João Proença, ex-secretário Geral da UGT e ex-deputado socialista, vai integrar um Conselho Consultivo de Relações Laborais da operadora de telecomunicações Altice Portugal. Ele já é por decisão governamental Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE.
Pedro Passos Coelho, ex- Primeiro Ministro do PSD, foi designado Professor Convidado Catedrático da Universidade Lusíada, no Curso de Economia. Ele já é Professor de Administração Pública do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas.
Aguardam-se novos desenvolvimentos com novas personagens.
Tal como contratam explicadores de Matemática e de Português, com a crescente popularidade do "Fortnite", os pais estão agora à procura de especialistas no jogo virtual para ajudar os filhos a passar de nível. As explicações online, através das redes sociais ou em sites específicos, podem custar mais de 25 dólares (21,60 euros) por hora para que as crianças e jovens possam melhorar as suas habilidades no jogo que tem a função Battle Royale, onde 100 jogadores online competem numa batalha que leva à morte, com apenas um vencedor. No entanto, há duas principais razões para os pais quererem ver os filhos bem sucedidos neste jogo, segundo avançou o jornal "The Wall Street Journal": exclusão social e bolsas no ensino superior. A pressão social para se ser o melhor aplica-se em vários aspetos da vida, aos jogos também. Os pais norte-americanos entrevistados pelo jornal não querem que os filhos sejam postos de parte ou "gozados" na escola por perderem neste que é um dos mais populares jogos virtuais atualmente. Além disso, existem algumas faculdades norte-americanas que oferecem bolsas de estudo para equipas de eSports (desporto virtual), que incluem os melhores jogadores de "Fortnite". Esta nova prática de desporto é um formato lucrativo tanto para as faculdades, como para os estudantes. Um dos clubes de eSports de uma faculdade anunciou que iria oferecer um milhão de dólares (862.708,56 euros) em bolsas de estudo e prémios para estudantes que estavam a competir em seis diferentes jogos. A Epic Games, que detém o jogo, tinha anunciado que, na temporada 2018 - 2019, iria disponibilizar 100 milhões de dólares (86.270.855,98 euros) para financiar prémios para as competições. O jogo "Fortnite" tem apenas um ano e já tem mais de 125 milhões de jogadores pelo mundo. A versão mobile já terá ultrapassado o jogo "Candy Crush Saga". www.jn.pt
Louletano domina etapa e Luís Mendonça chega em segundo
Domínio do Aviluso-Louletano no sprint de Portalegre.
De Mateus ganha e Luís Mendonça fica em segundo.
HISTÓRIA DA ETAPA
6:19:33
Vicente de Mateus ganha em Portalegre
Vicente de Mateus vence a etapa mais longa da Volta 2018, impondo-se no sprint de Portalegre.
6:11:21
Aviluso surge na cabeça da corrida
A 6 km da chegada, a Aviluso-Louletano chega à cabeça do pelotão.
6:06:40
Amore & Vita lidera pelotão a 10 km da chegada
A 10 km da chegada, novos protagonistas nacabeça do pelotão: Amore & Vita.
5:58:21
Vito-Feirense passa a liderar pelotão
A 15 km da chegada, a equipa Vito Feirense passa a liderar o pelotão, no intuito de colocar bem João Matias para o sprint de Portalegre.
5:53:27
Pelotão compacto a 18 quilómetros da meta
Km 184,5 - Termina a aventura dos fugitivos. Estiveram longe do pelotão durante mais de 180 quilómetros.
5:41:37
Sexteto da Caja Rural ao trabalho e fuga anulada
Km 183 - Os seis corredores da Caja Rural trabalham na cabeça do pelotão e a fuga é anulada. No entanto, Blanco e Ribeiro ainda tentam manter-se à frente.
5:39:35
Pelotão a um minuto a 25 km da meta
Km 178 - A 25 km da meta, o pelotão rola com apenas um minuto de desvantagem.
5:37:53
Após vitória na meta volante Azman come a sétima banana
Depois de ganhar a meta volante, Azman come a sétima banan do dia...
5:36:14
Quinta hora ultrapassada
Km 175,3 - Chegámos à quinta hora na etapa. A média é de 35 km/hora.
5:28:44
Azman faz três em três nas etas volantes
Km 174,9 - Meta volante em Monforte:
1.º 31 - Muhamad Azman (Team Sapura)
2.º 183 - David Ribeiro(LA-Alumínios)
3.º 177 - Samuel Blanco (Liberty eguros-Carglass).
Azman ganha as três metas volantes do dia.
5:15:45
Quarteto resiste
Km 168,5 - A 35 km da meta final, a vantagem cifra-se nos 1.38 minutos.
5:15:45
Um minuto e meio a 40 km da chegada
Km 163,5 -A 40 km da meta final, a vantagem do quarteto de heróis é de 1.30 minutos.
5:06:08
1.41 minutos a 45 km da chegada
Os fugitivos passam na placa indicativa de 45 quilómetros para a chegada a Portalegre com um avanço de 1.41 minutos.
4:52:53
Azman já ingeriu seis bananas
Na frente da corrida, os quatro corredores vão-se alimentando e bebendo, mas o malaio Azman destaca-se pela fome de... bananas. Em 150 quilómetros ingeriu seis!
4:51:28
Pelotão aproxima-se do quarteto
Km 148,5 - Caja Rural ao trabalho na cabeça do pelotão e a desvantagem a descer: 1.50 minutos
4:49:57
Vantagem de 2.27 minutos em Estremoz
Km 145 - Na passagem por Estremoz, o quarteto pedala com uma vantagem de 2.27 minutos sobre o pelotão.
4:34:55
Média desce para 35 km/hora
Km 140 - A etapa mais longa atinge a quarta hora e a média baixa para 35 km/hora. O calor não dá para mais...
4:29:02
Chuveiro para todos
Km 135 - Corredores aproveitam água de mangueira para se refrescarem. A temperatura continua bem acima dos 40 graus. Os fugitivos voltam a aumentar a vantagem, para 2.40 minutos.
4:23:59
2.17 minutos em Borba
Km 133 - Na passagem por Borba, o quarteto leva 2.17 minutos de vantagem sobre o pelotão.
4:08:22
Azman ganha meta volante de Vila Viçosa
Km 128,6 - Meta volante em Vila Viçosa:
1.º 31 - Muhammad Azman (Team Sapura)
2.º 183 -David Ribeiro (LA-Alymínios)
3.º 154 - Andrea Ruscetta (Mstina Focus).
Pelotão acelera e passa a 2.05 minutos na meta volante.
3:58:01
Diferença estável durante 100 quilómetros
Km 123 - A diferença do quarteto para o pelotão praticaente igual há uma centena de quilómetros: 3.10 minutos.
3:35:47
Média horária mantém-se
Km 109 - Terceira hora da viagem mais longa. Os corredores mantêm a média de 36,3 km/hora.
3:28:37
Recordamos os nomes, os números as nacionalidades e as equipas dos quatro heróis da etapa mais longa:
31 - Muhammad Azman (Malásia, Team Sapura Cycling)
154 - Andrea Ruscetta (Itália, Mstina Fotus)
177 - Samuel Blanco (Espanha, Liberty Seguros-Carglass)
183 - David Ribeiro (Portugal, LA Alumínios).
3:26:56
Km 103 - A tirada entrou na segunda metade, com os fugitivos a pedalarem com uma vantagem de 3.51 minutos sobre o grande grupo.
3:17:52
Fugitivos ganham um minuto em cinco quilómetros
Km 98,5 - Em cinco quilómetros, o quarteto aumenta a vantagem para o pelotão em um minuto, de 3.10 para 4.10 minutos. Entretanto, a temperatura sobe para os 45 graus.
2:55:37
Km 85 - Diferença de tempos estabilizada nos 3.10 m. Apesar de ter menos um elemento (Joaquim Silva abandonou durante a primeira etapa), a Caja Rural controla a fuga à distância.
2:30:30
Segunda hora de prova
Km 72,7 - Com Reguengos de Monsaraz à vista, as posições relativas mantêm-se, com o pelotão a 3.10 minutos dos quatro aventureiros. Entretanto, é atingida a segunda hora de prova, numa média de 36,3 km/hora.
2:22:27
Km 65 - Vantagem dos quatro cifra-se nos 3.18 minutos. Caja Rural comanda pelotão. A temperatura sobe para os 42 graus, na passagem da ponte da albufeira do Alqueva.
1:54:39
Km 50 - Praticamente com um quarto da etapa percorrido, os quatro aventureiros seguem com 3.10 minutos de vantagem sobre o pelotão, sempre comandado pela Caja Rural, do camisola amarela Rafael Reis.
1:50:53
Vantagem de três minutos
Km 45 - Quarteto recebe um banho de mangueira, para refrescar, quando pedala com uma vantagem de três minutos.
1:37:47
Primeira hora de prova
Km 35,5 - Cumprida a primeira hora da etapa. O quarteto leva uma vantagem de 3.10 minutos.
1:12:08
KM 26: Meta Volante - Vidigueira
1º Muhammad Azman (31, Team Sapura Cycling)
2º David Ribeiro (183, LA Aluminios)
3º Samuel Blanco (177, Liberty Seguros/Carglass)
1:04:24
Km 22,5 - Quarteto com vantagem de 2.50 minutos.
1:01:23
Quatro fugitivos
Km 20 - Logo nas primeiras pedaladas quatro corredores escapam-se ao pelotão. São eles Muhammad Azman (31, Team Sapura Cycling), Andrea Ruscetta (154, Mstina Focus), David Ribeiro (LA Alumínios) e Samuel Blanco (177, Liberty Seguros/Carglass)
12:32:54
Km 0 - Partida real da etapa mais longa da Volta 2018 acaba de ser dada.
A Ryanair enviou uma carta (imagem) onde, descaradamente, assume violar a lei portuguesa, e ameaça os trabalhadores com diversas penalidades por terem aderido à greve do passado dia 25 e 26 de Julho. Já depois do PCP ter metido o requerimento que se anexa, a multinacional recuou parcial e atabalhoadamente, numa outra carta onde retira algumas das ameaças realizadas mas mantém as restantes. Uma situação que confirma o sentimento de impunidade com que a multinacional actua, fruto da passiva cumplicidade do governo.
«O mar está levemente encrespado e pequenas ondas vêm bater na costa arenosa. O senhor Palomar encontra-se na praia, de pé, e observa uma onda. Não se pode dizer que esteja absorto na contemplação das ondas. Não está absorto, porque sabe muito bem aquilo que faz: pretende observar uma onda e observa-a. (...) Não são as "ondas" que ele pretende observar, mas uma única onda e basta: querendo evitar as sensações vagas, estabelece para cada um dos seus atos um objetivo limitado e definido.»
Lembrei-me deste belíssimo texto de Italo Calvino a propósito desta notíciano Público, sobre uma alegada «onda de reclamações» que a «falta de vagas no pré-escolar e no 1º ciclo» estaria a causar. Na contemplação desta «onda», segundo a jornalista Clara Viana, a falta de vagas «já levou mais de 20 pais a apresentar reclamações ao Ministério da Educação (ME) por via do Portal da Queixa», o que representa, face ao ano passado, um «aumento de 100% no número de reclamações apresentadas». Isto é, 20 queixas e um aumento de 100% (foram portanto 10 queixas em 2017) constituem para Clara Viana uma «onda de reclamações».
Partindo da mesma fonte, oJornal Económico já tinha sinalizado esta mesma onda no passado dia 30, referindo que «nos últimos três dias, a página da maior rede social de consumidores em Portugal, registou mais de dez reclamações relativas à falha e falta de vagas na colocação de alunos em escolas, o que se traduziu num aumento de 100%, face ao último ano». Curiosamente, há quem tenha feito as contas, chegando à conclusão que «foram submetidas 13 queixas (e não 20) relativamente ao período de inscrições de 2018», comparando este valor com as 14 registadas em 2017. Ou seja, longe do tal aumento de 100% (que seria sempre uma forma abusiva de descrever a evolução registada, dado o reduzido universo de situações em causa) e próximo das indicações dadas pelaDGESTE.
É claro que nada disto põe em causa o valor intrínseco de cada uma das reclamações dos alunos e das famílias. O que está em questão, voltando ao senhor Palomar, é apenas a «onda» que cada um quer ver. Até porque estamos no verão, em plena silly season.
Primeiro escutamos estalidos que indicam que a estrutura está cedendo. Logo uma série de outros ruídos fazem temer o pior. As placas de ancoragem saltam, um enorme cano que suportava o muro cai sobre uma escavadeira. A assustadora cena teve lugar em um terreno em obras na cidade de Beyoglu, Turquia. As autoridades culparam as chuvas pelo desastre. A pressão do terreno destroçou completamenteo muro de contenção que fora construído para albergar o estacionamento subterrâneo de um hotel.
VÍDEO
O acidente não terminou aí. O aluvião de terra que rompeu o muro e encheu o terreno em obras deixou praticamente sem alicerces um bloco de apartamentos próximo, que havíamos mostrado dias atrás. Poucas horas depois, todo o edifício veio abaixo e terminou no mesmo buraco. Por sorte, os incidentes não saldaram vítimas, mas o seguro da obra vai ter que fazer muitas horas extras.
Nogueira de Brito é assessor jurídico do PR e sócio da MLGTS, que tem clientes com interesses no setor imobiliário. Rebelo de Sousa não nega intervenção do assessor, mas diz que veto foi uma “decisão solitária”.
O Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, vetou o projeto de lei relativo ao exercício do direito de preferência por arrendatários e, no processo de análise do decreto, foi assessorado por Miguel Nogueira de Brito, sócio de uma firma de advocacia que presta serviços a sociedades gestoras de fundos de investimento imobiliário, com interesses diretos na matéria em causa. Questionado sobre um potencial conflito de interesses, Rebelo de Sousa garante que se tratou de uma “decisão solitária” e de um “veto político”.
Nogueira de Brito exerce as funções de assessor jurídico do PR, ao mesmo tempo que é sócio da socidade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), a qual tem como clientes sociedades de investimento como a Apollo Global Management ou a Oaktree Capital, entre outras gestoras de fundos de investimento imobiliário. A MLGTS também presta serviços à Living Amoras, sociedade imobiliária especializada em alojamento local e empreendimentos turísticos, e mantém um protocolo com a Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII).
SER DE ESQUERDA É SABER O QUE SE COME. SER SELECTIVO NAS IGUARIAS QUE NOS APRESENTAM COMO SAUDÁVEIS E NÃO PASSAM DE DERIVADOS, CORANTES, CONSERVANTES.
O PRATO TRADICIONAL BEM CONFECIONADO, O MARXISMO, O LENINISMO, É COMO UM COZIDO À PORTUGUESA COM CARNES DE SAL, COM LEGUMES SEM PESTICIDAS, COM ENCHIDOS BEM CONDIMENTADOS DE CARNE TENRA E DA QUAL CONHECEMOS AS ORIGENS E A CONFECÇÃO.
POSTO ISTO, EU QUE NÃO SOU UM HOMEM DE MUITA COMIDA JÁ ESTOU COM UM CERTO APETITE E DESEJO AOS MEUS AMIGO(A)S E CAMARADAS UM BOM ALMOÇO.
COM QUE DIREITO SE MANIFESTA "FALADRANDO" ESTE XULO SOBRE QUESTÕES DE SAÚDE NO ALGARVE OU NO PAÍS ?
UMA DAS PEÇAS LARANJA QUE SEMPRE VIVEU DA POLÍTICA A EXEMPLO DO PAI TAMBÉM ELE DO PPD, O CRISTOVÃO É A MAIOR ABERRAÇÃO POLÍTICA, UM DEMAGOGO, UM ALDRABÃO COMPULSIVO QUE NOS JORNAIS DIZ UMA COISA E NA PRÁTICA DEFENDE OUTRA .
É ASSIM EM TUDO O QUE ACONTECE NO ALGARVE, UM ALDRABÃO NAS PORTAGENS, UM ALDRABÃO NA SAÚDE, UM ALDRABÃO A QUEM OS JORNAIS DÃO COBERTURA ESCANDALOSA.
TODOS SABEMOS QUE NO ALGARVE HÁ CARÊNCIAS GRAVES E TODOS SABEMOS QUE ESSAS CARÊNCIAS A MAIOR PARTE DELAS FORAM IMPLANTADAS PELO PSD QUE SÓ SE LEMBRA DOS ALGARVIOS EM ÉPOCAS ELEITORAIS E AGORA NO GOVERNO PS ONDE OS PAFISTAS SÓ TÊM UM FITO QUE É AO DESMEMBRAMENTO DA "GERINGONÇA"
NUNCA É DEMAIS RECORDAR AO XULO CRISTOVÃO QUE O SEU PARTIDO VOTOU CONTRA A LEI DE BASES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE E LOGO POR ISSO O DEMAGOGO DEVERIA MANTER A "RETRETE" FECHADA.
O Madrid Maersk tem as mesmas dimensões exteriores dos primeiros 20 Triple E da Maersk Line (400 metros de comprimento, 60 metros de boca)
O navio Madrid Maersk faz parte do top 10 dos maiores porta-contentores do mundo.
Com 20.568 TEU -o equivalente a 800 mil metros cúbicos - o Madrid Maersk faz parte do top 10 dos maiores porta-contentores do mundo e fará escala no Terminal de Contentores de Sines na próxima sexta-feira, de acordo com uma nota enviada às redações pela Administração dos Porto de Sines e do Algarve.
O navio está inserido no serviço SILK (que liga o Extremo Oriente à Europa) e é operado pela aliança 2M que integra os dois principais armadores mundiais: a MSC - Mediterranean Shipping Company e a Maersk.
O Porto de Sines é líder nacional no total de carga movimentada nos portos nacionais e o porto português que mais contentores movimenta. www.tsf.pt VÍDEO
O Festival Literário Internacional de Querença arranca esta sexta-feira, 3 de Agosto, e Tóssan é um dos artistas em destaque
Tóssan foi ilustrador, pintor e também escritor, mas esta é a faceta menos conhecida deste artista nascido em Vila Real de Santo António há 100 anos. Ao longo da vida, escreveu poemas e crónicas «um pouco sobre tudo». Também são dele as aventuras de Eusébio Maldonado, o detetive Pararraios, publicadas no Diário de Lisboa juvenil. Reunir todos os escritos deste algarvio «maravilhoso» é o objetivo de um livro que está a ser organizado por Vasco Rosa, em parceria com a Fundação Manuel Viegas Guerreiro, de Querença.
Na verdade, Tóssan, que vai estar em evidência no Festival Literário Internacional de Querença (FLIQ), que começa esta sexta-feira, foi António Fernando dos Santos, um vilarrealense «extremamente engraçado, bem disposto e divertido, apesar de não parecer», diz o investigador e jornalista Vasco Rosa.
Este ano, foi publicada uma coletânea dos desenhos de Tóssan, no âmbito do Festival da Ilustração de Setúbal. E tanto que este algarvio desenhou, desde capas de livros para António José Saraiva, a trabalhos para a revista da Embaixada do Brasil em Lisboa, passando por anúncios publicitários e uma das suas obras mais conhecidas: um retrato de António Aleixo, seu conterrâneo.
Neste, o poeta algarvio aparece de chapéu na cabeça, naquela que é uma das imagens mais difundidas e conhecidas do autor de “Este livro que vos deixo” que Tossán conheceu em Coimbra, quando ambos estavam internados no Sanatório, com tuberculose.
Mas, quanto aos desenhos, o trabalho está feito e compilado. Agora, o que muita gente não sabe é que Tóssan também era escritor. Vasco Rosa, estudioso do artista algarvio, está a juntar todos os escritos para que sejam reunidos em livro.
«Vamos fazer uma complicação de trabalhos dele, como crónicas, algumas inéditas. Um livro só com o que ele escreveu e, no fim, com um estudo histórico e biográfico para estar pronto até ao final do ano, com apoio da Fundação Manuel Viegas Guerreiro», explica ao Sul Informação.
A obra com maior impacto de Tóssan foi “Cão Pêndio”, um livro em que, desenhando sempre um cão, o algarvio brinca com as palavras. Um “Cão Tacto” é representado com um cão ligado à ficha e um “Cão Certo” torna-se um animal a tocar guitarra…
«O Tóssan ainda não foi devidamente valorizado. A ideia de redescobri-lo e mostrá-lo, colocá-lo no mapa, mais uma vez, é indispensável mesmo em termos regionais. Ele foi uma pessoa muito original como desenhador e até humorista, mas, como os livros que fez não foram reeditados, é normal que se perca a memória da pessoa», lamenta Vasco Rosa.
Gabriel Guerreiro Gonçalves
Quem ainda se lembra de Tóssan é Gabriel Guerreiro Gonçalves, presidente da Fundação Manuel Viegas Guerreiro. «Quem conviveu com ele, não o esquece mais», recorda ao Sul Informação. «Conheci-o bem. Era um tipo divertido que sempre viveu a vida intensamente e esperemos que consigamos imortalizá-lo», diz.
Este ano, o FLIQ, que arranca esta sexta-feira, 3 de Agosto, tem como tema Literatura e Ilustração. «A escolha deveu-se ao Tóssan, que é um valor que nos é muito querido. Era, por exemplo, muito amigo do nosso patrono Manuel Viegas Guerreiro e amigo de outros amigos ligados à Fundação, como o poeta Aleixo. Todos eles conviveram com o Tóssan e tínhamos uma dívida para com ele que devia ser agarrada», explica Gabriel Gonçalves ao Sul Informação.
Para demonstrar a importância do ilustrador neste FLIQ, logo no primeiro dia há a conferência “Tóssan: O Poeta do Absurdo”, às 18h30, no Auditório da Fundação. Nela vão participar Vasco Rosa, João Paulo Cotrim, escritor e editor, e Jorge Silva,art designer, responsável pelo livro que reúne as ilustrações do algarvio. A moderação será de Dália Paulo, diretora municipal da Câmara de Loulé.
Nesta conferência, Vasco Rosa vai procurar enquadrar Tossán, que também foi cenografista no Teatro Lethes de Faro, «dentro de uma perspetiva mais algarvia». Ou seja: explorar «certa tradição e influência» que este ilustrador foi beber a outros artistas algarvios de renome como, Bernardo Marques, de Silves, e Roberto Nobre, natural de São Brás de Alportel.
«O programa é intenso e com grande qualidade. Esperemos que agrade às pessoas e que nos venham visitar, porque este é um festival diferente e especial para mostrar que o Algarve tem capacidade de apresentar um programa cultural que seja diferenciador», conclui o presidente da Fundação Manuel Viegas Guerreiro.
Para consultar o programa completo do FLIQ, clique aqui.
Ode ao Futebol, por Tóssan:
Rectângulo verde, meio de sombra meio de sol
Vinte e dois em cuecas jogando futebol
Correndo, saltando, ziguezagueando ao som dum apito
O povoamento europeu da Austrália tem em grande parte por base sucessivas vagas de condenados enviados pela potência colonial. Entre eles, muitos cujo crime era o de serem irlandeses e resistirem às arbitrariedades da Inglaterra na sua pátria. Esse passado de oprimidos resistentes e de povos aborígenes dizimados permanece muito silenciado na Austrália de hoje.
A Austrália, como todas as sociedades coloniais, tem segredos. A forma como tratamos os indígenas é ainda sobretudo um segredo. Durante muito tempo, o facto de muitos australianos serem oriundos do que era chamado “más reses” era um segredo.
“Más reses” significava antepassados condenados: aqueles como a minha tetra-avó, que esteve presa aqui, na Fábrica Feminina em Parramatta em 1823.
Segundo o disparate difundido por numerosas tias – que tinham irresistíveis ambições burguesas – Mary Palmer e homem com quem casou, Francis McCarthy, eram uma senhora e um cavalheiro vitorianamente proprietários e asseados.
Mary era, de facto, o mais jovem membro de uma quadrilha de endiabradas jovens mulheres, na sua maioria irlandesas, que actuavam no East End de Londres. Conhecidas como “As Rufias”, mantinham a pobreza à distância com os rendimentos da prostituição e do pequeno roubo.
As Rufias acabaram por ser presas e julgadas, e enforcadas – à excepção de Mary, que foi poupada por estar grávida.
Tinha apenas 16 anos quando foi acorrentada no porão de um navio veleiro, o Lord Sidmouth, com destino a New South Wales, para aí ficar “até ao fim da sua vida natural”, dissera o juiz.
A viagem demorou cinco meses, um purgatório de doença e desespero. Sei como ela era porque há alguns anos descobri um extraordinário ritual na Catedral de St Mary em Sidnei. Todas as quintas-feiras, num vestiário, uma freira desfolhava as páginas de um registo de condenados católicos irlandeses – e aí estava Mary, descrita como “não mais de 4 pés de altura, emaciada e marcada pelo ataque da varíola”.
Quando o barco de Mary atracou em Sydney Cove, ninguém a reclamou para criada ou servente. Ela era uma condenada de “terceira classe” e “matéria inflamável da Irlanda”. Terá o seu filho recém-nascido sobrevivido à viagem? Não o sei.
Enviaram-na pelo rio Parramatta acima para a Fábrica Feminina, que se distinguira como um dos lugares em que os peritos penais vitorianos faziam experiência das suas excitantes novas teorias. No ano em que Mary chegou, 1823, fora introduzida a “roda”. Era um meio de punição e tortura.
O Cumberland Pilgrim descreveu a Fábrica Feminina como “aterradoramente feia…o campo de recreio recorda-nos o Vale das Sombras da Morte”.
Tendo chegado à noite, Mary não tinha onde dormir, apenas tábuas, pedras e palha, e lã imunda cheia de percevejos e aranhas. Raparam-lhes as cabeças e foram encerradas em escuridão total com o zumbido dos mosquitos.
Não existia separação por idade ou tipo de crime. Mary e as outras mulheres eram chamadas “as intratáveis”. Com um misto de horror e admiração, o Procurador-Geral da altura, Roger Terry, descreveu como as mulheres tinham posto em fuga “com uma saraivada de pedras e sarrafos” os soldados enviados para acabar com a sua rebelião. Mais de uma vez romperam as paredes de pedra e devastaram a comunidade de Parramatta.
Missionários enviados de Inglaterra para consertar as almas das mulheres tiveram o mesmo tratamento. Tenho tanto orgulho nela.
Depois, havia o “dia do cortejamento”. Uma vez por semana, era atribuída a primeira escolha a “senhores desesperados” (fossem eles quem fossem), depois seguiam-se soldados e no final homens condenados.
Algumas das mulheres arranjavam-se e embonecavam-se empenhadamente, como se um macho inspeccionante pudesse providenciar saída para a sua pena. Outras voltavam as costas, não se desse o caso de o aspirante a parceiro ser um miserável vindo do mato.
Enquanto isto decorria, a matrona anunciava aos gritos o que ela chamava “os pontos positivos” de cada mulher, o que constituía uma surpresa para toda a gente.
Foi desta forma que os meus tetra-avós se encontraram. Creio que faziam um bom par. Francis McCarthy fora transportado da Irlanda pelo crime de “proferir pragas ilegítimas” contra o seu senhorio inglês. Foi esta a acusação feita aos Mártires de Tolpuddle. Tenho tanto orgulho nele. Mary e Francis casaram-se na Igreja de St Mary, mais tarde Catedral St Mary, a 9 de Novembro de 1823, com quatro outros casais de condenados. Oito anos mais tarde, foi-lhes atribuído o seu “cartão de licença” e foi atribuído a Mary o seu “perdão condicional” por um Coronel Snodgrass, Capitão Geral de New South Wales – sendo a condição que ela nunca poderia abandonar a colónia.
Mary teve 10 filhos e viveram vidas duras, amados e respeitados em todos os aspectos, até ao seu nonagésimo ano.
A minha mãe conhecia o segredo de Mary e Francis. No dia dos seu casamento em 1922, desafiando a sua própria família, ela e o meu pai vieram junto destas paredes para prestar tributo a Mary e às intratáveis. Ela tinha orgulho nas suas “más reses”.
Por vezes interrogo-me: onde está hoje este espírito? Onde está o espírito das intratáveis entre os que assumem que nos representam e aqueles de nós que aceitam, em supino silêncio, o conformismo corporativo que é característico da tanto da moderna Austrália?
Onde estão aqueles de entre nós preparados para “proferir pragas ilegítimas” e erguer-se contra os autocratas e charlatães no governo, que glorificam a guerra e, em cumplicidade com um chefe imperial, inventam inimigos externos e criminalizam a discordância e que insultam e maltratam refugiados vulneráveis que chegam às nossas costas, a quem tratam grosseiramente de “Ilegais”.
Mary Palmer era “ilegal”. Francis McCarthy era “ilegal”. Todas as mulheres que sobreviveram à Fábrica Feminina e combateram as autoridades eram “ilegais”.
A memória da sua coragem e resiliência e resistência deveria ser honrada, e não traduzida na forma como somos hoje. Porque só quando reconhecermos o carácter único do nosso passado – o nosso passado indígena e o nosso orgulhoso passado de condenados – é que a nossa nação alcançará verdadeira independência.
*John Pilger proferiu esta intervenção no 200º aniversário da Fábrica Feminina de Parramatta, uma prisão na colónia australiana da Grã-Bretanha para onde mulheres condenadas, oriundas sobretudo da Irlanda e de Inglaterra, eram enviadas no início do séc. XIX. www.odiario.info
Por volta das 19h da tarde desta quinta-feira, a Polícia de Segurança Pública foi alertada para um "foco de desordem" na praia de Carcavelos onde estavam envolvidas mais de 100 pessoas
Em causa esteve, conforme apurou o Notícias ao Minuto junto de fonte do Comando da PSP de Lisboa, um desentendimento entre um grupo de jovens que depois ganhou outra proporção.
Nas proximidades estavam já agentes da PSP de prevenção como é habitual nesta época do ano, mas foi necessário reforço policial. Deste modo, acrescentou a mesma fonte, foi possível "cessar a inquietude e repor a tranquilidade".
Evidenciando proatividade, a força de segurança direcionou depois elementos da PSP para reforçar o policiamento nas estações de comboios de Carcavelos, Oeiras, Algés e Cais do Sodré, "já que a maior parte do grupo se iria deslocar de comboio". Deste modo "foi garantida a segurança".
Não foram efetuadas detenções no âmbito desta operação policial.
Saliente-se que várias pessoas no local gravaram imagens do incidente e partilharam-nas nas redes sociais.
Filipe Diniz Especulação imobiliária Merece ser lido o livro The Assassination of New-York (Verso, 1993). O autor é um norte-americano progressista, Robert Fitch, e o que estuda é o processo de reconfiguração da cidade sob o comando directo do grande capital (os Rockefeller, os Carnegie e outros, e o exército dos seus homens de mão). Trata-se de exponenciar o valor do solo urbano pela alteração radical do seu uso, e Fitch sintetiza-o numa fórmula lapidar: «O planeamento urbano é a coordenação do monopólio do solo.» Significativamente, esse processo data não das últimas mas das primeiras décadas do séc. XX. Especificamente do Plano Regional de Nova Iorque e Arredores, de 1929. Tem quase um século. O que se planeia é a expulsão da indústria e a desactivação da actividade portuária daquele que era, na altura, o maior porto do mundo. Para nos terrenos assim desocupados construir milhões de metros quadrados em torres destinadas ao sector terciário (ao CBD) e à habitação de luxo. Porque se evoca aqui esse estudo? Porque os traços que identifica são reconhecíveis por exemplo da região de Lisboa: a desindustrialização, a contracção das áreas portuárias, a constante pressão para a mudança de uso de solos ocupados pelo sector secundário e pela rede da ferrovia pesada. Os resultados que Fitch identifica em Nova Iorque (enorme perda de postos de trabalho, empobrecimento e expulsão das camadas populares, perda de diversidade e vitalidade da base económica da área metropolitana) são há muito visíveis no polo central da AML. E são acompanhados de uma chocante prosperidade da especulação imobiliária. Agora que alguma imprensa descobriu a especulação imobiliária a propósito de um caso concreto, seria altura de recolocar o quadro geral que a ela conduz www.avante.pt