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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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08
Jul16

Após congelar bens de Cristina, juiz determina congelamento de contas de ex-presidente argentina

António Garrochinho


Juiz que investiga Cristina Kirchner sobre venda de dólar a futuro estabeleceu que ela deverá pagar 15 milhões de pesos argentinos para reverter medida
O juiz federal argentino Claudio Bonadio determinou nesta quinta-feira (07/07) o congelamento das contas bancárias da ex-presidente Cristina Kirchner até que ela aceite e pague um embargo de 15 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 3,4 milhões) que ele fixou devido à suposta venda irregular de dólar a futuro durante sua gestão.
"Uma vez que, no momento em que foi intimada sobre o embargo pelo Oficial de Justiça, a processada manifestou que não o aceitaria, e, de acordo com as provas reunidas nos autos, determino a revisão dos produtos bancários, financeiros e valores em diferentes bancos e seu congelamento", diz a decisão do juiz.



Juiz federal Claudio Bonadio congelou contas bancárias de Cristina Kirchner
Bonadio pediu aos bancos nos quais a ex-presidente possui contas que "deem andamento imediato à medida disposta, sob risco de advertência".
O juiz também ordenou uma operação de busca e apreensão no Banco de Santa Cruz, no sul do país, onde a ex-presidente supostamente teria cinco milhões de dólares guardados sem declarar, de acordo com denúncia da deputada da coalizão Frente Ampla Progressista Margarita Stolbizer.
O Banco Santa Cruz, entretanto, negou em comunicado a existência do dinheiro. Cristina também já havia negado tal acusação e, nesta quarta-feira, apresentou uma denúncia contra Bonadio e Stolbizer.
"Estamos diante de um tráfico de informação e conivência entre o juiz e a denunciante", declarou a ex-presidente à imprensa, após comparecer aos tribunais federais em Buenos Aires nos quais apresentou a denúncia.
Bonadio havia determinado na quarta-feira (06/07) o embargo dos bens de Cristina, isto é, impediu que os imóveis da ex-presidente fossem vendidos ou hipotecados até que ela pagasse 15 milhões de pesos. Como Cristina rejeitou reconhecer e, portanto, pagar o embargo, o juiz bloqueou seus bens no mesmo dia.
"A verdade foi demonstrada hoje. A perseguição por parte de um setor do Poder Judiciário se reveste de características ridículas. Dolarizei minhas poupanças porque não sei o que essas pessoas farão com a economia", disse a ex-presidente à imprensa argentina na quarta-feira em referência ao governo do atual presidente, Mauricio Macri.
Caso “dólar futuro”
O caso “dólar futuro” investiga a venda supostamente irregular de dólar futuro — compra e venda de dólares apostando em suas oscilações futuras — pelo Banco Central argentino no fim do mandato de Cristina, acusada,  junto ao ex-ministro de Economia Axel Kicillof e ao ex-presidente do Banco Central Alejandro Vanoli, de “administração infiel em prejuízo da administração pública”.
A investigação teve início no fim de 2015, pouco após a posse de Mauricio Macri como presidente, depois de uma denúncia feita pelos deputados Mario Negri, da UCR (União Cívica Radical) e Federico Pinedo, do PRO (Proposta Republicana, partido de Macri), atual presidente interino do Senado, ambos da aliança Cambiemos, de Macri.
Originalmente, os denunciantes apontavam ao ex-presidente do BC pela venda de dólar a futuro em agosto, setembro e outubro de 2015 a uma cotização inferior à que se pagou na data de vencimento dos contratos, em março deste ano. A alegação é de que a operação teria causado um prejuízo de 77 bilhões de pesos argentinos ao BC.
Tanto Cristina — que também enfrenta investigações de corrupção — como Kicillof e Vanoli negam as acusações e alegam que os prejuízos ocorreram devido à desvalorização do dólar ordenada pelo governo de Macri.

operamundi.uol.com.br

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