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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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24
Jul18

A QUE ESTRUMEIRA É QUE VÃO BUSCAR ESTA GENTE⁉️

António Garrochinho




A QUE ESTRUMEIRA É QUE VÃO BUSCAR ESTA GENTE⁉️


A campanha orquestrada pelas televisões contra o “governo das esquerdas unidas”, como lhe chama Cristas, a monocórdica “facha” do CDS, toma por vezes aspectos capazes de envergonhar até o ser mais empedernido.
Segundo li (e vi) num desabafo do amigo Armando Pires, no momento da partida para a Suécia de dois aviões de combate às chamas, partida a que a senhora embaixadora da Suécia fez questão de assistir, agradecendo ao governo e ao povo português o acto solidário… uma jornalista da TVI não arranjou nada melhor para lhe perguntar, tentando “avacalhar” a ajuda…
- Mas esta é uma pequena ajuda. Não acha?
(Não faço ideia do que possa ter passado pela cabeça da embaixadora.)
Com o mesmo objectivo desta “presstituta”, mas com o argumento populista e porco precisamente ao invés… o grunho que opina sobre tudo e mais alguma coisa, Hernani Carvalho, declarava num post privado «não perceber» por que raio é que o governo português ia emprestar dois aviões, os mesmíssimos dois aviões emprestados à Suécia, numa altura em que fazem cá falta… e porque gastamos muito dinheiro com eles.
Portanto, se bem percebi, a “presstituta” da TVI ataca o governo porque dois aviões é uma ajuda miserável, e o grunho da SIC ataca o governo porque os mesmos dois aviões são um exagero e um desperdício de dinheiro público.
Na lista das coisas que me enojam, a demagogia populista está, decididamente… lá bem em cima!

24
Jul18

Aguiar-Branco hurra no Facebook baptismo de António Costa nos estaleiros de Viana

António Garrochinho

O ex-ministro da Defesa, que não foi convidado para o baptismo de um navio por si encomendado aos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, utilizou o Facebook para atestar que o seu sucessor no cargo e António Costa estiveram “a aplaudir o que tanto criticaram”.
Aguiar-Branco hurra no Facebook baptismo de António Costa nos estaleiros de Viana
José Pedro Aguiar-Branco, ex-ministro da Defesa.



António Costa esteve na manhã desta sexta-feira, 20 de Julho, nos estaleiros navais de Viana do Castelo, que são explorados pela West Sea, para presidir à cerimónia de baptismo do Navio-Patrulha Oceânico (NPO) Sines, o primeiro de dois em construção pela participada do grupo Martifer.






A decisão de subconcessionar a privados a actividade da ENVC - Estaleiros Navais de Viana do Castelo, assinada em Janeiro de 2014, assim como a encomenda dos dois navios patrulha à West Sea, foram tuteladas por José Pedro Aguiar-Branco, o ministro da Defesa do anterior Governo liderado por Passos Coelho, que não foi convidado para a cerimónia de baptismo do NPO Sines.

Aguiar-Branco não foi convidado, mas fez questão de assinalar o evento na sua página de Facebook. "Hoje, do socialista autarca de Viana do Castelo ao primeiro-ministro e a sua mulher, passando pelo neo-socialista ministro da Defesa, vão estar todos a aplaudir o que tanto criticaram, nos últimos anos!", começa por afirmar no seu "post", publicado a meio da manhã desta sexta-feira.

"Por Portugal, valeu a pena, ‘contra tudo e contra todos estes’ lutar pela solução que acreditei ser a melhor para o país e para a região. Palavra dada palavra honrada não foi, ao contrário do que hoje tantas vezes assistimos, um jogo floral. Não há melhor sensação do que a da consciência tranquila e do dever cumprido", remata o ex-ministro da Defesa.

O "post" de Aguiar-Branco é acompanhado pela imagem de dois recortes de jornais - um datado de Janeiro de 2014 - "Estaleiros de Viana do Castelo: Daqui a cinco anos os críticos vão aplaudir a solução para os estaleiros, diz Aguiar-Branco", e outro desta quinta-feira, do jornal online Observador, com o título "Novo navio da Marinha baptizado esta sexta-feira por mulher do primeiro-ministro".
 
A decisão de extinguir a empresa ENVC e subconcessionar a sua actividade a privados foi, na altura, fortemente criticada pelos socialistas.

Aliás, em Janeiro de 2014, o presidente socialista da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, levou uma coroa de flores para a cerimónia de assinatura do contrato de subconcessão dos estaleiros à West Sea. "Vim a um velório, ao velório da construção naval em Portugal", explicou então o autarca.

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro António Costa disse que hoje "é um dia de parabéns para a indústria portuguesa de construção e reparação naval", confirma a "vitalidade dos estaleiros" e honra a sua "longa actividade", sublinhando que toda a tecnologia usada foi desenvolvida em Portugal e está ao nível do melhor que se faz em todo o mundo".

"É um exemplo muito feliz do que pretendemos fazer para reforçar as nossas Forças Armadas", concluiu, anunciando a construção, nos próximos seis a oito anos, de sete novos navios para a Marinha portuguesa, no âmbito da revisão da Lei de Programação Militar (LPM). 

www.jornaldenegocios.pt


24
Jul18

Resposta à Amiga (que muito prezo) que publicou a seguinte afirmação: A actividade cinegética, esse horror!

António Garrochinho

Amiga, respeito os teus sentimentos em relação aos animais selvagens, mas têm de ser mais abrangentes, pois aqueles que são para a nossa alimentação ou não, têm os mesmos direitos. Quando falo em animais, falo de todos, não só dos que são bonitos e “fofinhos” mas também dos répteis e insectos pelos quais a maior parte de nós tem medo ou repulsa.
A vida é só uma, desenvolveu-se foi nas mais variadas formas. Os vegetarianos que dizem ser pela vida e contra quem come animais, estão também a comer vida porque o reino vegetal é vivo.
A VIDA no sentido lato, desenvolveu-se e desenvolve-se alimentando-se dela própria.
Por isso todo o ser vivo é um predador, para poder sobreviver e reproduzir-se, para que a vida continue a avançar.
O homem é neste momento o expoente máximo da vida e o vértice da pirâmide dos predadores, mas não se esqueça que os herbívoros são predadores do mundo vegetal e repetindo, todos os seres vivos são predadores.
Grande parte desta discussão tem origem na oposição entre duas culturas diferentes, a rural e a urbana. O mundo urbano ao contrário do mundo rural, afastou-se muito rapidamente dos problemas da preservação da vida, come os animais que compra nos supermercados, mas é incapaz de os matar (alguém que faça esse trabalho “sujo”). No fundo é o mundo rural que alimenta o mundo urbano (cria e mata os animais de que o mundo urbano se alimenta).
É por isso que existem muitos mais caçadores no mundo rural que no mundo urbano, os urbanos fazem-se muitas vezes caçadores por moda e status ou porque a sua raiz rural ainda está, mais ou menos, intacta.
O argumento de que o homem é um ser inteligente, não colhe porque a vida é inteligente nos mais variados graus nas mais variadas espécies, além disso o instinto de sobrevivência, em circunstancias extremas, leva a que qualquer ser humano mate para se alimentar.
Amiga, também luto contra os maus tratos aos animais. No entanto sou mais abrangente do que tu, enquanto tu és defensora dos animais, eu sou defensor da VIDA, que inclui o mundo vegetal também. Tu não comes carne mas alimentas-te de vegetais, o que é normal, pois para viveres tens de consumir vida.
Quando digo que sou defensor da vida, quero dizer que sou pelo avanço da vida por reprodução e pelo seu desenvolvimento genético.
Repetindo, a VIDA existe tão simplesmente porque se alimenta de si mesma, (é autofágica).
Para mim todos os predadores são essenciais à vida, em especial o Homem, por ser neste momento, o topo do desenvolvimento da VIDA.
Agora no meio desta polémica está um dado importante que precisa de ser trazido à colação e que é a diferente MORAL que cada cultura possuí.
O mundo rural e o mundo urbano têm morais diferentes, enquanto a morte de animais para a alimentação, é normal no mundo rural, está a deixar de o ser no mundo urbano.
A moral também se modifica com o tempo, exemplo disso é a modificação produzida nas crianças depois do aparecimento dos filmes do Walt Disney em que os animais são lindos, pestanudos e “fofinhos” e por isso impensável caça-los e come-los.
É por isso que para mim comer animais ou vegetais é exatamente o mesmo, estou a comer vida, fundamental para a preservação da espécie humana.
Um abraço

Diogo Ferreira in facebook
24
Jul18

COMPANHIAS AÉREAS APRESENTAM QUEIXA CONTRA A FRANÇA

António Garrochinho
Quatro companhias aéreas apresentaram queixa à Comissão Europeia contra França por proibir voos durante as greves dos controladores de tráfego aéreo.
O International Airlines Group, a Ryanair, a easyJet e a Wizz Air consideram que em causa está a “liberdade fundamental de viajar entre os estados membros não afetados pela greve”.
Em comunicado, as companhias aéreas garantem que não questionam o direito à paralisação mas afirmam que França está a infringir as leis da União Europeia, lembrando que no mês passado o senado francês afirmou que o país é responsável por 33% dos atrasos de voos na Europa.
Segundo o Organismo Europeu de Segurança na Navegação Aérea, até junho, mais de 16 mil voos foram adiados por causa das greves dos controladores e mais de dois milhões de passageiros foram afetados.

VÍDEO



pt.euronews.com
24
Jul18

A GALINHA CRISTAS COM O TERRENO A FUGIR-LHE DEBAIXO DAS PATAS JÁ FALA NUMA "GERINGONÇA" DE DIREITA

António Garrochinho



Cristas admite "geringonça da direita"

Assunção Cristas admite a possibilidade de haver uma "geringonça" da direita após as próximas eleições legislativas. A presidente do CDS-PP tem reiterado que, com a atual solução governativa, "acabou o mito do voto útil" e que o objetivo do centro-direita deve ser conquistar a maioria, isto é, pelo menos 116 deputados.

Mas agora, em entrevista ao podcast "Perguntar Não Ofende" , do jornalista Daniel Oliveira, que é publicado na próxima quinta-feira, Assunção Cristas considera possível o CDS-PP apoiar um executivo de Rui Rio sem integrá-lo. "Eu acho que tudo é possível. Até isso é possível. Não vejo nenhuma obrigatoriedade de o CDS ir para um Governo com o PSD se não sentir que há uma convergência suficiente de matérias que leve a isso", reconhece a líder centrista.

Ainda assim, a líder do CDS deixa claro que defende um executivo de coligação. "Acho que idealmente devemos ter um Governo em conjunto".

SOM AUDIO



A jornalista Raquel de Melo destaca as declarações de Assunção Cristas sobre uma união com o PSD
Tendo assumido que desde que Rui Rio conquistou a liderança do PSD " não há diálogo entre ambos", Cristas fala na hipótese de apoiar o antigo autarca do Porto, dizendo que seria "preciso muita discussão e afinamento de temas" e explica que "é preciso perceber o que é que Rui Rio pensa sobre um conjunto muito relevante de matérias".

Mas a líder do CDS não rejeita a priori uma "geringonça" de direita. "Será certamente um diálogo interessante, profundo e desafiante. Agora, eu diria que bastante mais fácil do que aquele que o PS teve de manter com o Bloco de Esquerda e com o PCP. E, portanto, não creio que haja clivagens tão profundas quanto aquelas que existem atualmente entre o PS, o PCP e o BE", afirma.

Defendendo para já um caminho autónomo de PSD e CDS à procura de apoio do eleitorado para as eleições que deverão acontecer em 2019, Assunção Cristas reconhece que o posicionamento de Rio ainda é, para si, em muitos casos, uma incógnita.

"Eu ainda não percebi exatamente o que é que ele é, com toda a franqueza. Eu vejo muito ziguezague em muitas matérias... Aliás aqui no parlamento nós vemos isso frequentemente, a mudança de posições do PSD. Eu ainda não percebi exatamente todos os pontos", confessa.

SOM AUDIO


www.tsf.pt

24
Jul18

FARO - LARGO DO MERCADO MUNICIPAL

António Garrochinho


Comicio-Festa "O Algarve na Festa do Avante 2018", um evento que já é uma tradição em Faro com Animação Musical, Jantar e Pestiscos. Intervenção politica de Manuel Rodrigues, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP. No Largo do Mercado Municipal de Faro dia 4 de Agosto às 20H00.

24
Jul18

Grécia: 74 mortos nos incêndios de Ática

António Garrochinho

São já 74 as vítimas mortais dos violentos incêndios que devastaram a região de Ática, na Grécia. As autoridades temem que este número venha a aumentar.

Equipas da Cruz Vermelha percorrem o terreno por onde passaram as chamas à procura de sobreviventes.

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, decretou 3 dias de luto nacional.

Em fase de rescaldo, diversos meios aéreos operam na zona para garantir que a situação está sob controlo.

Um homem, a quem a casa não ardeu por sorte, conta: ''Saímos literalmente no último minuto. Vimos o fogo a 200 metros daqui. Eu tinha o carro preparado. De repente, havia um fumo muito espesso e um vento muito forte, não podíamos respirar. Felizmente a minha mulher tinha trazido toalhas molhadas e água e conseguimos fugir. Ficámos bloqueados uns metros mais à frente porque havia muito tráfego. Era o pânico, as pessoas gritavam por ajuda."

Outro, que perdeu tudo, relata: ''Subitamente começámos a ouvir explosões. Vidros a partirem, botijas de gás e depósitos de combustível dos carros a explodirem. Então, o meu instincto disse-me: é preciso fugir, não dá mais".

O pânico generalizou-se. Muitas pessoas quiseram ficar para tentarem salvar os seus bens, mas rapidamente perceberam que tinham que partir urgentemente.

Uma jovem recorda: "As pessoas corriam pelas ruas a gritarem 'estamos queimados, quem nos ajuda' ".

A repórter da Euronews, Fay Doulgkeri, esteve no terreno: '' De acordo com testemunhas oculares, o incêndio que eclodiu no leste da Ática espalhou-se muito rapidamente. Pessoas que viveram o horror dizem que tudo aconteceu no espaço de uma hora. Alguns correram para a praia mais próxima e salvaram-se, mas outros ficaram presos e não conseguiram. As pessoas que foram resgatadas dizem que precisam da ajuda do estado para continuar suas vidas'.'

VÍDEO



pt.euronews.com
24
Jul18

VAMOS CEDENDO EM TUDO !

António Garrochinho

ADORMECIDOS NÃO CONTESTAMOS OS PRIVILÉGIOS, MUITOS DELES EXAGERADOS, QUE A CLASSE POLÍTICA USUFRUI.

ASSIM, CADA VEZ MAIS, ELES LEGISLAM À VONTADE E QUANDO LEGISLAM COM A NOSSA COMPLACÊNCIA SÃO ELES QUE NOS VÃO ROUBANDO E ANULANDO OS DIREITOS.
OU SEJA: TÊM A FACA NA MÃO !


NÓS SOMOS A MANTEIGA ONDE ELES SE LAMBUZAM, ONDE ELES VÃO BUSCAR O DINHEIRO PARA SE "ENCHEREM" E PARA ENCHER OS SEUS PARCEIROS, O CAPITALISMO, OS SEUS AMIGOS.

E ASSIM VAI A RODA DA VIDA ! TÊM SEMPRE NOVAS LEIS A FAZER, A PÔR EM PRÁTICA, E NA VERDADE AS QUE TODOS OS DIAS ALINHAVAM, NUNCA SÃO PARA TOCAR NOS GRANDES INTERESSES.
ESSES SÃO SAGRADOS, E CÁ EM BAIXO ESTÁ O ZÉ POVINHO PARA CARREGAR TUDO ISSO EM CIMA DOS COSTADOS FICANDO CADA VEZ MAIS POBRE E FRÁGIL NA CONTESTAÇÃO.

SIM ! MAIS FRÁGIL ! PORQUE A "CANGA EDUCA" E O CAPITALISMO ATRAVÉS DOS SEUS LACAIOS EXECUTANTES, SABEM MUITO BEM UTILIZAR ESTA ESTRATÉGIA.

A CLASSE POLITICA TEM SEMPRE COM QUE "GOVERNAR" PRIMEIRO ROUBA E DEPOIS DÁ UMA ESMOLA E ASSIM CONSECUTIVAMENTE VAI APRESENTANDO A SUA "FOLHA DE SERVIÇO" AO MESMO TEMPO QUE HIPNOTIZA, DROGA, MENTE E ILUDE APRESENTANDO JUSTIFICAÇÕES DE GOVERNAÇÃO QUE NADA MAIS SÃO DO QUE O SAQUE CONTÍNUO A QUEM MESMO POUCO JÁ TEM.



António Garrochinho
24
Jul18

STAL: «Governo lava as mãos» com descentralização

António Garrochinho


Numa posição divulgada, o STAL manifestou preocupação com as propostas para a descentralização de competências e lembra que o Estado quer transferir para as autarquias, mas sem os meios financeiros necessários.
Foto de Arquivo: manifestação em Lisboa
Em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) afirma que a proposta de Lei de Bases da Saúde, oriunda da comissão nomeada pelo Governo, conduzirá a alterações que vão agravar a actual situação do SNS.
Segundo a estrutura, as alterações «agravarão o acesso a um sistema de saúde», actualmente já alvo de um sucessivo «subinvestimento», tendo em conta que as autarquias vão ter de «assegurar encargos da mais diversa ordem, nomeadamente financeiros, que, até hoje, os sucessivos governos nunca assumiram».
Um «alijar de responsabilidades pelo poder central», frisa o STAL, que aponta estar em causa «a responsabilização dos municípios por investimentos urgentes, sem a atribuição de quaisquer instrumentos financeiros que lhes permitam responder à reabilitação ou construção de equipamentos, mas também a limitação da própria gestão dos orçamentos através da obrigatoriedade da consignação de receitas».
Segundo o sindicato, com tal processo «ignora-se o impacto negativo que se produz nas estruturas municipais», nomeadamente com o condicionamento de outras áreas de gestão, além que terá impactos directos nas condições laborais dos trabalhadores, muitas ainda por resolver, que merecem «medidas especiais de protecção, no âmbito da saúde ocupacional».
Em conclusão, o STAL denuncia que o projecto é um processo de privatizações das funções sociais do Estado e dos serviços públicos: «O Governo lava as mãos e empurra os municípios para soluções de gestão e contratação de recursos e de equipamentos fornecidas por grupos económicos».


www.abrilabril.pt

24
Jul18

A HISTÓRIA DE ISRAEL KEYES O ASSASSINO COM DUPLA PERSONALIDADE

António Garrochinho
Israel levava uma vida mais do que normal com sua namorada e filha na cidade-condado de Anchorage, no sul do Alasca. O dia a dia do homem decorria sem sobressaltos com sua pequena empresa de consertos Keyes Construction. Mas a cada certo tempo e como contaria sua garota anos mais tarde, ele sumia por algum tempo. Israel saía de Anchorage a algum lugar desconhecido. "É trabalho", segundo comentava sem dar mais explicações. Às vezes dias, às vezes semanas, mas ele sempre voltava com a mesma atitude amável de sempre.

A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Humble, Novo México, Londsburg, Washington, Nova York ou Alasca foram alguns de seus destinos. Ali o ritual era quase sempre o mesmo. Em algum ponto afastado e distante das pessoas, em desertos e regiões arborizadas pouco frequentadas, Israel chegava de carro. Tranquilamente descia, abria o porta-malas e retirava uma pequena caixa, balde ou saco.

Depois seguia um trajeto até encontrar o lugar perfeito, ou ao menos, aquele que lhe parecia ideal. Então era o momento de cavar para enterrar o que carregava. Ato seguido, voltava para o carro. Estes fatídicos lugares voltariam a ser visitados por Israel ao menos uma vez mais. Hoje, o FBI segue sem saber o número de "trabalhos" que ele realizou.
Israel antes de Israel
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Israel Keyes durante sua etapa no exército
Israel Keyes nasceu um 7 de janeiro de 1978 em Richmond, Utah. Foi o primeiro filho de um casal recém-casado que depois se transformaria em numerosa. Nada menos que sete irmãos para aquele então jovem Israel. Quando o garoto era filho único seus pais eram fiéis devotos e membros da Igreja mórmon, a mesma com a qual educaram a criança nos primeiros anos.

Pouco depois a família Keyes mudou-se a uma zona rural ao norte de Colville, Washington. Foi uma época onde os Keyes quase abandonaram a religião, ainda que de vez em quando iam a alguma das igrejas cristãs da área. Em especial uma cuja identidade e denominação giravam para a pregação separatista, com doutrinas antissemitas.

Os pais de Israel decidiram educar os filhos em casa, nenhum ia à escola. Ademais, o translado o percurso entre a casa e o colégio era horrível. Viviam nos arredores de Colville em uma pequena cabana que não tinha eletricidade, um detalhe nada comum tendo em conta o isolamento em uma zona rural escassamente povoada. Anos mais tarde decidiram se mudar de novo, desta vez a Smyrna, no Maine.

Israel já não era um menino e começou a trabalhar em uma fábrica de xarope de bordo. Quem lembra dele desta época descreviam-no como um garoto tremendamente amável e serviçal, um jovem muito educado e prestativo. Em 1998 aconteceu uma reviravolta na vida de Israel. Se alistou no exército dos Estados Unidos desempenhando funções em Fort Lewis, Fort Hood e finalmente no Egito. Em 2001 foi declarado culpado por dirigir bêbado, mas a parte deste detalhe, o resto de sua estadia como soldado foi irretocável, chegando a receber a Medalha de Serviço do Exército -ainda que jamais tenha entrado em combate-.

Ainda que como diria Sean McGuire -ex-parceiro de Israel no Exército- anos depois ao FBI, durante esta etapa ele já demonstrava um sinal estranho:

- "Lembro que ficamos amigos após passar por um treinamento duríssimo no Egito. Era um tipo muito gente fina, ainda que existisse algo obscuro e perturbador nele, sobretudo quando se ofendia por algo que eu tinha dito. Sempre recordarei como baixava a cabeça e sussurrava que queria me matar."

Anos depois Israel deixou o Exército. Desde então, todos aqueles que fizeram parte de sua vida o recordariam como um tipo extremamente atlético e corpulento. O homem teve uma etapa marcada pelo esporte chegando a correr a maratona em Olympia, Washington, em 2007. Precisamente ali entrou em contato com a tribo indígena Makah com quem trabalhou como carpinteiro para acabar abrindo sua própria empresa de reparos, Keyes Construction, onde seria o chefe e único empregado.

Também conheceu à mãe de sua filha neste período de sua vida. Alguns meses depois a garota conseguiu um trabalho em Anchorage e mudaram-se. Foi ali onde o homem aparentemente normal, atlético e cortês passaria os seguintes anos vivendo uma vida aprazível. Até 2012.
Dois casos abertos
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Fotos de busca do casal Currier.
Em 8 de junho de 2011 um casal de meia idade, Bill Currier (50) e Lorraine Currier (55), desapareceram sem deixar vestígios. Tratava-se de um homem e uma mulher que viviam na cidade de Essex. Um casal que jamais teve problemas na comunidade, ao contrário, eram recordados como parte essencial da mesma.

Bill e Lorraine viviam nos arredores da cidade, em um sítio com uma grande garagem exterior. O casal vivia sozinho, não tinha filhos nem cães. A partir desse dia ninguém mais soube deles. Um amigo de ambos se dirigiu a casa aquela tarde e não estavam. Ao chamá-los por telefone e não receber resposta, estranhou e foi à polícia. Desde então e durante dez meses, o tenente da polícia George Murtie investigou o caso.

George cresceu em Essex e conhecia a comunidade como a palma da mão. Jamais entendeu como duas pessoas como os Currier desapareceram sem deixar rastro. Nos dez meses seguintes tão só pôde verificar algumas pistas, todas em falso. Em 6 de abril de 2012 receberia um telefonema que tinha alguns indícios do caso.

Alguns meses antes, em 1 de fevereiro, Samantha Koening também sumiu, ainda que neste caso a polícia tinha uma pista. Samantha trabalhava na pequena lanchonete Common Grounds Espresso no centro de Anchorage. Mais ou menos as oito da noite a jovem estava a ponto de fechar quando, um homem, que não podemos ver com clareza (parece usar capuz) se aproximou do estabelecimento e pediu um café, Samantha preparou e quando se aproximou para entregá-lo a garota levantou as mãos e começou a caminhar para trás. Não há dúvida, era um assalto. Nesse preciso momento vemos como o tipo pediu a Samantha que apagasse as luzes. O resto é confuso e não dá pare entende mais nada, ainda que a câmera de vídeo do local tenha gravado toda a cena.

VÍDEO
Nos dias posteriores a seu desaparecimento a família de Samantha e seus amigos buscaram sem cessar uma pista da jovem. Espalharam cartazes pela cidade com sua imagem e inclusive chegaram a arrecadar fundos e a oferecer uma recompensa por alguma pista. Mais tarde o vídeo foi transmitido nos telejornais. A mãe não acreditava no que estava acontecendo e chega a comentar com um repórter:

- "Só quero que Samantha volte para casa. Tudo isto é horrível, ver o que pode acontecer a sua filha na televisão... a gente jamais acha que isso possa ocorrer com a própria filha."
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
O Common Grounds Espresso onde Samantha Koening desapareceu.
Dias depois e através do celular da jovem o suposto sequestrador entrou em contato com a família. Enviava fotos onde era possível ver parcialmente o corpo de Samantha junto a páginas de jornais daqueles dias como sinal de que seguia viva. Quem quiser que fosse pedia um resgate de 30 mil dólares em troca da liberdade da jovem. A mensagem também indicava um lugar (um parque) onde uma nota deixaria mais pistas.

A mãe de Samantha foi até o parque e encontrou o bilhete. No mesmo pedia que o dinheiro fosse transferido à conta da jovem. Os Koening aceitaram e acabam transferindo a soma de 30 mil dólares.
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Oferta de recompensa por informações de Samantha.
Por que a conta da jovem? Como descobriram nos dias posteriores ao fato, o sequestrador tinha roubado a bolsa com a documentação, carteira e cartões de crédito da jovem. Desta forma, nas semanas seguintes o tipo retirou diferentes quantidades de dinheiro em vários estados do país. Sempre em caixas automáticos e sempre afastados das grandes urbes.

A polícia não conseguiu descobrir quem era neste tempo, mas seu rosto, com frequência encapuzada, foi gravado por algumas das câmeras de segurança. Já tinham um retrato falado do tipo e as rotas que tinha feito até o momento.
A prisão
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
A investigadora da polícia Monique Doll ante os meios de comunicação.
Segundo explicou ao FBI a cunhada de Israel, no começo do mês de março de 2012 o homem foi ao casamento de uma de suas irmãs. Ali se encontrou com parte da família. A maioria deles, e diferente de Israel, eram profundamente religiosos. Entre risos e muito álcool todos tentaram convencê-lo a que se convertesse ao cristianismo evangélico. Israel riu a princípio para depois ficar cada vez mais sério. Então disse que não acredita em um deus supremo, e acabou chorando de soluçar:

- "Vocês não sabem pelo que tenho passado. Não têm nem ideia do que tenho feito. Tenho que beber a cada dia para esquecer estas coisas."

Uma semana mais tarde, em 13 de março de 2012, um oficial de polícia que patrulhava em Lufkin, Texas, deteve um homem que dirigia em excesso de velocidade. Tratava-se de Israel e quando a polícia anotou a placa e enviaram a central... bingo. O carro, um Ford Focus branco, era um carro de aluguel que havia sido registrado pelas câmeras de segurança ao se encontrar bem perto e à mesma hora que alguém fez uma retirada de dinheiro do cartão roubado de Samantha.


O policial rapidamente sacou sua arma, pediu que Israel saísse do carro lentamente, levantasse os braços e se ajoelhasse. Logo após algemá-lo, o oficial descobriu, no banco de trás do carro, uma grande soma de dinheiro enrolado em um elástico, o cartão de Samantha, um mapa com diferentes rotas marcadas e o celular da jovem. Não havia nenhuma dúvida, acabavam de descobrir o sequestrador de Samantha Koening.

O relato frio de Israel

VÍDEO
Tão logo foi identificado como o possível sequestrador Israel foi extraditado ao Alasca, lugar onde foi marcado um julgamento para o mês de março de 2013. Ali teria lugar uma série de interrogatórios que duraram oito meses para um total de mais de 40 horas de vídeo com muitos interrogatórios dos investigadores. Agentes do FBI junto à investigadora do caso, Monique Doll e seu colega Jeff Bell, seriam os encarregados de desmascarar o homem.

Quando Monique se encontrou pela primeira vez com Israel lhe disse que era um monstro e que sabia desde o primeiro momento. Ato seguido mostrou-lhe a nota na qual pedia dinheiro à família de Samantha. Israel nem se alterou e disse que não podia ajudar com o caso porque não sabia de nada. Duas semanas depois Monique Doll recebeu um telefonema da prisão:

- "O monstro quer falar e está te esperando."

Como recordariam os presentes, a primeira das entrevistas foi possivelmente a mais perturbadora. Em uma pequena sala apareceu Israel algemado pelos pés e mãos. Os investigadores mostraram um primeiro vídeo em um estacionamento onde aparecia um homem de similar complexão caminhando para uma caminhonete branca. Tratava-se de uma câmera de vigilância que gravou o vídeo à mesma hora em que sacou dinheiro do cartão de Samantha em um caixa próximo.

Israel começou a rir de forma nervosa. Quando terminou o vídeo olhou nos olhos da mulher e com um sorriso cínico admitiu que era ele mesmo. Neste ponto vale a pena comentar que desde o começo de sua prisão ele mostrou uma série de pautas estranhas. Ele só concordara em falar desde que suas declaração não chegassem ao domínio público. Como diria o chefe de polícia de Anchorage:

- "Foi muito, muito, muito sensível com tudo aquilo relacionado com sua reputação, por estranho que pareça. Ademais, tivemos que manter um perfil extremamente tranquilo para que pudesse falar conosco. Se alguém levantava a voz ele se calava e não falava mais nada."

Ademais, no começo do interrogatório interrompeu os investigadores exigindo uma barra de chocolate, um cigarro e uma caneca de café para seguir falando. Depois começou a explicar o macabro acontecimento que ocorreu com Samantha, com uma frieza que assustou a todos no local.
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Após amordaçá-la, colocou-a em seu carro e levou-a até uma choça abandonada próxima de sua casa. Israel voltou ao estabelecimento e recolheu todos os pertences de Samantha. Ao regressar à choça pediu as senhas de seu telefone, de sua conta e cartão de crédito. Depois a violou e estrangulou-a. Tirou uma foto do corpo para exigir o dinheiro e finalmente desmembrou o cadáver e atirou no lago Matanuska, espaço que segundo comentou, aproveitou para pescar posteriormente. Depois de acabar o terrível relato o tipo ficou olhando Monique e disse:

- "Não é fácil matar alguém. Demora seu tempo para estrangular uma pessoa. Se me derem um celular posso mostrar no Google Maps o ponto preciso do lago onde joguei o corpo. Também falarei sobre os outros e sobre pontos exatos onde guardava os kits com minhas ferramentas para matar."

Monique e o restante de investigadores mal conseguiam acreditar no que acabavam de ouvir. O homem parecia ter uma personalidade dupla e não tinha matado só Samantha.

- "Não investiguem ou perguntem nada sobre mim, porque ninguém me conhece de verdade, jamais existiu alguém que saiba como realmente eu sou. Vocês poderão escutar coisas que se contradizem às que eu diga, mas isso é porque em realidade sou duas pessoas."
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Agentes do FBI buscam pelo copro de Samahtha no lago Matanuska depois da indicação do assassino.
Segundo seu relato, ele tinha perpetrado ao menos um dúzia de assassinatos a mais nos últimos anos, ou talvez até mais. Todos sem nenhum padrão para além de matar seres humanos, ainda que com um modus operandi: Israel viajava por zonas afastadas dos Estados Unidos, espaços onde alojava uma série de pacotes que enterrava e que continham armas, algemas ou inclusive materiais para decompor corpos. No entanto a maior parte de seu relato era difuso e com frequência contradizia-se. Com uma exceção.

Em 6 de abril de 2012 George Murtie, o tenente da polícia que investigava o desaparecimento de Bill e Lorraine Currier, recebeu um telefonema do FBI, informando-lhe que tinham detido alguém que dizia ter matado o casal.

Assim foi como George e o resto do mundo se inteiraram do que ocorreu aquele 11 de junho de 2011. Com a mesma frieza mostrada no relato de Samantha, Israel narrou os fatos. Neste dia a noitinha viajou 1.200 quilômetros até Essex. Israel cortou a linha de telefone da casa dos Currier depois de selecionar as vítimas a esmo, ainda que depois disse que tinha escolhido o casal por viver nos arredores.
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
Um dos kits de Israel.
Antes de atacar os Currier foi pegar uma das caixas que tinha enterrado, neste caso em Vermont, em 2009. Com uma barra de ferro entrou à garagem, depois quebrou uma janela interior e entrou na casa. Com uma lanterna chegou até o dormitório principal, ameaçou-os e amarrou suas mãos obrigando-os a entrar no carro.

O homem viajou aquela noite alguns quilômetros até uma fazenda abandonada. Ali tirou Bill e levou ao sótão, onde amarrou o homem a um tamborete. Ao voltar ao carro viu que Lorraine tinha conseguido fugir e que estava correndo alguns metros a frente. Israel consegue pegá-la e levou até a fazenda.

Quando Israel chegou Bill tinha conseguido quebrar o tamborete ainda que estivesse completamente desorientado. Israel pegou uma pá, desferiu um golpe na sua cabeça e arrematou com mais dois tiros. Depois de matar o marido o homem voltou do sótão, violou Lorraine, e estrangulou a mulher. Segundo seu relato, o que fez com os corpos posteriormente não estava muito claro, mas a polícia encontrou o lugar indicado onde tinha jogado a pá e a pistola com que matou Bill.
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
O bilhete deixado por Israel em 2 de dezembro do 2012.
A polícia não conseguiu descobrir nada das pessoas que declarou matar ou agredir -além do casal e a jovem Samantha-. Israel afirmou violar uma mulher em 1990, ainda que não a matou, fez referência a, ao menos, 12 pessoas assassinadas, quatro delas em Washington, roubos a bancos e assaltos em estabelecimentos... mas nunca deu outro nome que pudesse estar relacionado a algum dos casos abertos no país.

As investigações posteriores falam de um homem que, com o fim de evitar a detecção, viajava para bem longe de sua casa, onde vivia aprazivelmente com sua namorada e filha. Financiava essas estranhas viagens "a trabalho" através de sua pequena empresa e de alguns roubos perpetrados em entidades bancárias. Era metódico e organizado, em ocasiões chegando a pegar um avião para que seu rastro de carro se perdesse.

Durante suas viagens, Israel jamais utilizava seu cartão de crédito, sempre pagava em numerário para evitar deixar pistas. Os kits que ia guardando para assassinar estavam tão metodicamente preparados que chegavam a incluir soluções para decompor os cadáveres.

Depois de confessar o assassinato de Samantha os investigadores recuperaram o corpo da jovem, o único de todas as vítimas de Israel Keyes. Por muito que a polícia e o FBI tentaram fazer com que revelasse mais nomes e dados, Israel parou de falar em algum momento. Ele disse aos investigadores que "...era melhor que os familiares pensassem que os entes queridos tinham fugido e estavam em alguma praia do que em algum lugar que foram assassinados brutalmente."

A maioria dos assassinos em série se relaciona com um espaço físico específico e se dedicam a um tipo específico de vítima. Ao não fazer nada disso, Israel tornou tremendamente difícil o trabalho da investigação, tanto para descobrir quem ele realmente era como para prendê-lo.
A história pavorosa de Israel Keyes, o assassino em série com dupla personalidade, do Alasca
O pastor Jacob Gardner falando para os meios no dia do funeral de Israel.
Em 2 de dezembro de 2012, três meses antes do início do julgamento, um carcereiro de Anchorage encontrou o corpo sem vida de Israel Keyes junto a uma carta. Tinha morrido aos 34 anos em sua cela. O assassino se suicidou cortando os pulsos. Era a segunda vez que tentava.

Desde então, o FBI não parou de tentar resolver o quebra-cabeça que, talvez, possa levá-lo até o paradeiro das demais vítimas narradas pelo próprio Keyes. Ao longo destes anos realizaram várias tentativas para estabelecer uma cronologia por todos os lugares pelos quais viajou e a relação com possíveis desaparecimentos.

Os pais de Samantha também abriram a página "Você conhece Israel Keyes?" no Facebook. Um esforço com ajuda cidadã onde publicam qualquer notícia, mapas ou fotos relacionadas com o assassino, qualquer coisa que possa ajudar a resolver outros casos irresolutos.

Ainda que será difícil encontrar algo. Como disse a própria Monique Doll

- "Há muitos detalhes que só Israel sabia… e os levou para o túmulo."


www.mdig.com.br

24
Jul18

O “homem branco autoflagelado”

António Garrochinho




 Manuel Loff     

A questão do “museu dos descobrimentos” suscitou discussão sobre a forma como se descreve e musealiza a experiência colonial portuguesa. É um debate importante, em que neste texto é feita a crítica de duas opiniões reaccionárias entretanto publicadas.




O novo museu celebratório dos Descobrimentos, como Fernando Medina quer (ou queria?) abrir em Lisboa, era, para Miguel Sousa Tavares (MST), “uma ideia absolutamente consensual e necessária”, mas suscitou uma discussão sobre a forma como descrevemos e musealizamos a experiência colonial portuguesa. 

Ora, entre muitos outros, dois Tavares (o Miguel Sousa e o João Miguel) acham que os “activistas anti-Descobertas” querem “fazer uma espécie de museu de autoflagelação (…), um museu contra a nossa História, contra uma História que foi tão grandiosa que, se calhar por isso mesmo, nem a conseguimos entender, na nossa pequenez actual” (MST, Expresso, 28.4.2018). 

Ao reaccionarismo historicista de MST, João Miguel Tavares (JMT) juntou moralismo e psicologismo barato: na crítica ao discurso hegemónico sobre aquela “história grandiosa” carregada de silêncios e omissões sobre a violência colonial, há, diz ele, “uma estranha mistura de catolicismo com judaísmo” de gente que quer “assumir velhos pecados” (JMT, PÚBLICO, 14.6.2018). 

A isto chamam os anglo-saxónicos “self-hatred”, o ódio de si próprio, de que fala gente da mesma tribo dos Tavares a propósito dos judeus que criticam a ocupação israelita da Palestina, ou dos homens que denunciam a dominação masculina, ou dos ocidentais que criticam o papel histórico do Ocidente, isto é, de tudo aquilo que o reaccionarismo cultural diz hoje ser uma “moda” estrangeirada adoptada por uma “intelligentsia ociosa” nacional.
“Museu da Culpa do Homem Branco”, chama-lhe JMT, onde “homens brancos” querem, pelos vistos, musealizar a sua culpa. Eles carregam uma “culpa colectiva centenária (…) – como se algum de nós tivesse qualquer razão para se sentir responsável pelos actos de quem viveu há 300 anos”. Que espantosa concepção da história e da relevância social do passado! 

Não havendo responsáveis vivos, para quê discutir o passado do colonialismo e da violência, da exploração e da desigualdade imposta, todas experiências intrínsecas do colonialismo? 

Ora se “é difícil argumentar que a geração pós-25 de Abril andou de chicote na mão”, se se volta a discutir tudo isto é porque se quer “permitir a vitimização histórica do português de origem africana no presente.” Como se “o branco de 2018 [fosse] culpado pelos actos do esclavagista de 1718 para que o negro de 2018 possa ser vítima da escravatura de 1718.” 
Vítima de 1718? Não: vítima em 2018! “Cultivar a ‘magia’ da época colonial alimenta o racismo histórico e estrutural e prolonga as hierarquias de controlo e repressão para com as comunidades negras no país”, como lembraram “os negros e negras deste país” que, “recusando a invisibilidade que nos é imposta”, entraram na polémica em nome próprio 

(“Não a um museu contra nós!”, PÚBLICO, 22.6.2018).


O que é extraordinário é que JMT julgue que, porque nenhum de nós foi esclavagista em 1718, se possa deduzir que 300 anos sejam suficientes para apagar conceitos como o da continuidade da responsabilidade do Estado, ou da acumulação de riqueza colonial vertida na economia portuguesa, ou do simples dever de, nas políticas públicas de memória (por exemplo, os museus), assumir o passado por inteiro, e sobretudo aquele que se ocultou e manipulou. 

E se tiverem passado só 65 anos? E se houver ainda algum português de hoje que tenha participado no massacre de são-tomenses em Batepá, em 1953, quando se revoltaram contra o trabalho forçado e o governador achou que eles eram agentes soviéticos – podemos musealizar essa história ou é autoflagelação? 

E se houver ainda quem, barriga cheia de cerveja, tenha feito tiro ao alvo de cima de carrinhas de caixa aberta, em 1961, nos musseques de Luanda depois da revolta do 4 de Fevereiro? Ou tenha integrado milícias no Norte de Angola, em 1961, enquanto a tropa não chegava de Portugal, e organizou batidas contra suspeitos de apoiar o “terrorismo”, matou milhares, enterrou gente viva com a cabeça de fora, passou com um tractor por cima, espetou cabeças em paus ao longo da picada por onde depois chegaria a tropa – podemos musealizar isso ou o turista não gosta? 

E não haverá ainda quem tenha feito a guerra em tropas especiais e massacrado deliberadamente aldeias inteiras em Moçambique, em nome e por ordem de quem governava Portugal? “A geração do pós-25 de Abril”, nada tem a dizer sobre isto? Ou este é, como acha MST, “um problema deles”, de quem anda a exigir falar da violência colonial, “mas não pode ser problema dos outros”, isto é, “deste pequeníssimo povo, entalado entre o fim da Europa e o mar, [que] escolheu o mar como destino”?


Fonte: “Publico” 21.07.2018


www.odiario.info

24
Jul18

ONDE HOUVE AVANÇOS HÁ AGORA RECUOS -Guilherme Antunes in facebook

António Garrochinho


Guilherme Antunes in facebook


ONDE HOUVE AVANÇOS HÁ AGORA RECUOS


É preciso entender que há um retrocesso nos avanços periclitantes das vitórias da esquerda na América Latina. Processos complexos de carácter transformador, uns mais de âmbito revolucionário que outros. Aliás, alguns deles chamados de esquerda para simplificação da linguagem (Brasil, Equador e com muito boa vontade o Paraguai) não foram mais que encenações de uma certa pequena burguesia à venda, como ela se tem construído historicamente.
Dos 15 países mais pobres do mundo, 10 deles são latinos-americanos, o que dá uma ideia trágica dos processos enganadores que se ficam a meio das profundas transformações que a existência do capitalismo impõe às forças revolucionárias.
Quem ficar a meio caminho cava a sua própria sepultura, o que não seria malévolo dada a ausência de merecimento social a que os serventuários do capitalismo, de uma forma ou de outra, acabam sempre de cedência em cedência. É deste modo que o Banco Mundial informa que mais de 240 milhões de seres humanos do continente sul-americano estão a um passo da oferta preferencial do capitalismo; não muito distante das fomes e das doenças que ela trás.
Há uns anos, dei por mim a dar mais ênfase à reflexão sobre os malefícios sobre os pobres, em vez de acentuar a palavra de ordem sobre a defesa dos trabalhadores. Concluí um dia que o proletariado imoralmente explorado, talvez, já não detivesse a primazia linguística central da análise marxista. Em vez do proletariado, deveríamos centrar-nos no esclarecimento e na mobilização do “pobretariado”. Tarefa mais dificultada, porque este grupo é mais inconsciente da sua determinação histórica. Curiosamente, há dias, vi num escrito de Frei Betto a alusão ao vocábulo a que tinha feito referência e no sentido em que a fiz, ao que parece com a compreensão de Fidel.
O Brasil é um exemplo miserável do esclavagismo imposto por uma burguesia nacional fascista e imunda. Mais de 70 milhões de brasileiros vivem com 1 dólar por dia. A miséria mais acérrima atinge cerca 13% da população do país. Milhares de labregos polvilham o circense Rock in Rio, enquanto o Martinho apoia a candidatura do Bolsonaro com os milhões que os pobres consumidores do festivalzeco lhe colocam no bolso.
Mesmo o “desenvolvimento” que o PT e Lula trouxeram até aos descamisados foi uma operação de rapidez mediática, popular mas dispensável. Ofertaram-se benefícios sem permitir uma névoa de esperança. Estimulou-se o consumo sem haver a preocupação de criar novos protagonistas sociais e políticos. Que viva o consumidor, que se foda o cidadão, é a consigna neo-liberal de “esquerda” a que o fascismo do golpe de Estado faria em fanicos as pobres migalhas.
Se ficares contra este falso desenvolvimento, por certo que na melhor das hipóteses és apelidado de esquerdista. A um passo da sacrossanta sentença seguinte de “terrorista”, de “subversivo” e de “inimigo figadal da democracia”.

24
Jul18

MAIOR AVIÃO DO MUNDO ATERROU EM BEJA

António Garrochinho
Um Airbus Airbus A380, a maior aeronave de passageiros do mundo, aterrou às 17h00 desta segunda-feira, dia 23 de Julho, no Aeroporto Internacional de Beja.
O avião, pertencente à companhia aérea portuguesa HiFly, não trouxe passageiros, mas esteve longe de vir vazio, tendo em conta os muitos elementos que compõem a sua tripulação. Vai, agora, ficar estacionado na cidade alentejana.
A escolha de Beja esteve intimamente ligada ao facto do aeroporto alentejano ter duas pistas, uma com cinco quilómetros de comprimento, outra de mais de três, o que faz dele o único em Portugal Continental capaz de acolher uma aeronave desta envergadura.
Esta é apenas uma das caraterísticas que levam o investigador Manuel Tão e o movimento de cidadãos “Beja Merece Mais” a acreditar que, com um investimento nas acessibilidades, esta infraestrutura aeroportuária poderia servir de alternativa ao já congestionado Aeroporto de Lisboa e servir não só a capital, mas também o Algarve e a Extremadura espanhola.
Fotos: Bruno Carlos|Sul Informação








24
Jul18

É tempo de avançar pela esquerda e não retroceder pela direita

António Garrochinho


administracao publica













O Ministro das Finanças, em entrevista a um jornal diário, insistiu na necessidade de “controlo da despesa” para, a pretexto da obsessão da redução do défice, defender o congelamento dos salários, condicionar a capacidade de resposta dos serviços públicos e não dar cumprimento a compromissos assumidos com os professores e outros sectores profissionais da Administração Pública.
E se, no caso dos professores, a deturpação da reivindicação da contagem do tempo de serviço visa esconder a abertura, já manifestada pelos sindicatos, para uma solução em que o tempo integral de serviço produza efeitos de forma faseada, no que respeita à generalidade dos trabalhadores da Administração Pública a intenção é a de continuar a congelar os salários. Uma situação tanto mais inadmissível, quanto, caso se concretizasse, seriam 10 anos sem aumentos salariais.
Acontece que o problema de fundo não está nas obrigações, que o Governo deveria ser o primeiro a respeitar, com os trabalhadores do Estado, mas na opção por manter uma despesa que só serve os interesses instalados e que absorve a capacidade financeira do país, nomeadamente, os mais de 5,2 mil milhões de euros que o Governo tem orçamentado para pagar PPP rodoviárias nos próximos cinco anos, os 850 milhões de euros entregues ao fundo de resolução para pagar as falências do sector financeiro privado este ano ou, entre outros, os 151 milhões para os SWAP.
As afirmações, que tiveram como tema central a preparação do próximo Orçamento do Estado, traduzem de forma lapidar o carácter inconciliável entre a resposta aos compromissos com as regras da zona Euro e da União Europeia – que o Ministro dos Negócios Estrangeiros considerou como prioritários do Governo, e as soluções para os problemas estruturais com que o país se debate. Falta investimento público, escasseiam meios na saúde e a degradação da justiça, cultura, ensino ou da segurança social, fruto de décadas de desinvestimento, não se compadecem com a obtenção de saldos primários excedentários para cumprir as regras do Tratado Orçamental!
A CGTP-IN reforça que é tempo de valorizar quem garante a satisfação das necessidades mais elementares da população e de cumprir com o preceito constitucional da actualização anual dos salários!
A CGTP-IN exige medidas que promovam o desenvolvimento do país, no continente e nas regiões autónomas, e lembra que Portugal continua a ter uma despesa, medida em percentagem da riqueza criada, inferior à média da Zona Euro, ao mesmo tempo que, em 2017, apresentou o valor mais elevado da União Europeia dos juros e encargos da dívida no PIB.
A entrevista do Ministro das Finanças antevê uma posição do governo minoritário do PS que foge à renegociação da dívida, vai deixar inalterada a taxação do capital e colocar todo o esforço da consolidação orçamental na contenção da despesa, nomeadamente daquela que é essencial à qualidade dos serviços públicos e dos que aí trabalham.
Neste sentido, a CGTP-IN exorta os trabalhadores do sector público, privado e do sector empresarial do Estado a lutar pela melhoria das condições de trabalho e de vida, colocando como eixo central do desenvolvimento a resposta às suas necessidades concretas e não o adiamento destas em prol dos interesses do grande capital, corporizados nas regras e ditames da U.E.


www.cgtp.pt
24
Jul18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

HÁ OS QUE QUANDO FALAMOS DE POLÍTICA DIZEM QUE ELA É IGUAL AO FUTEBOL, O FUTEBOL DA MANEIRA COMO HOJE ESTÁ ORGANIZADO.

DEPOIS QUANDO FALAMOS DE FUTEBOL OS MESMOS LOGO DIZEM QUE O FUTEBOL É IGUAL À POLÍTICA.

SÃO AS PUTAS XICO ESPERTAS QUE VEGETAM E CONSPURCAM A ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA HUMANIDADE NÃO SABENDO OU NÃO LHE INTERESSANDO DISCERNIR,
ESTABELECER DIFERENÇAS ENTRE UMA COISA E OUTRA.

ASSIM MISTURAM TUDO E O QUE VISAM NA VERDADE É ATINGIR E DESTRUIR A DISCUSSÃO POLÍTICA QUE É A FORMA DE COMO VIVEMOS E CONTINUAREMOS A VIVER NO MUNDO.

MUITO REBATEM, MUITO ESCRAVATAM, ESTE(A)S FIGURAS QUE DE PAPO INCHADO SE JULGAM SABEDORE(A)S DA VIDA E DEPOIS SÃO MUITAS DAS VEZES AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DO QUE NÃO QUEREM OU NÃO SABEM ENTENDER.



António Garrochinho
24
Jul18

quando ao mar ....

António Garrochinho





Adão Contreiras




Quando ao mar buscar água vou
Pelos socalcos das pedras e montes
Passam as sombras do que sou
Fogem os olhos p´los horizontes
Tudo o que vejo cresce
Tudo o que sinto desfolha
Onde se morre rejuvenesce
O trevo de quatro folhas
Todo o passado é futuro aberto
Por onde passei e quero voltar
Ao voltar volto pelo deserto
Desse tempo que me há-de queimar


foto:pjp

24
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

OS SECTÁRIOS PENSAM QUE AGEM BEM PORQUE SÃO FIÉIS MAS TAMBÉM NÃO PODEMOS DEIXAR DE ANALISAR QUE TAMBÉM DESTROEM E MUITO.

MUITAS VEZES A SUA "CEGUEIRA POLÍTICA E CARNEIRISMO, AFASTA GENTE HONESTA QUE CONFIA E QUER LUTAR PARTICIPANDO NA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE PARA QUE NÃO HAJAM OPORTUNISTAS, E EXPLORADORES.

QUEM NÃO ENTENDE, QUEM NÃO VÊ, OU ESTÁ CONFUSO, OU NÃO ESTÁ INTERESSADO NA VERDADEIRA MUDANÇA DA SOCIEDADE, OU SIMPLESMENTE DEFENDE OS SEUS PRIVILÉGIOS, A SUA POSIÇÃO NA VIDA QUE EMBORA NÃO SEJA A MELHOR, É A QUE LHE CONVÉM.

A UNIDADE DOS COMUNISTAS PASSA POR TODOS OS QUE REALMENTE O SÃO E PRATICAM.

NÃO É DIFÍCIL SE HOUVER VONTADE PARA ISSO SABER QUEM TRAI, SABER E AGIR.

O QUE TODOS OS COMUNISTAS QUEREM É QUE QUEM OS REPRESENTA SEJA TRANSPARENTE E FIRME NAS DECISÕES E NO CAMINHO PARA A REVOLUÇÃO SOCIALISTA.

NÃO HÁ QUALQUER EXPLICAÇÃO HIGIÉNICA PARA DESVIOS BURGUESES, OS QUE ESTÃO CONSAGRADOS NA DEMOCRACIA BURGUESA E ARRUÍNAM OS VERDADEIROS IDEAIS E CONDUTA DOS QUE NÃO SE SUBMETEM ÀS POLÍTICAS DESASTROSAS QUE JÁ CAUSARAM DESASTRES ENORMES NA EUROPA E NO MUNDO


António Garrochinho
24
Jul18

Dificuldade de governar (Fui pedir socorro ao Brecht e ao Mário Viegas)

António Garrochinho

Samuel Quedas in facebook

Dificuldade de governar
(Fui pedir socorro ao Brecht e ao Mário Viegas)
1.
Todos os dias os ministros dizem ao povo como é difícil governar. Sem os ministros. O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima. Nem um pedaço de carvão sairia das minas se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra nunca mais haveria guerra. E atrever-se-ia a nascer o sol sem a autorização do Führer? Não é nada provável e se o fosse ele nasceria por certo fora do lugar.
2.
É também difícil, ao que nos é dito, dirigir uma fábrica. Sem o patrão as paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem. Se algures fizessem um arado ele nunca chegaria ao campo sem as palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem, de outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que seria da propriedade rural sem o proprietário rural? Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
3.
Se governar fosse fácil não haveria necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer. Se o operário soubesse usar a sua máquina e se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas não haveria necessidade de patrões nem de proprietários. É só porque toda a gente é tão estúpida é que há necessidade de alguns tão inteligentes.
4.
Ou será que Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira são coisas que custam a aprender?
Bertolt Brecht

24
Jul18

REFLEXÃO

António Garrochinho

Estar do lado do povo oprimido, estar ao lado dos que são explorados e se revoltam é estar solidário com os povos e não com os "pulhas" os assassinos, a gente reles que manda nas nações.

Há uma enorme confusão em confundir países, os seus governos e as suas gentes.

A imprensa burguesa, os PROTAGONISTAS DE DETERMINADAS POLÍTICAS SERVIS tudo fazem para que continuamos às cegas e nos odiamos uns aos outros enquanto os privilégios a uma minoria e às políticas fascistas e criminosas avançam.

O povo explorado, vítima das políticas do capitalismo, do fascismo e do imperialismo é o mesmo em todo o mundo.

Não há na escolha por parte do capitalismo a qualquer corrente ideológica, religiosa, que lhe seja grata quando desobedece.

TODOS PAGAMOS PELA MEDIDA GROSSA E MAIS PAGAMOS AINDA QUANDO EM LUGAR DE NOS UNIRMOS NOS DESUNIMOS.

A política meramente eleitoralista serve o GRANDE poder e serve também os pequenos poderes, ou seja: SERVE SEMPRE UMA MINORIA que depois usa demagogia e mentiras para manter o seu eleitorado submisso e logo as regalias dos dirigentes.

Ouvimos, lemos, por vezes, que se deseja e se reivindica o poder político mas as acções, a prática são sempre economicistas e não passam de mera sinalização de influências onde quem acaba por beneficiar dessa estratégia e desse jogo são um grupo(s) e não um povo.



António Garrochinho

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