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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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26
Jul18

VÍDEO - Assim foi a primeira histórica descida do perigoso K2 de esqui

António Garrochinho




A montanha K2, parte do sistema do Himalaia, é a segunda montanha mais alta do mundo, só superada pelo Everest. Ademais, é uma das montanhas mais perigosas que existem, e muitos dos que tentam chegar em seu cume morrem tragicamente. Mas agora alguém conseguiu descer o monte esquiando. O polonês Andrzej Bargiel se converteu, assim, no primeiro homem em descer o K2 sobre esquis.


Para entender como é perigosa esta montanha, uma de cada quatro pessoas que tentam chegar ao topo morrem no processo, e só 300 pessoas conseguiram na história. Quanto a descer, dois esquiadores profissionais morreram tentando entre os anos 2009 e 2010, entre muitos outros. O risco de cair ou ocasionar uma avalanche é muito alto.

Bargiel desceu de maneira pausada, tendo que esperar durante horas no trajeto pelas severas condições climáticas. O esquiador se sentiu realizado, mas assegura que não voltará a pisar essa montanha nunca mais em sua vida.

Não espere muitas cenas de ação e nem espetaculosidade (além da natural) no vídeo. A façanha está simplesmente no fato de escalar e descer o cume e ademais David Supertramp não estava lá em cima para gravar. Em verdade, Andrzej só contou com a ajuda do irmão, Bartek, e de um drone, o mesmo que dias atrás salvou a vida do alpinista escocês Rick Allen.


VÍDEO
www.mdig.com.br
26
Jul18

Centenas de migrantes invadiram a cidade de Ceuta

António Garrochinho


Centenas de migrantes invadiram esta quinta-feira a cidade de Ceuta transpondo a barreira que separa este enclave espanhol de território marroquino.


As autoridades estão a descrever o incidente com um dos mais violentos e massivos dos últimos anos. Mais de 150 pessoas ficaram feridas, entre migrantes e agentes da autoridade.

De acordo com a imprensa espanhola, só nos últimos dias chegaram a Espanha 1300 migrantes, o que tem provocado o colapso dos serviços de acolhimento.

Agora, uma verdadeira multidão avançou em fúria na tentativa de entrar na União Europeia, como relata o jornalista Luis Peixoto.



26
Jul18

Governo vai alugar automotoras para atenuar problemas na Linha do Algarve

António Garrochinho



Pedro Marques

No «futuro», será lançado um concurso para aquisição de locomotivas bimodo, que funcionam com eletricidade e diesel
Alugar automotoras a diesel para fazer face à falta de material circulante e, no futuro, comprar locomotivas bimodo, que podem funcionar com combustíveis fósseis, mas também com eletricidade das catenárias. Esta é  a solução apontada pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas Pedro Marques para fazer face aos constantes atrasos e supressões de comboios na Linha do Algarve, mas também noutros pontos do país.
O membro do Governo esteve ontem no Algarve, para visitar as obras na Ponte Internacional do Guadiana e assistir a uma sessão onde se fez o balanço da intervenção de urgência na EN125, mas também falou da ferrovia.
«Há perturbações, sem dúvida, aqui no Algarve e na Linha do Oeste, mas também na Linha do Norte, por razões diferentes. Nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel [como a do Algarve], temos problemas relacionados com o material circulante. Já informei o senhor presidente da CP que vamos alugar mais material circulante diesel e vamos, no futuro, fazer um concurso para aquisição do chamado material bimodo, que pode andar nas linhas eletrificadas e nas que não o estão. Também já está aprovado pelo Governo um concurso para a contratação de 50 técnicos de manutenção ferroviária», revelou Pedro Marques, à margem da sessão.
O membro do Governo reconheceu, ainda, «que a situação, na Linha do Algarve, é complexa», o que levou o Governo a decidir «incluir, de forma definitiva no financiamento comunitário, a eletrificação» dos troços em falta desta linha, intervenção que custará cerca de 60 milhões de euros.
A eletrificação, disse, «é para se fazer e estão a ser concluídos todos os projetos para se lançar o concurso no início do próximo ano».
«Não estamos desatentos da situação do funcionamento da nossa ferrovia. Estamos a fazer, do lado da infraestrutura, o que podemos, com o recurso a fundos comunitários, e estamos a fazer, através do Orçamento de Estado, o que se pode fazer do lado da CP. O que não conseguimos é resolver, de um momento para o outro, décadas de abandono, nomeadamente na aquisição de material circulante», concluiu Pedro Marques.

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26
Jul18

PCP visitou Castelo de Paderne e apresentou “lista de reclamações” ao Ministro da Cultura

António Garrochinho
 PCP visitou Castelo de Paderne e apresentou “lista de reclamações” ao Ministro da Cultura

O Grupo Parlamentar do PCP visitou o Castelo de Paderne no passado dia 16 de Julho e anotou uma série de carências no local que remeteu para o Ministro da Cultura.
 
A delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve e acompanhada por representantes da Direção Regional de Cultura do Algarve, visitou o Castelo de Paderne, classificado como imóvel de interesse público.
 
Os comunistas verificaram que, “decorrem atualmente, obras de conservação e restauro dos módulos de taipa almóada da torre albarrã, usando técnicas e materiais da época. Estas obras, comparticipadas por fundos comunitários, estão atrasadas: com duração prevista de 4 meses, decorrem desde setembro de 2017”.
 
Na mesma visita, a delegação do PCP assinalou que, “após a conclusão destas obras, iniciar-se-ão outras, também de conservação e restauro da taipa, no alçado nascente da muralha, para as quais já existe financiamento”.
 
Segundo os comunistas, “os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no Castelo de Paderne, desde os anos oitenta do século passado, permitiram identificar estruturas fortificadas, edifícios habitacionais, uma igreja e um conjunto diversificado de materiais, cronologicamente enquadrados entre o século XII (período Medieval Islâmico - Almóada) e o século XVIII (período moderno)”.
 
De acordo com o PCP, “estes trabalhos devem ter continuidade, quer no interior do castelo, quer na colina onde este se encontra situado, revelando, em toda a sua plenitude, o valioso património arqueológico existente neste local”, no entanto, “o acesso ao Castelo de Paderne é feito por uma estrada, cujos últimos 2.100 metros são de terra batida em muito mau estado”, pelo que, “quando finalmente se chega ao Castelo, entre nuvens de poeira levantadas pelos carros, não há um local apropriado para estacionamento”.
 
A delegação do PCP assinala que, “o estacionamento é feito de forma caótica, num tereno de terra batido, irregular, não demarcado”.
 
Dá nopta o PCP no mesmo comunicado enviado à imprensa que, “não há qualquer estrutura de receção ao visitante, muito menos um centro de acolhimento e interpretação. Dentro do Castelo, não há um percurso delimitado para o visitante, visando proteger as muralhas e os vestígios arqueológicos colocados à vista em anteriores escavações, assim como não há condições adequadas para visitantes com mobilidade reduzida”.
 
Segundo a delegação liderada pelo deputado Paulo Sá, “é necessário melhorar os acessos e organizar o espaço envolvente do Castelo, construir um centro de acolhimento e interpretação, melhorar a sinalética de orientação e conteúdo ao longo do percurso da visita, garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e garantir a segurança do património, deste modo criando condições para que os visitantes possam fruir plenamente este monumento”.
 
O Grupo Parlamentar sustenta que, “para que as intervenções necessárias no Castelo de Paderne – escavações arqueológicas no interior do Castelo e na colina, melhoria dos acessos e arranjo do espaço envolvente, construção de um centro de acolhimento e interpretação – se tornem uma realidade, é necessário que o Governo dote a Direção Regional de Cultura do Algarve dos meios adequados, quer humanos, quer financeiros”.
 
Após a visita, o PCP remeteu um conjunto de perguntas ao Ministro da Cultura:
 
Reconhece o Ministério da Cultura que é necessário completar as escavações arqueológicas no Castelo de Paderne, alargando-as à colina onde este se situa, de forma a revelar, em toda a sua plenitude, o valioso património existente neste local?
 
Reconhece o Ministério da Cultura que é necessário melhorar os acessos e organizar o espaço envolvente do Castelo de Paderne, construir um centro de acolhimento e interpretação, melhorar a sinalética de orientação e conteúdo ao longo do percurso da visita, garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e garantir a segurança do património, deste modo criando condições para que os visitantes possam fruir plenamente este monumento?
 
Que recursos humanos e financeiros adicionais serão disponibilizados à Direção Regional de Cultura do Algarve para a concretização destas intervenções? Quando serão concretizadas?


26
Jul18

HÁ UM MOTARD QUE NÃO "ARREDA PNEU" DA RUA DE SANTO ANTÓNIO EM FARO

António Garrochinho







Escultura poderá ser apreciada pelo menos por mais uma semana
     

Quem passar na Rua de Santo António, em Faro, por estes dias, vai cruzar-se com um imponente motard de aço, sentado numa longa e trabalhada trike bike. Esta escultura, que tem sido presença habitual no recinto da Concentração Internacional de Motos de Faro nos últimos anos, vai estar a animar a Baixa da capital algarvia  pelo menos «mais uma semana».
«Esta peça foi-nos oferecida pelo Vítor, da Aldeia Nova de São Bento, no concelho de Serpa, há alguns anos. Tem estado no recinto mas, este ano, aproveitamos o facto de ter sido restaurada pelo seu autor para a colocar na Rua de Santo António», revelou ao Sul Informação Zé Amaro, presidente do Motoclube de Faro.
Desta forma, todos poderão apreciar uma obra de arte que pretende homenagear o espírito motociclista.


www.sulinformacao.pt
26
Jul18

Festa da Ria Formosa serve «o melhor marisco» em Faro

António Garrochinho



A 25ª Festa da Ria Formosa começa esta quinta-feira, 26 de Julho, e, até 5 de Agosto, vai servir «o melhor marisco», no Largo de São Francisco, em Faro.
No total vão ser 11 dias de certame para comer marisco ou outras especialidades locais e regionais, confecionadas com base nas receitas e tradições do concelho de Faro. A entrada é, como sempre, livre e o horário de funcionamento será entre as 19h00 e as 01h00.
A 25ª edição deste evento organizado pela Vivmar – Associação dos Viveiristas e Mariscadores da Ria Formosa, ao qual a Câmara Municipal de Faro se associa novamente, «continuará este ano a apresentar um conjunto de artistas nacionais, regionais e locais, que irão abrilhantar esta festa, que se espera venha a ser a maior de sempre, no seguimento do seu enorme crescimento ano após ano».
É que a Festa da Ria Formosa «é hoje uma referência regional e um dos principais certames gastronómicos do país», considera a autarquia.
«O sucesso deste evento é garantido por todos os que escolheram a Ria Formosa para desenvolver as suas atividades, a elevada qualidade e a frescura dos produtos que as nossas águas proporcionam, que, depois de confecionados, segundo as tradições seculares da região, são colocados à disposição dos visitantes que assim se deliciam com o melhor da gastronomia algarvia».
O certame vai obrigar a alterações ao trânsito até dia 6 de Agosto. O acesso automóvel à Vila Adentro será efetuado pelo Arco da Vila, através da Rua do Município, e a saída da Vila Adentro será efetuada pelo Arco do Repouso, mantendo-se a atual saída pela Rua da Porta Nova.
Já a rua do Castelo ficará com dois sentidos de trânsito automóvel e com circulação alternada, no troço entre a Praça D. Afonso III e o Largo do Castelo. Ainda na rua do Castelo, esta ficará sem saída e condicionada a residentes, fornecedores e veículos de emergência.
Além destas alterações, «torna-se ainda necessário encerrar ao trânsito a zona sul e Poente do Largo de S. Francisco e desviar a circulação dos transportes públicos pela Rua Dª Teresa Ramalho Ortigão», conclui a Câmara de Faro.

http://www.sulinformacao.pt


26
Jul18

TOCA A ROUBAR E A ....LIBERTAR -Justiça solta mais treze carteiristas em Lisboa

António Garrochinho

Notícia

www.cmjornal.pt



A PSP de Lisboa deteve em flagrante delito e levou à Justiça mais treze carteiristas no espaço de apenas cinco dias. Têm entre 17 e 81 anos, estão todos referenciados por fazer do crime modo de vida, já com antecedentes, mas foram todos libertados pelo tribunal - uma vez que o Ministério Público não promove medidas de coação privativas da liberdade.

O primeiro caso ocorreu sexta-feira, na rua da Prata, quando dois homens foram vistos por agentes a retirar a carteira da mala de uma turista estrangeira. Lá dentro estavam 160 euros. 

No domingo, outros dois ladrões foram detetados na rua Garrett, numa situação em tudo semelhante. 

Só mudava o valor levado: 173 euros. Neste caso, a dupla já estava a ser monitorizada pela PSP e foram apanhados na fuga.


Segunda- feira, na Amadora, foi a vez de uma mulher ser caçada segundos depois de ter furtado uma carteira com 600 euros no interior. Bastou aproveitar uma distração da vítima. E anteontem, na Baixa de Lisboa, um casal teria escapado com 1130 euros caso os agentes não os tivessem visto a retirar a carteira da mochila de um turista. 

Também na terça-feira, mas na zona da Estrela, um 'histórico' carteirista de Lisboa, de 81 anos, foi caçado a furtar o telemóvel de um turista no elétrico 25.
Estava proibido pelo tribunal de frequentar o metro e os elétricos 15 e 28. 
Quase ao mesmo tempo, outra vez na Baixa, outro casal e três mulheres foram apanhados em duas situações distintas. Foram todos libertados com termo de identidade e residência.
26
Jul18

PARECE INCRÍVEL MAS É VERDADE ! ESTAMOS AGORA CERCADOS PELA CORRUPÇÃO QUE JÁ ATINGE TUDO E A TODO O MOMENTO - Chefe do SEF em Albufeira detido por corrupção

António Garrochinho


A detenção aconteceu esta manhã e surpreendeu os funcionários da delegação do SEF que viram o inspetor-chefe a ser detido por uma equipa da PJ. Em causa estão crimes de corrupção, alegadamente cometidos por este responsável no âmbito das suas funções. Trata-se do chefe da Delegação de Albufeira deste serviço de segurança.
Em comunicado entretanto divulgado, a PJ refere que o detido, que liderava aquela delegação desde 2017, "recebia presumivelmente quantias monetárias de estrangeiros, para a concessão de autorização de residência em Portugal". Assinada ainda que "a investigação teve por base uma participação do SEF, entidade que colaborou estreitamente com a Polícia Judiciária no decorrer de todas as diligências". De acordo ainda com a PJ "O detido tem de 56 anos de idade e vai ser presente às autoridades judiciárias competentes para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas".
Em maio, recorde-se, foi detida uma outra inspetora na zona de Lisboa, juntamente com um advogado, constituída arguida por corrupção. Esta inspetora, que foi coordenadora do posto de Alverca, foi apanhada em flagrante a receber dinheiro de um advogado. Conforme o DN noticiou na altura, esta responsável já tinha sido alvo de um inquérito interno e de um processo disciplinar, pela anterior direção do SEF, liderada por Luísa Maia Gonçalves.
No entanto, o atual diretor nacional, Carlos Moreira, quando tomou posse em outubro passado, decidiu mandar arquivar o processo, tendo o SEF sido depois surpreendido com a investigação criminal visando a inspetora. O procedimento disciplinar interno arquivado detetou além de factos que podiam configurar crimes de corrupção, várias irregularidades na concessão de vistos, apontando responsabilidades até ao topo do SEF, incluindo uma subdiretora regional e um subdiretor nacional, ao tempo em que o SEF era dirigido por Beça Pereira.
Contactado pelo DN, o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF confirmou o sucedido mas está "a aguardar mais informações" sobre o mesmo. "Em qualquer processo há uma questão que é fundamental que é a presunção de inocência, sendo certo que não compactuamos com quaisquer comportamentos ilícitos. Nessa medida tudo deve ser averiguado ao mais ínfimo pormenor, doa a quem doer", assinalou Acácio Pereira.
Questionado sobre se as políticas de prevenção de corrupção no SEF, polícia que já teve um ex- diretor nacional, Manuel Palos, julgado por suspeitas deste crime (a sentença será conhecida em setembro), eram suficientes, Acácio Pereira remeteu outros comentários para mais tarde.
(Atualizado às 12.:20 horas com o comunicado da PJ)

www.dn.pt





26
Jul18

ELE RECOLHE CASCAS DE CIGARRA MORTAS E CONSTRÓI FIGURAS MONSTRUOSAS

António Garrochinho



Um estudante japonês do ensino médio recentemente conseguiu seus cinco minutos de fama no Twitter depois de postar fotos de uma figura de ação incrivelmente detalhada que ele fez com cerca de 300 cascas de cigarras. @ride_hero teve a idéia de usar as cascas descartadas para fins artísticos depois de pisar acidentalmente em uma na escola. Quando olhou para a casca quebrada, pensou consigo mesmo "Que desperdício!" e se desafiou a encontrar uma maneira de reutilizar todos as conchas de cigarras em sua escola.


Aluna do ensino médio cria figuras de ação monstruosas com cascas de cigarra
Cigarras noturnas, ou higurashi, são muito comuns no Japão durante o verão, e tendem a deixar seus envoltórios espalhados em quase toda parte, então não foi difícil para @ride_hero colecionar centenas deles apenas no pátio da escola. Depois de terminar as provas, o garoto teve tempo de sobra durante as férias de verão, então começou a experimentar as cascas coletadas.
Aluna do ensino médio cria figuras de ação monstruosas com cascas de cigarra
Olhando para os frutos de seu trabalho, é difícil acreditar que o @ride_hero só tenha começado a fazer modelos nas horas de ócio e recentemente. Ele nem planejou antes ou fez um desenho no papel, senão que mergulhou direto no processo criativo, esculpindo todos os cascos com a mão e cuidadosamente juntando uma a uma com pinça e cola de madeira.

O jovem artista disse recentemente à revista japonesa FNN Prime que, como ele adorou trabalhar em seu primeiro modelo, conseguiu completá-lo em apenas duas semanas, o que era muito mais cedo do que previra.
Aluna do ensino médio cria figuras de ação monstruosas com cascas de cigarra
O primeiro modelo de cigarra que ele criou ficou um pouco mais magro do que planejava, então começou a trabalhar em uma versão mais corpulenta, inspirada por um personagem do famoso jogo Fate/Grand Order, chamado Old Man of the Mountain. Como nunca pensou muito sobre o resultado de seu trabalho, nem sequer tem um nome adequado para sua criação. Tudo o que ele pode dizer é que é um herói sombrio de imenso poder com uma fraqueza óbvia para disparar e uma cintura frágil.

Falando sobre o processo criativo, @ride_hero disse que trabalhar com cigarras secas às vezes foi frustrante, já que tendem a quebrar muito facilmente, mas a natureza interessante do projeto o ajudou a avançar. Para tornar suas criações um pouco mais resistentes, o jovem artista as pulverizou com verniz.
Aluna do ensino médio cria figuras de ação monstruosas com cascas de cigarra
modelo do Velho Homem da Montanha recentemente se tornou viral no Twitter, recebendo dezenas de milhares de curtidas e comentários. Curiosamente, esse jovem não é a primeira pessoa a fazer um uso criativo para as cascas de cigarras descartadas. Há dois anos, o usuário do Twitter Yochin criou uma miniatura do Godzilla (acima) com o mesmo material, e a subcelebridade nerd online Shoko Nakagawa fez uma peruca (abaixo) para ela.
Aluna do ensino médio cria figuras de ação monstruosas com cascas de cigarra
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26
Jul18

A extraordinária ascensão da extrema-direita na Europa

António Garrochinho



O crescimento da extrema-direita na Europa, berço do fascismo, não causa propriamente espanto. Países como a Polónia, a Hungria, República Checa já sucumbiram à mesma e outros seguem o mesmo caminho ou estão prestes a chegar ao mesmo destino.
É neste contexto que o sinistro Steve Bannon se propõe construir uma fundação para a promoção de movimentos eurocépticos de extrema-direita, com sede em Bruxelas. O movimento, ou movimentos, terá como objectivo central o controlo efectivo de fronteiras, um pouco na senda do que se passa nos EUA e que acontece na Europa, mesmo desrespeitando as regras comunitárias, como já sucede em alguns casos.
Steve Bannon não vê mais do que uma oportunidade de expansão dessa extrema-direita no seio da Europa. De resto, os falhanços da UE na resolução das questões que se prendem com migrações, as participações de Estados-membros na instabilidade criada em algumas zonas do planeta e a mais gritante inépcia no que toca a lidar com o Presidente americano, deixarão as portas escancaradas para os tais movimentos de extrema-direita, como de resto já está a acontecer num continente cuja memória já teve dias melhores. E Steve Bannon sabe que a extraordinária ascensão da extrema-direita na Europa já está em curso, importa agora alimentá-la.
26
Jul18

26 de Julho de 1952: Morre Eva Perón, esposa do então presidente da Argentina.

António Garrochinho


Eva Duarte Perón, a esposa do presidente argentino Juan Domingo Perón, morre aos 33 anos de cancro. Antiga vedeta da rádio e do teatro, ela tornou-se conhecida pelo seu apoio aos pobres aquando de uma grande manifestação dos “descamisados" em Buenos Aires em 1945. 

Com a chegada ao poder de Perón, ela tornou-se a sua mais próxima colaboradora e o seu carisma desempenhou um papel primordial no sucesso político do marido. Perón viria a cognominá-la com o título de “chefe espiritual da nação”. 

Quando a rádio anunciou a morte de Evita, os argentinos em transe desceram às ruas em massa para manifestar sua dor.

Embalsamado, o seu corpo ficou exposto à visita pública até que, durante o golpe de Estado que derrubou Perón em 1955, o seu cadáver foi roubado e enterrado em Milão, Itália. Dezasseis anos mais tarde, em 1971, o corpo foi exumado e transladado para Espanha. 

Ali foi entregue ao ex-presidente Perón, que vivia exilado em Madrid. O médico argentino que embalsamou Evita revelou que fora um trabalho perfeito, uma vez que, Evita parecia "uma boneca" devido à sua baixa estatura, pele alva e vestido de cetim branco.

Uma das principais figuras do movimento peronista, Eva Perón, ou simplesmente Evita, como ficou conhecida, conquistou os argentinos com a sua política populista, que viam nela a esperança para os necessitados. 

Filha mais nova de um grande proprietário de terras, Juan Duarte, e da sua sua amante, Juana Ibarguren, Eva Maria Ibarguren, de seu verdadeiro nome, nasceu no dia 7 de Maio de 1919, na pequena cidade de Los Toldos.

Após passar a infância na cidade natal, onde ela e os seus quatro irmãos sofreram por serem filhos ilegítimos, Evita, aos 11 anos, mudou-se com a família para Junín, na província de Buenos Aires, onde, apesar do preconceito, as suas irmãs conseguiram fazer bons casamentos e progrediram na sociedade. Quatro anos depois, foi sozinha para Buenos Aires para tentar alcançar o estrelato.

Só, sem recursos e com pouca instrução, Eva Perón passou por muitas dificuldades até chegar a ser uma actriz de certo renome na rádio, onde participava num programa de muita audiência e fazia algumas peças de teatro. Em 1944, durante uma campanha de socorro às vítimas do terramoto de San Juan, ela conheceu Juan Domingo Perón, que, aos 48 anos, se encantou com aquela jovem de 24 anos e cabelos ainda escuros.

Rapidamente o romance entre os dois tornou-se público, já que Perón, na época à frente do Ministério do Trabalho, gostava de chocar os seus correligionários e amigos ao apresentá-la de maneira formal como sua amante. 

Após pintar os cabelos de loiro para um filme, Evita falsificou os seus documentos, transformando-se em Maria Eva Duarte, nascida em Junín, em 1923, para poder casar-se legalmente com o coronel Perón numa cerimónia intima e para poucos amigos.

Após a sua forte actuação na campanha presidencial, que levou Perón ao poder em Fevereiro de 1946, Eva foi convidada para uma viagem a Itália, França, Espanha e Suíça, onde passou três meses e retornou com um novo guarda-roupa repleto de roupas de grandes costureiros. Um artigo publicado na revista Life, em 1950,  que mostrava os seus inúmeros armários com joias, peles, sapatos e vestidos de grandes estilistas causou espanto na comunidade internacional.

No papel de primeira-dama, Evita desenvolveu um trabalho intenso a nível político, criando o Partido Peronista Feminino e dando direito de voto às mulheres em 1947. 

Ao mesmo tempo, a nível social, desenvolveu a Fundação Eva Perón, onde trabalhava mais de 18 horas por dia distribuindo alimentos, roupas, construindo hospitais, escolas, lares para mães solteiras e asilos para idosos. Apesar de ter ganho a simpatia da classe menos favorecida da população, Evita era severamente atacada pela oposição, que transferiu para ela a antipatia e a rejeição que sentiam por Perón.

Impulsionada pelas massas para candidatar-se à vice-presidente, Evita -que se encontrava doente em consequência de um cancro diagnosticado em 1946, mas que não foi tratado- negou o pedido dizendo que o seu "humilde coração de mulher Argentina" a impedia de assumir tal cargo.

Após vários meses de sofrimento, Eva Perón faleceu no dia 26 de Julho de 1952, com apenas 33 anos. A sua morte causou uma comoção nacional sem precedentes na história da Argentina. 

O seu velório durou 14 dias, sendo acompanhado por milhares de argentinos que se comprimiriam nas ruas e avenidas de Buenos Aires para se despedir da "mãe dos descamisados". 


Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Eva e Juan Perón  casaram-se  em  1945
  
Retrato oficial de  Juan Domingo Perón e Evita,  da autoria de Numa Ayrinhac em 1948.
Eva discursando em público
26
Jul18

MEDINA & MADONNA

António Garrochinho




Medina e Madonna
tocam sanfona
e são aplaudidos
a um e a outra, a graxa
e aos que viviam na baixa
ali nascidos, radicados
a toque de caixa
os pobres fodidos, foram despejados
assoma-te à janela
ò Cinderela famosa
que trazes dinheiro e és formosa
que esses, os lisboetas de gema
são gente pequena
pobre e ranhosa
é o turismo pá ! é a economia pá ! é o mercado
é o dinheiro que corre em todo o lado
há que varrer os pés descalços
tirar-lhes o tecto
e para evitar percalços
mandá-los prás ondas do Meco
para debaixo da ponte
para outros cadafalsos




António Garrochinho

26
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho


A BURGUESIA SÓ GOSTA MESMO DO DINHEIRO. TUDO O RESTO É FALSIDADE.

A MAIOR PARTE FINGE QUE ADORA DEUS PORQUE SABENDO QUE ELE NÃO EXISTE, LOGO NÃO OS PODE CONTESTAR E NEM SEQUER LHES FAZER QUALQUER AFRONTA OU CONCORRÊNCIA.

FOSSE ELE REAL, VIVO E DESOBEDIENTE LOGO O MATAVAM OU EM ALTERNATIVA LOGO O COLOCAVAM NUM LUGAR SERVIL ONDE SE PRESTASSE AS EJACULAÇÕES VINDAS DA CORJA QUE BATE NO PEITO, PRATICA A CARIDADEZINHA E AS CONFISSÕES.

FORAM "MACACOS" OS QUE INVENTARAM DEUS !

SEM EXISTIR E ATRÁVÉS DOS ÍCONES ESPALHADOS PELOS ALTARES, A "FIGURA" DOMINA MAIS QUE OS EXÉRCITOS, OS POLÍCIAS.

AOS POBRES QUE NÃO TENDO DINHEIRO, PORQUE OS QUE INVENTARAM DEUS OS ROUBAM E EXPLORAM, FOI-LHES RESTANDO ACREDITAR NAS LACANTINAS E DEPOIS SÃO EXPLORADOS A DOBRAR SEMPRE TEMENTES A BRUXEDOS E A ALMAS DO OUTRO MUNDO E CRUZANDO OS BRAÇOS NÃO COMBATENDO OS MONSTROS DE CARNE E OSSO QUE POVOAM O PLANETA.

OS QUE PRECISAMENTE SÃO O TERROR E INFERNIZAM A VIDA DOS TAPADOS E ORGANIZADOS NO REBANHO.



António Garrochinho

26
Jul18

Grécia. Número de mortos subiu para 81. Buscas continuam

António Garrochinho

Quatro das vítimas mortais são turistas: um irlandês, dois polacos e um belga número de mortos nos incêndios que afetaram a região grega de Ática, perto de Atenas, subiu para 81, anunciou esta quarta-feira a porta-voz dos bombeiros, referindo que as organizações de socorro continuam empenhadas nas buscas.

Stavroula Maliri, porta-voz dos bombeiros, afirmou que existem já 81 vítimas mortais confirmadas, das quais quatro são turistas.
Entre as vítimas mortais está um jovem irlandês, confirmou a embaixada irlandesa na Grécia. O jovem estava em lua de mel no local quando foi surpreendido pelas chamas, enquanto a sua mulher conseguiu chegar à praia, mas sofreu ferimentos na cabeça e nas mãos.
Três outros turistas foram identificados entre as vítimas mortais: dois polacos, mãe e filho, e um belga, cuja filha adolescente foi salva.
Stavroula Maliri afirmou que é possível que "algumas das pessoas desaparecidas" estejam entre as vítimas mortais, referindo que o estado dos corpos dificulta as identificações.
A porta-voz apelou aos familiares das pessoas que estão desaparecidas para se deslocarem ao serviço de medicina forense, de modo a obterem "informações sobre os procedimentos".
Segundo a responsável, existem 11 feridos que continuam em estado crítico, referindo que as autoridades continuam a efetuar buscas, procurando potenciais novas vítimas.
Milhares de casas e centenas de viaturas foram completamente destruídas pelas chamas, sobretudo em Mati, um dos bairros periféricos a norte de Rafina, onde muitos habitantes da capital têm segunda casa e onde passam férias de verão.
Entretanto, o parlamento grego determinou, por unanimidade, uma série de medidas para apoiar as crianças que ficaram órfãs durante os incêndios da região da Ática oriental.
A primeira medida será o pagamento de uma soma de 10 milhões de euros das reservas do parlamento para uma conta especial aberta pelo Estado para apoiar as vítimas de incêndio, e depois será paga uma quantia fica às crianças que perderam os pais, anunciou o presidente do parlamento, Nikos Voutsis.


expresso.sapo.pt
26
Jul18

A fé e o suborno

António Garrochinho




A mãe que reza um terço para que o filho passe no exame está a meter a cunha à santa para que influencie o júri que o há de avaliar.
O construtor civil que manda o cabaz de Natal ao engenheiro da Câmara, agradece o último andar do empreendimento, que não constava do projeto inicial.
O funcionário que promete ir a Fátima, se for promovido, quer apenas que a Senhora se lembre dele para a vaga que, por mérito, pertenceria a um colega.
O cordão de ouro que a minhota deixou no andor do Senhor dos Passos para que o seu homem abandonasse a galdéria que o transtornou e voltasse para ela, imagina que, sem a renúncia ao ouro, o Senhor não lhe levaria de volta o bandalho do marido.
Sempre que há promessas para obter do santo, especializado em certo tipo de subornos, um qualquer benefício, é a admissão do carácter venal da Providência. É o cabrito que se manda ao chefe na véspera das atualizações salariais.
Ao santo pede-se que interceda junto de Deus para fazer ao mendicante o que não faz a outros. Ao chefe solicita-se que trame o parceiro em benefício próprio.
Portugal é um país venal, de pequenas e vis corrupções, feito à imagem da religião que o formatou, espécie de marca que indica a ganadaria de origem e reparte os portugueses por paróquias e dioceses como animais da respetiva quinta.
Que pode esperar-se da Igreja do Papa JP2 que acreditou que a Virgem lhe dirigiu a bala por sítios não vitais poupando-o a ele sem dele poupar os crédulos?
A mentalidade beata cria gente que vê o empenho, suborno e compadrio como virtudes canónicas, que levam as pessoas a condutas que lhes ensinaram a ter com Deus.
Felizmente ainda há gente séria. O mesmo não se pode dizer da fauna mística que povoa o Paraíso, para onde se viaja através de agiotas, à custa de missas, terços, oferendas e da renúncia aos prazeres da vida.
A ligeireza ética é uma consequência da mentalidade autóctone, que nos remete para as “Causas da Decadência dos Povos Peninsulares”, bem analisadas por esse grande vulto da cultura portuguesa, Antero de Quental, na 2.ª das históricas Conferências do Casino.

Por C. Barroco Esperança

26
Jul18

VÍDEO - MINA DE SÃO DOMINGOS - O FILME

António Garrochinho


VÍDEO


Mina de São Domingos - O Filme from João Abecasis Fernandes on Vimeo.



Documentário experimental sobre a Mina de São Domingos, no Alentejo, fundada no século XIX pela companhia inglesa Mason & Barry.
Descrição e Nota de Intenções:
A história da Mina de São Domingos conta com séculos de exploração, desde a antiguidade, e desde o século XIX até aos anos 60. Geologicamente, a Mina pertence à faixa piritosa ibérica. Os vestígios de exploração mineira remontam a antes do Império Romano, e ainda se encontram escoriais e escombreiras desse tempo nos arredores da corta da Mina. Em 1854, Nicolau Biava redescobre os terrenos e a sua potencialidade, e por volta de 1857 a companhia inglesa Mason & Barry obtém uma concessão de exploração dos donos dos terrenos, a Sociedade Mineira espanhola La Sabina, e inicia mais de um século de extracção de milhões de toneladas de minério. Em 1966 a Mina fecha as suas portas, por esgotamento de recursos. Hoje em dia permanece abandonada, uma paisagem erma pautada de ruínas das antigas oficinas, escritórios, estações e fundições, e de lagoas de águas ácidas cor de sangue.
Ao chegarem à Mina de São Domingos, os ingleses trazem consigo uma forte marca do império britânico. Constroem nos arredores dos terrenos da Mina um caminho-de-ferro e uma aldeia operária que abrigue todos os trabalhadores, agrupados em bairros consoante as funções que desempenham na estrutura mineira. Os postos mais especializados têm direito a melhores condições. São cerca de 16 m2 por família. Na “zona inglesa” constroem-se palacetes, espaços de lazer, e até um cemitério só para ingleses onde os mortos eram enterrados em solo trazido de Inglaterra... A estratificação hierárquica e a rigidez da sociedade inglesa cedo se fundiram com a cultura da própria localidade. Ao longo dos anos os ingleses estendem o seu domínio, construindo estações de lixiviação dos minérios e complexos industriais para a produção de enxofre. Os engenheiros vinham de várias partes do mundo, ávidos por trabalhar com as tecnologias industriais pioneiras que ali estavam a ser desenvolvidas. Os operários, mineiros, mecânicos e outros funcionários vinham de todo o resto do Alentejo, do Algarve, das Beiras, de Espanha, arriscando a vida diariamente com o seu trabalho nas oficinas, estações e caldeiras, e em poços e galerias subterrâneas com mais de 400 metros de fundo. 
Hoje em dia ainda podemos ainda encontrar alguns destes mineiros reformados, que recordam vivamente as dificuldades daquele tempo, e do trabalho na Mina. A relação com os ingleses era difícil, e subserviente. Existia inclusivamente uma polícia privada que zelava pelo interesse britânico, controlando qualquer tipo de distúrbio. Os mineiros passavam dias ao sol nas secções de lavra a céu aberto, e sempre que desciam abaixo da terra não faziam conta de voltar vivos, sempre atentos aos guinchos dos ratos que pudessem indicar um desabamento. Muitos perderam a vida por falta de condições de segurança e de trabalho. Os minérios eram extraídos e processados na Mina para serem depois transportados através de um caminho-de-ferro de via reduzida com cerca de 17km até ao Pomarão, um pequeno porto fluvial no Guadiana, também construído pela Mason & Barry. Daí seguiam para Vila Real de Sto. António por via fluvial, e até Liverpool por via marítima.
A pequena aldeia, pelas suas vicissitudes e cicatrizes, desenvolveu-se numa espécie de “ecossistema social” com uma mentalidade e forma de ver a vida única, e completamente distinta de todo o resto do Alentejo. Aqui o saber popular é antigo, e olha a Mina como uma entidade, sempre com respeito e temor. São Domingos parece constantemente um local à parte do mundo.
Forma
O filme é composto por duas partes:
1ª parte: O Homem
Planos esteticamente cuidados dos locais da vila, onde são criadas relações de antagonismo entre a ostentação da zona inglesa e a miséria da zona operária. Depoimentos de antigos mineiros e outros residentes da vila e do Pomarão, onde são abordados vários temas: a relação dos portugueses com os ingleses na Mina de São Domingos durante o período em que foi explorada, as dificuldades daquele tempo, o trabalho árduo na mina, os processos desse trabalho, o trajecto do minério, o abandono, a revolta, a terra.
2ª parte: O Local
Planos esteticamente cuidados e megalómanos da mina, com o intuito de recriar o ambiente, reproduzir a atmosfera dos locais, criar um universo com emoções e profunda estranheza ao olhar. Poema recitado em voz-off, que se torna o condutor da acção e do fio narrativo. As suas rimas (mesmo que não literais) espelham-se nos planos que as acompanham. A natureza plástica da imagem funde-se com o lirismo. Intelectualiza-se a partir do âmago do Local, do espírito das coisas inanimadas e abandonadas, da relação do homem invisível com a terra que lavrou e lavou com o seu suor.
Objecto e tratamento poético
O poema que acompanha a segunda parte deste projecto tem como objectivo representar a Mina de São Domingos como local e como um ente. Para tal a Mina é o enunciador do discurso num poema dramático cuja expressão é lírica. Olhando retrospectivamente para as várias vivências a que foi testemunha, a Mina apresenta-se como a continuação de todos aqueles que no seu espaço trabalharam, viveram e morreram. O tempo é um ponto fulcral do discurso, pois é através deste que a Mina ganha corpo, corpo esse composto pela alma de todos aqueles que na sua história foram intervenientes. O tempo será encarado não como algo fixo, mas sim um fluído fluxo de tudo o que se passa e anteriormente passou, tomando como princípio fundamental que o tempo presente contem em si todo o tempo passado.
O poema tem duas partes, sendo a primeira um monólogo do sujeito poético, apresentando-se a si e à sua história, cobrindo desde a exploração fenícia da Mina até ao presente abandono da mesma. Este discurso baseia-se numa rede de símbolos sem significado fixo, mas sim fluído e orgânico, que se entrelaçam na composição de uma cadeia de significados subjectiva, complexa e indirecta que visa atingir a máxima expressão da Mina não só como um ser, mas como uma mistura de seres que se fundem numa consciência amorfa, alongando-se e prolongando-se através do tempo. A primeira parte será apresentada através do verso livre, em que o metro não se opõe à livre expressão dos vários significados que nela serão expostos.
A segunda parte é espaço para uma mudança de forma, adoptando uma métrica que se baseia no metro da tragédia clássica Prometeu Agrilhoado, como apresentada e adaptada para o português por Eduardo Scarlatti. Esta segunda parte concentra-se num diálogo entre a mina e o coro de trabalhadores, sendo este coro formado por mineiros e engenheiros. O objectivo é realçar a dimensão dramática daqueles que laboraram uma vida inteira na Mina, daqueles que nela viram a possibilidade de encontrar o começo para uma nova vida, como também daqueles que lá perderam suas vidas. Esta segunda parte visa encontrar uma forma de expressão capaz de atingir momentos de elevado cariz trágico e Humano, em que o coro de trabalhadores, ora exaltadamente ora languidamente, se apresenta como uma chama extinta que teima em arder, enquanto a Mina, como que respondendo à inquietação do coro, questiona-se sobre a sua identidade enquanto local saqueado pela constante exploração Humana. Ao longo do diálogo memórias são evocadas tanto pelo coro como pela Mina, numa luta incessante e no entanto algo esgotada contra a inevitabilidade da morte. A Mina expressa-se através do Melodrama (arrastado, marcado, vivo e falado), enquanto o coro encontrará sua voz na forma Tríade Epódica (Estrofe, Antístrofe e Épodo), tal como através de uma canção popular que aparece inserida por entre o diálogo.
Nota de Intenções
A mina possui um ambiente indescritível, pela paisagem desolada e avassaladora e pelo próprio ar que se respira. A História confere-lhe uma aura mística, difícil de explicar a quem nunca lá esteve.
Antes de ir lá a primeira vez, soube que a minha família materna (de ascendência judaica) se estabeleceu em Portugal pela primeira vez precisamente na Mina de São Domingos. O meu tetravô Joseph veio de Gibraltar para ser engenheiro da companhia inglesa que explorava o minério. Havia um propósito nesta minha primeira viagem: encontrar o antigo pombal em ruínas com uma placa de azulejo com o nome do meu trisavô, filho de Joseph. A ligação a este local aprofundou-se ainda mais, e deu lugar a um profundo fascínio pelo seu misticismo. Este filme trata essencialmente os locais em si, e as suas memórias, mas não pretende ser um louvor aos mineiros. Eles servem o filme na medida em que localizam, em termos históricos, culturais e sociais a verdadeira personagem principal. O filme tem duas partes distintas, sendo que a primeira contextualiza a mina sem mostrar imagens desta. O imaginário constrói-se a partir das palavras e descrições dos mineiros, e das construções inglesas na vila. Na segunda parte tomamos contacto visual com a mina, ouvindo a expressão do seu lamento através da poesia


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26
Jul18

Um voo para Beja

António Garrochinho

Vítor Santos* | Jornal de Notícias | opinião

A passagem do maior avião comercial pelo Aeroporto de Beja, no início da semana, além da justificada amplificação mediática, devia servir de tónico para uma reflexão útil, ainda mais numa conjuntura em que o país discute e aprofunda a descentralização.

Que Lisboa precisa de uma alternativa ao asfixiado Aeroporto Humberto Delgado todos sabemos; que essa nova infraestrutura tenha, obrigatoriamente, de nascer às portas de Lisboa, não parece, de forma alguma, consensual, muito menos inteligente.

Na década passada, o Estado investiu dez milhões de euros na reconversão do Aeroporto de Beja para fins comerciais e não me parece que Portugal tenha ganho muito com isso, atendendo a que por ali transitam menos de mil passageiros por ano.

Se a descentralização está em curso, se é prioridade do Governo e um imperativo do país, porque não investir em serviços de transportes rápidos e eficazes entre Lisboa e Beja, em vez de dar como adquirida a necessidade de mais uma obra estruturante crescer junto à fronteira do centralismo? No mínimo, os políticos deviam equacionar esta solução, que também contribuiria para dinamizar um Alentejo tantas vezes esquecido, porque a descentralização não tem de ser feita apenas a norte de Lisboa.

O argumento de que Beja fica longe chega a ser, esse sim, provinciano, visto todos sabermos que estamos a uma hora de Londres quando aterramos em Stansted e a um pouco mais de Paris, quando o fazemos em Beauvais. Ou seja, quando viajamos para o estrangeiro, parece não haver problema nenhum. Este é, no fundo, o problema de uma boa parte dos portugueses, dos que gostam de fazer longas caminhadas junto ao mar, mas que se recusam a andar 20 minutos a pé para apanhar o transporte público, teimando em entupir as cidades com automóveis.

* Editor executivo adjunto do JN

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26
Jul18

A OPINIÃO DE OUTROS - E se a geringonça não acabar?

António Garrochinho

Ana Alexandra Gonçalves* |  opinião

E se, após as próximas legislativas, tudo se mantiver mais ou menos na mesma, ou seja, e se a geringonça continuar? Pasme-se! E se aquela mescla de esquerda que tantos profetizaram que acabaria cedo e da pior forma possível, não se extinguir nas próximas eleições? O que será da direita desorientada? 

Os portugueses, a julgar pelas sondagens, preferem esta solução; o Presidente da República quer esta solução porque os portugueses querem esta solução e porque António Costa não brilha o suficiente para o ofuscar; a direita não quer esta solução, mas também não sabe muito bem o que quer.

O CDS, raiando o populismo mais poucochinho, sempre que pode, quer uma fatia de poder, mas não sabe nem como nem com quem. O PSD está dividido entre os poucos que seguem o actual Presidente e os muitos que ainda choram o desaparecimento do grande Passos Coelho.

Ora, nestas circunstâncias, a tese que postula a necessidade de uma nova (velha) geringonça ganha força. E embora aquilo que uniu a esquerda - Passos Coelho - tenha desaparecido, engolido por uma qualquer universidade de pacotilha, ficou o sucesso da geringonça e ficou sobretudo o que de positivo saiu desta solução para os cidadãos - o que é verdadeiramente reconhecido pelos mesmos. Subsiste designadamente a ideia de um país incomensuravelmente melhor. E nem os problemas em áreas cruciais como a Saúde e Educação beliscam verdadeiramente essa percepção. Essas falhas do Governo exigirão um empenho ainda maior por parte dos partidos mais à esquerda do PS, e que melhor contexto do que uma nova (velha) geringonça para se chegar a entendimentos? 

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão


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26
Jul18

AS FOTOS DO DIA

António Garrochinho




AS FOTOS DO DIA
. LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS
. ARMAS APREENDIDAS À PIDE/DGS
. UMA TOURADA DÁ INÍCIO A UMA MANIFESTAÇÃO 
FAVORÁVEL A ANTÓNIO SPÍNOLA. A "MAIORIA
SILENCIOSA" FASCISTA TENTAVA JÁ DERRUBAR ABRIL

26
Jul18

Crise na Portela tem responsáveis

António Garrochinho



A resolução dos problemas do Aeroporto de Lisboa e o futuro das infra-estruturas aeroportuárias nacionais não passa pelos lucros da Vinci. Do Governo exige-se a vontade e a coragem para os enfrentar.

AbrilAbril | editorial

Horas em filas de espera, incidentes de segurança, voos suprimidos, adiados ou atrasados, queixas crescentes por parte dos passageiros. Este cenário será familiar a quem trabalha no Aeroporto de Lisboa; uma realidade que tem responsáveis.

O número de passageiros vinha crescendo ao longo da década passada e só a crise económica mundial que se iniciou em 2008 é que travou essa tendência. Esses anos foram, também, um período de elevados investimentos na infra-estrutura aeroportuária nacional, quando a sua gestão ainda era pública.

A recuperação da economia trouxe consigo a recuperação da dinâmica sentida: o número de voos e passageiros que têm Portugal e Lisboa como destino voltou a aumentar. Mas, em sentido contrário, o volume de investimento caiu. O que aconteceu pelo meio? A privatização da ANA.

O bloco central, com o CDS-PP, aceitou e assinou com a troika o documento onde constava a privatização da gestora dos aeroportos nacionais, que foi entregue à transnacional Vinci com a concessão por 50 anos.

Mas a Vinci não cortou só o investimento em cerca de 50 milhões ao ano: promoveu a subcontratação, a precariedade e a degradação das condições de trabalho nos aeroportos. Enquanto o número de passageiros cresceu quase 70%, o número de trabalhadores subiu pouco mais de 7%. Ou seja, os movimentos nos aeroportos nacionais (especialmente no de Lisboa) cresceram apesar da privatização, não por causa desta.

Ao mesmo tempo, a Vinci aumentou as taxas aeroportuárias exponencialmente e viu os seus lucros subirem de forma espantosa: no final do ano passado, chegou aos 250 milhões de euros. Nos últimos cinco anos, os lucros da ANA já ascenderam a quase metade dos 1,2 mil milhões de euros que a Vinci pagou pela empresa. Paga quem aterra na Portela e paga o País.

Mas a privatização pode ainda ter outros custos, caso o Governo continue sem colocar os interesses do País à frente dos da Vinci no que diz respeito ao novo Aeroporto de Lisboa. A transnacional quer gastar o menos possível e é isso que explica a aposta no modelo Portela+1, com a reconversão da Base Aérea do Montijo em aeroporto civil. Uma hipótese que hipoteca o futuro, ignorando que só um novo aeroporto assegura as necessidades futuras – cuja localização ideal já está identificada há anos, no Campo de Tiro de Alcochete, que vai ao encontro das várias exigências, ambientais, de segurança, de expansão.

O Governo do PS tem perante si várias exigências neste momento, no que à infra-estrutura aeroportuária diz respeito. Para além da exigência de que a Vinci cumpra com os investimentos necessários, deveria preparar a recuperação do controlo público da ANA e não permitir que os interesses nacionais (invocados com tanta ligeireza de forma recorrente) não sejam submetidos aos lucros de uma transnacional.

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26
Jul18

NUNCA EM ...

António Garrochinho


NUNCA EM PORTUGAL SE DISCUTIU TANTA POLÍTICA INTERNACIONAL .
OU É ENGANO MEU OU ISTO TRÁS ÁGUA NO BICO.
SE TRÁS ÁGUA NO BICO, LÁ DIZIA O OUTRO....SACUDA, MEU AMIGO, SACUDA !



AG
26
Jul18

Facebook censura nus de Rubens, Flandres responde com vídeo - Um mamilo de Rubens desafia o capitalismo?

António Garrochinho


"Peitos, nádegas e querubins" são indecentes por natureza?
Imagine que está num museu e um agente da autoridade lhe pergunta se tem conta numa rede social. Responde que sim e o "inspetor de redes sociais" diz-lhe: "Temos que afastá-lo dos quadros com nudez", "temos que o proteger da nudez, mesmo que de natureza artística".
O momento, registado na Rubens House, em Antuérpia, deu um vídeo de protesto contra a censura de obras de Peter Paul Rubens no Facebook.

VÍDEO
Os elogios à obra de Rubens são incontáveis e o mundo da arte atribuiu aos seus nus um lugar especial. Mas o Facebook não se deixa impressionar e bloqueia, com frequência, estes quadros do século XVI. As instituições culturais e de turismo da região belga da Flandres sabem-no bem.
Numa carta do gabinete de turismo e dos diretores de museus da Flandres, os signatários dizem que o Facebook rejeita sistematicamente as obras de Rubens.
A "censura cultural" aplicada por aquela rede social até faz rir "secretamente", admitem, mas também dificulta a tarefa de divulgar a obra do mestre. E perguntam se "peitos, nádegas e querubins" são indecentes por natureza.
Os posts removidos incluem um anúncio que mostra a obra de Rubens "A descida da cruz", que retrata Jesus seminu.
"A arte faz ligações, tal como as redes sociais", argumentam os belgas.
Ao "Guardian", o diretor executivo do gabinete de turismo da Flandres, Peter De Wilde, afirma que, "infelizmente", promover a "herança cultural única" da região na "rede social mais popular do mundo é agora impossível".
Segundo o "Guardian", o Facebook aceitou falar com o gabinete de turismo da Flandres.

www.vdigital.pt

Um mamilo de Rubens desafia o capitalismo?


(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 25/07/2018)
julgamento-de-paris-peter-paul-rubens-noticias-universia-brasil-al
Quadro de Rubens: O Julgamento de Páris
Os dirigentes do Rubenshuis, de Antuérpia, decidiram gozar com o Facebook: filmaram um vídeo onde se veem dois supostos seguranças a percorrerem o museu, que mostra inúmeras pinturas do século XVI assinadas por Peter Paul Rubens.
Os dois capangas abordam visitantes e perguntam: “tem conta numa rede social?”. Quando o espantado turista responde que sim, os seguranças pedem desculpa mas, justificando-se com as regras em vigor das redes sociais, obrigam-no a afastar-se das pinturas de mulheres nuas que deram reputação de génio ao pintor flamengo e, provavelmente, ocuparam lugar de relevo entre os sonhos eróticos de certas realezas barrocas europeias, que mecenaram o artista.
A piada em vídeo viral da “Casa de Rubens” tem um alvo óbvio – o Facebook, a rede social dominante neste lado do mundo – mas, na verdade, a empresa de Mark Zuckerberg não é citada no vídeo, pois o museu prefere alertar para o reacionarismo das regras que impedem a publicação, nos novos media, de obras artisticas clássicas.
Lembro-me de ler noticias do Facebook censurar uma publicidade que usava uma mulher, símbolo da República Francesa (semelhante à portuguesa), que mostrava os seios enquanto liderava, bandeira tricolor na mão, uma revolta popular (a pintura original é de Eugéne Delacroix).
Lembro-me de ler notícias do Facebook censurar a publicação da foto de uma estatueta com 30 mil anos de uma mulher nua, aparentemente grávida, interpretada pelos arqueólogos como um símbolo de fertilidade, mas entendida pelos gestores da rede social como sendo um “conteúdo impróprio”.
Lembro-me de ler notícias do Facebook censurar a reprodução de um quadro chamado a Origem do Mundo: uma vagina e um par de seios cruamente mundanos, pintados por Gustave Coubert no século XIX, em provocação aos nus desenhados em grandes cenas mitológicas ou oníricas que algo hipocritamente prevaleciam nas artes visuais europeias.
O Facebook, portanto, censura mulheres nuas. É um facto. Foi até divulgado um manual interno da empresa com milhares de indicações complexas aos seus trabalhadores sobre os critérios que devem seguir para eliminar publicações com cariz sexual, violentas, racistas, homofóbicas, terroristas e sei lá que mais.
Provavelmente muitos de nós, por razões ideológicas, culturais ou morais, concordarão com algumas das restrições que o Facebook pretende impor nas suas páginas. Provavelmente acharemos outras ridículas e, até, gravemente ofensivas da liberdade de expressão.
Provavelmente muitos identificarão a dualidade de critérios do Facebook: lesto a cortar mamas das suas páginas mas suspeito de ser conivente com invasões empresariais de privacidade ou utilização abusiva de dados dos seus utilizadores. Mas isso, hoje, não me interessa.
O que me interessa agora é perceber as consequências para uma boa parte do mundo, para os indivíduos, dos atos de censura do Facebook .
O que leva as redes sociais a censurar os seus utilizadores?
É a pressão de um número significativo de utilizadores, de gente influente, de organizações, de instituições, de governos?
É a própria adesão a um certo padrão moral de investidores e dirigentes de redes como o Facebook?
É o medo de perder negócio, de criar uma onda de rejeição, de temer que muitas pessoas passem a fugir de um local com reputação de “má fama?”…
Será um pouco disso tudo, mas creio que a razão prevalecente é a última que alvitrei, a relativa à saúde do negócio: os mamilos das mulheres de Rubens são uma ameaça aos capitais investidos no Facebook.
O problema é o tamanho. O Facebook tem uma dimensão quase global e, ao fazer censura aos seus utilizadores, seja por bons ou por maus motivos, tenha ou não razão, está, inevitavelmente e simultaneamente, a influenciar a moral global: pela repetição, anos e anos a fio, destes atos de censura, o código de conduta social que vigorar no Facebook tenderá a ser a moral vigente nas sociedades onde a empresa domina o mercado das redes sociais.
O que o Facebook está a fazer é que a moral e a ética de uma parte da sociedade se imponha, unilateral e ditatorialmente, a todos os utilizadores.
Porque pode o Facebook atuar como guardião de uma moral, de uma ideologia, que não é, necessariamente, a moral de todos os seus leitores e não é, certamente, a moral de todos os povos?
Porque pode o Facebook impor uma moral que reflete, também e necessariamente, opções e aquisições ideológicas, religiosas, culturais e políticas que, claramente, não são as de todos os seus leitores em todos os países e nações por onde eles se espalham?
Porque pode (e porque tantos lho pedem?) o Facebook impor limites à liberdade de expressão dos indivíduos quando, e bem, criticamos tanto os Estados e os governantes que o tentam fazer?
Dirão: “O Facebook é uma empresa privada e pode fazer o que quiser dentro da sua propriedade”… Pois, mas com o tamanho que tem, o Facebook é muito mais do que uma empresa privada: é uma potencial e perigosa fábrica de mentalidades.
Por isso, em nome do bem comum, a rede social Facebook deveria ser socialmente neutra e, na verdade, não o é. Isto é uma ameaça civilizacional.

estatuadesal.com
26
Jul18

Recordamos hoje, Maria Severa, “a primeira de todas as Fadistas”, no dia em que passa mais um aniversário sobre o seu nascimento.

António Garrochinho
Severa





















MARIA SEVERA Onofriana, Fadista, natural de Lisboa, nasceu a 26-07-1820 e faleceu a 30-11-1846. Fadista, famosa, de seu nome completo Maria Severa Onofriana, nasceu na Madragoa, filha de Severo Manuel de Sousa, natural de Santarém, e de Ana Gertrudes, natural de Portalegre, que tinham uma taberna. Viveu no Bairro Alto e na Madragoa, faleceu, aos 26 anos, na sua casa na Rua do Capelão.
Severa também viveu no Bairro Alto, na Travessa do Poço da Cidade, bem como na Rua da Graça e no Pátio do Carrasco, ao Limoeiro. O último Conde de Vimioso – D. Francisco de Paula de Portugal e Castro – terá sido o seu grande amor e instalou-a em mais três moradas lisboetas: na Rua da Bemposta, na Rua da Amendoeira e ainda no seu palácio do Campo Grande.
Teve grande nome nos meios fadistas e boémios, frequentados (não obstante a sua completa amoralidade) por alguns dos mais ilustres fidalgos da corte, políticos, toureiros, etc.
Maria Severa Onofriana, apesar da sua beleza, ou, talvez, por isso mesmo, e da sua vivacidade, cedo caiu na prostituição. Cantava o fado de tal forma que impressionava todos os que a ouviam. Apaixonada pelo teatro e pelas touradas, a que assistia com muita frequência, onde conheceu e se apaixonou pelo 13º Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro), origem de quase todos os seu problemas e dissabores.
Maria Severa cantou fado primeiro na Madragoa, depois no Bairro Alto e na Mouraria –nas Tabernas da Rosária dos Óculos, do Manuel Jerónimo, do Cegueta, do Manhoso, todas na Rua do Capelão – , assim como no café do antigo forcado Joaquim Silva à Rua do Saco, e ainda, em festas aristocráticas dada a sua ligação ao Conde de Vimioso.
A figura da Severa, aureolada por notável beleza e inegáveis dotes de cantadeira, aliados a grande espírito de caridade para outras desgraçadas como ela; a sua vida breve, influenciaram muito os poetas populares que têm vindo a consagrar-lhe fados e canções. Para essa difusão contribuiu decididamente o romance de Júlio Dantas, A Severa (1901), que o mesmo autor levou ao Teatro numa peça com igual título, estreada no antigo Teatro D. Amélia, também em 1901.
Anos depois, Júlio Dantas e André Brun adaptaram-na a Opereta, com música de Filipe Duarte. Com o mesmo argumento Leitão de Barros realizou, em 1931, o primeiro filme sonoro português, que teve assinalado êxito.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia do Socorro, Edital de 18-12-1989); Odivelas (Freguesia da Ramada); Vila Franca de Xira.
Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 28, Pág. 604 e 605)
Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 481).
Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”


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