As paredes de pedra dão um ar rústico à nossa casa. Algumas pessoas gostam desta ideia tradicional, enquanto outros acham que é muito comum e preferem algo mais criativo. Mas depois de verem o trabalho de Johnny Clasper, ninguém poderá dizer que estas paredes não são originais
O artista vive em Yorkshire e decidiu criar obras de arte a partir de pedras, normalmente usadas para fazer paredes usuais ou caminhos pavimentados. Mas, nas mãos deste homem, esse material ganha uma nova vida. A matéria-prima é transformada em criações verdadeiramente inovadoras.
Ele torna as pedras em esculturas maravilhosas, originais e úteis.
Você já conferiu no Tecmundo algumas imagens fantásticas do espaço, capturadas por observatórios e fotógrafos do mundo todo. Agora, é hora de espiar detalhes da vida de outro ambiente ainda muito desconhecido do ser humano: o fundo dos oceanos.
As imagens abaixo são do fotógrafo Alexander Safonov, que mora em Hong Kong. Apesar de atuar como engenheiro de software, ele obteve uma licença de mergulho em 2002 e, a partir de 2004, começou a experimentar a fotografia submarina.
Safonov costuma viajar muito e, por mais que já tenha visitado locais como as ilhas Galápagos e Raja Ampat, ele confessa que seu destino favorito continua sendo a migração anual de sardinhas na África do Sul. A razão é simples: cardumes enormes desse tipo de peixe sendo atacados constantemente por tubarões e golfinhos.
“Agora mesmo estamos decidindo, quase sem querer, quais caminhos evolutivos permanecerão abertos e quais serão fechados para sempre. Nenhuma outra criatura jamais havia feito isso, e será, infelizmente, nosso legado mais duradouro”. Elizabeth Kolbert definiu assim o papel que estão desempenhando os seres humanos em A Sexta Extinção, o livro que ganhou o Prêmio Pulitzer no ano passado.
O título é bastante expressivo: nos quase 4 bilhões de anos de história da vida na Terra, ocorreram cinco megaextinções, momentos em que muitos dos seres vivos foram arrastados de repente para a desaparição por vários cataclismos. E agora, segundo todos os dados recolhidos pela ciência, a civilização humana está causando uma nova extinção em massa: somos como o meteorito que dizimou os dinossauros do planeta.
Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e escolhendo as que deixarão de evoluir no futuro
E as criaturas dos oceanos não vão conseguir se livrar. Estamos provocando a agonia de numerosas espécies marinhas e, como dizia Kolbert, escolhendo os seres aquáticos que ao desaparecerem deixarão de evoluir no futuro. A este ritmo, os grandes animais que vão povoar os mares dentro de milhões de anos não serão descendentes de nossas baleias, tubarões e atuns porque estamos matando todos eles para sempre. E do mesmo modo que o desaparecimento dos dinossauros deixou um vazio que demorou eras para ser preenchida pelos mamíferos, não sabemos o que vai ser da vida nos oceanos depois de serem arrasados.
“A eliminação seletiva dos maiores animais nos oceanos modernos, algo sem precedentes na história da vida animal, pode alterar os ecossistemas durante milhões de anos”, conclui um estudo apresentado nesta semana pela revista Science. Liderado por pesquisadores de Stanford, o trabalho mostra como esta sexta extinção está acontecendo com os seres aquáticos de maior tamanho. Um padrão “sem precedentes” no registro das grandes extinções e que com muita segurança acontece por causa da pesca: hoje em dia, quanto maior o animal marinho, maior a probabilidade de se tornar extinto.
O cálculo mais trágico compara essa extinção com o desaparecimento dos dinossauros, como explicado na Science
Como explicou para Materia o principal autor do estudo, Jonathan Payne, o nível de perturbação ecológica causada por uma grande extinção depende da percentagem de espécies extintas e da seleção de grupos de espécies que são eliminados. “No caso dos oceanos modernos, a ameaça preferente pelos de maior tamanho poderia resultar em um evento de extinção com um grande impacto ecológico porque os grandes animais tendem a desempenhar um papel importante no ciclo de nutrientes e nas interações da rede alimentar”, disse Payne, referindo-se a que os danos afetariam em cascata todos os ecossistemas marinhos.
Os cenários pessimistas preveem a extinção de 24% a 40% dos gêneros de vertebrados e moluscos marinhos; o cálculo mais trágico é comparável à extinção em massa do fim do Cretáceo, quando os dinossauros desapareceram, como explicado na revista Science.
Para os pesquisadores, é por causa da nossa forma de consumir ecossistemas: ocorreu com a extinção dos mamutes e acontece agora com a pesca
O trabalho deste investigador da Universidade de Stanford e seu grupo foi analisar o padrão de desaparecimento de 2.500 espécies nos últimos milhões de anos. Até agora, o tamanho dos animais marinhos não tinha sido um fator determinante nos cataclismos anteriores, mas nos nossos dias existe uma notável correlação. Para os pesquisadores, é evidente que isso acontece por causa da forma de consumir ecossistemas própria dos seres humanos. Foi o que aconteceu com a extinção dos mamutes e agora acontece com a pesca: cada vez que entramos em um ecossistema primeiro acabamos com os pedaços maiores e à medida que os recursos ficam mais escassos vamos esgotando o resto dos recursos menores.
Os pesquisadores alertam que a eliminação desses animais no topo da cadeia alimentar poderia perturbar o resto da ecologia dos oceanos de forma significativa por, potencialmente, os próximos milhões de anos. “Sem uma mudança dramática na direção atual da gestão dos mares, nossa análise sugere que os oceanos vão sofrer uma extinção em massa de intensidade suficiente e seletividade ecológica para ser incluída entre as grandes extinções”, diz o estudo.
Este paleobiólogo defende que a visão positiva de sua descoberta é que as espécies ameaçadas ainda podem ser salvas da extinção com políticas de gestão eficientes e, a longo prazo, abordando os impactos do aquecimento global e da acidificação dos oceanos. “Podemos evitar esse caminho; com uma gestão adequada, seria possível salvar muitas dessas espécies da extinção”, afirma Payne.
Rui Nunes Figueiredo, um dos proprietários da cerveja artesanal Rapada, e a mulher, Alexandra Nunes, são duas das três vítimas mortais do acidente que aconteceu esta segunda-feira, na A1, na Mealhada.
Desta colisão ficaram ainda outras seis pessoas em estado grave.
O empresário e dono daquela cerveja artesanal era natural de Santo António do Alva, no concelho de Oliveira do Hospital. Rui co-fundou a "Rapada" em dezembro de 2014.
O nome que Rui decidiu dar a esta "sua" cerveja surgiu como homenagem à povoação de Santo António do Alva, anteriormente conhecida como Rapada.
Uma das outras vítimas mortais foi a mulher de Rui Figueiredo. Alexandra Nunes, era empresária na área dos produtos de flor de sal na região de Aveiro.
Alexandra tinha 42 anos e era natural de Coimbra, mas residia com Rui em Aveiro.
Ambos regressavam da Fatacil - Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa - quando o acidente se deu.
Autarca elogia empreendedor
Mal teve conhecimento do acidente, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, sublinhou a "muita dinâmica" de Rui e lembrou, em declarações à Centro TV, que ele "venceu o concurso Empreender + que o município organiza, para novas ideias de negócio, com o projeto da cerveja artesanal Rapada".
"Eram pessoas muito estimadas pelas pessoas da terra e quero apresentar as minhas sentidas condolências às suas famílias", acrescentou o autarca.
O reconhecimento do casal na comunidade não é obra do acaso. Ambos estiveram envolvidos em várias iniciativas de apoio às vítimas dos incêndios do ano passado. Também as atividades empresariais levaram ao contacto com muita gente.
Disso é testemunha as imagens publicadas nas redes sociais com gente do mundo da televisão, do espetáculo ou da política como o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Acidente aconteceu na A1 na zona da Mealhada
O acidente que vitimou o casal Nunes matou também o motorista de um camião envolvido no aparatoso despiste que aconteceu na A1 junto à Mealhada.
Espécie exótica pode ser definida como aquela que não é oriunda de determinado ambiente, região ou continente.
A introdução de espécies exóticas na localidade-alvo pode resultar da atividade humana, ativa (intencional) ou passivamente (acidental). Os principais problemas decorrentes da introdução de animais exóticos seriam:
4 – Ameaça à saúde pública por zoonoses, mordidas ou envenenamento.
Figura 2. Boiga irregulares. Fonte da imagem: Flickr.
O desenvolvimento da comunicação e o comércio internacional intensificam esse problema. Em alguns minutos pode-se encontrar uma longa lista de espécies à venda pela Internet, muitas citadas pelo CITES (Comitê Internacional de Espécies Ameaçadas) e IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como sob ameaça de extinção.
Figura 3. Protobothopsiflavoviridis. Fonte da imagem: Flickr.
INTRODUÇÃO DE SERPENTES
No caso específico de serpentes, um exemplo de introdução acidental com a implicações muito bem documentadas é o do colubrídeoBoiga irregularis (brown tree snake, Figura 2)) na ilha de Guam. Originária da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que tenha chegado ali através de aviõesmilitares, durante movimentação de tropas na Segunda Guerra Mundial.
Figura 4. Lycodn aulicus capucinus. Fonte da imagem: Wikipédia.
Assim como o viperídeo Protobothopsi(ex-gênero Trimeresurus) flavoviridis (habu) em algumas ilhas japonesas, ambas são consideradas serpentes-problema e exigem recursos vultosos para seu controle.
A serpente Lycodn aulicus capucinus (Wolf snake, Figura 4) originária do sudeste da Ásia e oeste da Indonésia é um colonizador recente das Ilhas Christmas no Oceano Índico.
Figura 5. Boa constrictor. Fonte da imagem: Animal Corner.
A jibóia Boa constrictor (Figura 5) teria sido introduzida na ilha de Cozumel, México, durante a gravação de um filme. As grandes serpentes constritoras (como a píton), que matam suas presas por asfixia, são reconhecidamente perigosas ao homem devido a seu tamanho e força. Comumente importadas e criadas como animais de estimação, elas têm causado mortes nos Estados Unidos, tendo recebido maior atenção das agências ambientais.
SITUAÇÃO NO BRASIL
No Brasil, o único estudo disponível sobre serpentes “alienígenas” refere-se a um universo amostral restrito: a cidade de São Paulo. Como principal centro de negócios brasileiro, essa capital concentra também a comercialização de animais de estimação, reforçando sua validade como indicadoras do processo de introdução de espécies no país.
Figura 6. Boaedon fuliginosus. Fonte da imagem: Wikipédia.
Figura 7. Philodryas baroni. Fonte da imagem: Alchetron.
A despeito da proibição de importação de serpentes exóticas e a comercialização de espécies nativas (artigo 31 da Lei Federal nº 93/98, de 7 de julho de 1998), o tráfico ilegal é notório, tendo em vista as recentes apreensões por parte do Ibama. A situação ilegal leva à manutenção inadequada desses animais em cativeiro. Sem o acompanhamento profissional, as doenças são favorecidas e as serpentes tornam-se um estorvo para seus proprietários, o que leva ao abandono desses animais em vários locais da cidade. A maioria desses locais de descarte são submetidos a diferentes graus de atividade antrópica e abrigam pelo menos 26 espécies de serpentes nativas.
Figura 8. Corallus caninus. Fonte da imagem: Sutterstock.
IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS
A introdução de serpentes em áreas de preservação é especialmente preocupante, já que na concepção popular “a floresta é o habitat das cobras”. Um sinal concreto dessa ameaça ambiental foi a captura de um indivíduo de Lampropeltis getula (Figura 9) no Parque Estadual de Ilhabela(SP), na Mata Atlântica litorânea. Vale ressaltar que as serpentes euriécias, isto é, aquelas que possuem um nicho ecológico amplo e cujas necessidades de recursos e condições são pouco restritas, constituem-se no principal fato de perigo devido a sua peculiar adaptabilidade.
Figura 9. Lampropeltis getula. Fonte da imagem: Flickr.
A INTENCIONALIDADE NA INTRODUÇÃO DAS SERPENTES
Em nossa sociedade, é perceptível o interesse crescente pelas serpentes como bichos de estimação, podendo-se efetuar conjecturas sobre as causas desse processo. O mundo humano é hoje radicalmente urbano. O anseio e a necessidade do homem pelo vínculo com a natureza faz que um mero contato superficial promova o seu bem-estar. As serpentes satisfazem de forma espetacular esses desejos, pois são amplamente adaptáveis ao cotidiano urbano: pequenos espaços, pouca exigência de cuidados de manutenção e ausência de vínculos emocionais fortes. Também é mais fácil desfazer-se do animal, já que o componente emocional é tênue. Além desses aspectos a ruptura cm o convencional e o “neofilismo” certamente atuam de forma muito poderosa.
Figura 10. Epicrates cenchria. Fonte da imagem: YouTube.
Figura 11. Python molurus (albina). Fonte da imagem: Pinterest.
Desde os primórdios, o homem está em conflito com algum tipo de vertebrado. A resposta para a possibilidade de que alguma população de serpente exótica perigosa ou não se estabeleça, ou cause algum tipo de problema em alguma parte do território nacional, não é facilmente respondida. Entretanto, tendo em vista a capacidade de adaptação das serpentes, esta é uma questão que demanda constante vigilância.
Figura 12. Elaphe obsoleta. Fonte da imagem: Wikipédia.
Imprevisibilidade é o que a história tem demonstrado com a entrada de um organismo “alienígena” a um determinado ecossistema. A espécie Boiga irrecularis já estava não apenas populacionalmente estabelecida na ilha de Guam causando extinções de aves e lagartos, predando animais domésticos, provocando blecautes, bem como causando acidentes humanos principalmente em crianças.
Figura 13. Lampropeltis triangulum. Fonte da imagem: Slitherbriggs.
Madonna, o maior ícone pop global da comunidade LGBT – e a cantora mais bem sucedida de todos os tempos – completou 60 anos dia 16 de agosto. Em seus 35 anos de carreira, foram muitos os momentos em que ela levou a cultura gay dos guetos para o mainstream, e deu voz às mulheres, aos gays e a outros que precisavam ser ouvidos. Basta alguns minutos no Google para verificar que ela foi a primeira artista pop do primeiro escalão a levantar a bandeira LGBT, e o fez numa época em que a simples menção da palavra gay era um enorme tabu. Nos anos 1980 e 1990, as pessoas LGBT eram diretamente associadas a AIDS, pecado, morte e promiscuidade pela maior parte da sociedade.
Mas desafiar o sistema e quebrar barreiras sociais sempre foi o hobby de Madonna. A artista botou sua conta em risco e abraçou a causa da nossa comunidade, da qual sempre foi genuinamente próxima, desde muito antes de ser uma estrela. E pagou um preço alto por isso. Nem sempre as polêmicas lhe garantiram sucesso comercial.
De 1983, quando lançou seu primeiro disco, até os dias de hoje, Madonna deu inúmeras declarações e lançou diversos trabalhos (entre músicas, clips, shows, filmes e até um livro) representando, defendendo e enaltecendo o amor e o sexo em todas as suas formas, o mundo gay, a cultura drag, bem como a tolerância e o respeito pelas diferenças. Seria impossível resumir 35 anos de closes certos em um artigo. Considerando a importância de seu pioneirismo em trazer a causa LGBT dos guetos para os meios de massa, veremos a seguir como foi o início dessa relação de Madonna com a bandeira do arco-íris em sua obra.
O Mega Hit Vogue
“Olhe em volta, para todo o lugar que você se vira há mágoa
Você tenta tudo o que pode para escapar da dor da vida que você já conhece
Quando tudo fracassar e você ansiar ser algo melhor do que é hoje
Eu conheço um lugar para onde você pode fugir, chama-se pista de dança
É onde eu me sinto tão bonita, mágica
A vida é um baile, então venha para a pista de dança
Vamos lá, vogue, deixe seu corpo se mexer com a música
Você é uma superstar, sim é o que você é”
(Trechos de Vogue, escrita por Madonna e Shep Pettibone – 1990)
Um dos maiores hits de toda a sua carreira nada mais é do que uma homenagem aos bailes de Vogue dos guetos nova iorquinos. Para quem assistiu ou está assistindo à série Pose ou já viu o documentário Paris is Burning (disponível na Netflix) a letra desse hino gay de Madonna ganha um novo significado.
Nela, Madonna trata explicitamente da cultura desses bailes e da relação de escape de seus frequentadores. Certamente a grande maioria das milhões de pessoas que ouvia a música nas festas, no rádio e na MTV lá em 1990 não sabia que Madonna cantava sobre uma comunidade tão específica. Mas depois, por causa dela, o mundo inteiro descobriu que havia uma dança chamada Vogue “lá de NYC que imitava as poses das modelos da revista” em resumo.
Vogue alcançou o número 1 na Billboard e vendeu mais de 6 milhões de cópias mundialmente, sendo o single mais vendido do mundo naquele ano. Ou seja, Madonna popularizou em todo o planeta uma cultura do gueto negro-pobre-latino-gay de Nova York. Fez o mundo inteiro dançar como as “bichas pobres de NYC”. Mais do que isso, ela foi lá buscar bailarinos que eram reais frequentadores dos bailes para participarem do clip de Vogue e futuramente da revolucionária turnê Blond Ambition. O premiado vídeo é uma obra de arte coestrelada por pocs fazendo poses e realizando belíssimos passos de Vogue.
VÍDEO
Vale a pena lembrar também o dia em que Madonna levou as poc todas pra arrasarem numa performance de Vogue, digna de show de drags no MTV Video Music Awards. Foi praticamente a invenção do lip sync for your life, só que diante de uma plateia majoritariamente de héteros roqueiros.
Para quem nunca assistiu, Na Cama com Madonna (1991) é um filme documentário sobre os bastidores da turnê Blond Ambition de 1990. O longa revela, entre outras coisas, o dia a dia de Madonna e seus sete bailarinos, seis deles gays (bem assumidos e resolvidos). São duas horas de muita pinta, mostrando seis bichas afeminadas bem sucedidas, talentosas, destemidas e amadas pelo público viajando o mundo na companhia da maior estrela pop do momento. Na cena em que a trupe joga Verdade ou Consequência, além da clássica cena em que Madonna simula sexo oral numa garrafa, tem ainda um longo beijo cheio de língua entre dois bailarinos. Para muita gente, foi o primeiro beijo gay visto no cinema. Um verdadeiro choque de realidade exibido em grandes salas de todo o planeta e em incontáveis canais de TV mundo afora. As pessoas, definitivamente, não esperavam ver tanta “bichisse” no filme.
Conforme retratado em Strike a Pose, documentário de 2016 (sim! Fizeram um documentário sobre o documentário – disponível na Netflix), Na Cama com Madonna ajudou os gays daquela geração a aceitarem a sua homossexualidade, e inspirou muitos a saírem do armário. Naquela era pré internet, não havia muitas fontes de informação sobre a cultura gay. Era muito difícil se sentir bem representado ou aceito. Ver uma estrela pop convivendo naturalmente com seis homens gays afeminados significou muito para a comunidade LGBT naquela época, quando os gays - raramente presentes nos filmes - eram quase sempre ridicularizados ou marginalizados.
Na Cama com Madonna foi até 2002, o documentário mais bem sucedido da história do cinema, faturando mais de US$ 27 milhões de dólares (o equivalente a US$ 52 milhões atualizados em 2017).
Pense na cantora pop que você considera a mais influente e famosa do mundo na atualidade. Pensou? Agora imagine essa cantora sendo fotografada nas seguintes situações:
nua dando um beijo grego num homem;
usando um vestido de gala entre strippers de um gay club, todos nus;
amarrada numa cadeira beijando uma mulher enquanto outra chupa um dos seus seios;
no meio de um banheirão gay;
olhando para a própria vagina refletida num espelho;
só de calcinha no colo de um sugar daddy;
num ménage inter-racial com direito a beijo de língua e muita mão naquilo e aquilo na mão.
Madonna fez tudo isso e muito mais para o seu audacioso e polêmico livro Sex, de 1992. Lançado um dia antes do disco Erotica, o livro – esgotado em todo o mundo em poucas semanas – mostrava Madonna em variadas e inusitadas situações sexuais com homens, mulheres e sozinha. Com Sex, Madonna direcionou os holofotes a diversas orientações, minorias, fetiches e gostos sexuais. Mais uma vez a comunidade LGBT se viu luxuosamente representada pela maior estrela pop do planeta fazendo aquilo que eles gostavam de fazer, mas a sociedade condenava.
E o mundo todo viu, refletiu, opinou e repercutiu. Não havia outro assunto nas revistas, jornais e televisões naquela época, quase sempre com a sentença de que Madonna teria “ido longe demais” (muito antes da Pabllo).
Por muito pouco, a carreira de Madonna não foi ali encerrada. O disco Eroticafoi o menos vendido de sua carreira até então. Foram tempos bem difíceis para Madonna. Nenhum single do álbum alcançou a primeira posição na Billboard, fato que sempre acontecia desde 1984, com Like a Virgin. A sociedade definitivamente não estava preparada para tamanho choque de libertação sexual.
Hoje, o livro é conhecido por seu impacto na sociedade e na cultura, e é considerado um projeto corajoso, pós-feminista e uma obra de arte. Que choque foi ver uma mulher loira, linda e sexy com total poder sobre suas experiências e fantasias sexuais. Beijando homens, mulheres, se masturbando e fazendo o que mais lhe desse prazer, sem qualquer tipo de objetificação ou domínio de um homem. E não era qualquer mulher, mas a estrela mais famosa do planeta.
Mais de vinte e cinco anos se passaram e este ainda é o momento mais escandaloso da história da cultura pop. E a letra da canção Why Is It So Hard, do disco Erotica infelizmente ainda se faz muito atual.
“Por que é tão difícil amarmos uns aos outros?
Por que é tão difícil amar?
O que eu preciso fazer para ser aceita?
O que eu tenho de dizer?
O que eu tenho de fazer para ser respeitada?
Como devo atuar?
Como devo parecer para ser igual?
Por que não conseguimos aprender a aceitar que somos diferentes
antes que seja tarde demais?”
(Trechos de Why Is It So Hard, escrita por Madonna e Shep Pettibone - 1992)
Assunção Cristas, presidente do CDS/PP, garantiu hoje, em Monchique, que não incentivou a plantação de eucaliptos enquanto foi ministra da Agricultura, de 2011 a 2015
Crianças imigrantes em jaulas nos Estados Unidos antes de serem entregues a empresas privadas para serem escondidas em "abrigos seguros".
A administração Trump já pagou pelo menos 160 milhões de dólares à empresa norte-americana MVM, Inc para transportar crianças imigrantes retiradas aos pais com destino a “abrigos seguros”, segundo dados confirmados através de posições tomadas pelo Departamento de Segurança Interna.
O transporte entre a fronteira norte-americana com o México e os destinos definidos pelas autoridades é feito em aviões comerciais, onde as crianças são escoltadas por pessoas contratadas pela MVM através de pequenos anúncios publicados na imprensa escrita e online.
A empresa MVM é um habitual contractor das instâncias governamentais norte-americanos; durante os períodos agudos da invasão do Iraque, o pessoal contratado pela empresa garantiu a segurança de espiões actuando no terreno para os serviços de informações dos Estados Unidos.
“MVM procura pessoas para escoltar crianças e adolescentes desacompanhados”, foi um dos textos que surgiu em publicações de cidades como Phoenix, San Antonio e McAllen, destinado a “cuidadores bilingues de jovens em viagem”.
“É horrível, mas não surpreendente, que empresas contratadas pelas entidades militares e que tiraram proveito da morte de civis inocentes através do mundo tenham sido alugadas para transportar crianças retiradas aos pais”, comentou Wells Dixon, advogado do Center for Constitutional Rights (CCR - Centro para os Direitos Constitucionais). De acordo com fontes desta instituição, a MVM é das empresas que mais aproveita com a política de “tolerância zero” imposta pela Administração Trump em relação à imigração.
Uma herança da era Obama
A empresa MVM, porém, considera que pratica um serviço público no qual cumpre as normas de transporte de pessoas por terra e pelo ar; e acrescenta que estas práticas remontam à Administração Obama. “Temos providenciado estes serviços de transporte desde 2014, e orgulhamo-nos do nível de cuidados que as crianças recebem do nosso dedicado pessoal”, alega a empresa em comunicado assinado pelo seu director de segurança. A empresa foi contratada, de facto, em 2014, altura em que chegou às fronteiras norte-americanas uma vaga de imigrantes da América Central fugindo das mafias do narcotráfico.
“Sejamos claros”, responde Vince Warren, director executivo do CCR. “As empresas privadas contratadas tal como a MVM, Inc. têm um único objectivo: ganhar dinheiro; são do tipo de entidades que tanto mais se felicitam entre si quantas mais crianças forem retiradas aos pais”.
De acordo com as várias informações que têm vindo a ser tornadas públicas, a operação de transporte dos menores retirados à força aos pais é da responsabilidade do Departamento de Segurança Interna e do Gabinete de Recolocação de Refugiados. As crianças são conduzidas da fronteira para “abrigos” a funcionarem em zonas distantes como Nova York e Detroit.
O assunto começou a ganhar relevo com um post colocado no Facebook por um passageiro de um voo que transportou “16 crianças imigrantes entre os 6 e 11 anos, todas vestidas de preto e cinzento com roupas baratas dos armazéns Valmart, os olhos atordoados e perdidos no vazio”.
As companhias aéreas afirmam não ter conhecimento de que os seus aparelhos são utilizados para este tipo de operações e distanciam-se da política de separação das crianças.
O Departamento de Segurança Interna, por seu lado, critica as empresas que tomam esta posição acusando-as de não quererem “fazer parceria com os bravos homens e mulheres” desta organização “que protegem os passageiros, combatem o tráfico de seres humanos e contribuem para reunir rapidamente os imigrantes ilegais desacompanhados às suas respectivas famílias”. A atitude das companhias aéreas, acrescenta o Departamento de Segurança Interna, “deixa mais crianças à mercê dos traficantes”.
O contrato da Administração norte-americana com a empresaMVM, Inc.prolonga-se, pelo menos, até Setembro do próximo ano.
Um relatório divulgado hoje, citado pela agência de notícias Efe, o grupo de especialistas internacionais e regionais para o Iémen, criado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017, refere que ambas as partes e a coligação árabe cometeram violações do Direito Internacional que "podem equivaler a crimes de guerra".
Os especialistas da ONU investigaram as violações e os abusos cometidos no Iémen desde setembro de 2014, quando os rebeldes Houthis tomaram Sanaa e as províncias no norte e oeste do país e expulsaram o Governo da capital.
O conflito intensificou-se em março de 2015 com a entrada da coligação árabe, apoiada pelos Estados Unidos.
"Indivíduos no Governo e na coligação, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, podem ter realizado ataques que violam o princípio de distinção, proporcionalidade e precaução e podem equivaler a crimes de guerra", afirmou o grupo de especialistas.
O relatório menciona que os ataques aéreos da coligação provocaram a maioria das mortes de civis como consequência direta dos bombardeamentos "contra áreas residenciais, mercados, funerais, casamentos, prisões, navios civis e até mesmo centros médicos".
Segundo o Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos, desde março de 2015, cerca de 6.660 civis morreram na guerra e 10.563 ficaram feridos, embora "o número real seja provavelmente significativamente maior", salientam os especialistas da ONU.
De acordo com os especialistas, as forças pró-governamentais e a coligação também podem ter cometido crimes de guerra por terem recorrido a "tratamento cruel e tortura, atos degradantes, violações e o recrutamento de crianças com idade inferior a 15 anos ou tê-las usado como parte ativa nas hostilidades".
Os especialistas indicaram a existência de repetidas informações sobre o uso de crianças a partir dos oito anos em ambos os lados do conflito armado.
O grupo de investigadores da ONU também culpa o Governo e os seus parceiros pela detenção arbitrária, a privação ilegal do direito à vida, desaparecimentos forçados e violações da liberdade de expressão e dos direitos económicos, sociais e culturais.
Do lado das "autoridades de facto", isto é, os houthis nas áreas que controlam, também houve possíveis crimes de guerra, idênticos, indicou o grupo de investigadores.
Os especialistas da ONU destacam ainda que os rebeldes cometeram "sérias restrições à liberdade de expressão e religião".
Três irmãos estavam a navegar quando encontraram uma lula com cerca de cinco metros de comprimento
A altura de um camião, o primeiro andar de um prédio ou até a altura combinada de três homens (tendo em conta a estatura média dos portugueses). Tudo isto se aproxima dos cinco metros, mais coisa menos coisa. O que provavelmente não pensaria se lhe falássemos em quase cinco metros era numa lula. Mas em Wellington, na Nova Zelândia, três irmãos encontraram uma lula quando navegavam ao largo da Red Rocks Reserve.
Quando Dan, Jack e Matthew Aplin se aperceberam da lula, alertaram o Instituto Nacional da Água e Investigação Atmosférica. No entanto, Dan faz parte de um grupo de mergulho e caça submarina e fotografou o achado. “O membro da equipa de Wellington teve uma descoberta interessante esta manhã”, publicou o Ocean Hunter Spearfishing & Freediving Specialists nas redes sociais no sábado.
O mais provável, referiu um porta-voz do Departamento de Conservação neozelandês, é que se trata de uma lula gigante, que são encontradas com alguma frequência já mortas. Uma lula gigante macho pode chegar aos dez metros (quase tanto como um autocarro) e pesar perto de 200 quilos.
Em 2013, algo semelhante aconteceu em Sesimbra, quando um pescador saiu para o mar e regressou com uma lula de 6,5 metros de comprimento. Na altura, segundo o “Correio da Manhã”, o homem teve de cortar a lula porque esta nem cabia no barco. “Quando puxei a rede, era um peso enorme. Até pensei que fosse um bicho estranho. Nunca se viu nada assim em Sesimbra. É inacreditável. É raro apanhar-se uma lula gigante a pouca profundidade e tão perto da costa”, contou Eduardo Pinto, mais conhecido por ‘mestre Xixa' ao jornal.
As ruas mais exclusivas do mercado português distribuem-se entre Lisboa, Setúbal, Algarve e Porto
A Rua do Salitre (Lisboa) é a localização com a habitação mais cara à venda em Portugal
Localizada mesmo no centro de Lisboa, a Rua do Salitre – junto à Avenida da Liberdade -, é a morada com a habitação à venda mais cara em Portugal. Os proprietários desta zona exclusiva da capital pedem em média 2.820.312 euros a quem quiser adquirir um dos seus luxuosos imóveis, segundo um estudo do idealista, o marketplace imobiliário de Portugal.
A medalha de prata deste ranking de luxo vai para a Urbanização Soltroia em Setúbal, com um preço médio de 1.926.818 euros, preço similar à Rua Fernão Mendes Pinto em Belém (Lisboa), que ocupa o terceiro lugar (1.912.731 euros).
Cascais está representada pela Rua Dom Afonso Henriques, a quarta morada com os preços mais exclusivos para comprar uma casa (1.839.138 euros). Segue-se o Loteamento Fonte Santa, em Quarteira (Algarve), com um valor de 1.589.941 euros, e a Rua a Gazeta d’Oeiras (Oerias), onde o preço médio da habitação de luxo ronda os 1.588.235 euros.
No Porto encontra-se a sétima rua mais cara, a Avenida Marechal Gomes da Costa, que conta com casas a um preço médio de 1.520.000 euros. A lista das dez ruas mais caras completa-se com a Avenida 24 de Julho, em Lisboa (1.518.031 euros), a Urbanização Varandas do Lago em Almancil (1.460.909 euros), e a Avenida da República, em Lisboa (1.445.990 euros).
Um dos casos que, sem sombra de dúvidas, mais deram origem a teorias da conspiração foi o acidente que provocou a morte da Princesa Diana e seu namorado, Dodi Fayed, em agosto de 1997. Marcus Lowth, do portal ListVerse, reuniu algumas delas em uma intrigante lista, e nós do Mega Curioso selecionamos 5 das mais suspeitas para você conferir:
1 – Troca de carros estranha
Durante todo o dia, Diana e Dodi circularam por Paris em um Mercedes que, mais tarde, deveria sair para recolher o casal no Hotel Ritz. No entanto, o veículo misteriosamente sofreu uma pane e não pegou — obrigando o motorista a conduzir outro Mercedes.
Pane repentina
Para os teóricos da conspiração, como se a pane repentina não fosse estranho o suficiente, o segundo automóvel acabou saindo para buscar Diana e Dodi sem um carro de reserva, algo bastante incomum, já que o casal costumava circular acompanhado de um automóvel com seguranças — e havia passeado o dia todo com uma equipe por perto.
Além disso, também circularam informações de que Diana não estaria usando o cinto de segurança, algo que, segundo vários de seus amigos mais próximos, ela sempre fazia. Por outro lado, o segurança que se encontrava no carro no momento do acidente, Trevor Rees-Jones, estava de cinto — o que não é uma prática comum para esses profissionais, já que o acessório limita os movimentos em caso de uma emergência.
2 – Escolha de rota esquisita
Na verdade, na fatídica madrugada do acidente, por alguma razão desconhecida, Henry Paul, o motorista no volante da Mercedes, em vez de seguir pela rota mais curta para levar o casal do Ritz até o apartamento de Dodi, no centro de Paris, ele optou por um caminho mais distante, ao longo do rio Sena — e através do túnel da Pont d’Alma.
Motorista escolheu caminho diferente do habitual
Segundo a versão oficial, o motorista teria mudado de caminho para fugir dos paparazzi — que passaram o dia seguindo Dodi e Diana —, o que é até compreensível. O estranho, no entanto, é que a troca de rota teria sido repentina e, curiosamente, nenhuma das 17 câmeras de segurança que existem pelo caminho tomado por Henry Paul estava funcionando quando a Mercedes passou por ali.
Isso significa que, segundo os teóricos da conspiração de plantão, imagens vitais que poderiam responder a um sem fim de questões envolvendo o que aconteceu na noite do acidente jamais foram registradas.
3 – A controvérsia envolvendo o motorista
Investigações conduzidas na época do acidente revelaram que Henry Paul, o motorista ao volante da Mercedes que levava Dodi e a Princesa Diana, havia bebido na noite do acidente. Entretanto, diversos especialistas teriam vindo a público para criticar os resultados dos exames de sangue e até a forma como a necropsia de Paul foi conduzida, apontando mais de 50 erros básicos que teriam sido cometidos nos procedimentos médicos.
Segundo vários especialistas, Henry Paul não estava embriagado
Para piorar as coisas, também surgiram suspeitas de que Henry Paul teria conexões com os serviços de inteligência britânico e francês. Além disso, outro fato que chamou a atenção dos teóricos da conspiração é que existem evidências de que o motorista teria recebido vários depósitos de grandes somas de dinheiro em sua conta nos meses que precederam o acidente, o que nunca foi investigado.
4 – O resgate da Princesa
Mesmo o lado em que Diana se encontrava no carro não ter sofrido grandes danos aparentes no acidente, as equipes de socorro levaram um longo tempo para retirá-la do veículo. O automóvel bateu contra a 13ª pilastra do túnel às 00:25, e as autoridades receberam a primeira notificação sobre o desastre às 00:26.
A ambulância levou quase uma hora para sair com destino ao hospital
Os primeiros policiais chegaram ao local do acidente entre 00:28 e 00:30, e tiveram bastante dificuldade em isolar a área e limitar o acesso dos paparazzi. Os bombeiros e a ambulância chegaram às 00:32, mas a Princesa só foi levada do túnel para o hospital à 01:25. Dodi foi pronunciado morto na cena à 01:30.
Como se fosse pouco, quando a ambulância finalmente saiu com destino ao hospital, o veículo não passou dos 50 quilômetros por hora, passou reto por um hospital no caminho e ainda deu uma paradinha de cinco minutos no caminho, para aplicar uma injeção de adrenalina em Diana.
Segundo o motorista da ambulância, o médico a bordo teria pedido que ele dirigisse em baixíssima velocidade (mesmo em se tratando de uma emergência grave), com o objetivo de salvar a vida da Princesa. Já sobre a equipe ter passado por um hospital e ter seguido adiante até outro, a razão seria que havia um time preparado para receber a emergência no segundo local.
Ademais, sobre o motivo de a ambulância ter demorado tanto tempo para sair do túnel com destino ao hospital, o time de resgate explicou que os médicos tiveram que estabilizar as condições de Diana antes de partir. Mas, os teóricos da conspiração estão convencidos que, se a Princesa tivesse sido levada imediatamente, suas chances de sobrevivência seriam muito maiores — e que tudo foi orquestrado para que ela morresse.
5 – Ameaças
Durante as investigações sobre a morte de Diana, veio à tona uma carta que a Princesa teria escrito a Paul Burrell, mordomo e amigo pessoal dela. Na nota, ela claramente diz que suspeitava que a Família Real e o Príncipe de Gales, seu então marido, estavam planejando acabar com a sua vida.
Essa seria uma cópia da tal nota enviada por Diana a Burrell
A carta foi enviada a Burrell em outubro de 1993, dez meses depois de a separação dela ser anunciada, e o mais intrigante é que, na nota, Diana revela que seu ex-marido pretendia matá-la e que ela morreria em um acidente de carro. A carta foi tornada pública e, na época, e diversas pessoas próximas à Princesa lançaram a suspeita de que o mordomo podia ter forjado a letra de Lady Di — mas é claro que os teóricos da conspiração não se deixaram levar.
Elas são chamadas de teorias da conspiração ou também de conspiracionismo. Em geral, são qualquer teoria que explicam algum tipo de evento histórico do passado ou atual como sendo resultado de um plano oculto levado a efeito de intenção por pessoas que são conspiradoras e poderosas. Elas são apoiadas por algum tipo de evidência conclusiva, mas são vistas com um certo ceticismo exagerado, muitas vezes são ridicularizadas e até mesmo desacreditadas por muitas pessoas devido ao teor de seus discursos.
O sentindo de funcionamento de uma teoria da conspiração consiste em explicar acontecimentos históricos ou atuais sob uma perspectiva dominante por meio da visão de instituições como o governo, entidades ou pela própria opinião pública. Elas também servem como aparato para reduzir a ansiedade das pessoas com relação às questões mais diversas e, em especial, aquelas teorias que não possuem uma explicação oficial, digamos. Mesmo chegando a ser consideradas bizarras e descabidas, a característica de verossimilhança tornam as teorias da conspiração muito sedutoras, ainda mais quando se necessita de respostas a perguntas espalhadas por aí e que são consideradas essenciais pelas pessoas. Mesmo assim, existem teorias conspiratórias que, com o decorrer do tempo, se tornaram verdadeiras.
Vamos mostrar para você algumas das mais significativas, de acordo com uma publicação do jornal inglês The Independent:
1 - O Estudo da Sífilis Não-Tratada de Tuskegee
Entre 1932 e 1972, os serviços públicos de saúde norte-americanos fizeram um experimento com 400 afro-americanos portadores de sífilis na cidade de Tuskegee, no Alabama.
A intenção era observar e estudar a evolução natural da doença sem nenhum tipo de tratamento. Grande parte dos pacientes que foram selecionados eram pessoas analfabetas e muito pobres, e seus diagnósticos nunca foram informados e os médicos alegavam que eles possuíam um "sangue ruim".
2 - Projeto MKULTRA
Relatórios confidenciais revelam que um programa secreto ilegal e e clandestino da CIA se dedicou a procurar métodos de controle mental para obter informações de indivíduos resistentes aos mecanismos clássicos de interrogação utilizando drogas e com a finalidade de que o interrogado faça confissões apenas por meio de sua mente.
Com esse fim, o programa MKULTRA testava drogas, psicotrópicos, correntes elétricas e o efeito de mensagens subliminares em cobaias humanas. As experiências do MKULTRA possuem ligação com o desenvolvimento de técnicas de tortura contidas nos manuais KUBARK, dos treinamentos das Escolas das Américas.
3 - Operação Paperclip
Quando a Segunda Guerra chegava ao fim e a derrota do Terceiro Reich era inevitável, a CIA levou para os EUA mais de 700 cientistas nazistas especializados em foguetes, armas químicas e experimentos médicos, sem que o Departamento de Estado tivesse conhecimento ou mesmo aprovado tal ação. Nenhum dos caras que foram levados tinham qualificação para um visto de entrada nos EUA, pois todos tinham servido à causa nazista.
Entre os especialistas estavam figuras importantes como Wernher Von Braun, criador do foguete V-2 e pai do programa espacial norte-americano; Kurt Blome, médico especializado em armas biológicas e Hubert Strughold, um médico que estudou os efeitos das temperaturas extremamente baixas no corpo humano em prisioneiros do campo de concentração de Dachau.
4 - Lei Seca
A chamada teoria da Lei Seca proibiu a venda de bebidas alcoólicas nos EUA entre o período de 1920 a 1933.
O governo envenenava propositalmente barris de álcool, proibia a venda, a fabricação e o transporte de bebidas alcóolicas para o consumo próprio como medida para impedir o consumo clandestino pelos americanos.
A medida foi baseada segundo o 18º adiamento da Constituição dos EUA. Muita gente com envolvimento no mundo do crime começou a montar grandes esquemas de lucro com o consumo ilegal. Cerca de 700 pessoas teriam morrido em decorrência dessa ação do governo.
Para muitas pessoas, o processo de restauração de uma obra de arte pode ser tão fascinante quanto a própria peça. Conscientes desse crescente interesse, os conservadores de grandes e pequenas instituições começaram a documentar seus projetos em vídeos cativantes, como este curta-metragem estrelado por Julian Baumgartner, da Baumgartner Fine Art Restoration. Filmado por Chicago Aussie, o hipnotizante vídeo de 8 minutos mostra Julian restaurava um autorretrato do século 19 da pintora italiana Emma Gaggiotti Richards.
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Reparar a pintura danificada e suja exige muito esforço. Além de limpar suavemente os anos de sujeira da superfície, Baumgartner também repara as manchas na tela, administra um tratamento de vapor e reaplica a tinta em áreas onde ela foi lascada ou desbotada.
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Embora essas alterações possam parecer permanentes, Baumgartner tem uma abordagem "não invasiva" em seu ofício. Isso significa que todas as alterações são reversíveis, para que os clientes possam ter certeza de que estão a salvo de qualquer desastre de restauração!
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Com o mais antigo estúdio de conservação de Chicago, Julian se orgulha de sua prática. O pequeno negócio foi estabelecido em 1978 por sue pai, R. Agass Baumgartner, um artista suíço e historiador da arte. Agora, um estúdio de segunda geração, Julian trabalha incansavelmente para manter vivo o negócio e o legado de seu pai.
Há quem defenda o seu legado, como Marques Mendes, e que substituir a atual procuradora-geral "tem uma leitura perigosa". Os seus críticos associam-na às fugas do segredo de justiça. Prós e contras de um mandato.
Está criada a narrativa para que Joana Marques Vidal suceda a Joana Marques Vidal na Procuradoria-Geral da República? No seu comentário semanal de domingo, na SIC, o conselheiro de Estado e antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, foi bastante claro no apoio e sublinhou que "substituir" a atual procuradora-geral "tem uma leitura perigosa: primeiro, a de que o poder político estava desconfortável" com investigações como a da Operação Marquês, na qual o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates é o principal arguido, e da Operação Fizz, que envolveu um ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.
Porém, a defesa feita por Marques Mendes é apenas um dos lados de uma história complexa. Qualquer que seja o seu desfecho, a recondução, ou a saída, da PGR vai seguramente dar origem a muitas críticas e análises.
A procuradora-geral da República tomou posse em 12 de outubro de 2012, quando o presidente da República era Aníbal Cavaco Silva e o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
"A marca de água do meu mandato é ter posto a máquina a funcionar no âmbito do que é a justiça", sintetizou a própria, em junho passado, entre um balanço do seu mandato e um aviso ao que vier.
No seu mandato, há várias polémicas e caos de sucesso. Eis alguns deles.
1. Operação Marquês: um antigo primeiro-ministro no banco dos réus
A Operação Marquês foi lançada em novembro de 2014, com o antigo primeiro-ministro José Sócrates sob suspeita. O ex-militante socialista começou a ser investigado em 2013, depois de sucessivos processos em que as suspeitas nunca acabaram em acusações, como no Freeport, na Cova da Beira ou mesmo da sua licenciatura.
Já este processo dinamitou tudo: a detenção de um antigo governante abalou o mundo da política e da justiça. Sócrates foi detido na noite de 21 de novembro desse ano, no Aeroporto de Lisboa, ao chegar de Paris. Ficou preso em Évora entre novembro de 2014 e setembro de 2015 e depois em prisão domiciliária até o mês de outubro seguinte.
A partir daí o novelo de acusações cresceu, com a imputação de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
Este processo tem ramificações no desmoronamento do Grupo Espírito Santo.
2. O processo sem fim do BES
A ligação de Ricardo Salgado ao caso de José Sócrates é apenas um dos quatro grandes processos em que o ex-líder do BES está a ser investigado pelo Ministério Público. Há mais de quatro anos que existem suspeitas na justiça sobre Salgado. Elas têm a ver com casos tão diferentes como o Monte Branco (evasão fiscal) e CMEC (as compensações pagas pelo Estado à EDP). Desde que foi alvo de uma medida de resolução por parte do Banco de Portugal, em Agosto de 2014, o Banco Espírito Santo deu origem a várias investigações autónomas: uma sobre as comissões pagas à família Espírito Santo no negócio dos submarinos; outra sobre os investimentos da PT na Rioforte; uma terceira sobre as transações financeiras através da sociedade suíça Eurofin; e uma última que averigua a legalidade das contas públicas apresentadas pelo GES, depois de o ex-contabilista Machado da Cruz ter revelado que Ricardo Salgado tinha conhecimento, desde 2008, de uma alegada manipulação do passivo.
3. A saga judicial dos banqueiros
Apesar de uma vitória há muito aguardada (sete anos), a condenação em primeira instância do principal responsável no caso BPN, Oliveira Costa, a uma pena de 14 anos de prisão, nem tudo correu bem num dos processos mais escrutinados da justiça portuguesa. Pelo menos para o Ministério Público... Alguns dos arguidos mais notórios, como Dias Loureiro ou Fernando Fantasia, viram a PGR retroceder nos seus casos, que acabaram por ser arquivados, depois de terem sido investigados ao longo de quase uma década. Este é um dos capítulos mais cinzentos da relação da justiça com o "alarme social" dos crimes financeiros: poucos são os casos que vingaram em tribunal, ou cujo desfecho esteja sequer próximo do fim (BCP, BPP, BANIF...)
4. Caso Lex: a justiça a investigar-se a si própria
Parece um condensado de Portugal, em versão série B: tem suspeitas sobre favores a políticos, banqueiros, dirigentes do futebol. E um desembargador, com presença assídua nas TVs como principal suspeito. Além de Rui Rangel, são arguidos no processo a juíza desembargadora Fátima Galante, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares, e João Rodrigues, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol. AO todo são 13, os arguidos.
5. Operação Fizz: estremecimento nas relações com Angola
A alegada prática de crimes de corrupção, branqueamento e falsificação de documento, que envolveu um ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e abalou as relações entre o Estado angolano e Portugal já chegou a julgamento, que terminou em junho, aguardando-se a leitura da sentença para 8 de outubro. O Ministério Público admitiu que os arguidos não irão para a cadeia, ao pedir penas suspensas. Sem falar em absolvição, a procuradora do caso disse que ficou provado crime de corrupção.
O procurador Orlando Figueira foi uma das figuras centrais de uma operação que vai ter uma continuação. Já nas alegações finais do julgamento, a procuradora do Ministério Público Leonor Machado anunciou que seriam extraídas certidões do processo, com o objetivo de apurar o papel do advogado Daniel Proença de Carvalho e do banqueiro angolano Carlos Silva.
Já o processo de Manuel Vicente seguiu para Angola, como era pedido pelas autoridades deste país, desbloqueando uma tensão crescente entre Lisboa e Luanda, com o regime angolano a travar visitas de Estado de António Costa e outros governantes.
6. Tancos: As pressões de Marcelo e Costa
O roubo de armas de Tancos há um ano continua a ser uma das principais pedras no sapato de Joana Marques Vidal. O material desaparecido foi encontrado depois, mas no mês de julho voltou a saber-se que havia ainda armamento por recuperar. E os alegados atropelos na investigação entre PJ e PJ Militar levou o Presidente da República a avisar, em nota publicada no site da Presidência, que "tem a certeza de que nenhuma questão envolvendo a conduta de entidades policiais encarregadas da investigação criminal, sob a direção do Ministério Público, poderá prejudicar o conhecimento, pelos portugueses, dos resultados dessa investigação" e "que o mesmo é dizer o apuramento dos factos e a eventual decorrente responsabilização".
Também o primeiro-ministro, António Costa, notou - já este mês, em entrevista ao Expresso - que há uma "demora" na investigação ao desaparecimento de armas em Tancos, naquilo que classificou como um "caso de polícia", sem que haja prazos para que termine essa investigação.
7. IURD: a "não intervenção" de Marques Vidal
O caso das alegadas adoções ilegais de crianças, revelado pela TVI, prometeu chamuscar Joana Marques Vidal, no início do ano de 2018. Os factos são anteriores ao seu mandato na Procuradoria-Geral da República e reportam-se ao tempo em que exerceu funções no Tribunal de Família, entre 1994 e 2002. Segundo o que se soube, a procuradora consultou os processos e ouviu uma das mães e terá detetado "circunstâncias eventualmente menos claras", mas "não teve intervenção". A atuação do Ministério Público neste caso está a ser investigado neste caso.
8. Segredo de justiça: reality show nas salas de interrogatórios
Em fevereiro passado, Joana Marques Vidal revelou que a violação do segredo de justiça motivou 111 inquéritos em três anos que resultaram em "cinco acusações". A violação dos processos que estão em segredo de justiça continua a ser a pecha de quem passa pelo Palácio Palmela.
Durante o mandato da atual procuradora-geral da República, verificou-se pela primeira vez a transmissão por televisões dos vídeos de interrogatórios de arguidos. Primeiro, em novembro de 2015, quando o antigo ministro Miguel Macedo e o ex-diretor do SEF Manuel Palos verem divulgados na comunicação social imagens e sons dos seus interrogatórios. Mais recentemente, em abril deste ano, foi a vez de serem mostrados interrogatórios a Sócrates e outros arguidos na Operação Marquês.
1. Depois de ver uma «onda de reclamações» em 20 queixas de pais, por falta de vagas no pré-escolar e no 1º ciclo, a jornalista Clara Viana decide dar nota de um «estudo» do Observador Cetelem para concluir, sem pestanejar, que a «maioria das famílias vai dispensar manuais gratuitos». Realizado por uma empresa de crédito ao consumo, o dito «estudo» é basicamente um amontoado de enviesamentos (como assinalou Bárbara Reis num texto de leitura imprescindível), tornando impossível qualquer encontro com a realidade. De facto, ao contrário das conclusões a que a Cetelem chega («97% [dos inquiridos] prefere adquirir livros novos»), «mais de 90% das famílias» elegíveis tem optado por «receber os manuais oferecidos pelo ministério da Educação» (como lembra Bárbara Reis).
2. Depois de fazer eco, sem pestanejar, de um dos «furos» mais repugnantes da história do jornalismo português, o Semanário Sol chama a destaque de capa, no passado sábado, um alegado «mistério» que envolveria a casa de férias de João Galamba, arrendada ao Estado pela mãe (falecida há poucas semanas), através de concurso público. O que falta de matéria jornalística sobeja, em falta de tudo, à dita «notícia»: da mais elementar sensibilidade e razoabilidade ao mais básico critério editorial, digno desse nome.
3. Que uma empresa de crédito ao consumo amanhe um «inquérito» em linha com os seus interesses, mesmo que em contra-mão com a realidade, entende-se. Que uma jornalista reproduza, sem qualquer espírito crítico, os resultados desse inquérito, já se entende menos. Mas o que é mesmo difícil de entender, tanto no caso da «dispensa de manuais» como do «mistério da casa» do Semanário Sol, é como é que este tipo de «notícias» ou «reportagens» passa incólume pelo crivo da direção de um jornal. Será que passou realmente a valer tudo, mesmo tudo?
No dia 28 de Agosto de 1963 a histórica “Marcha sobre Washington”, liderada pelo activista Martin Luther King, deu força ao movimento dos direitos civis e a um projecto concreto de igualdade social nos EUA. Na época, foi a tentativa mais contundente em séculos contra as marcas da segregação racial e da exclusão social das minorias norte-americanas. No final da Marcha, que reuniu mais de 250 mil manifestantes, Martin Luther King pronunciou um dos mais marcantes discursos de todos os tempos.
O discurso de Martin Luther King, proferido na escadaria do Monumento a Lincoln, em Washington, foi ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias, reunidas na capital dos Estados Unidos da América, após a «Marcha para Washington por Emprego e Liberdade».
A manifestação foi pensada como uma maneira de divulgar de uma forma dramática as condições de vida desesperadas dos negros no Sul dos Estados Unidos, e exigir ao poder federal um maior comprometimento na segurança física dos negros e dos defensores dos direitos civis, sobretudo no Sul.
Devido a pressões políticas exercidas pela Presidência dos Estados Unidos - ocupada por John Kennedy -, as exigências a apresentar no comício tornaram-se mais moderadas, mas mesmo assim foram feitos pedidos claros: o fim da segregação no ensino público, passagem de legislação clara no que respeita aos direitos civis, assim como de legislação proibindo a discriminação racial no emprego; para além do fim da brutalidade policial contra militantes dos direitos civis e a criação de um salário mínimo para todos os trabalhadores, que beneficiaria sobretudo os negros.
Realizado num clima muito tenso, a manifestação foi um estrondoso sucesso, e o discurso conhecido sobretudo pela frase permanentemente repetida no meio do discurso «I have a Dream» (Eu tenho um sonho), mas também pela frase que é repetida no fim - «That Liberty Ring» (Que a Liberdade ressoe), que retoma o poema patriótico «América», tornou-se, com o discurso de Lincoln em Gettysburg, um dos mais importantes da oratória americana.
Em 1964 a Lei dos Direitos Civis foi votada e promulgada por Lyndon B. Johnson e em 1965 a Lei sobre o Direito de Votar foi aprovada.
Martin Luther King, Jr. foi escolhido como Prémio Nobel da Paz no ano seguinte, em 1964.
Degraus do Lincoln Memorial e entorno do Monumento a Washington no momento em que King pronunciava o discurso
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«QUE A LIBERDADE RESSOE!»
Há cem anos, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos, assinava a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa noite do cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade trágica de que o Negro ainda não é livre.
Cem anos mais tarde, a vida do Negro é ainda lamentavelmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro continua a viver numa ilha isolada de pobreza, no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana, estando exilado na sua própria terra.
Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramaticamente mostrarmos esta extraordinária condição. Num certo sentido, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitectos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de independência, estavam a assinar uma promissória de que cada cidadão americano se tornaria herdeiro.
Este documento era uma promessa de que todos os homens veriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à procura da felicidade. É óbvio que a América ainda hoje não pagou tal promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar este compromisso sagrado, a América deu ao Negro um cheque sem cobertura; um cheque que foi devolvido com a seguinte inscrição: "saldo insuficiente". Porém nós recusamo-nos a aceitar a ideia de que o banco da justiça esteja falido. Recusamo-nos a acreditar que não exista dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidades deste país.
Por isso viemos aqui cobrar este cheque - um cheque que nos dará quando o recebermos as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é o momento de se dedicar à luxuria do adiamento, nem para se tomar a pílula tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da Democracia. Agora é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é tempo de abrir as portas da oportunidade para todos os filhos de Deus. Agora é tempo para retirar o nosso país das areias movediças da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade.
Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este sufocante verão do legítimo descontentamento do Negro não passará até que chegue o revigorante Outono da liberdade e igualdade. 1963 não é um fim, mas um começo. Aqueles que crêem que o Negro precisava só de desabafar, e que a partir de agora ficará sossegado, irão acordar sobressaltados se o País regressar à sua vida de sempre. Não haverá tranquilidade nem descanso na América até que o Negro tenha garantido todos os seus direitos de cidadania.
Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir as fundações do nosso País até que desponte o luminoso dia da justiça. Existe algo, porém, que devo dizer ao meu povo que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça. No percurso de ganharmos o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de actos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.
Temos de conduzir a nossa luta sempre no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que o nosso protesto realizado de uma forma criativa degenere na violência física. Teremos de nos erguer uma e outra vez às alturas majestosas para enfrentar a força física com a força da consciência.
Esta maravilhosa nova militancia que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos nossos irmãos brancos, como é claro pela sua presença aqui, hoje, estão conscientes de que os seus destinos estão ligados ao nosso destino, e que sua liberdade está intrinsecamente ligada à nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos.
À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder. Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: "Quando é que ficarão satisfeitos?"
Não estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos incontáveis horrores da brutalidade policial.
Não poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados das fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso a um lugar de descanso nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades.
Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade fundamental do Negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Nunca poderemos estar satisfeitos enquanto um Negro no Mississipi não pode votar e um Negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos, e só ficaremos satisfeitos quando a justiça correr como a água e a rectidão como uma poderosa corrente.
Sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês saíram recentemente de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a vossa procura da liberdade vos deixou marcas provocadas pelas tempestades da perseguição e sofrimentos provocados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor.
Voltem para o Mississipi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para a Luisiana, voltem para as bairros de lata e para os guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, esta situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.
Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caractér.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia o estado de Alabama, cujos lábios do governador actualmente pronunciam palavras de ... e recusa, seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e raparigas negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e raparigas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia todo os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas, os lugares ásperos serão polidos, e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, conjuntamente.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade".
E se a América quiser ser uma grande nação isto tem que se tornar realidade. Que a liberdade ressoe então dos prodigiosos cabeços do Novo Hampshire. Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque. Que a liberdade ressoe dos elevados Alleghenies da Pensilvania!
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia!
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ressoe da Montanha Lookout do Tennessee!
Que a liberdade ressoe de cada Montanha e de cada pequena elevação do Mississipi.
Que de cada localidade, a liberdade ressoe.
Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção negra: "Liberdade finalmente! Liberdade finalmente! Louvado seja Deus, Todo Poderoso, estamos livres, finalmente.
MESSINES REVIVER A “ESTRAVANCA” = Recordo o meu tempo de juventude, antes de deixar a minha TERRA, nos bailes de carnaval. Terminada a festa, outra surgia, no sentido divertido mas, fisicamente “violenta”: era a dança da estravanca. Uma dança secular que se foi passando de geração a geração. Eu julgo que essa herança virá dos tempos trágicos e violentos das guerrilhas do Remexido, no início do século XIX. Recordo os rapazes, homens jovens, assim considerados, garbosos. Os mais novatos não entravam nesses movimentos rápidos, eram só homens maduros, vintistas (não sectários do vintismo), nesses contorcidos, de pernas audazes, movimentos másculos, que quem tombasse passava a bobo da dança. Tudo decorria na sala grande da Sociedade Recreativa, no edifício da rua João de Deus. Os sons musicais, eram as pernas, os gritos controlados pelo funcionário da Sociedade, o mestre José Clara. Se bem me lembro! Nos seus movimentos (quase que me atrevo a considerar “baléticos”), sonoridades fortes, num bater as mãos em (palmas), pelos joelhos, pelas ancas, pelos peitos. Durava esse contornear, para duas horas, até o sol nascer. E a “malta” menos vigorosa, aplaudia os heróis da “estravanca”: o Aparício, o Florival, o Cagum, o Zingra, o Arnaldo Pinguinha, e de tantos mais de que já me saíram da memória. Havia um critério de jogo: Quem tombasse por terra saía perdedor e pagava a despesa no bar da Sociedade. Outra festa, no caso, para o mestre sapateiro José Clara, funcionário da Sociedade Recreativa. Depois, todo o grupo seguia para uma pequena sala onde os manjares e bebidas eram servidos. Mas nenhuma rapariga deveria estar presente. Era o baile dos masculinos, os “machos”, como se afirmavam. No Verão de 1986, publiquei um título MESSINES REVIVE A “ESTRAVANCA”, nessa coreografia tão máscula e natural dos homens jovens da minha terra. Que assistira num programa televisivo, num concurso nacional do folclore português. Mas nada era parecido, nada era tão natural…
UM MUNDO ORDINÁRIO – Diria o regresso de tantas javardice de cariz político … O século XX foi o gerir, no pior sentido, a herança do século XIX. Não me posso alongar nesse meu conhecer a História, que não é para um espaço restrito do mensário da minha terra. Mas fiquemos na ramagem dos tempos e das ambições: uma Europa no sentido em alongar o seu tapete de poder, tanto pela África, como pela Ásia. Assim foi nesse sentido em construir a primeira guerra mundial, em que Portugal, um país europeu, nesse sentido, do tempo foi o partir para Ceuta e descer na margem africana do Atlântico, pelo território africano, na cobiça da Inglaterra, em negociata de partilha, com os vencedores. E Portugal, nessa ingenuidade de país aliado em Windsor… ficava entalado, por obediência, na exigência do novo tratado imposto pela Inglaterra, em 1891, no apelidado “ cor de rosa”. As trafulhas dos impérios. No início do século XX, foram vontades impostas em absorver, como a Inglaterra, a França, a Itália, Alemanha, por aí fora a construir-se a 2ª grande guerra mundial. A ambição hitleriana ficou “ suspensa”. Os movimentos de libertação com o após guerra foram criando perspectivas legais. A Península Ibérica sucumbia nos anos 70. A União Europeia veio num ideal de comerciantes do aço/ferro. Foi o que se mostrava: poder dos fortes, em nome da democracia. Para muita gente europeia de bom viver! A U.E. era uma “muralha” para a Paz…Assim considerada e explicada e poli entendida . Neste século XXI, o poder instala-se: Ordinário! O centralismo norte europeu regressa em ideias e práticas que pareciam ultrapassadas. “Acordam”, como Trump, e agem como tal. E, de repente, a União Europeia perde o equilíbrio. Os E.U.A. de Trump e seus aliados, inflamam a chamada democracia europeia: Itália, Polónia, Hungria… A renúncia aos direitos constituídos pelos seus pares. A imoralidade à família de emigrantes, como se a América não fosse constituída dessa humanidade: Americanos latinos, italianos, ingleses, irlandeses, espanhóis, portugueses, japoneses, chineses, russos, etc. Menos a sua verdadeira identidade, a dos chamados “Índios”.
O presidente eleito dos Estados Unidos ordena, nestes dias, um terceiro Departamento de Defesa, ao Pentágono. Que se inicie imediatamente. Acrescentando: “ Não queremos que a China e a Rússia e outros países nos ultrapassem”. Eu, pessoalmente, considero uma situação de fraqueza mental, num renascer aos anos 30 do século XX. O Alto Comissário das Nações Unidas, Zeid Raad al-Hussein, para os Direitos Humanos, veio classificar Trump, como um “ sem consciência”, para um deixar de apoiar quem tem fome, assim como na política de separação de famílias dos E.U.A. O Conselho dos Direitos Humanos considera “ Uma desilusão, mas não uma surpresa.”
É um recorrer à memória para um entendimento, ao presente! Lembremos de que nenhum ser humano “é ilegal”…
Foto de Tatiana Mestre retirada do facebook (Foto: D.R.)
Uma mulher de 29 anos, que terá desaparecido no fim-de-semana, foi encontrada morta esta segunda-feira num descampado em Quarteira.
De acordo com a TVI24, “o carro estava queimado e foi visto por populares que passeavam cães no descampado, cerca das 18:30. Apercebendo-se de que havia uma pessoa no interior, alertaram a GNR que vedou a área, tendo posteriormente chegado a Polícia Judiciária que tomou conta do caso”.
A vítima tinha as mãos amarradas, estava amordaçada e o corpo estava parcialmente carbonizado, o que leva as autoridades a acreditarem que se tratou de um homicídio.
Tatiana Mestre era moradora em Vale Judeu, no concelho de Loulé, e terá tido um passado relacionado com o consumo de drogas.
"Uma construtora acusa Paulo Portas de ter utilizado a sua influência para reverter avaliação inicial de concurso para escola da Nato em Oeiras. Obra foi para a Mota-Engil, onde Portas é consultor."Observador "Jorge Coelho vai voltar à Mota-Engil. Seixas da Costa na administração". Negócios "Jorge Coelho, Valente de Oliveira, Lobo Xavier ou Seixas da Costa? O que têm em comum estes políticos? Todos já aceitaram um convite de António Mota para a empresa Mota Engil, que agora contratou Paulo Portas para ajudar na internacionalização da empresa."Expresso. O que é que tudo isto tem a ver com o Negócios que afirma que a Vince e Mota Engil vai reforçar posições accionistas na Luso Ponte ?
"Aeroporto no Montijo leva Mota-Engil e Vinci a reforçar na Lusoponte Os dois maiores accionistas da concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama exerceram o direito de preferência na venda que a Teixeira Duarte tinha acordado com um grupo chinês e passam a ter, juntos, mais de 82%".Negócios . hoje.
Será difícil adivinhar de que lado estarão ? Estarão contra a Mota Engil e a Vinci que é especialista na construção de aeroportos
Aqueles que há muito diziam que a solução Montijo que estará saturada em pouco tempo é para levar à construção de um novo Aeroporto - rio Frio- e respetiva negociata de terrenos,,,não tinham razão ?
Já decidiram Montijo e depois da decisão vão pedir um estudo ambiental...a uns amigos ecologistas do Bloco Central das Negociatas...
Em uma de suas últimas apresentações antes de sua trágica morte, Elvis Presley fez uma incrível interpretação de "Unchained Melody" durante um show em Rapid City, no estado americano de Dakota do Sul, em 21 de junho de 1977. A performance, descrita como "o último grande momento de sua carreira", foi gravada em seu último especial de televisão, dois meses antes de sua morte, em agosto de 1977. Um artigo da revista Rolling Stone comentou a apresentação dizendo que muito provavelmente ele não deveria estar ali:
- "Ele tinha um coração inchado, um intestino dilatado, hipertensão e problemas intestinais incrivelmente dolorosos. Elvis mal dormia e provavelmente deveria esta em um hospital, não no palco, mas ele ainda era uma das maiores atrações artísticas no circuito de concertos e o dinheiro era bom demais para ser recusado."
Note que Elvis tem a respiração entrecortada quando fala. Seu corpo estava caindo aos pedaços, mas enquanto o guitarrista Charlie Hodge segura o microfone, Elvis despeja seu coração na canção e sua voz permanece quase tão poderosa quanto sempre.
VÍDEO
Sem dúvida, foi o último grande momento da sua carreira e o vídeo é um bom lembrete de porque 41 anos depois de sua morte sua voz é ainda tão presente. Uma outra perspectiva da apresentação:
Se você tem filhos, sem dúvida já deve ter experimentado aquele momento de parar o coração quando percebe que o pequenino sumiu em público e não consegue vê-lo em lugar nenhum. Geralmente não passam de 2 a 3 segundos de agonia até encontrá-lo no lugar mais evidente, debaixo do banco, atrás de um vaso... Você pode imaginar, então, como devem se sentir os pinguins-rei quando retornam para alimentar seus filhotes. No entanto, tudo faz parte de um plano maior para a sobrevivência da próxima geração.
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Estas fotos mostram o pós-período de eclosão dos ovos de pinguins-rei na colônia localizada na remota ilha do sul do Atlântico da Geórgia do Sul. A eclosão pode levar de 2 a 3 dias para ser concluída, os filhotes nascem apenas com uma cobertura fina de lanugem e são totalmente dependentes de seus pais para comer e se aquecer.
De fato, assim como o pinguim-imperador, o filhote do pinguim-rei passa o tempo todo equilibrado nos pés dos pais nos primeiros dias (foto 7). Este é o período de guarda que dura mais ou menos um mês, quando os pais se revezam a cada 3 a 7 dias, para um vigiar o filhote enquanto o outro forrageia
Depois desse período do filhote já cresceu bastante, pode se manter aquecido por conta própria e se protege contra a maioria dos predadores. Ele se torna mais curioso e começa a explorar seus arredores. Dessa forma acaba formando um grupo de amigos que recebe o nome de creche.
As creches são guardadas por apenas alguns pássaros adultos em uma espécie de cuidado comunitário para os filhos. A partir daí, a maioria dos pais pode deixar seus filhotes e vão buscar alimentos.
Naquela que deve ser a maior creche, milhares e milhares de pinguins-rei agrupam seus descendentes em uma tentativa -em grande parte bem-sucedida- de impedi-los de morrer nas temperaturas abaixo de zero na Geórgia do Sul.
A planície de Salisbury, na Inglaterra, é famosa por ser o local da última batalha do Rei Arthur, mas também abriga uma diversidade muito grande de espécies. A colônia de pinguins-rei é, sem dúvida, a mais visível.
A exposição de armas e equipamentos militares capturados dos grupos militantes na Síria foi uma das atrações mais populares do 4º Fórum Militar Internacional do Exército 2018, segundo o serviço de imprensa do evento.
As exibições apresentadas aos visitantes do fórum do Exército 2018 iam desde carros civis transformados em veículos blindados improvisados ??ou plataformas de armas pesadas móveis, até munições improvisadas, armas de pequeno porte e até mesmo um tanque de guerra da época da Segunda Guerra Mundial.
Centenas de ativistas invadiram as ruas de Chemnitz após a morte de um alemão por dois imigrantes em um festival da cidade no domingo. Eles foram vistos cantando slogans anti-imigrantes e segurando cartazes que diziam "pare o sangue dos refugiados".
Ativistas de direita pediram que mais pessoas participassem dos protestos que aconteceram na cidade de Chemnitz, na Saxônia, após um homem alemão ter sido morto por dois imigrantes, segundo o jornal The Independent .
Um reforço extra da lei foi chamado para conter os protestos espontâneos, depois que a polícia local admitiu estar despreparada para sua escala. VÍDEO
Centenas de manifestantes foram capturados por câmeras que entraram em confronto com ativistas de esquerda e policiais e gritaram slogans anti-imigrantes como "Estrangeiros saiam" e "Esta é a nossa cidade". Alguns deles carregavam cartazes que diziam "pare a inundação de refugiados" e "defendam a Europa"
Autoridades do governo alemão, incluindo a chanceler Angela Merkel, condenaram os manifestantes de rua, que ela disse estar "caçando" estrangeiros
Manifestantes inundaram as ruas de Chemnitz depois que Daniel Hillig, um alemão de 35 anos, foi esfaqueado até a morte por um sírio de 23 anos e um iraquiano de 22 anos após uma disputa verbal em um festival local em 26 de agosto. Os dois suspeitos foram levados sob custódia, com procuradores do estado buscando um mandado de prisão.
VÍDEO
Em 2015, em meio à crise migratória na Europa, a Alemanha recebeu mais de um milhão de refugiados como parte do que a chanceler Angela Merkel chamou de "política de portas abertas". Desde então, vários relatos atribuem a responsabilidade por assassinatos e casos de estupro a imigrantes e solicitantes de refúgio que vivem na Alemanha, provocando uma vigorosa contestação pública sobre a política de imigração de Merkel e provocando uma discussão que ameaça acabar com o governo de coalizão.
Este ano, Berlim tentou evitar uma repetição da crise migratória. A fim de combater a imigração ilegal, o Ministério do Interior da Alemanha criou centros de transferência e centros Anker para deter e processar os migrantes que entraram ilegalmente no país. VÍDEO
A Europa não tem razões para se orgulhar O programa resultou no colapso da economia grega e serviu para os bancos europeus escaparemTNa ultima segunda feira a Crécia foi desligada da máquina que os seus credores
lhe deram em 2010, quando a crise grega rebentou. O programa financeiro que foi posto em execução em 2010 e que deu apoio financeiro à Grécia chegou ao fim. A partir de agora o Governo grego tem de voltar aos mercados se precisar de fundos para a despesa pública. Os líderes europeus congratularam-se uns aos outros por esta vitória gloriosa. Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, até invocou a “solidariedade europeia”, que tornou este grande êxito possível.
Mas terá a Europa razão para se orgulhar do programa financeiro que impôs à Grécia quando o país enfrentou a bancarrota em 2010? A resposta é, definitivamente, não. Primeiro, é um erro chamar a este programa de “apoio financeiro à Grécia”. Por detrás destas palavras há uma narrativa confortável para o resto da Europa de que a Grécia estava à beira do colapso e que os países credores salvaram os gregos do desastre. Nada poderia estar mais longe da verdade. O objetivo do programa de assistência imposto à Grécia foi garantir que as exigências dos países credores seriam satisfeitas. Políticos dos países credores, como a Alemanha, a Bélgica, a Holanda e a Finlândia, temiam ter de reconhecer perdas nos empréstimos que tinham feito à Grécia. Tinham prometido aos seus contribuintes que a Grécia havia de pagar as suas dívidas. Qualquer perda nestes empréstimos significaria que os contribuintes alemães, franceses, belgas, etc., tinham sido enganados. Assim, para garantir que a Grécia pagava estes empréstimos, estes países emprestaram mais dinheiro à Grécia. E, surpresa, surpresa, a Grécia pagou os empréstimos antigos com o dinheiro fresco emprestado pelos mesmos países. Nenhum destes empréstimos foi usado para apoiar a economia grega. Foram dados para manter a exigência de os contribuintes nos países credores verem devolvido o seu dinheiro.
Para manter este princípio, a Grécia foi sujeita a condições que poucas nações soberanas na História tiveram de aceitar. Uma troika estrangeira pegou no leme da economia grega e sujeitou o país a medidas de austeridade que pela sua gravidade raramente foram aplica- das. O resultado foi o colapso da economia grega e a miséria para milhões de gregos. Muitos defenderam que os gregos eram culpados da sua desgraça. Andaram numa espiral gastadora nos anos bons que antecederam a crise financeira e acumularam um nível de dívida insustentável. Não havia alternativa à redução da despesa e ao início de um pro- grama que reduzisse a dívida. Devemos sublinhar aqui dois pontos. Primeiro, são precisos dois para dançar o tango. A dívida em que incorreram os gregos foi tornada possível pelos empréstimos concedi- dos pelos bancos do norte da zona euro. Se os gregos não viram que a sua dívida face aos banqueiros do norte era insustentável, também estes banqueiros não viram. Assim, a responsabilidade por este desastre foi partilhada. Os banqueiros emprestaram dinheiro a mais e os gregos pediram emprestado demais. A diferença entre os banqueiros do norte e os gregos tem a ver em última instância com o poder. Os banqueiros sabiam que em último caso os seus governos sangrariam a Grécia até ela pagar a dívida para que os seus bancos pudessem sair da crise sem grandes danos. Segundo, havia com certeza outras maneiras de lidar com a dívida grega do que a que foi feita nos sucessivos programas. Os programas de austeridade foram contraproducentes. Levaram a um declínio massivo do PIB de mais de 30% e reduziram a capacidade da Grécia de pagar a sua dívida. Em 2010, a dívida grega era de 150% do PIB; depois de oito anos de austeridade esta proporção aumentou para 180%. Um programa mais inteigente não teria imposto esta austeridade massiva. Além disso, a solidariedade europeia teria significado que os países credores aceitassem cancelar parte da dívida. Isto também teria feito refletir o facto de haver uma responsabilidade partilhada entre credores e devedores. Ao contrário do que o presidente do Conselho Europeu proclamou, não houve solidariedade europeia. Houve apenas o desejo das nações credoras de proteger as suas exigências financeiras, em- bora fossem igualmente responsáveis pelo desastre, em conjunto com a Grécia. Além disso, verificou-se um desejo visceral dos governos dos países credores de castigar um país que se tinha portado mal. É evidente que teremos novas crises financeiras no futuro, envolvendo credores que emprestam demais e devedores que pedem emprestado demais. Só podemos esperar que quando isso acontecer a Europa seja capaz de mostrar um bocadinho mais de solidariedade do que mostrou na tragédia grega.
A objetividade e os resultados científicos confirmam as inconsistências e a retórica política dos Estados Unidos contra Cuba, especialmente em relação aos supostos efeitos sobre a saúde causados ??aos diplomatas norte-americanos em Havana.
Há poucos dias foi anunciado que neurologistas e médicos de vários países como o Reino Unido, Alemanha e os próprios Estados Unidos questionaram as conclusões do relatório que apoiou a versão do governo dos EUA acerca dos alegados «danos» causados ??a 21 — número aumentado mais tarde para 26 — de seus diplomatas na Ilha.
Em cartas enviadas à revista da Associação Médica Norte-americana (JAMA), indica-se que os autores do estudo, realizado entre fevereiro e março, por médicos da Universidade da Pensilvânia, poderiam ter interpretado erroneamente o resultado de exames médicos ou ter ignorado desordens que causam sintomas entre um grande grupo de pessoas, como fatores psicológicos.
As declarações científicas desacreditam ainda mais os argumentos apresentados durante meses pelo governo dos EUA. UU para justificar as medidas arbitrárias e o recuo no processo de aproximação bilateral com Cuba. Sobretudo nestes dias em que chegaram ao limite de restringir a permanência dos diplomatas durante sua missão em Havana, a pouco mais de um ano e, como já estava acontecendo, sem acompanhamento.
Os truques que tentaram tecer sobre este assunto são cada vez mais insustentáveis, em um cenário em que, por um lado, os cidadãos norte-americanos são avisados ??para não visitar a Ilha por «razões de segurança», enquanto Cuba recebe três milhões de visitantes estrangeiros no final da primeira metade do ano, os que o fazem com a convicção de se aproximar e desfrutar de um dos países mais seguros do mundo.
Recentemente, um professor da Universidade de Augusta, na Geórgia, Estados Unidos, garantiu que, se as viagens dos norte-americanos à Ilha maior das Antilhas fossem liberadas, 3,5 milhões de visitantes daquela nação poderiam chegar aqui. O primeiro mercado emissor de Cuba é o Canadá, com 1,34 milhão (1.134 225 visitantes em 2017,) e em segundo lugar os Estados Unidos, com pouco mais de um milhão, o que coloca em perspectiva os potenciais que os norte-americanos encontram na Ilha.
A questão dos chamados «ataques acústicos» contra diplomatas norte-americanos em Havana, já foi fechada até por parte do Bureau Federal de Investigações daquele país, mas é retomada repetidas vezes para tentar justificar uma política injusta e ilegal, que prejudica igualmente cidadãos norte-americanos e cubanos.
Pensemos apenas no alto custo humanitário da interrupção do serviço de vistos da embaixada dos EUA em Havana, o perigo de não cumprimento do acordo de migração pelos Estados Unidos, os problemas diários que ouvimos de pais que não podem se encontrar com seus filhos e têm que fazê-lo através de países terceiros.
Nossas autoridades foram um exemplo de respeito, cooperação e adesão aos resultados das investigações realizadas, mesmo quando tiveram acesso limitado aos casos afetados e foram informadas tardiamente e de maneira limitada.
Cuba continuará defendendo a verdade. Vamos esperar que a racionalidade prevaleça, acima do marcado interesse em prejudicar não apenas a imagem e a economia de um país, mas também a relação de seu povo com milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo os próprios norte-americanos.
Nos arranha-céus de Chicago, muitos deles sedes de empresas que se situam no núcleo central do capital monopolista dos EUA, travou-se uma greve vitoriosa dos lavadores de janelas. Durou quatro semanas. O patronato tentou recorrer a fura-greves, mas não foi difícil impedi-los: é que é necessária a experiência e a coragem de um “super-herói” para exercer esta perigosíssima profissão. Tal como para conduzir uma greve vitoriosa - dirigida por um sindicato - nos EUA.
«Nós somos super-heróis de Chicago. Andamos suspensos por uma corda no 110.º andar, a 180 metros do chão. No Inverno as nossas mãos congelam com a chuva e com a neve. No Verão as janelas dos arranha-céus aquecem tanto o equipamento de segurança derrete. Não temos medo de ventos de 40 quilómetros por hora. Achas que temos medo de patrões?» Quem fala assim é Efraim Guzman, lavador das janelas dos arranha-céus de Chicago que, por via telefónica, me explicou como uma greve de quatro semanas terminou com os trabalhadores disfarçados de super-heróis e um aumento salarial de 27 por cento, o maior da história do sindicato.
A greve, convocada pelo Service Employees International Union Local 1 (SEIU), teve início no dia 2 de Julho, imediatamente depois do contrato colectivo ter caducado. «Era um dos piores contratos a nível nacional», explicou-me Efraim Guzman, «A base salarial era 11 dólares por hora, a partir de 65 mil dólares em despesas médicas anuais, a entidade patronal não pagava um cêntimo. Num hospital americano, 65 mil dólares não é nada: este ano um colega entalou a mão num acidente de trabalho e a factura ficou em 35 mil dólares. Lembra-te de que neste país vais a um hospital público e na sala de espera tens uma caixinha em que podes enfiar um papel com os teus dados para, através de um protocolo com uma agência funerária, te habilitares a ganhar uma campa gratuita».
No primeiro dia de greve, Neal Zucker, presidente executivo da Corporate Cleaning Services, a principal empresa do sector, recusou-se sequer a ouvir os trabalhadores. No terceiro dia, classificou a exigência de aumento salarial de 37 por cento de «irrealista». No final da primeira semana, ameaçou recorrer a trabalhadores não sindicalizados para substituir os grevistas. «O pior foi ter de enfrentar crostas [scab, termo inglês para fura-greves], mas quando os piquetes lhes cortaram o passo também foi para protegê-los: nos últimos 25 anos morreram 71 lavadores de janelas: só um deles é que era sindicalizado. O sindicato exige segurança, formação, certificados e direitos. Os crostas não são lavadores de janelas, são trapezistas». Ser herói da classe operária é ser qualquer coisa
A pressão, contudo, continuou a avolumar-se. Houve ameaças de despedimento e intimidação da polícia. Na segunda semana, mais de 200 lavadores de janelas e as suas famílias cortaram o trânsito na intersecção da Avenida Michigan com a Randolph e manifestaram-se no Millenium Park. «As nossas famílias sabem que somos super-heróis. Arriscamos as nossas vidas diariamente para lhes dar uma vida melhor. Só os patrões é que não vêem isso». Foi para fazê-los ver que os grevistas escalaram vários arranha-céus de Chicago vestidos de Homem-aranha, Batman e outras personagens da cultura popular estado-unidense. Mas só ao final de um mês de greve é que o patronato cedeu, quando os arranha-céus perderam o brilho, as janelas deixaram de espelhar as nuvens, os vidros se tornaram baços e os escritórios escuros.
O salário base aumentou 27 por cento, o seguro de vida duplicou para 100 000 dólares e o seguro de saúde perdeu o tecto máximo. Para o SEIU, trata-se de um exemplo a seguir: «Esta histórica vitória dos lavadores de janelas de Chicago demonstra o poder da negociação colectiva (…) na luta pela melhoria das condições de vida de todos os trabalhadores», fez saber a direcção.
Mas, garante Guzman, não foi só o salário que mudou com a greve. «Quando estamos a lavar as janelas da Torre Willis ou da Torre Trump e olhamos para dentro dos escritórios dos milionários, comentamos que agora até se vê melhor lá para dentro. Não por as janelas estarem mais limpas, mas por nós vermos melhor».
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2334, 23.08.2018