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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

08
Ago18

A praia - poesia de António Garrochinho

António Garrochinho

A praia

dêxem tude em stand bái
que munto tempe nã hái
pra muntas preocupaçõns
o melhór é tár da práia
na espuma de cambráia
a refrescár os colh##&
esta vida são dôs dias
e se nã temos alegrias
a gente mórre ressequides
nada melhor que passear
na arêa à beira mar
nas ondas os pés lambides
despôs ao chegar a casa
com as costas em brása
com borréfas a doêr
é dêtar de cú pra cima
qué uma boa medecina
até que venha o amanhecêr.




António Garrochinho


08
Ago18

VAMOS LÁ A PÔR OS PONTOS NOS (IS)

António Garrochinho




NUNCA ME COLOQUEI DE LADO QUANDO SE TRATA DE EXIGIR RESPONSABILIDADES A MINISTROS, SECRETÁRIOS DE ESTADO OU DEPUTADOS QUANDO AS EVIDÊNCIAS E A CULPA É MAIS QUE MUITA EM OCORRÊNCIAS DE CALAMIDADE, CORRUPÇÃO ETC

AGORA DESCONFIO DE MUITOS QUE APARECEM POR AQUI A QUEREM QUE ROLEM CABEÇAS.

HÁ GENTE MENTECAPTA OU ENTÃO MAIS PAPISTA QUE O PAPA E ALINHA COM A DIREITA NO CHORRILHO QUE PEDE DEMISSÕES.

SÃO UTENTES DAS REDES SOCIAIS , SÃO ACTORES E ACTRIZES A QUEREREM VENDER E APARECER E SÃO PIRÓMANOS IDEOLÓGICOS QUE APROVEITAM A VAGA DE INCÊNDIOS PARA VOMITAREM O ÓDIO À ESQUERDA.

QUANDO FALO DE ESQUERDA FAÇO-ME ENTENDER JÁ QUE O PS NA MINHA OPINIÃO NÃO É NUNCA FOI DESSA CORRENTE POLÍTICA.

MESMO NÃO SENDO APOLOGISTA DAS POLÍTICAS DO PS , ISSO NÃO ME DÁ O DIREITO DE SER ESTÚPIDO AO PONTO DE APONTAR RESPONSABILIDADES A QUEM NÃO AS TEM NESTA CATÁSTROFE MAIS PROPRIAMENTE NOS INCÊNDIOS DE MONCHIQUE E SILVES.

CERTO É QUE TODOS OS (DES)GOVERNANTES AO LONGO DE DÉCADAS TÊM DESCURADO E NÃO APLICARAM MEDIDAS DE PREVENÇÃO QUE BEM PODIAM EVITAR TANTA DESGRAÇA MAS ISSO SENDO VERDADE NÃO SE APLICA A TODAS ESTAS SITUAÇÕES ACTUAIS.
TENHO DEDICADO MAIS ATENÇÃO À GUERRA DE ACUSAÇÕES DOS SENHORES RESPONSÁVEIS PELA PROTECÇÃO CIVIL

SIM ! ISSO É VERDADE ! OS INTERESSES, OS NEGÓCIOS, OS GOVERNANTES FORAM E CONTINUARÃO A SER DEMAGÔGOS E MENTIROSOS SOBRE ESTA TEMÁTICA MAS PEGAR NA LÍNGUA COMO UMA CATANA E FALAR SEM QUALQUER TINO É FAZER O JOGO DO FASCISMO INOCENTE OU CONSCIENTE.

QUEM SABE QUALQUER DIA QUANDO HOUVER MESMO RESPONSABILIDADE DIRECTA DE QUALQUER POLÍTICO, TUDO SE CALE E A ONDA DRAMÁTICA DOS INCÊNDIOS DÊ LUGAR A OUTROS HISTERISMOS SEM NEXO.


António Garrochinho
08
Ago18

ÁS VEZES CALAMOS COISAS E NÃO AS CALAMOS POR COVARDIA.

António Garrochinho

ÁS VEZES CALAMOS COISAS E NÃO AS CALAMOS POR COVARDIA.
POR COVARDIA OU POR OUTRO QUALQUER JOGO DE PREFERÊNCIAS SEJAM ELAS PESSOAIS OU IDEOLÓGICAS.

O ENTENDIMENTO DOS ASSUNTOS DO DIA A DIA INEXPLICAVELMENTE TORNOU-SE RUDE E VIOLENTO E SENDO QUASE INSUPORTÁVEL LEVA-NOS A FAZER CONTAS AOS AMIGO(A)S E CAMARADAS QUE TEMOS E QUE NOS MERECEM TOTAL CONFIANÇA.

NÃO QUEREMOS E NÃO NOS PODEMOS ISOLAR DEIXANDO O CAMINHO ABERTO ENTREGANDO O "OURO AO BANDIDO"
SOU DOS QUE GOSTAM DE FRONTALIDADE E DA VERDADE.

NA ESMAGADORA DAS VEZES, O QUE PENSO, ESCREVO ! E MESMO ASSIM FICO DESCONTENTE POR NÃO PODER DIZER OS "PÓZINHOS" QUE POR VEZES RESTAM DAS REFLEXÕES OU DO DEBATE.

NEM TODA A GENTE TEM O MESMO "FÍGADO" PARA "PELEJAR" NO BOM SENTIDO DO TERMO, AQUI NAS REDES SOCIAIS.

HÁ TAMBÉM QUEM ACHE QUE NÃO DEVEMOS DEBATER AQUI NO "BLOGUER" OU NO "FACEBOOK"
NESTE CASO CONCORDO COM ALGUMAS COISAS E NÃO NA TOTALIDADE JÁ QUE O DEBATE NÃO TEM FORÇOSAMENTE QUE SE ESCONDER E NÃO É TÃO ABRANGENTE SE FOR LIMITADO

SE NÃO QUISESSE SER SINCERO NÃO ABORDAVA AQUI ESTE TEMA, MAS COMO JÁ DISSE ATRÁS SOU FRONTAL E PENSO QUE HONESTO.

A SOMA DO QUE DEFENDO JÁ ME TEM DADO DISSABORES, INTERROGAÇÕES E DESILUSÕES E ISSO É PROVA QUE AS IDEIAS E A CONFRONTAÇÃO DAS MESMAS É SALUTAR E INEVITÁVEL.

NUNCA IREI ALTERAR A MINHA POSTURA E A MINHA MANEIRA DE SER.

QUANDO FOR POSSÍVEL A CONVERSA FÍSICA TUDO BEM !

NO VIRTUAL CONTINUAREI A DISSECAR E A ANALISAR JUNTAMENTE COM QUEM ME ACEITA E RESPEITA.
UM ABRAÇO A TODOS OS MEUS AMIGO(A)S E CAMARADAS.


António Garrochinho

08
Ago18

O português que resgatou refugiados no Mediterrâneo é acusado de ajuda a imigração ilegal

António Garrochinho






Aos 25 anos, depois de estar no Mediterrâneo a resgatar milhares de pessoas vindas de vários países, o português Miguel Duarte foi notificado oficialmente pelo Ministério Público italiano. Na nota, enviada no final do mês passado, informavam-no de que estava sob investigação por auxílio à imigração ilegal.
Não foi completamente apanhado de surpresa, já que um ano antes, a 2 de Agosto, o Governo italiano apreendeu o navio onde Miguel Duarte fazia voluntariado, o Iuventa, da Jugend Rettet, organização alemã responsável pelo resgate de 14 mil pessoas desde 2016 juntamente com outras organizações não governamentais (ONG).


O português, que neste momento está a completar o doutoramento em Matemática no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, tornou-se um dos dez tripulantes do Iuventa que agora se vêem no meio de um ataque às organizações que salvam refugiados embarcados na Líbia em direcção à Europa. Além deles, mais 12 pessoas de outras organizações estão acusadas do mesmo crime, acrescenta a Jugend Rettet.
A Jugend Rettet foi uma das ONG (entre uma dezena que actuaram no Mediterrâneo) que se recusaram a assinar um código de conduta proposto por Roma. 

O código sugeria, por exemplo, que cada embarcação tivesse um polícia armado a bordo, que estivessem sempre localizáveis e que não entrassem em águas territoriais líbias. Por considerar que o código iria dificultar o trabalho de uma entidade cuja prioridade é salvar vidas, a Jugend Rettet sugeriu revê-lo e estabelecer um diálogo com um mediador neutro, como a Organização Marítima Internacional da ONU. 

Foi recusado.
O procurador de Trapani, na Sicília, que fez a acusação, disse, na altura, que a investigação não tinha ligação à não assinatura do código, mas afirmou à Reuters ter provas “de encontros entre traficantes, que escoltaram imigrantes ilegais até ao Iuventa, e membros da tripulação”.
Miguel Duarte refuta. “Não temos relação alguma com traficantes líbios, não comunicámos nem tentámos comunicar com eles nem eles connosco”, comenta em entrevista ao PÚBLICO. Nunca se cruzou com um traficante e diz mesmo que duvida de “que algum” deles “se pusesse num barco daqueles”. “É uma acusação política, basta ver que toda a campanha eleitoral em Itália foi anti-imigração e anti-ONG de resgate. Disseram-se as maiores barbaridades para incutir medo nas pessoas. Foi a forma que a Itália arranjou de nos travar — estamos sem operar há um ano. Já muita gente terá morrido — o que seria evitável.”
Aliás, nota, todas as operações de resgate foram feitas em coordenação com o Centro de Coordenação Marítima de Roma (CCMR), a agência do Governo italiano responsável por coordenar aquela zona: “Não se passa nada que eles não saibam.”
Miguel Duarte está a ser assistido por um advogado italiano e a ONG “tem recolhido contribuições para um fundo legal que deverá” pagar os custos do processo.


Treino em Malta


Mas o que leva um português a voluntariar-se para uma ONG alemã com a missão de resgatar refugiados? Depois de acabar o mestrado no Verão de 2016, e com vontade de fazer ajuda humanitária, Miguel Duarte soube, através de amigos alemães, desta entidade que estava a arrancar actividade. Candidatou-se, entrou e “não pensou duas vezes” quando percebeu que podia aceitar fazer parte da tripulação.Fez a primeira missão, com a duração de três semanas, em Outubro de 2016, começando “numa espécie de quartel-general” em Malta onde era dada formação e treinos à equipa. Ali aprendiam pilotagem ou como dar resposta a vários tipos de problemas de emergência (como abordar alguém que está em pânico, como tirar pessoas inconscientes da água, como fazer reanimação...).

Iuventa, antigo navio de pesca relativamente pequeno, tinha capacidade para uma média de 100 pessoas a bordo. “Em situações mais dramáticas, acabámos por ter umas 500, o que é desaconselhado, mas só o fizemos porque havia risco de afogamento”, explica. Que saiba, isso aconteceu apenas duas vezes — e numa delas ele estava a bordo.  

O jovem português pertenceu à equipa do speed boats, “que fazem o primeiro contacto e distribuição dos coletes de salva-vidas e tiram as pessoas do perigo” que estão a viver no mar. 

O seu papel era estar na proa do barco a estabelecer contacto com os migrantes: “É preciso ter alguma facilidade de comunicação e sensibilidade para perceber o estado de espírito das pessoas. Porque muitas vezes estão em pânico e é difícil seguirem as nossas ordens. Mas é absolutamente necessário que o façam. É uma situação muito stressante, correm perigo de vida a todo o momento: vêm em barcos de borracha com 150 pessoas e basta um passo em falso para o barco rebentar e irem para dentro de água. 
Aí é uma catástrofe, não temos capacidade de tirar as pessoas rapidamente.”
Isso chegou a acontecer perto das águas nacionais líbias. Em Junho de 2017, o mar esteve calmo durante duas semanas. Chegavam milhares de pessoas por dia. “Entre nós e outras ONG, não tínhamos capacidade para responder. A 26 de Junho o navio da Save the Children pediu-nos auxílio e quando chegámos ao local encontrámos cinco barcos de madeira, o mais pequeno com 200 pessoas e o maior com 700 pessoas — estes barcos são um terror, porque viram com muita facilidade. 

Os nossos pequenos navios não tinham capacidade para responder. Fomos dando resposta a situações mais urgentes: crianças, mulheres grávidas, pessoas com queimaduras por causa da gasolina de má qualidade misturada com água salgada que arranca a pele, pessoas que chegam em muito mau estado de saúde... O que fizemos foi contactar o CCMR e tentar que fossem accionados todos os meios. Mesmo assim perdemos várias pessoas.”
Resgatou muita gente da Nigéria, cristãos a fugir da guerra com o Boko Haram, pessoas a fugir da guerra do Sudão do Sul e da ditadura da Eritreia e até um barco com 25 crianças sírias. “Até começar a primeira guerra civil da Líbia, em 2011, Muammar Kadhafi mantinha as fronteiras abertas para trabalhadores da África subsariana virem para a Líbia, quando a guerra estalou, os imigrantes foram os primeiros a fugir. Desde essa altura a Líbia ficou muito pior. Vimos pessoas com todo o tipo de marcas pelo corpo, são torturados, fogem da escravatura.”

Não sabe ao certo quanto paga cada pessoa para entrar no barco, mas ouviu falar “de valores entre 500 e 600 euros por pessoa”. Isto é “um negócio milionário”.

“Pressão psicológica”

Ao todo, Miguel Duarte esteve em quatro missões, cada uma de três semanas: “Não deixavam fazer muitas seguidas, por causa da pressão psicológica. Temos reuniões de stress pós-traumático, antes e depois das missões.”
Nos intervalos, passou dois meses na Grécia a trabalhar com a Plataforma de Apoio aos Refugiados portuguesa, esteve nos campos da Turquia e ainda foi a Veneza fazer reparações no navio.

Analisa: neste momento, parece existir “uma conjugação” para que os resgates no mar por ONG acabem. “A Sea-Watch, pioneira no resgate, está impedida de sair por irregularidades no registo do navio; o Lifeline ficou preso em Malta, o Aquarius está impedido de aportar em Itália e Malta, e dois pequenos aviões de busca estão impedidos de levantar voo. Não existem observadores, não sabemos quantas pessoas estão a afogar-se.” Quanto à acusação de que as ONG incentivam o fluxo de migrantes, diz que não existe nenhum estudo que o prove: “Há muitos estudos académicos que dizem o contrário.”
De qualquer forma, afirma que a ONG para a qual trabalha não se vê a si própria como “solução para o problema”, mas sim “uma espécie de penso rápido”, “uma resposta de emergência à falta de actuação dos governos europeus”. “Fazemos o resgate porque não queremos deixar as pessoas morrer.

O essencial é que se criem condições para as pessoas viverem nos seus países — mas, enquanto isso, é necessário garantir às pessoas que “podem vir de maneira digna e segura para a Europa quando requerem asilo”.  
Por enquanto, está a fazer o doutoramento, mas quer continuar a participar. “Sou uma pessoa privilegiada a viver num país em paz há muito tempo. Foi-me oferecido tudo para ter uma vida confortável. 

Quando estava a tomar consciência global, estalou a crise. Pensava: ‘Sou jovem, tenho capacidades físicas e mentais, não tenho nada que me limite.’ Por isso tenho responsabilidade de fazer alguma coisa. 

Quero participar e não ficar a observar.”


www.publico.pt


08
Ago18

Situação muito perigosa em Silves e EN 124 cortada nos dois sentidos - O fumo invade já as praias num cenário dantesco (vídeo)

António Garrochinho


Situação muito perigosa em Silves e EN 124 cortada nos dois sentidos

A situação do incêndio em Silves alterou-se dramaticamente nas últimas horas. Fotos e relatos vindos das freguesias de Silves, São Marcos da Serra e  São Bartolomeu de Messines dão conta de uma situação de fogo descontrolado em vários locais, habitações em risco e pessoas a serem retiradas das suas casas.














Entretanto, foi encerrada a Estrada Nacional 124, entre Messines e Silves, nos dois sentidos.
Na freguesia de Silves, nas zonas de Pinheiro e Garrado, os meios aéreos estão a atuar, bem como os bombeiros e outros operacionais, enquanto a GNR procede à retirada dos moradores.
Já nas freguesias de São Marcos da Serra e São Bartolomeu de Messines, as populações estão em alerta, com as imensas e assustadoras nuvens de fumo que precedem o fogo.
www.terraruiva.pt

VÍDEO de Filomena Leite de Castro in facebook




08
Ago18

O crime compensa

António Garrochinho


Fotograma do filme da série "Guerra das Estrelas"
Férias de verão.

Quase coincidindo com o anúncio de um lucro no primeiro semestre de 194 milhões de euros - para o qual contribuiu a saída de 418 dos 8321 trabalhadores (5%), um agravamento das comissões aos clientes e encerramento de balcões - a administração do maior banco nacional e público, com Paulo Macedo como presidente da comissão executiva, denunciou o acordo de empresa, com vista a adaptá-lo à concorrência privada. 

Refere-se na nota enviada aos trabalhadores:  
"Num mercado fortemente concorrencial, e considerando as características dos Acordos de Empresa em vigor na CGD, torna-se vital e urgente rever as suas condições, aproximando-as das que vigoram na generalidade do sector". "A melhor forma de promover as alterações que se impõem no actual AE é através da figura jurídica da denúncia", lembrando - avisando - que existe um prazo limite para se alcançar um acordo. "Há, pois, que fazer um esforço de diálogo, no sentido de aproximar o AE da CGD ao da restante banca, evitando assim uma situação de desvantagem concorrencial". Apesar de alertar que não haverá vazio legal - um acordo substituirá o outro até 2020, caso haja acordo - a tabela salarial continuará a ser negociada autonomamente, à semelhança dos restantes bancos.

E para tal, usa-se até o argumento mais estafado contra acordos colectivos, agitado igualmente pelo Governo PSD/CDS em 2011/2015 para, precisamente, torpedear e arrasar a contratação colectiva quase a zero: o último acordo é 2003, o qual já reavaliou o de 1990. Está tudo muito antigo...

Os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo CGD já marcaram uma greve para 24 de Agosto e desmentem os argumentos de receberem demais, trabalharem de menos, terem uma carreira absurda, com prémios de antiguidade, anuidades luxuosas, categorias a mais, acesso a crédito à habitação demasiado fácil e demasiado tempo livre.

Fica claro que, quanto menores os custos salariais, isso tem um feito imediato na diminuição dos custos operativos. Mas isso não diz muito sobre uma maior eficiência a prazo ou aumento sustentado produtividade de cada um dos que ficam. Mais: Uma banca pública tem obrigação de ser uma referência para o mercado, tanto nas práticas comerciais, como no ambiente laboral. E não o contrário. Se o mercado é selvagem, a CGD não tem de se transformar em mais um selvagem. Mas isso seria outra filosofia na cabeça de cabeças envelhecidas. E não o fazendo, aproximando-se cada vez mais do sector financeiro privado, servirá a ideia de "para quê ter um banco público se faz o mesmo que um banco privado"? 

Acrescente-se que as remunerações dos membros de administração têm uma componente fixa e outra variável (ver aqui aqui, pag.683). A componente variável, depende: dos resultados do banco, do rácio entre os custos operativos e o produto bancário; do grau de consecussão dos objectivos traçados; e do contributo para a imagem e reputação da CGD. Ou seja, quanto menores os custos, menor o rácio e maior a componente variável, ainda que não possa ultrapassar a componente fixa. Pelo menos, para já. E quem vai fazer a avaliação da imagem da CGD? O Governo? 

E nem se está a falar de valores. Caso se queira ir por aí, poder-se-ia acabar com a senha de presença nas reuniões comissão de remunerações (criada a 31/8/2016). A comissão tem funções de preenchimento de vagas dos órgãos sociais e definir a sua remuneração. Mas por cada reunião, o seu presidente recebe... 5500 euros e os seus vogais 5 mil euros. Apesar da comissão reunir de forma ordinária trimestralmente, há um limite de dez reuniões anuais. Esta também deve ser uma prática da concorrência privada... 

Resumindo: não está provado que "a concorrência" faça melhor que a CGD. Não está provado que baixando os custos salariais dos trabalhadores se melhorará a prática da CGD. Não está provado que ser um selvagem entre selvagens é necessariamente uma melhor prática económica e social. Mas fica provado que rever o acordo de empresa, contribui para melhorar as remunerações variáveis dos seus administradores. 


08
Ago18

O guarda-redes mais caro do mundo tem 23 anos e é espanhol

António Garrochinho




Kepa Arrizabalaga pagou cláusula de rescisão ao Athletic de Bilbau



Está por horas o anúncio de Kepa Arrizabalaga como novo guarda-redes do Chelsea, de Inglaterra, e por conseguinte no mais caro da história do "desporto rei", ultrapassando os €70 milhões pagos há poucas semanas pelo Liverpool à AS Roma pelo brasileiro Alisson.
O internacional espanhol, de 23 anos, foi visto terça-feira à tarde no aeroporto de Madrid, com os meios de comunicação a especular que estaria já a caminho da capital britânica.
"É um guarda-redes muito jovem, mas muito, muito bom" 
Maurizio SarriTreinador do Chelsea FC
Esta quarta-feira, por volta do meio dia, o Athletic de Bilbau confirmou o pagamento pelo jogador da cláusula de recisão inscrita no respetivo contrato, no valor de €80 milhões de euros.
A contratação iminente de Kepa pelo Chelsea permite ao clube inglês libertar o belga Thibaut Courtois, de 26 anos, que é desejado pelo Real Madrid.
O treinador italiano Maurizio Sarri, que este verão substituiu o compatriota Antonio Conte nos "blues", foi confrontado terça-feira com a eventual mudança na baliza do Chelsea.
O treinador não desevendeu o andamento das negociações, tanto da aquisição de Kepa como da saída de Courtois, mas teceu rasgados elogios ao espanhol: "vi-o jogar quando eu ainda estava no Nápoles e a minha primeira impressão foi de que ele é um guarda-redes muito bom. Muito jovem, mas muito, muito bom."
Kepa esteve muito perto de se transferir para o Real Madrid em janeiro, mas na altura o ainda clube de Cristiano Ronaldo preferiu não mexer na estrutura de guarda-redes e poupar os €20 milhões que na altura estavam inscritos na cláusula de rescisão do guarda-redes espanhol.
Pouco depois do recuo dos "merengues", o Atheltic Bilbau anunciou a renovação de contrato com Kepa até 2025, aumentando a clásula de rescisão para os €80 milhões de euros agora recebidos pelo clube basco, com participação do Chelsea.
O clube de Stamford Bridge está também prestes a anunciar a contratação de Mateo Kovacic. O médio croata, de 24 anos, pretendia deixar o Real Madrid para ter mais minutos de jogo e os "merengues2 acederam a emprestá-lo por um ano ao Chelsea, mas sem opção de compra.
O negócio acontece a pouco mais de 24 horas do fecho do mercado em Inglaterra, com outros grandes negócios na iminência de serem anunciados, nomeadamente a saída do francês Paul Pogba do Manchester United, com Barcelona e Juventus alegadamente interessados no recém-campeão do Mundo.

VÍDEO


pt.euronews.com
08
Ago18

VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA - DOMINGOS GONÇALVES (RADIO POPULAR BOAVISTA) VENCE A ETAPA ISOLADO

António Garrochinho





O boavisteiro detentor dos títulos nacionais de estrada e contrarrelógio chegou isolado a Boticas, com o portista Raúl Alarcón a manter a camisola amarela.
Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) venceu a sexta etapa da Volta a Portugal, que ligou Sernancelhe a Boticas. Quanto à luta pela classificação geral, Raul Alarcón (W52-FC Porto) segurou a camisola amarela. O ciclista portista continua a dispor de uma vantagem de 52 segundos sobre Joni Brandão (Sporting-Tavira), que segue na segunda posição.
A montanha nas proximidades de Boticas foi palco de um forte ataque de Joni Brandão, mas na sua roda seguiram Raúl Alarcón, Vicente de Mateos, Edgar Pinto e Xuban Errazkin, juntando-se pouco depois João Bento, tendo a subida sido feita com os seus primeiros classificados da geral na frente.
As marcações entre os favoritos acabaram por permitir a recolagem do grupo seguinte, do qual saiu Domingos Gonçalves, já na descida, com o seu forte ataque a permitir-lhe vencer a etapa e subir ao nono lugar da geral.
www.ojogo.pt
08
Ago18

DESPEDIDAS DA FÁBRICA E COM OS PERTENCES À PORTA NUM CAIXOTE

António Garrochinho



Cerca de 30 trabalhadores receberam ontem a carta de despedimento e tiveram de recolher os pertences pessoais deixados em caixotes, por um outro funcionário, à porta da fábrica de confecções Sandrei - Celeste e Jordão, Lda., na Zona Industrial do Socorro, em Fafe.
À chegada à fábrica, após mais um fim de semana, os trabalhadores constataram o que já desconfiavam há algum tempo. "Já contávamos com esta surpresa... Tínhamos dois meses de salários em atraso, mas havia muito trabalho. Vamos embora com falta de dinheiro, mas não de trabalho", disse Ana Maria Barros, que há quase 28 anos trabalhava para a empresa e que, agora, se vê mergulhada numa situação de desemprego.


www.jn.pt

08
Ago18

DE VEZ EM QUANDO É PRECISO LEMBRAR ....

António Garrochinho



DE VEZ EM QUANDO É PRECISO LEMBRAR DO QUE É "FEITO" O "CDS" vulgo Caguem Dentro da Sanita

ESTAS FORAM DECLARAÇÕES DO FASCISTA DA FOTO NAS COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL (QUE ELE, COMO É OBVIO NÃO COMEMOROU NEM COMEMORA)

O QUE ELE COMEMORA É A LIBERDADE DE PODER FALADRAR LIVREMENTE COISA QUE O SEU "AMOR" O SALAZAR NÃO PERMITIA.

No dia da Liberdade, recordemos o que disse o Vice-Presidente da concelhia de Lisboa do CDS, Abel Matos Santos, a propósito do 25 de Abril:
- "O que comemoram eles? Ah, já sei! É a liberdade. A liberdade de abortar, de mudar de sexo de manhã e à tarde."

O desgosto que o dirigente do CDS tem para com o 25 de Abril contrasta directamente com a admiração que tem por Salazar, por quem teceu comentários bem mais elogiosos:
- "A verdadeira santidade e grandiosidade de Salazar foi não ter liquidado ninguém, quando o podia ter feito."
- "A ver na RTP Memória [...] imagens de quando Portugal era um país a sério e governado por gente a sério."

E sim, isto são mesmo declarações reais de um alto dirigente do CDS, prestadas numa entrevista dada a Fernando Esteves.



Página Numa Rede Social

08
Ago18

VEJA AQUI VÍDEOS DE COMPETIÇÕES DE BMX

António Garrochinho

4 vídeos, estilos e competições de BMX

Incluso no BMX freestyle existem diversas subdivisões, que levam em consideração o local e a forma como as manobras são executadas. Os vídeos a seguir englobam quatro entre as mais populares: street, flatland, vert e park, exibindo finais de diferentes competições espalhadas pelo mundo. 

BMX Cologne 2018 - Finais/Street 



Bike Days 2018 - Finais/Flatland (Dustyn Alt) 



X Games 2018 - Finais/Vert 


FISE World Edmonton 2018 - Finais/Park 







www.zonadoguaxinim.com.br

08
Ago18

História da carne de sol

António Garrochinho

Para tentar relatar a história da carne-de-sol em nosso site, tivemos como base o livro “A História da Alimentação no Brasil”, do mais importante pesquisador do folclore e dos costumes populares brasileiros, o norte-rio-grandense, Luís da Câmara Cascudo. Segundo Cascudo, a carne-seca pela exposição solar é pré-histórica, mas posterior à exposição ao fogo. 


A primeira carne secou sendo aproximada do fogo e não do calor solar. No Brasil dos primeiros séculos a menção é mínima. Evreux fala que no Maranhão secavam peixes ao sol. A maioria absoluta era ao moquém. Para o folclorista, não parece que a “nossa carne-do-sertão, carne-de-vento, carne-de-sol” habitual nos sertões tenha sido uma influência indígena. 

O português possuía a tradição de secar ao sol frutas, notadamente peixes e sequeiros de bacalhau. Do peixe passou às carnes, utilizando a mesma técnica. Nasceria esta na orla do mar, entre pescadores, conservando o pescado para revendê-lo para o interior. 

O sol do Brasil, que justificaria o processo, não o determinou para os indígenas. Apesar de uma ou outra informação fortuita, o indígena não salgava carnes e peixes para conservá-los. Era condimento raro. 
O mesmo ocorria na Ásia, África, Polinésia, e Melanésia. 

Salgar seria elemento do ciclo da agricultura, imposto pela deficiência do cloreto de sódio nos cereais. 

Assar a carne em cima da fogueira, atravessando-a pela vara; espeto, e o fogo aceso sobre a laje, teria sido, evidentemente o primeiro fogão, cozinha e aquecimento. 

A provisão mais vulgar do Brasil é a carne-seca, de sol, de vento ou do sertão, do Ceará, charque, jabá, carne de gado, salgada, exposta ao sol e vento brando, e com alguma duração (*). 
A forma tradicional portuguesa, além do fumado que se destinava às peças isoladas, em quantidades reduzidas, era a salga com salmoura… dali tragian muitos gaados mortos que salgavam em tinas, informava Fernão Lopes (Crônica de D. João I, 1, CXV). As mais antigas referências são do século XVII. Constituem uma base normal para a alimentação coletiva em todo o país. Arribando à Bahia, agosto a outubro de 1610, Pyrard de Laval elogiava sem restrições: “É impossível terem-se carnes mais gordas e tenras e de melhor sabor. 

Verdade é que são os mais belos e os maiores bois do mundo. Salgam as carnes, cortam-nas em pedaços bastante largos, mas pouco espessos, quando muito dois dedos de espessura, se tanto. 
Quando estão bem salgadas, tiram-nas sem lavar, pondo-as a secar ao sol; quando bem secas, podem conservar-se por muito tempo, sem se estragar, contanto que fiquem secas (…)”. 

Martius em 1818, informava: “A carne cortada em tiras estreitas, esfregada com sal e seca ao sol, é um importante artigo de comércio dos portos de São Paulo e Rio Grande do Sul para os portos do Norte, sobretudo para o Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Maranhão, onde, com o nome de carne-seca do sertão, paçoca ou carne charqueada constitui uma parte principal da alimentação de todo brasileiro, especialmente os escravos negros”. 
O Rio Grande do Norte e o Ceará disputaram a iniciativa de industrialização da carne-de-sol no Nordeste quando, sem nome especial, já nos finais do século XVII, iam barcas de Pernambuco aos rios Assu e Mossoró carregar “carne-seca de boi”. Semelhantemente ocorria no Ceará, ambas as Capitanias com salinas naturais e grande rebanho bovino. Em 1788 o Capitão General de Pernambuco, a quem as capitanias eram subordinadas, permitiu a indústria das carnes unicamente do Aracati para o Norte. 


O nome de carne-do-ceará popularizou-se. As antigas Oficinas de Mossoró e Assu ficaram como topônimos reveladores da atividade desaparecida no plano de extensão. Claro que essas “Oficinas” e a piauiense de Parnaíba decaíram. Já em 1780, um cearense, José Pinto Martins de família possuidora de fábricas de carne, instalou a sua à margem direita do rio Pelotas, no Rio Grande do Sul, criando a indústria que se desenvolveria. 
As repetidas secas, dizimando o gado, foram diminuindo a produção cearense enquanto a do Rio Grande do Sul prosperava incessantemente. Vinha a carne do Sul trazendo a denominação quíchua de charque, dominando o mercado nortista. Mais salgada, mais rija, menos cuidada. O gado era outro assim como os pastos. Todas as províncias nordestinas produzem carne-de-sol para o consumo local, embora sem satisfazê-lo. 
É tão indispensável, e talvez mais na simpatia sertaneja, que a própria carne verde, fresca. Servem-na sob as mesmas formas da outra, prestando-se a todas as iguarias e combinações. 
A típica é assada, comida logo depois de assar, com farofa, coentro verde e cebola, também com o pirão de leite ou feijão verde. Característica nos cozidos e feijoadas. 

Dá o gosto inconfundível. (*) A diferença entre a carne de charque do RS e as congêneres do Norte/Nordeste está na quantidade de sal durante a preparação e maior tempo na exposição solar. Dura, evidentemente, muito mais que a carne-do-sertão, de sol, etc., mas o sal lhe dá maior peso e menos digestão para o consumidor.





omeunordeste.blogspot.com
08
Ago18

VÍDEOS - VEJA A VELOCIDADE COMO UM URSO SOBE UMA ÁRVORE

António Garrochinho



Neste registro incrível e único, vemos como uma ursa-negra marrom -sua pelagem pode ser marrom, bege ou branca além da preta- protegendo ferozmente seu filhote enquanto ela persegue um outro urso em um alto pinheiro. A ação começa quando a mãe percebe o cheiro de outro animal próximo e imediatamente corre por uma colina íngreme para afugentar a ameaça. A velocidade com que ambos os ursos escalam a árvore é surpreendente.


Dizem que a melhor estratégia para evitar o encontro com um urso é fazer algum ruído, com um sininho, por exemplo. Já que Eles preferem fugir do que fazer contato com o ser humano. Mas se caso o contato acontecer, deve se cessar todo o ruído e deixar que ele siga naturalmente o seu caminho.

Como vimos, também não é uma boa estratégia subir em uma árvore para evitá-los, como aconteceu com Jeffrey Moffatt, em Alberta, no Canadá, em 2013. Para sua sorte era um urso jovem apenas xeretando e para maior sorte ainda a mãe não estava por perto.

Urso: - "Posso comer você!"

Homem: - "Nauuuum!"

Urso: - "É compreensível. Tenha um bom dia!"
Devido a sua perda de habitat e a consequente diminuição de sua rede de alimentação, não é incomum ver o conhecido baribal revirando latas de lixos em algumas localidades do norte dos EUA e Canadá. Se no vídeo anterior dá para sentir o cheiro de borrada nas cuecas, no próximo dá o mesmo com a testosteronice de um tipo que quis espantar um urso jogando cerveja nele e brandindo um garfo. Um caso exemplar de quando os filhos tem mais juízo que o pai.
Dizem que esta é uma coisa bem complicada na convivência com ursos. Ursos devem sentir medo das pessoas, para que fiquem a margem. Se deixam de sentir este medo, quando encontram pessoas, se tornam imprevisíveis máquinas de matar. Por isso é totalmente contra indicado dar alimentos apara eles, já que quando você faz isso, eles deixam de ter medo e podem atacar enquanto procuram por comida.


www.mdig.com.br
08
Ago18

08 de Agosto de 1588: A "Armada Invencível" espanhola é arrasada pelos ingleses

António Garrochinho


No dia 8 de Agosto de 1588, diante do porto de Gravelines (norte da França, no Canal da Mancha), o fogo e os canhões dispersam a frota espanhola que se destinava a conquistar a Inglaterra.

Isabel I, filha de Ana Bolena e fruto do segundo casamento de Henrique VIII, tinha sucedido em 1558 à sua meia-irmã Maria Tudor, nascida do primeiro casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão e casada por procuração com o rei da Espanha, o muito católico Filipe II.

Isabel era protestante. Os católicos ingleses e os do continente consideravam-na bastarda e herética. Para eles, a herdeira legítima do trono deveria ser Maria Stuart, a mal-afortunada e abatida rainha da Escócia, prisioneira de Isabel.

Conspirações realizadas com o objectivo de afastar Isabel do poder para substituí-la por Maria foram trazidas à luz pela polícia secreta de Sir Francis Walsingham, comprometendo, sem margem de dúvida, a rainha da Escócia. A sua execução em 1587 levou o rei espanhol Filipe II a pôr em marcha o que ele chamou de "Operação Inglaterra".

À querela religiosa somou-se a rivalidade entre a Espanha, potência já em decadência, e a Inglaterra, potência em ascensão.

Com o correr dos anos, o desenvolvimento do poderio naval inglês bateu de frente com os interesses espanhóis. Na Flandres, onde Filipe II tentava reprimir violentamente as incessantes revoltas dos holandeses, Isabel apoiava os insurgentes.

A Armada espanhola era um formidável conjunto de navios. No total, 130 barcos a compunham. Transportava cerca de 30 mil homens dos quais 19 mil soldados mais 300 cavalos e mulas, o equipamento necessário para sitiar cidades, um hospital de campanha, etc. O seu objectivo era de operar um desembarque na Inglaterra e marchar sobre Londres.

Esta força, sob o comando do duque de Medina Sidónia, deveria juntar-se àquela do duque de Parma, localizada na Flandres e composta por cerca de 18 mil homens aguerridos. Uma vez concluída a junção, a Armada deveria escoltar as chatas de Parma para a travessia do Canal da Mancha.

Para fazer face à ameaça, a Inglaterra dispunha de uma frota composta de navios da rainha e de navios mercantes fornecidos pelos oficiais da marinha real, pela cidade de Londres ou por simples voluntários, perfazendo um total de 197 navios e 15.835 homens.

Ao longo da noite de 7 para 8 de Agosto de 1588, enquanto a Armada ancorava os seus navios no Canal da Mancha, os ingleses a atacam com barcos carregados de explosivos e de materiais incendiários infiltrados entre as naves inimigas.

Esta manobra inesperada semeia o terror e um indescritível caos. A fim de escapar às chamas, os capitães ordenam cortar as amarras atando-as às âncoras. A frota espanhola  fica dispersa  no meio da escuridão. Ao alvorecer, o duque de Medina Sidónia empenha-se em reagrupar os seus navios.

É então que tem início, ao largo de Gravelines, o confronto final com os ingleses. Os espanhóis recebem o fogo do inimigo sem poder responder eficazmente. E para cúmulo da desventura, um forte vento sul empurra os navios em dispersão na direcção norte.

Na impossibilidade de reagrupar os 112 navios que lhe restava, sem notícia dos eventuais preparativos da parte do duque de Parma e das suas chatas de desembarque,  Medina Sidónia resigna-se  a retornar a Espanha pela única rota possível em vista das circunstâncias e os ventos: contornar a Escócia e a Irlanda e fazer velas em direcção a Espanha.

Desafortunadamente, o mar não foi nem um pouco clemente e muitos navios desapareceram na costa da Irlanda. Tripulantes sobreviventes foram massacrados pelos insulares. Apenas um punhado deles chegaram a rever a terra espanhola.
 Fontes: Opera Mundi
 wikipedia (imagens)

File:Invincible Armada.jpg
A Amada espanhola e as embarcações inglesas em Agosto  de 1588, pintor  desconhecido
File:Philip II, King of Spain from NPG.jpg
Filipe II de Espanha - Pintor desconhecido
File:Elizabeth I (Armada Portrait).jpg
Isabel I de Inglaterra - Obra atribuída a George Gower

08
Ago18

MAIS PREPARADO

António Garrochinho
E PRONTO !
HA MUITAS INTERPRETAÇÕES OU NÃO HÁ ?
ESTA AFIRMAÇÃO DE ANTÓNIO COSTA É NO MÍNIMO ......
António Costa : O incêndio de Monchique é a prova de que Portugal está hoje mais preparado para enfrentar os incêndios !


IGUAIS SÃO AS PALAVRAS DAQUELES TREINADORES DE FUTEBOL QUE PERDENDO O JOGO DIZEM QUE FICARAM MAIS PREPARADOS PARA O JOGO SEGUINTE.



AG
08
Ago18

08 de Agosto de 1709: Bartolomeu de Gusmão apresenta a D. João V uma demonstração com um balão de ar quente

António Garrochinho


Bartolomeu Lourenço de Gusmão, cognominado 
“O Padre Voador” nasceu na capitania de São Vicente, no Brasil. Sacerdote secular, cientista e inventor tornou-se famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou  “passarola” – mais conhecido na sua versão moderna, como balão de ar quente.


Cursou as primeiras letras no Colégio São Miguel em São Vicente. Prosseguiu os estudos na Capitania da Baía de Todos os Santos. Ingressou no Seminário de Belém, em Cachoeira, onde teve início a profícua carreira de inventor. Em1699, concluído a formação, Bartolomeu mudou-se para Salvador e ingressou na Companhia de Jesus, de onde saiu antes de ser ordenado, em 1701.
Viaja para Portugal, hospedando-se em Lisboa na casa do Marquês de Fontes, que se impressionara com os dotes intelectuais do jovem de 16 anos.


Em 1702, Bartolomeu retorna ao Brasil e dá início ao processo de ordenação sacerdotal. 


Em 1708, o já padre Bartolomeu embarca para Portugal, matriculando-se na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra. Abandona a faculdade a meio e  instala-se em Lisboa. Na capital pede patente para um “instrumento para se andar pelo ar” – que se revelaria mais tarde como sendo o aeróstato ou balão – concedida em 19 de Abril de 1709. 

O invento, divulgado por meia Europa em estampas fantasiosas, causou celeuma. Era retratado como uma barca com formato de pássaro, ficando conhecido como “passarola”. As primeiras ilustrações da Passarola tinham sido elaboradas por um filho do Marquês de Fontes, Joaquim Francisco, com a conivência de Bartolomeu. Aluno de matemática do padre,  era a única pessoa que tinha livre acesso ao recinto em que o engenho voador era guardado.


O monarca manifestou interesse nas  demonstrações de Bartolomeu de Gusmão. Em Agosto de 1709, o sacerdote fez perante a corte portuguesa cinco experiências com balões de pequenas dimensões construídos por ele: na primeira, realizada no dia 3 na Casa do Forte (Palácio Real), o protótipo utilizado incendiou-se antes de subir; na segunda, feita no dia 5 noutra dependência do palácio, o aeróstato elevou-se a 4 metros, quando começou a arder ainda no ar; na terceira, feita no dia 6 novamente na Casa do Forte, o balão, contendo no interior uma vela acesa, logrou fazer um voo curto, mas incendiou-se ao chegar ao chão; na quarta, feita no dia 7 no Terreiro do Paço, o balão elevou-se a grande altura, pousando lentamente minutos depois; no  dia 8 na Sala das Audiências, no interior do Palácio Real, o balão subiu até o tecto do aposento, descendo posteriormente com suavidade.


Em 3 de Outubro de 1709, na ponte da Casa da Índia, o padre fez nova demonstração do invento. O aparelho utilizado era maior que os anteriores, mas ainda incapaz de transportar um homem. A experiência teve êxito absoluto: o balão subiu bastante alto, flutuou por um tempo não medido e pousou sem problemas.
Cinco testemunhas registaram estas experiências: o cardeal italiano Michelangelo Conti, eleito papa em 1721 sob o nome de Inocêncio XIII, os escritores Francisco Leitão e José Soares, membros da Academia Real de História Portuguesa, o diplomata José Brochado e o cronista Salvador Ferreira.


Estas experiências, embora com a assistência de personalidades da época, não foram suficientes para popularizar o invento. Os pequenos balões exibidos, além de não terem sido encarados como inovação importante ou útil, por serem desprovidos de qualquer tipo de controlo - eram levados pelo vento. Foram considerados perigosos, pois podiam provocar incêndios. 

Estes factores não permitiram a construção de um modelo grande, tripulável.

Entre 1713 e 1716, viajou pela Europa. Registou na Holanda o invento de uma “máquina para drenagem da água alagadora das embarcações de alto mar”.  

Viveu em Paris, trabalhou como ervanário para sustentar-se.

O padre Bartolomeu de Gusmão voltou a Portugal, quando foi vítima de insidiosa campanha de difamação. Acusado pela Inquisição de simpatizar com cristãos-novos, viu-se forçado a fugir para a Espanha, no final de Setembro de 1724.

Segundo o testemunho que, mais tarde, João Álvares, um irmão mais novo, daria à Inquisição espanhola, Bartolomeu teria feito a conversão ao judaísmo, em 1722, depois de atravessar uma crise religiosa. 

O relato de João Álvares ao Santo Ofício, ainda que deva ser visto com cautela, mostra aspectos místicos, messiânicos e megalómanos do "padre voador".

Em Toledo, Bartolomeu adoece gravemente, recolhendo-se ao Hospital da Misericórdia, onde veio a falecer em 18 de Novembro de 1724. Antes de morrer, confessou-se e recebeu a comunhão, conforme o rito católico, e assim foi sepultado na Igreja de São Romão, em Toledo. 

Foram feitas, ao longo de décadas, várias tentativas para localizar a sua sepultura , o que só ocorreu em 1856. Parte dos restos mortais foi transportada para o Brasil e  encontra-se, desde 2004, na Catedral Metropolitana de São Paulo.

Bartolomeu de Gusmão figura como uma das personagens centrais de Memorial do Convento, romance de José Saramago.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Bartolomeu Lourenço de Gusmão, por Benedito Calixto, em quadro de 1902


Ilustração fantasiosa da Passarola de 1709


Bartolomeu de Gusmão apresenta os seus protótipos à corte de D. João V
08
Ago18

08 de Agosto de 1873: O poeta Paul Verlaine é condenado por tentar matar Rimbaud

António Garrochinho


 

No dia 8 de Agosto de 1873, um tribunal de Bruxelas emite o veredicto, condenando o poeta Paul Verlaine, 29 anos, a dois anos de prisão por ter disparado dois tiros contra Arthur Rimbaud, também poeta, 19 anos, seu amante havia dois anos. Para Verlaine era difícil suportar a perda do amor do seu companheiro. 

Um mês antes, num quarto de hotel de Bruxelas, Verlaine, alcoolizado e desesperado, disparava contra Rimbaud, uma bala atingindo o seu antebraço. 

Verlaine seria encarcerado na prisão de Petits-Carmes, enquanto Rimbaud publicaria Une saison en enfer. Na cela, Verlaine escreveu Sagesse , onde se pode ler estes versos que se tornaram célebres: Le ciel est, par-dessus le toit, / Si bleu, si calme ! / Un arbre, par-dessus le toit, / Berce sa palme.   
Em 27 de Agosto de 1874, o poeta beneficia de uma redução da pena por boa conduta e sai da prisão. 

Pouco depois, partiria para se encontrar com Rimbaud em Estugarda, onde o ex-amante trabalhava como preceptor. 
  
Verlaine nasceu em Metz em 30 de Março de 1844. Filho de uma família da pequena burguesia, fez os seus estudos em Paris. Nessa época, frequentava os cafés e os salões literários. Já Rimbaud nasceu em 20 de Outubro de 1854 em Charleville-mézières, nas Ardenas. 

O jovem Arthur era um aluno brilhante e pena talentosa. Revoltado contra a ordem das coisas, via na poesia um meio de fazê-las evoluir. 

Verlaine, que recebera os seus trabalhos, mostrou-se tocado pelos versos do jovem e  convida-o a ir para Paris. Rimbaud vai morar na casa de Verlaine, naquela altura casado. Em 1870 Verlaine casara-se com Mathilde Mauté mas o ano seguinte reserva uma  mudança radical na sua vida, ao encontrar-se com Rimbaud. 

Verlaine deixa a sua esposa e acompanha cegamente o jovem poeta pela Inglaterra e depois, Bélgica. Seguem-se dois anos de vida boémia, frequentando os bares do Quartier Latin. Os dois amantes viajariam juntos por Bruxelas e Londres. 
O relacionamento terminaria violentamente em 8 de Julho de 1873. 
Os últimos anos de Verlaine testemunharam a sua dependência de drogas, alcoolismo e pobreza. 

Ele viveu em bairros pobres e hospitais públicos, e passava os seus dias a beber absinto em cafés parisienses. Por sorte, o amor à arte dos franceses foi capaz de dar-lhe apoio e alguma ajuda financeira: as suas poesias antigas foram redescobertas, o seu estilo de vida e estranho comportamento perante as plateias atraíram admiração, e em1894 ele foi eleito "Príncipe dos Poetas". A sua poesia foi admirada e reconhecida como inovadora, servindo de fonte de inspiração para famosos compositores, como Gabriel Fauré, que transformou vários dos seus poemas em música, incluindo La bonne chanson, e Claude Debussy, que tornou música cinco dos poemas de Fêtes galantes. Paul Verlaine morreu em Paris em 8 de Janeiro de 1896. No dia seguinte ao seu enterro, os jornais estamparam um episódio curioso: na noite das suas exéquias, a estátua representando a Poesia no teatro da Ópera, apareceu sem um braço. 

Esse membro estava no chão, literalmente despedaçado, junto com a lira que segurava. Por esse exacto lugar, o carro fúnebre de Verlaine havia passado algumas horas antes. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

  

Paul Verlaine fotografado por Paul Marsan Dornac em 1892
File:Rimbaud.PNG
Rimbaud, com17anos, fotografado por Étienne Carjat
À volta da mesa, por Henri Fantin-Latour, 1872, Rimbaud é o segundo à esquerda, tendo ao seu lado direito Paul Verlaine


08
Ago18

PÃO PÃO QUEIJO QUEIJO

António Garrochinho

RETIRANDO OS FOGOS, O FUTEBOL DAS SAD(S) AS FACADAS DO "CORREIO DA MANHA", POR VEZES SINTO A SENSAÇÃO DE ESTAR A VIVER NO ESTRANGEIRO.

DE LÁ CHEGAM AS NOTÍCIAS PRINCIPALMENTE AS DAS AMÉRICAS RICAS, DE LÁ NOTICIAM-SE AS LUTAS, AS JUSTAS E AS INJUSTAS.

DE LÁ CONTINUAM A VIR OS "DREAMS" NÓRDICOS E OS GRANDES DESFILES, OS DA MODA, OS DA BANDEIRA COLORIDA, AS PARADAS MILITARES NAS GRANDES CIDADES.

POR CÁ TUDO COMO NO QUARTEL DE ABRANTES ! INVENTA-SE, MENTE-SE, E LAMENTA-SE O CALOR E A CARESTIA DE VIDA.

PARA OS QUE CURTEM A PRAIA HÁ UMA SATISFAÇÃO, O BRONZE, PARA EXIBIR NOS PRÓXIMOS DOIS MESES, OS QUE VÃO PARA JUNTO DAS RIBEIRAS E PRAIAS FLUVIAIS A GRANDE CURTIÇÃO DA SOMBRA E DA FRESCURA DA ÁGUA É ACOMPANHADA POR CENTENAS DE FOTOS EXIBINDO O PEIXE E A COSTELETA GRELHADA.

O PORTUGUÊS NÃO É EXIGENTE !

PRINCIPALMENTE O DA RAIA MIÚDA !

CONTENTA-SE COM POUCO E ISSO É BOM PARA OS QUE NÃO ESTÃO CONTENTES COM COISA ALGUMA E ASSIM SE APROVEITAM PARA AUMENTAR O PECÚLIO.

OLHA ! TÁ O COSTA A FALAR DOS FOGOS !
QUEBROU AGORA A MUDEZ !
CLARO ! O MARCELO É UM CONCORRENTE SÉRIO NO POPULARISMO E AO MENOS AO COSTA RESTA-LHE A "GERINÇONÇA" E A DÁDIVA DA "PARVOÍCE" DO RIO QUE OPTOU PELA ESTRATÉGIA DO ABRAÇO ATÉ ARRANJAR LUGAR FATAL PARA ESPETAR A FACA.



António Garrochinho
08
Ago18

AS ESTATÍSTICAS

António Garrochinho
SE TIVERES SORTE, SE NÃO TIVERES MAIS DE QUARENTA ANOS E PERTENCES AOS DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO "PODES" DEIXAR DE CONSTAR NA LISTA DOS SEM TRABALHO.
PASSAS ENTÃO A TRABALHO ESCRAVO ! OU COMES DO QUE TE DÃO OU RUA !

TRABALHAS UNS MESITOS COM SORTE, E DEPOIS ÉS JOGADO NO LIXO COMO CARTÃO DESCARTÁVEL.

É ASSIM QUE SE ACENTUA E APLICA A EXPLORAÇÃO, A POLÍTICA DOS NÚMEROS, O FASCISMO MODERNO.

AG
08
Ago18

Desemprego continua a descer, mas precariedade sobe

António Garrochinho


A taxa de desemprego desceu para 6,7% no segundo trimestre, o valor mais baixo da série que se iniciou em 2011. Maior fatia do emprego criado é com contratos a prazo.
Um desempregado lê os anúncios no Centro de Emprego da Amadora, 2 de Setembro de 2013
Os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística mostram uma redução na taxa de desemprego e de subutilização do trabalho (que inclui trabalhadores a tempo parcial disponíveis para aumentar a carga horária ou desempregados que não procuram emprego ou não estão disponíveis).
A primeira fixou-se em 6,7%, quando há um ano era de 8,8%, enquanto a segunda ficou em 13,3%, enquanto no segundo trimestre de de 2017 era de 16,6%.
Apesar desta redução, a criação de emprego, particularmente desde o início do ano, deu-se essencialmente através de vínculos precários, nomeadamente contratos a prazo, que subiram 3,5% entre Abril e Junho, enquanto os contratos efectivos subiram apenas 0,8%.


www.abrilabril.pt
08
Ago18

Itália - O Governo italiano vai introduzir uma reforma no sistema de imposto e implementar o "rendimento de cidadania"

António Garrochinho




O Governo italiano vai introduzir uma reforma no sistema de imposto e implementar o "rendimento de cidadania" no Orçamento do Estado do próximo ano, o qual terá de ser entregue em Bruxelas até 15 de Outubro. A garantia foi deixada esta quarta-feira, dia 8 de Agosto, pelo ministro da Economia, Giovanni Tria, que tutela a pasta das Finanças, ao jornal italiano Il Sole 24 Ore, citado pela Reuters. 
Ainda esta terça-feira o novo Governo de coligação entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga aprovou a sua primeira grande reforma no mercado de trabalho, apertando a utilização de contratos de trabalho temporários assim como penalizando as empresas que queiram colocar a sua produção no exterior. 

Agora Tria vem desfazer algumas dúvidas sobre potenciais divisões no seio do Executivo, assegurando que o novo "rendimento de cidadania" avançará. No entanto, o ministro garante também que todas as medidas incluídas nos planos do Governo serão "compatíveis" com os compromissos de Itália junto da União Europeia no que toca à evolução das finanças públicas. E reiterou a posição oficial do Executivo, catalogado como eurocéptico, de que não irá iniciar uma discussão para retirar a Itália da Zona Euro.


foicebook.blogspot.com


08
Ago18

HUMOR - o vinil

António Garrochinho




HUMOR  

enviado pelo meu amigo Adérito leitor do desenvolturasedesacatos.

A propósito de defeitos: quando a minha mãe estava grávida de mim, teve um pequeno incidente, caiu duma prateleira alta um disco de vinil que lhe acertou com violência na cabeça, os supersticiosos logo sentenciaram que eu ia nascer com um defeito, mas afinal nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum, nasci sem defeito nenhum.
08
Ago18

OS 10 MANDAMENTOS DA PAZ PODRE

António Garrochinho


1º Não pegarás fogo a Pedrogão e a Monchique a não ser a mando dos profetas com credenciais fiáveis, madeireiros, construtores civis, e agentes turísticos.

2º Respeitarás a natureza e o clima, se fizer calor, cala-te, se frio igual

3º Obedece ao Costa, ao Marcelo, e ao Bruno de Carvalho

4º Não ligues muito ao que dizem os ateus, liga antes a televisão e compra o Correio da Manhã

5º O vinho é sagrado, mete uma garrafa no frigorífico ou o garrafão dentro de um depósito com água fresca

6º Só adorarás o Salgado, o Oliveira e Costa, o Amorim, o Rendeiro e seus discípulos

7º Antes de adormeceres fala sempre com o Cavaco. Compra um quadro para colocares na cabeceira da cama e substitui o "anjo da guarda"

8º O deus uno e poderoso é o Trump ! e só a ele adorarás

9º Não prestarás culto e adoração à "geringonça" pois está ao serviço do demónio Belzebu

10º Agora que é verão e te sentes em forma física procura umas "gajas" nacionais ou estrangeiras e protege-te da castidade





António Garrochinho
08
Ago18

De Pedrógão a Monchique

António Garrochinho


Repetiu-se e repete-se o que aconteceu depois de 2003 e 2005. Os governos, PS e PSD/CDS, que se seguiram legislaram, alteraram sobretudo legislação, e deixaram tudo na mesma na Floresta até que chegamos a 2017. Não ter nos anos que se seguiram incêndios florestais com as dimensões de 2003 e 2005 servia para louvar a acção governativa. Até que chegou a prova do algodão, isto é as tragédias de Pedrogão e das Beiras. O mais grave não é a falsidade da imagem que se pretende vender. É que tal posicionamento é o principal bloqueio à tomada das medidas necessárias. Esconde as enormes falhas e problemas da floresta. Disfarça as fragilidades do sistema de combate. Impede que se tomem as medidas necessárias. Oculta a impotência, auto-assumida por opção política, de sucessivos governos. E do actual também.




As chamas cercam a vila de Monchique, num incêndio que dura há mais de 48 horas. O seu «sucesso» estava programado desde 2003.
Depois de Pedrogão e das Beiras era de esperar que alguma coisa mudasse. Nada. Nada mudou de fundamental.
Continuem a falar de vagas de calor. Das alterações climáticas. Da conjura dos madeireiros e de outros inconfessáveis interesses. Do eucalipto. Dos incendiários. Dos bombeiros e meios aéreos.

Continuem a fazer Conselhos de Ministros lá onde arde ou ardeu. Continuem a produzir legislação: leis, decretos-leis, despachos regulamentares e não regulamentares. Criem-se novas comissões de inquérito, temporárias e permanentes, técnicas e políticas. Novos relatórios vão ser produzidos. Constituam-se observatórios dos fogos rurais e florestais. Mudem-se os nomes aos organismos. Baralhem tudo, desencantem um D. Dinis e diga-se, que se fez uma «Reforma da Floresta».

Continuem a fazer propaganda. Continuem a criar a ficção de que se está a responder aos problemas nas matas e zonas rurais do país. Continuem a falar de utilizar desempregados, cidadãos com o RSI (Rendimento Social de Inserção) e de presos nos trabalhos florestais. Não se fazem omeletas sem ovos. Há que investir, e muito. E o Governo (este como os anteriores) pensa que ao contrário dos «incêndios» dos bancos, se vai lá com uns euritos. Que os problemas se resolvem sem meios, sem recursos humanos, sem intervenção pública em força. Sem uma efectiva declaração de guerra à situação da floresta portuguesa, e a tomada de todas as medidas necessárias. Que se vai lá com remendos. E propaganda. Muita propaganda.
Sobre o que consta da legislação e não se concretizou. Sobre o que se exige ao pequeno agricultor e não se impõe à Brisa, CP/IP, EDP e companhia.
Continuem a falar da responsabilidade da pequena propriedade florestal, sem avançar um cêntimo no investimento nas bouças e matas da pequena propriedade. Continuem a fazer alterações sobre alterações nos PROF – Planos Regionais de Ordenamento Florestal. Façam de conta que não existe o ICNF, Áreas Protegidas, secretarias de Estado e um Ministério da Agricultura e um Ministério do Ambiente.

Alguma coisa de novo. Não. Tudo velho. Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.

Repetiu-se e repete-se o que aconteceu depois de 2003 e 2005. Os governos, PS e PSD/CDS, que se seguiram legislaram, alteraram sobretudo legislação, melhoraram um ou outro aspecto do combate, e deixaram tudo na mesma, na Floresta, até que chegamos a 2017! Não ter nos anos que se seguiram incêndios florestais com as dimensões de 2003 e 2005, servia para louvar a acção governativa! Até que chegou a prova do algodão, isto é as tragédias de Pedrogão e das Beiras.

O mais grave não é a falsidade da imagem que se pretende vender! É que tal posicionamento é o principal bloqueio à tomada das medidas necessárias! Esconde as enormes falhas e problemas da floresta! Disfarça as fragilidades do sistema de combate! Impede que se tomem as medidas necessárias. Oculta a impotência, auto-assumida por opção política, de sucessivos governos. E do actual também.
Impede que se assuma com clareza o que não foi feito! Que se diga com total transparência o que falta fazer! Que se assuma que este é um trabalho para anos, e não se compagina com umas limpezas de valetas e a remoção de alguma vegetação junto das habitações – a fraude de uma campanha, que a não se emendar a mão, amanhã vamos todos pagar muito caro! Há que assumir que o balanço desse trabalho tem que ser rigoroso, exacto, concreto, de pormenor! Ora ninguém sabe com rigor o que foi feito. Julga-se que nem o Governo sabe. E que se vão enganando com as lérias que contam uns aos outros e sobretudo às televisões jornais e rádios!

Até que Monchique chegou. Outro nome para Pedrogão. O não morrer gente permite respirarmos de alívio. Algumas mortes já tinham acontecido. Mas foi depois de muitos incêndios sem mortes, que chegou Pedrogão. E depois o 15 de Outubro nas Beiras.


08
Ago18

Perdeu tudo, mas conseguiu salvar os animais. Chama-lhes "burros felizes"

António Garrochinho

www.noticiasaominuto.com


Chama-se Robert Nestmann e é natural de uma aldeia remota entre a Bélgica e a Alemanha. Mas foi em Monchique, no Algarve, que encontrou o local ideal para viver, juntamente com os seus cinco burros. Estes são, como o próprio o apelida, “burros felizes”
A viver há três anos em Portugal, o percurso de Robert tem sido sinuoso e vê agora mais uma ‘pedra no caminho’. A casa onde vivia com os animais ardeu na sequência dos fogos de Monchique. Mas Robert conseguiu salvar os seus companheiros: os cinco burros. 
Aquele que outrora era considerado um paraíso para os burros viverem, nada mais é senão um rasto de cinzas e de destruição. Em declarações ao Notícias ao Minuto, Robert Nestmann recordou o drama que testemunhou no passado domingo.
Um pouco confuso, ainda sem conseguir situar-se no tempo, Robert recorda que a casa foi consumida pelo fogo apenas meia hora depois de a ter abandonado. “A casa ardeu entre as 21h e as 22h”, recordou. E pouco ou nada restou, a não ser alguns bens pessoais que conseguiu guardar, como o computador.
Robert é detentor de um projeto que promete “proporcionar experiências únicas” numa perfeita aliança entre a natureza e os animais. Ao longo de todo o ano promove passeios pela região em cinco burros que são, como o próprio explica, “todos da mesma família, dois adultos e dois bebés”. O projeto ‘Sanctuary Happy Donkeys’ não tem fins lucrativos e “luta pelos direitos dos burros e para lhe dar um lar, de forma a que eles possam ter uma vida feliz”. Este é, aliás, o único meio de sustento de Robert, que "nunca pediu nada a ninguém".
Antes de se fixar em Portugal, Robert viajou mais de três mil quilómetros com os seus burros em busca de um lar perfeito, onde estes pudessem viver no seu habitat natural.
Agora que Robert ficou sem nada recorre às redes sociais para pedir ajuda, já que, em menos de nada, perdeu o pouco que tinha. Agora irá tentar fazer valer a máxima: 'Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo'. 
Veja na galeria as imagens da destruição. 






08
Ago18

Aumento extraordinário das pensões começa a ser pago hoje

António Garrochinho


O aumento extraordinário das pensões para pensionistas que recebem um valor igual ou inferior a 643,35 euros começa a ser pago hoje e irá abranger 1,59 milhões de pensionistas, segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Aumento extraordinário das pensões começa a ser pago hoje
São abrangidos por esta atualização extraordinária os pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência do sistema de Segurança Social e os pensionistas por aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente cujo montante global das pensões em julho de 2018 seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, 643,35 euros.
"Assim, no mês de agosto mais de 60% dos pensionistas da Segurança Social vão receber este aumento juntamente com o pagamento da sua pensão, sendo que recebem já na próxima quarta-feira [hoje], dia 8 de agosto, os pensionistas que recebem a sua pensão através de transferência bancária, recebendo nos dias seguintes os restantes pensionistas do regime geral de Segurança Social abrangidos pelo aumento extraordinário das pensões que recebem a pensão por vale postal", precisa o ministério num comunicado divulgado na segunda-feira.
No caso dos subscritores da Caixa Geral de Aposentações, o processamento será feito no dia 20 de agosto.
Numa curta declaração que acompanha o comunicado, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, sublinha que este aumento, tal como aconteceu em 2017, destina-se a pensionistas com longas carreiras contributivas e valor de pensão baixos".
"Principalmente aqueles que durante vários anos, entre 2011 e 2015, não tiveram nenhum aumento de pensões" e que "assim terão melhores condições para enfrentar as dificuldades da vida e para poderem ter maior nível de bem-estar", refere o governante.
O Orçamento do Estado para 2018 prevê uma atualização extraordinária das pensões, de forma a compensar a perda de poder de compra causada pela suspensão do regime de atualização das pensões do regime geral da Segurança Social e do regime da Caixa Geral de Aposentações (CGA) no período entre 2011 e 2015, bem como para aumentar o rendimento dos pensionistas com pensões mais baixas.
Esta atualização extraordinária prevê um aumento de dez euros mensais no valor da pensão a atribuir ao pensionista a partir do mês de agosto de 2018. Neste grupo inserem-se cerca de 1,15 milhões de pensionistas.
No caso dos pensionistas que recebam uma pensão que tenha sido atualizada no período entre 2011 e 2015 (437 mil pensionistas), a atualização extraordinária será de seis euros mensais.
A esta atualização extraordinária será subtraído o valor da atualização anual legal que foi efetuada em janeiro de 2018, de modo a que o valor da atualização extraordinária perfaça dez e seis euros, respetivamente, face ao que era pago em dezembro de 2017.
No total, esta medida, terá um impacto anualizado de 82 milhões de euros, sendo que neste ano será de cerca de 35 milhões de euros.


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08
Ago18

Centro urbano de Monchique sem água desde segunda-feira

António Garrochinho


O centro urbano da vila de Monchique está sem água devido ao combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira, mas a situação deve ficar resolvida durante a madrugada de hoje, disse o presidente da Câmara Municipal de Monchique.

Centro urbano de Monchique sem água desde segunda-feira
Em declarações à agência Lusa, Rui André revelou que a rotura se verificou a partir da noite de segunda-feira e apontou três causas relacionadas com o combate ao fogo.
De acordo com o autarca, um dos geradores associado a um furo na zona da Fóia foi danificado pelo incêndio. Por outro lado, os meios aéreos abasteciam nas piscinas municipais e estas têm um sistema de reposição de água automático. "E foi retirada uma grande quantidade de água", sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Monchique.
O terceiro motivo prende-se com o facto de na noite de segunda-feira, tendo em conta o aproximar das chamas da vila, os bombeiros terem abastecido os tanques nas bocas de incêndio com menor capacidade, o que deixou os depósitos da vila vazios.
O sucedido contrariou "uma norma instituída, que determinava que os abastecimentos que fossem feitos nas bocas de incêndio com mais capacidade de água. Na aflição, foram buscar água a qualquer sítio da vila", explicou.
Para debelar a situação, acrescentou Rui André, foram realizados circuitos de distribuição de água engarrafada e foi colocado um contentor junto a uma das rotundas da vila para as pessoas que quisessem abastecer.
Em Monchique é a própria autarquia que faz a distribuição direta de água, através de um total de 45 furos.
O autarca revelou ainda que durante a madrugada de hoje a situação deve ficar resolvida, depois de alugado um novo gerador.
O incêndio rural que lavra desde sexta-feira em Monchique afeta também os concelhos de Silves e Portimão, igualmente no distrito de Faro, tendo destruído casas e muitas viaturas.
Rui André destacou também que o combate ao incêndio está a ser dificultado pela intensidade do vento.
"Esperava-se que a noite [de segunda-feira] fosse uma oportunidade para reduzir as frentes mais preocupantes e mais ativas, mas, na verdade, o fogo está a ganhar uma proporção enorme com o vento", disse o autarca cerca da 01h30, após um 'briefing' no posto de comando que reuniu as várias autoridades presentes no terreno.
De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, consultada pelo Notícias ao Minuto, cerca das 09h50, o fogo está a ser combatido por 1.425 operacionais, apoiados por 446 viaturas e nove meios aéreos.
Saliente-se que há 29 feridos ligeiros e um ferido grave, com prognóstico favorável, resultantes deste incêndio, além de cerca de 250 deslocados.
Segundo o Sistema de Emergência da União Europeia, arderam já 17 mil hectares.


[Notícia atualizada às 9h50]


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08
Ago18

COIMBRA, MARÉ BAIXA

António Garrochinho




José Gabriel in facebook

COIMBRA, MARÉ BAIXA
Quando era professor na E.S. Jaime Cortesão, dizia que tinha o privilégio de trabalhar num monumento e ter o melhor pátio de recreio que podia desejar, a Baixa de Coimbra. Já nos meus tempos de estudante e durante muitos anos foi a minha "sala de estar", como a de muitos amigos. 
Os cafés e esplanadas - onde todos éramos democraticamente promovidos a doutores a partir dos dezoito anos - , onde as palavras voavam livres e aprendíamos mais que nos bancos da Universidade - e, por vezes, os mestres eram os mesmos -, mesmo em frente da porta de algumas das melhores livrarias do país, os livros lidos à sombra benévola dos velhos prédios da Ferreira Borges e da Visconde da Luz - "Faltou a luz na rua Visconde da mesma", lembram-se? -, às vezes encadernados para não despertar curiosidades duvidosas, o copo e o petisco num daqueles lugares que talvez não passasse hoje numa vistoria da ASAE, enfim, um habitat propício ao desenvolvimento mental da espécie. Tudo quanto foi importante, passou por ali: manifestações, lutas, festas, vida, enfim. Até há não muito tempo.
Dou por mim, agora, a evitar o mais que posso essas paragens. Não porque me comova a nostalgia - sou pouco dado a saudosismos - de tempos idos, mas porque me custa ver aquilo que, antes, era considerado um espaço nobre da cidade, no estado deplorável que dia a dia se agrava. 
Ocorre-me este desabafo porque acabei de chegar de uma ida, por obrigação, a esses lugares e, entre lojas, serviços, bancos e até caixas multibanco, tudo fechou. As livrarias e discotecas, essas, já tinham partido há muito. Tudo apresenta um ar sujo, decrépito. Restam apenas algumas lojas resistentes, taipais e papéis nas montras e janelas, multiplicam-se os comedouros e lojas de de "true portuguese souvenirs". 
Alguns cafés clássicos ainda resistem, mas o largo da Portagem está transformado numa pocilga de esplanadas que, por excesso de ocupação, apresenta um ar abominável, com lixo pelo chão que a brisa que corria fazia passear pela calçada. 
Furgões de cargas e descarga a horas absurdas, tuc-tuc com condutores "chega p'ra lá" agravam a paisagem. Até os músicos de rua - como que fazendo corresponder a sua falta de arte ao ambiente - que me couberam hoje, eram intragáveis - ó gente, se querem tocar e cantar para os passantes convinha que acertassem alguns acordes.
Não, não vou culpar a multidão de turistas que por lá circulava, de nariz no ar, talvez interrogando-se porque raio aquela cidade lhes tinha sido tão recomendada. Não, a culpa não é de quem visita, é de quem recebe. Coimbra queria turistas. 
Têm-os. Mas não mexe um dedo para merecê-los. Saca deles o que pode e trata-os, e aqui é que bate o ponto, tão mal como trata os seus cidadãos. E uma cidade que não cuida da felicidade dos seus habitantes, não cuidará da dos visitantes, mesmo que pareça fazê-lo. 
E está destinada a perder o melhor de uns e outros. Ou, dos que ficam, restarão os que se retiram para uma espécie de "Vale de Lobos" urbano. E descobrem que, por lá, se reencontram amigos e companhia, lugares habitáveis, enfim, reinventam a cidade que amam.
Sei que há "muitos factores que explicam o que se passa" e de todas as justificações da ementa de desculpas habitual. 
Mas também sei que se as cidades não podem impedir o inevitável podem remediar, podem resistir. Podem, até, superar e transformar os problemas em oportunidades. Mas isso exige lideranças de outra tempera. Assim seja - um dia.

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