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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

27
Jul18

VÍDEO TROPAS DOS CAMARÕES APOIADOS PELOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA MATAM MULHERES E CRIANÇAS

António Garrochinho


Grupos de direitos humanos estão soando o alarme sobre um vídeo "chocante e desprezível" que supostamente mostra soldados de Camarões - um aliado americano próximo na África - atirando e matando mulheres e crianças, suspeitos de ligações islâmicas.
Um relatório angustiante da Intercept , que veio a público na quinta-feira, alegou que as tropas camaronesas realizaram execuções arbitrárias de pessoas que se pensava serem seguidores do Boko Haram. 

A agência de notícias publicou um vídeo extremamente perturbador que mostrava homens em uniformes militares escoltando duas mulheres, uma delas segurando a mão de uma jovem, provavelmente a filha, e a segunda carregando uma criança nas costas. 
"Você vai morrer", diz um soldado, que se refere a uma das mulheres como "BH", uma referência aparente ao Boko Haram. "Isso nos machuca, mas seus pais nos colocaram em um ...", ele é ouvido dizendo no vídeo antes de ser interrompido por uma série de tiros.  
ATENÇÃO! O vídeo contém cenas que você pode achar extremamente perturbadoras.
O vídeo começou a circular na web no início deste mês, levando Issa Tchiroma Bakary, porta-voz do governo de Camarões, a rotulá-lo de “notícia falsa” e “uma infeliz tentativa de distorcer fatos reais e intoxicar o público”. Trechos do vídeo foram compartilhadas por uma série de agências de notícias, mas nenhuma, além do Intercept, mostrou as próprias execuções.
Enquanto isso, grupos de direitos humanos apontaram que a alegação do governo de que esse vídeo chocante é falso simplesmente não resistiu a uma checagem de fatos. "Nós podemos fornecer evidências confiáveis ??em contrário", disseSamira Daoud, vice-diretora do escritório da Anistia Internacional na África Ocidental. 

"É realmente o vídeo mais chocante e desprezível que eu já assisti em toda a minha carreira", disse
 Illaria Allegrozzi, pesquisador do Lago Chad à Amnistia Internacional. “Amnistia tem registrado tortura sistemática e execuções extrajudiciais, prisões arbitrárias, casos de desaparecimento forçado, e todos esses casos nunca foram tratados.” Ela disse anteriormente ao Intercept que as imagens horripilantes “me assombraram por dias depois”.  "Dada a gravidade desses atos horríveis - o massacre de mulheres e crianças pequenas a sangue-frio e calculado - essas negações apressadas e desdenhosas colocam sérias dúvidas sobre se qualquer investigação será genuína",
 disse Daoud.
Zeid Ra'ad Al Hussein, chefe de direitos humanos da ONU, disse que ficou "chocada" com o vídeo. "Estou profundamente preocupado que esses assassinatos capturados na câmera não sejam casos isolados" , disse ele em seu comunicado, citado pela AP.
Com o desenrolar da história, a RT entrou em contato com o gabinete do primeiro-ministro de Camarões para verificar o vídeo e confirmar a intenção do governo de cumprir a promessa de uma investigação. Até agora não houve resposta.


www.rt.com

27
Jul18

CURIOSIDADES SOBRE OS "BICHOS DE CONTA, AS PORCAS SARAS, OS TATUS BOLINHA

António Garrochinho


Não são insetos: 10 fatos fascinantes sobre tatus-bolinha

O tatu-bolinha, animalzinho presente em vários dos nossos jardins, pode parecer um inseto comum, mas é uma criatura fascinante. Para começar, nem inseto ele é. Esses 10 fatos sobre eles vão surpreender quem nunca pensou muita atenção nestes bichinhos.

10. ELES SÃO CRUSTÁCEOS, NÃO INSETOS

Embora eles sejam frequentemente associados a insetos, os tatus-bolinha na verdade pertencem ao subfilo Crustacea. Eles estão muito mais relacionados aos camarões e lagostins do que a qualquer tipo de inseto.

9. ELES RESPIRAM ATRAVÉS DE BRÂNQUIAS

Como os seus primos marinhos, estes crustáceos terrestres usam estruturas semelhantes a brânquias para trocar gases. Eles exigem ambientes úmidos para respirar, mas não podem sobreviver se forem submersos em água.

8. UM TATU-BOLINHA JUVENIL MUDA EM DUAS FASES

Como todos os artrópodes, eles crescem ao se livrar de um exoesqueleto duro. Mas tatus-bolinhas não perdem essa carapaça de uma só vez. Primeiro, a metade traseira do seu exoesqueleto se separa e desliza para fora. Alguns dias depois, ele se livra da seção da frente. Se você encontrar um tatu-bolinha cinza ou marrom em uma extremidade, e rosa na outra, ele está no meio da mudança.

7. AS MÃES CARREGAM SEUS OVOS EM UMA BOLSA

Como caranguejos e outros crustáceos, os tatus-bolinhas levam seus ovos consigo. As placas torácicas sobrepostas formam uma bolsa especial, chamada marsupium, na parte inferior do animal.
Após a incubação, os bichinhos permanecem na bolsa por vários dias antes de partir para explorar o mundo por conta própria.

6. ELES NÃO URINAM

A maioria dos animais deve converter seus resíduos, que possuem altas quantidades de amônia, em uréia antes que eles possam ser excretados do corpo. Mas os tatus-bolinha têm uma incrível capacidade de tolerar o gás amoníaco, que eles podem passar diretamente através do seu exoesqueleto, então não há necessidade de urinar.

5. UM TATU-BOLINHA PODE BEBER COM SEU ÂNUS

Embora eles bebam através do caminho mais tradicional – com as suas partes bucais – eles também podem tomar água através das extremidades traseiras. Estruturas especiais em forma de tubo, chamadas de uropodes, podem absorver água quando necessário.

4. TATUS-BOLINHA SE FECHAM EM BOLAS APERTADAS QUANDO AMEAÇADOS

A maioria das crianças já cutucou um tatu-bolinha para vê-lo se enrolar em uma bola apertada. Eles fazem isso como forma de proteção quando se sentem ameaçados.

3. TATUS-BOLINHA COMEM SUAS PRÓPRIAS FEZES

Cada vez que um tatu-bolinha defeca, ele perde um pouco de cobre, um elemento essencial que o animal precisa para viver. A fim de reciclar este precioso recurso, eles consomem suas próprias fezes, uma prática conhecida como coprofagia.

2. OS TATUS BOLINHA DOENTES FICAM AZUIS BRILHANTES

Como outros animais, os tatus-bolinha podem contrair infecções virais. Se você encontrar um deles que está azul brilhante ou roxo, é um sinal de um iridovírus. A luz refletida do vírus causa a cor ciana.

1. O SANGUE DE UM TATU-BOLINHA É AZUL

Muitos crustáceos têm hemocianina no sangue. Ao contrário da hemoglobina, que contém ferro, a hemocianina contém íons de cobre. Quando oxigenado, o sangue do tatuzinho fica azul.
Fonte:[via] [ThoughtCo]
27
Jul18

PEÇO DESCULPA

António Garrochinho


A AUSÊNCIA DE MEDIDAS POLÍTICAS E A IMPLEMENTAÇÃO DELAS NO TERRENO PODEM RESPONSABILIZAR OS GOVERNANTES EM MUITA MATÉRIA COMO NO CASO DOS INCÊNDIOS, OS QUE ACONTECERAM AM PORTUGAL E OS QUE ESTÃO A ACONTECER NA SUÉCIA E NA GRÉCIA.

DIGO ISTO PORQUE APESAR DE ENTENDER UMA PARTE DAS JUSTIFICAÇÕES DA CLASSE GOVERNANTE E SABENDO NÓS QUE O DESMAZELO, A IGNORÂNCIA, A FALTA DE PRESENÇA EM LOCAIS PASSÍVEIS DE DESASTRES E CALAMIDADES, POR VEZES LEVAM-NOS A ENTENDER AS EXPLICAÇÕES QUE NOS DÃO, E A JULGÁ-LAS COMO SINCERAS OU NÃO.

TSIPRAS ASSUME TODA A RESPONSABILIDADE PELOS INCÊNDIOS NA GRÉCIA, E DEPOIS ?

CHEIRA-ME AQUI A EXAGERO E A FALSA MODÉSTIA,ESTE SEU ARREPENDIMENTO E PEDIDO DE DESCULPAS POR NÃO TER O SEU GOVERNO TOMADO MEDIDAS CONTRA OS FENÓMENOS DA NATUREZA E OUTROS FENÓMENOS CRIMINOSOS.

ESTÁ NA MODA PEDIR DESCULPA !
É PARA A CLASSE GOVERNANTE (PENSAM ELES) UM ANTÍDOTO, UM CALMANTE, OU COMO QUEM DIZ: CALEM-SE PÁ ! EU JÁ PEDI DESCULPA E PRONTOS ACABOU-SE !

SOMADAS AS ATITUDES, ESMIUÇADAS AS REAÇÕES AOS ACONTECIMENTOS, ESGOTADO O FRENESIM HISTÉRICO DA IMPRENSA E TELEVISÃO TUDO VOLTARÁ AO "QUARTEL DE ABRANTES".

O QUE ARDE, O QUE SE PERDE IRREMEDIAVELMENTE, É QUASE SEMPRE O QUE POUCO ESTÁ PROTEGIDO, E NESSE CÍRCULO DE DESGRAÇA, SÃO SEMPRE OS MAIS POBRES QUE SOFREM E NÃO OS GRANDES.

ESSES VIVEM EM BUNKERS, EM PALÁCIOS, EM MORADIAS EQUIPADAS COM TODO O MATERIAL DE SEGURANÇA E SEMPRE COM OS POLÍCIAS, OS BOMBEIROS, OS GUARDA COSTAS E O STAF DA CRIADAGEM EM ALERTA CONSTANTE.
PEÇO DESCULPA.




António Garrochinho
27
Jul18

O Stonehenge Alemão

António Garrochinho



Se o sítio arqueológico de Stonehenge na planície de Salisbury na Inglaterra ainda é um mistério, imagina descobrir um outro totalmente de madeira na Alemanha? Como não amar a arqueologia?
"Uma recente escavação feita no sítio arqueológico de Ringheiligtum Pömmelte, conhecido como o ″Stonehenge da Alemanha″, revelou novas evidências de que o local seria utilizado para rituais de sacrifício humano. Localizado na cidade de Pömmelte, no leste do país, ele fica a cerca de 136 quilômetros de Berlim. 

Os arqueólogos encontraram crânios e ossos quebrados de crianças, jovens e mulheres adultas, enterrados em covas ao lado de machados, vasilhas, ossos de animais e antigos moedores feitos de pedra. Eles acreditam que as vítimas foram jogadas ou empurradas para as covas, e que pelo menos um dos adolescentes tinha as mãos atadas quando isso aconteceu.

Segundo o líder da pesquisa, o arqueólogo André Spatzier, os mortos podem ter sido vítimas de um ataque repentino. Mas as evidências apontam para um ritual de sacrifício humano. “Como nenhum homem adulto foi encontrado enterrado no local, e objetos quebrados, usados em rituais, foram enterrados com os corpos, essa teoria é a mais provável”.

Assim como o Stonehenge, na Inglaterra, o Ringheiligtum Pömmelte é um monumento circular sagrado, formado por cercas circulares e sepulturas. Feito de estruturas de madeira, ele foi descoberto em 1991, mas as escavações só tiveram início recentemente.

Os especialistas acreditam que povos antigos construíram o monumento durante a transição do período Neolítico para a Idade do Bronze, por volta de 2300 a.C. A construção teria servido como centro de poder da elite local e utilizada em cerimônias religiosas e rituais de oferenda.

Por volta de 2050 a.C., no fim da principal ocupação humana na região, o monumento teria sido destruído em um ritual. “Parece que eles tiraram os postes de madeira, colocaram oferendas dentro deles e queimaram tudo, enterrando as cinzas em uma vala”, afirma Spatzier. O local passou por um longo processo de reconstrução e foi aberto ao público em 2016."





(Revista Aventura na História)


aterramediadeclaudia.blogspot.com


27
Jul18

a cenoura

António Garrochinho

a cenoura como legume
exala um belo perfume
dizem que faz bem aos olhos
mas sendo o nariz do Pinóquio
de cada aldrabão, cada colóquio
com tanta mentira aos molhos
da visão ficamos zarolhos
e até nos causa azedume.



António Garrochinho

27
Jul18

SANTA ENGRÁCIA E O PANTEÃO

António Garrochinho



Conheço bem o Panteão, conheço Santa Engrácia, visitei-a algumas vezes e gostei, gosto.

Fiz o serviço militar antes de ser mobilizado em vários quartéis e no estado Maior General das Forças Armadas.

Quando estava livre costumava passear por ali na "feira da ladra" descia até ao Museu Militar e adorava aquela efervescência de vida que me marcaram muito.

Lembro as anedotas sobre Santa Engrácia que pelos anos que demorou a construir eram quase obrigatórias e serviam de comparação a tudo o que não se resolvia, tudo o que tardava em acontecer..

Santa Engrácia e a sua imponência, toda aquela pedra, o mármore, a arte, o silêncio, a solenidade do espaço de quando entramos e nos sentimos pequenos dentro daquela casa construída como imponente igreja, e depois utilizada para guardar os restos dos grandes vultos da nossa cultura e história.

Hoje como em muitos outros exemplos os vendilhões a retalhos, os ignorantes, os que têm muito poder, mas pouco cultos, nada mais fazem do que emporcalhar tudo onde colocam as patas e tal como os porcos de Orwell querem eles lugares de veneração depois de miseravelmente em vida nada fazerem, nada construírem a não ser miséria e injustiças.

Todos querem ombrear com figuras históricas de Portugal e acabamos por ser vítimas do ridículo e do impensável.

Colocar entre paredes históricas, gente pequena, gente que custa a ter lugar na mais vulgar tumba do esquecimento é quase um crime.

É certo que como humanos somos iguais, feitos da mesma matéria, mas ousar confundir gigantes com anões, poetas com gente sem sensibilidade, homens corajosos com covardes é obra que só é possível nos trastes que fazem do dinheiro e do poder, a sua passagem pelo mundo.


António Garrochinho

27
Jul18

O CANDEEIRO

António Garrochinho


ESTE É O CANDEEIRO DE CABECEIRA DA ASSUNÇÃO CRISTAS.
ELA BEM LIGA O INTERRUPTOR !
A LÂMPADA ACENDE MAS É SÓ NO CANDEEIRO JÁ QUE NA CABEÇA DA FAMIGERADA FASCISTA DOS EUCALIPTOS E DESPEJOS, A CABEÇA LHE É NEGRA COMO BREU.


AG

27
Jul18

POR AÍ

António Garrochinho


Humor

Há coisas incríveis que se encontram na net !
Então não é que este treinador felizardo se parece comigo ?
Agora já sei que tenho algures por aí um sósia que não como eu se limita a aborrecer as pessoas aqui no "Bloguer" 


27
Jul18

OS JAPONESES E OS SEUS EXCESSOS ! AS DESCULPAS, UMAS RIDÍCULAS, OUTRAS ACEITÁVEIS, OUTRAS NEM MAIS NEM MENOS

António Garrochinho


Japão é uma nação acostumada a pedir desculpa. Na história recente, tal propensão remonta as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial e a sua condição de nação derrotada. Durante o último meio século os governantes e representantes japoneses pediram desculpas (mais ou menos) a Mianmar, a China e Coréia do Sul por suas diversas conquistas e crimes de guerra (também, sucessivamente, aos Estados Unidos).

Nove ocasiões em que o Japão levou a arte da desculpa pública ao extremo

Tamanhos atos de constrição pública não são habituais no resto das nações, mais propensas a fazer cara de paisagem em relação ao seu passado sujo. E para além das particularidades históricas do Japão, as escusas públicas solenes bebem também na cultura japonesa. No Japão, desculpar-se é um ritual social levado ao extremo.

O exemplo mais evidente é o "dogeza", o gesto de ajoelhar-se em sinal de profundo lamento e desculpa com a pessoa prejudicada por seus atos. As declarações e os pedidos de perdão públicos nem sempre têm um caráter tão dramático (ainda que muitas vezes sim), mas são mais habituais, mais raras e em aparência mais absurdas que aquelas que não estamos acostumados no Brasil. Aqui o reconhecimento da culpa própria tende a ser uma exceção, e costuma chegar depois de situações extremas e em condições mediáticas insustentáveis. Em outras palavras, aqui só se pede desculpa quando a cagada foi muito grande e alguém descobriu.

No entanto, no Japão é habitual. Seja mediante empresas públicas que fazem um uso indevido dos fundos públicos, através de corporações particulares que cometeram algum erro ou dos próprios cidadãos, a tradição da desculpa resulta tão fascinante quanto estranha. Estes são alguns dos exemplos mais peculiares e singulares da bem conhecida, muito regular tradição japonesa de pedir desculpa.
1. A empresa que pediu desculpas por um empregado que saiu 3 minutos antes da hora do almoço

VÍDEO
Os dirigentes de uma concessionária de água tiveram que se desculpar faz um mês pelo repetido absentismo de um de seus funcionários. O motivo? O "folgado", ao que parece, escamoteava três minutos diários em média a empresa iniciando sua hora de descanso do almoço. Ao todo (sim, tinha um cálculo total), o "salafrário" deixou de trabalhar 72 minutos. Seu salário foi descontado. No nosso país há quem bata o ponto de manhã e vai para a academiashopping, tomar uma... Há inclusive quem assine a folha de ponto e vá para a Rússia acompanhar a copa. Penso, que no Japão, a desculpa mais apropriada para tal situação seria o haraquiri.
2. A companhia ferroviária que pediu perdão por um trem que saiu 20 segundos antes

VÍDEO
O serviço ferroviário japonês é obsessivo com a pontualidade de seus trens. Há estritas regras que permitem aos passageiros reclamar suas passagens no caso de atraso. O exemplo mais extremo de sua luta pela perfeição horária aconteceu faz alguns meses quando uma operadora teve que pedir desculpas publicamente por permitir que um de seus trens partisse 20 segundos antes do previsto. Que absurdo!
3. A estrela pop que pediu perdão, envergonhada, por ter passado uma noite com seu namorado

VÍDEO
Faz cinco anos, a carreira de Minami Minegishi foi truncada para sempre. Depois de passar a noite com seu namorado, Minegishi, teve que pedir desculpas públicas por uma situação "tão pervertida". Ao que parece, seu grupo tinha uma estrita norma que obrigava à castidade como exemplo de sua reta moral pública. Ao descumprir, raspou a cabeça e gravou um surrealista vídeo pedindo o perdão da opinião mediática.
4. O casal que pediu desculpas porque ela ficou grávida
Nove ocasiões em que o Japão levou a arte da desculpa pública ao extremo
A ordem tem um papel importante na sociedade japonesa, de caráter tradicional. Também na hierarquia. Uma funcionária da prefeitura de Aichi se viu obrigada a pedir desculpas por sua gravidez. Ao que parece, ela "pulou a vez" de seus colegas (e superiores). O caso ilustrou os enormes problemas de conciliação no Japão e o sistema informal de arranjos que algumas empresas públicas ou particulares mantêm para estabelecer "turnos" de gravidezes de tal modo que as baixas sejam menos "prejudiciais" possíveis.

Este é um tema extremamente complicado e uma hora pretendo escrever sobre isso. Tenho um amigo, dono de uma rede de mercadinhos, que diz que hoje só emprega rapazes, pois se cansou de contratar garotas, que esperavam vencer a experiência e engravidavam. Depois dos meses de licença, voltavam e pediam a conta.
5. O hotel que pediu perdão a seus clientes por lhes deixar um minuto sem Internet
Nove ocasiões em que o Japão levou a arte da desculpa pública ao extremo
Aconteceu no Hotel Palace de Tóquio. Devido a manutenção, os sofredores clientes da rede tiveram que sobreviver a insuportáveis 60 segundos sem conexão a Internet. Obviamente a história se tornou viral de imediato, chegando ao Reddit. Para maior escárnio, o corte aconteceu às quatro da madrugada. Que bosta de motel é esse?
6. O piloto japonês que pediu perdão a uma cidade do Oregon vinte anos após um bombardeio
Nove ocasiões em que o Japão levou a arte da desculpa pública ao extremo
Aconteceu em Brookings, em 1942 e foi a única ocasião em a que o Império Japonês atacou diretamente um dos cinquenta dos Estados Unidos. Um submarino e um avião tentaram colocar fogo (sem sucesso) em um bosque nos arredores da localidade. Vinte anos mais tarde o piloto encarregado da missão (vale a pena recordar que não teve vítimas mortais) entregou o espadim de sua família à comunidade em sinal de desculpas. A relíquia conta com mais de 400 anos de antiguidade.
7. O político que virou meme por suas dramática e folclórica desculpa na televisão

VÍDEO
A encenação do arrependimento por parte de Ryutaro Nonomura foi tão escandalosamente exagerada que faria o Tiririca ficar envergonhado (se é que este malandro conhece a palavra vergonha). O homem, ao que parece, utilizou fundos públicos da prefeitura de Hyogo para benefícios pessoais em julho de 2014. À hora da verdade, e em claro contraste a outros exemplos políticos, Nonomura decidiu mostrar sua profunda vergonha em um mar de lágrimas e gesticulações fora do comum.
8. A rede de televisão que pediu desculpas por transmitir um falso alarme de míssil norte-coreano

VÍDEO
No último mês de janeiro e em plena escalada da tensão com a Coréia do Norte, a rede de televisão NHK deu um alarme: um míssil norte-coreano dirigia-se de forma iminente a seu território. Resultou ser falsa, motivo pelo qual a cadeia teve que emitir um comunicado de desculpas no dia seguinte. Nem todos os dias o ser humano tem a oportunidade de observar um meio de comunicação arrependido. Né Globo?
9. O fabricante de sorvete que fez um vídeo se desculpando por aumentar o preço de seus produtos em 9 centavos

VÍDEO
Depois de um quarto de século mantendo seus sorvetes comquarto de século mantendo seus sorvetes com o mesmo preço, a companhia Akagi Nyugyo decidiu aumentar em nove abusivos centavos o preço de seu produto mais popular. Como campanha de marketing perfeita, e cerejando esta lista do MDig, os dirigentes produziram um vídeo em que pediam desculpasantecipadas a seus milhões de consumidores. Japão entende o capitalismo a sua maneira: ali, ao que parece e em matéria de sorvetes, o cliente sempre tem a razão.

O país é ainda influenciado pelo Bushido e este, por sua vez, baseado nas sete virtudes; Gi (retidão), Yu (coragem), Jin (compaixão), Rei (respeito), Makoto(honestidade), Meiyo (honra) e Chuugi (lealdade). Estes princípios fazem entender um pouco cenas de desculpa, tão encarnada no seppuku (harakiri).

Normalmente desconhecemos os detalhes do seppuku; cujo ritual costumava ter a presença do kaishakunin, cujo papel era encurtar o sofrimento do suicida em sua agonia. O kaishakunin costumava ser escolhido pelo próprio suicida entre seus amigos, com a tarefa de decapitá-lo para pôr fim ao suicídio, mas que restasse um naco de pele que evitasse que a cabeça caísse. Se este não fizesse bem a sua tarefa devia sofrer também a desculpa extrema, fazendo imediatamente o seppuku.

Isto ocorreu em um dos últimos seppuku conhecidos, quando o escritor Yukio Mishima fez o ritual e seu kaishakunin, Masakatsu Morita, foi incapaz de decapitá-lo depois de várias espadadas e teve que ceder seu encarrego a Hiroyasu Koga, que decapitou a ambos (ao suicida e seu kaishakunin).


www.mdig.com.br


27
Jul18

GRÉCIA - Acerca dos incêndios desastrosos - O KKE exprime suas condolências às famílias das vítimas dos incêndios na região de Nea Makri e Rafina

António Garrochinho

KKE

O KKE exprime suas condolências às famílias das vítimas dos incêndios na região de Nea Makri e Rafina. Ele apoia as dezenas de feridos e as milhares de pessoas que viram seus bens serem consumidos pelo fogo nos incêndios que atingiram a Ática Leste e a Ática Oeste.

O KKE exige do governo que mobilize todas as forças necessárias do mecanismo estatal para apoiar os habitantes destas regiões. O governo deve tomar todas as medidas necessárias para este fim:

1. Registar imediatamente as pessoas desaparecidas e informar de maneira responsável suas famílias e todos aqueles que procuram os seus próximos.
2. Tomar medidas imediatas para apoiar as estruturas sanitárias locais com pessoal e serviços de cuidados para aqueles que necessitam.
3. Tomar medidas imediatas para garantir a segurança de alojamento, limpeza, higiene, vestuário e alimentação das famílias que foram afectadas pelos incêndios.
4. Proceder à reabilitação imediata do abastecimento de água e electricidade nas zonas afectadas.
5. Registar de imediato os danos e proceder à indemnização total das lojas, do equipamento, das mercadorias dos trabalhadores independentes e das pequenas empresas, assim como das propriedades das famílias de trabalhadores e das famílias populares.

As dezenas de mortos e feridos acrescentam-se às vítimas das inundações da Ática do Oeste há 8 meses. As destruições incalculáveis nas casas, lojas, empresas artesanais acrescentam-se as inumeráveis consequências devastadoras com que as camadas operárias e populares da Ática são confrontadas desde há numerosos anos após os tremores de terra, as inundações e os incêndios. Os bombeiros evitaram um acidente industrial maior com consequências imprevisíveis, pois as chamas atingiram a cerca de uma grande refinaria.

As catástrofes naturais encontram uma Ática sem protecção e as infraestruturas, que devem enfrentar as consequências destas catástrofes, em descalabro total. Apesar dos esforços heróicos dos bombeiros e das pessoas envolvidas na gestão das catástrofes naturais, é previsível que depois de tais fenómenos experimentaremos novas vítimas e novos desastres incalculáveis afectando bens do povo e riquezas naturais. Tudo isso porque não há verdadeira planificação para preveni-las e enfrentá-las.

O governo, os actores estatais responsáveis e a região da Ática conhecem em pormenor as penúrias de pessoal, de meios e de infraestruturas necessárias para prevenir e tratar de imediato tais fenómenos. O KKE, aquando de um evento importante em 10 de Maio, havia alertado contra as principais lacunas identificadas no início do período de luta contra os incêndios e havia feito propostas substanciais sobre as questões da prevenção e da protecção da vida humana e do ambiente. Contudo, nenhuma questão de fundo foi resolvida.

Os anúncios feitos pelo primeiro-ministro em conferências sobre o desenvolvimento da Ática do Oeste e do Leste revelaram-se palavras vazias. Os trabalhos de protecção contra os incêndios, assim como os projectos de protecção contra as inundações e os tremores de terra não foram executados porque eles representam um custo sem lucro para os capitalistas e para o Estado burguês. As necessidades das famílias operárias e populares tornam-se literalmente um sacrifício em proveito do crescimento dos lucros das empresas.

O KKE apela aos seus membros e amigos, assim como aos membros da KNE, a tomar a iniciativa, pela acção junto dos sindicatos e das outras organizações de massa na Ática, de organizar a solidariedade junto às pessoas afectadas pelos incêndios. Organizar a assistência imediata daqueles que estão necessitados reunindo a ajuda material e organizando o trabalho benévolo. Conduzir a luta pela organização exigindo trabalhos e infraestruturas que respondem às suas necessidades. 
27/Julho/2018
Ver também: 

paginaglobal.blogspot.com

27
Jul18

poesia:António Garrochinho

António Garrochinho




que lindas as pernas da mulher
são tentadoras a homem qualquer
vestidas de renda, descalça
assim podem chover piropos
ousados, atrevidos, loucos
dispensando o que número que calça


António Garrochinho

27
Jul18

Israel assume crime contra a humanidade

António Garrochinho

A nova Lei Fundamental define que Israel é o Estado-nação do povo judeu, o que outorga os direitos nacionais exclusivamente a judeus. Árabes, muçulmanos ou cristãos, são excluídos. Chama-se apartheid.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Na ressaca da aprovação, pelo Parlamento de Israel, da Lei Fundamental que define o país como «o Estado-nação do povo judeu» tem vindo a ser ocultado o facto de as medidas agora passadas a escrito, e com valor constitucional, incorrerem na prática internacionalmente tipificada como «crime contra a humanidade». Perante a identidade inequivocamente segregacionista agora assumida, às claras, pelo Estado de Israel, será que as instâncias reguladoras do direito internacional vão continuar a comportar-se como se nada se passasse?

Alguns dos comentários avulsos que é possível encontrar sobre esta decisão gravíssima assumida, em 19 de Julho, pela maioria dos deputados do sionismo sublinham que, afinal, Israel limitou-se a transformar em Lei fundamental a política de apartheid que já praticava contra os cidadãos não-judeus. Grande parte dessas análises omite que a maioria parlamentar fascista, nacionalista e fundamentalista religiosa de Israel apenas se atreveu a constitucionalizar uma política criminosa porque a chamada «comunidade internacional» nunca reagiu à crueza das evidências e permitiu o avanço e consolidação das atrocidades contra os não-judeus, principalmente os palestinianos. As grandes potências mundiais e as principais instâncias internacionais – formais ou informais – sejam a ONU, o G7, G8 ou G20, a NATO, a União Europeia e seus governos são cúmplices do comportamento vergonhoso e desumano da cúpula do Estado de Israel. A partir de agora, se tais instâncias mantiverem o colaboracionismo – activo ou passivo – tornam-se parte de um crime contra a humanidade.

A Lei Fundamental aprovada pelo Parlamento estabelecendo que o direito de exercer a autodeterminação nacional e a soberania do Estado de Israel pertence exclusivamente ao povo judeu viola o espírito e a letra da Convenção Internacional para Supressão e Punição do Crime de Apartheid, a chamada Convenção do Apartheid. Este documento define que as práticas de apartheid, incluindo a legislação que as enquadra, «são crimes contra a humanidade»1.

Como se dá corpo a um novo apartheid

Para os que continuam a ser vítimas do mainstream mediático global e que, por inerência, não tomaram conhecimento deste acontecimento tão transcendente como ignóbil, resumo o essencial da nova lei constituinte do Estado de Israel, que aliás é uma entidade que não tem Constituição, não tem fronteiras registadas e cujo povo habita em todo o mundo, mas tem na Palestina histórica o seu «lar nacional».

A lei define que o Estado de Israel é o Estado-nação do povo judeu, o que outorga os direitos nacionais exclusivamente aos judeus, quer vivam no interior da chamada «linha verde», no exterior ou em qualquer parte do mundo. Esses direitos são negados a cerca de 20 por cento da população residente do Estado de Israel que são não-judeus, maioritariamente árabes muçulmanos ou cristãos.

O interesse nacional israelita é, deste modo, determinado de acordo com os interesses colectivos sionistas transnacionais, impondo a discriminação local dos não-judeus. Os cidadãos israelitas de origem árabe estão submetidos aos impostos do Estado, por exemplo, mas são impedidos de alinhar os seus direitos pelos da população judaica. Direitos esses que podem ser compartilhados por qualquer «cidadão judeu» em qualquer parte do mundo onde viva.

Um quinto da população residente em Israel, e com documentos de identificação israelitas, é discriminada por lei. «Quem não pertence à nação judaica não pode identificar-se com Israel como seu Estado-nação», explica o deputado Avi Dichter, do partido Likud do primeiro-ministro Netanyahu e também um dos autores do articulado. «Os palestinianos não podem definir Israel como o seu Estado-nação», acrescenta.

A nova lei estipula ainda que deverá ser incentivada a «judaização de espaços» e encorajada a multiplicação de colonatos na Palestina em regiões de maiorias não-judaicas, consumando-se assim a intenção de criar «superioridades demográficas», ou seja, anexar os territórios ocupados. A limpeza étnica praticada há mais de 60 anos vai acelerar-se.

A lei que define agora o carácter étnico-religioso de Israel como exclusivamente judeu é discriminatória, etnicamente segregacionista, ofende o princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei, viola as leis e convenções internacionais aplicáveis em territórios sob ocupação, nega a ligação dos cidadãos nativos palestinianos ao seu lar nacional.

A língua árabe deixa de ser um dos idiomas nacionais de Israel, relegada para um «estatuto especial». O hebraico é agora a única língua oficial do Estado.

Da convergência destas determinações ressalta, da maneira mais óbvia, o carácter discriminatório, segregacionista, racista e de apartheid assumido agora pelo Estado de Israel.

Será esta situação compatível com o estatuto de «única democracia do Médio Oriente», o mantra proclamado pelos dirigentes sionistas e com os quais continua a fazer coro, por exemplo, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, mesmo face à nova lei?

O corajoso e frontal jornalista judeu Gideon Levy respondeu assim no jornal israelita Haaretz: «Se o Estado é judeu é democrático, porque não permite a igualdade entre judeus e não-judeus; se o Estado é democrático não pode ser judeu, porque a democracia não é compatível com a instauração de privilégios fundamentados na etnicidade».

Entendeu, senhor ministro Santos Silva? Apartheid: «desenvolvimento independente”, coexistência separada – definiam os próprios segregacionistas sul-africanos. Israel é diferente? Nem sequer na criação de territórios equivalentes – para pior – a bantustões, como são os casos de Gaza e de tantas comunidades palestinianas da Cisjordânia cercadas pelo muro de separação e vítimas das restrições às suas autonomia e sobrevivência, designadamente os check-points militares e as estruturas de serviço exclusivas dos colonatos hebreus.

«Democracias iliberais»

Apesar de a situação agora reforçada por lei em Israel cair no âmbito do «crime contra a humanidade» previsto na Convenção do Apartheid, a ONU e respectivo secretário-geral continuam a fazer-se desentendidos. Talvez seja por causa da silly season e, daqui a umas semanas, ouçamos então anunciar medidas destinadas a reparar os danos às comunidades de não-judeus e à lei internacional. Acreditam nisso?

E a União Europeia, esse brilhante farol da democracia e dos direitos humanos? Também a banhos, provavelmente; ou então ocupada em ajustar contas com Trump, por sua vez orgulhoso do alento que deu a este passo decisivo dos dirigentes sionistas ao reconhecer a unificação de Jerusalém.

Há muito, aliás, que a União Europeia entendeu ser desnecessário mostrar preocupações com a democracia e os direitos humanos. Vive tranquilamente com associações de nações a caminho do fascismo no seu interior, como é o grupo de Visegrado, formado por Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia. A que poderiam juntar-se outros como a Itália e a Áustria. Porém, não são regimes nacionalistas, nem fascistas, nem aberrações democráticas. São – reparem nesta preciosidade semântica, saída da mente brilhante de Macron e logo adoptada por governantes da União – «democracias iliberais».

Israel, que goza de um privilegiado estatuto de associação com a União Europeia, passa assim a pertencer a esse grupo, quiçá «futurista» e «progressista», das «democracias iliberais». Aliás, mal aprovada a lei do apartheid Netanyahu recebeu, com todas as honras, o primeiro ministro da Hungria, Viktor Orban, por sinal um admirador confesso de Miklos Horthy, o ditador de Budapeste aliado de Hitler que participou, sem rebuço, na carnificina de judeus e outros não-arianos a quem foram negados os direitos próprios da raça pura, até o direito à vida – como hoje acontece aos palestinianos na Palestina.

E não pensem em Netanyahu e seus parceiros legisladores como vítimas de uma contradição insanável ao acolherem admiradores de carrascos de judeus como gente de bem. Grupos terroristas sionistas que serviram de base ao actual exército nacional, como o Irgun e o Stern2ofereceram os seus serviços aos nazis3 enquanto milhões de judeus eram sacrificados nos campos de concentração, porque o seu principal objectivo, na época, era combater os britânicos na Palestina.

Os inimigos dos nossos inimigos nossos amigos são, não é? Por isso foi possível encontrar, anos mais tarde, Israel no grupo restritíssimo dos aliados e colaboradores do isolado apartheid sul-africano, apoiando até os esforços de Pretória para ter a bomba atómica – sonho esfumado por Nelson Mandela.

Mandela, cujo centenário se cumpriu em 19 de Julho, o dia em que o Parlamento israelita proclamou solenemente a existência de outro regime de apartheid no planeta. A História consegue ser muito traiçoeira…

Notas:
1. Recordem-se as palavras do jurista John Dugard que, na Biblioteca de Direito Internacional das Nações Unidas, acompanham a apresentação do texto integral da convenção: «It may be concluded that the Apartheid Convention is dead as far as the original cause for its creation – apartheid in South Africa – is concerned, but that it lives on as a species of the crime against humanity, under both customary international law and the Rome Statute of the International Criminal Court».
2. Fundado por Avraham Stern, que pregava a tomada da Palestina (então sob mandato britânico) pela força, como ponto de partida para um «Grande Israel» aliado do nazismo e do fascismo
3. Os documentos, traduzidos do alemão pelo historiador Lenni Brenner, podem ser consultados aqui.

Na foto: Guardas israelitas detêm um jovem palestino durante uma manifestação na entrada principal do complexo de mesquitas de Al-Aqsa. Jerusalém, Palestina, 17 de Julho de 2017.CréditosAhmad Gharabli / AFP / Getty Images


paginaglobal.blogspot.com
27
Jul18

Vereador do Bloco ganha milhões com prédio em Alfama

António Garrochinho













Ricardo Robles é um dos mais ferozes críticos da especulação imobiliária. Mas o bloquista é também um investidor de sucesso, que em 2014 pagou 347 mil euros, juntamente com a irmã, por um prédio que hoje vale 5,7 milhões.


Em 2014, com o mercado imobiliário a renascer das cinzas, devido ao crescente interesse de estrangeiros e à lei que descongelou as rendas, dois irmãos decidiram aventurar-se no setor. A oportunidade perfeita surgiu quando a Segurança Social colocou à venda um velho edifício de três pisos, situado na Rua do Terreiro do Trigo, uma zona privilegiada de Alfama, muito perto do Museu do Fado. Os dois irmãos pagaram 347 mil euros pelo prédio, investiram outros 650 mil em obras de requalificação e chegaram a acordo com a maioria dos inquilinos para rescindir os contratos de arrendamento. Já no final de 2017, com o edifício reabilitado e com mais um andar,  colocaram-no à venda numa imobiliária especializada em imóveis de luxo, com uma avaliação de 5,7 milhões de euros, o que significa 29 mil euros por metro quadrado. Por outras palavras,  terão uma mais-valia potencial de 4,7 milhões de euros.
Este seria apenas mais um negócio milionário numa Lisboa onde a especulação imobiliária permite a alguns fazerem pequenas fortunas da noite para o dia, não fosse o facto de um dos protagonistas ser uma das pessoas que mais têm criticado a especulação imobiliária e os despejos de inquilinos: Ricardo Robles, cabeça de lista do Bloco de Esquerda nas últimas eleições autárquicas e atual vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML), com o pelouro da Educação e das Áreas Sociais. Ao longo dos últimos anos, Ricardo Robles tem defendido que Lisboa se transformou numa “agência imobiliária” e, na última campanha eleitoral, acusou a autarquia de ser “promotora da especulação imobiliária”.


www.jornaleconomico.sapo.pt

27
Jul18

USA - AINDA HÁ 700 MENORES DETIDOS APESAR DAS ORDENS DO TRIBUNAL

António Garrochinho

Reuters
Jasmin Perez reage ao ver a avó pela primeira vez 



VÍDEO



Os protestos contra as políticas de imigração de Donald trump continuam.
"Deviam dizer apenas: 'Criámos esta política cruel e desumana e agora estamos a tentar consertar' " 
Lee GelerntAdvogado da União Americana pelas Liberdades Civis
Desta vez, na capital, dezenas de manifestantes de palmo e meio levantaram cartazes contra a separação de famílias na fronteira México- EUA.
"Eu sou uma criança" foi a frase mais lida e gritada na manifestação.
O tribunal tinha dado ordem para que todos os menores separados regressassem para junto das famílias, o que aconteceu, no caso de 1820 crianças. Mas para trás ainda estão 700 crianças. O governo norte-americano diz que apesar da ordem do tribunal, muitos menores não regressaram para junto dos tutores ou porque os pais foram deportados e não quiseram levar os filhos, ou por não terem condições para os receber, como por exemplo: cadastro criminal.
Matthew Albence, chefe da divisão de fiscalização da Imigração e Alfândega dos EUA, disse que muitos dos pais não levaram os filhos no momento em que foram deportados porque não quiseram. "Não podemos forçar os pais a levar as crianças com eles", admitiu.
A ACLU, União Americana pelas Liberdades Civis, foi a entidade que levou todo o processo a tribunal, já veio exigir mais transparência ao governo norte-americano.
Lee Gelernt, advogado da União Americana das Liberdades Civis e representante das famílias separadas, disse que os últimos números anunciados não são razão para que o governo norte-americano se "gabe".
"O governo não deveria orgulhar-se do trabalho que estão a fazer na reunificação", disse.
"Deviam dizer apenas: 'Criámos esta política cruel e desumana e agora estamos a tentar consertar isso de todas as formas possíveis e tornar estas famílias completas".


pt.euronews.com
27
Jul18

O Mundo do Escaravelho

António Garrochinho


Por Joaquim Letria




Cesare Pavese escreveu: "O consolo de uma visão consiste em acreditar nela, não que ela se trate de algo real”. E acrescentava: “As coisas que se viam pela primeira vez eram bastantes para satisfazer, mas agora requerem outro significado”.

A imagem mais forte que guardo da Televisão é a dos primeiros negros a entrarem numa universidade americana protegidos pela Guarda Nacional. Não sei porquê, mas esta visão foi mais forte e ficou mais nítida do que a outra, às cinco da manhã, do Homem a pular, pela primeira vez, na Lua, a espetar uma bandeira no meio de muitas crateras.

Um velho com fome num barraco dum subúrbio tem carências, cem mil refugiados amontoados num campo miserável e a viverem em tendas, sem carne e pouco pão são estatística.

Os males colectivos perderam importância. Milhões com fome, epidemias, bombardeamentos de cidades, guerras sangrentas perderam significado. Hoje, o que importa é a ferida da facada, o atropelamento, o disparo de balas, um corpo despedaçado, tudo o suficiente para se anunciar que “as imagens que se seguem podem chocar os espectadores mais sensíveis”.

Dantes havia reféns. Os reféns eram excitantes, fossem fregueses dum supermercado, passageiros dum avião desviado, clientes dum banco assaltado. Os reféns passaram de moda. Dantes saíam a correr dos bancos, falavam com os olhos na câmara e um revólver na cabeça.

O que mais conta hoje são as desgraças individuais. Ouçam-nos, nos seus quinze minutos de fama e glória: ”A minha vida dava um filme” ou “Se eu lhe contasse tudo, vocês escrevia um livro”. Nada de males colectivos. Treze crianças felizmente salvas duma gruta da Tailândia dominam o mundo que esquece 800 à deriva no Mediterrâneo.

Desempregados são percentagens. Crianças africanas a chuparem tetas vazias não interessam nem ao menino Jesus. Um menino morto vale mais do que um orfanato despedaçado.  

Uma lágrima furtiva vale mais do que um rio poluído. Já alguém viu o buraco do ozono? Quem paga a Amnistia Internacional? E  o  Greenpeace?

A TV mente mas a História também. A diferença reside na velocidade de sedimentação.

Para um escaravelho, uma bola de excrementos é o seu mundo. Quando se movimenta arrasta-a consigo levando todo o seu mundo. Para o escaravelho não existem África, guerras, meninos, árvores de Natal, tanques de guerra nem órgãos de Estaline.
Publicado no Minho Digital




sorumbatico.blogspot.com

27
Jul18

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

QUANDO OS "XUXIALISTAS" DIZEM QUE NÃO SÃO PROPRIAMENTE O JOÃO RATÃO ! SÃO !

QUANDO OS FASCISTAS DO PSD DIZEM QUE NÃO SERIAM A MULETA DO PS, O QUE QUEREM MESMO É GOVERNAR, CHEGAR AO PODER COLIGADOS OU NÃO, E AÍ ARRANJAREM ESPAÇO E TEMPO COMO JÁ FIZERAM ELES E O PS, PARA SE LAMBUZAREM SÓS, NO GRANDE MANANCIAL DO PODER .
QUANDO UM CDS SEM QUALQUER EXPRESSÃO POLÍTICA E O ÚNICO A NÃO VOTAR A "CONSTITUIÇÃO" JÁ POR VÁRIAS VEZES OCUPOU LUGARES DE GOVERNAÇÃO O QUE É UM GOVERNO
CONSTITUCIONAL ?



O RESTO DO ESPECTRO POLÍTICO ANDA DE ARREATA, INCAPAZ DE SE AFIRMAR, JÁ QUE O POVO QUE TANTO DESEJA E REIVINDICA NÃO O SABE EXERCER DE FORMA FIRME E E ESTUPIDAMENTE MANIETADO CONDENA AS LUTAS QUE PODERIAM SER DECISIVAS PARA A MUDANÇA.

DIFERENÇAS IDEOLÓGICAS EXISTEM , PRÁTICAS POLÍTICAS EXISTEM MUITAS E ISSO VÊ-SE NAS AUTARQUIAS JÁ QUE A ESQUERDA NÃO OCUPA O PODER CENTRAL.

É REPUGNANTE A ACUSAÇÃO QUE FAZEM OS IGNORANTES A CADA SEGUNDO DIZENDO QUE O PCP E O BLOCO DE ESQUERDA GOVERNAM, É TRISTE A ILUSÃO DE MUITOS QUE ACREDITAM QUE REALMENTE OS ACORDOS PARLAMENTARES DÃO BENESSES AO PCP E AO BE.
DÃO ?
É TRISTE, É LAMENTÁVEL QUE NÃO HAJA TRANSPARÊNCIA E SE FALE VERDADE SOBRE O QUE ACONTECE NOS MEANDROS DO PODER E NOS SEUS CORREDORES QUE AFINAL DECIDEM A NOSSA VIDA.

PERGUNTO COMO SE PODE EDUCAR UM POVO ONDE FASCISTAS E OPOSITORES OBEDECENDO ÀS "NATURAIS" RELAÇÕES INSTITUCIONAIS, OBEDECENDO À DIPLOMACIA DA DEMOCRACIA BURGUESA, SE RELACIONAM E SE MIMAM, DEIXANDO PARA AS MASSAS, A PELEJA, A DESILUSÃO, E DÉCADAS DE VIDA MISERÁVEL SEM QUALQUER HORIZONTE À VISTA QUE PERMITA A MUDANÇA SALUTAR QUE SE APREGOA.


António Garrochinho
27
Jul18

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho





SEM DÚVIDA ! O "FACEBOOK" DESINIBE MUITOS DOS UTENTES E SENDO UMA "MÁQUINA" ONDE SE ESCARRAPACHAM AS OPINIÕES, OS ÓDIOS, OS AMORES, O QUE É CERTO É QUE PREENCHE POSITIVAMENTE A VIDA DOS QUE AINDA SE INTERESSAM PELO DEBATE, PELA EXPOSIÇÃO DE PROBLEMAS OU ALEGRIAS.

PARA ALÉM DISSO É UMA POSSIBILIDADE DE COMUNICAÇÃO DOS QUE JÁ NÃO TENDO SAÚDE PLENA, MOBILIDADE, VIGOR, MEIOS ECONÓMICOS PARA VIAJAR E CONHECER DE MANEIRA REAL E FÍSICA O QUE O MUNDO NOS OFERECE, SE SOCORREM DESTE MEIO TECNOLÓGICO COM BOAS INTENÇÕES..

HÁ, FELIZMENTE, MUITA CONTESTAÇÃO NA UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS, EM DETERMINADAS EXPOSIÇÕES HÁ RAZÃO NUMAS COISAS, NOUTRAS NÃO.

AS REDES SOCIAIS INCOMODAM E NÃO HÁ "BICHO" QUE NÃO SE ASSANHE CONTRA ELAS.
VEJAM-SE OS OPINADORES TELEVISIVOS, OS DOS JORNAIS, OS POLÍTICOS, COMO ELES RABEIAM E SE INCOMODAM COM O QUE É EXPOSTO NA NET.

QUERIAM ELES QUE TAMBÉM UTILIZAM (E DE QUE MANEIRA) AS NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO, QUERIAM ELES, SER OS "DONOS" DA INTOXICAÇÃO PERMANENTE JÁ NÃO LHES CHEGANDO TODOS OS MEIOS QUE TÊM AO SEU DISPOR.

TAMBÉM HÁ AQUELE(A)S QUE SE JULGAM DONOS DO "LIVRO DAS CARAS" VULGO "FACEBOOK" PARA VENDEREM O SEU PRODUTO, COLOCAREM AS SUAS FRUSTRAÇÕES, AS DOENTIAS E AS NATURAIS, OU PARA SATISFAZER O SEU "EGO PARVO" SE JULGAM OS MAIS INTELIGENTES E SABEDORES.

EM SUMA: HÁ VIGARISTAS NO FACEBOOK COMO OS HÁ EM TUDO NA VIDA QUE HOJE CONHECEMOS.
HÁ GENTE QUE QUER E FAZ DESTA REDE SOCIAL UMA CORREIA DE TRANSMISSÃO DAS SUAS PRÓPRIAS IDEIAS NÃO ADMITINDO, TENTANDO PROIBIR, O PENSAMENTO E ANÁLISE DE OUTROS

OS PRIMEIROS SÃO A CASTA DE ALDRABÕES, OS LACAIOS ABONECADOS SERVIS DO FASCISMO/CAPITALISMO QUE CHORAM A LAMENTAM A IMPOSSIBILIDADE DE NOS ALDRABAREM E ALBARDAREM DA MANEIRA COMO O TÊM FEITO FEITO HÁ DÉCADAS.

A TODO O MINUTO LEMOS, OUVIMOS, "JORNALISTAS" COMENTADORES, APRESENTADORES ESPUMAREM RAIVA (ENCOMENDADA) CONTRA AS REDES SOCIAIS, MAS BASTA PERDER UM SEGUNDO PARA ENTENDERMOS ESTA OPOSIÇÃO E ESTE ÓDIO.
O QUE ELES DETESTAM É A LIVRE EXPRESSÃO E MESMO QUE AGORA EXISTA CENSURA EXTREMA NO "FACEBOOK" NO TWITTER, NO GOOGLE+, AS REDES SOCIAIS AINDA SÃO UM INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO VÁLIDO.

NÃO VALE A PENA CHORAR EM CIMA DO LEITE DERRAMADO DIZENDO QUE "ANTIGAMENTE" AS PESSOAS ERAM MAIS UNIDAS, MAIS SOLIDÁRIAS, MAIS ISTO OU AQUILO. ERAM ! ?
MAS TAMBÉM EXISTIAM NESSA ALTURA, OS FASCISTAS, OS BUFOS, OS GATUNOS, OS IGNORANTES, OS QUE SEMPRE LIXARAM A VIDA DOS SEUS VIZINHOS, DOS COMPANHEIROS, DOS CAMARADAS, COM A MÁ LÍNGUA E O VENENO QUE EXISTE DENTRO DO HUMANO

O QUE MUDOU, O QUE SEMPRE MUDA SÃO AS PESSOAS E NÃO OS VEÍCULOS QUE HOJE TÊM AO SEU DISPOR ISSO É O AVANÇO NATURAL DO MUNDO, DA CIÊNCIA.

QUEM É CANALHA, QUEM É ESCRAVO DA MERDA, SEMPRE VAI APARECER ONDE HAJA ESPAÇO PARA ESPALHAR A "SUA MENSAGEM".
RESTA AOS DIGNOS CONTRARIAR ESSA CORRENTE NEGATIVA.

CABE AOS UTENTES FAZER A "PURGA", FILTRAR, PASSAR PELA PENEIRA, PELO CRAVO, O QUE É BOM E O QUE É MAU.
MAU É NÃO TER POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO E DEBATE.

E MESMO QUE AQUI NESTA REDE SOCIAL APAREÇAM OS QUE INUNDAM AS PÁGINAS, COM PALERMICES, ÓDIOS, PUBLICAÇÕES DOUTRINÁRIAS COM SEGUNDAS INTENÇÕES ANUNCIANDO O QUE AFINAL NÃO DESEJAM, QUE VIVAM AS REDES SOCIAIS !

António Garrochinho

27
Jul18

Alesina, um pai envergonhado

António Garrochinho


(Alexandre Abreu, in Expresso Diário, 26/07/2018)
abreu
(As boas acções dos políticos precisam da benção dos académicos? Não. As boas ações justificam-se por si. O mesmo não se passa com as más, como a austeridade empobrecedora. Este tal Alesina deu aos políticos troikistas o suporte teórico para a sua ação nefasta. Passos Coelho era um fiel seguidor deste teórico: o país devia empobrecer para, depois da miséria, rejuvenescer das cinzas. 
Quando a realidade denega as teorias o que se pode concluir? que eram falsas.  Mas o mais grave é que os seus autores sempre souberam que o eram, mas “venderam” o seu prestígio académico, sem pejo nem pudor.
Comentário da Estátua, 26/07/2018)

Quando o filho se revela um criminoso psicopata, é natural que os pais possam sentir vergonha. Talvez queiram fazer os possíveis por não chamar a atenção para o parentesco, o que é compreensível. O que já é pouco respeitável é que procurem negar a paternidade contra toda a evidência.
Tudo isto a propósito da entrevista concedida aqui no Expresso por Alberto Alesina, economista e professor na Universidade de Harvard, a Jorge Nascimento Rodrigues. O título revela a relação difícil de Alesina com a paternidade intelectual da austeridade expansionista: “É ridículo chamarem-me o pai da austeridade”. Mas a afirmação nada tem de ridículo, não só porque o papel central de Alesina na legitimação intelectual da viragem austeritária no auge da crise do Euro está amplamente documentada, como porque os efeitos económicos e sociais dessa política destrutiva dão pouca vontade de rir.
A intervenção de Alesina passou efectivamente pela produção de artigos cientificos, como o próprio assinala nesta entrevista. Dois deles (“Tales of Fiscal Adjustment”, de 1998, e “Large Changes in Fiscal Policy: Taxes Versus Spending”, de 2009) tornaram-se referências centrais para a argumentação em favor dos efeitos expansionistas da austeridade, especialmente se efectuada pelo lado da despesa.
Mas o papel deste economista não se limitou aos artigos científicos que escreveu. Precisamente devido à convergência entre as ideias que propunha e as preferências ideológicas de vários líderes da época, a intervenção de Alesina não se limitou à esfera académica, tendo sido convidado para participar numa reunião dos Ministros da Economia e Finanças da UE, o Ecofin, em Abril de 2010, na qual apresentou uma versão simplificada e especialmente categórica das mesmas ideias. Poucos meses mais tarde, Alesina publicava um artigo no Wall Street Journal em que, na mesma linha, afirmava que “a História mostra que os cortes na despesa são a chave para a recuperação económica”. Tudo isto está relatado em detalhe no livro de Mark Blyth, “Austeridade: História de uma Ideia Perigosa”.
Estas ideias de Alesina foram abundantemente utilizadas nos meios políticos para legitimar as políticas austeritárias que em breve seriam adoptadas, tendo o autor sido citado, por exemplo, no comunicado do Ecofin no final da reunião referida em cima ou pelo então Presidente do BCE Jean-Claude Trichet. Tal como resumiu um artigo da época da Bloomberg Business Week, “Alesina proporcionou a munição intelectual que os conservadores orçamentais [“fiscal conservatives”] procuravam”.
A base de sustentação da argumentação de Alesina era especialmente frágil, assentando em hipóteses teóricas muito discutíveis (uma versão da ‘equivalência ricardiana’, a ideia que as políticas contracíclicas não o são porque os consumidores/contribuintes antecipam e anulam os seus efeitos) e em evidência empírica problemática (principalmente por causa da selecção enviesada de casos confirmatórios e da insuficiente consideração do efeito de outras variáveis, como as depreciações cambiais, nos casos confirmatórios). E a ideia que os cortes na despesa são preferíveis aos aumentos de impostos do ponto de vista do impacto sobre a actividade económica, em que Alesina continua a insistir ainda hoje, vai contra numerosos estudos que têm encontrado multiplicadores da despesa pública superiores aos da receita.
Esses problemas metodológicos e essas conclusões erróneas foram dissecados em diversos artigos nos anos seguintes. E nesses mesmos anos ficou uma vez mais demonstrado à evidência, especialmente nos países como Portugal e a Grécia em que a austeridade foi mais intensa, que os cortes da despesa pública e os aumentos de impostos têm mesmo um efeito recessivo, fazendo contrair a confiança, a actividade económica e o emprego.
É certo que as ideias defendidas por Alesina se inserem numa longa linhagem que remonta aos economistas clássicos. E com certeza que este economista não foi por si só responsável pela adopção de políticas austeritárias nos anos de chumbo da Grande Recessão, que se deveram principalmente a opções ideológicas e aos interesses particulares que essas políticas serviam.
Mas é um facto que, como muitas vezes sucede com os economistas, Alesina legitimou intelectualmente políticas que produziram resultados muito nocivos para a maioria das pessoas. Quer hoje se envergonhe disso quer não, não pode negar essa parte da paternidade


estatuadesal.com
27
Jul18

O Grande gestor da Caixa ao serviço da Banca privada

António Garrochinho

O Grande gestor da Caixa ao serviço da Banca privada

"No âmbito do Plano Estratégico [negociado com a Comissão Europeia], os encerramentos considerados incidiram sobre as sucursais com menor expressão", dá conta a nota enviada pela CGD à agência Lusa, elencando que "não deixará de cumprir as suas responsabilidades para com os trabalhadores, de acordo com o quadro legal e as boas práticas vigentes nos respectivos países".
Em causa estão os encerramentos da sucursal em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, e das duas sucursais no Luxemburgo, uma decisão que, no último caso, afecta 23 trabalhadores, segundo informação avançada hoje pelos sindicatos no país.
As duas no Luxemburgo !. Qual a razão ? Fazer o frete à banca privada designadamente 
espanhola ?
O argumento do grande gestor do Capital é cintilante :dos "cinco por cento da população portuguesa" residente no Luxemburgo, "40 por cento são igualmente clientes em Portugal"E o que é que isso significa ? Quantos clientes tem a Caixa no Luxemburgo ? Qual o volume de depósitos e negócios ? Com a % de população activa portuguesa no Luxemburgo a presença da Caixa neste país não é estratégica ? Só se olha para o curto prazo e para as orientações de Bruxelas? O accionista Estado não tem nada a dizer ? E a AR ?
Quem manda no país é  a Comissão Europeia ?
"A redução da operação da CGD fora de Portugal (nomeadamente Espanha, França, África do Sul e Brasil) foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.

A redução da operação da CGD acordada com a Comissão Europeia passa também pelo fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, 70 dos quais encerram ainda este ano.


Em 2017, fecharam 67 balcões, e a CGD terá ainda de fechar, além dos 70 deste ano, mais 43 balcões nos próximos dois anos."
Os europeistas de serviço tipo Rui  Tavares não tèm uma palavra a dizer ? E a Cristas ; Maria Albuquerque e o "patriota " Rui Rio não dizem nada ?



foicebook.blogspot.com
27
Jul18

Quem defende o mar português?

António Garrochinho


(Viriato Soromenho Marques, in Diário de Notícias, 22/07/2018)
soromenho
(É por estas e por outras que o PS a governar, com maioria absoluta, é de evitar. Foge-lhes com muita facilidade o pézinho para a “chinela” dos mercados. Mas, os partidos de esquerda devem fazer os trabalhos de casa e não se limitarem a exigir aumentos de salários e recuperação de rendimentos. Devem estar atentos a todas estas “tentações” socialistas e pedir contas a Costa. Porque, se não o fazem, sai asneira. O PS tem sempre muita dificuldade em enfrentar os lobbys que controlam a Europa em Bruxelas e que estão prontos para mais uma negociata de milhões.
E pobre do país. Ficámos sem empresas, foi a EDP, foi a banca quase toda, foi a PT, foram os CTT, foi a REN, já tinham sido os cimentos e quase toda a indústria, e agora até o mar se preparam para vender. É tempo de dizer, basta!
Comentário da Estátua, 27/07/2018)

Já Pascal notava que através do “divertimento” (divertissement) os indivíduos deixam-se mergulhar no torpor da futilidade agitada, afastando-se da dura meditação sobre a nossa condição finita e mortal. Com os povos acontece o mesmo. Se a história do presente tiver alguém que a queira e possa escrever no futuro, este pobre país – expropriado de alavancas económicas fundamentais e com escassa capacidade de controlar o seu destino coletivo – transformou 2018 numa espécie de ano do “triunfo dos porcos”. São incontáveis as criaturas de mérito duvidoso que através do futebol, ou dos casos de polícia envolvendo tribalismo motorizado ou corrupção de alto nível, ocupam a agenda pública, transformando-se nos sátiros da nossa incapacidade de pensar o que é essencial.
Poucos leitores saberão que está a decorrer até dia 31 de julho a consulta pública de um documento – o Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM) – que poderá condicionar o uso no longo prazo de milhões de km2 do território marítimo sob jurisdição nacional. São muitos documentos e centenas de páginas acessíveis eletronicamente. Com surpresa, parece que a versão em causa do PSOEM, além de excluir o vastíssimo território dos Açores, tem alienado a concordância de entidades fundamentais, isolando o promotor, o Ministério do Mar, através da sua DGRM. A um ritmo de “guerra-relâmpago”, o PSOEM tem corrido para a meta de dia 31, apesar dos pareceres negativos de entidades públicas e privadas. De entre as primeiras destaco a Agência Portuguesa do Ambiente ou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Das segundas sublinho vários atores representativos das pescas e o Turismo de Portugal. Tecnicamente, existem muitas lacunas e imprecisões. Legalmente, falta o respeito por normas jurídicas fundamentais visando a proteção ambiental e o direito à participação por parte dos parceiros envolvidos nas atividades marítimas. O PSOEM parece pretender assumir-se como um instrumento de gestão territorial independente que permita, após aprovação, sem estudos de impacto ambiental nem articulação com outros instrumentos de ordenamento do território (como as Áreas Marinhas Protegidas ou os Planos de Ordenamento da Orla Costeira), abrir caminho para a afetação de vastas áreas através dos Títulos de Utilização Privativa do Espaço Marítimo. Permitindo, através deste atalho expedito, a atribuição de licenças e concessões válidas de 25 a 50 anos, até para usos perigosos e inéditos no meio marinho. Tal é o caso da “mineração dos fundos marinhos” e do “sequestro de carbono”. Esta versão do PSOEM assemelha-se a uma espécie menos estridente de trumpismo. Fundamenta-se na mesma mentalidade predatória e extrativista do locatário da Casa Branca, visando colocar todos os valores e bens comuns naturais à disposição do mercado, pela melhor oferta. Contudo, desde a Expo’98 que tem vindo a gerar-se um enorme consenso sobre o “regresso ao mar” como desígnio nacional. O país tem desenvolvido uma capacidade científica, tecnológica e diplomática que é reconhecida internacionalmente.
Esta versão PSOEM é uma anomalia que, se não for travada, infligirá custos de reputação incalculáveis. O mar português precisa de tempo, de conhecimento, de prudência e não de precipitação. O preço de ter leiloeiros disfarçados de estadistas já foi demasiado caro no passado. Não podemos arriscar na sua repetição.
Professor universitário


estatuadesal.com
27
Jul18

JORNALISMO COMPRADO, AS MENTIRAS DA MÍDIA OCIDENTAL. PAUL CRAIG ROBERTS: “A PRISÃO DE MARIA BUTINA É OUTRO ENGANO”.

António Garrochinho

Maria Butina (esquerda) e Anna Chapman acusada de espionada em 2010

O jornal The Guardian, que já foi um jornal honesto que falava para a classe trabalhadora britânica, foi agora subornado, na minha opinião, pela CIA e pela Inteligência Britânica (sic).

Talvez você se lembre, há alguns anos, de que o The Guardian cumpriu ordens ilegais do governo corrupto do Reino Unido para destruir os arquivos Wikileak que revelaram crimes e fraudes dos chamados “aliados”, que não são nada além de vassalos de Washington.
O que me perturba em relação ao The Guardian é que ele não guarda mais a verdade e a classe trabalhadora. Em vez disso, o The Guardian guarda as extraordinárias mentiras que servem à agenda do estado hegemônico dos EUA.


Não consigo entender por que nenhum dos assinantes originais do The Guardian leu desculpas pelos crimes e delitos de Washington ou porque o The Guardian prefere o conflito em vez da paz com a Rússia. Por que o The Guardian trabalha para aumentar a hostilidade entre as potências nucleares que podem facilmente resultar no fim da vida na Terra? Os editores do The Guardian são pagos pela CIA e pela “inteligência” britânica, como o editor do jornal alemão Udo Ulfkotte disse em seu livro, Jornalismo Comprado, ou são os editores do The Guardian ameaçados de prisão e prisão a menos que sirvam aos interesses do soberano britânico em Washington? ?


Seja qual for o The Guardian, assim como o The New York Times, o The Washington Post, a CNN, a MSNBC, a NPR eo resto dos órgãos de imprensa ocidentais, o jornalismo não está presente em suas páginas. O que o Ocidente tem é um Ministério de Propaganda. O público é mentido e sofre lavagem cerebral, não informado.


Podemos ver o fracasso total do The Guardian, e todo o resto também, na reportagem sobre a prisão da suposta espiã russa, Maria Butina, pelo corrupto Departamento de Justiça dos Estados Unidos (sic). A principal evidência contra Maria é que ela se encontrou com um ex-embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, um advogado assistente dos EUA, Erik Kenerson, “citou o encontro de Butina com Kislyak como prova de que ela estava em contato com funcionários diplomáticos ou consulares e deve ser detida enquanto aguarda julgamento”.
Então, na América, se você tirar uma foto com um ex-embaixador russo nos EUA, é uma evidência de que você é um espião.


Eu li a acusação de Maria Butina. Ela não é acusada de nenhum crime reconhecido pela lei anglo-americana. Ela é acusada pelo argumento totalitário de Jeremy Bentham no século XVIII de que ela é culpada do “crime” de possivelmente ter a intenção de cometer um no futuro. (Veja The Tyranny of Good intentions por PCR e Lawrence Stratton.)


Maria, que tem longos cabelos ruivos, mas não é notável, especialmente em contraste com as mulheres que os grupos de interesse, como o complexo militar/de segurança, Wall Street e o lobby de Israel, provêem aos poderes executivo e legislativo do governo. 

O governo dos EUA, certamente não é o sedutor espião russo que os americanos conhecem dos filmes de James Bond.
A mulher não fez nada. Ela é indiciada por não-crime. Ela é indiciada porque é russa e vive, segundo a imprensa, com um funcionário do Congresso. Maria não tem como espionar os EUA através do funcionário de baixo nível com quem ela supostamente estava vivendo.


Sua prisão é apenas outra fraude perpetrada contra o povo americano para alimentar a desconfiança e o ódio da Rússia, a desconfiança que protege o orçamento anual desnecessário de US$ 1 bilhão do complexo militar/de segurança dos EUA.


Muitas pessoas desinformadas pensam que o presidente Trump está no comando do governo dos EUA. Ele não está. E ele seria assassinado se fosse. Como o presidente Dwight Eisenhower nos avisou em vão, em 1961, o complexo militar/de segurança é uma ameaça à democracia e ao governo responsável. O complexo militar/de segurança definitivamente não permitirá nenhuma diminuição em sua renda e poder, permitindo a normalização das relações com a Rússia.


Tendo ignorado o aviso do presidente Eisenhower, a advertência de um presidente americano de dois mandatos e um general de cinco estrelas que comandou as forças norte-americanas, britânicas e francesas contra Hitler na Segunda Guerra Mundial, os americanos despreocupados perderam sua democracia para o Estado Profundo.



Consequentemente, os americanos passivos e despreocupados estão agora cada vez mais perto de perder suas vidas, junto com as vidas de muitos outros povos, à ganância do complexo militar/de segurança americano.


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António Garrochinho

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