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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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30
Ago18

Expedição Tumucumaque

António Garrochinho

Maior parque nacional do país, com 3,8 milhões de hectares, o "Montanhas do Tumucumaque" ainda abriga locais que não foram visitados pelo homem.


Conheça melhor esse lugar incrível através dessa matéria do Globo Repórter.


Sem mais delongas, vamos ao vídeo:

Globo Repórter - Expedição Tumucumaque
Localização: Estados do Amapá e Pará.



tudorocha.blogspot.com
30
Ago18

Polícia sob suspeita de alimentar protestos fascistas em Chemnitz

António Garrochinho


Novas marchas da extrema-direita estão marcadas para esta quinta-feira e sábado. As autoridades estão a investigar eventuais ligações da Polícia aos violentos protestos xenófobos dos últimos dias.
Os protestos da extrema-direita em Chemnitz foram uma verdadeira caça ao estrangeiro
Os protestos da extrema-direita em Chemnitz foram uma verdadeira caça ao estrangeiroCréditos
Milhares de neonazis (cerca de 6000) juntaram-se na segunda-feira em Chemnitz, a terceira maior cidade do estado alemão da Saxónia, para se manifestarem contra a presença de «estrangeiros» no país. Tratou-se do segundo dia de violentos protestos racistas e xenófobos, depois de, na madrugada de domingo, um homem de 35 anos ter sido assassinado, alegadamente, por dois refugiados de países do Médio Oriente.
Algumas fontes referem-se à violência registada como resultante de uma espécie de confronto entre «radicais» de extrema-direita e de extrema-esquerda (uma contramanifestação reuniu cerca de mil pessoas), mas também há quem sublinhe que «os fascistas andaram à caça» – de estrangeiros, refugiados e migrantes.
O portal El Salto informa que certos espisódios ocorridos na segunda-feira fizeram lembrar os «pogroms», com os neonazis a «atacarem, apredejarem e espancarem estrangeiros e quem se atravessava no seu caminho» que não parecesse alemão, e gritando palavras de ordem como «Fora com os estrangeiros!» ou «Alemanha para os alemães».
Procurando não deixar esmorecer a onda racista e xenófoba, o movimento anti-imigração Pegida, o movimento neonazi local Pro Chemnitz e o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) convocaram novas manifestações para hoje e para o próximo sábado, em Chemnitz, contra a presença de refugiados e migrantes na Alemanha.
Jörg Meuthen, dirigente da AfD (actual terceira força no Bundestag e com uma forte presença na região de Chemnitz), disse que «não está a incendiar os ânimos» e defendeu que as manifestações da extrema-direita «reflectem o mal-estar da sociedade com a chegada de mais de um milhão de estrangeiros ao país desde 2015».
A chanceler da maior potência capitalista europeia, Angela Merkel, repudiou o «incitamento à violência xenófoba» e condenou «as perseguições, os motins, o ódio nas ruas», mas sem se referir à exploração dos refugiados na Alemanha, às guerras de agressão imperialistas que, na Ásia, no Norte do África ou no Médio Oriente, levaram milhões de pessoas a abandonar os seus países ou ao panorama socioeconómico na antiga Alemanha Oriental no período pós-reunificação.

A fuga do mandado

Dois refugiados, originários de países do Médio Oriente, foram acusados na segunda-feira de matar um homem de 35 anos, num festival na cidade de Chemnitz, na madrugada anterior.
Entretanto, veio a público que o mandado de detenção de um deles – com dados sobre os suspeitos do ataque (incluindo a morada de um deles), o juiz responsável pelo caso, a vítima mortal e testemunhas – apareceu na segunda-feira em portais de extrema-direita.
O facto está a ser encarado pelas autoridades da Saxónia e federais como um «escândalo», na medida em que a divulgação do mandado terá partido de uma fonte policial, e está ser visto como um dos elementos que terão ajudado a fomentar a manifestação anti-imigração.
Martin Dulig, vice-presidente e ministro da Economia da Saxónia, disse a uma TV local que «a atitude de alguns agentes da Polícia [para com a extrema-direita] é completamente inaceitável, sabendo que estão a cometer um crime», refere a PressTV.
Sublinhou que se trata de um «problema grave», que o Ministério Público já está a investigar, mas defendeu que não é «uma ocorrência habitual».

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30
Ago18

CGTP-IN acusa administração da Carris de má-fé

António Garrochinho


Esta quinta-feira, o secretário-geral da CGTP-IN, acompanhado de dirigentes da Fectrans, denunciou a violação do acordo de empresa negociado e exigiu uma intervenção imediata do executivo municipal.
Trabalhadores estiveram concentrados em protesto junto aos Paços do Concelho de Lisboa
Trabalhadores estiveram concentrados em protesto junto aos Paços do Concelho de Lisboa
A tribuna pública desta manhã, em frente à Câmara de Lisboa, reuniu dezenas de dirigentes da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), num protesto onde acusaram a Carris de lhes ter enviado para assinar uma versão do acordo de empresa (AE) com uma cláusula que não foi acordada nas negociações.
«Estamos perante um processo negocial em que é manifesta a má-fé pela empresa, neste caso a Carris. Numa empresa pública não é admissível que isto aconteça e o Governo tem de ter uma intervenção imediata», afirmou Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, que esteve presente no protesto
«Estava acertado um texto que foi enviado e que merecia, no essencial, o consenso. Posteriormente, esse texto foi substituído por um outro com uma cláusula que não foi acordada» nas reuniões, explicou Arménio Carlos, salientando que se trata de uma imposição num «negócio para sustentar alguns sindicatos relativamente a posições que defendiam», explicou.
Arménio Carlos considerou ainda que o executivo da Câmara Municipal de Lisboa (PS/BE), tem responsabilidades na matéria, visto que é o único accionista da Carris desde 2016 e por isso tem de intervir.
«A administração não pode ficar refém dos sindicatos da UGT e muito menos pode ser admissível que, neste momento, estejamos a ver numa empresa pública um complô político-partidário e sindical de alguns para procurar discriminar trabalhadores», considerou.
Além disso, Arménio Carlos afirmou que actualmente existe discriminação salarial dos trabalhadores da Carris consoante pertençam a sindicatos que assinaram ou não o acordo, o que nunca aconteceu na empresa.
«O que se está aqui a passar é qualquer coisa de diferente e de profundamente negativo. É algo que põe em causa o princípio da boa fé negocial e que abre parâmetros para retornar a situações anteriores, nomeadamente verificadas na concertação social, onde alguns dos acordos não resultavam da discussão das reuniões mas de entendimentos em gabinetes fora da concertação social para depois impor ali», sublinhou.

Fectrans quer assinar acordo, mas só o que negociou

Já Manuel Leal, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), afirmou que a sua estrutura só aceita o «acordo assinado nas mesas das negociações e não o acordo com as alterações posteriores enviado pela administração».
A contestada cláusula prevê que a adesão dos não sindicalizados ao novo AE só seja possível com um pagamento destes aos sindicatos no valor de 0,4% do salário ilíquido. Algo que a Fectrans recusa e diz contrariar o intuito «de que todos os trabalhadores tenham um acordo de empresa», além de ser uma «intromissão, ilegal, na vida dos sindicatos».
«Consideramos ser uma situação inadmissível de ingerência naquilo que é da responsabilidade directa das organizações sindicais. A Fectrans não aceita que existam outras formas de financiamento dos seus sindicatos que não seja a quota sindical e, por outro lado, consideramos que esta cláusula incentiva à própria "dessindicalização" dos trabalhadores», afirmou.
«Não estamos de acordo. Queremos ser nós a estabelecer quais são as nossas formas de financiamento. É uma matéria que é da responsabilidade das organizações sindicais e não das empresas», acrescentou.


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30
Ago18

Ex-Detetive Policial "Comete Suicídio" Dias Depois de Lançar Livro Expondo Rede de Pedofilia da Elite

António Garrochinho



Família acredita que o autor foi assassinado por dizer a verdade

Um ex-detetive da polícia na África do Sul que publicou um livro expondo membros de uma suposta rede de pedofilia da elite se matou alguns dias depois, com a família acreditando que a morte do homem foi realmente um assassinato.


O livro de Mark Minnie, Os Garotos Perdidos da Ilha dos Pássaros, afirma que os membros do último governo do Apartheid da África do Sul levaram crianças para a Ilha dos Pássaros, perto da costa de Port Elizabeth, onde foram sexualmente abusadas e em alguns casos mortas.

"O livro detalha a corrupção dentro do último governo do Apartheid da África do Sul e envolveu funcionários até o topo, incluindo o ministro da Defesa, Magnus Malan, e o ministro de Assuntos Ambientais, John Wiley", relata o site Free Thought Project.

Pouco antes de sua morte, Minnie revelou que ele havia sido abordado por mais fontes com mais provas contundentes e que uma sequência estava em andamento.

O livro foi publicado em 5 de agosto, mas apenas nove dias depois Minnie morreu, aparentemente atirando em sua própria na cabeça.

VÍDEO

No entanto, Tersia Dodo, membro da família de Minnie, disse a repórteres que Minnie insistiu que se algo acontecesse com ele, era para tratar como assassinato.

"Ele mencionou para nós todo o tempo que sua vida estava em perigo e se algo acontecesse com ele, deveríamos saber que isso não foi feito por ele", disse ela.

"Mark não era um covarde, Mark enfrentou a vida de frente", acrescentou. “Não há nenhuma maneira que eu ou qualquer um de nós acredite que ele teria optado pelo suicídio e é por isso que eu concordei em fazer esta entrevista para dissipar quaisquer pensamentos e rumores de suicídio. Ele não era o tipo de homem que era covarde e que faria algo assim."

Dodo disse que a nota de suicídio encontrada perto do corpo de Minnie era falsa ou escrita sob coação.

Como documentado no vídeo abaixo, enquanto a mídia fica obcecada com 'Pizzagate' e outras conspirações duvidosas sobre redes de pedófilos de alto nível, o abuso sexual de crianças e sua ligação com políticos, juízes e celebridades é um tema comum em todo o mundo.

VÍDEO

http://www.anovaordemmundial.com
30
Ago18

A ESTAS DATAS DEVEMOS PORTUGAL SER COMO É (PARTE 2)

António Garrochinho
www.noticiasaominuto.com



A História diz respeito ao passado, porém, fala-nos também daquele que será o futuro de uma determinada nação.

E isto tanto se aplica ao que é bom, como a fundação do Condado Portucalense, os Descobrimentos ou até autores como Camilo Castelo Branco e Eça de Queiroz, como também se aplica ao que é menos bom, como é o caso da escravatura, a guerra civil, a Inquisição, entre outros.

Assim, e com base no livro '100 Datas que Fizeram a História de Portugal - 

Tudo o que Precisa Saber', do autor Pedro Rabaçal, apresentamos-lhe EM VÁRIAS PUBLICAÇÕES aquelas que são as 100 datas que mais marcaram a 'personalidade' do nosso país.
































30
Ago18

A VIDA NOS OCEANOS (PARTE 3)

António Garrochinho

Explorando o fundo dos oceanos


É sabido que conhecemos mais sobre o espaço sideral do que sobre os oceanos que cobrem 71% do planeta. Dificuldades técnicas, custo proibitivo, e a imensidão, são alguns dos fatores que contribuíram para o desconhecimento.

Explorando o fundo dos oceanos e os primeiros mergulhos

Desde tempos imemoriais o homem tentou mergulhar para conhecer o fundo submarino. Mas, a primeira invenção que permitiu mergulhos, ainda que de forma restrita, aconteceu em 1839, com o  escafandro. Durante os próximos cem anos não houve grandes mudanças no pesado (mais de cem quilos) traje.
Dando um salto para o futuro, chegamos a 1943, ano em que Jacques Cousteau e Emile Cagnan inventam o aqualung. A partir desta novidade começou efetivamente a exploração do fundo submarino. A oceanografia é disciplina recente.

Cientistas criticam a exploração mineral do subsolo marinho

Ainda assim, cientistas do porte de Sylvia Earle, informam que até hoje conhecemos e exploramos pouco mais de 5% do fundo submarino. Em seu livro A Terra é Azul (Ed. SESI- SP), Sylvia condena a mineração e exploração de petróleo submarino. A autora, que já mergulhou em profundidades abissais, garante que “um metro quadrado do fundo dos oceanos tem mais formas de vida que as florestas tropicais“.

Explorando o fundo dos oceanos: vulcanismo Submarino

A matéria do New York Times começa com uma provocação:
imagine um vulcão. Agora imagine que seus principais respiradores se estendem por uma linha. Suponha que esta linha seja tão extensa quanto 64 mil quilômetros, atravessando a escuridão dos oceanos, percorrendo o globo como as costuras de uma bola de beisebol. Bem-vindo a uma das características mais obscuras, e importantes, do planeta, prosaicamente conhecidas as dorsais meso-oceânicas. Embora esta linha seja capaz de circundar a lua mais seis vezes seguidas, ela recebe pouca atenção porque está escondida na escuridão abissal.
A matéria diz que estes vulcões  foram descobertos, por acaso, em 1973. Desde então expedições caríssimas estão, lentamente, explorando o fundo dos mares. O jornal diz que “as descobertas humilharam as previsões de Júlio Verne”.

Explorando o fundo dos oceanos,mapa do fundo submarino



Ilustração: New York Times

Explorando o fundo dos oceanos: ouro e prata no fundo do mar

As fraturas, que se  localizam em profundos vales e campos gigantescos, jorram água termal e lançam toneladas de minerais na água gelada do mar. Aos poucos, torres vão sendo construídas com este material que pode ser muito rico em metais como ouro e prata.
Uma destas torres no Pacífico, apelidada Godzilla, cresceu o equivalente a um prédio de 15 andares, atraindo vermes em formatos tubulares, e outras criaturas bizarras. Aos poucos esta estranha e desconhecida fauna cobre as formações, depois são comidas por caranguejos-aranha.
Explorando o fundo dos oceanos, paredes formadas por vulcões submarinos




Paredes formadas pela lava (foto: new york times)

Esta explosão de vida marinha coexiste com nascentes de água, quentes o suficiente para derreter chumbo. Temperaturas extremas, como 415º Celsius, foram registradas nestes locais.

Explorando o fundo dos oceanos: observação em tempo real

Agora cientistas estão empenhados em conhecer mais estas regiões. Uma delas, em alto mar, a Oeste da costa norte- americana esta sendo observada por grande quantidade de censores, câmeras, e cabos que enviam as informações para centros científicos no continente. O objetivo é analisar as informações por no mínimo, 25 anos. Estes dados estão sendo incluídos na internet, em tempo real, de modo que cientistas do mundo inteiro tenham acesso a eles tão facilmente como mandar e receber e-mails.
John R. Delaney, oceanógrafo da Universidade de Washington que concebeu o observatório décadas atrás, disse que o projeto vai ajudar os cientistas a entender melhor não só as cordilheiras vulcânicas, mas as águas circundantes, que cobrem a maior parte do planeta.
A principal questão é até que ponto ocorrem as mudanças vulcânicas ao longo do tempo

velha idéia era que as erupções de lava escorrendo ocorriam a taxas relativamente estáveis.

Agora, os estudos sugerem a existência de grandes explosões suficientes para influenciarnão só  o mar global, mas a temperatura do planeta
A novidade está agradando os cientistas mundo afora. Daniel J. Fornari, cientista do Woods Hole Oceanographic Institution, em Cape Cod, foi categórico: “agora nós temos olhos e ouvidos numa parte do assoalho marinho realmente dinâmica”.

Do núcleo da Terra para o fundo dos oceanos

Explorando o fundo dos oceanos-q




Ilustração:laifi.com

O jornal esclarece que a fonte dessa movimentação vem do interior da Terra que constantemente reorganiza as placas da crosta terrestre. As cordilheiras vulcânicas marcam os locais onde as placas tectônicas se separaram o suficiente para criar uma “rota de fuga” para o magma.

As descobertas não param

No ano passado uma equipe de 11 cientistas relatou que as bolhas das fontes termais atuam como centros de reciclagem que transforma o carbono do solo oceânico em produtos químicos muito mais simples que podem formar novos organismos
Na década de 90, diz o Times, os cientistas ganharam um novo aliado em suas pesquisas no subsolo marinho. A Marinha americana partilhou seus microfones, usados na guerra fria para rastrear submarinos.

Explorando o fundo dos oceanos, vulcão submarino em erupção



Erupção submarina (foto: new york times)

Estudando vulcões submarinos para entender o clima na Terra

Explorando o fundo dos oceanos



A ilustração mostra como se formaram os vulcões e cordilheiras submarinas

Agora os cientistas podem ouvir as erupções vulcânicas, e estudar suas consequências. Entre outros, os estudos contribuem para revelar como as eras glaciais acabaram de forma tão abrupta. Outra possibilidade, de acordo com Dr. Tolstoy, da Columbia University, é que as cordilheiras submarinas são extremamente sensíveis a uma variedade de influências celestes. Os cientistas dizem que tais fatores poderiam um dia melhorar a sua compreensão de por que o clima da Terra tem variado de forma tão marcante ao longo dos tempos, melhorandoseus modelos de computador e as  previsões de tempo.

Fontes: New York Times; techdiving.com.br/; techdiving.com.br/;

marsemfim.com.br

Conheça o peixe bizarro que vive mais próximo do fundo do oceano


Peixe-caracol Mariana (Foto: Mackenzie Gerringer, University de Washington.)
Já era de imaginar que o fundo do mar fosse habitado por diferentes espécies de bichos que desconhecemos até então.

Um desses animais é o peixe da espécie Pseudoliparis swirei. 

O animal é pequeno, tem coloração rosa e não possui nenhuma escama. De tão transparente, é possível enxergar seu fígado.



Mas não se engane; mesmo de tamanho diminuto e aparentemente frágil, o animal, apelidado de ‘peixe-caracol Marianas’, é um dos que mais prospera no fundo do mar. 

A espécie foi descoberta em 2014 na Fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos, localizado no Oceano Pacífico. Um grupo de pesquisadores dos EUA, Reino Unido e Nova Zelândia encontraram espécimes do peixe em uma profundidade de 8 mil metros abaixo do mar.

Porém, só recentemente o bicho foi estudado e ganhou uma descrição científica completa.
Estudar sobre as adaptações do peixe-caracol Marianas forneceu novas pistas aos pesquisadores sobre quais tipos de vida podem sobreviver no fundo do oceano.

A descoberta
O peixe-caracol Marianas foi encontrado na parte oeste do Oceano Pacífico, mais especificamente na zona hadal, camada mais inferior do mar onde há falta de luz e intensa pressão.

A viagem, empreendida pelos pesquisadores em 2014, tinha como objetivo explorar a Fossa das Marianas e conhecer como os organismos interagiam entre si e como eram capazes de viver com tanta pressão de água acima deles.

Esse estudo foi bem trabalhoso – pois, caso você não saiba, a Fossa das Marianas tem uma profundidade de 11 mil metros, maior do que o altura Monte Everest (que atinge uma altitude superior a pouco mais de 8 mil metros.)
Peixe-caracol Mariana (Foto: Reprodução/YouTube)
Chegar ao fundo
Enviar instrumentos ao fim do oceano não é tão difícil, o problema é trazê-los de volta. Alguns equipamentos utilizados nesses estudos são câmeras, redes e até robôs conectados a barcos por meio de cabos. Descer um cabo de mais de oito mil metros é possível, a dificuldade está em mantê-lo intacto diante tanta pressão.

Foi por isso que o grupo utilizou uma plataforma mecânica conhecida por aterrisadores de queda livre. 

Esse equipamento pode transportar instrumentos e pesos de aço. 

Os cientistas planeiam agora construir um equipamento para chegar até o extremo da Fossa, atingindo os 11 mil metros submersos. 
Formas de sobrevivência


Viver na zona hadal não é fácil – para se ter uma noção, a região ganhou esse nome inspirada no deus grego Hades, o deus dos mortos. A pressão nessa região pode chegar a cerca de 7 mil quilos por polegada quadrada – o que equivale a um elefante sentado no seu dedão. A temperatura também não ajuda e chega a 1º C.
Ainda assim, alguns animais conseguem driblar todas essas condições. Um deles é o peixe-caracol Marianas. Ele tem diversas adaptações para conseguir sobreviver com tanta pressão.
Por exemplo, o corpo dele não contém nenhum espaço aéreo tal como as bexigas natatórias que os peixes ósseos usam para subir e descer na água. Ao invés disso, ele tem uma camada de gosma gelatinosa debaixo da pele que possibilita que ele flutue e seja mais aerodinâmico.
Suas adaptações também acontecem em nível molecular. Durante os estudos, os pesquisadores encontraram algumas enzimas em seus músculos responsáveis por funcionar debaixo de tanta pressão.

VÍDEO
revistagalileu.globo.com




30
Ago18

OLHÓ AVANTE ! - O PROBLEMA DO PAÍS CHAMA-SE POLÍTICA DE DIREITA

António Garrochinho




Vladimiro Vale
Membro da Comissão Política

PS e PSD acordaram na transferência de subfinanciamentos
O problema do País e do Interior chama-se política de direita
Apesar de PS, PSD e CDS encherem páginas e páginas com preocupações e promessas para o Interior, anunciarem prazos para resolver o problema, evitando a discussão das medidas concretas para o desenvolvimento do País, anos e anos de políticas de direita continuam a deixar um rasto de destruição.




Pegando em alguns exemplos com incidência no distrito da Guarda nos últimos meses, verificamos que, para lá dos discursos, o desinvestimento nos serviços públicos, os processos de privatizações e todos os problemas estruturais causados pela política de direita e pelos constrangimentos externos a que o Governo do PS continua a amarrar o País continuam a impedir o desenvolvimento e a aprofundar as dificuldades de quem ali vive e trabalha.

Vejamos: encerramento ou descaracterização de estações dos CTT em Seia, Manteigas e Fornos de Algodres; encerramento do balcão da CGD no Largo João de Almeida, na Guarda; problemas de falta de profissionais nos serviços de saúde, como no Centro de Saúde de Gouveia ou no Hospital da Guarda, que conduziu ao recente encerramento do serviço de cardiologia. Numa recente entrevista à comunicação social, o presidente da Câmara Municipal de Seia (PS), em tom ameaçador, tentando passar o ónus para as famílias, anunciou o encerramento do Jardim de Infância de Carvalhal da Louça e ameaçou encerrar seis escolas do 1.º Ciclo e outros quatro jardins de infância.

O projecto de resolução do PCP, que defendia a abolição das portagens na A23, foi inviabilizado por PS, PSD e CDS, sendo que a manobra de alguns deputados do PS, votando favoravelmente o projecto do PCP, não desresponsabiliza os próprios nem apaga o papel negativo do PS em encarar este problema que condiciona o desenvolvimento da região.

As consequências da degradação do transporte ferroviário, fruto da política de privatizações, fusões e PPP, fizeram-se sentir nos atrasos sistemáticos dos comboios que chegam à Guarda e na degradação da linha e do material circulante.

A recente audição do PCP sobre Queijo da Serra confirmou a incapacidade em estabelecer um verdadeiro programa de desenvolvimento assente na valorização da Ovelha Bordaleira, na criação de estruturas de comercialização que garantam preços justos à produção e na disponibilização de meios públicos para garantir a qualidade da produção, designadamente de fiscalização de importações de leite, capazes de restituir a confiança e impedir a concorrência desleal.

Devolver serviços às populações

Todos estes exemplos confirmam que o problema do País e do Interior reside na política de direita. Reside nas opções que estão por trás do acordo PSD/PS em matéria de transferência de competências para as autarquias e de fundos comunitários, que vão no sentido da desresponsabilização do Estado das suas funções sociais com uma transferência de encargos para as autarquias locais.

A transferência de competências em áreas sensíveis como a Educação, a Saúde, a Segurança Social e a Cultura coloca em causa a universalidade de prestação destas funções sociais do Estado e a coesão nacional. Tal como o PCP tem vindo a denunciar, estamos perante uma transferência de subfinanciamentos em muitas áreas com problemas estruturais, uma vez que o acordo assinado por PS e PSD parte do princípio de que estas transferências de competências não podem significar qualquer aumento da despesa pública.

O problema do Interior reside na fuga ao facto de que uma verdadeira política de descentralização tem que passar pela devolução de serviços de proximidade às populações, particularmente as freguesias roubadas, e pelo cumprimento da Constituição da República Portuguesa, com a implementação das regiões administrativas. 


www.avante.pt

30
Ago18

Quem inventou a sauna?

António Garrochinho


Há algum tempo aqui no TriCurioso eu falei sobre fazer sauna e seus benefícios para a saúde, porém pensando hoje esta prática me surgiu uma nova curiosidade. Afinal, quem inventou a sauna?
A história conta que a primeira sauna surgiu através dos povos egípcios no aano de 4.000 a. C. Além deles, outros povos já se usufruiam dos benefícios dos banhos de vapor, eram eles os árabes, fenícios e chineses. Desde sua origem a sauna é utilizada para fins de saúde e relaxamento, sendo recomendada para tratamento de ressaca, insônia, estresse, artite, reumatismo, sinusite, pele, combate ao envelhecimento precoce dentre diversos outros problemas.
Já a sauna seca surgiu na Finlândia através dos povos nômades e se tornou um símbolo do país, para se ter ideia hoje existem mais de 2,2 milhões de saunas no país e todas são consideradas ambientes sagrados com espaço para purificação do corpo e também da alma. Anos após, surgiram na Grécia antiga as saunas a vapor, técnica que após acabou sendo aprimorada pelos turcos através do uso de caldeirões de bronze cheios de água, este é conhecido hoje como banho turco.
ww.tricurioso.com
30
Ago18

A estranha planta «mágica» hindu capaz de nadar contra a corrente

António Garrochinho



Recentemente um vídeo que mostra o galho de uma suposta planta medicinal mágica vem levantando as sobrancelhas dos mais céticos nas redes sociais. Descrita pelo Mail Online como guaruda sanjivani, a planta só encontrada nos bosques do Himalaia teria poderes curativos inclusive contra picadas de cobras. De fato, a mitologia hindu fala de uma erva mágica, chamada sanjeevani, que teria o poder de reviver situações em que a morte é quase certa.


No Youtube há alguns vídeos toscos sobre a planta. Entre eles, um em que ressuscitam um peixe com um galho e... água. Aff! 

Mas o vídeo mais esquisito é aquele que mostra como um galho da referida planta em espiral é capaz de ascender pelo fluxo da água vertida ou de "nadar" contra a corrente em um riacho.

Uma breve pesquisa vai apenas render os vídeos já mencionados. Além disso, uma pesquisa rápida no Google Trends é extremamente reveladora, pois nada é encontrado. Se algo da natureza tivesse um efeito tão interessante quanto este certamente teríamos bem mais que um vídeo com alguns milhares de views no Youtube.

VÍDEO
www.mdig.com.br
30
Ago18

Árvore gigante indiana parece ser sua própria floresta

António Garrochinho

Se você visse a Grande Árvore Baniana no Jardim Botânico Indiano Acharya Jagadish Chandra Bose à distância, poderia confundi-la com uma floresta. Abrangendo mais de 14.493 metros quadrados, a árvore é a mais larga do mundo. Ninguém sabe ao certo qual a idade da Grande Figueira, devido à falta de registros oficiais, mas especialistas estimam que a árvore tem pelo menos 250 anos de idade; as primeiras referências à árvore foram encontradas no século XIX.

Árvore gigante indiana parece ser sua própria floresta

Ao longo dos anos, a árvore passou por muita coisa. Não só sobreviveu a dois grandes ciclones em 1864 e 1867, como também o seu tronco principal foi infectado por um fungo mortal. Essa infecção levou o tronco principal da árvore a ser removido em 1925.

Apesar de passar por uma cirurgia tão grande, a Grande Árvore Banyan provou ser resistente e continua a prosperar. Isto é graças a milhares de raízes aéreas que crescem dos galhos das árvores e vão para o chão. Isto é o que dá a impressão de uma floresta cheia, em vez de uma única árvore.

- "Em 30 anos, Great Banyan Tree cresceu mais de dois acres”, explica Arabinda Pramanick, diretora conjunta do jardim botânico. - "O primeiro limite foi construído em torno da árvore em 1985 e o segundo em 2015. Temos algum espaço aberto em torno dele para que cresça ainda mais."
Árvore gigante indiana parece ser sua própria floresta
Cuidar dessa árvore maciça é tão complicado que necessita uma equipe de 13 membros. Eles não apenas garantem que a árvore permaneça saudável, mas também "treinam" as raízes para crescerem corretamente:

- "Nós fazemos um canal de bambus e colocamos fertilizantes neles. Em seguida, direcionamos as raízes da proposição para o canal posicionado em um ângulo tal que ele possa suportar o ramo superior. Logo as raízes do suporte crescem e se prendem ao chão, sustentando o galho. Nós então descartamos os canais", explica M.U. Sharief, diretor conjunto da Pesquisa Botânica da Índia.

VÍDEO
Na cultura indiana, as figueiras estão entre as mais veneradas. É considerada uma árvore sagrada em várias religiões; por exemplo, no hinduísmo, simboliza a longevidade e representa o divino criador, Brahma. No budismo, árvores banianas também são significativas, porque acreditam que Buda sentou-se debaixo de uma por 7 dias após atingir a iluminação.

VÍDEO
O jardim botânico é facilmente acessível de carro ou ônibus a partir do centro da cidade de Kolkata. A melhor época para visitar é em algum momento entre setembro e março; a essa altura, o calor escaldante do verão deverá ter cedido. Além da Grande Árvore Baniana, você também poderá ver uma grande variedade de plantas exóticas de todo o mundo.

VÍDEO
Há alguns artigos e posts nas redes sociais que apresentam o cajueiro de Pirangi, no município de Parnamirim, em Natal, como a maior do mundo. A árvore, que foi plantada em 1888 por um pescador, cobre uma área de aproximadamente 8.500 m² e inclusive há controvérsias se é até mesmo o maior cajueiro do mundo. A secretaria estadual de Turismo do Piauí afirma que o cajueiro da localidade de Cajueiro da Praia tem 8.800 m².


www.mdig.com.br

30
Ago18

CANÇÃO BURGUESA

António Garrochinho

CANÇÃO BURGUESA

Consolo e delícia
da vida burguesa...
Sete horas em ponto
o jantar na mesa;
café bem quentinho,
conversa tranquila,
e um lençol de linho
esperando o seu dono
para um belo sono...
(Que bom não ter sonhos,
dormir sossegado!)
Já estou acordado,
já salto da cama,
- Maria, Maria,
traga os meus chinelos,
traga o meu pijama...
A alma lavada,
o corpo limpinho,
- Bom dia, vizinha!
- Bom dia, vizinho!
Consolo e delícia
da vida burguesa...
Se isto continua,
morro, com certeza!


Raul de Carvalho

30
Ago18

A Operação Condor e o momento político brasileiro

António Garrochinho



Revisito as fotografias sobre a Operação Condor de João Pina, que estiveram expostas no Torreão Ocidental do Terreiro do Paço, entretanto publicadas em livro pela Tinta-da-china, e o imprescindível livro de Eric Nepomuceno chamado «A Memória de todos nós». 

Ambos dedicaram-se à abordagem da terrível tragédia que se abateu sobre os povos latino-americanos durante os anos de chumbo em que as ditaduras militares decidiram combater o comunismo à custa de uma sucessão ininterrupta de torturas e assassinatos. 

A coordenação de toda essa conspiração partiu da Escola das Américas, que a CIA organizou no Panamá, mas há que não esquecer os especialistas militares franceses e israelitas que, igualmente, andaram a ensinar como subjugar «subversivos».
Quando corporizo as imagens desse tempo de terror encontro duas possíveis nas vivências passadas: a ordem para a adoção de ritmo rápido e sem olhares curiosos para lá dos muros da Escola de Mecânicos da Armada, quando se queria alcançar o centro de Buenos Aires a partir do cais onde atracavam os navios de cruzeiros. Os cartazes eram elucidativos: uma atitude mais suspeita poderia ser punida com um tiro sem aviso prévio. 

E, no entanto Raul Alfonsin já estava a concluir o mandato enquanto primeiro presidente pos-ditadura, avizinhando-se a campanha eleitoral, que levaria Carlos Menem a suceder-lhe.
A recordação dessa experiência inclui o estremecimento interior por saber que dentro desses muros, tinham sido mortos tantos dos que as mães da Praça de março ainda procuravam resgatar do esquecimento exigindo punição exemplar para quem os assassinara.























Compensa, de alguma forma, saber que esse sinistro espaço militar foi, entretanto, convertido em Museu de Evocação das vítimas da ditadura, tendo sido inaugurado por quem nele nascera enquanto filho de uma das logo assassinadas após o parto.
A outra imagem é também do período de transição da ditadura para uma forma condicionada de Democracia. Aconteceu-me em Valparaíso, quando Pinochet já se vira derrotado no referendo, que julgara incapaz de o remover do poder e quando o presidente entretanto eleito, Patricio Aylwin, ainda não fora empossado. O meu cirandar pela zona ribeirinha da cidade - não me arrisquei aos barrios altos - foi acompanhado por sucessivas patrulhas militares que, a cada esquina, vigiavam os movimentos de todos quantos por ali circulavam. Embora a ditadura tivesse sido derrotada, a pressão dos seus agentes continuava a ser ostensiva.


Desde então, nalguns dos países abarcados pela Operação Condor, a justiça veio a repercutir-se nos assassinos e torturadores, mesmo que tarde e a más horas. 

No entanto, seja na Argentina ou no Chile, o nome dos chefes militares desses anos negros, está agora manchado, poucos havendo que insistam em os considerar heróis.
Não aconteceu o mesmo com o Brasil. Pelo contrário: a associação do capital, do sistema de Justiça e da imprensa (Rede Globo, revista Veja, Folha de S. Paulo, etc.) nunca permitiu que o reequacionamento dos crimes da ditadura entre 1964 e 1985 fosse feito. Pelo contrário é comum viajar-se pelo país e encontrar quartéis militares com o nome dos sucessivos ditadores, que se sucederam no poder nesse período. Assim se explica o golpe de Estado concretizado contra Dilma, a conspiração para inculpar e manter Lula na prisão, impedindo-o de recuperar a Presidência, e a promoção do tenebroso Bolsonaro enquanto herdeiro desse passado até agora livre da merecida condenação.

O que aí acontecerá nos próximos meses é imprevisível porque, entre um recauchutado regime militar e o regresso à ordem constitucional com um presidente livremente eleito - Lula -, não será fácil prever qual a que se revelará vitoriosa. De qualquer forma confirma-se a velha lição de Edmund Burke sobre a possibilidade de repetir os erros do passado, quando se esquecem as lições da História. Os políticos brasileiros que, nos últimos trinta anos, pactuaram com um manto de silêncio sobre o sucedido nas duas décadas anteriores, foram cúmplices ativos do atual desastre, e porventura da tragédia, que se seguirá.
30
Ago18

30 de Agosto de 1797: Nasce a escritora britânica Mary Shelley, autora de "Frankenstein".

António Garrochinho


Mary Wollstonecraft Godwin nasceu a 30 de Agosto de 1797 em Londres e faleceu a 1 de Fevereiro de 1851. É geralmente lembrada por uma única obra de grande sucesso, intitulada "Frankenstein". Mary Shelley foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens. Ela também editou e promoveu os trabalhos do seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley.

Mary Shelley era filha de Mary Wollstonecraft, considerada uma das primeiras feministas e que, faleceu dez dias após o nascimento da filha. Ela ficou conhecida pela publicação das obras “A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)” e “Os Erros da Mulher”. O pai de Mary Shelley, William Godwin, era jornalista, escritor e teórico anarquista. Publicou a obra “Uma Investigação Concernente à Justiça Política” (1793).

Mary publicou o seu primeiro poema aos dez anos de idade e aos dezasseis fugiu de casa para viver com Percy Bysshe Shelley, apenas cinco anos mais velho, mas já bastante famoso .Poeta romântico, Percy tinha casado em primeiras núpcias com Harriet Westbrook com quem tivera dois filhos. Após o suicídio de Harriet, Mary e Percy  casaram-se, em 1816 e Mary adoptou o sobrenome do seu marido passando a chamar-se Mary Wollstonecraft Shelley.


A fuga de ambos  levou-os a  encontrarem-se com Lord Byron em Genebra, com quem manteriam bastante contacto e que teria sido o responsável por instigar Mary a escrever a sua obra mais famosa. Mary e Percy Shelley, Claire Clairmont e Lord Byron estavam juntos na Suiça quando Byron propôs a Mary que escrevesse a mais terrível história que pudesse. Encorajada por Percy, um ano depois Mary publicaria a sua obra intitulada “Frankenstein, ou  O Moderno Prometeu”.


Mas, ao contrário do que muitos pensam, e do que se tornaram os filmes que, mais tarde, tentariam reproduzir a belíssima história de Mary Shelley, Frankenstein não é uma história de terror. Frankenstein fala da história de um cientista (Victor Frankenstein) que obcecado por tentar recriar a vida, fica horrorizado ao ver que cometera um erro. A dada altura da narrativa o cientista reflecte sobre a sua responsabilidade em relação ao que fizera e à criatura a quem dera  vida.


Os Shelleys deixam a Grã-Bretanha em 1818 e foram para a Itália, onde o segundo e o terceiro filhos do casal morreram antes do nascimento do seu último e único filho sobrevivente. Em 1822, Percy Shelley  afogou-se na baía de  Spezia, próximo de LivornoMary retornou a Inglaterra e dedicou-se a publicar as obras do seu marido, sem contudo deixar de escrever.


Algumas obras de Mary Shelley foram “Faulkner” (1937), “Mathilde” (publicada em 1959), “Lodore” (1835), “Valperga” (1823) e “O Último Homem” (1826), considerada pela crítica como sua melhor obra e que teve grande influência sobre a ficção científica. 
wikipedia (Imagens)

Arquivo: RothwellMaryShelley.jpg
Retrato de Mary Shelley - Richard Rothwell

Arquivo: Retrato de Percy Bysshe Shelley por Curran, 1819.jpg
 Percy Bysshe Shelley
Ficheiro:FrankensteinDraft.jpg
Manuscrito de  Frankenstein
30
Ago18

30 de Agosto de 1821: Nasce Anita Garibaldi, heroína de dois mundos

António Garrochinho


Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, também conhecida como Anita Garibaldi, foi  esposa do herói italiano Giuseppe Garibaldi. Nasceu no município de Laguna, em Santa Catarina. Os seus pais eram descendentes de imigrantes dos Açores. 

Depois de falecer o pai, casou-se, aos 15 anos, por insistência da mãe, com Manuel Duarte Aguiar. Esse casamento sem filhos foi um fracasso e durou pouco tempo.

Em 1837, durante a Guerra dos Farrapos, Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, tomou a cidade portuária de Laguna, transformando-a na primeira capital da República Juliana. Ali, conheceu Anita - e desde então permaneceram juntos. Entusiasmada com os ideais democráticos e liberais de Garibaldi, ela aprende a lutar com espadas e usar armas de fogo, convertendo-se na guerreira que o acompanharia em todos os combates. 


Durante a batalha de Curitibanos, o casal separa-se, inadvertidamente, e Anita é capturada pelo exército imperial. Presa, os oficiais informam-na que Garibaldi morreu. Anita, que estava grávida, pede então que a deixem procurar o corpo de seu companheiro entre os mortos. Sem encontrá-lo, e suspeitando que estivesse vivo, ela aproveita-se de um descuido dos soldados, salta sobre um cavalo e foge dos seus perseguidores. 

Poucos quilómetros depois, depara-se com o rio Canoas e, sem hesitar, lança-se nas águas. A perseguição cessa, pois os soldados acreditaram que ela estivesse morta. Mas Anita passa para a outra margem e reencontra os rebeldes e, na cidade de Vacaria, une-se novamente a Garibaldi. Poucos meses depois nasceria o primeiro filho dos quatro que tiveram. 

Anita e Garibaldi casaram-se em 26 de Março de 1842. Em 1847, Garibaldi enviou Anita a Itália, como sua embaixadora, a fim de preparar o terreno para o retorno aquele país acompanhado por um exército de mil homens. Garibaldi pretendia desembarcar em Itália para lutar na primeira guerra da independência italiana, contra a Áustria. Depois da chegada de Garibaldi, seguem para Roma, onde se proclama a República Romana. 

A cidade, contudo, é atacada por tropas franco-austríacas, e Anita, grávida do quinto filho, luta ao lado de Garibaldi na batalha de Gianicolo. Obrigados a bater em retirada, o casal foge acompanhado de um exército de quase quatro mil soldados. São perseguidos, contudo, por forças francesas, napolitanas e espanholas. 

Durante a fuga, quando chegam a San Marino, que também  se havia  libertado dos austríacos, Garibaldi e Anita não aceitam o salvo-conduto oferecido pelo embaixador norte-americano e decidem prosseguir na fuga. Anita, entretanto, contrai febre tifoide e não resiste. Falece perto de Ravenna, a 4 de Agosto de 1849.
wikipedia (Imagens)

Ficheiro:Anita Garibaldi - 1839.jpg
Retrato de Anita Garibaldi - Gaetano Gallino

Ficheiro:Giuseppe e Anita Garibaldi trovano rifugio a San Marino.JPG

Garibaldi e Anita buscam refúgio em San Marino

Ficheiro:Garbaldieanita.jpg

Garibaldi e Anita, ferida, fogem de San Marino, 1849 (quadro de anónimo, século XIX)

File:GaribaldiFam1878.jpg

A Família Garibaldi em 1878
30
Ago18

O mistério da morte de Luís Grilo: o que já se sabe e o que falta saber

António Garrochinho



24.sapo.pt

Este caso começa a 16 de julho, data em que Luís Grilo saiu de sua casa na Aldeia de Cachoeiras, pertencente ao concelho de Vila Franca de Xira, para fazer o habitual treino de bicicleta, que ocupava entre hora e meia e duas horas. 

Engenheiro informático de 50 anos, Luís Grilo tinha o triatlo como paixão e treinava com frequência. Tendo prometido regressar a tempo de levar o filho de 12 anos à natação, a mulher, Rosa Grilo, estranhou a ausência de comunicação ao fim de quatro horas. 

Após repetidas tentativas de contactar o marido, Rosa Grilo deu o alerta do seu desaparecimento em conjunto com familiares no posto da GNR de Castanheira do Ribatejo.


Os esforços para descobrir o paradeiro de Luís Grilo desdobraram-se, não só pelas redes sociais, como também pelas diferentes localidades da região. 

Cartazes com a sua figura e os contactos da família foram afixados e os amigos e familiares de Luís fizeram várias vezes os percursos habitualmente percorridos pelo triatleta em conjunto com os bombeiros e a GNR, em busca de provas ou sinais.


Dois dias depois do desaparecimento, a 18 de julho, a primeira pista significativa foi encontrada. O seu telemóvel estava à beira de uma estrada próxima aos Casais da Marmeleira, localidade a apenas 6 quilómetros de casa mas fora dos percursos habituais de Luís Grilo. 

Encontrava-se desligado, fora da bolsa de plástico habitualmente utilizada para transportá-lo em atividades de ciclismo e tinha dinheiro e o cartão do cidadão do informático.


A investigação, que passou para a dependência da Polícia Judiciária, continuou ao longo das semanas, reportada por órgãos de comunicação como O Mirante ou o Observador

Nas peças publicadas por estes meios permanece o sentimento de esperança da família e amigos, mas com as expectativas realistas de que a cada dia que passava, diminuíam as probabilidades de encontrar o triatleta com vida. 

No pior dos cenários, encarava-se a possibilidade de ter tido um acidente e de que o seu corpo estaria algures ocultado depois de uma queda.


Contudo, a 24 de agosto, pelas oito e meia da manhã, o corpo de Luís Grilo foi finalmente encontrado. O seu cadáver foi descoberto a 134 quilómetros de casa, perto de Alcórrego, parte do concelho de Avis, no distrito de Portalegre. Luís Martins, um local, fez um desvio junto à Estrada Municipal 1070 e deparou-se com o corpo num caminho de terra batida num eucaliptal. 

Depois de ligar à mulher, reportou o caso à GNR, que se dirigiu ao local, mas sem saber ainda que se tratava de Luís Grilo. 


O corpo encontrava-se com marcas de agressões - incluindo uma alegada pancada no crânio - nu, virado para cima, de braços abertos, com um saco de plástico a cobrir a cabeça, depositado junto a uns arbustos rasos com um tapete nas imediações. 

Dadas estas circunstâncias, a GNR passou o local do crime para a equipa de Homicídios da Polícia Judiciária. Após a perícia ao local, a PJ verificou que o crime não se consumou onde o corpo foi encontrado porque se encontrava com sinais de ter sido arrastado.


Dois dias depois foi realizada a autópsia, que identificou o corpo como sendo o de Luís Grilo. Após análise ao cadáver, a Polícia Judiciária verificou que as marcas de violência teriam sido causadas por terceiros - não estando esclarecido se terão sido um ou mais indivíduos - e que a morte de Luís Grilo teria sido violenta e por homicídio.

O que se segue?

A PJ procura agora pistas para reconstituir o crime, sendo que há muitas as pontas soltas ainda por atar num caso que está a ser tratado como um homicídio
Em primeiro lugar, não foi ainda determinada a causa ou a hora da morte, não se sabe como é que Luís Grilo foi parar a este local nem o móbil do seu alegado assassinato.


A Polícia Judiciária ainda não revelou publicamente dados da sua investigação, mas, de acordo com uma reportagem do Observador, há dois eixos importantes de análise. Revela este órgão de comunicação que o Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária está a analisar o saco que se encontrava à volta da cabeça de Luís Grilo. 

Sem avançar com teses definitivas, persistem várias hipóteses para a utilização deste objeto, tanto para asfixiar como para impedir o informático de ver o caminho, caso estivesse ainda vivo. Por outro lado, também o tapete pode ter pistas importantes para o caso. De grandes dimensões, encontrava-se apoiado ao alto num dos arbustos junto ao corpo. Sem se saber ainda qual o motivo para se encontrar no local do crime, é possível que tenha servido para transportar o corpo caso o homicídio tenha ocorrido noutro local.


A razão de Luís Grilo ter sido encontrado num lugar tão longe de sua casa também permanece um mistério, adensado pelo facto desta não ser uma região alheia ao triatleta, que costumava pedalar nesta zona, já que a terra dos pais da mulher, Benavila, fica a 20 quilómetros do local do crime. 

Pela familiaridade, é possível que tenha vindo à região, mas, como apurou o Diário de Notícias, é improvável que Luís Grilo se tenha dirigido à casa dos sogros no dia do desaparecimento porque dava sempre conhecimento da vinda e a tia da sua mulher é que tem a chave de casa.


De resto, as poucas pistas apuradas quando as autoridades estavam a investigar o seu desaparecimento revelaram-se infrutíferas. Não havendo testemunhas, imagens das câmaras de videovigilância de uma empresa em Casais de Marmeleira mostram um vulto impercetível a passar de bicicleta às 17:40 de 16 de julho, dia do desaparecimento, mas não se consegue aferir se é Luís Grilo. Mais tarde, uma mulher em Arruda dos Vinhos diria tê-lo visto a discutir com outro homem, mas não foi capaz de corroborar esta afirmação, podendo apenas confirmar que tinha visto um ciclista. Outra das peças essenciais para compreender como Luís Grilo foi parar a tão longe, a sua bicicleta, ainda não foi encontrada.


Outro dos mistérios deste crime é a motivação para o mesmo. É defendido consensualmente pela sua família e amigos que a natureza da morte de Luís Grilo é diametralmente oposta à vida que vivia. Dono de uma loja em Alverca chamada Gsystem, em conjunto com a mulher, o engenheiro informático é descrito como um pequeno empresário sem problemas financeiros ou laborais, sem quezílias com a família ou terceiros, de caráter reservado mas simpático.


A tese de suicídio também parece pouco provável, dada a sua dedicação à sua família, particularmente ao seu filho. Ao Público, Luís Barradas, treinador de Luís Grilo na Wikaboo, empresa de treinos, mostrou estupefação perante a morte do colega, não conseguindo encontrar explicação para este desfecho e garantindo que o informático tinha uma vida perfeitamente normal e que estava “um bocado eufórico porque a prova que tinha feito em Frankfurt correra bem e tinha planos para o futuro”. Luís Grilo encontrava-se no rescaldo da participação a 30 de junho numa prova Ironman, uma das mais difíceis no triatlo, em Frankfurt, na Alemanha. 

O triatleta conseguiu bons resultados na competição - cujo trajeto incluiu 3,8 quilómetros de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida - ficando no 663º lugar em 2300 participantes, 55º do seu escalão composto por 298 atletas.


No entanto, a SIC confirmou que a família já tem uma data planeada para o funeral, com o corpo a ser entregue ao fim da tarde de quarta-feira, 29 de agosto, apesar do Instituto de Medicina Legal continuar a realizar exames. O enterro decorrerá esta quinta-feira, 30 de agosto, às 15:30, na aldeia de Cachoeiras.

30
Ago18

Brincando, brincando... até quando?

António Garrochinho


O cartoon descobri-o agora que ele foi embora. Foi mas volta. Descobri-o num sítio que frequento e que recomendo. O bem apanhado boneco mostra dois garotos brincando.

E a pergunta é: até quando?

A próxima etapa da brincadeira irá ter data marcada, como de seguida se dá conta:

«A conferência de líderes deverá reunir na próxima semana com o objectivo de discutir um requerimento do CDS-PP que pretende antecipar a reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República.

O partido de Cristas quer debater a situação da ferrovia e surfar na crista da onda do descontentamento contra o funcionamento da CP, uma empresa pública que anda nas bocas do mundo pelos piores motivos: o mau serviço serviço prestado que, perigosamente, tende a tornar-se uma imagem de marca. Por outro lado, o CDS-PP procura também tirar partido das dificuldades de vária ordem que assolam o PSD.

Voltando à CP, nomeadamente aos cortes nos horários dos comboios e ao encerramento de estações e bilheteiras, importa sublinhar que, só nos últimos 30 anos, e estamos a falar de 30 mas podíamos falar dos últimos 40, a responsabilidade da gestão desta empresa pública esteve entregue, em 80% daquele período a gestores do PSD, PS e CDS-PP e, desses, 60% são da responsabilidade dos partidos da direita.

É público que a despesa operacional da CP está em queda desde 2009, em resultado sobretudo das medidas impostas pelo segundo governo de José Sócrates e pelo governo do PSD e do CDS-PP que se lhe seguiu.
Aliás, as comissões de trabalhadores das várias empresas do sector ainda recentemente denunciaram, num documento enviado à Assembleia da Republica, o crónico desinvestimento na ferrovia e a consequente degradação da capacidade de manutenção e reparação e da própria infra-estrutura.

No caso do material circulante, dão como exemplo o facto de as composições da Linha de Cascais terem 60 anos sem que estejam a ser feitas as necessárias diligências para a sua substituição.
Pena que esta súbita preocupação com a ferrovia que atormenta o CDS-PP não se tenha dado no início da década quando Assunção Cristas e Adolfo Mesquita Nunes estavam no governo e o seu correligionário, Manuel Queiró, era presidente da CP.

Porventura, teriam contribuído para evitar o descarrilamento da empresa, coisa que não fizeram!»
conversavinagrada.blogspot.com
30
Ago18

Ai Cristas…

António Garrochinho
estatuadesal.com




(António Neto Brandão, 29/08/2018)
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(Cada um encosta-se àquilo que pode, a Cristas, por exemplo, adora andar encostada ao “pote”, como se vê na imagem. Como anda afastada do “pote”, vai para quatro anos, não se cala a dizer mal dos “encostos” da esquerda… 
Comentário da Estátua, 30/08/2018)

A despropósito de tudo e de nada a Cristas fala das esquerdas encostadas.
Não sei bem o que essa mulher casquilha e taful pretende com essa monocórdica ladaínha. (A profundidade de pensamento não é adorno com que se possa enfeitar.)
Mas se com isso se quer referir ao facto de os partidos de esquerda terem tido a lucidez de ponderar que, juntando-se lado a lado,ombreando, por ventura com alguns safanões pelo meio e até mantendo recíprocas emulações, com o objectivo conseguido de levar á prática uma política de recuperação de salários, de rendimentos e direitos então a expressão idiomática utilizada faz todo o sentido.

Claro que de tal bisca não se esperaria tal hermenêutica. Pejorativo é o seu paupérrimo encalço e por isso se devia ignorar. 
Mas acho que ás vezes a Esquerda perde pela sua proverbial contenção encolhendo ou distendendo olímpicamente os ombros, como vem ao caso. 
Assim, penso que se lhe poderia responder, arreando a jiga, que é melhor ter “as esquerdas encostadas” do que ver as direitas em decúbito, o CDS mais em decúbito dorsal e o PSD em decúbito mais ventral, – honny soit qui maly pense… -a rastejar nas sarjetas da sua inócua maledicência.
Dominus vobiscum…
30
Ago18

O Serviço Nacional de Lucro

António Garrochinho


estatuadesal.com



No país mais rico do mundo, há dezenas de milhões de pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde. Essas pessoas têm a liberdade de escolher qual o hospital que não vão conseguir pagar. No mesmo país, famílias remediadas arruínam-se em batalhas ganhas ou perdidas contra a doença de um familiar. Essas famílias têm a liberdade de escolher entre a casa ou a saúde de um dos seus. É esta a realidade por trás da liberdade de escolha. Os Estados Unidos da América, o país em que as ideias da direita sobre a saúde foram mais longe, são o país que gasta mais em saúde.
Quando comparados com outras nações ricas, os EUA gastam mais 25% per capitaem paridades de poder de compra do que a Suíça e quase o dobro da Alemanha. E esta diferença tem aumentado desde os anos 1980. Um sistema que gerou a maior e mais lucrativa indústria de saúde do mundo.

Qual o resultado deste investimento massivo? Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde dá a resposta: com base num painel de indicadores de saúde, os Estados Unidos eram classificados como o 37.º sistema de saúde do mundo, a seguir à Costa Rica. Portugal era o 12.º. Não admira que a indústria da saúde norte-americana gaste uma fortuna em lobbying, “investigação” paga a peso de ouro ou no suborno mais ou menos descarado.

Cada um, cada família, faz as escolhas individuais que o seu rendimento permite, escolhas frequentemente trágicas. Escolhas necessárias porque uma outra escolha coletiva continua por fazer: a escolha de uma comunidade por um Serviço Nacional de Saúde que proteja a todos, orientado por prioridades de saúde pública e não pelo lucro.

Foi essa a escolha que fizeram muitos países europeus no pós-guerra. Foi essa a nossa escolha, ou melhor, a escolha da esmagadora maioria e de toda a esquerda portuguesa. Nunca foi a escolha da direita e não passa um governo, um mandato, uma liderança, em que não sejamos recordados desse facto.

O PSD apresentou a sua proposta de reformulação do SNS. Na prática, trata-se de uma extinção. A proposta é simples: o Estado deve pagar a provisão de serviços privados de saúde. Um negócio feito à medida da nossa elite económica. O privado gasta, assegura a sua margem, o Estado paga. Risco privado? 

Nenhum. Controlo público? Também nenhum. Os privados concentram-se nos serviços rentáveis, o Estado fica com os outros. Não é muito diferente do que o CDS anda a propor para a ferrovia. Só que aqui o negócio é a vida das pessoas.

Resta saber qual será a resposta da maioria. 
O grupo de trabalho do governo começou da pior maneira com a nomeação de Maria de Belém, consultora do grupo privado Luz Saúde. Continuou com o apelo do ministro da Saúde ao PSD: “O país ganharia muito com um acordo que fosse alargado.”
T
alvez o maior ativo político da história do Partido Socialista seja a criação do SNS. Em 1979, o PS não teve problemas em avançar com essa proposta, mesmo sem direita, alargando o consenso à esquerda e, sobretudo, à esmagadora maioria das pessoas que continuam a ver o SNS como uma das mais belas e importantes construções da nossa democracia. 
Conseguiremos fazê-lo outra vez?

Eurodeputada do BE

30
Ago18

A proposta do Governo para “alterar” a reforma e a aposentação antecipadas

António Garrochinho


A proposta do Governo para “alterar” a reforma e a aposentação antecipadas

 Eugénio Rosa     
A proposta do Governo visa apenas iludir. A única coisa que quer mudar é apenas aumentar a idade em que o trabalhador tem de se ter inscrito na Segurança Social ou na CGA. Tudo o resto relativo à reforma e à aposentação antecipadas mantém-se inalterável. É clara a violação do compromisso assumido pelo actual governo de eliminar a dupla penalização que sofrem os trabalhadores quando pedem a reforma ou a aposentação antecipadas, impostas pelo governo PSD/CDS, com que tinha prometido acabar.







www.odiario.info
30
Ago18

DURANTE A DÉCADA DE 1900 SUCESSIVOS GOVERNOS DIVIDIRAM A "CP" EM VÁRIAS EMPRESAS

António Garrochinho

AbrilAbril


Nos últimos meses multiplicaram-se as noticias de supressões, atrasos e falta de condições de circulação no transporte ferroviário.
Não sendo um problema novo, como se chegou aqui?
Durante a década de 1990, sucessivos governos dividiram a CP em várias empresas, a EMEF (reparação e manutenção), a REFER (infra-estrutura) e CP Carga (transporte de mercadorias).
Desde então, os investimentos foram sucessivamente adiados, o material circulante ultrapassou largamente a sua vida útil, a infraestrutura degradou-se, o número de trabalhadores reduziu drasticamente.
Foram encerrados mais de 1500 km de via e destruídos 18 mil postos de trabalho.
No mesmo período construíram-se mais de 1500 Km de auto-estradas, que ultrapassam hoje os 3100 km de extensão. São mais de 10 A1.
Não são compradas novas composições há mais de 20 anos, a falta de peças é uma constante.
Com a destruição da Sorefame em 2003, Portugal ficou sem possibilidades de construção dos seus próprios comboios dependendo hoje do estrangeiro
Ao invés, têm sido os grupos privados a lucrar com esta situação. Como exemplo, entre 2006 e 2009, mais de 100 milhões de euros foram investidos em material circulante de mercadorias, que o anterior governo entregou a privados por 53 milhões de euros.
Nos últimos 30 anos, esta empresa pública esteve entregue na sua maioria a gestores do PSD, PS e CDS-PP.
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