Segundo Bárbara Bulhosa, num post que fez na sua conta de Facebook, da lista de livros selecionados pela Tinta-da-China para figurarem na Festa do Avante foi "retirado o diário de prisão do Luaty Beirão, com o argumento que incomodaria os camaradas do MPLA que irão á Festa".
Bárbara Bulhosa completou o desabafo, dizendo que "é uma tristeza verificar que para o PCP os presos políticos continuam a ter nacionalidade, e que os que interessam são só os nossos, durante o Estado Novo".
Contactada pelo SAPO24, a Tinta-da-China clarificou que a informação foi avançada "num post pessoal da Bárbara [Bulhosa] e não da Tinta-da-China". A editora confirmou, contudo, que após ter feito "uma sugestão de uma lista de livros para estar à venda" o PCP "informou a Tinta-da-China" que havia alguns livros que "preferiam não vender e um deles era o do Luaty". A editora advertiu ainda que Bárbara Bulhosa se encontra de férias, pelo que remeteu mais esclarecimentos num futuro próximo.
O livro, intitulado “Sou Eu Mais Livre, Então”, é um diário que Luaty Beirão, rapper e ativista luso-angolano, manteve durante 13 dias enquanto esteve detido preventivamente na prisão de Calomboloca, em Angola.
A detenção de Luaty Beirão e de outros 16 activistas ocorreu sob o pretexto de conspiração contra o Presidente de Angola, mandato na altura ocupado por José Eduardo dos Santos, que também é o líder do partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). O caso foi amplamente noticiado, especialmente quando Luaty Beirão iniciou uma greve de fome de 36 dias que o levou a ser assistido num hospital de Luanda.
O grupo acabou por ser libertado a 29 de junho de 2016 por decisão do Tribunal Supremo e depois da pressão da comunidade internacional, tendo depois sido foi alvo de uma amnistia presidencial.
Em resposta a este caso, o PCP enviou um comunicado oficial ao SAPO24, dizendo que a "A 'Festa do Livro' que marca presença na Festa do Avante! é da responsabilidade da Editora 'Página a Página' que assume os seus próprios critérios e opções editoriais quer quanto às editoras convidadas quer quanto aos títulos à venda". O Partido Comunista adianta ainda que "pela expressão e reconhecimento que o espaço granjeou ao longo de quatro décadas, expôs milhares de títulos, de largas dezenas de editoras, é natural que a editora responsável observe critérios seus de qualidade e seriedade nos títulos que põe à disposição dos visitantes".
Em resposta ao post de Bárbara Bulhosa e à confirmação da Tinta-da-China, o PCP diz rejeitar " operações difamatórias vindas de quem sem crédito se move pelo preconceito e o mais primário anticomunismo."
O SAPO24 tentou contactar a editora Página a Página - que para além da Festa do Avante é responsável pela por feiras do livro na Gare do Oriente e em parceria com autarquias como Almada ou Loures -, mas não obteve qualquer resposta.
O olhar de 10 fotógrafos sobre o mar, os oceanos e a Ria Formosa revela-se na exposição coletiva «Mare Nostrum», patente até 8 de Setembro, na Galeria Arco, na Vila-Adentro de Faro.
Integrada na programação do Festival F, esta exposição pretende revelar «o importante papel que a fotografia pode desempenhar na causa da preservação do Mar, dos Oceanos, da Ria Formosa e, em particular, chamar a atenção para a candidatura para certificação da Estação Náutica de Faro, no âmbito da rede das Estações Náuticas de Portugal, que está a ser promovida pela Fórum Oceano.
Nesta mostra, inaugurada a 19 de Agosto, Dia Mundial da Fotografia, é possível contemplar uma seleção rigorosa de histórias e ambientes decorrentes de atividades regularmente desenvolvidas na Galeria Arco pela ALFA – Associação Livre de Fotógrafos do Algarve.
Participam na exposição os fotógrafos António Bernardes, Carlos Cruz, Dário Agostinho, Eduardo Pinto, Marco Pedro, Mauro Rodrigues, Paulo Côrte-Real, Saúl Lopes, Teresa Palaré e Vitor Azevedo.
Embora considere que "se alguém merecia as honras de Panteão, com certeza era o José Afonso", Manuel Alegre defende que é preciso ter cuidado para evitar a banalização das honras.
Manuel Alegre defende que é preciso estabelecer regras em relação às transladações para o Panteão Nacional. Ouvido pela TSF, o histórico socialista pediu um "debate sereno" sobre o assunto, sem "precipitação emocional".
"Tem que haver uma reflexão muito séria, regras muito estritas, tempo necessário para que haja uma meditação sobre a projeção da vida das pessoas na memória e na sociedade, porque, senão, caímos na absoluta banalização do Panteão", defendeu Manuel Alegre. "Qualquer dia, qualquer 'bicho careta' entra", ironizou.
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"Fizeram-se propostas que levavam para o Panteão pessoas, não por mérito ou por feitos excecionais, mas pelos cargos que tinham exercido (ou seja, os chefes de Estado) - isso não pode ser!", reclamou.
Manuel Alegre refere outros nomes que também poderiam ter sido propostos, como José Saramago ou Miguel Torga, e que teriam lugar no Panteão, mas sublinha a necessidade de reflexão: "Há muita gente que não está no Panteão e que devia lá estar, portanto, é preciso muito cuidado. Senão qualquer dia temos de fazer outro [Panteão]". "Morre alguém muito conhecido e, pumba, Panteão! Não pode ser", reafirmou.
"Fui e sou um grande amigo e admirador do Zeca Afonso, conheci-o muito bem. Foi a pessoa mais despojada que conheci - num poema que lhe escrevi, chamei-lhe um "franciscano laico"", recorda Manuel Alegre.
O político e poeta acredita que o músico "não gostaria muito" de ser homenageado. "Acho que a família interpretou bem o seu sentir", constata, embora não tenha dúvidas de que "se alguém merecia as honras de Panteão, com certeza era o José Afonso".
SOM AUDIO
Manuel Alegre considera, no entanto, que há figuras que pertencem ao país e que, por isso, nem a vontade da família pode contrariar a honra do Panteão Nacional "Havendo um grande consenso, deve prevalecer. A partir desse momento, a pessoa pertence ao país - a menos que haja, da parte do próprio, uma manifestação expressa de que não quer ir para o Panteão", concluiu.
António da Silveira Pinto da Fonseca, Presidente da Junta Provisional do Governo Supremo do
Reino
O General de Brigada Sepúlveda, em gravura de 1822
Na sequência das invasões francesas e da partida da família real para o Brasil, e não obstante as vitórias sobre
as forças napoleónicas, Portugal tornou-se um país abandonado pelo seu rei nas mãos de uns quantos oficiais ingleses. Os portugueses sentiam que D. João VI descurara o reino, sentiam que a metrópole se tornara numa colónia do Brasil, sob influência britânica, situação agravada ainda pela constante drenagem de recursos para a colónia e o permanente desequilíbrio orçamental.Em 1817, várias pessoas foram presas sob a acusação de conspirarem contra a vida de Beresford e contra a regência. A sentença foi dura: a execução de doze portugueses,incluindo Gomes Freire de Andrade. Esta atitude, longe de acalmar os ânimos, antes os exaltou.Em 22 de janeiro de 1818, Manuel Fernandes Tomás fundou no Porto uma associação secreta - o Sinédrio -, cuja atividade consistia em acompanhar a atividade política e intervir, se fosse caso disso.No ano de 1820 vários fatores iriam contribuir para o agravamento da situação.
O liberalismo triunfou em Espanha, aprofundando-se os já existentes contactos com liberais portugueses. Beresford partiu em fins de março para o Brasil, a fim de obter junto de D. João VI mais amplos poderes. O Sinédrio aproveita a sua ausência para aumentar significativamente o seu já grande número de membros e preparar irreversível e definitivamente a revolução.Assim, às primeiras horas da manhã de 24 de agosto de 1820, o exército, sob a liderança dos coronéis Sepúlveda e Cabreira, revoltou-se no Campo de SantoOvídio, no Porto. De imediato se efetuou uma reunião na Câmara Municipal, formando-se uma Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, sob a presidência do brigadeiro-general António da Silveira. A Junta tinha como objetivos imediatos a tomada da regência do reino nas suas mãos e a convocação de Cortes que redigiriam a Constituição.Em Lisboa a regência tentou resistir, mas soçobrou perante um novo levantamento, a 15 de setembro,que formou um Governo Interino.Em 28 de setembro os revolucionários do Norte e do Sul juntam-se numa novaJunta Provisional, presidida por Freire Andrade (parente do mártir executado em 1817).
O novo Governo quase nada fez além de organizar as eleições para as Cortes. Estas, realizadas em dezembro de1820, de imediato solicitaram o regresso à metrópole de D. João VI. Em janeiro de 1821 as Cortes elegeram um novo governo e uma nova regência (presidida pelo conde de Sampaio), para governar até ao regresso do rei.
Revolução de 1820.
In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014.
O Passeio Público nasceu da reconstrução da cidade pombalina do século XVIII e constituía o prolongamento da praça do Rossio, espaço para ser amplo, também ele fluído, ortogonal e funcional para a cidade, um espaço de lazer.
Em 1785 já existiria e constava do Plano Geral da cidade desse ano. Compunha-se de um vasto bosque, delimitado por grossos muros, mais tarde gradeado e com entradas no topo norte e sul, que regulavam as entradas e saídas e faziam cumprir as posturas municipais sobre o comportamento dos seus visitantes.
Entre 1830 e 1840, melhoramentos sucessivos foram feitos pela Câmara Municipal de Lisboa. Construiu-se uma cascata com o nicho que albergava a estátua de Anfitrite, deusa do mar, um terraço com acesso para a praça da Alegria e projectaram-se viveiros e pavilhões de música para animar o recinto.
Mas a cidade emergia para norte e o desenvolvimento industrial impunha uma nova ordem na circulação de pessoas e de veículos e, por isso, uma nova concepção em fazer a cidade.
Era essencial abrir uma nova artéria na capital para a expansão da cidade para norte.
No dia 24 de Agosto de 1879, iniciaram-se os primeiros trabalhos de demolição do Passeio Público para se abrir a futura avenida da Liberdade.
O projecto obrigaria à expropriação de alguns terrenos, na maioria hortas e quintas, tarefa essa camarária e da intervenção do ilustre José Gregório da Rosa Araújo, que financiou algumas das expropriações na zona.
Em 1881, a Câmara Municipal ficou incumbida de executar as expropriações, demolições, construção da avenida da Liberdade e a urbanização de novos bairros: do Conde Redondo e Camões a oriente, e do bairro Barata Salgueiro a ocidente. Demoliu-se também o antigo circo Price e o teatro do Salitre.
O projecto da avenida da Liberdade foi traçado pelo engenheiro Frederico Ressano Garcia e pela sua equipa da Repartição Técnica da Câmara e consistia no risco de dois lanços. O primeiro com início na entrada do Passeio Público, entre a zona dos Restauradores e a praça da Alegria, e o segundo partiria desta praça até à zona do Vale do Pereiro. Estes primeiros trabalhos prolongaram-se até 1885.
O projecto foi assim executado e a avenida da Liberdade foi oficialmente inaugurada em 28 de Abril de 1886, com a presença do rei D. Luís I, da corte e de uma cerimónia. Estava aberta uma nova era na urbanização e na expansão da cidade.
Avenida da Liberdade - (1905) Litografia de João Christino (Avenida da Liberdade cruzamento com a Rua Alexandre Herculano, podemos ver nos talhões as primitivas estátuas) (Suplemento ao Nº 488 do "Mala da Europa") inBIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL
Poeta, ensaísta e escritor de contos argentino, nasceu a 24 de agosto de 1899 em Buenos Aires, na Argentina e morreu a 14 de junho de 1986 em Genebra, na Suíça. Levou ao estabelecimento do Movimento Extremista da América do Sul.
Borges cresceu no Distrito de Palermo, sede de alguns dos seus trabalhos. A sua família notabilizou-se na História da Argentina e, sendo de ascendência britânica, aprendeu primeiro o inglês e só mais tarde o espanhol. Os primeiros livros que leu foram os da biblioteca do pai e incluíam The adventures of Huckleberry Finn, os romances de H. G. Wells, The Thousand and One Nights e Don Quixote, todos escritos em inglês.
Em 1914, com o eclodir da I Guerra Mundial, Borges foi levado pela família para Genebra, aprendendo o francês e o alemão. Em 1921 voltou para Buenos Aires, redescobriu a sua cidade natal e reconstruiu, em poemas, o seu passado e o seu presente. Publicou o primeiro livro de poemas, Fervor de Buenos Aires, em 1923. Foi autor de vários ensaios, poemas e contos, fundou três jornais literários e publicou Carriego, em 1930.
A fase que se seguiria na vida do escritor viria a ser marcada pela ficção. Escreveu a História Universal de la infamia em 1935. Para ganhar a vida, em 1938, aceitou um cargo na biblioteca de Buenos Aires. Viria a lembrar-se deste período como "de nove anos de infelicidade".
Nos oito anos seguintes publicou as suas melhores histórias fantásticas, reunidas na obra Ficções, escrita em 1944, e um volume de traduções inglesas intitulado El Aleph and other Stories.
Com a ditadura de Juan Perón, que passou a tomar conta dos destinos do país em 1946, Borges foi despedido do cargo que exercia por expressar o seu apoio aos aliados na Segunda Guerra Mundial. Com a ajuda de amigos, publicou em 1952 uma coleção de ensaios, Otras inquisiciones (1937-52). Quando Perón foi deposto, em 1955, Borges tornou-se diretor da Biblioteca Nacional e foi também professor de inglês e de literatura americana na Universidade de Buenos Aires.
Borges explorou temas metafísicos nos seus primeiros trabalhos. Em 1960 escreveu El hacedor e El libro de los seres imaginários, em 1967. Mais tarde, em 1970, escreveu El informe de Brodie, onde adotou um estilo mais realista. A obra El libro de arena, publicada em 1955, marcou o retorno aos temas fantásticos.
Depois de 1961, altura em que Borges e Samuel Beckett partilharam o prestigioso prémio Formentor, as narrativas e os poemas de Borges foram reconhecidos como clássicos da literatura mundial. Fontes: Infopédia wukipedia (imagens)
Estes valores e outros da mesma natureza nunca são incluídos nos custos de salvamento dos bancos , perdão dos banqueiros... Dinheiro que depois falta na saúde , educação . manutenção de infra estruturas ...
"O Banco de Portugal assumiu o pagamento de 4,85 milhões de euros para contratar o escritório de advogados Vieira de Almeida. É o maior contrato de sempre entre ambas,conforme avançou o Expresso.
Os "serviços de assessoria jurídica e de patrocínio judiciário" prestados pelo escritório de advogados foram contratados por ajuste directo e os 4,85 milhões, a que ainda acresce IVA, é o tecto máximo do que o regulador liderado por Carlos Costa pode gastar, de acordo com osdados publicados no portal Base.Este preço é definido por valores por hora.
"Os honorários a pagar correspondem aos valores de mercado habitualmente cobrados pelas entidades em causa, os quais estão em linha com os valores cobrados por outras sociedades de advogados equiparáveis", justificou o Banco de Portugal ao Expresso. Uma resposta que já tinha sido dada várias vezes pela mesma entidade quando questionada sobre contratos anteriores assinados com a Vieira de Almeida.
Quais são efectivamente os serviços prestados em causa não é explicado no documento publicado. Os pormenores são remetidos para o caderno de encargos, como é prática no Banco de Portugal, mas esse caderno não é tornado público.
"Está ligado à litigância referente à resolução do BES" é o que o regulador tem dito sobre os contratos com a Vieira de Almeida. Já havia quatro contratos anteriores,no valor global máximo de 6,2 milhões, sem IVA.Estes são os valores máximos, não os finais, que só são definidos no fecho de cada um dos contratos, sendo que os montantes não têm o imposto associado.
Assinado a 25 de Junho deste ano, o contrato reporta efeitos a 28 de Dezembro de 2017. O Banco de Portugal apaga, no documento disponibilizado no Base, quem são os responsáveis que assinam o contrato.
"A VdA tem prestado, ao longo dos últimos três anos, assistência jurídica ao Banco de Portugal nas diferentes frentes da resolução do BES, incluindo o processo de venda do Novo Banco e a defesa do Banco de Portugal em muitas centenas de acções judiciais cíveis e administrativas", foi a resposta dada pela sociedade de advogados ao Negócios aquando do quarto contrato. Ao Expresso, e sobre este quinto contrato, a Vieira de Almeida não quis fazer comentários.
A resolução do BES, determinada a 3 de Agosto de 2014, criou uma enorme litigância, que obrigaram o Banco de Portugal a procurar patrocínio jurídico fora dos seus quadros. Essa contratação foi sendo feita por ajuste directo, sem concurso, sendo que o regulador, pese embora os pedidos, não tem divulgado quais os custos totais enfrentados. " N.
Curiosamente, ontem à tarde entre as 16:00 e as 16:30, estava um funcionário da Publirádio a cobrir com uma película auto-colante, o mupi da imagem, ali junto à ponte do caminho de ferro, na Rua 18 de Junho.
Aquele mupi era pertença da empresa JCDecaux, nem outra coisa faria sentido, já que a autarquia tinha um contrato com ela para a exploração comercial dos mupis e dos abrigos dos transportes públicos.
Segundo diz a Câmara Municipal, pela voz do seu presidente, havia um ano que a autarquia estava em negociações com a empresa com vista à renovação atempada do acordo que agora terminou.
Mas se é verdade que já haviam negociações, também não é menos verdade que há um ano atrás, estávamos em plena campanha eleitoral, campanha que levantou muita celeuma e com o candidato-presidente a dizer que os cartazes teriam sido uma oferta. Mas isso eram os cartazes! E os suportes de quem eram? Da Plubirádio?
Isto levanta uma outra questão que é a completa ausência de fiscalização das campanhas de candidaturas ligadas aos partidos no Poder autárquico, para se saber quem paga toda esta cagada.
Voltando ao assunto do mupi em questão.
Ele era pertença da JCDecaux, Poderá ter vendido à Publirádio e aí nada teremos a dizer. Mas se estavam obrigados a retirar todo o mobiliário urbano como se lê no texto da autarquia, também este mupi teria de ser retirado. E não foi porquê?
Esta manobra é de muito duvidosa legalidade para alem de revelar a promiscuidade política com a empresarial, em prejuízo de uns e benefícios de outros.
Pergunta-se se a JCDecaux tinha um contrato de exclusividade, como pode a Publirádio ter aquele mupi?E pode utilizá-lo em nome de quê e de quem?
O que isto vem anunciar é desde logo quem vai ganhar o tal concurso publico, e parece já não haver duvidas sobre a forma como se realizam estes concursos.
Mas também desmente o presidente no que diz respeito à modernização do mobiliário urbano, já que afinal vai manter o antigo, nalguns casos.
Em resumo, parece que estamos perante o pagamento de um favor feito durante a campanha eleitoral, com outro favor. E agora digam lá que este Poder não é do tipo político-mafioso?
O foguetório político e mediático (incluindo a vergonhosa intervenção de Centeno) sobre o “fim da crise grega” não passa de um enorme embuste. A declaração de que a crise grega acabou é meramente a constatação de que já não resta nada para esfolar ao povo grego no interesse dos bancos estrangeiros. A Grécia está muito pior do que antes da intervenção, e está a afundar-se rapidamente.
O encobrimento político e mediático do genocídio da Nação Grega começou ontem (20 de Agosto) com proclamações políticas da UE e de outros anunciando que a Crise Grega acabou. O que eles querem dizer é que a Grécia acabou, morreu e está arrumada. Foi explorada até ao limite, e a carcaça foi lançada aos cães.
350.000 gregos, sobretudo os jovens e os mais qualificados, fugiram da Grécia. A taxa de natalidade está muito abaixo do necessário para manter a população que resta.
A austeridade imposta ao povo grego pela UE, o FMI e o governo grego resultou numa contracção de 25% na economia. O declínio é equivalente ao da Grande Depressão nos EUA, mas os efeitos na Grécia foram piores.
O presidente Franklin D. Roosevelt reduziu o impacto do desemprego massivo com o Social Security Act e outros elementos de uma rede de segurança social de apoio tais como a garantia dos depósitos e programas de obras públicas, enquanto o governo grego, seguindo as ordens do FMI e da UE agravou o impacto do desemprego massivo com o desmantelamento da rede de apoios de segurança social.
Tradicionalmente, quando um país soberano – fosse em resultado de corrupção, desgoverno, má sorte, ou acontecimentos inesperados - se via sem condições para pagar as suas dívidas, os credores desse país reviam as dívidas em baixa até ao nível em que o país endividado podia satisfazer os seus compromissos.
Com a Grécia houve uma mudança de regras.
O Banco Central Europeu, presidido por Jean-Claude Trichet, e o Fundo Monetário Internacional decidiram que a Grécia teria de pagar a totalidade da dívida e dos juros dos seus títulos detidos por bancos alemães, holandeses, franceses e italianos.
Como seria isto alcançado?
De duas formas, ambas as quais agravaram grandemente a crise, deixando a Grécia de hoje numa posição muito pior do que aquela em que se encontrava há quase uma década.
No início da “crise,” que teria sido facilmente resolvida pela redução de parte da dívida, a dívida grega representava 129% do PIB grego. Hoje a dívida grega representa 180% do PIB.
Porquê?
A Grécia contraiu mais empréstimos para pagar juros aos seus credores, de modo a que estes não tivessem que perder nem um cêntimo. O empréstimo adicional, designado “resgate” pelos prostituídos media financeiros, não era um resgate da Grécia. Era um resgate dos credores da Grécia.
O regime de Obama encorajou este resgate, porque os bancos norte-americanos, na expectativa de um resgate, tinha vendido fundos sobre a dívida grega (“swaps”) sem cobertura de crédito. Sem um resgate os bancos dos EUA teriam perdido essa aposta e teriam de pagar as garantias em falta sobre Títulos de Dívida gregos.
Para além disso, foi requerido à Grécia que vendesse a estrangeiros os seus activos públicos e dizimasse o sistema de segurança social grego, por exemplo reduzindo as pensões a níveis inferiores ao limiar de subsistência e reduzindo de tal forma os cuidados de saúde que as pessoas morrem antes de poderem obter tratamento.
Para registo, a China comprou os portos de mar gregos, a Alemanha comprou o aeroporto. Diversas entidades europeias e alemãs compraram as empresas municipais de abastecimento de água. Especuladores imobiliários compraram ilhas gregas protegidas para empreendimentos imobiliárias.
Este saque da propriedade pública grega não teve por finalidade a redução da dívida grega. Foi encaminhado, tal como os novos empréstimos, para pagar juros.
A dívida permanece, maior do que nunca. A economia está mais reduzida do que alguma vez esteve, tal como está a população grega sobre quem recai o peso da dívida.
A declaração de que a crise Grega acabou é meramente uma constatação de que já não resta nada para extrair ao povo grego no interesse dos bancos estrangeiros.
A Grécia está a afundar-se rapidamente. Todo o seu rendimento associado a portos de mar, aeroportos, serviços municipais, e todo o restante património público que foi privatizado à força pertence agora a estrangeiros que transferem o dinheiro para fora do país, afundando dessa forma ainda mais a economia grega.
Os gregos não viram apenas ser-lhes roubado o futuro económico. Perderam também a sua soberania.
A Grécia não é uma nação soberana. É governada pela UE e o FMI. No meu livro The Failure of Laissez Faire Capitalism, publicado em 2013, descrevo claramente como isto foi feito na Parte III, “The End of Sovereignty,” [O Fim da Soberania].
O povo grego foi traído pelo governo Tsipras.
Eles tinham a opção de se rebelar e de fazer uso da violência para derrubar o governo que os vendeu aos banqueiros internacionais. Em vez disso, os gregos aceitaram a sua própria destruição e nada fizeram. Essencialmente, a população grega cometeu um suicídio em massa.
A crise financeira mundial de 2008 não está ultrapassada. Foi varrida para debaixo do tapete da criação massiva de moeda pelos bancos centrais dos EUA, UE, Reino Unido e Japão. A criação de dinheiro ultrapassou o crescimento real da produção e fez subir os valores dos activos financeiros para além do que pode ser suportado por “condições no terreno.”
Falta ainda ver como evoluirá esta crise. Poderia resultar na destruição da civilização Ocidental. Irão os cães devorar-se uns aos outros? Depois da Grécia será Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Austrália, Canadá, até que não reste nenhum?
A totalidade do Mundo Ocidental vive entre mentiras fomentadas por poderosos grupos de interesses económicos para servir os seus interesses. Não existem meios de comunicação social independentes com excepção dos que difundem online, e esses estão a ser diabolizados e está a ser-lhes recusado o acesso. Povos que vivem num mundo de informação controlada não fazem qualquer ideia do que lhes está a acontecer. Portanto não podem agir de acordo com os seus interesses.
Terça-feira, 21 de agosto de 2018, o primeiro-ministro, Alexis Trsipras, no seu discurso na ilha Ítaca sobre a saída oficial dos memorandos, na realidade anunciou a continuação da política antipopular. As suas frases "saímos dos memorandos, mas não ficamos por aqui" e "com prudência e responsabilidade, para não regressarmos à Grécia dos defices e da falência", são compromissos claros aos prestamistas e aos mercados de que os dias das medidas antipopulares não acabaram.
Ao mesmo tempo, em tom festivo, tentou criar no povo um clima de expectativas de alguma coisa vai mudar para melhor. A ilha de Ítaca foi escolhida pelo governo para cultivar esse tipo de expectativas, ligando-a à mítica viagem épica da Odisseia e o fim das aventuras de Ulisses, marcadas pelo seu regresso ao local de nascimento, Ítaca.
A Secção de Imprensa do Comité Central do KKE destaca no seu comunicado sobre as declarações de Tsipras que: "O primeiro-ministro está a tentar esconder que a suposta "nova era" assenta as suas bases na ruína dos direitos do povo e dos jovens.
O dia seguinte será a continuação do dia anterior, já que estão ainda em vigor centenas de leis dos memorandos, debaixo da estrita supervisão da UE, os "superávites de sangue, a selva laboral, o espólio fiscal, a deterioração de todos os aspectos da vida humana. Tudo isto conhece muito bem o povo grego, por muito que o SYRIZA-ANEL tente enganá-lo, por muitas teatralidades a que o senhor Tsipras recorra.
O governo não se compromete a abolir nem uma só medida imposta ao povo através dos memorandos. Pelo contrário, compromete-se a continuar com as reformas, a que não haja regresso ao passado, o que na essência significa que o povo deve esquecer tudo o que perdeu e estar satisfeito com as migalhas e as esmolas.
De qualquer modo esta é a ordem do capital, bem como dos parceiros do governo, a UE e o FMI que, por um lado, felicitam o governo por levar a cabo a sua tarefa suja, e por outro antecipam a continuação da política antipopular. A aplicação desta política será avaliada pelos "mercados" e pelos "investidores", para continuarem a confiar na economia grega.
A realidade do memorando tal como foi descrita pelo primeiro-ministro, a pobreza, o desemprego, a repressão, a corrupção, os escandalosos lucros do capital constituem a barbárie da via de desenvolvimento capitalista, bem como o núcleo da sua política, que continuou firmemente a política dos governos da ND e do PASOK
Esta coincidência estratégica não se pode ocultar apesar dos esforços destes dois partidos, apesar dos falsos dilemas como as "frentes contra a direita- contra o Syriza", de "progresso-conservadorismo", que parecem a velha história do bipartidarismo em falência.
Nenhuma confiança, nenhuma ilusão! Para o povo a saída limpa significa a abolição das leis dos memorandos, da recuperação das perdas, da satisfação das necessidades contemporâneas.
O povo, os trabalhadores não são lotófagos , eles não vão ficar do lado de Scylla ou Charybdis. Será o senhor Tsipras a escolher com qual dos dois monstros quer que o seu governo se identifique. Nós escolhemos a nossa própria Ítaca que nos oferecerá a maravilhosa jornada da luta pela vida e pelo futuro que merecemos. Esta Ítaca seguramente não nos decepcionará.
“Um Mar de Filmes!”, uma mostra de cinema documental de cariz etnográfico ao ar livre, vai invadir, nos sábados do mês de Setembro, a Fortaleza de Sagres, os Monumentos Megalíticos de Alcalar, em Portimão, e Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, na Raposeira (Vila do Bispo).
A iniciativa decorre nos dias 1, 8, 15, 22 e 29 de Setembro, nestes monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Algarve.
O filme “O Mar de Sines” fará a abertura do festival na Fortaleza de Sagres, no dia 1 de Setembro, às 21h00, com a presença do realizador Diogo Vilhena e do produtor António Campos.
«Este documentário é um projeto de cinema com a comunidade, que reúne os testemunhos de três gerações de pescadores que conhecem como poucos o mar do sudoeste português: o que o mar oferece e o que o mar reclama; o encanto do mar e a sua dura realidade», explica a Direção Regional de Cultura do Algarve.
“Um Mar de Filmes!” é um projeto do Rizoma Lab – Associação Cultural e tem a coordenação artística e curadoria de Luísa Baptista, produção técnica de Pedro Glória e conta com Carolina Rufino e Diogo Vilhena como programadores associados.
Já a 8 de Setembro, às 21h00, será exibido o filme “É na Terra não é na Lua”, de Gonçalo Tocha, nos Monumentos Megalíticos de Alcalar.
Para 15 de Setembro, fica guardado o filme “A Mãe e o Mar”, do mesmo realizador, que vai ser apresentado, às 21h00, na Fortaleza de Sagres.
A Ermida de Guadalupe será, depois, o próximo monumento a acolher esta mostra, com exibição do filme “Pedra e Cal”, de Catarina Alves Costa, a 22 de Setembro, às 21h00.
O filme “Medronho Todos os Dias” fará o encerramento da iniciativa, a 29 de Setembro, às 21h00, nos Monumentos Megalíticos de Alcalar.
Este filme acompanha o saber singular do processo de produção de aguardente de medronho e a sua presença por toda a região de Monchique. Esta sessão conta com a presença do Grupo Coral da Confraria de Medronho, seguido de uma prova de medronho.
“Um Mar de Filmes!” está integrado no DiVaM 2018 – Dinamização e Valorização dos Monumentos – programa cultural organizado pela Direção Regional de Cultura do Algarve e tem a colaboração do Museu Municipal de Portimão, Câmara Municipal de Portimão e apoio da Quinta do Barranco Longo.
Junta-se o FOMe à vontade de comer para um festival de objetos, marionetas e outros comeres, com a gastronomia como pano de fundo. Albufeira, Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel e Tavira acolhem esta iniciativa, de 14 a 29 de Setembro, com espetáculos em que as personagens são utensílios de cozinha ou uma simples metáfora para falar da sociedade de consumo.
Este ano, a grande novidade deste FOMe, evento criado e organizado pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, é o facto de se realizar em seis concelhos, expandindo-se a todo o Algarve Central.
«Não foi fácil», começou por enquadrar Luís Vicente, diretor da ACTA, na apresentação do festival, realizada esta quinta-feira, 23 de Agosto, no bar Pé de Copos, em Faro. Mas, com maiores ou menores dificuldades, por exemplo devido «aos timings», o FOMe está aí.
«Esta realização nasceu de uma dinâmica que fomos conseguindo com o VATe – Vamos Apanhar o Teatro, o projeto educativo da ACTA. Esta edição não corresponde àquilo que desejaríamos fazer e estamos convencidos de que vamos fazer melhor na próxima edição, na qual já estamos a trabalhar», considerou o diretor artístico da ACTA.
Luís Vicente, Jennine Trévidic, Paulo Santos, Gracinda Rendeiro, Vítor Guerreiro e Vítor Aleixo
Do programa, fazem parte 34 espetáculos, uma exposição e duas formações (uma em teatro de marionetas de luva tradicional, que se vai repetir em todos os municípios, e outra, mais alargada, em teatro de objetos, apenas em Loulé).
O festival assume carácter internacional, recebendo, além de seis companhias portuguesas, outras tantas estrangeiras.
Os espetáculos a apresentar não terão, necessariamente e apenas, como ponto de partida, a gastronomia, mas poderão relacionar-se com o tema, representando-o por meio de metáforas e através do questionamento intelectual e artístico tão próprio da arte do teatro.
E porquê a gastronomia? O tema foi escolhido por esta ser «uma linguagem universal», querendo explorar, também, «aquilo que o Algarve tem de melhor nessa área», explicou Jennine Trévidic, da ACTA, mentora do festival.
Por exemplo, em “Un Elefante con Hambre” (Um Elefante com Fome), da companhia argentina Tuti, cruza-se o trabalho de um clown com as marionetas, para falar da fome como «vontade de fazer e de criar», disse.
Este é um espetáculo que se realiza a 22 de Setembro, no Claustro do Convento do Espírito Santo, em Loulé, às 10h30, e no Largo da Igreja de Querença, no mesmo dia, mas às 18h30. No dia seguinte, será na Avenida da República, em Olhão, às 18h00, e, no dia 25, às 10h30, no Teatro Lethes de Faro.
Por fim, “Un Elefante con Hambre” passa pelo Auditório Municipal de Albufeira, no dia 26, às 10h30, e, pelo Jardim Carreira Viegas, em São Brás de Alportel, às 11h00 do dia 29 de Setembro.
Ainda antes, é com “Lúmen – Uma História de Amor”, a 14 de Setembro, que se começa a matar a fome. Para as 22h00, está marcado o encontro, no Largo do Carmo, em Faro. Dali, 10 marionetas, de três a cinco metros, vão desfilar pelas ruas da cidade até ao Largo da Sé. Lá haverá o espetáculo, bem como video-mapping.
De momento, «estão abertas inscrições para a participação neste projeto», procurando-se pessoas «com mais de 12 anos». A formação é gratuita, decorre de 4 a 14 de Setembro, na Escola Secundária Tomás Cabreira, em Faro, e dá direito a diploma no final. As inscrições, essas, podem ser feitas contactando a ACTA, através do telefone 289 878 908.
Mas, voltando à ligação entre o FOMe e a gastronomia. Em “Os Transportadores”, da Radar 360 – Associação Cultural, por exemplo, questiona-se os excessos, a carência e a própria sociedade de consumo. As exibições serão a 26 de Setembro, às 22h00, na Rua da Nossa Senhora da Piedade, em Loulé, e no Parque do Palácio da Galeria de Tavira, a 28 de Setembro, às 22h00.
Um dos destaques do programa vai para “Janet”, da companhia inglesa Helenandjohn, em que as personagens são utensílios e objetos de cozinha. Será a 20 e 21 de Setembro, às 19h00, no Pé de Copos RestoBar, em Faro, e, no dia 28, nos Claustros do Convento do Espírito Santo, em Loulé, às 21h00, com direito a folhados de Loulé e licores.
No fundo, a programação feita em rede quer transparecer aquilo que se faz no teatro de luva, mostrando as diferenças entre países, bem como na área das marionetas de fios e teatro de objetos. Haverá, por isso, marionetas tradicionais de madeira da República Checa (em “Circo de Madeira”) e diferentes performances de teatro de luva, como o caso de “Pulcinella”, de Itália, “D. Roberto”, de Portugal, e “Punch and Judy”, de Inglaterra.
O final do FOMe será a 29 de Setembro, nas Muralhas de Faro, a partir das 16h00, e com concerto da Kumpania Algazarra. Antes, às 21h30, há o já habitual lançamento do balão FOMe.
Paulo Santos, vice-presidente da Câmara de Faro, também esteve na apresentação do festival, prevendo um «grande sucesso com adesão de público» para a edição deste ano.
Gracinda Rendeiro, vereadora da Câmara de Olhão, aludiu ao facto de este festival unir seis municípios. «Trabalhar em conjunto deve ser o objetivo das autarquias», referiu.
Quanto a Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de Olhão, felicitou Luís Vicente, diretor artístico da ACTA, por mais uma iniciativa, apelidando-o de «embaixador da cultura no Algarve».
Durante três edições, está assegurado que o FOMe passará por Albufeira, Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel e Tavira. É que o acordo entre os Municípios e a ACTA, com apoio do CRESC Algarve 2020, foi firmado para três edições.
E, assim, continuar a fazer crescer água na boca. Para consultar o programa completo clique aqui.
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