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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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13
Dez16

FOTOGALERIA - O FOTÓGRAFO RUINÓLOGO

António Garrochinho
Gastão de Brito e Silva gosta de fotografar ruínas porque cada uma pode ser um "pedaço da nossa história colectiva". Seguimo-lo por quintas, conventos, fortes e palácios abandonados. "Há gritos que ainda se ouvem."
Um edifício sem telhado com vegetação densa à volta são sinais a que Gastão de Brito e Silva está atento quando procura o próximo local a fotografar no Google maps, o serviço de visualização de mapas e imagens de satélite da Terra.
O fotógrafo de arquitectura e publicidade dedica-se a documentar edifícios em ruínas. É no blogue Ruin"Arte, (que no ano passado ganhou o prémio de Blogue do Ano na categoria de arquitectura, atribuído pelo blogue Aventar) que publica as reportagens fotográficas sobre os edifícios que vai descobrindo. "São pedaços de história perdidos, são almas penadas do nosso passado", escreveu numa espécie de manifesto-carta do blogue.
Este é um trabalho de persistência. Chega-se à Quinta da Conceição, uma quinta setecentista na zona de Azeitão, através de um caminho de terra batida, ladeado por algumas árvores. Um homem aproxima-se e apresenta-se em inglês como amigo dos donos. Diz que a quinta não está abandonada; pelo contrário, está a ser alvo de obras de restauro - "is being carefully restaured". Ainda que não tenha sido autorizado a fotografar, Gastão de Brito e Silva fica satisfeito com a notícia de que a quinta está a ser recuperada.
A viagem segue em direcção a dois solares, no limite do Parque Natural da Arrábida. Vedações e uma vegetação densa impedem o acesso às habitações. Nada disto faz esmorecer o entusiasmo do fotógrafo, sempre com o seu chapéu de explorador e o cachimbo a perfumar o ar.
O próximo destino é o Forte de São Luís Gonzaga, erguido no século XVII para reforçar a defesa da cidade de Setúbal. Camuflado pelas ervas e sem qualquer sinalização, facilmente passa despercebido. Algumas partes da muralha ainda resistem ao tempo, passando agora a estar registadas nas suas fotografias. Nenhuma imagem é conseguida sem esforço. O fotógrafo tem de escalar um pequeno monte para captar com a sua lente aquilo que resta do forte. Está com sorte, porque a luz filtrada pelo céu nublado é a ideal para criar estas imagens. "Gosto de fotografar em dias de nuvens. Dá-me o ambiente que pretendo para as ruínas", explica.
Na sua colecção, que conta já com cerca de 18 mil fotografias, incluem-se fábricas, palácios, conventos, igrejas, hospitais, fortificações militares. Tem especial predilecção pelas fábricas. "As ruínas industriais são as mais fortes em termos gráficos e fotográficos", justifica. "Uma pessoa pode passar por uma ruína e ver apenas um challet ou uma fábrica, mas o que me interessa é perceber, por exemplo, por que razão essa fábrica faliu. A história desmultiplica-se e descobrimos rapidamente que a ruína de uma fábrica tem por detrás uma história colectiva."
Cada ruína é, por isso, muito mais do que um nome e uma data. O fotógrafo procura sempre conhecer a história de cada edifício e das pessoas que aí viveram, começando por falar com os vizinhos e com os herdeiros. Quando isso não é possível, consulta o site de genealogia e pesquisa nos arquivos das câmaras.
Embora o projecto tenha surgido com o objectivo de fazer um levantamento fotográfico dos edifícios em ruínas, rapidamente se transformou num "grito de socorro" pelo "património abandonado", explica à Revista 2. "Começou por ser uma colecção de imagens, que embora pudessem ter algum interesse gráfico não eram suficientemente eloquentes por omitirem as suas ruinosas e rocambolescas histórias... Para colmatar essa lacuna, tive de começar a investigar e a escrever as inúmeras epopeias destes desgraçados edifícios, acabando por me tornar "ruinólogo"", escreveu num balanço dos quatro primeiros anos do projecto, em 2012.
O historiador António Araújo considerou Ruin"Arte "um dos mais marcantes blogues portugueses da actualidade". António Araújo diz à Revista 2 por email que Ruin"Arte era "um dos mais importantes acervos patrimoniais disponíveis online" valorizando no projecto a recolha documental de edifícios que poderão desaparecer."O Gastão percorre o país de lés a lés, silenciosamente, numa busca obsessiva das nossas ruínas. Mais do que a sua componente estética, valorizo uma recolha documental que, sem dúvida, vai ser preciosa no futuro. As ruínas que o Gastão retrata podem cair, mas esta pesquisa irá resistir ao tempo. Um paradoxo curioso..."
Nos últimos quatro anos, fez 20 exposições, e desde 2012 tem 70 fotografias impressas no "melhor papel do mundo", da marca alemã Hahnemühle, fundada em 1584. Embora o relate com orgulho, confessa estar "financeiramente em ruínas". "Cada exposição é um tiro no pé, as impressões, molduras e deslocações são dispendiosas." Mas nem esta ruína o desvia do propósito de denunciar o abandono do património. "O investimento que faço é em prol do meu país e dos meus descendentes, a quem deixo um acervo de milhares de fotografias."
No terreno, os imprevistos são a regra. Ao chegar a um convento em Setúbal, fundado em 1410, encontra a entrada vedada por um gradeamento imponente, que cobre toda a propriedade. De consciência tranquila, o fotógrafo desliza por debaixo do portão alegando que do convento apenas pretende levar fotografias. Nada mais.
O convento pertenceu a religiosos da ordem de São Francisco de Assis até 1834, ano em que se deu a extinção das ordens religiosas, que para Gastão de Brito e Silva foi um dos maiores "desastres na história", por ter conduzido ao abandono de muitos edifícios de arquitectura religiosa.
O edifício impressiona pela sua dimensão e pelo estado de degradação em que se encontra. Mas, apesar do desgaste e da vandalização, ainda se conseguem ouvir os ecos da história. Ao observar o estilo arquitectónico, o fotógrafo identifica facilmente os elementos de diferentes épocas. "Os tectos abobadados transportam-nos para o século XV ou XVI. Mas fizeram intervenções tardias nos séculos XVIII e XIX", comenta.
É preciso caminhar com atenção aos estilhaços de vidros, tábuas partidas e buracos que existem no solo. A vegetação é a única habitante deste lugar, irrompe pelas janelas e portas e trepa pelas paredes. Antes de entrar no convento, Gastão de Brito e Silva avisa que é necessário observar se o chão não tem falhas e se o tecto (ou o que resta dele) não corre o risco de desabar.
Na antiga casa do capítulo (sala de reuniões dos mosteiros e conventos), indigna-se com as divisões que aí foram improvisadas com paredes de tijolo e placas de madeira. "Não sou assim tão religioso, mas não consigo conceber que desrespeitem solo sagrado e que desvirtuem deste modo a índole do edifício. Não tem cabimento construir uma casa de banho no meio da sala do capítulo", observa. Com a saída dos militares, o convento ficou devoluto, tendo sido ocupado por famílias desalojadas entre as décadas de 1970 e 1990, o que explica as múltiplas residências nos seus vários espaços. Olhando para o tecto, apercebe-se de que "os vestígios de pintura são de estilo barroco, o que nos leva para o século XVIII". Uns metros abaixo, perto do solo, os graffiti nas paredes de tijolo improvisadas destoam de todo o ambiente envolvente.
Separada do edifício principal por uma muralha de silvas, a dar pelos joelhos, e que Gastão de Brito e Silva vai afastando com o tripé, está uma igreja posterior à fundação do convento. Já no interior percebe-se que "a igreja é nitidamente neoclássica, ou seja, finais de XVIII ou princípios de XIX". Instala-se o tripé para registar a imagem da lápide esculpida numa das paredes, para depois descobrir na sua inscrição qual a data de construção da igreja.
Quando menos se espera, surge um guarda para avisar que estamos a invadir umapropriedade privada. O fotógrafo prontifica-se a justificar a vinda e a esclarecer a sua intenção de fotografar o monumento degradado. Ainda assim, somos convidados a sair e impossibilitados de revelar a identidade do convento.
Na segunda ida às ruínas, já não se correm os mesmos riscos. Gastão de Brito e Silva falou previamente com os proprietários do Convento de Santo António, em Vila Franca de Xira, para assegurar que seria possível visitar o lugar onde há 600 anos vivia uma comunidade de frades franciscanos, vindos do Convento de São Francisco de Alenquer. O que não significa que a manhã não tenha tido os seus contratempos - a máquina fotográfica avariou-se e o carro liberta um fumo pouco promissor.
Sabemos que chegámos quando, depois de avançar por um caminho de terra batida, se lê num painel de azulejos: Quinta e Convento de Santo António. Alertado pelo rugir do carro, o caseiro aparece para nos abrir o portão de ferro do edifício, fundado em 1402, que teve como mecenas a rainha D. Leonor (1493) e o rei D. Manuel (no início do século XVI).
A entrada na propriedade faz-se através de dois portões de ferro: um dá acesso à parte conventual, outro à igreja, por onde seguimos. Um caminho empedrado conduz a uma porta manuelina, na entrada da igreja, que Gastão de Brito e Silva vai descrever no blogue como sendo "esmeradamente esculpida com elementos vegetalistas e subliminarmente gravada com uma cruz templária, que denuncia a presença dos cavaleiros da Ordem de Cristo".
Na fachada, "com traços de maneirismo", as imagens de três santos franciscanos em terracota estão colocadas em nichos e debaixo de uma delas está esculpida uma "pedra de armas" com o símbolo desta ordem religiosa. "Este é um edifício manuelino fabuloso, que nunca devia ter chegado a este estado. Imaginem quantos braços e quantas toneladas de pedra foram arrastadas até aqui para montar isto ao longo de tantos anos", diz Gastão.
O caseiro abre a porta de madeira da igreja. "Se estivermos com atenção, ainda conseguimos ouvir as pedras e a quantidade de memórias que estão vivas. Embora já tenha acontecido muita coisa entretanto, há gritos que ainda se ouvem." Na nave da igreja, vai lendo as inscrições das sepulturas à procura de sinais que indiquem os nomes das pessoas ligadas ao convento: "As lápides tumulares revelam os nomes dos seus eternos locatários que certamente dão voltas perante esta situação."
Repousam aqui algumas "ilustres personagens que fizeram a nossa história, marcando em vida o nosso país como nação e marcando na sua morte este local como panteão", escreverá depois no blogue. Do lado esquerdo da nave central está a capela dos condes de Ataíde, construída entre 1540 e 1550 por D. António de Ataíde, primeiro conde de Castanheira e padroeiro do convento.
Para Gastão de Brito e Silva, esta capela lateral é o "espaço mais sumptuoso deste templo". "A parede ostenta ainda orgulhosa uma fantástica pedra de armas, no chão as lápides tumulares lembram e guardam religiosamente os ilustres desta casa, os tectos abobadados e nervurados mantêm-se firmes como o próprio firmamento", acrescentou.
O presbitério (espaço reservado aos clérigos ao pé do altar-mor) é uma "obra-prima de arquitectura renascentista", diz. Tem um portal com relevos florais e paredes "pintadas com alegres frescos setecentistas que resistem estoicamente ao tempo e às intempéries". Do retábulo e altar vandalizados resta apenas "o vestígio da sua grandiosidade", lamenta.
Depois de sofrer danos com o terramoto de 1755, de ser saqueado durante as invasões francesas e da extinção das ordens religiosas, o convento é comprado em 1838 por Joaquim Pedro de Quintela, conde de Farrobo, que o converte numa fábrica de fiação de sedas. Na capela da Conceição, o conde fez o panteão da sua família, decorado com elementos imperiais e maçónicos.
Saindo da capela, um corredor húmido onde esvoaçam morcegos conduz ao claustro do convento. Aqui, a luz natural ilumina a vegetação selvagem, os azulejos partidos e os restos de paredes e colunas. Um dos lados ruiu totalmente. "Temos os capitéis, os azulejos, aquele tijolo de burro e aquela parte em tabique", descreve Gastão, explicando que a partir da observação destes e outros elementos podemos testemunhar a evolução do monumento ao longo dos séculos. Os azulejos azuis e brancos com motivos florais que revestem algumas das paredes e se vêem partidos no chão "remetem-nos para o século XVIII: azulejos azuis e brancos normalmente começam no século XVIII. No entanto, é preciso ver o estilo. Tudo isto é arredondado e floreado, é estilo barroco, século XVIII", conclui.
Ouve-se o vento a deslizar por entre as colunas, o silêncio é quebrado pelos passos que avançam sobre os destroços e pelo som do obturador da máquina fotográfica. O olhar do fotógrafo percorre os recantos do claustro pousando de repente sobre uma porta de madeira. "Uma porta desta cor, os azulejos lá por trás e este arco dão um contraste fotográfico extraordinário. É uma questão de enquadrar todos os elementos e está garantida uma boa fotografia", diz, debruçado sobre o visor da câmara. "Tão simples como carregar num botão."
Mas não é tão simples quanto isso. O fotógrafo dedica-se depois ao tratamento das fotografias - tem editadas 2400 das 18 mil já feitas -, para dar às ruínas cores mais saturadas que contrastam com o preto e branco, para "evidenciar e dramatizar a ruína".
Com isto, e ao apresentar os monumentos de "forma mais crua", reforçando a cor, o fotógrafo provoca uma "sensação de angústia", comenta Isabel Veiga Cabral, presidente das Aldeias Históricas de Portugal, que trabalha na área do património. "O Gastão faz um relato vívido, fala das pessoas e das sensações. Encarna as angústias das pessoas que viveram naqueles espaços e que já foram esquecidas. Transmite-nos a perda que ele próprio sente quando tira as fotografias, deixando-nos no vazio e na tristeza daquilo que podia ter existido e continuado a existir", comenta.
Quando se encontra num edifício em ruínas, o fotógrafo procura ver, além do "vazio instalado", "um ambiente cheio de memórias": "Imaginem os frades a trabalhar e a cuidar disto primorosamente. A viver o dia-a-dia de um convento. É uma coisa por vezes tão simples de sentir. Não é difícil imaginar os azulejos todos no sítio, isto tudo branco e arranjado."
Apesar de ainda ser possível fazer esse exercício de imaginação, o que se vê é o estado moribundo do Convento de Santo António. "Quando todos estes pedaços derrocarem, derrocarão para sempre. Enquanto nós estamos de passagem, reparem quantas gerações por aqui passaram e quantas mais poderão passar. Este convento dura e perdura até que o deixem irremediavelmente derrocar."
Passaram duas semanas até o fotógrafo ter conseguido tratar as imagens e publicar a reportagem fotográfica no Ruin"Arte, onde escreveu que o monumento era uma das suas "maiores e melhores ruinosas aventuras". Ainda assim, não deixou de alertar os actuais proprietários, que não estão identificados, para o "sonho" e "dor de cabeça" que este edifício pode representar em termos de reabilitação. "Não que a reabilitação seja um processo difícil para quem tem gosto e cultura, mas os organismos tutelares e as burocracias inviabilizam por excesso de zelo e/ou incompetência qualquer projecto que seja melhor do que uma ruína..."
O próximo destino é a Quinta do Infantado, em Loures, a meia hora de carro partindo de Lisboa. Sobre um tapete de ervas e flores campestres, ergue-se este edifício com portas e janelas em ogiva. "São reminiscências do manuelino. Durante o período romântico deram-se alguns revivalismos." O fotógrafo contactou uns dias depois o arquivo de Loures e conseguiu descobrir que a quinta pertenceu a Duarte Borges Coutinho de Medeiros Sousa Dias da Câmara (1861-1907), segundo marquês da Praia e Monforte, que foi presidente da Câmara Municipal de Loures entre 1896-1898 e 1902-1904. Desde os anos 1940 que ninguém vive na Quinta do Infantado, à excepção de possíveis ocupantes clandestinos, informa o arquivo.
"A luz está linda!", exclama, quando de repente surgem uns rasgos de luz mais intensos, correndo para fotografar o edifício. Ainda consegue captar umas imagens antes de a luz voltar a desvanecer-se.
Caminha por entre os destroços quando avista um painel de azulejos no segundo andar da casa. Não dispondo de escadas para aceder ao andar de cima, terá de fazer alguma "ginástica e malabarismo" para conseguir um "enquadramento mais perfeito". Trepa por umas traves de madeira e instala-se no cimo de uma parede, ao nível do chão do segundo andar. Durante a escalada chegam a rolar umas pedras.
Para o fotógrafo-ruinólogo, entrar num edifício que "pode ruir a qualquer momento" é muito mais do que um "risco bestial", "é uma das coisas que me fazem viver". "Há quem seja viciado em café, tabaco, heroína ou chocolate, mas a minha droga são as ruínas", diz.
A luz morna do fim do dia cai sobre a Quinta do Duque, em Vialonga, quando lá chegamos. É difícil imaginar que depois de avançar pela vasta planície verdejante esteja escondido, por detrás das copas das árvores, um imponente palácio em tons rosa-pálido, que pertenceu aos duques de Lafões. "Segundo alguns historiadores, é a primeira manifestação do neoclássico em Portugal. No entanto, pelo que soube, foi também adaptado a fábrica", explica o fotógrafo, apontando para duas colunas em ferro, vestígios dessa transformação. A Quinta do Duque foi construída na sequência do terramoto de 1755, diz. "Evitando estar no meio de uma metrópole onde tudo ruiu, a nobreza mandou construir nos arredores de Lisboa. O Duque de Lafões construiu aqui este palácio. A partir daí toda a cidade de Lisboa foi reconstruída em estilo neoclássico, como o Palácio de Queluz e o Teatro de São Carlos."
Na entrada, uma escadaria de madeira sobe até ao segundo andar mas não nos atrevemos a pisá-la devido ao estado de degradação. A madeira do tecto também está frágil e nalgumas zonas corre o risco de desabar. "De cada vez que cá venho, está mais degradado e foi roubado em tudo, estatuária, azulejaria, e madeiras." Numa das divisões, o chão está coberto de frascos de compota onde ainda se consegue ler "geleia de groselha" e "Gelex - Casa de Mateus", o que, segundo o fotógrafo, se explica porque no século XX terá funcionado como fábrica de compotas.
Gastão de Brito e Silva defende que a preservação deste edifício é urgente. "Deve ter sido uma das propriedades mais nobres de Lisboa e arredores. E, uma vez que não é tradição portuguesa construir palácios e que o palácio é uma peça rara de arquitectura, deveria ser protegido de outra forma."
Mas não são apenas os edifícios nobres que devem ser preservados. "Cada ruína representa parte da nossa história. Evidentemente que há casos mais eruditos, como os palácios, conventos, castelos e fortes. Mas depois também há aquela casinha do pastor que se insere na história da agricultura, ou o prédio urbano que faz parte da história da cidade, aquela fábrica que entra na história da indústria e na história de uma população..."
























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