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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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28
Jul18

1959 - Morre Eleanora Fagan Gough - Billie Holiday

António Garrochinho


1959 - Morre Eleanora Fagan Gough (Filadélfia, EUA, 7 de abril de 1915 - Nova Iorque, EUA, 17 de julho de 1959), aos 44 anos. 

Conhecida pelo nome artístico Billie Holiday ou Lady Day, foi uma cantora e compositora norte-americana de jazz. Com uma infância pobre e muito atribulada, Billie nunca teve educação musical, aprendeu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong. 

Após três anos cantar em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou o seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Começou a cantar em casas nocturnas do Harlem (Nova York), onde adoptou o seu nome artístico. Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. 

Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. 

Foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de segregação racial nos Estados Unidos. É considerada por alguns críticos e músicos do género como a maior de todas as cantoras de jazz
E juntamente com Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Dinah Washington é um dos grandes expoentes femininos da história do jazz


A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se reflectia na sua voz. 


De entre alguns exitos da sua autoria destaque para "Billie's Blues" (1936),"Fine and Mellow" (1939), "God Bless the Child" (1941), "Don't Explain" (1944), "Lady Sings the Blues" (1956).

28
Jul18

O HELICOPTER AVESTRUZ

António Garrochinho




JOANA VASCONCELOS A MATRAFONA DE VERSALHES PERANTE A RECUSA DA MARIA CAVACA JÁ ARRANJOU PILOTO PARA O SEU HELICÓPTERO AVESTRUZ

Esta peça tem a forma de helicóptero, está pintada em dourado, e coberto por milhares de brilhantes da empresa Swarovski, e ainda coberta por uma capa de coloridas plumas de avestruz.

Devido "à necessidade de ajustes técnicos", segundo a organização, o "Lilicoptère" não foi colocado logo no início da inauguração da exposição
A peça foi apresentada aos media pela própria artista, que explicou ser uma criação que "bebe da estética do Antigo Regime pela sua sumptuosidade e glamour", e sugere ao espetador uma metamorfose da máquina em animal, "como metáfora do regresso às origens".

O "Lilicoptère" esteve patente na grande exposição que Joana Vasconcelos apresentou no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa


28
Jul18

PARA COMER BEM E ECONOMICAMENTE A CAMINHO DO ALGARVE

António Garrochinho



































No verão, quase todos os caminhos vão dar ao Algarve, mas mesmo aqueles que seguem pela autoestrada – neste caso, a A2 – precisam de fazer uma paragem para reabastecer. 

A incontornável A2 representa 240 quilómetros entre Lisboa e Albufeira com passagens pelos distritos de Setúbal, Évora e Beja . 

Dá para fazer de uma assentada, naturalmente, mas não convém, até porque são muitos aqueles que estão em viagem há várias horas, desde o Norte do país. 

Eis uma série de locais incontornáveis a cerca de cinco, dez, no máximo 15 minutos da portagem que valem a pena o desvio. 

Alguns são daqueles segredos mal guardados que muita gente preferia que nunca se divulgasse. 

PÉROLA DA MOURISCA -Rua da Baía do Sado, 9, Mourisca do Sado, Setúbal TELEFONE 265793689 CUSTO (€) Preço médio: 20 euros HORÁRIO DAS 12H30 ÀS 15H30 E DAS 19H00 ÀS 22H30. ENCERRA À TERÇA.  

ARRISCA E PETISCA  Av. João Soares Branco 2, Alcácer do Sal TELEFONE 265613378 HORÁRIO DAS 11H00 ÀS 23H00. ENCERRA À SEGUNDA.

O PAPINHA - Largo da Ribeira Velha, 3, Alcácer do Sal TELEFONE 265622781 HORÁRIO DAS 10H00 ÀS 03H00. ENCERRA À QUINTA.  

TASCA DO GINO -Senhora Santana, Alcácer do Sal TELEFONE 265622517 HORÁRIO DAS 12H00 ÀS 23H00. ENCERRA À SEGUNDA. 

A ESCOLA EN253, Alcácer do Sal TELEFONE 265612816 CUSTO (€) 20 euros HORÁRIO DAS 12H15 ÀS 15H30 E DAS 19H15 ÀS 22H30. ENCERRA À SEGUNDA. 


RESTAURANTE CANAL CAVEIRA -EN259, Canal Caveira (Grândola) TELEFONE 269478168 CUSTO (€) 15 euros HORÁRIO DAS 12H00 ÀS 16H00 E DAS 19H00 ÀS 23H00. ENCERRA À QUINTA. GPS 


RESTAURANTE ALVALADE-Mimosa, IC6, 6, Alvalade, Santiago do Cacém TELEFONE 269595168 CUSTO (€) 12 euros HORÁRIO DAS 12H00 ÀS 21H30. ENCERRA À TERÇA.  

BANGULA - Rua da Bicada 2, 7600 Messejana, Aljustrel TELEFONE 284655190 CUSTO (€) 13 euros HORÁRIO DAS 12H00 ÀS 15H00 E DAS 19H00 ÀS 22H00. ENCERRA AO DOMINGO. 

FIO D’AZEITE- Hotel Villa Aljustrel, Rua General Humberto Delgado, 5,Aljustrel TELEFONE 284600800 CUSTO (€) 18 euros HORÁRIO DAS 12H30 ÀS 15H E DAS 19H30 ÀS 22H00. NÃO ENCERRA. 


TASCA DO FILIPE - Rua de Montes Velhos 5, Aljustrel TELEFONE 936939517 CUSTO (€) 10 euros HORÁRIO SEGUNDA A DOMINGO DAS 12H ÀS 22H. ENCERRA À QUARTA-FEIRA GPS 


CASTRO DA COLA - Castro da Cola, Ourique TELEFONE 286516400 CUSTO (€) 20 euros HORÁRIO DAS 11H30 ÀS 17H00 E DAS 19H00 ÀS 21H00. ENCERRA À TERÇA E À QUARTA. 


CAFÉ DOS CAÇADORES - Rua 1º de Maio, 21, São Bartolomeu de Messines, Silves TELEFONE 966417632 CUSTO (€) 20 euros HORÁRIO DAS 09H00 ÀS 00H00. NÃO ENCERRA. 

VENEZA - Estrada de Paderne, Mem Moniz, Albufeira TELEFONE 28936129 CUSTO (€€) 30 euros HORÁRIO DAS 12H30 ÀS 15H00 E DAS 19H30 ÀS 22H00. ENCERRA QUARTA AO ALMOÇO E À TERÇA.  

MOIRAS ENCANTADAS 
 Rua Miguel Bombarda 2, Paderne, Albufeira TELEFONE 289368797 CUSTO (€€) 25 euros HORÁRIO DAS 12H00 ÀS 15H30 E DAS 19H00 ÀS 00H00. ENCERRA DOMINGO AO JANTAR. GPS Latitude : 37.1763745 



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28
Jul18

O MELHOR DA SERRA JÁ SE MOSTRA EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL

António Garrochinho
Feira da Serra de São Brás de Alportel já começou a mostrar o que de melhor há no interior. O certame foi inaugurado esta quinta-feira e celebrará a cultura e produtos serranos até domingo, dia 29 de Julho.
Como sempre, podem aqui ser encontrados produtos genuínos, desde o artesanato ao  agroalimentar. A gastronomia típica da região também marca uma forte presença, mas também há alternativas, numa nova zona da feira dedicada à street food.




















Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação



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28
Jul18

E as melhores praias no Algarve de há 100 anos eram…

António Garrochinho


Em 1918, as praias do Algarve já começavam a despontar, mas a realidade era bem diferente da atual. Livro com 100 anos mostra quais as principais praias algarvias da época



O Verão no Algarve é, nos nossos dias, sinónimo de praia. Afinal, a região congrega ao longo do seu litoral algumas das mais belas praias da Europa, que atraem anualmente milhões de visitantes. Todavia, nem sempre assim foi.
Só na década de 1870, ir à praia passou a integrar os hábitos dos portugueses. Ramalho Ortigão publicou, em 1876, o livro “As praias de Portugal – Guia do banhista e do viajante”, um clássico que nos permite hoje conhecer os hábitos e costumes, bem como as principais zonas balneares da época.
No entanto, das cerca de 30 praias indicadas, apenas uma se localizava abaixo do rio Tejo, a de Setúbal. Nem mesmo no capítulo “As praias obscuras” foi feita qualquer referência aos areais algarvios.
Se é certo que o comboio, o principal meio de transporte da época, não descia além de Casével (Castro Verde), somente no fim do século XIX a praia da Rocha adquiriu algum destaque no panorama nacional.
Para tal, contribuíram os trabalhos de Júlio Lourenço Pinto, em “O Algarve – Notas Impressionistas”, publicado em 1894, ou as deslumbrantes descrições de Manuel Teixeira Gomes, nos seus livros.
Já nos primeiros anos do século XX, adquirem algum relevo, sempre ténue, as praias de Lagos, Albufeira e Monte Gordo.
Só em 1915, com a realização do Congresso Regional Algarvio, que já aqui aflorámos noutro artigo, as potencialidades turísticas da região ganharam algum destaque no contexto nacional.
É justamente a promotora do Congresso, a Sociedade de Propaganda de Portugal, criada em 1906, que vai dar à estampa em 1918, um guia intitulado “As nossas Praias – indicações gerais para uso de banhistas e turistas”.
O pequeno livro de quase 100 páginas tinha como objetivo “chamar as atenções gerais para as utilidades e belezas naturais do nosso país” e logo de coligir e coordenar “dados e informações [que] por aí correm dispersos acerca das praias de Portugal, (…) tudo quanto possa elucidar sucintamente, a portugueses e a estrangeiros, acerca do número, do valor e da variedade das nossas estações balneares, muitas das quais, sem nada ficarem a dever às mais afamadas praias do estrangeiro”.
Procurava, assim, dar a conhecer as diferentes praias repartidas pelas várias províncias, sem perder a oportunidade de criticar aqueles que, “apesar de possuir no seu país praias de primeira ordem”, não deixavam de “preferir uma ou outra praia estrangeira para lá deixarem o ouro que tão conveniente e patriótico seria gastar de preferência” em Portugal.
Foram assim elencadas 50 praias do Minho ao Algarve. Vejamos, pois a província sulina, à qual foram dedicadas 12 páginas.
Com um clima temperado, a região do Algarve era apontada como “regularmente sadia”, apresentando a costa “magníficas praias”, onde raras vezes o banhista deixava de tomar banho por causa do estado do mar.

A primeira nomeada foi Albufeira. Considerada regular, era muito concorrida, principalmente nos meses de Setembro e Outubro.
Na vila, não obstante ser reconhecida como uma das “mais comerciais de toda a província”, não existiam hotéis, apenas duas hospedarias modestas, pertença de António Vieira e Bernardino da Silva.
O aglomerado urbano encontrava-se dividido pela ribeira, em duas partes, comunicando ambas por uma ponte de apenas um arco. O peixe era muito abundante e saboroso, pelo que ali demandavam pescadores do Algarve e do Alentejo.
Na costa, existiam 7 armações de pesca de atum e sardinha, bem como pescadores que se dedicavam à arte de xávega, empregando no total cerca de 700 homens.
Além do pescado, o comércio repartia-se pelos figos, alfarroba, amêndoa, ovos e obras de palma e esparto.
Anualmente, realizavam-se duas feiras, a 3 de Fevereiro e 15 de Agosto. Entre as curiosidades a visitar, constavam o castelo, “restaurado em parte”, onde se encontravam alojadas algumas repartições públicas, a igreja matriz (cujas obras ainda decorriam), a caverna da Cova do Xorino, o hospital e a capela de Nossa Senhora da Orada.

Seguiu-se Armação de Pêra. Então pertencente à freguesia de Alcantarilha, foi classificada como “excelente praia de banhos”, muito frequentada na estação balnear não só pelos habitantes da localidade, como das limítrofes.
Na aldeia, existiam várias adegas, fábricas de conservas de peixe e de cordoaria, estabelecimentos comerciais e industriais de diversos géneros, empresas de armações de pesca e calafates.
A vida do banhista decorria ali “sem ostentações faustosas e sem o bulício que outras praias proporcionam, em relativo socego e descanso de corpo e espírito.”
Não foi feita referência a casas de pasto na aldeia, embora as indicasse em São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra, “arredores sobremaneira apreciáveis”. Já em Silves, além da história da cidade, fazia referência a três hotéis (Central, Macário e Silvense) de serviço regular (2ª ordem).

Carvoeiro constituía a terceira praia sugerida. Povoação piscatória, com “uma bela praia de banhos e excelentes casas de habitação, tanto permanente como temporária”.
Durante o Verão, funcionava um casino com interessantes diversões e com todas as comodidades para os banhistas.
Construído por Patrício Eugénio Júdice, era então, em 1918, explorado pela sua viúva. Nas imediações, localizavam-se quatro armações de sardinha e uma de atum. O principal comércio da área era vinho, figo, amêndoa e alfarroba, que exportava com profusão.
Tinha ainda indústrias de conserva de sardinha e atum e diversas fábricas de louça ordinária, bem como lagares de azeite.
Só existia um hotel e uma hospedaria, mas em Lagoa. Distância que os banhistas faziam de carro ou a pé, às primeiras horas da manhã.
Também na sede de concelho havia um Ateneu, onde eram permitidos jogos legais, leitura de jornais e revistas e se realizavam, de quando em vez, “diversões instrutivas, soirées, etc.”

Sucedia-se a Praia da Luz, em Lagos. Tida como “sobremaneira interessante”, era “uma das mais lindas e desafogadas praias do nosso litoral”, ou não apresentasse “pontos de vista de uma superior beleza, que jamais nos podem esquecer”.
Motivos que ali levavam extraordinária concorrência, não só de algarvios, famílias do Baixo Alentejo, mas de Espanha, também.
Existia um casino, de iniciativa de António Santos, no qual eram promovidas as diversões típicas. Aos domingos e dias de folga, decorriam “bailaricos e descantes”.
O “algarvio gosta de música e ama a dança”, apontava o guia. Eram, pois, comuns os bailes de roda e mandados, um pouco por todo o lado.
Nas imediações da praia, localizavam-se mais de oito armações de pesca. Em Lagos, existia o Teatro Gil Vicente, porém com raros espetáculos, apenas aquando as digressões de artistas de Lisboa, um salão cinematográfico e o Salão Clube Artístico Lacobrigense.
Na cidade, existia o único hotel, o Miquelina. Foram ainda feitas breves referências às praias de S. Roque, com 4 quilómetros de comprimento, da D. Ana, dos Estudantes e a do Pinhão.
Das quatro, a dos Estudantes era a mais frequentada, todavia, nenhuma suplantava a “bela praia da Luz”. De qualquer forma, os turistas que demandassem a Lagos não podiam deixar de degustar as deliciosas frutas que por ali se comercializavam, principalmente a “sua soberba uva de mesa, deveras primorosa”.
Da Praia da Luz, o guia saltou para a extremidade nascente da região, Monte Gordo. Povoação piscatória e “uma excelente praia de banhos, deveras interessante e muito concorrida pelos povos das imediações e uma ou outra família espanhola”.
Com diversas casas para “alugar na época própria”, mas sem hotéis. Estes somente em Vila Real de Santo António, onde existiam três, o Almirante, Central e Lusitano, duas hospedarias, Antónia de Jesus e António Trindade, e as Estalagens do Damião, do Bandeira e do Moita.
No que toca a divertimentos na sede de concelho, existia o Teatro Alexandre Herculano, o Grémio Lusitano e as Bandas Musicais 1º de Maio e 5 de Outubro.
Vila Real era o principal porto da província, considerado como a “Bolsa do Atum”, tinha ainda numerosas fábricas de conserva, as mais importantes da região.

A derradeira praia do Algarve e do livro foi a Rocha. “Praia verdadeiramente explendida e que se nos afigura destinada ao mais prospero futuro”, vaticinava o guia.
Com um “clima dulcíssimo mesmo no Inverno, com o seu céu quasi sempre livre de nuvens, com as suas paisagens tão lindas e tão características”, constituía uma zona privilegiada para o turismo.
Até porque, no Inverno, as temperaturas eram sempre amenas e muitos superiores às estações então em voga no estrangeiro, nomeadamente Biarritz e mesmo a Côte d’ Azur.
A frequência normal de banhos era de Agosto a Outubro. Ali havia um hotel, um casino e bastantes construções, enquanto muitas outras se projetavam.
Aventava-se ainda a ligação a Monchique de uma linha elétrica, bem como uma avenida marginal, pelas falésias, até Alvor.
Quanto a Portimão, era das “povoações mais industriais e comerciais do Algarve”, a cujo porto acediam dezenas de navios para carregar os géneros exportados dos concelhos de Monchique, Lagoa, Silves, Albufeira e Lagos.
Na sede de concelho, destacavam-se o Hotel Ferrari, bem como a hospedaria de Sanção de Jesus.
A nível de distrações, havia o Teatro de S. Camilo, o Salão Cinematográfico, do Grémio Familiar e dos clubes Artístico e União.
O principal comércio era o figo, amêndoas, sal, laranjas, aves, peixe, obras de palma e esparto, cortiça, mel, alfarroba, conservas de peixe, legumes e frutas.

Todas estas praias eram servidas pelo caminho de ferro, com relativa proximidade, à exceção de Lagos. A via férrea quedava-se pelo Parchal (Portimão-Ferragudo), mas dali partiam várias diligências, para a Praia da Rocha, para a Praia da Luz, durante a “temporada dos banhos”, e diariamente para Lagos, Aljezur, Vila do Bispo e Monchique.
Montegordo, além do apeadeiro próprio, podia usufruir, a partir de Vila Real de Santo António, de ligações através de vapor a Alcoutim, Pomarão e Mértola, exceto aos domingos.
Albufeira e Armação de Pêra serviam-se das gares ferroviárias de Albufeira e Alcantarilha, respetivamente, das quais saíam diligências e outros veículos para transporte de passageiros e bagagens. O mesmo sucedia com Carvoeiro, relativamente à estação de Lagoa-Estômbar.
Foram assim seis as praias selecionadas no Algarve de 1918, com as da Rocha e Luz a ser apontadas como as eleitas. Teria, por aqueles anos, também alguma concorrência, apesar de não elencada, a praia de Quarteira.
Volvidos 100 anos, tudo se alterou e as praias da região, hoje mais de 130, suplantam todas as congéneres do país.
Até a época balnear, então reduzida de Agosto/Setembro a Outubro, se prolonga agora de Maio a Outubro. Pela costa algarvia, já não existem hoje quaisquer armações de pesca, nem fábricas de conservas nos aglomerados piscatórios, enquanto também as obras de esparto e palma desapareceram.
Dificilmente, em Lagos, se apreciarão uvas de mesa ali colhidas, mas a qualidade do peixe, a luz, a tranquilidade do mar mantiveram-se.
É certo que muito foi descaraterizado, nos últimos 50 anos, mas o Algarve de hoje, pleno de hotéis e de bulício, continua a encantar residentes e turistas.
Boa praia!

Nota: As imagens utilizadas são meramente ilustrativas e correspondem a postais ilustrados.
Nas transcrições, manteve-se a ortografia da época.


Autor: Aurélio Nuno Cabrita é engenheiro de ambiente e investigador de história local e regional, bem como colaborador habitual do Sul Informação

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28
Jul18

Presidente da dona do Pingo Doce: “Não há banca portuguesa. Acabou”

António Garrochinho


Pedro Soares dos Santos afirma que “hoje seria impossível” o grupo receber o apoio que teve do BCP, no início deste século, quando passou por dificuldades. “Porque não há banca portuguesa, acabou”, disse ao Expresso. Nem o banco estatal: “Temos uma CGD intervencionada.”
Presidente da dona do Pingo Doce: “Não há banca portuguesa. Acabou”
Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins.


Não vejo que a vida dos portugueses esteja muito melhor" é o título escolhido pelo Expresso deste sábado, 28 de Julho, para a entrevista ao presidente do grupo Jerónimo Martins.

"O discurso [do Governo] mudou, mas a austeridade está cá", considera Pedro Soares dos Santos, que defende que António Costa "tem dado confiança ao país" e que "não tem cometido erros na orientação económica".

Confessa: "Não fiquei muito céptico" aquando da criação da chamada "geringonça" (governo do PS com o apoio do PCP e o Bloco de Esquerda), "porque sabia que não havia espaço de manobra para grandes aventuras". Agora "o problema é que não permite consenso para as reformas necessárias", alerta.

Já quando questionado sobre o apoio da banca às empresas portuguesas, Pedro Soares dos Santos afirma categoricamente que "hoje seria impossível" replicar o que aconteceu com o próprio grupo no início deste século, quando passou por dificuldades e foi apoiado "pelo engenheiro jardim Gonçalves [à época presidente do BCP]", como fez questão de frisar.

Impossível porquê? "Porque hoje não há banca portuguesa, acabou", respondeu. "Agora os bancos são todos estrangeiros, vivem de rácios que são decididos fora de Portugal, nada é decidido em Portugal, temos uma CGD intervencionada", constatou.

Uma situação que classificou como "muito difícil para os empresários, não só ao nível do apoio como também da relação pessoal".

O grupo Jerónimo Martins, que é controlado em 56,13% pela sua família através da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, é dono das cadeias Pingo Doce e Recheio em Portugal, Biedronka e Hebe na Polónia e Ara na Colômbia.
No primeiro semestre deste ano, o grupo teve lucros de 180 milhões de euros, mais 3,9% do que no mesmo período do ano passado, enquanto as vendas cresceram 8,7% para 8,426 mil milhões de euros. A operação na Polónia representa 68% do negócio e 73% dos resultados.


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28
Jul18

A VIDA DO "SANGUE AZUL" É LIXADA !

António Garrochinho

Regras que Kate Middleton tem que cumprir.
Uma regra um pouco estranha para o mundo moderno. Antes de se casar, Kate trabalhou durante um tempo na empresa de seus pais, que fazia entrega de mercadorias e organizava eventos. Ela também tinha o desejo de ter uma carreira diplomática. Porém, hoje, ela está proibida de trabalhar.

Nota: também não pode abraçar ou beijar o príncipe em público . Se fôr o Célinho tudo bem !

28
Jul18

Espanha teme nova onda migratória

António Garrochinho

Cinquenta mil africanos estão no Marrocos prontos para partir rumo ao território espanhol, afirma jornal. Com bloqueio de rotas pelos Bálcãs e Itália, país ibérico é o mais visado por migrantes com destino à Europa.

Uma nova onda migratória ameaça a Espanha. Com base em informações da polícia, o jornal El Mundo noticiou nesta sexta-feira (27/07) que 50 mil africanos se encontram no Marrocos, prontos para atravessar de barco o Estreito de Gibraltar, a fim de chegar à Espanha.

Na quinta-feira, mais de 600 migrantes originários do sul do Saara transpuseram as cercas de fronteira em Ceuta, enclave espanhol no Norte da África. Durante quase uma hora e meia, guardas espanhóis e marroquinos tentaram contê-los.

Porém, segundo um porta-voz da polícia, os refugiados investiram contra os agentes da lei, em desvantagem numérica, de forma "mais brutal do que nunca", usando lança-chamas improvisados e cal viva. Quatro guardas de fronteira foram hospitalizados com queimaduras, corrosões, cortes e fraturas ósseas. Segundo a Cruz Vermelha, houve um total de 132 feridos.

Nos dias anteriores, quase 900 migrantes foram resgatados no mar. Na terça-feira, a Guarda Costeira espanhola salvou 484 pessoas no Mar de Alborão e no Estreito de Gibraltar, no Mediterrâneo Ocidental. No dia seguinte, foram resgatadas outras 392 em 31 barcos.

Há indicações de que os fluxos migratórios em direção à Europa voltaram a se concentrar na rota ocidental, pela Espanha, devido ao continuado bloqueio da rota dos Bálcãs, pela Grécia, e do fechamento dos portos italianos para os barcos de refugiados, por iniciativa do novo governo de direita em Roma.

Poucos dias atrás, a Organização Internacional para Migração (OIM) informou que a Espanha se transformou no reduto principal para imigrantes ilegais. Até meados de julho, 18 mil homens, mulheres e crianças teriam chegado à Europa pela rota ocidental do Mediterrâneo. O número de refugiados aportados por essa via quase triplicou em relação a 2017, já superando as entradas pela Itália e Grécia.

As capacidades numéricas dos abrigos temporários nos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla e na costa da Andaluzia, no sul espanhol, já foram ultrapassadas ao ponto de a organização andaluza de direitos humanos APDHA falar de "condições de acolhimento indignas". Em reação, a Cruz Vermelha organizou três novos centros de refugiados.


Controvérsia em torno de arame cortante

Apesar do afluxo crescente de migrantes, o governo espanhol mantém seus planos de eliminar o controvertido arame laminado no alto das cercas em Ceuta e Melilla. "Não gosto de citar datas, porque isso costuma gerar decepções, mas a retirada deve ocorrer sem demora", prometeu o ministro do Interior Fernando Grande-Marlaska numa entrevista radiofônica.

Madri promete que o nível de segurança será mantido, mesmo com "métodos menos cruéis". O novo governo anunciou a decisão de remover o arame laminado em meados de junho, apenas uma semana após a posse do socialista Pedro Sánchez como presidente do governo.

Em 2005, o dispositivo cortante foi instalado pela primeira vez nos diversos quilômetros de cercas separando o território do Marrocos dos enclaves espanhóis Ceuta e Melilla, sendo retirado dois anos mais tarde diante das críticas crescentes.

Em 2013, o governo conservador de Mariano Rajoy voltou a afixar o controvertido arame laminado. Refugiados que tentam escalar as cercas de mais de seis metros de altura costumam ferir-se. Segundo organizações de direitos humanos e médicos, já houve casos de migrantes que acabaram morrendo em consequência dos ferimentos.

Grande-Marlaska rebateu as afirmações da oposição de que o sistema espanhol de acolhida de refugiados estaria diante de um colapso, em face do aumento das chegadas nos últimos meses. Em contrapartida, ele acusou o governo anterior, conservador, de não ter tomado as medidas necessárias para "enfrentar esse desdobramento previsível".

AV/kna/dpa/ots | Deutsche Welle

Nas fotos: 1 - Refugiados marroquinos chegam à praia Del Canuelo, na localidade balneária de Nerja, após cruzar Estreito de Gibraltar; 2 - Arame laminado no alto das cercas em Ceuta e Melilla já causou mortes


paginaglobal.blogspot.com

28
Jul18

O burro

António Garrochinho



O burro
era uma vez, um asno, um jumento
trabalhando para seu sustendo
acreditou que um dia
não ser mais bicho de carga
de freio albarda, na ilharga
e caiu em fantasia


hoje em cima do seu dorso
sem dó, piedade ou remorso
todos o querem montar
e o pobre burro coitado
lamenta ter acreditado
em estórias de encantar

são bem duros, cruéis, os caminhos
íngremes com pedras, espinhos
sofrendo sem abrir pio
lamenta ter confiado
varias vezes enganado
na ratoeira em que caiu


António Garrochinho

28
Jul18

O que tem dito Ricardo Robles sobre a especulação imobiliária?

António Garrochinho


A habitação foi a bandeira do agora vereador do BE durante a campanha para as autárquicas. Agora acusam-no de não cumprir o que defendeu para Lisboa.
Foto
Ricardo Robles em campanha para as autárquicas de 2017
Se há tema que sempre esteve presente na agenda de Ricardo Robles foi a questão da habitação — e da falta dela a preços acessíveis — na cidade de Lisboa. Fez disso bandeira eleitoral durante a campanha para as autárquicas de 2017, quando era candidato pelo Bloco de Esquerda à câmara da capital. E é também por isso que a notícia de um eventual negócio, envolvendo uma casa em Alfama que lhe pode render mais de quatro milhões de euros, tem provocado tantas reacções que, na sua maioria, criticam a actuação do vereador bloquista, acusando-o de não cumprir o que sempre defendeu para a cidade. Ricardo Robles veio a público garantir que a demissão está fora dos planos, que não despejou ninguém e que procedeu “de forma exemplar com todos os arrendatários do imóvel", considerando que a compra “não foi uma operação especulativa". 
Em Setembro de 2017, o BE escolhia o Largo da Severa, na Mouraria, para o arranque das duas semanas de campanha. Na altura, ao lado da líder bloquista, Catarina Martins, discutia-se habitação e Robles condenava a gestão de Fernando Medina na câmara da capital, admitindo que a venda de imóveis municipais tinha contribuído para “a subida dos preços especulativos" das casas em Lisboa. 

Antes disso, em Julho, numa entrevista à Rádio Renascença, afirmaraque tinham sido “vendidos 100 imóveis da autarquia entre 2013 e 2015, no valor de 33 milhões de euros”, e que nenhum estava afecto à renda acessível. “A câmara de Lisboa transformou-se numa agência imobiliária que contribui para a especulação na cidade mas que não dá nenhum contributo para resolver o problema da habitação”, disse. 
Na mesma ocasião, Robles criticava ainda a concentração do alojamento local em algumas zonas da cidade, dando o exemplo da freguesia de Santa Maria Maior, onde se situa o imóvel que comprou com a irmã, e onde “uma em cada cinco casas estão em regime de alojamento local. “Isto cria uma drenagem de disponibilidade de habitação absolutamente brutal para quem quer viver na cidade e faz subir o preço do arrendamento em flecha, como temos assistido”, disse então. 
Em declarações ao Observador, o candidato do Bloco de Esquerda a Lisboa propôs que fossem feitas alterações ao Plano Director Municipal (PDM) para que reflectisse “a obrigatoriedade” de que sempre que houvesse “construção nova ou uma grande intervenção de reabilitação", 25% ou uma percentagem a definir deveria ser reservada para fogos a custos controlados”. “O promotor quando faz uma obra sabe que tem taxas municipais, sabe que tem cedências de espaço público e sabe que tem uma responsabilidade sobre a habitação em Lisboa”, apontava.
Ao pùblico na primeira entrevista que deu depois de ter firmado um acordo político que permitiu a Fernando Medina ter maioria absoluta no executivo municipal, Ricardo Robles voltaria a criticar a gestão socialista, reprovando a estratégia que tinha sido seguida de venda de património camarário sem “garantir que esse património pudesse servir para resolver o problema da habitação”. Os imóveis alienados pela autarquia nos últimos anos, disse, serviram uma “lógica de especulação pura e dura ou para habitação de luxo e dedicada ao turismo.”
Já este ano, em Março, Ricardo Robles defendia numa entrevista ao Diário de Notícias que “o problema da habitação” se tinha agravado em Lisboa. “Os preços continuam a aumentar brutalmente e isto está a criar uma crise social. Encontrar casa, seja para arrendar seja para compra, apesar de o crédito para a habitação estar mais acessível, continua a ser proibitivo”, argumentou. “Esta é uma cidade cada vez mais para ricos e menos para lisboetas e para quem quer viver na cidade, para trabalhar, morar, estudar”, insistiu.


A poucas horas de começar a ser questionada a credibilidade política para continuar como vereador em Lisboa, o dirigente bloquista dizia-se “do lado dos moradores” do Prédio Santos Lima, em Marvila, na luta contra o “bullying e a especulação imobiliária”. Ricardo Robles reagia assim no Facebook a um texto do Esquerda.net sobre o prédio da Rua do Açúcar, onde vivem 17 famílias com contrato de arrendamento que receiam ter de abandonar as casas. Em 2017, o imóvel foi vendido por 2,7 milhões de euros. Agora, está à venda por 7,2 milhões. No final desse mês, no Rock in riotum protesto contra a gentrificação na capital, publicou no Facebook: o “grito de revolta necessário contra a especulação e o direito de morar em Lisboa não se pode transformar num privilégio para poucos”.

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28
Jul18

O "FACEBOOK" É A MINHA AMANTE POBRE E VIRTUAL.

António Garrochinho

NÃO PERCAM TEMPO OS CHATO(A)S NO "CHAT" PORQUE A LIBERDADE É NATURALMENTE MUITO CIUMENTA, ROMÂNTICA, PINGA AMOR, POR VEZES DEMASIADO CONFIANTE NAS NOVELAS E NAS CANÇÕES DO ENGATE, COMO DIZIA O ANTÓNIO VARIAÇÕES, NO FADO DOS CIÚMES E DAS TRAIÇÕES, NO ROCK DO AMOR LIVRE E SEM COMPROMISSOS, NO JAZZ DOS PRETOS E MESTIÇOS, NO ÁLCOOL, NA CHOURIÇA ASSADA, NO CHARRO, OU NA MILITÂNCIA IDEOLÓGICA .

OS POETAS SABEM FALAR DA VIDA, OS CLÁSSICOS, OS MALDITOS, OS EDITADOS, OS ANÓNIMOS.

AS PESSOAS EXISTEM, SENTEM. FALAM, MOSTRAM DE SI E NÃO PRECISAM DE AUTORIZAÇÕES, CUNHAS, DÓ, OU OUTRAS MISTURAS QUE SE DEBRUCEM SOBRE A SUA ESSÊNCIA, A SUA EVOLUÇÃO DE ESPÉCIME.

SABER, SENTIR, CONCORDANDO OU DISCORDANDO SEM COLOCAR NINGUÉM NA FOGUEIRA DA INQUISIÇÃO É JÁ UM PASSO IMPORTANTE.

OLHO POR OLHO DENTE POR DENTE NÃO É TÃO CRUEL COMO PINTAM OS QUE PROÍBEM, ASSASSINAM, ROUBAM A VIDA DE MILHÕES NO MUNDO

OS HOMENS, AS MULHERES DE BEM ESCOLHEM O SEU CAMINHO E AO PERCORRÊ-LO, SE PARA ISSO TIVEREM FORÇA E CORAGEM, CUMPREM A SUA ETAPA DE EXISTÊNCIA SEM NECESSIDADE ALGUMA DE DAR EXPLICAÇÕES A QUEM QUER QUE SEJA, MUITO MENOS AOS SEUS IRMÃOS DE MATÉRIA E SEUS SEMELHANTES.


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