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Abr18
AS PERPÉTUAS CICATRIZES TERRESTRES
António Garrochinho
Nosso planeta está marcado com inumeráveis cicatrizes, algumas tão fundas que podem ser vistas do |

Acontece que rochas espaciais estão constantemente bombardeando a Terra e enquanto a maioria queima completamente na atmosfera, algumas maiores conseguem alcançar a superfície. Quando isso acontece, deixam para trás uma cratera que é muitas vezes eliminada devido à erosão, ao crescimento da vegetação e ao movimento das placas tectônicas da Terra, curando evidentemente as feridas que se
Antes que o artigo acabe em briga -como já aconteceu anteriormente- em relação a uma irritante terminologia: todos sabem que uma rocha no espaço é um asteroide; uma rocha espacial que entra na nossa atmosfera é um meteoro e uma rocha espacial que entra na nossa atmosfera e atinge o solo é um meteorito, mas antes de ser meteorito ou meteoro, toda rocha espacial é um asteroide.
Mina de diamantes Mirny, Rússia

Esta mina de diamantes a céu aberto foi inaugurada em 1957 e fechada em 2009. Nos anos 60 produzia duas toneladas de diamantes ao ano, mas o ritmo de extração diminuiu a 400 quilos ao ano. Foi a primeira e maior mina da antiga União Soviética, e agora tem um total de 525 metros de profundidade e 1.200 metros de diâmetro. O espaço aéreo bem acima da mina está fechado aos helicópteros porque as correntes de ar produzidas no local podem sugar as aeronaves para o buraco.

Mina de cobre de Kennecott, Salt Lake City, EUA

Trata-se da mina a céu aberto mais profunda do mundo e continua funcionando desde 1906. Hoje em dia tem quase um quilômetro de profundidade e quatro quilômetros de diâmetro.

Até 2004 extraíram desta mina 17 milhões de toneladas de cobre, 715 de ouro e 5.900 de prata. O plano atual de exploração terminará em 2019, mas o dono, o Grupo Rio Tinto, estenderá sua exploração até 2030.


Esta área está no meio do deserto de Karakum, no Turcomenistão. Em 1971 vários geólogos começaram escavações no terreno, mas este cedeu e do subsolo começou a sair gás metano. As emanações supunham um perigo para as populações próximas, motivo pelo qual os geólogos decidiram colocar fogo nos gases com a ideia de que assim se consumiriam. Não adiantou. Os gases seguem ardendo hoje em dia e o povoado mais próximo, chamado Derweze, foi abandonado definitivamente.
Mina de Udachnaya, Rússia

Trata-se da terceira mina a céu aberto mais profunda do mundo. Sua exploração começou no final dos anos 50. Hoje segue operacional e seus empregados trabalham ali a mais de 600 metros de profundidade.

Chuquicamata, nos arredores de Calama, Chile

É a maior mina de cobre a céu aberto em diâmetro do mudo e a segunda em profundidade com 850 metros.Começou a ser explorada em 1882 e dali extraíram metal durante três décadas, uma quantidade que supunha um terço do total das exportações do país.


Esta região foi pesquisada em 1992 e a exploração da mina a céu aberto começou em 2003. Em março de 2010 começaram as escavações subterrâneas e a transição de mina a céu aberto a mina subterrânea foi completada finalmente em 2012.
Mina Grasberg, Puncak Jaya, Papua, Indonésia

Trata-se da maior mina de ouro do mundo e a terceira maior de cobre, construída a 4.100 metros acima do nível do mar em um dos lugares mais remotos de Papua.

Em 2006 produziu mais de 610 toneladas de cobre, 58 de ouro e 174 de prata.

Cratera de Vredefort, África do Sul

Cratera de Manicouagan, Quebec, Canadá

Esta cratera tem entre 213 e 215 milhões de anos de antiguidade e destaca-se por uma ilha central de uns 100 quilômetros de diâmetro em torno de um lago, chamado a Reserva de Manicouagan.
Cratera de Wolfe Creek, Austrália Ocidental

Esta cratera mede uns 875 metros de diâmetro e calcula-se que aconteceu faz 300.000 anos pelo impacto de um meteorito.

Cratera Pingualuit, Quebec, Canadá

O nome dessa remota cratera de 1,4 milhão de anos vem da palavra inuíte "pingualuit" que significa "mancha de pele" que se forma no tempo frio. O lago de 300 metros de profundidade não tem conexão com qualquer outro corpo de água, tornando-se uma fonte de pesquisa valiosa para os cientistas que estudam registros sedimentares.
