Puy du Fou, um venerável parque temático localizado no oeste da França, tem novos membros em sua equipe: seis corvos treinados pelo chefe da falcoaria do parque.
Segundo o presidente do Puy du Fou, as aves são treinadas para coletar lixo e pontas de cigarro, e estão prestes a fazer sua estreia pública.
"O objetivo não é apenas limpar, porque os visitantes geralmente têm o cuidado de manter o parque limpo", disse o diretor do parque, Nicolas de Villiers, aos repórteres, segundo o The Guardian. Em vez disso, o objetivo final é mostrar que "a própria natureza nos pode ensinar a cuidar do meio ambiente".
Afinal todos aqueles que dizem que a padeira de Aljubarrota foi uma treta uma das milhares de mentiras que o fascismo impôs nas escolas, agora veio-se a descobrir uma foto rara e antiga da dita heroína em acção
Além dos quatro militares da GNR processados pelo juiz Neto Moura, o magistrado também levou a tribunal o agente da PSP que em 2012 apreendeu o carro do juiz, porque circulava sem matrículas. Ao contrário dos militares, o agente da PSP foi absolvido.
O juiz, que ficou conhecido pelas polémicas afirmações em acórdãos sobre violência doméstica, exigia ao agente uma indemnização de cerca de 4 mil euros por ter ficado sem a viatura.
Mais de 100 carros foram incendiados, esta segunda-feira à noite e durante a madrugada, na Suécia.
Várias cidades foram alvo de uma ação organizada de violência levada a cabo por um grupo de jovens vestidos de preto, encapuzados e com máscaras.
Só na zona oeste do país, com especial incidência em Gotemburgo, arderam cerca de 80 veículos. Mas também houve registo de incidentes a sul, em Estocolmo e Malmo. Diversos moradores nos locais captaram imagens dos jovens a atear fogo aos carros.
As autoridades acreditam que os ataques estão interligados e foram organizados através das redes sociais por gangues de jovens. No entanto, as causas permanecem desconhecidas e a polícia ainda não fez detenções.
Serviços de emergência estão no local a procurar vítimas nos escombros, sendo que sete pessoas foram resgatadas com vida e pelo menos outras 11 morreram, segundo fontes citadas pela RAI.
Até ao momento, foram resgatadas sete pessoas com vida e transportadas de imediato para vários hospitais.
De acordo com a televisão estatal italiana RAI, estará em causa uma falha estrutural que levou ao colapso de uma parte substancial daquela ponte.
A polícia e os bombeiros avançaram inicialmente que não haveria vítimas, mas o ministro italiano dos Transportes admitiu, mais tarde, que o acidente parece ser uma "imensa tragédia".
As operações de resgate estão a decorrer e os bombeiros procuram pessoas nos escombros.
A ponte Morandi foi construída na década de 1960 e houve trabalhos de reconstrução em 201
Nas imagens que começam a circular nas redes sociais, algumas divulgadas pela polícia, é possível ver os estragos e a proporção da queda daquela estrutura.
Tribunal já decidiu: Empresas não podem iniciar prospeção de Petróleo ao largo de Aljezur
Como é de conhecimento público, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) interpôs uma Providência Cautelar em tribunal. O processo tem decorrido no tribunal de Loulé e foi hoje conhecida a decisão.
O tribunal decidiu suspender a “licença” (Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo) para prospeção que havia sido atríbuida à ENI/GALP e, assim, impedir o prosseguimento de quaisquer trabalhos de prospecção ou execução da mesma.
Valeu a pena o esforço de tantos cidadãos e entidades, pois esta decisão beneficia, sem dúvida, o nosso país. Vamos continuar a trabalhar para que a exploração de petróleo em Portugal não venha a acontecer.
(Eis, na imagem, Oliveira e Costa, banqueiro, chefe de quadrilha, que acreditava em Portugal… Ele e o seu amigo Cavaco, grande obreiro da ruína a que ele e os seus amigos levaram o país, depois de o saquearem em proveito próprio, com uma impunidade que brada aos céus e ainda hoje se mantém. É esta a direita que temos.
Estátua de Sal, 13/08/2018)
O poder é tão apetecido que dificilmente há quem lhe resista. A direita não sabe viver sem ele e na esquerda há quem vire à direita quando o comboio inverte a marcha.
Quando a direita está em crise, os seus amanuenses anunciam que é o regime; quando o poder se afasta, devora o líder, na ânsia de encontrar outro; o próprio PR, quando vê a família a desfazer-se, dá uma ajuda aos atiradores de serviço, a arremessar insinuações; o jornalismo reverente destaca os funcionários mais truculentos a atiçar fogueiras contra a esquerda; nas redes sociais, televisões, jornais, revistas e sarjetas surgem vuvuzelas a provocar ruído e a vociferar calúnias; os pusilânimes não se coíbem a descontextualizar e manipular declarações dos adversários para os debilitarem.
O que fizeram à frase de António Costa nas declarações sobre o fogo de Monchique “… a exceção que confirmou a regra do sucesso da operação, ao longo destes dias”, é digna de figurar num compêndio da aleivosia. Parecia um concurso, a rivalizar em idiotia com a malvadez da desinformação. No domínio da imbecilidade, houve quem referisse a “desmesurada preocupação com as vidas humanas”, para acabar no mestre da intriga, José Gomes Ferreira que, no conforto do estúdio da SIC, se referiu a “o critério político no combate técnico ao fogo”, e, numa manifestação de indigência ética, aparentemente desolado com a ausência de mortes, perguntava: “Porque estão a tirar as pessoas de casa, mesmo contra a sua vontade?”. Ignora-se se este sólido talento do jornalismo de intriga teve a noção do despautério.
Perante o esforço desta direita, que se desfaz, sem rumo, sem programa e sem liderança, é um dever não deixar que passem incólumes os avençados da manjedoura reacionária e ultraliberal a quem está confiado o assassínio de caráter dos adversários.
A esquerda, no seu conjunto, incluindo a direção do PS, que deixou imolar o seu partido sem explicar a crise cíclica do capitalismo, que originou a falência do Lehman Brothers e abalou o sistema financeiro internacional, com repercussão nas dívidas soberanas dos países mais vulneráveis, ajudou a consolidar a narrativa da direita, que demonizou o PS, que era o governo de turno durante o furacão. Cabe à esquerda fazer a pedagogia que deve, sem deixar à solta esta direita que Cavaco patrocinou e desesperadamente quis prolongar com Passos Coelho, Maria Luís e Portas, com o último já substituído pela inefável Dr.ª Cristas e o primeiro, ora catedrático, ainda sem substituto ungido pela direita mais à direita, de que António Costa e os partidos à esquerda do PS nos libertaram. estatuadesal.com
Enquanto a Síria está estabilizando a guerra maior, o conflito sírio em parte ainda está sendo perseguido pelos EUA, Israel e sauditas.
Os projetos norte-americanos na Síria foram esclarecidos pelo general do Exército dos EUA Joseph Votel – chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM) – durante coletiva de imprensa em 19 de julho.
O general Votel declararia inequivocamente quando perguntado sobre qual seria o “arranjo” em relação à Síria, que:
Nossa missão é muito, muito clara: está se concentrando na derrota do ISIS e depois ajudando nossos parceiros no Iraque e na Síria a estabilizar a situação e especificamente no Iraque para ajudar a criar uma plataforma que pode levar a uma solução política de longo prazo através do Processo da ONU.
Vários aspectos dessa declaração deixam claro o que os EUA estavam fazendo na Síria, para começar, e o que procura fazer agora.
Os EUA criaram e protegem o ISIS – não combatem ele
O general Votel faz eco às afirmações repetidas de políticos e lideranças norte-americanos de que os EUA se dedicam a combater e derrotar o chamado “Estado Islâmico” (ISIS). No entanto, o ISIS foi reconhecidamente criado pelos EUA e seus parceiros na região em primeiro lugar. Foi um memorando da Defense Intelligence Agency (DIA) de 2012 que revelou:
Se a situação se desenrola há a possibilidade de estabelecer um principado salafista declarado ou não declarado no leste da Síria (Hasaka e Der Zor), e é exatamente isso que os poderes de apoio à oposição querem, a fim de isolar o regime sírio, que é considerado a profundidade estratégica da expansão xiita (Iraque e Irã).
O memorando da DIA explicaria também explicitamente quem são esses “poderes de apoio”:
O Ocidente, os países do Golfo e a Turquia apoiam a oposição; enquanto a Rússia, a China e o Irã apóiam o regime.
O ISIS tomaria forma precisamente no leste da Síria, onde o memorando da DIA havia dito que seu “salafista” (islâmico) “principado” (Estado) o faria. Ele tentaria colocar pressão sobre Damasco e isolá-lo – particularmente dos esforços logísticos iranianos que atravessavam o Iraque e entravam na Síria ao longo do rio Eufrates antes de penetrar mais fundo no próprio território sírio.
Enquanto os EUA invadiram e ocuparam a Síria abertamente desde 2014, não foi até a intervenção militar da Federação Russa em 2015 que as linhas de fornecimento do ISIS que saíam da Turquia, membro da OTAN, foram alvejadas e destruídas. Foi então e só então que as posições do ISIS em todo o país começaram a desmoronar.
É interessante notar que a máquina militar multi-trilionária dos EUA ainda não conseguiu eliminar os poucos bolsões remanescentes do ISIS no leste da Síria. Esses são bolsões que, para todos os efeitos, estão isolados de qualquer suporte externo que permitisse ao grupo florescer durante o tempo que o fez.
Em outros lugares através da Síria – as forças do governo com o apoio da Rússia e do Irã eliminaram o ISIS quase inteiramente. As operações em curso no sul da Síria procuram desalojar os remanescentes finais dessa frente terrorista – coincidentemente se sustentando diretamente na fronteira das colinas de Golan ocupadas por Israel.
Bases russas e americanas ao longo do Eufrates na Síria.
Por que os recursos esticados dos militares sírios são capazes de montar campanhas bem-sucedidas para eliminar o ISIS a oeste da Eurifrates, mas os EUA não podem fazê-lo no leste?
ISIS continua nas tentativas de “isolar Damasco”
Os maiores bolsões do ISIS permanecem dentro e em volta do território ocupado pelos EUA na Síria. É a partir desses bolsões que militantes do Estado Islâmico lançaram ataques repetidos contra as forças sírias ao longo do rio Eufrates, particularmente perto da passagem de fronteira sírio-iraquiana, onde o apoio iraniano flui para a Síria.
Este é também o local onde os ataques aéreos ocidentais em junho atingiram as milícias iraquianas que estavam combatendo o ISIS na área. A BBC afirmaria em seu artigo: “Guerra na Síria: milícias iraquianas culpam os EUA pelo ataque mortal nas fronteiras”, que:
A Mobilização Popular do Iraque disse que os mísseis atingiram uma de suas posições na fronteira entre o Iraque e a Síria da noite para o dia. A força paramilitar é liderada por milícias xiitas muçulmanas apoiadas pelo Irã e está lutando contra o ISIS.
Enquanto o General Votel – quando perguntado sobre o que os EUA estavam fazendo para “impedir a expansão iraniana na Síria”, afirmaria que os EUA estavam unicamente focados em combater o ISIS, é a ocupação americana do leste da Síria que impede que as forças sírias derrotem o ISIS lá e permite que os militantes do ISIS ataquem e enfraqueçam o apoio iraniano ao governo sírio. É também a ocupação norte-americana do leste da Síria que forneceu um pretexto perpétuo e uma base para atacar as forças sírias e seus aliados diretamente, enquanto lutam para manter aberta a fronteira síria-iraquiana.
Os EUA não têm parceiros legítimos na Síria
A alegação do general Votel de que os EUA procuram trabalhar com seus “parceiros” na Síria para “estabilizar a situação”, ignora o fato de que a ocupação americana da Síria é ilegal e que seus parceiros na Síria não são representantes reconhecidos do povo sírio, nem capazes de estabilizar a situação.
As chamadas “Forças Democráticas da Síria” (SDF) são uma frente primariamente curda, sobrecarregada e representando uma fração da população até mesmo no território que eles agora detêm.
Isso criou tensões e até mesmo violência nas áreas que a SDF está ocupando. Sua capacidade de manter o leste da Síria é tênue na melhor das hipóteses, e qualquer perspectiva de expansão além dos limites atuais é improvável. Sua posição atual política e militarmente depende inteiramente dos EUA, que em si ocupam uma posição tênue no leste da Síria, com base em um pretexto igualmente tênue.
A mudança de regime na Síria falhou.
A noção de balcanizar a Síria simplesmente criaria um ônus líquido sobre os EUA e seus aliados – apegando-se ao território por meio da ocupação militar direta e de proxies impopulares e / ou indefensáveis. O tempo, por enquanto, está do lado de Damasco.
Comprando um novo pretexto
Com este caso, e com toda a guerra de procuração liderada pelos EUA contra a Síria, lançada como meramente um trampolim para o novo cerco, subversão e eventual derrubada do governo iraniano, os EUA estão correndo contra o relógio para mudar o decrescente conflito na Síria para o Irã.
Esforços para incitar a violência nas ruas do Irã estão em andamento. Reuters admitiria em seu artigo recente, “EUA lança campanha para desgastar o apoio aos líderes do Irã ”, que:
O governo Trump lançou uma ofensiva de discursos e comunicações on-line para fomentar a inquietação e ajudar a pressionar o Irã a encerrar seu programa nuclear e seu apoio a grupos militantes, afirmaram autoridades dos EUA familiarizadas com o assunto.
As forças norte-americanas que ocupam as nações ao longo da periferia do Irã serão um componente-chave tanto para apoiar a violência secreta por procuração dentro do Irã quanto para quaisquer operações militares diretas lançadas contra o Irã. As tropas dos EUA estão atualmente na Síria, no Iraque e no Afeganistão. As forças dos EUA também estão estacionadas no Golfo Pérsico.
O cenário está montado – mas as tentativas de causar um incêndio na Síria que exploda no Irã tem fracassado. Os EUA precisarão de um novo pretexto para manter suas posições cada vez mais tênues em todo o Oriente Médio e Ásia Central e para provocar e subverter ainda mais o Irã. À medida que o pretexto do “ISIS” começa a implorar crença, as tentativas de citar uma ameaça ou provocação iraniana em pé de igualdade ou maior do que a ameaça diminuída do ISIS estão em andamento.
Assim, enquanto a Síria pode ver a luz no fim do proverbial túnel – com as regiões devastadas pela guerra finalmente restauradas para a estabilidade e reconstrução, a maior guerra do conflito sírio em parte ainda está sendo perseguida pelos EUA e seus aliados.
Um perigoso período de tentativas de afastamento dos EUA para reacender o conflito sírio no vizinho Irã e em uma escala muito maior já começou. Isso exigirá medidas políticas, econômicas e militares dos envolvidos no auxílio a Damasco, bem como aliados e parceiros comerciais do Irã.
Também deve ser lembrado que os grupos militantes na Síria não foram totalmente derrotados. No norte da Síria, a maioria dos terroristas e seus apoiadores vêm se consolidando e poderiam ser usados ??para empurrar a Síria de volta à guerra – especialmente se os EUA fizerem progresso ao isolar a Síria do apoio iraniano.
Os EUA estão atrasados, expostos e cada vez mais desesperados. Mas a ameaça que os EUA constituem não deve ser subestimada, nem os que supervisionam a bem-sucedida defesa da Síria do seu próprio território tornam-se excessivamente confiantes.
José Fanha trocou a carreira militar pela poesia, contra a vontade do pai, o mesmo que depois lhe admitiu o talento quando o filho arquiteto deslumbrou Portugal n'A Visita da Cornélia. Por onde andou e o que fez o escritor de canções É arquiteto, poeta e escritor. Foi jornalista, professor e desenhador, mas também publicitário e ator. Levou mensagens clandestinas do PCP (m-l) para Paris, foi amigo de Ary dos Santos, partilhou o palco com Zeca Afonso, mas ficou conhecido no programaA Visita da Cornélia, em que ficou 13 semanas no pódio. Se não fossem os Beatles e um frasco cheio de orelhas cortadas - que um professor do Colégio Militar lhe mostrou - tinha seguido uma carreira no Exército, o que fazia sentido para quem tinha como herói Mouzinho de Albuquerque. Aos 67 anos, diz de si mesmo que, afinal, é uma coisa só: um contador de histórias, com um único sonho - vir a ser palhaço. Se é verdade que a vida dá muitas voltas, a de José Fanha é uma espécie de tontura.
É conhecido como poeta e escritor, mas o curso que tirou foi Arquitetura. Porquê esta área?
Era a coisa mais distante daquela que o meu pai queria. Ele era militar e queria que eu seguisse essa carreira.
Tudo o que tem feito vai no sentido oposto ao que aprendeu no Colégio Militar: as regras, a hierarquia rígida...
Eu gostei muito de estar no Colégio Militar.
Vê isso agora ou na altura já gostava?
Na altura, gostava razoavelmente. Para mim o Colégio Militar era a guerra, um mundo que estava sempre presente, o meu pai era do curso do Costa Gomes e do Spínola.
Na sua família, eram todos militares?
Sim. A família do meu pai é uma família camponesa do Entroncamento, os Fanhas são todos da Meia Via. A família da minha mãe era de origem burguesa do final do século XIX, mas eram todos militares, ligados aos caminhos-de-ferro. Um dos ramos da minha família materna era judeu e veio para cá um engenheiro (judeu), muito culto, de origem alemã, para fazer a primeira linha de comboios. Teve três filhas, todas elas se casaram com portugueses. Eu ainda tenho o apelido alemão - Krusse. Já a minha avó materna foi educada pelo avô - os pais morreram muito cedo - e é esse avô que me fascina.
Era também militar...
General de engenharia, imagino que seria o topo do bem-pensar, de grande educação. A minha avó era uma mulher cultíssima, contava-me que em pequenina ia lá a casa um senhor francês, um Eiffel, que lhe dava festinhas na cabeça. O meu trisavô colaborou com [Gustave] Eiffel no projeto da Ponte D. Maria Pia, no Porto. O marido dessa minha avó, que eu já não conheci, escrevia poesia, fazia teatro amador e cantava canto lírico.
Foi dele que herdou a veia artística?
Não sei se herdei ou se foi a minha avó que me contou tantas maravilhas dele que fiquei deslumbrado. Chamava-se Jaime Emílio Krusse e a minha avó era Bertha Emília Krusse Gomes.
A sua mãe estava ligada às artes, era professora de música. Foi filho único?
Não, tinha um irmão muito mais velho, que já morreu. Sou um filho tardio. Então para a época... A minha mãe tinha perto de 40 anos e o meu pai quarenta e muitos.
Foi criado com muito mimo?
Os meus pais separaram-se quando eu tinha 2 anos, e isso era algo que não acontecia naquela altura. Marcou-me muito... Era o único menino filho de pais separados. Fiquei a viver com a minha mãe e com a minha avó, primeiro no Arco do Cego e depois em Alcântara [Lisboa, onde nasceu].
A sua avó teve uma grande influência na sua vida e carreira...
Acho que sim... Acabei por ir viver só com ela, para Alcântara, quando tinha 5 anos. Tudo para a minha avó era uma história: fosse a de Napoleão como a da Bela Adormecida, era igual.
Como foi crescer em Alcântara?
Foi muito importante para mim. Ficou-me na memória a imagem de um bairro operário, não o das pequenas oficinas mas o das grandes fábricas - onde agora fica o LX Factory - os homens todos de fato-macaco, mas cultos, havia uma grande ética entre os operários. Era fundamental ler. Houve um episódio que me impressionou, eu teria uns 8 anos e tinha ido comprar pastilhas elásticas à taberna e estavam lá os operários em grande algazarra, a beberem copos de três, e ia começar o programa do Vitorino Nemésio. Um homem levanta-se, enorme, de fato-macaco - era o chefe - e diz: 'Agora todos calados que vai falar aquele senhor.'
Esteve sete anos no Colégio Militar. Como é que resume esse tempo?
Era duro, mas tínhamos princípios e eu gostava disso. Os meninos eram tratados como senhores, todos nos tratavam por "senhor aluno". Além de que tinha um ensino de grande qualidade e princípios de solidariedade e companheirismo. Fiz bastantes amigos no colégio, ainda hoje nos falamos.
Chegou a ter um fascínio pela carreira militar, antes de seguir no sentido oposto?
Eu achava que o meu pai era como o Mouzinho de Albuquerque: um herói. No colégio tínhamos educação militar e eu gostava de saltar de camiões a 60 à hora, com 12, 13 anos dávamos tiros de metralhadora, de pistola... Eu achava que o Salazar era lindo e a Nossa Senhora também. Cultivava todos esses mitos. Até que um sargento nos mostrou um frasco com orelhas cortadas...
Negras?
Sim, claro. Perturbou-me muito, tinha uns 12, 13 anos e foi quando comecei a pensar: 'Isto está errado.' Comecei a questionar. Esta é a altura em que os Beatles aparecem, nós ouvíamos nas camas, à noite, nos pequenos rádios. Eles falavam de coisas como o amor... Gostava do colégio, mas não gostava da guerra. Não queria ir. Foi também quando descubro que existia a PIDE...
É no colégio que leio pela primeira vez o Alexandre O'Neill, o [Mário] Cesariny e então passei a dizer os poemas desses senhores em voz alta pelos corredores. Fiquei com a fama do maluquinho que gostava de poesia. Teria uns 15, 16 anos.
Quando é que começa a escrever?
Em criança. Escrevia uns poemas, umas histórias, mas andava nessa fase do Mouzinho de Albuquerque: 'Oh Portugal!', coisas assim... [risos]. Depois o que acontece é que a primeira vez que tenho um professor [no Colégio Militar] que não era militar - de Filosofia - mostrei-lhe o meu caderno, com os poemas e os desenhos, e ele, que não era nada duro, disse-me: 'Mas você é um surrealista." Eu não fazia a mínima ideia do que era o surrealismo. Fui para a biblioteca e é no colégio que leio pela primeira vez o Alexandre O'Neill, o [Mário] Cesariny e então passei a dizer os poemas desses senhores em voz alta pelos corredores. Fiquei com a fama do maluquinho que gostava de poesia. Teria uns 15, 16 anos.
E o seu pai sabia disso?
Não, o meu pai estava em África. A minha relação com ele era muito distante. Quer em termos físicos como de idade. Depois, quando regressou, foi dar aulas para o Colégio Militar. Passei de nunca o ver para passar a vê-lo todos os dias. Dava aulas de físico-química e de esgrima.
Como é que o seu pai reagiu quando percebeu que o filho não iria seguir a carreira militar?
Não foi fácil. Ele pensava eu ia para a Academia Militar. Havia um camarada a chatear-me para eu seguir Arquitetura. Comecei por dizer que queria ir para Direito - era o que me parecia mais próximo de escrever, eu queria escrever. Mas o meu pai não me deixaria, porque isso significava que eu teria de sair do colégio. Lembro-me de que, quando lhe disse que iria para Arquitetura, ficámos em silêncio dez minutos até que ele me disse: 'Coitado. Mas a vida é tua.'
Acabou por não entrar nesse ano [1967].
O ano de 1968 foi o melhor da minha vida. Fui fazer um curso de formação artística na Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde conheci o Júlio Pomar. Tive professores como o José-Augusto França, o Manuel Tainha, o Rui Mário Gonçalves. Fui para Arquitetura porque, naquela altura, o que era preciso era tirar um curso, nós tínhamos de ser senhores doutores.
Depois entra na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.
Sim, na mesma altura em que comecei a levar mensagens clandestinas do PCP (m-l) para Paris, de comboio. Levava as mensagens dentro de maços de tabaco. Os papéis iam muito enroladinhos e enfiados no interior dos cigarros.
"Depois ouviu-se dizer que andavam à minha procura [a PIDE] e rapei o bigode. Foi a única vez na minha vida que andei sem bigode"
Tinha medo?
Tinha medo que me fartava. Borrava-me de medo. Mas era preciso levar. Era um bocado o espírito do Colégio Militar, era preciso fazer, fazia-se. Depois ouviu-se dizer que andavam à minha procura [a PIDE] e rapei o bigode. Foi a única vez na minha vida que andei sem bigode. Deixei de ir aos sítios onde costumava ir, ficava uns dias num sítio, outros noutro, até que fiquei sem alternativas e fui bater à porta do meu pai. Contei-lhe que estava ligado aos movimentos estudantis e que um camarada já tinha sido preso e que a seguir ia eu. Disse-me para ficar o tempo que eu quisesse, o que é uma atitude de militar.
Quando é que passa de declamar nos corredores do Colégio Militar para o fazer em público?
É uma história engraçada. Fui assistir a um espetáculo em [Instituto Superior de] Agronomia, onde estava o Zeca [Afonso], o Adriano [Correia de Oliveira], o Manuel Freire, o José Jorge Letria e o tal meu amigo, o A.P. Braga [António P. Braga], que já me tinha levado para o teatro e que insistiu para eu dizer um poema que eu tinha escrito ao Che Guevara. Entrei no palco, à Colégio Militar, todo cheio de bravura, e disse o poema, que foi um sucesso deslumbrante, julgavam que eu tinha tido uma grande coragem. Mas não era nada disso, foi mesmo uma grande ingenuidade, eu não fazia ideia de que poderia ser preso por causa disso. A partir daí era convidado para tudo e fiquei conhecido no meio académico, corri as faculdades todas. Foi nessa altura que convivi também muito com o Ary [José Carlos Pereira Ary dos Santos], com quem vivi um episódio que me marcou muito.
Qual foi?
Íamos fazer parte parte de um espetáculo num salão paroquial, que tinha sido proibido e estava lá a polícia de choque num grande aparato. Eu e o Ary íamos dizer poesia. Acabámos por entrar por outra porta e eu comecei a ter um ataque de pânico. Não era o medo de levar uma carga de porrada ou de ser preso, mas o de me sentir numa armadilha. Então, disse ao Ary: "Tenho medo, vamos ser comidos vivos." E o Zé Carlos - tenho uma profunda admiração por ele, também por isto - respondeu-me: "Tu vais ao palco e dizes isso mesmo, que tens medo, e não dizes poema nenhum". Isto ia contra toda a mitologia daquilo. Fiz isso e veio a sala abaixo com os aplausos, as pessoas aperceberam-se do que significava. Estou profundamente agradecido ao Zé Carlos pela sua grandeza.
Gosta mais de escrever - e escreve muito, para teatro, televisão e cinema - ou de dizer poesia?
Eu escrevo para dizer. Ler é fundamental. Estive quase sem conseguir ler, por falta de tempo - foram seis meses a escrever um argumento para televisão -, mas agora já voltei aos livros. Mas gosto mais de escrever para televisão e cinema do que para teatro. Escrevo os guiões em voz alta, ajuda muito ter sido ator e dizer poesia.
Diz que foi o programa A Visita da Cornélia (1977) que mudou a sua vida. Porquê?
A sessão em que eu entrei na Cornélia foi o dia em que mais pessoas viram televisão em Portugal desde sempre: 50 por cento da população portuguesa viu o programa. O concurso estava no seu auge, havia um lado politizado - os da direita e os da esquerda - e eu tornei-me o campeão da esquerda. Entrei no primeiro terço do programa [esteve 13 semanas no pódio]. O programa era gravado, saía tudo nos jornais, e só uma semana depois era emitido. As notícias diziam que tinha chegado um arquiteto que suplantou tudo e todos. O poema ["Eu Sou Português Aqui"] já vinha publicado nos jornais.
VÍDEO
Ficou famoso.
Sim, bastante. Percebo muito bem essas pessoas que não lidam bem com a fama, esses do Big Brother e programas do género. No dia seguinte, quando saí de casa, tinha perdido uma coisa chamada intimidade, é assustador. As pessoas vinham dar um beijinho ou agradecer, mas também recebia insultos. Uma vez parei num semáforo e tentaram dar pontapés no meu carro.
Durou muito tempo essa fama?
Até hoje. Para as pessoas com mais de 45 anos eu sou o Fanha da Cornélia. A minha sorte foi que eu tinha uma estrutura familiar - estava bem casado -, tinha uma profissão, então aquilo [a fama] não me destruiu. Estive lá três meses, ia todas as semanas e isto numa altura em que a televisão era tudo. A seguir a isso, e passado um ano, recebi um convite que definiu o meu percurso: fui para o teatro trabalhar na adaptação de textos para o [Mário] Viegas e o [João] Perry. O teatro tornou-se a minha casa principal, atualmente é a maçonaria.
Quando é que se torna maçom?
Foi há 20 anos, recebi um convite. Faço parte da Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal, que se rege pelos princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade - para mim o mais importante é a fraternidade.
É um bocadinho como regressar ao Colégio Militar, não? É um regresso a casa?
É fácil ser maçom tendo vindo do Colégio Militar. Descobri que uma grande quantidade de antigos alunos foram maçons. Sim, é um voltar a casa. Vim pela mão do António Inverno [artista plástico].
O que é ser maçom?
Deve ser uma forma de estar na vida. Há ainda uma parte muito importante: a leitura espiritual da realidade. Temos rituais que cumprimos, mas não posso falar sobre isso. [Os maçons] são meus irmãos e acho que finalmente encontrei a minha casa. Assumo com uma grande alegria essa fraternidade. A GLLP/GLRP é um conjunto de mais de cem lojas, cada loja tem 20 ou 30 pessoas e um espírito próprio. Sinto-me muito bem com o espírito da minha loja, que é uma loja muito ligada à cultura.
Sei que está a escrever um romance, mas a sua principal atividade agora são as visitas às escolas...
Sim, mas o livro ainda é um bocadinho segredo, não quero alongar-me muito sobre o tema. Visito uma média de cem escolas por ano, com os livros para crianças. Atualmente faço essas visitas com o Daniel Completo, que foi músico da Ronda dos Quatro Caminhos. Pedimos ajuda ao professor Carlos Fiolhais e fizemos um livro-disco com temas científicos e destinados a crianças dos 3 aos 10 anos. Chama-se: Entre Estrelas e Estrelinhas, Este Mundo Anda às Voltinhas.
Arrisco dizer que não lhe falta fazer nada. Falta?
Já fiz muita coisa, mas descobri muito recentemente que sou um contador de histórias. Mas falta-me cumprir um sonho. Gostava muito, um dia, de ser palhaço. Já fui um bocadinho, fiz de palhaço em hospitais para crianças, na área da oncologia, mas queria mesmo era criar uma personagem, trabalhar num circo. Costumo dizer isso às crianças e elas riem muito, pensam que estou a brincar, mas houve um dia em que um rapazinho de 8 anos me respondeu: "Eu sou palhaço. O meu pai é palhaço e a minha mãe também." Fiquei boquiaberto. Nunca mais o encontrei. Por isso, aproveito para fazer um apelo: se te lembras disto, eu gostava muito de te rever
Corbyn parece que incomoda os , Conservadores , os Sionistas e a ala direita do partido Trabalhista.
Corbyn tem sido alvo de acesas críticas no Twitter por parte de Netanyahu desde que o "Daily Mail" divulgou, com recurso a fotografias, que durante uma visita à capital tunisina, em 2014, esteve presente na cerimónia de colocação de uma coroa de flores onde o jornal dizia estarem os túmulos de membros do grupo militante palestiniano Setembro Negro, ligado ao homicídio de atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique de 1972.
Netanyahu escreveu: "A colocação de uma coroa de flores por Jeremy Corbyn no túmulo dos terroristas que perpertaram o Massacre de Munique e a comparação de Israel com os nazis merece uma condenação inequívoca de todos - esquerda, direita e restantes."
O líder trabalhista contra-atacou com críticas ao tratamento dos palestinianos por parte de Israel.
"As afirmações de Netanyahu sobre as minhas ações e palavras são falsas. O que merece uma condenação inequívoca é o assassinato de mais de 160 manifestantes palestinianos em Gaza por parte das forças israelitas desde março, incluindo dezenas de crianças."
E acrescentou: "Estive lá [em Tunis] porque quiz assistir a uma cerimónia de homenagem a todos os que morreram em incidentes terroristas em todo o lado porque temos de acabar com isso. Não podemos procurar a paz com um ciclo de violência em simultâneo. A única forma de encontrarmos a paz é através de um ciclo de diálogo."
A Câmara Municipal de Silves, em conjunto com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve), disponibilizará nos próximos dias rações destinadas à alimentação dos animais provenientes de explorações agrícolas afetadas pelos incêndios da passada semana.
Este será um primeiro apoio e os interessados deverão contactar a autarquia, dando os seguintes dados: nome do agricultor, número de animais, espécie dos animais (se são vacas, ovelhas ou outro tipo de animais) e localização da propriedade agrícola.
O contacto para a entrega destes dados e para a realização do pedido de apoio deverá ser efetuado com Tiago Raposo, secretário do Vice-Presidente, pelo telemóvel 914438750, telefone 282440801 ou email tiago.raposo@cm-silves.pt.
Para além disso, iniciou-se hoje mesmo, pela DRAP Algarve - com a colaboração da autarquia e de diversas instituições, nomeadamente a Segurança Social -, o levantamento de quais foram as explorações agrícolas afetadas e dos prejuízos registados. Na equipa que já se encontra no terreno encontra-se, também, o veterinário municipal, que colaborará na avaliação das situações que necessitam de apoio.
A DRAP Algarve está disponível para prestar esclarecimentos e ajudar no preenchimento das Declarações a todos os agricultores lesados, estando presente um técnico seu nas Juntas de Freguesia das áreas afetadas (Silves, S. Marcos da Serra e SB Messines) das 9h30 às 16h00.
Haverá, ainda, uma equipa em permanência na Delegação do Barlavento (localizada no Parchal) no horário normal de funcionamento: das 9h00 – 12h30 e das 13h30 às 16h30. Também na Herdade do Patacão, em Faro, os agricultores poderão esclarecer as suas dúvidas.
O processo de levantamento de prejuízos permitirá uma melhor definição das medidas de apoio a desencadear por parte do Ministério da Agricultura, pelo que as declarações que nesta fase são apresentadas não constituem qualquer candidatura aos apoios que venham a ser disponibilizados. O processo agora em curso, esclarece a DRAP Algarve, não dispensa a apresentação posterior de uma candidatura formal.
A fase seguinte deste processo é a definição das medidas de apoio e a abertura oficial do processo de candidaturas, na qual o Governo se encontra já a trabalhar, com o objetivo de dar início ao processo de recuperação o mais rapidamente possível.
O evento pretende dinamizar o centro histórico de São Brás de Alportel
As artes de rua e a gastronomia vão voltar a animar o centro histórico de São Brás de Alportel, amanhã, dia 14 de Agosto. O “Calçadas, a Arte Sai à Rua” vai contar com música, dança, artesanato, doçaria e petiscos, poesia, teatro, design, escultura e fotografia, entre outras artes.
Este evento «convida os visitantes a desfrutar a arte a cada passo pelas calçadas do centro histórico são-brasense, inclusivamente pela Rua Gago Coutinho, alvo de intervenção recente», segundo a Câmara de São Brás de Alportel. Mais uma vez, os são-brasenses são desafiados a participar ativamente no concurso.
Um evento de entrada gratuita, que “A Janela mais bonita”, que «incentiva a decoração de janelas e montras do Centro Histórico de forma original e criativa». O vencedor terá a fotografia da sua janela, varanda ou montra na capa da agenda cultural “São Brás Acontece”.
A animação vai pelo diferentes palcos do evento: Vila Adentro, Praça Velha, Adro da Igreja, Biblioteca, À do Calçadas e Calçadinha.
Do cartaz musical fazem parte o grupo Veredas da Memória (música tradicional), do Fadista Motard (fado) e da fadista Sara Gonçalves. Também presentes estarão os grupos The Wine-a-Billy Rollers (rockabilly), Rua da Lua” (música ligeira), Appo (música folk), Luke Redmond (folk/rock) e DJ Miká.
O palco do Adro da Igreja vai ser, uma vez mais, dedicado à dança e conta com as atuações do Rancho Folclórico de Santa Catarina da Fonte do Bispo, da Escola de Dança Municipal, da Companhia de Dança do Algarve e do grupo São Brás Bailando.
O programa a apresentar é «diversificado e pensado para toda a família». As crianças podem contar com o espetáculo infantil Trocadoras Itinerantes e o momento cultural “Trovas do Vinho” apresentado por Afonso Dias.
Para a família toda, haverá “Histórias de arrepiar”, que vão ser contadas por Maria José Carocinho e Fernando Guerreiro na Calçadinha, a partir da meia-noite.
Tiago Barbosa Ribeiro exige que o convite da Web Summit a Marine Le Pen seja retirado uma vez que não é aceitável “convidar uma dirigente fascista para subir ao palco de um evento financiado com dinheiros públicos portugueses”.
Na passada quinta-feira, foi noticiado que Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, fazia parte do painel de oradores da Web Summit, marcada para novembro, em Lisboa. Dois dias depois, o nome da líder do partido de Extrema-Direita francesa desaparecia do site oficial do evento. Regressaria ontem, segunda-feira, sem que, até ao momento, a organização tenha confirmado ou desmentido a presença de Le Pen em Portugal.
O assunto tem suscitado discussão nas redes sociais, e várias figuras políticas, assim como grupos ativistas como o SOS Racismo, que exigiu a retirada do convite, têm condenado a eventual presença da líder da Frente Nacional na Web Summit. Um dos deputados a manifestar o seu desagrado foi o socialista Tiago Barbosa Ribeiro que, num texto publicado na sua página de Facebook, afirma que “ao fascismo não se dá voz, proíbe-se, como na Constituição da República Portuguesa”. Começando por manifestar a sua perplexidade face ao convite a Marine Le Pen, Barbosa Ribeiro questiona também a organização do evento, reiterando que se o convite não foi retirado, “tem de ser”
“Não consigo perceber o que levou alguém a convidar Marine Le Pen para falar na Web Summit nem o que esperaria que as pessoas aprendessem a ouvir aquela espécie de fascismo 2.0 em relação ao velho extremismo do seu pai. Também ainda não percebi, depois de alguma confusão, se já foi ou não desconvidada. Sucede que se não foi, tem de ser”, escreve o deputado socialista. Para Barbosa Ribeiro, “não podemos permitir este branqueamento do fascismo numa Europa onde ele vai ressurgindo com roupagens trendy”, pelo que não é aceitável “convidar uma dirigente fascista para subir ao palco de um evento financiado com dinheiros públicos portugueses” “É por isso simples até que percebam a mensagem: Le Pen não falará na Web Summit”, remata.
Condutor da viatura foi detido. Autoridades estão no local, sendo que as causas que estão na origem do incidente ainda não são claras.
A polícia britânica deteve um homem na manhã desta terça-feira depois de um carro ter embatido contra as barreiras de segurança no exterior do parlamento britânico, em Westminster. As causas que estão na origem deste incidente ainda não são claras, não estando descartada a hipótese de atentado terrorista.
"Às 07h37 de hoje, um carro colidiu com as barreiras de segurança no exterior do parlamento. O condutor do carro foi detido pelas autoridades no local. Um número [por determinar] de transeuntes ficou ferido. As autoridades permanecem no local. Divulgaremos mais informação assim que a tivermos", escreveu a polícia metropolitana na rede social Twitter.
As estradas circundantes foram cortadas e, em Westminster, está um enorme aparato policial. Várias ambulâncias acorreram também ao local. A estação de Westminster está encerrada.
No vídeo, abaixo, é possível ver o momento em que o dispositivo policial chega, culminando na detenção do condutor da viatura, ao que tudo indica um Ford Focus prateado. Do condutor, é possível ver que veste um casaco preto e uma camisola branca.
VÍDEO
Entretanto, uma testemunha relatou à BBC o que parece ser um "ataque intencional". " Acho que pareceu intencional. O carro seguia a alta velocidade quando embateu na barreira", afirmou a transeunte Ewalina Ochab.
"Eu estava a caminhar no outro lado da rua. Ouvi algum barulho e alguém gritou. Virei-me e vi um carro prateado a alta velocidade, muito perto dos trilhos, talvez até no passeio", relatou.
Outras testemunhas, citadas pela Sky News, dizem ter visto ciclistas "deitados no chão"depois de o carro passar a alta velocidade.
Devido às férias de verão, poucos políticos britânicos estão a trabalhar neste momento. No entanto, há várias pessoas a trabalhar nas redondezas de Westminster.
Depois do ataque de março de 2017, quando Khalid Masood atropelou vários peões e depois esfaqueou um polícia, causando a morte de quatro pessoas, as medidas de segurança no exterior do parlamento britânico foram reforçadas, estando atualmente rodeado de barreiras de segurança de aço e de betão.
PRETO DUM CABRÃO, ALGARVIO DE MERDA, PORCO, ESCRAVO DOS TURISTAS, NORTENHO DO CAR#4%#, ALENTEJANO COMUNISTA, MOURO, ETC ETC.
ISTO SERIAM ADJECTIVOS PRÓPRIOS E SE "ACEITAVA" EXISTIREM COM TANTA "FORÇA DERIVADO À DITADURA E À ESCURIDÃO DO REGIME FASCISTA SALAZARISTA/CAETANISTA, EXISTIREM" NUMA SOCIEDADE MEDIEVAL E DEPOIS NO COLONIALISMO E PODERIAM SER "DESCULPADOS" DERIVADO ÀS ESTRUTURAS EDUCACIONAIS PRATICAMENTE INEXISTENTES, AO CONTEXTO POLÍTICO DA ALTURA, ONDE SÓ UMA ÍNFIMA PARTE DA POPULAÇÃO TINHA ACESSO À EDUCAÇÃO E CULTURA .
OS ADJECTIVOS RACISTAS GEOGRÁFICOS DEMONSTRAM BEM AOS QUE TÊM JUÍZO, QUE A CEGUEIRA E A ESTUPIDEZ ATINGE CULTOS E ANALFABETOS E DEMONSTRA A IGNORÂNCIA O ÓDIO RECALCADO QUE AINDA EXISTE E PERMANECE DENTRO DO SER HUMANO.
TRABALHAS QUE NEM UM PRETO !
ÉS UM BIMBO MALCRIADO NÃO SABES O QUE É GOZAR A VIDA, FOSTE CRIADO A CEBOLA E A
COUVE !
ALGARVIO, MOURO, SE NÃO FOSSEM AS PRAIAS,OS INGLESES, MORRIAS À FOME !
ALENTEJANO MALANDRO !
TUGAS, BRAZÚCAS, CAMÓNES, CIGANOS, RETORNADOS ADJECTIVOS QUE SE OUVEM CARREGADOS DE ADVERSIDADE MUITAS DAS VEZES SEM QUALQUER EXPLICAÇÃO OU RAZÃO.
UM PEQUENO SOMATÓRIO DOS "PIROPOS" A QUE FREQUENTEMENTE ESTAMOS HABITUADOS A OUVIR E QUE PARECE AINDA MERECEM MUITA ACEITAÇÃO ENTRE OS "ARIANOS" MODERNOS SEJAM ELES RICOS OU POBRETANAS.
AS PESSOAS NÃO NASCEM RUINS, MAUS, A SOCIEDADE É QUE AS TRANSFORMA E AS PROMOVE NO AMOR E NO ÓDIO.
HOUVE E HAVERÁ SEMPRE QUEM NÃO SE INTEGRE MESMO QUE EXISTAM ESFORÇOS NESSE SENTIDO. A PRÁTICA DE CRIMES É MUITO COMPLEXA, OBEDECE A UMA SÉRIE DE CIRCUNSTÂNCIAS E RAZÕES.
O BANQUEIRO ROUBA MILHÕES E ESSES MILHÕES QUE ROUBA PODEM LEVAR AO DESEMPREGO E O DESEMPREGADO A TORNAR-SE UM GATUNO, UM MARGINAL.
HÁ QUE PUNIR NA BASE E NÃO PRENDER UNS E SOLTAR OUTROS.
SÓ OS CAPITALISTAS, OS GRANDES FASCISTAS NÃO SE DIGLADIAM, PROTEGEM-SE ENQUANTO OS MENOSPREZAMOS NA SUA ESTRATÉGIA E NÓS OS EXPLORADOS LHES CHAMAMOS IGNORANTES !
SÃO ! REALMENTE IGNORANTES E BESTAS OS QUE PRATICAM ESTA DOUTRINA, MAS ENTÃO PORQUE NÃO OS IMITAMOS NA UNIDADE E NA DEFESA DA NOSSA CONDIÇÃO, DA NOSSA CLASSE, A QUE TRABALHA E CONSTRÓI E A QUE DEVERIA TER DIREITOS E NÃO TEM ?
OS CAPITALISTAS, OS FASCISTAS, SEJAM DO NORTE, CENTRO, OU SUL, ANTES PELO CONTRÁRIO EXPLORAM E PROMOVEM A DIVISÃO NO SEIO DO POVO QUE MISERAVELMENTE ACEITA ESTAS DISCRIMINAÇÕES, NÃO DISCERNINDO QUE SE ESTÁ A DIVIDIR E A SER INJUSTO PARA COM A SUA GENTE, PARA COM OS QUE AINDA PRODUZEM ALGO NO PLANETA TERRA.
SOMADO A TUDO ISTO O ANTICOMUNISMO MAIS ORDINÁRIO, QUE RENEGA, QUE FAZ QUE DESCONHECE E MALEVOLAMENTE ACUSA TODOS OS DIAS GENTE HONESTA E ÍNTEGRA, QUE NUNCA, ONTEM E HOJE CONTRIBUÍU PARA A SELVA E O ABISMO SOCIAL QUE SE VIVE EM PORTUGAL.
A HISTÓRIA, A RECENTE E A ANTIGA ESTÁ PARA MUITOS COMO UMA CHICLETE, MASTIGAM E DEITAM FORA.
DE TÃO ARMADOS EM SABEDORES, EM XICOS ESPERTOS VOLTAM A APANHAR A "PASTILHA" QUE HÁ DIAS DEITARAM FORA E MUITOS ATÉ A ENGOLEM.