QUE CONSTRUÍMOS não pode estar entregue a gente frouxa, a charlatões, a camaleões de ocasião.




António Garrochinho
22
Jul18

Tolera Tolera

António Garrochinho


Não só tolera como tem tolerado e tudo indica que vai tolerar.... Uma vergonha depois da privatização de Passos & Cia
O secretário de Estado das Infraestruturas, que tem a tutela das comunicações, afirmou que o Governo não vai "transigir".
"A Anacom, neste último ano, tem transmitido essa mensagem [à administração dos CTT], que o Governo não vai tolerar qualquer margem de incompetência ou de incumprimento", declarou Guilherme W. d’Oliveira Martins, durante o discurso que proferiu no Palácio dos Correios, na Baixa do Porto.
O governante explicou que quando fala em pugnar pela qualidade do serviço postal não se pode confundir esse debate com uma empresa que é privada.
"O Estado não tem ingerência, mas em todo o caso tem um contrato de concessão que é para cumprir. (…) Independente da empresa, estamos para cumprir um contrato e queremos promover a aproximação dos portugueses e queremos acabar com as clivagens que existem entre o litoral e o interior e dinamizar a utilização dos serviços digitais, e para isso é preciso tempo e adaptação às novas tecnologias", acrescentou.
O secretário de Estado garantiu ainda que o Governo "está atento não só ao cumprimento desses indicadores, desta intensificação dos indicadores, como à qualidade do serviço que resulta da lei postal". Uma ova


foicebook.blogspot.com
22
Jul18

Os ‘humanitários’ Capacetes Brancos aproximam-se da Venezuela

António Garrochinho




 Prensa Latina     
A organização “Capacetes Brancos” já está mais do que desmascarada pela sua actuação na Síria. Exerce, no fundamental, o papel de fornecer ao imperialismo norte-americano e europeu os argumentos “humanitários” para a agressão a esse país. Que surjam agora nas fronteiras da Venezuela é um claro sinal do aumento da ameaça de agressão militar. Os governos de Argentina e Colômbia dispõem-se a participar, na qualidade de lacaios dos EUA e de inimigos dos povos latino-americanos.




Os chamados Capacetes Brancos, com uma inventada fama de ajuda humanitária, chegaram às cidades colombianas de Cúcuta e Maicao, na fronteira com a Venezuela, preâmbulo segundo analistas para incriminar o país bolivariano e tentar justificar uma invasão.
Chegaram a Cúcuta (Colômbia). Chegaram para “salvar os ‘refugiados’ venezuelanos que vivem lá. Chegaram com suas batas de médicos, com seus capacetes de marketing, com Gaby Arellano […], com umas barracas para montar seu circo mediático’, comentou a escritora e jornalista venezuelana Carola Chávez.


Esse grupo chegou à fronteira para atender ‘meia centena de pessoas que não pintam as misérias e penúrias que os Capacetes Brancos e mercenários mediáticos nos querem contar (sobre Venezuela) ‘, enfatiza a analista.


O problema destes senhores, explica, é que já sabemos o que fazem, vimos o rio de sangue que deixam em seu rastro. São o cinismo, porque se supõe que os médicos salvam vidas, mas estes pavimentam o caminho à morte. Não são mais que terroristas, financiados pela OTAN, disfarçados de doutores, atores encenando operações de falsa bandeira, prologuistas de bombardeios ‘humanitários’.


Estes que chegam agora à nação neogranadina, são da mesma laia que os que acompanham na Síria os grupos terroristas e que em várias oportunidades fizeram montagens. Agora talvez se destaquem criando falsos positivos como os denunciados pelo presidente da Venezuela Nicolás Maduro para incriminar a Venezuela e tentar justificar uma invasão.


Assim mesmo o analista venezuelano Carlos E. Lippo, em um recente comentário no Barómetro Internacional, afirmou que os Estados Unidos e o Grupo de Lima pretendem usar o grupo de médicos chamado ‘Capacetes Brancos’ como mecanismo para uma intervenção militar multiestatal contra a Venezuela.


A missão médica argentina foi convocada pelo governo colombiano para ficar estacionada na região fronteiriça com seus vizinhos, especificamente em Cúcuta e Maicao, com a desculpa de atender a saúde dos migrantes venezuelanos.


Sobre o tema, a jornalista e prestigiosa analista argentina Stella Calloni afirmou que essa acção está ‘sob a coordenação da Comissão de Capacetes Brancos da Chancelaria Argentina, para atender a ‘migrantes venezuelanos’ que saíram de seu país como consequência da grave situação político-institucional, segundo informa o comunicado, que é mais que duvidoso’.


Depois de explicar o projecto médico de suposta atenção a refugiados, indicou que as equipes trabalharão com medicamentos e insumos ‘doados pelos sócios dos Capacetes Brancos do sector privado’, algo parecido a como iniciaram sua actuação com os mesmos sócios ‘sírios’.


Ao mesmo tempo que se opera esse deslocamento, o jornalista e ex-ministro de Defesa da Venezuela, José Vicente Rangel, denunciou em 8 de Julho que órgãos de segurança do Estado detectaram que depois da vitória do candidato Iván Duque aumentaram os perigos na fronteira com a nação neogranadina.


Rangel disse que há nessa região uma mobilização do exército colombiano, várias unidades de infantaria, bem como actividade nas bases militares norte-americanas localizadas perto da fronteira norte da Venezuela.
A isso se somam relatórios de que o grupo permanecerá na fronteira até Dezembro e que começou sua tarefa contra a Venezuela através de declarações às agências internacionais para legitimar a tese da ‘crise humanitária’, explicou Lippo.


Por outra parte, Lippo abordou, também está a cumplicidade do governo argentino, que reforçou ultimamente seu poderio militar e, segundo ele, Buenos Aires está cada vez mais propensa a participar de uma intervenção militar conjunta contra a Venezuela para ajudar os Estados Unidos a ‘consolidar seu quintal’.
Adiantou que o momento mais propício para activar o dispositivo de invasão seria em Setembro, quando a Colômbia realizará em Cartagena as manobras aeronavais conjuntas Unitas Lix, reafirmando a validade de denúncias realizadas por meios internacionais e analistas como a argentina Calloni.


UM POUCO DE HISTÓRIA DOS CAPACETES BRANCOS

A cor branca é historicamente utilizada para identificar esforços de paz, como a bandeira branca e as pombas brancas, mas os ‘Capacetes Brancos’ não se parecem aos ‘Capacetes Azuis’ da ONU, em ocasiões se convertendo em intermediários em zonas de conflitos, ainda que a alguns de seus membros tenham enfrentado problemas por condutas inadequadas.

Supostamente, os Capacetes Brancos surgiram em 2013 como uma organização de voluntários para prestar apoio aos civis durante a agressão ocidental contra o povo da Síria.

Assim ganharam fama ao se atribuir o salvamento de milhares de pessoas, foram indicados um par de vezes ao prémio Nobel da Paz e um filme sobre seu trabalho recebeu um prémio Óscar em 2016, segundo descrevem comentaristas de sua actuação.

Têm uma imagem fabricada que, quando alguém se debruça sobre ela, se estilhaça como vidro, segundo demonstraram evidências acumuladas que cobrem o polémico grupo, que com frequência se vê criticado por diferentes organizações não-governamentais, jamais pelos funcionários públicos dos países ocidentais, segundo a publicação russa Sputnik.

Os Capacetes Brancos são definidos como ‘um projecto propagandista que apoia as ambições neocoloniais’ das potências ocidentais através dos grupos extremistas que operam na Síria, indica o jornal.

A performance dos supostos ataques com armas químicas das forças sírias contra civis, segundo denúncias, foi montada por estas pessoas de bata e capacetes brancos, pelo menos é o que dizem moradores locais pagos e utilizados para esses fins.
Segundo a jornalista Vanessa Beeley, uma estudiosa das actividades ‘estranhas’ dos Capacetes Brancos, eles são ‘extremamente importantes como ferramenta de propaganda contra o presidente sírio, Bashar al-Assad. 

Providenciam ‘provas directas’ do uso de armas químicas ou outras matanças fictícias do Exército governamental para justificar uma intervenção externa’.
Os Capacetes Brancos (árabes?) foram apoiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que confirma tê-los apoiado com mais de 23 milhões de dólares, bem como países membros da OTAN (Reino Unido e Dinamarca), o Japão e organizações vinculadas ao magnata George Soros, segundo meios.

Agora, quando os Capacetes Brancos, versão ‘Produzido na Argentina de Mauricio Macri’, se deslocam à fronteira da Colômbia com a Venezuela, é provável que recebam grandes doações financeiras de Washington, como em seu momento conseguiram os que actuavam na Síria para apoiar a agressão.


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